Portugal está a trabalhar para cumprir metas, diz Costa

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

"É um clássico ao fim destes cinco anos, nós sabemos que há esta dinâmica de diálogo da Comissão Europeia", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, desvalorizou esta quinta-feira o relatório do semestre europeu divulgado pela Comissão Europeia e afirmou que Portugal está a trabalhar para chegar ao final do ano com as metas cumpridas.

“É um clássico ao fim destes cinco anos, nós sabemos que há esta dinâmica de diálogo da Comissão Europeia. A Comissão Europeia sinaliza sistematicamente os riscos, chega a meio do ano e diz que afinal os riscos não se estão confirmar e depois chegam ao final do ano e dizem bom, efetivamente, Portugal cumpriu as metas que tinha estabelecido“, disse António Costa. “É o que estamos a trabalhar para mais uma vez acontecer, que é chegarmos ao final do ano com as metas cumpridas”.

A Comissão Europeia concluiu, após uma análise aprofundada que realizou no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, que Portugal continua a apresentar “desequilíbrios macroeconómicos”, sobretudo devido a um abrandamento do ajustamento externo.

Segundo o executivo comunitário, Portugal tem feito progressos na correção de desequilíbrios, designadamente ao nível da redução da dívida, quer pública quer privada, e também do crédito malparado, mas, a nível externo, a posição de investimento internacional (PII) “continua a ser uma das mais negativas da UE” e as perspetivas são de que “o ajustamento externo abrande substancialmente”.

O primeiro-ministro António Costa falava aos jornalistas antes da reunião do Conselho do Ministros que se realiza hoje, em Bragança, e “cuja agenda é maioritariamente dedicada à valorização do interior”. O executivo socialista está quarta-feira e hoje no distrito de Bragança, onde deu o arranque da iniciativa “Governo mais próximo”, que inclui visitas à região de ministros e secretários de Estado e a reunião do Conselho de Ministros.

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Emigração para o Reino Unido aumentou pela primeira vez em três anos

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Número de portugueses que emigraram para o Reino Unido subiu 30% em 2019.

O número de portugueses que emigraram para o Reino Unido subiu 30% em 2019, invertendo uma tendência negativa desde 2016, de acordo com dados oficiais publicados pelo Governo britânico.

No ano passado, registaram-se na Segurança Social britânica, um requisito para poder trabalhar no país, 24.593 portugueses, contra 18.871 em 2018, indicam as estatísticas do Ministério do Trabalho e Pensões britânico.

Desde 2016, ano em que 52% dos eleitores britânicos votaram num referendo a favor da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), que a imigração europeia tinha vindo a decrescer, primeiro 5%, para 30.543, depois 26% em 2017, para 22.622, e 17% em 2018, para 18.871.

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Coronavírus já eliminou três biliões de dólares das ações mundiais

Receios sobre impacto económico do surto levou a um selloff nos mercados acionistas. Com perdas superiores a 6%, esta semana poderá ser a pior desde setembro de 2011 para as bolsas mundiais.

Após uma recuperação temporária na quarta-feira, o selloff nas bolsas globais retomou. Só desde o início da semana, os receios relacionados com coronavírus já eliminou 3 biliões de dólares dos mercados acionistas, segundo dados da Reuters. A China espera que o surto esteja sob controlo no final de abril, mas os investidores estão em modo “esperar para ver”.

Segundo os últimos dados da Comissão Nacional de Saúde da China, há um total de 2.744 mortos e 78.497 infetados no país. Entre os casos confirmados, 43.258 ainda estão ativos e 8.346 encontram-se em estado grave. Mais de 32.400 pessoas já receberam alta após superarem a doença.

Devido aos receios sobre o impacto do surto na economia, as ações asiáticas e norte-americanas caem há seis dias seguidos e as europeias registaram na quarta-feira uma pausa, mas já voltaram a terreno negativo. Dados da Reuters indicam que a desvalorização atingiu já os 3 biliões de dólares e as quedas poderão continuar.

Ainda é cedo para afirmar que esta recuperação se irá consolidar. Provavelmente teremos mais alguns dias de quedas, em conjunto com algumas tentativas de recuperação, antes que as bolsas finalmente estabilizem“, diz o analista de mercados do Bankinter, João Pisco. “O impacto do vírus deverá estar cingido ao primeiro trimestre de 2020 e talvez, embora em menor medida, a parte do segundo trimestre de 2020. O impacto existe, mas pensamos que será passageiro”.

O português PSI-20 cai 1,5% e acumula uma perda superior a 6% desde o início da semana (equivalente a três mil milhões de euros). O europeu Stoxx 600 tomba 7% na semana e 2% esta manhã. Depois de a semana passada ter sido a pior, a nível global, desde setembro de 2011, esta semana deverá renovar esses mínimos. Por outro lado, o VIX, índice de medo em Wall Street disparou para máximos de 2018.

"Ainda é cedo para afirmar que esta recuperação se irá consolidar. Provavelmente teremos mais alguns dias de quedas, em conjunto com algumas tentativas de recuperação, antes que as bolsas finalmente estabilizem.”

João Pisco

Analista de mercados do Bankinter

Em termos setoriais, as companhias aéreas, hotéis, lazer, automóvel, infraestruturas de transporte, industriais, petrolíferas e luxo estão entre os mais penalizados, sendo que este último poderá ser dos primeiros a recuperar uma vez estabilizada a situação, na perspetiva do Bankinter. Já os menos afetados são a tecnologia, farmacêuticas, hospitais, telecoms e elétricas.

Além destes, os ativos refúgio também sido beneficiados. O ouro está em máximos de sete anos, a subir 0,5% para 1.649 dólares por onça e a prata ganha 1% para 18,03 por onça. Na dívida, a yield das Treasuries a dez anos caiu abaixo de 1,3% e a das Bunds alemãs para -0,514%.

“O franco suíço é a moeda que mais se tem destacado desde que a crise do coronavírus escalou com o aparecimento de um novo foco em Itália no final da semana passada”, acrescenta a corretora ActivTrades. Apesar de o iene japonês ser tradicionalmente também refúgio para os investidores, “o Japão está muito próximo do epicentro da crise na Ásia e, por isso, está a sofrer o impacto das preocupações dos investidores face às repercussões do abrandamento económico da China para a região”. Com o coronavírus a ameaçar tornar-se uma pandemia global, é o franco que emerge como principal moeda ativo de refúgio.

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Avaliação das casas atinge novo máximo. Está nos 1.330 euros por metro quadrado

Valor a que os bancos estão a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito para a compra subiu para 1.330 euros, em janeiro. Trata-se de um novo máximo de mais de uma década.

O valor que os bancos atribuem às casas para efeitos de concessão de crédito voltou a aumentar no primeiro mês do ano, atingindo um novo máximo. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor do metro quadrado subiu pelo 34.º mês consecutivo, fixando-se nos 1.330 euros, em janeiro, máximo de mais de uma década.

Entre dezembro e janeiro foi registado um aumento de nove euros (0,7%) no valor da avaliação bancária, sendo que se a comparação for feita com janeiro de 2019, verifica-se que o valor médio das avaliações cresceu 8,5%, ou o equivalente a 104 euros.

O preço médio da avaliação bancária das casas fixado no primeiro mês deste ano é o mais elevado do histórico do gabinete público de estatísticas, cujo início remonta a setembro de 2008.

Evolução da avaliação bancária em Portugal

Fonte: INE

O continuado aumento da avaliação bancária leva a que, por exemplo, um imóvel de 100 metros quadrados estivesse avaliado em janeiro em 133 mil euros, em média. Ou seja, mais 10.400 euros em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Alentejo lidera subidas. Algarve mantém os valores mais altos

A avaliação bancária das casas subiu em quase todas as regiões do país no primeiro mês de 2020, com o Alentejo a registar a maior subida (1,2%) face a dezembro, mantendo-se ainda assim com o segundo valor médio mais baixo do país: 1.088 euros/m2. Em sentido contrário, apenas a Região Autónoma da Madeira que registou uma redução de 0,1% na avaliação, para os 1.411 euros/m2.

Por sua vez, o Algarve não registou, em termos mensais, qualquer alteração no valor atribuído aos imóveis pelos bancos. Este manteve-se nos 1.742 euros/m2, o patamar mais elevado do país, com a Área Metropolitana de Lisboa a continuar a ser a segunda região do país mais “cara”. Entre dezembro e janeiro, a avaliação das casas nessa área metropolitana subiu 0,7%, para os 1.650 euros/m2, em média.

Já em termos homólogos, todas as regiões do país apresentaram incrementos na avaliação bancária. A taxa de variação homóloga mais elevada para o conjunto das avaliações verificou-se no Norte (9,2%), seguida da Área Metropolitana de Lisboa (9,1%). Por sua vez, a menor subida foi registada na Região Autónoma da Madeira (6,7%)

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

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Francisco de Almeida Viegas sai da VdA e integra a Cuatrecasas

Após dois anos e seis meses ao serviço da VdA, Francisco de Almeida Viegas passa a integrar a equipa de corporate e M&A da Cuatrecasas.

Francisco de Almeida Viegas abandonou a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA), após dois anos e meio ao serviço da mesma. O advogado passa a integrar a equipa da sociedade ibérica Cuatrecasas, enquanto associado.

O novo reforço da Cuatrecasas centra a sua prática nas áreas de corporate e M&A. Francisco de Almeida Viegas durante o seu percurso passou pela VdA, onde foi junior lawyer e associado; Uría Menéndez – Proença de Carvalho e Morais Leitão, enquanto estagiário.

Na sociedade liderada por João Vieira de Almeida, Francisco de Almeida Viegas assumiu em agosto de 2019 o cargo de advogado associado de M&A. Destacando-se no seu percurso assessorias em transações focadas em M&A, private equity e joint ventures.

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Confiança dos consumidores volta a cair em fevereiro. Clima económico estabiliza

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

A confiança dos consumidores portugueses caiu pelo 3.º mês consecutivo, com o contributo negativo das expectativas face à "situação económica do país e da realização de compras importantes".

A confiança dos consumidores voltou a cair em fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo, enquanto o clima económico estabilizou, depois de aumentar em janeiro, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O inquérito de conjuntura do instituto aos consumidores revela que a confiança destes diminuiu nos últimos três meses, interrompendo o perfil ascendente que se registava desde abril.

A evolução do indicador em fevereiro, segundo o INE, resultou do contributo negativo das expectativas quanto à evolução da “situação económica do país e da realização de compras importantes”.

O instituto explica ainda que as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar contribuíram positivamente, enquanto as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo nulo.

“Sem a utilização de médias móveis de três meses, o indicador de confiança dos consumidores aumentou no mês de referência, devido sobretudo ao contributo positivo das expectativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar”, afirma o INE.

O indicador de confiança dos consumidores é elaborado com base nas respostas a quatro perguntas aos agregados familiares, sobre a situação financeira nos últimos 12 meses e nos próximos 12 meses, a situação económica geral do país nos próximos 12 meses, e gastos esperados pelo agregado familiar para os próximos 12 meses com compras importantes, como mobiliário, eletrodomésticos ou computadores.

Também em fevereiro, segundo o INE, diminuíram os indicadores de confiança na indústria transformadora, no comércio e nos serviços, tendo aumentado na construção e obras públicas.

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“Importância de um aeroporto não deve estar nas mãos de um município”, diz Medina

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2020

O presidente da Câmara de Lisboa defende que a lei que dá aos municípios o poder de condicionar o aeroporto do Montijo é "desadequada" e "não é proporcional".

Fernando Medina concorda com o Governo no que toca a mudar a lei que dá aos municípios o direito de decidir sobre a construção do novo aeroporto do Montijo, porque estes direitos de veto são “um pouco exagerados”. Em entrevista à RTP3, o autarca referiu ainda não compreender a posição do PSD, que já anunciou que vai votar contra a mudança desta lei, uma vez que foi o Governo de Passos Coelho que começou a negociar esta solução.

“Uma lei que dá a um único município o poder absoluto de condicionar uma infraestrutura nacional, nomeadamente deste tamanho, é desadequada e não é proporcional. É uma lei feita fora do tempo“, disse o presidente da Câmara de Lisboa. Referindo a sobrelotação do aeroporto da Portela, o autarca sublinhou que “é bom que o país reconheça que é preciso outra solução”, mas que isso não acontece.

Para Fernando Medina, a “grande questão” é a “decisão consequente” do PSD — que já anunciou que não vai permitir a mudança desta lei. “Quem começou a negociar a solução do Montijo foi o Governo de Passos Coelho. Temos de ser consequentes. Se o PSD avançar com uma solução de não viabilizar a alteração da lei, então tem de defender a solução Alcochete. E tem de se dispor a alterar a lei, para viabilizar a solução Alcochete”, disse.

Medina quer criar uma “central de logística” em Lisboa

“Há muito tempo” que a Câmara de Lisboa tem vindo a estudar o projeto para limitar a circulação de veículos na Baixa. Mas a medida está a deixar descontentes muitos moradores e comerciantes. Salientando que a Avenida da Liberdade é “a mais poluída do país”, Fernando Medina sublinhou que os indicadores de poluição voltaram a piorar, uma vez que a economia melhorou e há mais carros.

Para além de criar a própria rede de monitorização da poluição na cidade, o objetivo da autarquia é construir uma solução que “reduza significativamente” o número de carros naquela zona, mas sempre a salvaguardar os direitos dos moradores e comerciantes. “O que nesses casos vai vigorar é um regime muito aberto do ponto de vista logístico. (…) O nosso objetivo é que haja essa central de logística”, disse Medina, referindo que se devem controlar os fornecimentos da restauração durante o dia.

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CCA e Startup Lisboa estabelecem uma parceria de apoio às startups

A Startup Lisboa e a sociedade de advogados CCA estabeleceram um nova parceria de forma a apoiar startups. A Startinnovation Team é a equipa multidisciplinar da CCA encarregue deste apoio.

A Startup Lisboa, incubadora de empresas, e a sociedade de advogados CCA Law Firm celebraram uma parceria de forma a apoiar startups de forma transversal, com especial foco nas áreas de captação de investimento, tecnologia e corporate. Este apoio vai ser assegurado pela Startinnovation Team, uma equipa multidisciplinar da CCA dedicada ao empreendedorismo.

“A Startup Lisboa, como uma das principais dinamizadoras do ecossistema do empreendedorismo em Lisboa, sempre nos mereceu uma grande admiração. A assinatura deste protocolo diria que se trata de uma inevitabilidade, dado que é uma relação de simbiose entre uma incubadora de excelência e uma equipa legal que presta apoio a muitas startups e scale ups de grande potencial e mérito. A CCA, através da Startinnovation Team, quer estar junto dos melhores e mais inovadores, e é justamente o que esta parceria permite”, nota Domingos Cruz, managing partner da CCA.

A CCA passa agora a dar apoio jurídico em office hours e abre também à comunidade da Startup Lisboa os eventos do seu Centro de Conhecimento e Inovação (CCA On). Desta forma, a sociedade de advogados liderada por Domingos Cruz passa a integrar a rede de parceiros da Startup Lisboa.

“Para nós, como incubadora, é muito importante contar com a presença da Startinnovation Team na nossa rede de parceiros e saber que temos equipas especializadas em temas tão relevantes para os nossos empreendedores como são por exemplo o do fundraising e suporte nas dinâmicas de crescimento do negócio”, assegura Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa.

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Embalagens simples, recicláveis e robustas. Como a nova era do e-commerce pode ajudar na sustentabilidade

O maior desafio que os sistemas de embalamento enfrentam prende-se com a otimização do espaço dentro das embalagens e a respetiva proteção adequada dos produtos, refere estudo da DHL.

Quem nunca passou por esta experiência, e mais do que uma vez? Fazer uma compra online, receber a encomenda em casa, abrir uma caixa gigante cheia de “almofadas” de plástico, para descobrir — perdido lá no meio — o pequeno objeto realmente adquirido, e a seguir ter de levar uma montanha de resíduos para os respetivos ecopontos. “Os atuais sistemas de embalamento têm uma pegada ambiental significativa”, refere o recente estudo da DHL “Rethinking Packaging”, o novo relatório de tendências que oferece uma visão abrangente do futuro das embalagens na indústria logística.

Os números não mentem: “Uma análise de várias embalagens usadas no circuito do comércio eletrónico mostra que cerca de 24% do seu volume é espaço vazio. Já na indústria da moda, este número tende a ser bem mais alto, tendo em conta a falta de rigidez estrutural das roupas e acessórios expedidos via canais logísticos. Isto faz somar custos adicionais à indústria”, refere o estudo da DHL, de acordo com o qual o maior desafio que os sistemas de embalamento hoje enfrentam prende-se com a otimização do espaço dentro das embalagens e a respetiva proteção adequada dos produtos, ao mesmo tempo que se opera em larga escala e a alta velocidade“.

Também aqui o plástico é um dos grandes “vilões”. Diz o mesmo estudo que as embalagens de plástico são responsáveis por cerca de um quarto das cerca de 8,3 mil milhões de toneladas deste material que já foram produzidas desde os anos 50 do século XX. Em 2016, cada cidadão da União Europeia foi responsável por 170 kg de resíduos plásticos, sendo que apenas 14% das embalagens de plásticos são realmente recicladas, enquanto as que seguem para aterro demoram 450 anos a decompor-se. Revela o estudo da DHL que o tempo médio de uso de uma garrafa de plástico é de apenas quatro dias, enquanto um saco de plástico é usado uma hora e demora 20 ano para desaparecer. Já uma caixa de cartão é usada por dois dias e demora dois meses a decompor-se, e uma lata de alumínio tem um rácio de um dia de utilização para 200 anos de decomposição.

Por tudo isto, conclui um estudo conduzido pela DHL junto dos seus clientes e parceiros, nove em cada 10 empresas consideram que as embalagens irão desempenhar um importante papel nos próximos três a cinco anos.Impulsionado pela globalização e o e-commerce, o volume geral de produtos expedidos está a crescer, e as embalagens estão a viajar por redes logísticas internacionais mais longas e complexas. Expedição de encomendas expresso e os serviços de subscrição cada vez mais populares resultam em envios frequentes de itens únicos, contribuindo para um aumento das emissões de carbono e desperdício de embalagens. A diversidade de produtos de e-commerce tem conduzido a novos desafios nos envios e embalagens. Os clientes questionados veem-se confrontados sobre como manter os custos de embalagens a um nível razoável, gerir o número de encomendas danificadas em trânsito, bem como otimizar a capacidade de transporte disponível“, refere o documento a que o Capital Verde do ECO teve acesso.

No caso da gigante Amazon, por exemplo, as regras implementadas em 2008 para a certificação de embalagens — que promovem o embalamento acessível, reciclável e desenhado para minimizar os resíduos — já permitiram eliminar 180 mil toneladas de material, incluindo 307 milhões de caixas, da cadeia logística de abastecimento.

Já do lado de quem compra as exigências são três: receber as encomendas no menor tempo possível, evitar embalagens danificadas e não ter de lidar com demasiado desperdício a cada compra online. A tolerância face a problemas de qualidade é zero: inquiridos pelo estudo da DHL, 50% dos consumidores revelam que receber uma embalagem com claros sinais de danos causados pelo transporte é mais do que o suficiente para não voltar a comprar ao mesmo fornecedor. Ao mesmo tempo, os consumidores mostram também preocupação face a embalagens ineficazes e que produzem demasiado lixo.

Matthias Heutger, vice-presidente e líder global de Inovação e Desenvolvimento Comercial da DHL avança possíveis soluções: “O relatório de tendências e o inquérito aos nossos clientes ilustram a importância e a experiência positiva que as embalagens simples, recicláveis e robustas oferecem ao cliente. No entanto, a rapidez com que as necessidades das empresas, dos consumidores e da envolvente externa mudam, aumenta os custos e reduz a eficiência. Acreditamos que a adoção de novas ferramentas de otimização das embalagens, materiais e tecnologias de manuseamento irão ampliar significativamente a eficiência e a produtividade. Por sua vez, este cenário impulsionará mudanças na operação das cadeias de abastecimento e nos processos logísticos”.

Assim, “a procura por encomendas mais sustentáveis está a impulsionar novos esforços para minimizar o desperdício, promover materiais ecológicos e implementar sistemas de reciclagem. Os principais retalhistas estão a responder a estas expectativas ao fornecer materiais recicláveis, aproveitando esta oportunidade para conquistar os clientes com embalagens acessíveis e esteticamente agradáveis”, sublinha ainda o estudo da DHL.

Em todas as indústrias, sem exceção, a procura por embalagens tem vindo a crescer. Entre 2010 e 2020, a indústria global de embalagens registou um crescimento continuado, alimentado por um aumento médio de 25% ao ano no comércio online entre diferentes países, devido à expansão de novos mercados emergentes e ao maior poder de compra da classe média. Em 2018, a indústria das embalagens valia a nível global 886,1 mil milhões de dólares, com os países da região da Ásia-Pacífico como maiores consumidores (44% do total mundial), seguidos pela América do Norte e a Europa Ocidental (23 e 19% respetivamente).

Por setores, no automóvel e tecnológico as cadeias de abastecimento devem evoluir para acomodar o crescente volume de componentes delicados e de elevado valor, refere o estudo. Já na área da saúde, os profissionais de logística devem assegurar uma entrega segura e adequada de medicamentos e dispositivos que salvam vidas nos hospitais, comunidades e nos lares dos pacientes. À medida que o e-commerce substitui o comércio tradicional, a embalagem entregue à porta é agora o ponto crítico de contacto entre os consumidores e as marcas.

Conclui a DHL que “o setor da logística irá desempenhar um papel fundamental na redução dos custos, contratempos, e impacto ambiental das embalagens”. E para isso deverá adotar novas tecnologias, materiais e processos em toda a cadeira de valor:

Otimização das embalagens

Os envios que não estão completamente cheios são a principal causa de danos nos produtos e prejuízos para as medidas de contenção de custos e sustentabilidade. Neste sentido, as empresas estão a introduzir software que calcula com precisão a melhor proporção possível de itens, caixas e paletes e depois comunicam os resultados. O OptiCarton por exemplo, a ferramenta de otimização de densidade das embalagens da DHL, maximiza o espaço da caixa e da palete ao selecionar e organizar com mais eficiência embalagens com base no tamanho e no peso.

Automação de embalagens

Processos de descarga automatizados, modernos sistemas de embalagem e etiquetagem e robôs colaborativos para aliviar a carga excessiva das embalagens sazonais e as necessidades de contratação, permitirão às empresas equilibrar o crescente mercado do e-commerce com uma força de trabalho envelhecida.

Materiais de embalagem sustentáveis

Na pesquisa da DHL junto dos clientes, a maioria dos inquiridos indicou que a introdução de materiais de embalagem mais sustentáveis é a sua prioridade número um num futuro próximo. A pesquisa de alternativas ecológicas para envelopes de plástico retrátil e de uso único, bem como embalagens de alimentos sustentáveis, está a acelerar, enquanto o equilíbrio entre custo e conveniência do cliente está a provar ser um desafio para os retalhistas.

Embalagens reutilizáveis e logística inversa

A adoção de materiais reutilizáveis e programas de reciclagem em ciclo fechado para eliminar o desperdício tem aumentado, no entanto mantêm-se alguns desafios. As indústrias que consideram construir um sistema de embalagem reutilizável economicamente viável precisam de pensar no tamanho dos materiais de embalagem, no design dos sistemas para a limpeza, na inspeção e manutenção de contentores e no custo, velocidade e facilidade do uso de processos de logística inversa.

Embalagens inteligentes

As tecnologias de embalagem inteligente, tais como etiquetas ou rótulos inteligentes e as medidas de proteção dos produtos na “última milha” (fase final de entrega das embalagens), reforçam a ligação entre o cliente, a cadeia de abastecimento e a embalagem através de atualizações em tempo real na sua condição e localização.

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Quinta do Lazareto rende 13 milhões à Sonangol

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Petrolífera angola tem ainda à venda um edifício de escritórios na Avenida da República, em Lisboa, e o convento de Brancanes, em Setúbal.

A alienação da Quinta do Lazareto, um dos ativos imobiliários que a Sonangol pôs à venda em Portugal, rendeu à petrolífera angolana 13 milhões de euros, 45% acima da expetativa inicial, segundo uma administradora da empresa.

Josina Baião afirmou que este foi o único processo já concluído dos três que foram iniciados no ano passado e que incluem ainda um edifício de escritórios na Avenida da República, em Lisboa, e o convento de Brancanes, em Setúbal.

“A Quinta do Lazareto rendeu cerca de 13 milhões de euros, 45% acima do valor previsto inicialmente”, adiantou a administradora da Sonangol em Luanda, em conferência de imprensa, no âmbito do 44.º aniversário da petrolífera estatal angolana.

Josina Baião disse que os outros dois processos de venda não foram concluídos ainda, tendo sido contratada uma entidade especializada para concluir o processo, tendo em conta que não “é uma valia da Sonangol fazer gestão imobiliária”.

Quanto à alienação de um outro leque de empresas, do grupo Atlântida, foram concluídos os processos relativos à Atlântida Viagens Luanda e Atlântida Viagens e Turismo Lisboa no final de janeiro, estando ainda a ser avaliadas as propostas recebidas.

Decorre atualmente um outro processo de alienação de cinco ativos: Sonaid, Hotel Suite Maianga, a sociedade Founton (gestão imobiliária), e duas outras pertencentes ao grupo Sonasurf (apoio marítimo ao offshore angolano).

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Revista de imprensa internacional

A Blackstone comprou uma empresa britânica de residências estudantis por mais de cinco mil milhões de euros. Já a Google investe em mais escritórios e data centers nos Estados Unidos.

A Blackstone decidiu apostar em residências estudantis, ao comprar uma empresa britânica especializada na área por mais de cinco mil milhões de euros. Já a Google investe em aumentar a sua pegada nos Estados Unidos, com mais escritórios e data centers. A Ford, por sua vez, vira-se para a Europa com o serviço de trotinetas elétricas, que vai chegar à Alemanha na primavera. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Expansión

Blackstone compra empresa britânica de residências estudantis por 5.500 milhões

Um fundo de investimento da Blackstone pagou 4.660 milhões de libras (5.549 milhões de euros) pela empresa IQ Student Accommodation, responsável por 67 residências, num total de 28.000 quartos, em 27 cidades do Reino Unido. Com este negócio, assinado com o Goldman Sachs e a Wellcome Trust, a Blackstone pretende acrescentar 4.000 camas nas cidades com maior número de estudantes e onde a procura é maior.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Tech Crunch

Ford chega a Europa com serviço de trotinetas elétricas

A Spin, empresa de trotinetas elétricas detida pela Ford, vai expandir-se pela primeira vez para fora dos Estados Unidos. Nesta primavera, a plataforma vai chegar a Colónia, na Alemanha, e vão seguir-se outras cidades alemãs. A empresa também tem nos planos solicitar a autorização para operar as trotinetas elétricas em França no próximo mês, bem como explorar oportunidades no Reino Unido para o serviço partilhado.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Verge

Google vai investir 10 mil milhões de dólares em escritórios e data centers nos EUA em 2020

A Google anunciou os seus planos de expansão para 2020, que vão aumentar a sua presença em 11 estados norte-americanos. A empresa liderada por Sundar Pichai prometeu investir “mais de 10 mil milhões de dólares” em escritórios e data centers na Califórnia, Colorado, Geórgia, Massachusetts, Nebraska, Nova Iorque, Ohio, Oklahoma, Pensilvânia, Texas e Washington. Este investimento vai continuar aquele feito no ano passado, que se cifrou em 13 mil milhões de dólares, o que fez da Alphabet, dona da Google, o maior investidor nos Estados Unidos em 2019, salientou a empresa.

Leia a notícia completa no The Verge (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Tesco abre loja sem dinheiro em Londres

A Tesco abriu a sua primeira loja sem dinheiro no centro de Londres. O ponto de venda na capital britânica oferece aos clientes uma variedade de métodos de pagamento eletrónico através de caixas self-service, mas não aceita notas ou moedas. Os métodos de pagamento incluem cartões contactless, cartões de débito e crédito, Apple Pay e Tesco Pay +.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

IPO de empresa saudita tornou pediatra num dos médicos mais ricos do mundo

Um pediatra saudita tornou-se num dos médicos mais ricos do mundo depois de a empresa que fundou — Dr. Sulaiman Al Habib Medical Group — ter fixado o preço de venda das ações ao valor mais elevado na avaliação. A participação de 49% de Sulaiman Abdulaziz Al-Habib na sua empresa vale 2,3 mil milhões de dólares (2,11 mil milhões de euros), de acordo com o preço de venda anunciado de 50 riyals por ação. O médico planeia agora vender 17,4 milhões de ações no IPO.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

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Governo dá mais um ano às autarquias para a descentralização

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2020

O Governo decidiu dar mais tempo às autarquias para estas se prepararem para a descentralização. O prazo foi adiado para o primeiro trimestre de 2022.

Este adiamento já vinha a ser pedido pelas autarquias e o Governo já andava mesmo a ponderá-lo. Agora, avança o Jornal de Notícias, após se reunirem, a decisão foi mesmo dar mais um ano às câmaras municipais para estas se prepararem para a descentralização. O prazo passa, assim, para o primeiro trimestre de 2022.

Após várias críticas aos prazos impostos pelo Governo, a transferência das competências do Estado nas áreas da saúde, ação social e educação, para as autarquias foi mesmo adiada. Estas pediam mais tempo para se prepararem e o Executivo acabou mesmo por ceder.

“Fomos sensíveis aos argumentos dos autarcas e, mediante o diagnóstico feito, achamos que é uma solução razoável”, disse a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, em declarações ao JN. O prazo para a descentralização estava fixado para 1 de janeiro de 2021, mas agora fica adiado para o primeiro trimestre de 2022.

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