Prisa avalia “nova situação” após falhanço da venda da TVI
A Prisa não quer comentar o falhanço da compra da Media Capital pela Cofina, mas admite que se encontra a avaliar esta "nova situação". Agravar das contas da Media Capital afetou o negócio.
A Prisa PRS 0,00% está a “avaliar a nova situação” que resultou do falhanço da compra da Media Capital pela Cofina. A holding espanhola prevê manter os investidores informados “assim que haja algo a comunicar” mas, para já, recusa tecer mais comentários sobre quais as implicações financeiras desta operação.
“Na Prisa, estamos a avaliar a nova situação e informaremos assim que haja algo a comunicar. Para já, não temos comentários a fazer sobre isto”, disse fonte oficial da empresa, em resposta a um conjunto de questões colocadas pelo ECO, que ficaram sem resposta.
Esta quarta-feira, durante a madrugada, a Cofina informou os investidores de que, devido ao deteriorar “das condições de mercado” nas últimas semanas, não conseguiu completar o aumento de capital destinado a financiar a operação. Assim, não satisfeita esta condição, a operação de compra da dona da TVI caiu por terra.
Contactada sobre o falhanço da operação, a Cofina CFN 0,00% não quis fazer qualquer comentário. Já o empresário Mário Ferreira, um dos signatários do aumento de capital do grupo liderado por Paulo Fernandes, mostrou-se surpreendido.
“Fui convidado para entrar no aumento de capital e agora fui informado de que a operação não se realizaria. O engenheiro Paulo Fernandes estava a liderar todo o processo. Se decidiu não avançar é porque tem informação relevante, que eu não tenho, que o levou a desistir do negócio”, disse Mário Ferreira ao ECO.
Já a Media Capital MCP 0,00% ainda não respondeu às perguntas colocadas pelo ECO. Mas o falhanço da operação deixa a empresa e o seu principal acionista numa situação delicada, depois de a dona da TVI ter decidido rever em baixa o goodwill da TVI e da produtora Plural, levando a um rombo nas contas da empresa referentes a 2019.
Assim, num contexto de perda acentuada de audiências, o grupo liderado por Luís Cabral reportou aos investidores um resultado líquido negativo de 55 milhões de euros em 2019, depois de ter lucrado 22 milhões um ano antes. O facto de terem sido divulgados em pleno aumento de capital da Cofina não ajudou à operação.
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