Apesar do coronavírus, número de turistas aumenta. Foram 1,6 milhões em fevereiro

Mesmo com a crise do coronavírus a alastrar-se pelo mundo, Portugal deverá ter recebido 1,6 milhões de turistas em fevereiro, estima o INE. Número cresceu 16% face ao ano passado.

O primeiro caso de coronavírus apareceu em Portugal no início de março mas, em fevereiro, um pouco por toda a Europa, já se registavam casos de pessoas infetadas por esta pandemia oriunda da China. Ainda assim, isso não foi suficiente para afastar os turistas de terras lusas, pelo contrário. De acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal deverá ter recebido 1,6 milhões de turistas em fevereiro, mais 16% do que no ano passado.

A estimativa rápida do INE refere ainda que todos esses hóspedes foram responsáveis por 3,9 milhões de dormidas, um aumento de 15,3% face ao ano passado. E aqui, os maiores aumentos aconteceram nos residentes no país. Os hóspedes nacionais totalizaram 1,31 milhões de dormidas, um aumento de 27,2% face a 2019, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais ascenderam a 2,54 milhões, mais 10%.

Dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico nacional

Fonte: INE, fevereiro de 2020 (estimativa rápida)

Estes resultados, diz o INE, “foram influenciados pelo efeito do Carnaval”, que este ano ocorreu em fevereiro, enquanto no ano passado foi em março. Além disso, importa ainda referir que, este ano, fevereiro teve 29 dias, um dia a mais do que no ano passado.

Na hora de escolher onde ficar hospedado, as principais escolhas dos hóspedes recaíram sobre a Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e o Norte. Contudo, se analisarmos apenas as estadias dos hóspedes nacionais, verifica-se que a zona com maior procura foi o Norte.

Em termos de nacionalidades, os britânicos, os alemães e os espanhóis lideraram em número, deixando os dinamarqueses, os chineses e os suecos entre os hóspedes que menos ficaram hospedados nos alojamentos turísticos nacionais. Contudo, se falarmos de crescimento, o destaque vai para os hóspedes oriundos de Espanha, Canadá e Brasil.

O INE não costuma publicar estimativas rápidas sobre o turismo mas, neste momento, devido ao surto de coronavírus, decidiu fazê-lo, publicando os dados provisórios apenas a 15 de abril. Estes dados têm por base a “informação primária já recolhida até 24 de março no âmbito do Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos”.

Até ao momento, o coronavírus já fez quase 25 mil pessoas em todo o mundo, com os Estados Unidos, Itália e China no topo dos países com mais casos confirmados. Em Portugal, de acordo com os dados adiantados pela Direção-Geral de Saúde (DGS) esta sexta-feira, há 4.268 casos confirmados e 76 vítimas mortais. Recorde-se que o estado de emergência nacional entrou em vigor à meia-noite do passado dia 19.

(Notícia atualizada às 13h21 com atualização do número de casos em Portugal)

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Quais são os setores mais afetados pelo coronavírus?

A EY Portugal avaliou o impacto que os diversos setores de atividade podem vir a sentir com a pandemia do Covid-19. De todos os setores, o turismo é o mais afetado.

A consultora EY Portugal avaliou o impacto que a pandemia do Covid-19 poderá ter nos diferentes setores de atividade nacionais. A atual conjuntura “está a afetar radicalmente os mercados e as atividades económicas, mas de formas e intensidades muito distintas”, escrevem os autores Paulo Madruga (Associate Partner na EY-Parthenon), Hermano Rodrigues (Principal na EY-Parthenon) e Rui Ferreira (Consultant na EY-Parthenon).

A EY começa por contextualizar as dificuldades que vários setores estão a enfrentar atualmente, como é o caso do turismo, que está a sofrer “um impacto negativo tremendo, em particular no período de isolamento social em curso”, ou das atividades assentes essencialmente na exportação (têxtil e automóvel) que “também estão a ser fortemente penalizadas pela interrupção dos abastecimentos, pelo encerramento de fábricas e pela contração da procura”.

No entanto, também “os cuidados de saúde, a logística e o retalho alimentar, alguma indústria química e farmacêutica e parte dos serviços de telecomunicações, de IT e de entretenimento remotos correm o risco de colapsar por dificuldades de adaptação rápida às solicitações da procura”, explica a EY.

Para avaliar o impacto concreto e detalhado da pandemia nos vários setores de atividade, a consultora fez duas simulações distintas:

  1. No primeiro caso, foi feita uma simulação de uma quebra generalizada e uniforme da procura final dirigida a todas as atividades económicas desenvolvidas no país;
  2. No segundo caso, foi realizada uma simulação de uma quebra acentuada na procura final focada apenas nas atividades turísticas.

Primeira simulação

Nesta simulação da quebra da procura nas atividades económicas desenvolvidas no país, foi possível concluir que “devido às relações existentes intra e inter cadeias de valor” houve um efeito diferenciado entre os diversos setores de atividade, com impacto especialmente intenso nas seguintes atividades:

  • Setor da energia, água e resíduos;
  • Setor dos serviços empresariais;
  • Setor do turismo e restauração;
  • Setor da engenharia, construção e imobiliário;
  • Setor do Comércio;
  • Setor de serviços financeiros e seguros;
  • Setor das indústrias agroalimentares.

Segunda simulação

Neste segundo caso que se focou apenas na queda da procura das atividades turísticas, chegou-se à conclusão que o enfraquecimento deste setor levou a uma quebra significativa em outras atividades económicas. Um resultado que é explicado pelas “relações intersectoriais da economia portuguesa que provocam igualmente uma quebra relevante” em outros setores da economia. As atividades mais afetadas foram estas:

  • Setor da energia, água e resíduos;
  • Setor das indústrias agroalimentares;
  • Setor de serviços empresariais.

 

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Ações de empresa chinesa líder em tecidos para máscaras sobem mais de 220%

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Os fabricantes chineses estão a embarcar na lucrativa produção de máscaras e equipamento médico para atender à explosão na procura mundial, face a uma pandemia que começou no país.

As ações da empresa chinesa líder no fabrico de tecidos usados em máscaras de proteção respiratória subiram 221%, desde o início do novo coronavírus que, entretanto, se tornou uma pandemia mundial.

As ações da Shandong Dawn Polymer Co Ltd encerraram esta sexta-feira a valer 36,88 yuan (4,7 euros), na bolsa de Shenzhen. Em 23 de janeiro, quando o Governo chinês colocou a cidade de Wuhan sob quarentena, reconhecendo a rápida propagação da Covid-19, as ações estavam a ser negociadas a 11,46 yuan (1,4 euro).

As ações da Dawn Polymer, com sede em Shandong, província do nordeste chinês, chegaram a valorizar até 417%, quando atingiram os 59 yuan por título (7,5 euros), em 9 de março, registando a seguir uma correção.

A crise de saúde pública, que começou em Wuhan, alastrou-se, entretanto, à Europa e aos Estados Unidos, resultando numa escassez global de máscaras cirúrgicas, à medida que os hospitais lidam com a carência de material de proteção para funcionários de saúde e o público em geral.

Os fabricantes chineses estão assim a embarcar na lucrativa produção de máscaras e equipamento médico para atender à explosão na procura mundial, face a uma pandemia que começou no país.

O valor da posição acionista de Yu Xiaoning, o fundador da Dawn Polymer, subiu mais de 13,5 mil milhões de yuan (1,7 mil milhões de euros), até ao dia 9 de março, segundo os últimos resultados divulgados pela empresa.

A Dawn Polymer foi fundada em 2002 e começou a aperfeiçoar o fabrico de tecidos e materiais como polipropileno, usado no filtro de partículas, durante a crise da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), um outro coronavírus com origem na China.

“Devido à SARS, nesse ano passámos de produzir uma série de variedades de tecidos para nos focarmos num produto chave”, apontou Yu, numa entrevista recente à revista Chinese Entrepreneurs. “Após 17 anos de experiência, convertemo-nos na fabricante nacional líder em termos de tecnologia e produção“, disse.

Segundo a unidade de investigação Hurun Report, considerada a Forbes chinesa, Yu tem um património pessoal avaliado em 3,6 mil milhões de yuan (4,6 mil milhões de euros).

Várias outras empresas do país começaram também recentemente a produzir máscaras, convertendo as suas fábricas em unidades de produção de máscaras respiratórias, incluindo a gigante petrolífera Sinopec.

A China fabrica metade das máscaras no mundo, incluindo as de categoria FPP3, que têm o nível mais alto de proteção respiratória, e cruciais para os funcionários de saúde que tratam infetados pelo novo coronavírus. Compras e doações feitas quando a epidemia estava restrita à China permitiram ainda ao país concentrar grande parte do abastecimento mundial.

A venda e doação de equipamento médico pelas autoridades chinesas a países estrangeiros, numa altura em que a pandemia mata milhares de pessoas e paralisa cidades inteiras, servem agora como instrumento de propaganda para o regime chinês.

Jornais e cadeias televisivas por todo o mundo têm reproduzido imagens de aviões a transportar doações de equipamento médico ou especialistas chineses a desembarcarem em países estrangeiros para ajudarem no combate à epidemia, sempre acompanhados da bandeira da China.

As imagens são registadas pelos órgãos oficiais de Pequim, que nos últimos anos concluíram acordos para partilha de conteúdo com centenas de meios de comunicação por todo o mundo, ao mesmo tempo que as autoridades chinesas expulsam jornalistas estrangeiros do país num número inédito ou dificultam ao máximo o seu trabalho.

Esta semana, Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para a Política Externa fez um alerta contra a “política de generosidade” da China, que identificou como uma “luta por influência” e uma “batalha global pelo domínio da narrativa”.

Na batalha das narrativas, temos visto também tentativas de desacreditar a União Europeia e alguns casos em que europeus foram estigmatizados como se fossem todos portadores do vírus“, disse.

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Alemanha regista quase seis mil novos casos em 24 horas

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Em apenas 24 horas, a Alemanha contabilizou 5.780 novos casos de Covid-19. No total já são 42.288 casos e 253 vítimas mortais. É na Baviera que se concentra o maior número de infetados.

A Alemanha contabilizou 5.780 novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas, registando, no total, 42.288 casos e 253 vítimas mortais, segundo dados oficiais do Instituto Robert Koch.

A entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças indica que a Baviera, o maior estado federado do país, concentra o maior número de infetados, 9.481.

Mas é na região da Renânia do Norte-Vestefália que se verifica maior mortalidade: 72 pessoas com covid-19 já perderam a vida.

O ministério da Investigação alemão anunciou esta semana uma verba de 150 milhões de euros para a criação de uma rede com o objetivo de melhorar a cooperação entre laboratórios e hospitais universitários.

A Alemanha realiza, por semana, meio milhão de testes para diagnosticar a covid-19.

Angela Merkel pediu esta quinta-feira aos cidadãos paciência. A chanceler revelou estar contra o abrandamento das medidas restritivas logo depois da Páscoa, sublinhando que este “não é o momento” para falar disso.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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Avaliação das casas atinge novo máximo. Está nos 1.337 euros por metro quadrado

Valor a que os bancos estão a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu para 1.337 euros, em fevereiro. Trata-se de um novo máximo de mais de uma década.

O valor que os bancos atribuem às casas para efeitos de concessão de crédito voltou a aumentar em fevereiro, atingindo um novo máximo. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor do metro quadrado subiu pelo 35.º mês consecutivo, fixando-se nos 1.337 euros, máximo de mais de uma década.

Entre janeiro e fevereiro foi registado um aumento de sete euros (0,5%) no valor da avaliação bancária, sendo que se a comparação for feita com fevereiro de 2019, verifica-se que a avaliação média das casas cresceu 7,9%, ou o equivalente a 98 euros.

O preço médio da avaliação bancária das casas fixado no segundo mês deste ano é o mais elevado do histórico do gabinete público de estatísticas, cujo início remonta a setembro de 2008.

Evolução da avaliação bancária no último ano

Fonte: INE

O contínuo aumento da avaliação bancária leva a que, por exemplo, um imóvel de 100 metros quadrados estivesse avaliado em 133,7 mil euros, em média, em fevereiro. Ou seja, 9.800 euros acima do valor que se registava no mesmo mês do ano passado.

Esta evolução pode, contudo, apresentar um comportamento diferente daqui em diante em resultado do impacto da pandemia do Covid-19 na economia portuguesa e em concreto no setor bancário e no mercado imobiliário. O próprio INE refere os efeitos que podem ocorrer nas suas estatísticas em resultado da pandemia. “A informação deste destaque não reflete ainda a situação atual determinada pela pandemia Covid-19. É de esperar que as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente”, alerta o organismo no destaque publicado esta sexta-feira.

Algarve cai, mas mantém avaliações mais altas do país

Em fevereiro, a avaliação bancária das casas subiu em todas as regiões do país, à exceção do Alentejo e do Algarve, com a zona mais a sul a manter-se contudo com o valor mais elevado a nível nacional.

O preço do metro quadrado das casas no Algarve fixou-se nos 1.741 euros, -0,1% face a janeiro. No Alentejo, a quebra mensal da avaliação foi de 2%, para os 1.066 euros por metro quadrado. A maior subida face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (1,3%), com o preço do metro quadrado a fixar-se nos 1.429 euros, o terceiro mais elevado do país. Já a Área Metropolitana de Lisboa manteve o estatuto da segunda região do país mais “cara”, com uma subida mensal de 0,5%, para os 1.659 euros.

Já em termos homólogos, todas as regiões do país apresentaram incrementos na avaliação bancária. A taxa de variação homóloga mais elevada para o conjunto das avaliações verificou-se no Norte e na Área Metropolitana de Lisboa (9,1%) e a menor foi registada no Alentejo (2,4%).

(Notícia atualizada às 11h34)

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Espanha regista 769 mortos em 24 horas. Há mais de 64 mil infetados

O número de infetados por coronavírus no país vizinho já ultrapassa os 64 mil. Só nas últimas 24 horas morrerem 769 pessoas devido à pandemia que já provocou a morte a 4.858 pessoas.

Em apenas 24 horas, morreram 769 pessoas infetadas com coronavírus em Espanha, de acordo com o El País (conteúdo em espanhol). Ao todo, o país regista 4.858 vítimas mortais devido à pandemia, estando 64.059 infetados com Covid-19.

Com este número de mortos, Espanha já ultrapassou os números da China, sendo que Itália continua a ser o país com o maior número de vítimas de Covid-19.

De notar que dos mais de 64 mil infetados, mais de 36 mil estão hospitalizados e nove mil já recuperaram. Contudo, 4.165 estão nos cuidados intensivos, pelo que o número de vítimas mortais poderá aumentar.

O ministro da saúde espanhol, Salvador Illa, diz que Espanha pode estar a aproximar-se do “pico da curva” de contágios do novo coronavírus, após a qual se inicia uma fase de estabilização da pandemia. O ministro explicou que o aumento médio de casos notificados entre 28 de fevereiro e 16 de março foi de cerca de 40%, enquanto no período entre 17 e 24 de março o aumento médio foi de cerca de 20%.

“A confirmar-se esta tendência geral, isso indicaria que o número de casos notificados pode estar a aproximar-se do máximo, a que coloquialmente chamamos o pico da curva”, disse Salvador Illa.

Segundo o último balanço da AFP, mais de 22 mil pessoas morreram em todo o mundo por Covid-19, sendo que já existem pelo menos 501.556 infetados. Em Portugal, há 3.544 casos de Covid-19, sendo que o número de mortes subiu quinta-feira para 60.

Profissionais de saúde infetados aumentaram 75% em três dias

O número de profissionais de saúde em Espanha infetados pelo novo coronavírus aumentou 75% desde terça-feira e eleva-se esta sexta-feira a 9.444 pessoas, representando 14,7% do total de infeções no país, segundo o Ministério da Saúde espanhol.

O número “é alto” quando comparado comparado com outros países, admitiu o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, na conferência de imprensa diária.

O responsável considerou no entanto que a proporção de médicos, paramédicos, enfermeiros e auxiliares infetados em relação ao total dos casos pode ser inferior, uma vez que, entre a população em geral, só são notificados os casos “basicamente” graves.

“Não é claro o número de casos na população e este valor [14,7%] poderia baixar percentualmente em relação ao total”, disse o epidemiologista, sublinhando que, ainda assim, a infeção de profissionais de saúde “é uma das preocupações” das autoridades.

O responsável do Ministério da Saúde admitiu que sejam tomadas novas medidas de combate à pandemia, sublinhando embora que não lhe cabe qualquer decisão nessa matéria.

“Está a ser avaliado e está sobre a mesa a possibilidade de fazer algumas alterações nas recomendações ou nas medidas atuais”, disse.

(Notícia atualizada às 13h50 com informações da Lusa em relação aos profissionais de saúde infetados)

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Formulário para patrões pedirem novo lay-off já está disponível. Veja aqui

Tal como assegurou o ministro da Economia, o formulário para os patrões pedirem o novo lay-off foi disponibilizado esta sexta-feira pela Segurança Social.

A partir desta sexta-feira, os empregadores que tenham sido afetados pela pandemia de coronavírus já podem aceder ao novo lay-off. O formulário está disponível no site da Segurança Social, sendo obrigatório o preenchimento eletrónico. Ao abrigo deste regime, as empresas podem suspender os contratos de trabalho ou reduzir a carga horária dos seus trabalhadores, que passam a receber pelo menos dois terços do seu salário. Uma grande parte dessa remuneração (70%) é, além disso, assegurada pelo Estado.

Onze dias depois de ter publicado a portaria que regulamentava este novo lay-off, o Executivo de António Costa reviu essas regras, tendo publicado um novo decreto-lei para o mesmo efeito, na noite de quinta-feira.

De acordo com as alterações, passam a ter acesso a este regime as empresas numa das três seguintes situações de “crise empresarial”: encerramento total ou parcial decretado “por decisão das autoridades políticas ou de saúde”; paragem total ou parcial da sua atividade resultante da interrupção das cadeias de abastecimento globais ou da suspensão ou cancelamento de encomendas e reservas; quebra “acentuada” de, pelo menos, 40% da faturação, no mês anterior ao pedido comparando com a média dos dois meses anteriores a esse pedido ou face ao período homólogo.

Do lado dos trabalhadores, este regime implica ou a suspensão do contrato de trabalho ou a redução da carga horária. Em ambos os casos, o trabalhador tem direito a, pelo menos, dois terços da sua remuneração ou o equivalente ao salário mínimo nacional (635 euros), se esses 66% garantirem um montante inferior a este último.

No caso da suspensão, a Segurança Social assegura 70% desse valor e o patrão 30%. Já no caso da redução do tempo de trabalho, o empregador paga diretamente o salário proporcional às horas mantidas e a Segurança Social comparticipa em 70% a diferença entre esse montante e os dois terços ou 635 euros.

Poucas horas depois da publicação deste novo decreto-lei, a Segurança Social disponibilizou no seu site o formulário de acesso, que tem de ser obrigatoriamente preenchimento de modo eletrónico. Nesse documento, o empregador indica quantos trabalhadores devem ser abrangidos por esta medida e em que tipo de “crise empresarial” se insere, situação que tem de ser atestada não só pelo patrão, como pelo contabilista certificado da empresa.

A Segurança Social disponibiliza ainda um anexo em que o empregador assegura que tem a sua situação contributiva e fiscal regularizada.

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Bancos têm 5 dias para dar resposta aos pedidos de moratória no crédito da casa

Governo avançou com uma moratória nos créditos à habitação para famílias que fiquem em dificuldades financeiras por causa do vírus. Medida já está em vigor, sendo exigida rapidez na resposta à banca.

As famílias portuguesas já estão a sentir os efeitos da crise provocada pela pandemia, com muitos trabalhadores a serem enviados para casa em regime de lay-off, ou mesmo alvo de despedimento. Para as proteger num contexto de quebra de rendimentos, o Governo aprovou uma moratória aos créditos à habitação, permitindo-lhe deixar de pagar a prestação da casa durante seis meses. Esta medida já está em vigor, bastando ser solicitada aos bancos que terão um prazo muito curto de tempo para dar “luz verde”.

Uma vez feito o pedido por parte dos clientes, e depois de entregue a “documentação comprovativa da regularidade da respetiva situação tributária e contributiva”, o Decreto-Lei define que as instituições terão de aplicar “as medidas de proteção previstas no artigo anterior no prazo máximo de cinco dias úteis após a receção da declaração e dos documentos referidos”.

Ou seja, o processo é extremamente rápido, desde que quem peça a moratória preencher as condições estabelecidas. Quem, por algum motivo, não as preencha saberá também rapidamente da impossibilidade de beneficiar desta proteção. “As instituições mutuantes devem informá-lo desse facto no prazo máximo de três dias úteis”, diz o Decreto-Lei publicado já em Diário da República.

Só poderão aceder a estas moratórias no crédito à habitação os contribuintes que tenham a situação regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social”, lê-se no documento. E este regime será aplicado apenas a pessoas que sofram uma quebra inesperada de rendimentos neste período da pandemia do coronavírus. O ministro da Economia referiu-se a “pessoas que estejam em situação particularmente difícil”: situação de desemprego, em lay-off simplificado, que trabalhem em estabelecimentos que tenham fechado ou que estejam em isolamento profilático.

"[Bancos terão de aplicar] as medidas de proteção previstas no artigo anterior no prazo máximo de cinco dias úteis após a receção da declaração e dos documentos referidos.”

Diário da República

Aqueles que cumprirem os critérios vão ficar dispensados tanto de proceder à amortização do capital em dívida, como ao pagamento dos juros do empréstimo. De salientar que esta moratória apenas se aplica a créditos de habitação própria permanente, como explicou o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira. Ou seja, exclusivamente para a primeira habitação.

Esta moratória será aplicada por um prazo de seis meses, até 30 de setembro de 2020. Ou seja, os detentores de crédito à habitação vão ficar dispensados doo pagamento das prestações mensais dos empréstimos contraídos para a compra de casa entre os meses de abril e setembro. A perspetiva do Governo é de que o surto atinja o pico em Portugal a meados de abril, antecipando que em junho a economia possa voltar a funcionar normalmente.

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Coronavírus vai atrasar auditoria da Deloitte ao Novo Banco

  • ECO
  • 27 Março 2020

Técnicos da Deloitte não conseguem fazer inspeções presenciais na sede do banco. Conclusão da auditoria, prevista para 31 de maio, deverá por isso ser adiada, segundo o Jornal Económico.

A auditoria da Deloitte ao Novo Banco não deverá cumprir o prazo previsto devido ao coronavírus, segundo noticia esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago). A data prevista era 31 de maio, mas o isolamento impede os 40 técnicos da consultora de realizarem inspeções presenciais na sede do banco.

Este momento altamente disruptivo levará ao adiamento da conclusão da auditoria ao Novo Banco“, diz fonte próximo do processo ao JE. A auditoria vai compreender os atos de gestão não só no período do BES, que foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014, mas também do Novo Banco, até 2018. Incluirá as gestões desde Ricardo Salgado até António Ramalho.

Este escrutínio aos atos de gestão no banco surge na sequência da lei dos grandes devedores que obriga à realização de uma auditoria especial sempre há uma operação de capitalização de uma instituição de crédito com recurso a fundos públicos. Neste caso, o Novo Banco pediu no ano passado 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução e está previsto no Orçamento do Estado para 2020 que volte a fazê-lo.

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Supervisor espanhol incentiva cotadas a reverem dividendos perante a pandemia

  • ECO
  • 27 Março 2020

Santander e CaixaBank estão entre as empresas espanholas que já anunciaram mudanças. A CNMV recomenda às cotadas que revejam as propostas para se precaverem contra o impacto do surto de Covid-19.

O supervisor dos mercados financeiros de Espanha, a CNMV, está a incentivar as empresas cotadas a reformularem as contas anuais e reverem a proposta de dividendos, noticia o El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol). O “convite” é feito numa altura em que parte da economia está parada devido ao Covid-19, cujo impacto financeiro ainda não é possível avaliar.

Numa altura em que as empresas costumam estar a realizar assembleias gerais de acionistas para aprovar contas anuais e dividendos, a CNMV alertou que a situação atual de crise sanitária “é uma circunstância absolutamente extraordinária” que deve ser tida em conta. “Se a administração considerar necessário”, as empresas “devem reformular as contas anuais” e alterar a proposta de dividendo.

Para as empresas que já convocaram assembleias gerais de acionistas, a reformulação das contas pode acontecer “por motivos de força maior”. Há ainda a hipótese de as AG se realizarem de forma normal, mas não aprovarem o dividendo, de acordo com as sugestões do supervisor citadas pelo El Economista.

Há empresas em Espanha que já deram esse passo, nomeadamente bancos, que são chamados a financiar a recuperação da economia. É o caso do CaixaBank, cuja administração decidiu desconvocar a assembleia-geral prevista para 3 de abril e anunciou que vai reduzir para metade o dividendo proposto para o exercício de 2019.

Também o Santander vai dar menos dinheiro aos acionistas. O banco espanhol vai cancelar a remuneração intercalar que deveria entregar aos investidores, ao mesmo tempo que os salários da administração vão ser revistos em baixa. Parte da poupança servirá para criar um fundo solidário para ajudar a combater a pandemia.

Em Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) só fez recomendações no sentido de que as cotadas realizassem as assembleias gerais à distância. Mas, mesmo assim, também já há empresas a reverem a remuneração acionista: o BCP anunciou esta quinta-feira que já não vai distribuir dividendos este ano, mas vai pagar 5,3 milhões aos trabalhadores.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 27 Março 2020

Os Estados Unidos já lideram no número de casos confirmados de coronavírus. Ao mesmo tempo, por causa da pandemia, a procura por matéria-prima está em queda livre.

Os Estados Unidos já ultrapassaram a Itália e a China e são, neste momento, o país com mais casos confirmados de coronavírus em todo o mundo. Ainda nesta crise pandémica, os efeitos já se fazem sentir. A procura mundial por petróleo está em queda livre, em Espanha, as empresas já estão mesmo a ser aconselhadas a cortar nos dividendos, enquanto na Alemanha o Deutsche Bank cancelou o processo de despedimentos que tinha em curso, para tranquilizar os trabalhadores.

The New York Times

Estados Unidos já são o país com mais casos de coronavírus

Os Estados Unidos ultrapassaram esta sexta-feira a Itália e a China, tornando-se no país com mais casos confirmados de coronavírus do mundo. Em território norte-americano existem atualmente 81.321 infetados, enquanto Itália regista 80.539 e a China 81.285. Ainda assim, o número de mortes devido a esta pandemia continua a ser mais elevado em Itália (8.165) do que nos Estados Unidos (1.178). A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que os Estados Unidos podem, a curto prazo, ultrapassar toda a Europa no número de infetados e tornarem-se o epicentro da pandemia. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

El Economista

Supervisor espanhol “convida” cotadas a reverem remuneração acionista

O supervisor dos mercados financeiros de Espanha, a CNMV, está a incentivar as empresas cotadas a reformularem as contas anuais e reverem a proposta de dividendos. O “convite” é feito numa altura em que parte da economia está parada devido ao Covid-19, cujo impacto financeiro ainda não é possível avaliar. Várias empresas espanholas já tomaram esta decisão de reter os lucros que iam distribuir pelos acionistas, incluindo os bancos Santander e CaixaBank. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Deutsche Bank congela processos de despedimentos

O Deutsche Bank anunciou que vai deixar em standby os processos de despedimentos que estavam em curso. Esta decisão foi tomada numa altura em que o mundo atravessa uma crise pandémica e o banco quer “evitar mais stress emocional aos seus colaboradores.” Depois da medida adotada pelo Deutsche Bank foram vários outras instituições a irem pelo mesmo caminho — Wells Fargo, Citi e Morgan Stanley –, mas o Unitcredit vai continuar com o processo de despedimento de 6.000 funcionários. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Volkswagen apela ao BCE para acelerar empréstimos de emergência

A Volkswagen pediu ao Banco Central Europeu (BCE) para acelerar os planos de compra de dívida diretamente às maiores empresas do mundo, com o objetivo de as ajudar a ultrapassar a crise provocada pelo coronavírus. O grupo alemão defende que o BCE deve dar “sinais claros” e comprar dívida a curto prazo, com vencimento em seis ou nove meses, “o mais rapidamente possível”. Este pedido surge depois de o BCE ter anunciado um plano para gastar até 750 mil milhões de euros em compras de ativos. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Procura mundial por petróleo está em queda livre

A Agência Internacional de Energia alerta que a procura mundial por petróleo está em queda livre. Fatih Birol aponta o dedo à pandemia, que está a obrigar a que milhões de pessoas um pouco por todo o globo tenham de ficar em casa, reduzindo o consumo da matéria-prima. Aponta para uma quebra na procura na ordem dos 20 milhões de barris por dia. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Procura por petróleo em queda livre por causa do vírus

Presidente da AIE diz que poderemos ver uma quebra na procura por petróleo de "até 20 milhões de barris por dia" por causa do coronavírus.

A Agência Internacional de Energia alerta que a procura mundial por petróleo está em queda livre. Fatih Birol aponta o dedo à pandemia, que está a obrigar a que milhões de pessoas um pouco por todo o globo tenham de ficar em casa, reduzindo o consumo da matéria-prima.

“Hoje, três mil milhões de pessoas em todo o mundo estão em confinamento” por causa da pandemia de Covid-19 que começou na China mas já se espalhou praticamente por todos os países, atingindo especialmente a Europa e, agora, os EUA.

Em resultado deste confinamento, o presidente da AIE diz que poderemos ver uma quebra na procura por petróleo de “até 20 milhões de barris por dia”, afirmou numa conferência da Atlantic Council, citada pela Bloomberg.

A quebra deverá, segundo o responsável pela AIE, ser ainda mais expressiva no segundo trimestre deste ano, tendo em conta a propagação do vírus, nomeadamente para os EUA.

Esta redução acentuada da procura tem levado os preços do petróleo a afundarem. O Brent está a cair 1,33% para 25,99 dólares, enquanto o WTI sobe 0,84% para 22,80 dólares, sendo que ambos acumulam quedas de mais de 60% desde o início do ano.

Brent em queda. Está nos 25 dólares

A pesar no comportamento das cotações do petróleo está também a “guerra de preços” entre a Arábia Saudita e a Rússia. Depois de não terem chegado a um entendimento para uma redução concertada da produção, a Arábia Saudita anunciou que iria inundar o mercado, levando a uma queda acentuadas das cotações nos mercados internacionais.

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