CGD e BCP com casos confirmados de Covid-19. Banca reforça planos de contingência

Os bancos portugueses estão a implementar medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões.

A banca está a reforçar os canais digitais para responder ao surto de coronavírus, mas estão entre os serviços que continuam a funcionar. Entre planos de contingência reforçados tanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como o BCP já têm casos de Covid-19 confirmados entre os seus trabalhadores.

Após a notícia da TSF (acesso livre) de que haveria casos positivos de Covid-19 na CGD a condicionarem o atendimento ao público na sede do banco, fonte oficial confirmou ao ECO que há doentes confirmados, sem adiantar quem são as pessoas. Negou, no entanto, que as alterações no funcionamento estejam relacionadas com estes casos. Segundo a mesma fonte da CGD, os constrangimentos estão associados ao plano de contingência em curso desde sexta-feira.

O banco comunicou aos trabalhadores que foram tomadas “medidas logísticas inéditas” no edifício sede. Parte dos colaboradores estão a trabalhar a partir de casa, em teletrabalho, estão encerradas algumas áreas do edifício da Avenida João XXI e está a ser incentivar a utilização de canais alternativos por parte dos clientes.

O BCP registou um caso há mais de uma semana, tendo-se tratado de uma funcionária que trabalha no edifício do banco no Gonçalo Sampaio, e cujo marido é médico e foi um dos primeiros casos registados em Portugal. Assim que soube, a trabalhadora ficou em casa e todo o piso ficou em quarentena. Desde então não se registou mais nenhum caso no banco, que não faz qualquer comentário. Já o BPI e o Santander Totta confirmaram ao ECO que não têm casos confirmados.

Os bancos portugueses têm anunciado medidas para limitar a disseminação do surto, como o condicionamento do número de clientes no interior dos balcões ao número de bancários disponíveis a cada momento na parte do atendimento ao público. Trata-se de uma medida sanitária e de saúde pública que visa minimizar o risco de contágio do novo coronavírus tanto para os trabalhadores das instituições financeiras como para os próprios clientes, ao limitar o número de pessoas dentro de espaços fechados como são as agências.

Está garantida a prestação de todos os serviços bancários. Porém, no caso de haver um fluxo maior face à disponibilidade dos funcionários no atendimento, muitos clientes terão de aguardar do lado de fora da agência para ser atendido. A medida vai começar a ser aplicada durante a próxima semana pelos vários bancos.

Mantém-se a recomendação de privilegiar os canais digitais homebanking ou aplicações dos bancos — na realização de operações quotidianas, como pagamentos, consultas de extratos bancários ou transferências. Adicionalmente, em vez da deslocação a uma agência, poderá usar a rede de ATM.

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Vacina experimental contra o Covid-19 já foi testada em humanos

A primeira vacina experimental de potencial combate ao coronavírus foi testada pela primeira vez num paciente. Deverá demorar pelo menos um ano para se provar que realmente funciona.

A vacina experimental de potencial combate ao coronavírus foi testada pela primeira vez num humano, avança o Business Insider (acesso condicionado, conteúdo em inglês). O ensaio clínico aconteceu em Washington, nos Estados Unidos da América, e marca um progresso histórico no desenvolvimento de uma vacina para uma pandemia. Contudo, deverá demorar pelo menos um ano para se provar cientificamente que a vacina funciona.

Apesar deste progresso, a vacina ainda tem um longo caminho até que seja cientificamente comprovada a sua eficácia. Nesta primeira fase, o ensaio clínico está focado em perceber se a vacina é, de facto, segura em humanos.

Caso seja, os futuros ensaios clínicos vão englobar um maior número de pessoas. Ou seja, prevê-se que os testes clínicos demorem entre um ano e um ano e meio (18 meses) até que se prove que a vacina pode prevenir eficazmente a infeção por Covid-19.

Desenvolvida pela empresa de biotecnologia Moderna e pelo National Institutes of Health (NIH), o sequenciamento do vírus foi realizado em apenas 42 dias. Este “tempo recorde” é explicado pela uso da tecnologia. Stephane Bancel, CEO da farmacêutica, explicou ao Business Insider que a empresa desenvolveu uma nova tecnologia de vacinas, onde é apenas requerido o código genético do vírus, ao invés do próprio vírus, acelerando, assim, todo o processo.

Agora, a ideia é alargar o teste a cerca de 45 pessoas de Seattle (Washington), com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos. Os cientistas estão a oferecer 1.100 dólares a quem queira participar.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo e mais de 160 mil infetados. Só em Portugal, há já 331 infetados confirmados e foi confirmada esta segunda-feira a primeira morte pela doença.

(Notícia atualizada com mais informação)

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OMS considera pandemia “a maior crise sanitária global do nosso tempo”

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Organização Mundial da Saúde declarou que a pandemia de Covid-19 é “a maior crise sanitária global do nosso tempo” e apelou para que sejam realizados testes a todos os casos suspeitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta segunda-feira que a pandemia de Covid-19 é “a maior crise sanitária global do nosso tempo” e apelou para que sejam realizados testes a todos os casos suspeitos.

Em conferência de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS indicou que há agora “mais casos e mortes no resto do mundo do que na China”.

 

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Ryanair elimina taxa de alteração de voo em todas as reservas para abril

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Os clientes podem alterar o seu voo sem custos para uma data no futuro, tendo apenas de "pagar a diferença na tarifa". A Ryanair aconselha a não alterar o voo para outra data em abril.

A Ryanair vai eliminar a taxa de alteração de voo em todas as reservas para abril, indicou esta segunda-feira a companhia aérea em comunicado.

De acordo com a informação divulgada pela Ryanair, “os clientes podem alterar o seu voo sem custos para uma data no futuro”, sendo que “a taxa de mudança de voo será totalmente eliminada”. Assim, “os clientes só terão de pagar a diferença na tarifa”, alertando que “esta mudança de data de voo só se aplicará à rota que já tenham reservado”.

A Ryanair “aconselha os clientes a não alterarem o seu voo para outra data em abril”. “Durante a última semana, a propagação da Covid-19 e restrições de viagem impostas por vários Governos, muitas delas impostas sem aviso prévio, tiveram um impacto significativo e negativo na programação de todas as companhias aéreas do grupo Ryanair”, indicou a empresa, na mesma nota.

“A Ryanair espera que o resultado destas restrições seja a imobilização da maioria da sua frota em toda a Europa durante os próximos 7 a 10 dias” e por isso resolveu “oferecer aos nossos clientes maior flexibilidade nas suas viagens programadas. Neste momento, estamos a oferecer aos nossos clientes as seguintes opções”, diz o comunicado.

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Lucros dos CTT aumentam 36% com compra da 321 Crédito

O resultado líquido do grupo CTT aumentou 35,8%, para 29,2 milhões de euros. Os lucros foram impulsionados pela integração da 321 Crédito. Anunciou dividendo de 11 cêntimos por ação.

O lucro dos CTT CTT 0,00% cresceu 35,8% no ano passado, para 29,2 milhões de euros, um resultado líquido que foi impulsionado pela integração da 321 Crédito. Num relatório remetido à CMVM, o grupo refere que a compra desta empresa de concessão de crédito teve um contributo líquido de 7,6 milhões de euros para os lucros.

Com base neste resultado, os CTT anunciaram um dividendo de 11 cêntimos por ação, propondo-se a distribuir 16,5 milhões de euros pelos acionistas, o equivalente a cerca de 56% do total dos lucros (payout).

A integração da 321 Crédito não foi o único contributo extraordinário a impulsionar o resultado líquido anual. O reembolso de IRC pelo Fisco, resultante de uma decisão favorável relacionada com a venda da Tourline pela CTT Expresso à CTT, S.A. em 2016, também ajudou a companhia a registar estes lucros. A “ajuda” foi de mais 6,8 milhões de euros.

No ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) dos CTT cresceu 12,2%, para 101,5 milhões de euros. Além da integração da 321 Crédito, contribuíram para esta métrica o “aumento das margens operacionais das áreas de negócio dos Serviços Financeiros (mais 8,3 milhões de euros) e do Banco CTT (mais 3,5 milhões de euros)”, sublinha a empresa.

Em simultâneo, e ainda nesta vertente, estas melhorias “compensaram o decréscimo verificado nas áreas de negócio do Correio e Outros (menos 8,2 milhões de euros) e do Expresso e Encomendas (menos 5,6 milhões de euros)”, acrescenta ainda a empresa liderada por João Bento.

No plano das receitas, os rendimentos operacionais do grupo CTT cresceram 4,6%, totalizando 740,3 milhões de euros. Em termos absolutos, o Banco CTT e os Serviços Financeiros deram os contributos mais expressivos, mas também o negócio do Expresso e Encomendas, em que a empresa tem apostado de forma mais expressiva para fazer face à queda do tráfego do correio.

Este negócio, concretamente Correio e Outros, rendeu aos CTT 152,4 milhões (+2,4%), ainda que o correio continue a ser a principal fonte de receita para a empresa, totalizando 490,9 milhões de euros, uma queda de 1,6% face a 2018. No relatório, o grupo destaca uma queda de 9,1% no tráfego de correio endereçado, para 619 milhões de objetos, mas uma subida de 22% no tráfego publicitário não endereçado, para 521,4 milhões de objetos.

“A evolução do tráfego do correio transacional (-8,5%) continuou a ser afetada negativamente pelo decréscimo do tráfego de correio normal nacional, que apresentou uma queda de 42,6 milhões de objetos (-9,5%), sobretudo nos setores da banca e seguros, das telecomunicações e do Estado, mas também pelo correio azul, cujo tráfego diminuiu em 8,2 milhões de objetos (-31,2%)”, explicou a empresa no referido relatório.

Focando no desempenho do Banco CTT, a empresa destaca ter atingido as 461 mil contas abertas na instituição, mais 113 mil do que no final de 2018. Além disso, destaca “a continuação do crescimento dos depósitos de clientes” em 45,2%, para 1.283,6 milhões de euros, e do crescimento “da carteira de crédito habitação líquida de imparidades para 405,1 milhões de euros”, ou uma subida de 69,9%.

No período em análise, os gastos operacionais dos CTT aumentaram 3,4%, para 638,8 milhões de euros, uma subida que foi mais expressiva nos gastos com pessoal: aumentaram em 11,2 milhões de euros, ou 3,4%, para 344,1 milhões de euros.

A 31 de dezembro de 2019, os CTT registavam ainda uma dívida líquida de 60 milhões de euros, um aumento de 78,9 milhões de euros face aos -18,9 milhões reexpressos referentes ao ano de 2018.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h34)

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Juro da dívida portuguesa acima de 1% pela primeira vez em dez meses

Receios nos mercados estão a penalizar yields dos países periféricos.

Os juros da dívida portuguesa estão a agravar-se com o surto de coronavírus a penalizar o sentimento dos investidores. Pela primeira vez em dez meses, a yield das obrigações do Tesouro portuguesas a dez anos ultrapassou 1%. Portugal acompanha a tendência vivida em países como Espanha e Itália, enquanto as dívidas de países como Alemanha ou EUA estão a servir de refúgio aos investidores.

A yield da dívida portuguesa negoceia esta segunda-feira em 1,04%, no valor mais elevado desde maio de 2019. O agravamento que se tem vindo a acontecer nos últimos dias em resultado dos receios face ao impacto económico do surto de coronavírus. A taxa de juro pedida pelos investidores para trocarem títulos portugueses entre si compara com o mínimo histórico de 0,081% alcançado em agosto do ano passado.

A Europa é atualmente o foco da pandemia e já levou países como Itália e Espanha a decretarem quarentena obrigatória. Em ambos os casos, os juros das dívidas subiram para máximos desde o verão passado. No caso da dívida espanhola está em 0,84% e, no caso da italiana, em 2,13%.

Os bancos centrais têm tentado travar o impacto do coronavírus com estímulos à economia, nomeadamente com uma ação conjunta anunciada este fim de semana. A decisão foi tomada depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido também um pacote de estímulos à economia. No entanto, direcionou as medidas para a banca e para as pequenas e médias empresas. Christine Lagarde deixou claro que não tinha como objetivo manter os juros das dívidas baixos, o que tem pressionado as obrigações dos países periféricos.

“O mercado está muito volátil. Muitos investidores precisam de liquidez e têm de vender ativos refúgio”, explicou, na altura, Sebastian Fellechner, analista do DZ Bank, citado pela Reuters. Para o analista, a reação do BCE foi “uma desilusão” para os Governos.

Yield das obrigações portuguesas sobe

Fonte: Reuters

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EMEL suspende cobrança de parquímetros. Empark dá avenças em Lisboa

O objetivo de ambas as empresas é ajudar os cidadãos numa altura em que o país está a ficar paralisado em resultado da pandemia de Covid-19.

A EMEL, empresa municipal de estacionamento de Lisboa, vai deixar de cobrar parquímetros durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados até ao próximo dia 9 de abril. Ao mesmo tempo, a Empark anuncia que os 1.500 residentes na capital portuguesa que têm avenças noturnas vigentes nos seus parques de estacionamento, e que apenas vigoravam das 18h às 9h durante a semana e todo o dia durante os fins de semana e feriados, passam a usufruir de estacionamento por 24 horas todos os dias da semana.

A Câmara Municipal de Lisboa anunciou a suspensão do pagamento de todos parquímetros na cidade nas próximas semanas. A medida poderá ser prolongada ou cancelada consoante a evolução da pandemia, que já infetou mais de 300 pessoas em Portugal e que causou esta segunda-feira a primeira vítima mortal, refere um comunicado a que o Jornal de Negócios (acesso livre).

Em simultâneo, a Empark alargou as avenças noturnas nos seus parques de estacionamento. As avenças que funcionavam entre as as 18h00 e as 09h00 durante a semana passam a funcionar durante todo o dia, fins de semana e feriados. O objetivo é agilizar a mobilidade das pessoas numa fase de dificuldades de circulação.

“Há famílias e trabalhadores em quarentena voluntária que preferem sempre recorrer ao uso do seu próprio transporte e evitar riscos de contágio. Entendemos que esta medida é muito positiva no sentido de facilitar a vida dos residentes de Lisboa que se encontram nesta fase a trabalhar desde casa”, disse Paulo Nabais, diretor geral da Empark Portugal, em comunicado. Acrescentou que a empresa está a considerar outras medidas.

Os dois anúncios, feitos esta segunda-feira, juntam-se a outro semelhante feito pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, na semana passada. Rui Moreira já tinha anunciado o fim das tarifas de estacionamento à superfície, onde a Eporto, empresa participada da Empark, é responsável pela sua gestão e fiscalização.

(Notícia atualizada às 17h08)

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Entrevistas à distância? Não têm de ser um problema

Uma entrevista de emprego pode ser um momento decisivo. Em tempo de coronavírus, a consultora Robert Walters dá alguns conselhos a futuros candidatos que se preparam para entrevistas à distância.

A quarentena devido ao coronavírus tem levado à suspensão de entrevistas de trabalho e formações. Contudo, mesmo à distância, há processos de recrutamento a decorrer e as entrevistas são uma parte fundamental do processo. Plataformas como o Skype podem ser uma alternativa às entrevistas presenciais mas, com elas, surgem desafios e alguns passos importantes para que a entrevista corra o melhor possível.

De acordo com a consultora de recrutamento Robert Walters, há alguns passos importantes a tomar mesmo nas entrevistas virtuais.

  • Escolha o username no Skype

Opte por utilizar o seu nome como nome de utilizador no Skype, para ser mais profissional. Não se esqueça de informar a empresa.

  • Prepare e organizar o espaço envolvente

Antes de começar a entrevista, certifique todas as condições para que corra da melhor forma, tal como o volume do computador, o barulho de fundo, a ligação à internet e o enquadramento do ecrã. Para ouvir melhor e evitar o eco, utilize headphones com microfone incluído e não o sistema de som do computador e coloque em modo voo os dispositivos eletrónicos. As interferências de som e ruído podem prejudicar a entrevista, por isso deve fechar as janelas para evitar ruídos do exterior.

  • Mantenha uma boa postura

Evite estar deitado e opte por sentar-se inclinado para a frente em direção à câmara e com o computador apoiado numa mesa. Isto permitirá criar um ambiente de maior proximidade, semelhante ao de uma entrevista presencial. Garanta ainda que a sala ou o local onde se encontra tem boa iluminação e que o entrevistador consegue ver os seus ombros e rosto.

“Além disso, a linguagem corporal deve ser o mais natural possível, mantendo sempre um sorriso, e falando devagar — em entrevistas por vídeo é mais difícil perceber e avaliar o que está a ser dito”, exemplifica a consultora. “Para garantir que as suas respostas são compreendidas, diga: “Respondi à sua pergunta, ou precisa de mais informação?”

Da mesma forma, vá acenando positivamente com a cabeça e repetindo expressões que demonstram que consegue ouvir o entrevistador, como “sim”, “claro”, “pois”, etc.”, sublinha. A consultora aconselha ainda q que aposte em roupas mais escuras e sem padrões, para evitar distrações.

  • Olhe para a câmara

Para que fique mais envolvido na conversa, deverá olhar diretamente para a câmara do tablet ou computador, e não para a sua própria imagem no ecrã. De acordo com a Robert Walters, esta é uma forma de manter o contacto visual e permitir que o entrevistador leia as suas expressões faciais.

  • Antecipe problemas técnicos

Se tiver uma falha técnica, como por exemplo uma falha na ligação, peça ao entrevistador que repita a pergunta. Se o problema persistir, mencione-o educadamente e volte a conectar-se para evitar a perda de informações cruciais. A monitorização da velocidade e do tom do seu discurso também ajudará a preparar-se para qualquer atraso na comunicação.

  • Teste e verificar toda as condições

Antes de começar a entrevista, certifique-se de que tem todas as condições para que corra da melhor forma. Peça a um amigo que “ensaie” consigo a entrevista e teste todos os passos anteriores.

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Lisboa afunda para mínimo de 27 anos. Cai mais de 4%

O índice lisboeta acompanhou a forte pressão vendedora do resto da Europa. Em Lisboa, o BCP foi o título que mais pressionou: caiu 9%.

Novo trambolhão na bolsa de Lisboa, que não conseguiu resistir à grande pressão vendedora que se assistiu nas pares europeias. O PSI-20 tombou mais de 4% nesta sessão, fechando na fasquia mais baixa dos seus 27 anos de história, pressionado pelo BCP que derrapou mais de 9%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, desvalorizou 4,36% para 3,670.03 pontos, com apenas duas cotadas em terreno positivo. Lá fora, o cenário repetiu-se, com o Stoxx 600 em mínimos de 2013. O índice pan-europeu recuou 5,1%. Já o francês CAC 40 caiu 5,9%, o alemão DAX deslizou 5,3% e o espanhol Ibex deu um trambolhão de 7,9%.

Dúvidas sobre a eficácia das medidas de bancos centrais com vista a conter os efeitos nocivos da pandemia do novo coronavírus nas economias voltaram a minar os mercados nesta segunda-feira. Nem mesmo a ação concertada por parte dos bancos centrais neste fim de semana, com destaque para a Reserva Federal dos EUA que cortou juros no domingo e decidiu avançar com a compra de ativos para tentar amparar a economia, foi suficiente para trazer a tranquilidade aos mercados.

PSI-20 cai para mínimos de 1993

Neste quadro, em Lisboa, a Ibersol foi a cotada do PSI-20 que mais desvalorizou. Numa só sessão perdeu mais de um quinto do seu valor bolsista. As suas ações desvalorizaram 22,74%, para os 4,79 euros. Houve ainda 14 dos 18 títulos do PSI-20 com perdas acima de 4%.

Contudo, o tombo que se assistiu em Lisboa deveu-se sobretudo ao BCP que viu as suas ações derraparem 9,62%, para um novo mínimo histórico de 10,15 cêntimos.

Entre os títulos com mais peso no índice bolsista nacional, destaque para a queda dos títulos das energéticas do universo EDP. As ações da EDP desvalorizaram 4,42%, para os 3,394 euros, enquanto as da sua participada EDP Renováveis caíram 4,91%, para os 9,87 euros.

Apenas duas cotadas do PSI-20 escaparam ao vermelho. A Jerónimo Martins subiu 1,96% para 14,305 euros no dia em que a Polónia admitiu reabrir os supermercados ao domingo. Já a Mota-Engil teve uma valorização de 0,18% para 1,085 euros.

(Notícia atualizada às 19h09)

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Mais de 800 enfermeiros responderam ao apelo para reforçar linha SNS24

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Mais de 800 enfermeiros disponibilizaram-se para reforçar a linha de apoio aos cidadãos para fazer face à epidemia do Covid-19.

Mais de 800 enfermeiros responderam ao apelo da Ordem dos Enfermeiros (OE) para reforçar o atendimento da linha SNS24 face à pandemia da Covid-19, anunciou esta segunda-feira aquela entidade profissional.

“Na sequência do apelo da OE, em articulação com o Ministério da Saúde e com o operador privado que gere a linha SNS24, mais de 800 enfermeiros disponibilizaram-se para reforçar a linha de apoio aos cidadãos para fazer face à epidemia do Covid-19”, referiu a Ordem em comunicado.

Destes 800 enfermeiros, foram já enviadas várias listagens, num total de 600 nomes de profissionais, para a tutela e para a operadora Altice.

“Da parte da Ordem, foi cumprido o que foi solicitado, neste processo de grande colaboração próxima com todas as entidades competentes, e ao qual os enfermeiros, mais uma vez, deram uma resposta inequívoca, com o seu espírito de missão que a Ordem sublinha e enaltece”, afirma a OE.

No entanto, adverte, para que “todos aqueles que estão disponíveis para reforçar a linha o possam fazer efetivamente, é necessário que a tutela aprove essas contratações”.

A Ordem dos Enfermeiros explica que este é “um processo de cooperação entre todas as entidades”, cabendo à OE divulgar o apelo entre os enfermeiros, recolher os dados e remetê-los às entidades competentes.

A contratação é da responsabilidade da tutela, em articulação com o operador privado que gere a linha de apoio, sublinha.

Na passada sexta-feira, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, anunciou que a Linha SNS24 (808 24 24 24) passou a contar desde esse dia com mais 112 enfermeiros e com capacidade para atender 1.200 chamadas em simultâneo.

Jamila Madeira acrescentou na altura que estava a ser trabalhado um aumento para 1.500 chamadas em simultâneo.

A Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 331 o número de infetados pelo novo coronavírus, mais 86 do que os contabilizados no domingo, dos quais 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos

Segundo a DGS, há três casos recuperados.

O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre várias medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir desta segunda-feira, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes.

Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.

Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.

A nível global, o coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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Portugal regista primeira morte por Covid-19. Vítima tinha 80 anos

A ministra da Saúde confirmou esta segunda-feira a ocorrência da primeira morte provocada pelo coronavírus em Portugal, um homem de 80 anos que estava internado há vários dias.

A ministra da Saúde, Marta Temido, confirmou esta segunda-feira a ocorrência da primeira morte provocada pelo coronavírus em Portugal, 14 dias depois da confirmação do primeiro caso no país. A vítima mortal era um homem de 80 anos que estava internado há vários dias e que tinha “várias comorbilidades associadas”, ou seja, fazia parte do grupo de risco, mais vulnerável aos efeitos da doença Covid-19.

“Queremos apresentar sinceras condolências, do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde, à família e aos amigos desde doente”, disse Marta Temido, numa conferência de imprensa de balanço do combate à pandemia no país. Ao mesmo tempo, a ministra saudou o “empenho” dos profissionais de saúde do Hospital Santa Maria no “tratamento e prestação de cuidados e apoio a este doente”.

Pedindo aos jornalistas para serem breves perante o momento complicado e o trabalho que há pela frente, Marta Temido afirmou que este “é um momento de disciplina e de comportamentos cívicos”. “Estamos num momento em que é importante que todos nos consciencializemos dos riscos que corremos e do risco de a nossa sociedade se desestruturar. E não podemos permitir que isso aconteça”, afirmou.

A ministra da Saúde endureceu o discurso e comparou este momento com “uma guerra”. Dito isto, recordou que “mesmo quando Inglaterra esteve a sofrer ataques aéreos durante a II Guerra Mundial, os ingleses mantiveram-se a trabalhar”. “Não podemos interromper a nossa vida social, porque não podemos ficar sem pão, sem água, sem energia, sem recolha de resíduos. Mas temos de manter comportamentos apropriados ao momento em que vivemos”, reiterou, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Perante a primeira morte em Portugal por causa do novo coronavírus, o Presidente da República apresentou “os seus sentidos pêsames à família da primeira vítima mortal da pandemia do Covid-19 em Portugal”. A mensagem foi publicada no site da Presidência da República.

Já o primeiro-ministro, António Costa, disse ter recebido a notícia com “consternação e pesar”. “Este, que é um momento de respeito, deve servir também para reforçarmos a consciência coletiva dos riscos que corremos. Façamos tudo o que depende de nós, quando comunidade, para contermos esta pandemia”, escreveu o chefe do Governo.

18 doentes estão em cuidados intensivos

Esta notícia surge nua altura em que existem 18 pessoas infetadas pelo novo coronavírus em unidades de cuidados intensivos em Portugal. Este homem faria, assim, parte dos 331 casos que eram conhecidos pela Direção-Geral da Saúde até à passada meia-noite, mais 86 do que os reportados no dia anterior.

Nessa atualização, do total de casos confirmados, 142 situam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, 138 no Porto, 31 no Centro e 13 no Algarve. Há ainda um caso confirmado nos Açores e cinco foram “exportados” para o estrangeiro. A maioria dos casos situa-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos, sendo que, total, 139 estão internados.

A DGS encontrou 18 cadeias de transmissão ativas, o que significa que 18 pessoas foram responsáveis por todos os casos confirmados até ao momento. Alguns dos casos em Portugal foram “importados” de outros países, nomeadamente 16 de Espanha, 14 de Itália, nove de França, cinco da Suíça, um de Andorra, um da Bélgica e um de Alemanha/Áustria.

Os dados das autoridades de saúde apontavam ainda para 2.203 casos não confirmados, 374 que aguardam resultado laboratorial e 2.908 casos suspeitos. Há ainda um total de 4.592 pessoas sob vigilância e três pessoas já recuperaram da doença.

(Notícia atualizada às 17h46 com mais informações)

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Fronteiras com Espanha encerram às 23h00. Ficam fechadas durante um mês por causa do vírus

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, anunciou que as fronteiras terrestres com Espanha vão ser repostas a partir das 23h00 portuguesas.

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, anunciou que as fronteiras terrestres com Espanha vão ser repostas. A partir das 23h00 portuguesas passará a ser feito o controlo sanitário, ficando encerradas as fronteiras durante um mês. Tudo por causa do surto do coronavírus, que já infetou mais de 300 pessoas e fez uma vítima mortal em Portugal.

“Serão repostos os controlos que se traduzirão no funcionamento exclusivamente de nove pontos de fronteira. Nestes nove pontos de fronteira apenas será autorizada veículos de mercadoria de cidadãos nacionais ou de cidadão nacionais ou de residentes em Portugal no sentido Espanha-Portugal tal como de cidadão espanhóis ou de residentes em Espanha no sentido contrário, pessoal diplomático, casos de reunião familiar nas zonas fronteiriças, acesso a centros de saúde ou a saída de cidadãos estrangeiros”, disse.

Isto quer dizer que “todas as deslocações que não sejam de mercadorias ou de trabalho estão a partir desta noite impedidas. Todas as circulações turísticas ou de lazer estão impedidas“, reforçou o ministro.

Os únicos pontos de fronteira autorizados são: a ligação Valença-Tui, Vila Verde da Raia-Verin, perto de Chaves, Quintanilha-San Vitero, perto de Bragança, Vilar Formoso, Termas de Monfortinho, Marvão, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e a ligação de Castro Marim entre Vila Real de Santo António-Ayamonte.

Portugal repôs o controlo das suas fronteiras internas por mais duas vezes desde o “Euro 2004”: em 2010 durante a cimeira da Nato, realizada em Lisboa e em 2017, entre a meia-noite de 10 de Maio e a meia-noite de 14 de maio, por ocasião da visita do Papa.

Eduardo Cabrita adiantou ainda que será suspenso o tráfego aéreo entre os dois países a partir do final do dia de hoje. “A partir de hoje não teremos voos entre os aeroportos nacionais e aeroportos espanhóis“, disse.

Também vai ser suspensa a ligação ferroviária, tal como as duas ligações fluviais regulares que existem, uma no Minho e outra no Algarve.

Adicionalmente não será permitido a titulares de embarcações de recreio de um país atracarem em marinas ou pontos similares no outro país.

As medidas irão vigorar por um mês, até dia 15 de abril, isto é até ao dia a seguir à Páscoa.

(Notícia atualizada às 16h25)

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