Petróleo dispara mais de 10%. Brent acima dos 30 dólares

Cotações do Brent e do crude valorizam entre 11% e 18%, numa altura em que a reabertura das economias dá fôlego à matéria-prima. Petrolíferas tiram partido e aceleram também.

Os últimos dias têm sido de correção para os preços do petróleo. A gradual reabertura de muitas economia após o período mais crítico da pandemia joga em favor da recuperação da procura por “ouro negro”, e isso está a puxar pelas cotações. O barril regista ganhos acima de 10%, com o Brent londrino a negociar acima dos 30 dólares. Petrolíferas também aceleram.

Nesta terça-feira, a cotação do barril de Brent para entrega no dia 29 de maio avança 11,05%, para os 30,20 dólares, no mercado londrino, naquela que é a sexta sessão seguida de ganhos. Já, em Nova Iorque, o crude (contrato que expira a 18 de maio) valoriza 18,34%, para os 24,13 dólares por barril, na quinta sessão seguida de subidas.

O valor da matéria-prima regressa assim a máximos de meados de abril, ainda antes de os receios sobre a capacidade de armazenamento, devido ao excesso de oferta no mercado, ter provocado uma sangria que colocou o preço do petróleo pela primeira vez na história em terreno negativo.

Brent recupera no mercado londrino

Desta vez, a perspetiva é contrária. Com a reabertura de muitas economias, o cenário é no sentido de uma recuperação da procura de petróleo, o que está a ditar a subida das cotações.

O banco de investimento suíço UBS veio mesmo dizer agora antecipar que o alívio das restrições ajudaria a conduzir a um reequilíbrio na oferta e na procura do mercado de petróleo no terceiro trimestre. Projetou mesmo que a oferta será insuficiente no quarto trimestre, prevendo uma recuperação do preço do Brent para os 43 dólares, no final de 2020, e para os 55 dólares em meados de 2021.

Face a este cenário, os títulos das petrolíferas estão em forte alta nesta sessão. É o caso da Total e da Repsol, mas também da portuguesa Galp. Os títulos da petrolífera portuguesa valorizam 2,19%, para os 10,25 euros. Mas os ganhos da Total e da Repsol ainda são mais dilatados: valorizam 6,1% e 8,1%, respetivamente. Apesar destas duas cotadas terem reportado uma quebra acentuada dos seus lucros nos três primeiros meses do ano, anunciaram que vão pagar dividendos, à semelhança do que a Galp também fez.

(Notícia atualizada às 15h24 com últimas cotações do Brent e crude)

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VIC Properties compra Herdade do Pinheirinho. Vai investir até 500 milhões na construção de hotéis e habitações

A promotora imobiliária, responsável pelo Prata Riverside Village, comprou agora a Herdade do Pinheiro, em Grândola. Vai investir até 500 milhões na construção de 700 habitações.

Depois de um mega condomínio de luxo em Marvila, a VIC Properties decidiu investir um pouco mais a sul. A promotora comprou a Herdade do Pinheirinho, em Grândola, onde pretende construir 700 apartamentos e moradias, num investimento total de até 500 milhões de euros.

É em Melides, no concelho de Grândola, que estão os cerca de 200 hectares da Herdade do Pinheirinho que a VIC Properties comprou recentemente. Com acesso direto à praia, é nestes terrenos que deverão nascer hotéis, moradias, comércio e um campo de golfe, informou a empresa em comunicado. Numa primeira fase, está prevista a construção de um hotel, 450 moradias e 250 apartamentos, aos quais se junta o campo de golfe já em funcionamento.

Herdade do PinheirinhoD.R.

Ao ECO, a VIC Properties adiantou que o investimento total do projeto rondará os 450 e os 500 milhões de euros, não adiantando estimativas sobre um prazo para a conclusão do mesmo. Atualmente, a empresa está a reavaliar os estudos e usos existentes para a Herdade do Pinheirinho, “de forma a poder melhorar um projeto desenvolvido inicialmente há mais de dez anos”. Feito isto, começará a construção “o mais rapidamente possível”.

Para o CEO da VIC Properties, esta é uma “aquisição estratégica”, a primeira do grupo fora de Lisboa. João Cabaça acredita que, nos próximos anos, “vai existir uma cada vez maior valorização de segundas habitações, inseridas em contextos mais próximos na natureza”, “com espaços ao ar livre, que permitam a prática de atividades de lazer e de desporto”.

Desenvolver este projeto na Herdade do Pinheirinho vai “aumentar a oferta numa zona que necessita de projetos estruturantes e que possam alargar a oferta de serviços na região“, diz o COO, Luís Gamboa, referindo ter a certeza que será “um projeto de referência em Portugal, com um forte impacto no panorama imobiliário nacional, assim como na economia e na criação de emprego local”.

Os terrenos da Herdade do Pinheirinho vão, assim, juntar-se aos dois empreendimentos que a VIC Properties já tem em Lisboa, na freguesia de Marvila: o Prata Riverside Village e o projeto da Matinha. A empresa tinha intenções de entrar para a bolsa de Lisboa este ano mas, até ao momento, tal ainda não aconteceu.

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Consumo de eletricidade caiu quase 14% no mês de abril. Não se via um valor tão baixo desde 2004

Abril ficou marcado também por uma queda de 13% no consumo de gás natural e pela contribuição nula do carvão para a produção de energia elétrica, o que não acontecia desde 1985.

De acordo com os dados mais recentes da REN – Redes Energéticas Nacionais, o consumo de energia elétrica recuou 13,8% em abril (já com a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis), mês em que o país esteve a 100% em estado de emergência.

Sem levar em conta os efeitos de temperatura e dias úteis, a queda no consumo foi de 12% no mês passado. É necessário recuar a agosto de 2004 para encontrar um consumo mensal tão baixo como o verificado este mês”, sublinha a REN em comunicado. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a evolução até agora é de menos 2,6% no consumo de eletricidade, valor que não se altera com correção de temperatura e dias úteis.

O mês passado ficou também marcado por outro evento histórico: pela primeira vez desde 1985 o carvão não contribuiu, de todo, para a produção de energia elétrica em Portugal. “A produção a carvão que vinha sendo muito reduzida, em abril foi mesmo nula, o que acontece pela primeira vez desde a existência das atuais centrais a carvão de Sines e Pego (desde 1985)”, sublinha a REN.

Da mesma forma, no mercado de gás natural, o consumo nacional registou em abril uma quebra de 26%, com reduções de 13% no segmento convencional e de 66% no segmento de produção de energia elétrica. No período entre janeiro e abril, registou-se um aumento anual de consumo de 6,6%, devido ao comportamento positivo do mercado elétrico no primeiro trimestre. No segmento convencional o consumo caiu 4,1% neste período.

Já em março o consumo de energia elétrica tinha recuado 0,5% por comparação com o período homólogo. “Esta evolução resultou de um período de crescimento no início do mês, seguido de uma forte contração após a declaração do estado de emergência. Entre o dia 18 e o final do mês o consumo corrigido de temperatura baixou cerca de 8% face ao período equivalente do ano anterior”, sublinha a operadora de redes de transporte de eletricidade.

No que diz respeito à produção de eletricidade, em abril as renováveis abasteceram 69% do consumo nacional, a produção não renovável foi responsável por 17%, enquanto os restantes 14% foram abastecidos com energia importada. No mês passado as condições hidrológicas foram favoráveis, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 1,17 (média histórica igual a 1), enquanto nas eólicas o índice registou 0,85 (média histórica igual a 1).

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção renovável abasteceu 69% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 35%, eólica com 26%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%. A produção não renovável abasteceu 28% do consumo, praticamente apenas com gás natural. Neste período registou-se um saldo importador equivalente a cerca de 2,3% do consumo nacional.

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Mercadona doa mais de 200 toneladas em bens a instituições

Nos primeiros quatro meses do ano, a Mercadona doou mais de 200 toneladas em bens alimentares de primeira necessidade a diversas entidades socais, como o Banco Alimentar ou o Hospital São João.

Entre janeiro e abril deste ano, a cadeia de supermercados Mercadona doou mais de 200 toneladas em bens alimentares a hospitais ou instituições de solidariedade portuguesas, para fazer face às necessidades criadas pela pandemia de Covid-19 no país.

A empresa, no seu firme compromisso de estar ao lado dos grupos mais desfavorecidos, intensifica o seu modelo responsável colaborando com os bancos alimentares e cantinas sociais, às quais doou mais de 200 toneladas de alimentos, entre janeiro e abril”, adianta Elena Aldana, diretora-geral internacional das relações externas da Mercadona, citada em comunicado.

Entre as entidades apoiadas pela cadeia de supermercados espanhola em Portugal estão os Bancos Alimentares de Aveiro, Braga e Porto, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Cáritas Portuguesa, o Hospital São João e o Hospital das Forças Armadas, no Porto. “Desde o início do ano, a empresa já doou a todas estas entidades e organizações um total de 4.130 toneladas de alimentos, 3.925 em Espanha e 205 em Portugal“, informa a empresa.

Além destas doações, a Mercadona conta ainda com dez cantinas sociais, nas suas dez lojas no país. Trata-se de uma “colaboração diária”, que de segunda a sexta-feira, “entrega bens essenciais alimentares e não alimentares, que são retirados das prateleiras das lojas” e se encontram em boas condições para consumo, explica a cadeia espanhola.

Face à crise provocada pelo novo coronavírus, há cada vez mais pessoas a recorrerem à ajuda de instituições de solidariedade. No último mês, os pedidos de ajuda ao Banco Alimentaram dispararam. Só para a Rede de Emergência Alimentar já chegaram 12.060 novos pedidos de ajuda, apontou Isabel Jonet, presidente da instituição.

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Revista de imprensa internacional

Um grupo de investigadores criou um anticorpo capaz de destruir o novo coronavírus em laboratório. A pandemia está a destruir milhares de postos de trabalho em Espanha. Nissan estuda abandonar Europa.

São boas notícias no combate ao Covid-19: um grupo de investigadores europeu conseguiu criar um anticorpo capaz de neutralizar o novo coronavírus em culturas de células em laboratório. A pandemia já destruiu quase um milhão de postos de trabalho em Espanha e o grupo Hertz poderá ser forçado a declarar falência.

Expansión

Nissan pondera sair da Europa e encerrar fábrica em Barcelona

A Nissan está a ponderar deixar o mercado europeu e concentrar a atividade no Japão, Estados Unidos e China. A avançar este plano, uma das consequência será o fecho da fábrica da Zona Franca em Barcelona, que emprega cerca de 3.000 funcionários. A direção da Nissan já tinha referido que a fábrica em Barcelona não é viável sem a concessão de novos modelos. A multinacional vai apresentar um plano de negócios de médio prazo a 28 de maio. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre/conteúdo em espanhol).

El Economista

Pandemia do coronavírus destrói 947 mil empregos em Espanha

A pandemia destruiu 947.896 empregos em Espanha entre meados de março e final de abril, revelaram os dados publicados pelo Governo espanhol. O número representa o saldo negativo dos afiliados no sistema de Segurança Social no período referido. No total, mais de cinco milhões de cidadãos espanhóis estão a receber prestação de desemprego. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Cientistas criam anticorpo que neutraliza coronavírus em laboratório

Um grupo de cientistas da universidade holandesa de Berend-Jan Bosch conseguiu criar um anticorpo capaz de neutralizar o novo coronavírus em laboratório. Trata-se de um avanço científico com potencial para acelerar os esforços na descoberta de um tratamento para o Covid-19, mas cuja aplicação prática no combate à pandemia ainda está longe de garantida. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Hertz em vias de declarar falência sem acordo para reestruturação de dívida

A Hertz poderá declarar falência esta terça-feira caso não seja capaz de chegar a acordo com os credores para uma reestruturação da dívida e extensão do período de carência de uma tranche que já venceu e não foi paga. Caso as negociações não cheguem a bom porto, a empresa de rent-a-car deverá optar por declarar falência, obtendo proteção judicial desta forma, o que lhe permitirá manter o negócio e obter margem para desenhar um plano de pagamentos aos credores e uma reestruturação no negócio. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Reuters

Fundador da WeWork também processa SoftBank

Afastado da liderança da WeWork depois de acusado de más práticas de gestão, o fundador da startup, Adam Neumnn, decidiu avançar também contra o SoftBank em tribunal. Em causa está a decisão do grupo japonês e principal acionista da WeWork de retirar a oferta de compra de ações da WeWork no valor de três mil milhões de dólares, uma operação que permitiria ao próprio Neumann e a trabalhadores da startup desfazerem-se das suas posições depois do IPO falhado da empresa. O SoftBank foi a empresa que resgatou a WeWork depois do falhanço na entrada em bolsa e a decisão de não levar a cabo a compra de ações já tinha motivado também um processo em tribunal da parte da atual administração da startup de aluguer de espaços de trabalho. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Governo vê com “bons olhos” jogos da I Liga em sinal aberto na televisão

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

O secretário de Estado da Juventude e Desporto vê “com bons olhos” a realização dos jogos da I Liga em menos estádios e transmitidos em sinal aberto da televisão.

A fase final da I Liga de futebol disputada em menos estádios e transmitida em sinal aberto na televisão, como formas de luta anti-coronavírus, é vista “com bons olhos” pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.

“Especialistas de saúde da Federação Portuguesa de Futebol e da Direção Geral da Saúde com certeza encontrarão as melhores formas para a redução ao máximo do risco, sabendo que zero não é possível. Se passa por menos estádios, mais concentração numa região ou outra, isso é matéria que a FPF, a Liga e a DGS estão a trabalhar”, disse, isentando-se de opinar.

Em entrevista à Antena 1, o governante não deu garantias claras de nada, apenas pistas quanto às intenções do Governo que, avisou, “não terá problemas em voltar atrás” quanto ao regresso do futebol caso a situação da pandemia em Portugal se “agrave”. “Tem de haver o menor risco possível, dentro de condições técnicas, organizativas que tenham como objetivo máximo a saúde publica e dos próprios atletas e técnicos”, sublinhou.

A luta contra o coronavírus passa igualmente por evitar aglomerados de pessoas nos cafés e restaurantes a assistir aos jogos de futebol em canal fechado, pelo que o Governo está a pensar discutir com os operadores, FPF e Liga, a possibilidade de que os mesmos sejam transmitidos em canal aberto. “Temos pensado nisso, mas é um tema que ainda não foi discutido com os operadores. Sabemos perfeitamente que os cafés, associações e outros locais públicos são também locais de romaria, para lá dos estádios, onde vão aos milhares, com grupos de dezenas de pessoas a concentrar-se, o que hoje não é desejável”, justificou.

A ideia é “criar condições” para evitar a “grande tentação” das pessoas assistam ao futebol em ajuntamentos e, dessa forma, o governo “não ter atitudes contraditórias, no sentido de pedir atitudes responsáveis e depois não criar condições mínimas para isso”.

Em causa igualmente o facto da II Liga não ir ser concluída, como o principal escalão, numa decisão na qual “o Estado não interveio, pois foi tomada pela Liga, FPF e DGS”. “Resulta mais uma vez consensualmente da reflexão feita por essas entidades que concluíram que tais condições técnicas, organizativas, de saúde, despistagem, proteção e isolamento dos próprios jogadores seria muito difícil para os clubes da II Liga pudessem acompanhar em termos de investimento necessário a fazer”, explicou.

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Pandemia destrói quase um milhão de empregos em Espanha. Mais de cinco milhões recebem subsídio

  • ECO e Lusa
  • 5 Maio 2020

O número de inscritos nos serviços de Segurança Social em Espanha registou um saldo negativo de 947.896 pessoas entre meados de março e final de abril, devido à pandemia do Covid-19.

A pandemia destruiu perto de um milhão de empregos em Espanha. A informação faz parte de um conjunto de dados do mercado laboral, publicados pelo Governo espanhol.

Entre meados de março e o final de abril, os afiliados no sistema de Segurança Social registaram um saldo negativo de 947.896. No total, mais de cinco milhões de cidadãos espanhóis estão a receber prestação de desemprego, segundo avançou o El Economista. Trata-se de um crescimento de interanual de 136,56%, para um valor recorde.

De acordo com a informação divulgada, há menos emprego nos setores do pequeno comércio e na educação. Em contrapartida, regista-se um aumento de emprego no setor da agricultura, um fenómeno explicado pelos efeitos da pandemia nas tendências de consumo em todo o mundo.

Há ainda mais de três milhões de pessoas em regime de lay-off ou similar (3.074.462), sobretudo nos serviços de comida e bebidas (726.137), seguindo-se o pequeno comércio (448.243). Catalunha, Madrid e Andaluzia são as comunidades onde há mais trabalhadores abrangidos por este regime.

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Tribunal alemão dá três meses ao BCE para corrigir programa de compra de dívida

Juízes de Karlsruhe consideram que partes do programa de compra de ativos do Banco Central Europeu não cumprem com os tratados europeus.

O Tribunal Constitucional Federal alemão já se pronunciou sobre o programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE), tendo dado três meses à autoridade monetária da Zona Euro para o corrigir. Os juízes de Karlsruhe consideram que partes deste programa não cumprem com os tratados europeus.

Numa decisão quase unânime (7 contra 1), os juízes do Constitucional defenderam que o BCE terá de rever o programa de compras criado por Mario Draghi entre 2015 e 2019, que levou um grupo de dois mil queixosos, encabeçado por economistas e professores de Direito, a darem início a este processo por duvidarem que o programa respeite a lei fundamental alemã.

“A menos que o conselho de governadores do BCE adote uma nova decisão que demonstra de forma compreensível e substanciada que os objetivos de política monetária do programa de compra de dívida não são desproporcionais face à política económica e orçamental resultantes do programa”, o Bundesbank, o banco central alemão, deixará de poder participar. E terá de vender a dívida em carteira.

Esta decisão diz respeito aos programas criados ainda durante a crise anterior e que, após várias alterações, se mantêm em curso. Ou seja, fica de fora o programa de emergência criado para responder à crise pandémica, no valor de 750 mil milhões de euros. E este é mais um desenvolvimento num longo processo de contestação alemã à atuação do BCE.

BCE “negligenciou manifestamente” princípio da proporcionalidade

O processo atual, que arrancou na justiça alemã em março de 2015, não é o primeiro, e surgiu depois de aplicado o APP (programa alargado de compra de ativos) ou Expanded Asset Purchase Programe, durante a presidência de Mario Draghi.

Em 2017, o Tribunal Constitucional, assumiu ter dúvidas de que a compra de ativos fosse compatível com a proibição de financiamento monetário, reencaminhando a sentença para o Tribunal de Justiça Europeu (TJE). O TJE pronunciou-se a favor do BCE, mas ficou à responsabilidade da entidade máxima de justiça alemã interpretar a sentença à luz da sua Constituição.

No final do ano passado, os ativos comprados no âmbito desse programa ultrapassavam os 2,5 biliões de euros, sendo a esmagadora maioria do programa de dívida pública, o PSPP. “Os queixosos reclamam que o PSPP viola a proibição de financiamento monetário e princípio da atribuição do Tratado da União Europeia”, pode ler-se na decisão.

O BCE argumenta que os bancos centrais da Zona Euro, ao comprar a dívida no mercado secundário, e não diretamente aos Estados-membros, não cometem nenhuma ilegalidade, mas o tribunal alemão discorda. “Um programa de compra de obrigações dos governos, tal como o PSPP, que tem efeitos económicos significativos precisa de ter objetivos de política monetária e efeitos de política económica identificados, pesados e equilibrados”, considera.

“Ao perseguir de forma inconstitucional o objetivo de política monetária do PSPP — alcançar taxas de inflação próximas, mas abaixo de 2% –, ignorando os efeitos económicos, o BCE manifestamente negligenciou o princípio da proporcionalidade“, acrescenta o Tribunal.

(Notícia atualizada às 10h53 com mais informação)

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Governo aprova lançamento do concurso internacional para PPP do Hospital de Cascais

Num despacho publicado no Diário da República, é dada autorização para o lançamento de um concurso público internacional para a PPP do Hospital de Cascais.

O Governo já aprovou o lançamento da parceria público-privada (PPP) do Hospital de Cascais e do concurso público para a respetiva atribuição, uma operação avaliada em 859 milhões de euros ao longo de oito anos. A aprovação consta de um despacho publicado no Diário da República, que dá “luz verde” ao “lançamento do procedimento de concurso limitado por prévia qualificação” através de anúncio no Jornal Oficial da União Europeia.

Este é mais um passo para a concretização da PPP do Hospital de Cascais, atualmente gerido pela Lusíadas Saúde, em regime de PPP, num contrato que terminava em 2018 mas que foi prorrogado por até três anos para dar tempo para preparar o novo concurso, que estava atrasado.

As bases foram lançadas em fevereiro e, no final de abril, o Conselho de Ministros autorizou a despesa relativa ao novo contrato de gestão, que prevê também um alargamento da área de influência daquela unidade.

No despacho desta terça-feira, o Governo aprova também a composição do júri do procedimento e delega funções na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para a “prática de todos os atos a realizar” no âmbito do lançamento da PPP.

Dada a sensibilidade política do tema, o Executivo tem vindo a salientar que o valor dos 859 milhões de euros será “sempre inferior” àquele que o Estado teria de pagar se as mesmas atividades fossem diretamente geridas por ele. Além disso, no despacho publicado esta terça-feira, o Governo argumenta ainda que a PPP “é compaginável com o compromisso” assumido no Programa do Governo de “não fazer nenhuma nova” PPP, justificando que a atual gestão do Hospital de Cascais é gerida em modelo de PPP.

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Israel anuncia descoberta de anticorpo para o coronavírus

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

Um grupo de cientistas do Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica conseguiu criar um anticorpo capaz de neutralizar o novo coronavírus em laboratório.

O Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, do Ministério da Defesa, anunciou esta terça-feira ter desenvolvido um anticorpo para o coronavírus estando a preparar a patente para depois contactar farmacêuticas com o objetivo de uma produção em escala comercial.

Um comunicado, o instituto refere que o centro de investigação assegura que o anticorpo que foi desenvolvido ataca e neutraliza o vírus nas pessoas doentes.

“De acordo com os investigadores do instituto, encabeçados pelo professor Shmuel Shapiro, a fase de desenvolvimento do anticorpo foi finalizada”, refere a nota.

O ministro da Defesa de Israel, Naftali Benet, visitou o laboratório do instituto em Nezz Ziona, sul de Telavive, onde tomou conhecimento da investigação referindo que o “anticorpo ataca o vírus de forma monoclonal” qualificando o trabalho desenvolvido como “uma grande conquista”.

“Estou orgulhoso do pessoal do Instituto de Biotecnologia por este grande avanço. A criatividade e o pensamento judaico atingiram este grande resultado”, expressou o ministro através do mesmo comunicado.

O documento não especifica se foram realizados ensaios em humanos.

Altos cargos do setor da defesa e da segurança israelitas disseram, entretanto, à estação estatal Kan que a descoberta é a “primeira deste tipo a nível mundial”.

De acordo com a publicação digital Times of Israel, no Mundo há cerca de uma centena de equipas de investigação à procura de uma vacina para o vírus SARS-Cov-2 que provocou a pandemia sendo que cerca de uma dezena estão neste momento em fase de teste em seres humanos.

Muitos especialistas avisaram em março que o processo após o desenvolvimento de uma vacina em laboratório pode demorar pelo menos 18 meses.

O Instituto para a Investigação e Biotecnologia de Israel dedica-se, entre outros campos, a investigar armas químicas procurando antídotos contra novas substâncias.

Em março, o jornal Haaretz publicou que o centro de investigação tinha conseguido avançar nas investigações sobre a vacina tendo na altura o Ministério da Defesa desmentido a informação da publicação israelita.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

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“Potencial económico” da língua portuguesa “é vasto”, diz Costa

  • Lusa
  • 5 Maio 2020

No primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa, o primeiro-ministro destaca o português como um "instrumento privilegiado para a globalização dos nossos dias".

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, considera o português uma “língua para o futuro” e um “instrumento privilegiado” para a globalização, numa mensagem alusiva ao Dia Mundial da Língua Portuguesa que se assinala pela primeira vez.

“Fruto dos descobrimentos, mestiçou-se com outras línguas do mundo, mas é também uma língua para o futuro servindo de instrumento privilegiado para a globalização dos nossos dias”, disse António Costa, notando que é a quarta língua mais falada no mundo.

A mensagem do chefe do Governo português é uma das que integra a cerimónia online que assinala o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa, juntando mais de duas dezenas de personalidades lusófonas da política, letras, música ou desporto.

Citando estimativas de que apontam para que o português atinja 380 milhões de falantes em 2050 e no final do século quase 500 milhões, António Costa destacou o potencial de um idioma hoje falado por mais de 260 milhões de pessoas e língua oficial ou de trabalho de 32 organizações internacionais.

“O potencial económico é vasto, assume-se como um fator de competitividade, quer como língua de cultura e conhecimento, quer como língua de política e de negócios, quer ainda como importante veículo na internet e nas redes sociais”, destacou.

Para António Costa, “a dispersão geográfica da lusofonia, a diversidade cultural dos seus povos e a complementaridade das suas economias constitui uma força” num espaço onde a língua portuguesa “serve de ponte entre continentes”.

“A língua portuguesa é hoje a pátria de muitas pátrias porque é em português que se entendem e cooperam os países que a tem como idioma oficial”, disse.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em novembro do ano passado, 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa, mediante proposta de todos os países lusófonos apoiada por mais 24 Estados, incluindo países como a Argentina, Chile, Geórgia, Luxemburgo ou Uruguai.

O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7% da população mundial.

É língua oficial dos nove países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul.

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Na mesa do recrutador: Cláudio Valente, da Ikea

A fotografia que ilustra este artigo é a da mesa que Cláudio Valente, 43 anos, ocupou no dia em que esta entrevista foi feita. É que todos os dias, esta realidade - a mesa de trabalho - pode mudar.

Esta mesa não é de ninguém. Esta mesa é de todos. A fotografia que ilustra este artigo é a da mesa que Cláudio Valente, 43 anos, ocupou no dia em que esta entrevista foi feita. É que todos os dias, esta realidade – a mesa de trabalho – pode mudar.

Os conceitos de hot desk e de clean desk são prática comum no escritório da IKEA Portugal, em Loures. Em alternativa, cada um dos 177 trabalhadores do escritório tem um cacifo onde pode guardar as suas coisas todos os dias. “Não há uma mesa, há várias mesas. E é algo que, ao princípio, pode parecer estranho. Na IKEA não existem gabinetes. Se um trabalhador não tem lugar na ilha habitual, terá de sentar-se ao lado de outro lugar qualquer, noutra área qualquer. Mas isso ajuda a conhecer melhor os colegas e o que eles fazem, e ajuda a que, no nosso dia-a-dia, sejamos mais fortes enquanto equipa”, explica Cláudio Valente.

O responsável de people & culture da IKEA está no grupo desde 2011 mas só chegou à área do retalho em 2016. A sua experiência na empresa sueca começou em Paços de Ferreira. Seguiu-se Malmö, na Suécia e, depois, Loures, de volta a “casa”. O escritório – que agrega todas as áreas de suporte no país, entre as quais comunicação, finance, comercial, marketing e supply chain – é um reflexo da cultura da empresa nórdica e, do próprio país. Todos os dias, passa pelo escritório gente nova que vem das das diferentes unidades para o service office. Também por isso não há “lugares fixos”: fomenta-se a cocriação. O outro foco, acrescenta o responsável, é a inclusão: há sempre espaço para mais um.

Cláudio Valente, da Ikea.Hugo Amaral/ECO

“Eu sempre acreditei na diversidade e inclusão, mas a inclusão não é fácil. Muitas vezes as pessoas têm ideia de que somos mas, em boa verdade, não somos. E pela primeira vez com esta equipa, eu senti o que era inclusão. Chegámos a estar num carro em que havia três pessoas suecas e um não sueco, e não se ouvia uma única palavra em sueco, era sempre em inglês. Às vezes tínhamos reuniões em que eu era o único não sueco, e a reunião era toda em inglês. Acabava-se a reunião, íamos tomar um café, e o discurso continuava sempre em inglês. E também com um interesse genuíno em querer conhecer a pessoa”, exemplifica.

Talvez por ter sentido na própria pele o “walk the talk”, assegurar a diversidade é um dos objetivos fundamentais do responsável de people & culture. “A cultura sueca é baseada no respeito pelo próximo, pela vida, pelo planeta, pelo impacto que temos nestas dimensões. (…) Na diversidade e inclusão, começámos por uma área ligada ao talent management. Em dois anos, passámos de 46% de mulheres em cargos de liderança e gestão para 49%. E quando olhamos para os nossos planos de progressão e de alto potencial, continuamos a ter mulheres identificadas para conseguir garantir que se desenvolvem para, quando as oportunidades acontecem, termos uma competitividade enorme para a mesma posição”. Além do acesso igual a oportunidades, a IKEA também tem apostado numa política de equal pay e exibe o número 0 com orgulho: não há diferença nos salários de homens e mulheres na mesma função.

O que está na mesa do recrutador?

Computador e iPad

“Porque acho que o telefone já faz parte de nós, estes dois são as minhas ferramentas de trabalho. Uso-os no meu dia a dia, ao ponto de não ter arquivo fixo. Tudo o que eu tenho está digitalizado”, explica Cláudio Valente.

“Factfullness”

O livro de Anna Rosling Ronnlund, Hans Rosling e Ola Rosling “dá-nos uma perspetiva positiva sobre o mundo”. “Estamos habituados a ter uma visão pouco positiva, de que nada está bem. E este livro mostra, com factos, que o mundo não está assim tão mal, muito pelo contrário: se analisarmos os dados de há 60 ou 70 anos, estamos bem melhor”, assinala.

Catálogo

“Acredito que todos os nossos produtos são uma inspiração para os nossos trabalhadores. E o catálogo estar sempre presente, chama-nos à terra”, defende o diretor de people & culture da IKEA. No meio de projetos, defende Cláudio, ter um catálogo à mão serve de inspiração para tudo se desenvolver no sentido de “life at home”, independentemente da área da empresa a que se refere.

Água

“Tento ter uma vida saudável, cuidar de mim e do meu corpo. Para fazer isso, sem água é impossível”, assegura. Por isso, na mesa de Cláudio, que muda todos os dias, há algo que nunca muda. “Tento tê-la presente para não me esquecer de beber mas também é uma garrafa que transmite a nossa base de atuação, a questão da democratização do design. Esta garrafa que usamos é um exemplo claro de que é possível.”

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