CDS vota contra Orçamento suplementar se não houver incentivos fiscais

Os centristas têm duas linhas vermelhas para o Orçamento suplementar: o não aumento de impostos e a criação de incentivos fiscais para ajudar à sobrevivência do tecido empresarial.

O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, revelou esta terça-feira as duas linhas vermelhas dos centristas para o Orçamento suplementar: o Governo não pode aumentar os impostos e tem de criar incentivos fiscais para assegurar a sobrevivência do tecido empresarial e a atração de investimento caso queira ter o voto favorável do CDS.

À saída da reunião com o primeiro-ministro, em São Bento, o líder dos centrista disse, em declarações aos jornalistas, que não indicará o sentido de voto antes de conhecer a proposta final do Governo para o Orçamento suplementar — a atitude nesta ronda negocial é de “abertura construtiva”, existindo a possibilidade de vir a votar favoravelmente se forem acolhidas as propostas centristas –, mas revelou as duas “linhas vermelhas” que o levarão a votar contra.

Para o CDS, é essencial que o Estado não aumente impostos e que sejam criados incentivos fiscais para ajudar as empresas nacionais e captar investimento internacional.

Francisco Rodrigues dos Santos disse que tem de se criar um quadro fiscal que incentive o investimento, que está “ao nível de 1997”, “sobretudo o estrangeiro” para criar emprego em Portugal. No entanto, saiu da reunião com António Costa sem garantias de que as propostas apresentadas serão incluídas nos planos do Governo. A preocupação maior do CDS é que as empresas não sejam obrigadas a endividar-se ainda mais pelo que pede respostas diferentes ao Executivo, nomeadamente com a duplicação das linhas de crédito com uma parte “significativa” a fundo perdido.

Os centristas querem também uma atenção especial para os setores que não podem retomar o seu negócio na totalidade, como é o caso das áreas ligadas ao turismo e ainda os ginásios, por exemplo, e ainda uma proteção especial para as exportadoras.

Ontem, o líder do CDS já tinha dito que “se [o Orçamento suplementar] for ao encontro das preocupações e das propostas do CDS, nós colocaremos sempre o interesse nacional acima do jogo político-partidário“.

O CDS transmitiu esta terça-feira ao Governo as suas propostas que passam por um “choque de tesouraria e de injeção de liquidez nas empresas”, que levaria a uma “resposta mais musculada” por parte do Estado. Em causa está, por exemplo, o alargamento do lay-off simplificado até ao final do ano, incluindo os sócios-gerentes — o que está a ser discutido no Parlamento — e a suspensão do pagamento por conta — já admitido pelo Governo, segundo as reuniões de ontem –, além do mecanismo de acerto de contas e do ajuste das tabelas de retenção na fonte de IRS.

O primeiro-ministro recebe de seguida a Iniciativa Liberal, o PSD, o Chega e por fim o PS. Ontem tinha recebido o PCP, o PEV, o BE e o PAN.

(Notícia atualizada às 12h27 com mais informação)

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PHC Software quer contratar 25 pessoas até ao final do ano

A tecnológica quer preencher 25 vagas nas áreas financeira, de qualidade, marketing, programação, business intelligence. O recrutamento vai decorrer à distância e há 14 vagas em aberto.

A multinacional tecnológica PHC Software está a recrutar e quer preencher 25 vagas até ao final do ano nas áreas financeira, de qualidade, marketing, programação, business intelligence, vendas e suporte. Atualmente já estão 14 posições abertas e as candidaturas podem ser submetidas aqui.

As entrevistas de recrutamento estão a ser feitas em ambiente 100% virtual.

“Estamos empenhados em combater a pandemia provocada pelo novo coronavírus, tanto no plano social como no económico. Tomámos a decisão estratégica de não despedir ninguém devido a esta crise, mas sabemos que temos de ir ainda mais além. Temos de continuar a criar valor para a sociedade. Este é um momento importante nas nossas vidas e no qual temos de continuar a nossa atividade. O país não pode parar”, referiu o CEO da PHC Software, Ricardo Parreira.

A PHC Software emprega 207 pessoas a nível global em Lisboa, Porto, Madrid, Maputo, Luanda e Lima, no Peru. Até ao final do ano, a PHC prevê conseguir inaugurar os novos escritórios no Tagus Park, em Lisboa.

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Governo muda apoios ao emprego e empreendedorismo para os tornar mais abrangentes

Nestas alterações ao programa + CO3SO Emprego, o Governo incentiva os investimentos realizados pela diáspora portuguesa em território nacional.

O Governo fez algumas alterações aos apoios do + CO3SO Emprego, que promove a criação de emprego, para reforçar a atratividade do programa, ao aumentar a sua abrangência. Dá também mais destaque aos investimentos com origem nas comunidades portuguesas e lusodescendentes.

Há alterações nos limites dos custos com a criação de emprego que são contemplados no programa, que tem três modalidades de operacionalização (Interior, Urbano e Empreendedorismo Social), permitindo uma maior comparticipação. Existe também uma mudança na abrangência dos territórios no interior.

Nesta que é a primeira alteração ao regulamento, o Executivo incentiva os investidores da diáspora portuguesa, que passam a receber um apoio acrescido. O objetivo destas mudanças é “dar uma resposta rápida à evolução do contexto socioeconómico e dos territórios”, lê-se na portaria publicada em Diário da República esta terça-feira.

“É agora possível reforçar a atratividade destes apoios, nomeadamente os limites máximos das despesas elegíveis previstos no artigo 13.º, aplicando-os unicamente aos encargos com remuneração, devendo ainda acrescer as respetivas despesas contributivas a cargo da entidade empregadora”, refere.

Para além disso, “foram também introduzidos alguns ajustamentos essenciais para assegurar a boa execução destes apoios e prevista a majoração de investimentos realizados pela diáspora portuguesa em território nacional”, diz a portaria assinada pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza.

Desta forma, o cálculo dos custos diretos com os postos de trabalho criados, “engloba a remuneração base acrescida das despesas contributivas da responsabilidade da entidade empregadora”. Para além disso, passou a ser previsto o “Investidor da diáspora”, que diz respeito ao “investimento realizado em território nacional com origem nas comunidades portuguesas e lusodescendentes”.

Este Investidor da diáspora passa agora a estar incluído nas situações em que, no que diz respeito ao + CO3SO Emprego Interior e Urbano, acresce 0,5 IAS (Indexante dos Apoios Sociais) aos apoios previstos.

Outra das mudanças tem a ver com a modalidade + CO3SO Emprego Urbano, que se aplicava a Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) previstas nos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano e nos Planos de Ação de Regeneração Urbana (PARU) de alguns os centros urbanos complementares. Agora, aplica-se aos territórios que não estejam incluídos nos Territórios do Interior nos termos definidos pela Comissão Interministerial de Coordenação Portugal 2020.

Existe ainda outra mudança, que diz respeito aos encargos elegíveis, enquanto custos diretos com os postos de trabalho criados. São elegíveis os encargos com remunerações acrescidas das respetivas despesas contributivas a cargo da entidade empregadora, num período máximo de 36 meses, sendo que as remunerações base mensais têm limites máximos. Os três primeiros postos de trabalho criados, até ao montante equivalente a 2,5 vezes o IAS, por posto de trabalho, por cada mês de apoio, sendo que anteriormente era apenas por mês de apoio.

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Dívida de 10 milhões de euros atira Phone House para PER. Samsung e Huawei são credoras

A Phone House entrou em Processo Especial de Revitalização (PER) com o apoio da Samsung, sua principal credora. Mecanismo visa alcançar um plano de recuperação e evita falência da loja de smartphones.

A Phone House entrou em Processo Especial de Revitalização (PER), um mecanismo judicial que evita a falência da empresa de comércio de telemóveis e lhe dá a oportunidade de recuperar o negócio. O anúncio foi publicado pelo juízo de comércio de Sintra do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.

O documento não especifica a quantia devida pela Phone House, mas uma fonte próxima do processo disse ao ECO que está em causa uma dívida de “cerca de 10 milhões de euros”. A Samsung surge como principal credora e, segundo a mesma fonte, detém pelo menos 10% dos créditos. Mas há mais empresas na lista de credores, nomeadamente a Huawei. “Os bancos têm pouco”, diz a mesma fonte.

Enquanto principal credora, é a Samsung que viabiliza o PER da Phone House, “salvando” a retalhista da insolvência. O ECO sabe que a marca sul-coreana está a acompanhar o processo e tem operado com uma postura de cooperação, mas não tenciona interferir em questões do foro interno da empresa.

Ainda assim, cabe também à Samsung o maior poder de influência na definição de um plano de recuperação da Phone House. Não se conhecem os planos da tecnológica para a Phone House, mas, como é habitual nestes processos, o resultado poderá ser um perdão de dívida, uma reestruturação profunda do negócio da empresa, a reestruturação da própria dívida ou mesmo a conversão de dívida em capital.

Foi já nomeado um administrador judicial provisório. É a figura que vai conduzir o processo e tem agora “direito de acesso à sede e às instalações empresariais da empresa”, assim como de “proceder a quaisquer inspeções e a exames” à contabilidade da Phone House, empresa adquirida em 2015 pela Digital Place.

A Phone House Portugal entrou em PER.Wikimedia Commons

Pandemia agravou dificuldades. “É o momento certo para fazer reestruturação”

A entrada da Phone House em PER acontece em plena pandemia do coronavírus que resultou em severas limitações à atividade económica e na quase paralisação do consumo no retalho físico. Uma fonte do mercado admite que o vírus terá contribuído para a degradação da situação financeira da marca.

O objetivo deste tipo de processos é o de definir um plano de recuperação da empresa com vista a garantir a viabilidade do negócio e a liquidação das dívidas. A empresa conta com cerca de 100 lojas multi-operador, entre as quais 30 lojas operam em regime de franchising. A Phone House é ainda o operador das lojas da Samsung e opera, pelo menos, a loja da Huawei no Colombo. Terá gerado um volume de negócios a rondar os 30 milhões de euros no ano passado, apurou o ECO.

Ao contrário do que acontece numa insolvência, num PER, a administração da Phone House mantém-se na gestão do dia-a-dia da empresa. Contactada, fonte oficial da Phone House confirmou as dificuldades financeiras na empresa e admitiu que o choque económico provocado pela pandemia veio acelerar a necessidade desta reestruturação. Mas não só.

Este contexto [da pandemia] veio precipitar a necessidade de uma reestruturação mais abrangente.

Fonte oficial da Phone House

“Após uma reestruturação que resultou em dois períodos consecutivos com melhoria de performance, a situação financeira da empresa agravou-se no último ano, em virtude de vários fatores, dos quais se destacam um mercado bastante competitivo, num regime promocional com bastantes campanhas/publicidade, a maior presença de operadores com lojas próprias e que no curto prazo penalizou o negócio”, justificou a Phone House. “Estes fatores levaram a gestão da empresa a estudar um conjunto de medidas de reestruturação adicionais, algumas das quais já se encontravam em implementação quando foi decretado o estado de emergência em Portugal devido à pandemia Covid-19″, continuou a empresa.

Porém, segundo a mesma fonte oficial, “este contexto [da pandemia] veio precipitar a necessidade de uma reestruturação mais abrangente, seguida pela necessidade de encerramento de lojas desde 23 de março de 2020 por um período indeterminado, imposta por este panorama de confinamento que vivemos atualmente”.

“Face a este panorama que perspetiva um futuro incerto e com um impacto extremamente significativo na economia portuguesa, torna-se ainda mais relevante reinventar a empresa, e adaptar a sua estrutura às novas circunstâncias e a novos modelos de negócio, nomeadamente a nível de conceitos de produto e experiência, tornando-a mais ágil e focada nos seus parceiros de negócio. É o momento certo para fazer reestruturação e colocar a empresa num novo rumo, nomeadamente alavancando o digital e estreitando a ligação de confiança com o cliente final, numa realidade omnicanal, numa integração físico-digital mais estreita com o mercado”, concluiu representante da Phone House.

Questionada sobre se este PER pode implicar despedimentos no grupo, bem como se a empresa recorreu ao regime de lay-off simplificado, a Phone House não respondeu. Contactadas, a Samsung Portugal e a Huawei Portugal não quiseram comentar. Contactada, fonte do gabinete do administrador judicial a cargo do PER considerou ser “muito cedo” para fazer qualquer comentário sobre este processo.

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Audiências da RTP Memória estabilizam após sucesso inicial das aulas na TV

  • Lusa
  • 26 Maio 2020

A mesma tendência foi registada no ‘site’: se na primeira semana o #EstudoEmCasa teve uma média de quase 3,6 milhões de visualizações, na semana de 11 a 17 de maio os valores rondavam os 1,8 milhões.

As audiências da RTP Memória estabilizaram depois do sucesso da estreia das aulas do #EstudoEmCasa, mas pais e diretores dizem que alunos continuam a assistir e apontam curiosidade inicial do público como possível explicação.

As aulas de apoio através da televisão para os alunos do Ensino Básico estrearam em 20 de abril, durante o estado de emergência devido à pandemia de covid-19, e nesse dia a RTP Memória foi “líder de mercado” entre as 09:00 e as 11:20, com 16,3% de ‘share’ [quota de mercado].

No dia em que arrancou o projeto de ensino à distância, “a RTP Memória foi o canal mais visto junto do ‘target’ 04-14 anos, registando 42,3 mil espetadores e uma quota de 14,3%”, divulgou na altura a estação em comunicado. No entanto, a evolução diária das emissões, disponibilizada à Lusa pela RTP, aponta para uma tendência decrescente ao longo da primeira semana e para uma posterior estabilização das audiências.

Segundo os dados, que registaram as audiências da RTP Memória até 20 de maio, no final da primeira semana a quota de mercado, entre o ‘target’ 04-14 anos, situava-se nos 11,6%, mantendo uma média de cerca de 11% nos dias seguintes.

A transmissão televisiva de conteúdos educativos foi uma das propostas do Governo para mitigar as dificuldades de acesso ao ensino, em tempos de trabalho à distância, dos alunos mais carenciados, que não tinham acesso a computadores ou Internet em casa para acompanhar as aulas ‘online’.

No entanto, a iniciativa foi bem recebida por muitos dos professores, que incluíram a ferramenta nas suas planificações para o 3.º período, e tanto os diretores escolares como os pais afirmam que, passado um mês desde a primeira aula, os professores continuam a recomendar esta ferramenta e os alunos continuam a acompanhar as aulas na televisão.

Para o presidente Associação Nacional dos Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, o sucesso inicial do #EstudoEmCasa talvez se possa justificar com alguma curiosidade do público em geral com o novo formato, que levou muitas pessoas a recuperar memórias da antiga Telescola. “No início houve uma enorme curiosidade pelas aulas e até de pessoas que não tinham nada a ver com a escola e estiveram a assistir às aulas”, explicou, contando que o relato dos professores é o de uma grande adesão.

Os alunos estão atentos e estão a participar nas aulas, e os próprios professores também assistem às aulas e depois trabalham com os alunos as aulas que passaram na televisão”, acrescenta. Os encarregados de educação também apontam a adesão da comunidade educativa e tanto o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), como o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) afirmam que a diminuição de espetadores no final da primeira semana pode dever-se a diversos fatores.

Para o presidente da CNIPE, Rui Martins, o “fator novidade” pode ser um deles, mas o representante dos pais admite também que alguns alunos possam ter dificuldades em gerir o tempo entre as atividades síncronas e assíncronas, propostas pela própria escola.

Jorge Ascenção, da Confap, considera, por outro lado, que pode haver alguma “desmotivação” por parte dos alunos, uma vez que, por vezes, o acompanhamento dos professores é “muito espaçado”. “É como estar a treinar, podemos fazer um treino, mas se não tivermos quem nos oriente vamos desistindo. Sozinhos começamos muito bem, mas depois vamos abrandando a frequência e a intensidade do treino”, compara.

As aulas do #EstudoEmCasa foram também analisadas num inquérito da Universidade Nova de Lisboa, sobre o ensino à distância e, segundo os resultados divulgados na segunda-feira, cerca de 62% dos 2.647 professores inquiridos lecionam disciplinas com aulas no #EstudoEmCasa e a avaliação é tendencialmente positiva.

Em média, os professores avaliam em 5,2 (numa escala de 1-7) a qualidade das aulas da RTP Memória e, numa escala de 1-5, recomendam o visionamento aos alunos em 3,7. Por outro lado, as respostas sobre a adesão dos alunos a estas aulas são bastante variáveis, o que, segundo o estudo do Centro de Economia da Educação da faculdade de Economia (Nova SBE), revela que os alunos estão a aderir de forma diferenciada.

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Demissão no governo britânico por causa de assessor de Boris Johnson

  • Lusa
  • 26 Maio 2020

Discordância da permanência em funções de Dominic Cummings, assessor do primeiro-ministro criticado por romper o confinamento decretado devido ao covid-19, na base da demissão de membro do governo.

Um membro do Governo britânico apresentou esta terça-feira a demissão por discordar da permanência em funções de Dominic Cummings, um assessor do primeiro-ministro criticado por romper o confinamento decretado devido ao covid-19.

O deputado pela circunscrição de Moray, Douglas Ross, demitiu-se da posição de sub-secretário da Escócia por considerar existirem “aspetos da explicação” que Cummings deu no domingo com os quais não concorda.

O assessor de Boris Johnson deu uma conferência de imprensa inédita no domingo, nos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street, para esclarecer e justificar as razões pelas quais viajou de automóvel com a família para a residência dos seus pais, em Durham, a mais de 400 quilómetros de Londres, em março.

Cummings disse que fez a viagem por receio de perder a capacidade de tomar conta do filho de quatro anos se ficasse doente, tendo em conta que a mulher já apresentava sintomas de infeção com o coronavírus, e também manifestou preocupação com a segurança da família em Londres.

Tanto Cummings como Boris Johnson consideraram a decisão “razoável” e dentro da lei e afastaram a hipótese de demissão, mas Ross disse que recebeu várias queixas contra a interpretação do conselho do Governo para ficar em casa durante o confinamento.

Em março, o governo britânico ordenou a qualquer pessoa com sintomas relacionados com covid-19 o isolamento em casa por sete dias e o resto da família por duas semanas, sem saídas sequer para comprar bens essenciais.

“Tenho eleitores que não puderam dizer adeus aos seus próximos; famílias que não puderam fazer luto juntas; pessoas que não visitaram familiares doentes porque seguiram as orientações do Governo. Não posso de boa fé dizer-lhes que eles estavam errados e um assessor do Governo estava certo’, disse o deputado escocês.

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Pandemia aumentou consumo de luz e travou mudanças entre comercializadores

De acordo com a ERSE, em março o consumo de eletricidade aumentou, registando-se um aumento de 13 GWh face a fevereiro, e atingindo 43.499 GWh no mercado livre.

Durante o mês de março, a pandemia de Covid-19 travou a fundo o ritmo de mudança dos consumidores do mercado regulado para o mercado livre de eletricidade, que foi dos mais baixos registados desde 2012, revelou esta terça-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no seu Boletim do Mercado Liberalizado de Eletricidade.

“Em março de 2020 entraram 19.151 clientes no mercado livre, tendo 4.536 transitado do mercado regulado e 14.615 entrado diretamente para as carteiras de comercializadores em regime de mercado. O impacto da pandemia é visível nestes valores sendo dos mais baixos registados desde 2012”, sublinhou a ERSE.

O mercado livre alcançou assim um número acumulado superior a 5,3 milhões de clientes em março de 2020, com um crescimento líquido de cerca de 9,7 mil clientes face a fevereiro, o que representa um crescimento homólogo de 2,7%. No mercado regulado permanecem ainda cerca de 1 milhão de clientes.

E se a mudança de comercializador diminuiu, o consumo de eletricidade aumentou, revela o regulador: registou-se um aumento de 13 GWh face a fevereiro, atingindo 43 499 GWh no mercado livre, o que representa um acréscimo de 0,03% quando comparado com o mês anterior e de 0,5% face ao homólogo. O consumo no mercado livre representava, em março, 94,7% do consumo total registado em Portugal continental.

Em termos de quota de mercado, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (78%) e em consumo (41%). No entanto, desde fevereiro de 2019 que a EDP tem vindo a perder clientes de forma consistente.

A Endesa manteve, em março, a sua liderança no segmento de clientes industriais (24%), enquanto o segmento dos grandes consumidores continua a ser liderado pela Iberdrola (26%).

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Municípios querem “simplex” para investimento público

  • ECO
  • 26 Maio 2020

Manuel Machado critica a complexidade e burocracia que têm de se ultrapassar para avançar com investimento público ao nível local.

O presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP) pede alterações à lei dos investimentos públicos para revitalizar a economia, depois da pandemia, em entrevista a Rádio Renascença (acesso livre). Manuel Machado sugere uma espécie de “simplex” para agilizar estes investimentos e que vai ao encontro de um dos pilares do Programa de Estabilização Económica e Social que o Executivo pretende apresentar para ajudar a economia a recuperar — o “Simplex SOS” para desburocratizar o investimento público.

A atual legislação “é uma canseira, um desperdício de tempo e de desaproveitamento de financiamentos públicos”, reitera o presidente da ANMP. Manuel Machado critica também a complexidade e burocracia que as câmaras têm de ultrapassar para avançar com investimento público ao nível local.

Desta forma, o também presidente da Câmara de Coimbra pede “um quadro legal adequado para que as empresas não definhem”, apontando que se devem antecipar, “o mais possível”, as obras públicas, de forma a fazer face à crise que o país atravessa devido à pandemia. Uma opção já defendida pela própria Comissão Europeia, mas que faz soar os sinais de alerta para o risco de aumento do endividamento das economias.

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Revista de imprensa internacional

Os efeitos da pandemia continuam a sentir-se na aviação. O CFO da easyJet vai deixar a companhia aérea no próximo ano e a Latam Airlines teve de recorrer à lei das falências norte-americana.

As empresas continuam a reagir aos efeitos da pandemia de coronavírus. Por um lado, a Bolt fechou uma ronda de financiamento tendo em vista reforçar a posição no mercado, que ficou enfraquecido durante o confinamento. Por outro, a companhia aérea Latam Airlines teve de recorrer à lei das falências norte-americana para fazer face à situação atual. Na easyJet, o diretor financeiro está de saída, no próximo ano, num momento difícil para o setor da aviação. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Reuters

CFO da easyJet vai sair em 2021

O diretor financeiro da easyJet, Andrew Findlay, vai deixar a empresa em maio de 2021 e começou a procurar um sucessor. Findlay, que ingressou na companhia aérea britânica como CFO em 2015, sobreviveu esta sexta-feira a uma tentativa do fundador da companhia aérea de o retirar do cargo. O CFO já informou o conselho da intenção de sair e, de acordo com as obrigações contratuais, deve permanecer por um ano.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Bolt levanta 100 milhões de euros

A Bolt fechou uma ronda de investimento de 100 milhões de euros, da empresa de investimentos Naya Capital Management, numa operação que avalia o concorrente europeu da Uber em 1,7 mil milhões de euros. A plataforma de mobilidade disse que o financiamento permitiria conquistar quota de mercado num setor prejudicado pela pandemia, uma vez que os confinamentos mantiveram os clientes em ambientes fechados.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

CNN

Latam Airlines pede proteção ao abrigo da lei das falências nos EUA

A maior transportadora aérea da América Latina pediu proteção ao abrigo do capítulo 11 da lei norte-americana das falências. Reservas, pagamento de funcionários, vouchers de voo e operações de passageiros e cargas não serão afetados. As restrições de viagem implementadas devido ao coronavírus foi o principal fator para a decisão da Latam Airlines de declarar falência.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

Gastos com pensões em Espanha registam primeira queda de toda a série em maio

As pensões contributivas pagas pela Segurança Social espanhola totalizaram os 9.852,78 milhões de euros em maio, o que representou uma queda de 0,27% em relação ao mês anterior, a primeira queda registada em toda a série histórica. Esta descida mensal nos gastos deve-se à diminuição do número de aposentações em relação a abril, 38.508 a menos do que no quarto mês do ano.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Le Figaro

AXA investe 500 milhões de euros adicionais em PME francesas

A seguradora AXA decidiu investir 500 milhões de euros adicionais no setor de pequenas e médias empresas (PME) em França para ajudá-los a reconstruir o capital produtivo após a crise do coronavírus. Esta medida chega depois de um tribunal de Paris decidir, na semana passada, que a seguradora francesa deveria pagar a um proprietário de um restaurante dois meses em perdas de receita relacionadas com a pandemia.

Leia a notícia completa no Le Figaro (acesso pago, conteúdo em francês).

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Juros da dívida portuguesa a dez anos caem abaixo dos 0,7%

Yields da dívida nacional aliviam, em linha com os juros italianos, com os investidores atentos ao plano de recuperação da Comissão Europeia que será divulgado na próxima quarta-feira.

Os juros da dívida portuguesa voltam a aliviar nos mercados internacionais. A taxa de juro a dez anos, referência para a dívida nacional, cai abaixo da fasquia dos 0,7%, regressando a níveis mínimos de final de março. Alívio dos juros acontece também nas restantes principais maturidades, com os investidores atentos ao plano de recuperação da Comissão Europeia que será divulgado na próxima quarta-feira.

A yield portuguesa a dez anos negoceia no mercado secundário nos 0,692%, cerca de dois pontos base aquém dos 0,719% em que encerrou a última sessão. O alívio dá seguimento à tendência decrescente das últimas sessões, colocando a taxa de referência da dívida nacional na fasquia mais baixa desde 30 de março. A quebra também se regista nas restantes maturidades principais. No prazo a cinco anos a yield também recua cerca de dois pontos base face a segunda-feira, fixando-se nos 0,142%. A dois, a yield torna-se ainda mais negativa, fixando-se nos -0,353%.

Juros a dez anos da dívida nacional

Fonte: Reuters

A quebra dos juros portugueses segue em sintonia com os italianos. A taxa de juro a dez anos da dívida de Itália desce para os 1,56%, fixando-se no patamar mais baixo em quase sete semanas, com o spread face à dívida alemã a cair abaixo dos 200 pontos base pela primeira vez desde meados de abril. Já a yield espanhola a dez anos recua para os 0,687%.

O alívio dos juros dos países do sul da Europa acontece um dia antes de ser divulgado o plano de recuperação da Comissão Europeia para fazer face aos efeitos da pandemia.

O plano franco-alemão de 500 mil milhões de euros divulgado na semana passada, com a inclusão de doações para ajudar as economias mais afetadas pela pandemia de coronavírus, elevou as perspetivas de que estados mais ricos ajudem a aliviar a pressão sobre países mais endividados, como Itália.

François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França, disse ainda na segunda-feira que a flexibilidade do Programa de Compra de Emergência Pandémica de 750 mil milhões de euros do BCE, o tornou no instrumento privilegiado para lidar com a crise.

Analistas consideram que essas declarações aumentaram as expectativas de que o BCE provavelmente venha a oferecer mais estímulos quando se reunir na próxima semana.

(Notícia atualizada às 9h25)

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António Mexia arrisca-se a ser suspenso como presidente da EDP

  • ECO
  • 26 Maio 2020

Serão feitos novos interrogatórios no âmbito do caso EDP, tendo em vista o agravamento das medidas de coação.

António Mexia, presidente executivo da EDP, João Manso Neto, administrador da EDP e presidente executivo da EDP Renováveis e João Conceição, administrador executivo da REN, arriscam-se a ver as funções suspensas, no âmbito do caso EDP, avança o Observador (acesso pago).

Serão feitos novos interrogatórios tendo em vista o agravamento das medidas de coação, que atualmente se situam no nível mínimo. Será o juiz Carlos Alexandre a decidir o nível das medidas, sendo que podem ir desde o depósito de uma caução junto dos autos à suspensão das funções, que é a opção mais grave.

Os três serão ouvidos entre 2 e 4 de junho no Tribunal Central de Instrução Criminal, segundo tinha já avançado o Correio da Manhã, sendo a primeira vez que Mexia e Manso Neto vão ser interrogados na Justiça depois de terem sido constituídos arguidos. A informação nova que levou à definição dos inquéritos está relacionada com prémios e regalias que os líderes terão recebido.

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Lisboa avança pela terceira sessão à boleia do BCP e da Galp Energia

O PSI-20 valoriza acima de 1%, em linha com os pares europeus que beneficiam da melhoria do sentimento dos investidores face à retoma da economia. BCP e Galp Energia dão gás ao índice lisboeta.

A praça bolsista nacional segue em alta pela terceira sessão, acompanhando as pares europeias, continuando a beneficiar da melhoria do sentimento dos investidores face à retoma da economia e a progressos feitos no âmbito da busca de uma vacina para combater o Covid-19. O PSI-20 valoriza mais de 1% apoiado na valorização do BCP e da Galp Energia.

O PSI-20 soma 1,31%, para os 4.332,95 pontos, com 17 dos 18 títulos que o compõem em alta. Apenas a Novabase ainda não negociou nesta sessão. Na Europa, o Stoxx 600 — índice que agrega as principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — acelera 1,2%.

O sentimento positivo a que se assiste nas praças europeias acompanha a melhoria das perspetivas sobre a atividade económica, numa altura em que as diferentes economias avançam com novas fases de desconfinamento. Nesta terça-feira, há um elemento adicional relacionado com progressos na investigação de uma vacina que permita combater o novo coronavírus.

A empresa de biotecnologia americana Novavax começou a testar em humanos uma vacina para o Covid-19. Os resultados destes primeiros testes deverão ser conhecidos em julho. “Esta notícia evidencia a ‘corrida’ disputada por várias empresas farmacêuticas para desenvolverem uma vacina ou tratamento para o vírus, o que é uma notícia que conforta os investidores, que agora estão focados na retoma económica esperada para o próximo semestre”, dizia a este propósito o BPI no seu diário de bolsa desta terça-feira.

Na praça bolsista nacional, o sentimento é globalmente positivo, com a quase totalidade dos títulos o PSI-20 em terreno de anhos.

Esses ganhos são suportados sobretudo pelo BCP e pela Galp Energia. Os respetivos títulos avançam 2,19% e 1,34%, respetivamente, para os 9,33 cêntimos e 10,59 euros.

Já os títulos das energéticas EDP e EDP Renováveis valorizam 0,61% e 0,51%, respetivamente, para os 4,311 e 11,78 euros. Isto apesar de, segundo avança o Observador, tanto António Mexia como Manso Neto, líderes das duas cotadas, arriscarem a ver as funções suspensas, no âmbito do caso EDP.

Destaque positivo também para a Nos. As suas ações somam 2,62%, para os 3,53 euros, depois de a empresa ter anunciado a convocatória da assembleia geral para 19 de junho, tendo mantido a proposta de remunerar os acionistas com um dividendo
de 0,278 euros, tal como tinha sido anunciado quando apresentou os resultados de 2019.

Já a Ibersol volta a brilhar na liderança dos ganhos da bolsa nacional. As suas ações valorizam 4,31%, para os 7,26 euros.

(Notícia atualizada às 8h23)

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