Mesmo com cortes, acionistas do PSI-20 vão receber dois mil milhões em dividendos. Veja quando

Apesar da incerteza gerada pela pandemia (que levou várias empresas a suspenderem a remuneração acionista), a época dos dividendos chegou à bolsa de Lisboa. Há menos dinheiro a distribuir.

A época de dividendos chegou, apesar de, este ano, estar condicionada pela pandemia de Covid-19. Das 18 cotadas do PSI-20, dez decidiram distribuir dividendos referentes aos lucros do ano passado, enquanto sete cancelaram ou adiaram a decisão sobre a política de remuneração acionista por causa do impacto do surto nas contas.

As empresas do índice de referência nacional preparam-se para distribuir 2.079,2 milhões de euros em dividendos aos acionistas. O valor fica 13% abaixo do montante pago no ano passado, quando apenas uma empresa (a Pharol) não distribuiu dividendos.

Uma das razões para a diminuição prende-se com a quebra de 10% nos lucros, que totalizaram 3.108,8 milhões de euros. Mas graças ao reforço da remuneração acionista por parte das energéticas do PSI-20, o rácio de payout continuou próximo de 67% dos lucros.

Apesar da polémica que levou o Parlamento a votar mais do que uma vez a intervenção do Governo para travar os dividendos do setor, a EDP manteve a distribuição de 695 milhões de euros, que começarão a ser pagos esta quinta-feira. A subsidiária EDP Renováveis já pagou 69,8 milhões aos acionistas (mais 14,24% que em 2019). A Galp Energia prepara-se para distribuir, na próxima semana, 577 milhões (mais 10,45% que no ano passado).

Só dez cotadas do PSI-20 vão remunerar acionistas

Fonte: Relatórios e contas das empresas e Reuters

Além destas, também a Altri e a Sonae vão distribuir dividendos ainda esta semana, sendo que em ambos os setores — papel e retalho — houve cortes na remuneração dos acionistas para precaver o impacto que a pandemia terá nas contas.

A política de remuneração mais cautelosa foi recomendada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que aconselhou as cotadas a terem em conta a sustentabilidade de longo prazo. Se cinco cotadas do PSI-20 — Altri, Semapa, The Navigator, Jerónimo Martins e Sonae — cortaram dividendos face ao ano passado, houve quem decidisse mesmo não remunerar de todo os acionistas.

BCP, CTT, Novabase e Sonae Capital anunciaram que não iriam fazê-lo este ano para acautelar o tombo causado pela pandemia, sendo que as quatro aumentariam o total em cerca de 90 milhões de euros. Já a Corticeira Amorim e a Mota-Engil preferiram deixar a decisão para mais tarde. A Ibersol não se pronunciou sobre o assunto, mas tendo recorrido ao lay-off simplificado, deverá estar impedida de remunerar os acionistas.

Não só há menos dividendos como a espera é maior. Devido ao período de exceção, as cotadas têm maior margem para decidir a remuneração acionista já que o prazo para a realização das assembleias gerais anuais foi prolongado até 30 de junho. Assim, há ainda incerteza sobre quando ou quanto é que parte das empresas vai pagar dividendos.

Calendário de dividendos de 2020

Fonte: Relatórios e contas das empresas

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Primeiro-ministro deve “exercer a sua autoridade” no caso Novo Banco, diz Duarte Pacheco

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

"Cada primeiro-ministro tem a sua forma própria de exercer autoridade", defendeu Duarte Pacheco, afirmando que "algo não vai bem no funcionamento do Estado português".

O PSD defendeu esta terça-feira que o primeiro-ministro deve “exercer a sua autoridade” sobre o ministro das Finanças na polémica sobre o Novo Banco, considerando que outros governantes “no passado foram afastados por omissões bem menos graves”.

Questionado se o PSD entende que António Costa deve demitir Mário Centeno, o deputado social-democrata Duarte Pacheco respondeu que “cada primeiro-ministro tem a sua forma própria de exercer autoridade”.

Em declarações à Lusa, o social-democrata afirmou que “algo não vai bem no funcionamento do Estado português”, depois de Mário Centeno ter admitido hoje, em entrevista à TSF, uma falha de comunicação entre o seu gabinete e o primeiro-ministro quanto à injeção de capital no Novo Banco, mas “não uma falha financeira”, que seria desastrosa.

“Parece que o senhor ministro das Finanças continua de bom humor, porque dizer que a não informação ao senhor primeiro-ministro de que tinha de fazer uma transferência de 850 milhões de euros para o fundo de resolução, que tinha um prazo marcado para o fazer, como se isso fosse uma valor insignificante, e dizer que existiu uma simples falha de informação, algo não vai bem, algo não está bem no funcionamento do Estado português“.

O deputado apontou que este valor é “muito inferior” ao que estava em causa no último Orçamento do Estado, quando se discutiu a proposta do PSD e de outros partidos para a redução do IVA da eletricidade, e nessa altura António Costa disse que estava em causa a estabilidade governativa. “Este valor, que é o dobro, sai dos cofres públicos sem o primeiro-ministro ter consciência disto, enganando, porventura sem porventura sem dolo, o parlamento e o país? Algo não vai bem e essa relação decerto que exige que o primeiro-ministro exerça a sua autoridade”, defendeu.

Instado a concretizar esse desafio, Duarte Pacheco apontou que “alguém deve ser chamado à pedra quando existem este tipo de falhas de informação” e salientou que Mário Centeno afirmou que “não pediu sequer desculpas ao primeiro-ministro”. “Outros ministros no passado foram afastados por omissões bem menos graves do que estas, mas cada primeiro-ministro tem a sua forma própria de exercer a sua autoridade“, disse.

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Pandemia obrigou SPGM a fazer trabalho de dois anos em dois meses

Segundo a presidente da SPGM, as linhas de crédito lançadas em resposta à pandemia de coronavírus obrigaram a concentrar o trabalho que, normalmente, seria feito em dois anos em meros dois meses.

As linhas de crédito lançadas pelo Executivo de António Costa para apoiar as empresas mais afetadas pela pandemia de coronavírus levaram o Sistema de Garantia Mútua a concentrar “em dois meses o trabalho de dois anos”, disse esta terça-feira a presidente da SPGM. Em declarações as deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, Beatriz Freitas adiantou também que as candidaturas a essas linhas têm sido, aprovadas, no máximo em quatro dias. “A maioria em dois dias”, frisou a responsável.

Em resposta ao impacto do surto epidémico na economia nacional, o Governo lançou uma série de linhas de crédito com garantia mútua, nomeadamente a linha Capitalizar 2018 Covid-19 — cujo plafond inicial acabou por ser dobrado para 400 milhões de euros — e a linha de Apoio à Economia, que por sua vez se divide em quatro linhas setoriais e cuja dotação acabou por passar de três mil milhões de euros para 6,2 mil milhões de euros.

No que diz respeito a esse último instrumento, até 16 de abril, das cerca de três mil candidaturas que foram apresentadas, 94% foram aprovadas. E a 17 de abril, uma das linhas setoriais foi disponibilizada às demais atividades — nomeadamente o comércio e os serviços –, tendo disparado o número de candidaturas. Só nesse primeiro dia, foram apresentadas cerca de 17 mil candidaturas, o que levou o sistema a “fechar a porta” temporariamente de modo a que esses pedidos fossem analisados antes de entrarem mais. O portal voltou a ficar disponível a 21 de abril, dia em que deram entrada 23 mil candidaturas.

É com base nesses números que Beatriz Freitas avança agora que o trabalho de dois anos foi concentrado em dois meses. “Em dois meses foi levado a cabo um volume de trabalho correspondente a dois anos”, disse, esta terça-feira.

Aos deputados, a presidente da SPGM garantiu, por outro lado, que a documentação estipulada como obrigatória para a candidatura a estes créditos é a necessária para garantir que “o auxílio de Estado prestado a cada beneficiário cumpre com as obrigações provenientes das decisões da Comissão Europeia“.

Esta tem sido, de resto, uma das críticas mais fortes feitas em relação a estas linhas de financiamento: a sua burocracia. Beatriz Freitas explicou que a documentação em causa pode “parecer extensa”, mas “muitos desses documentos são meramente alternativos”; Isto é, essencialmente encaixam-se em três categorias: documento de partilha de informação, documento que comprova a dimensão da empresa e balancete das empresas.

No mesmo sentido, a responsável sublinhou também que nunca foram “pedidas as contas fechadas de 2019” às empresas. “Até porque não era possível”, disse, quando confrontada com as críticas feitas pela bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados às exigências documentais do sistema de garantia mútua.

A propósito, Beatriz Freitas avançou que as candidaturas têm sido aprovadas no máximo em quatro dias, cabendo depois aos bancos tratar da contratação. “A contratação é uma responsabilidade das instituições de crédito. Os clientes podem assinar o contrato até 30 dias após a aprovação da candidatura. Caso não aconteça, perdem o direito à garantia e podemos libertar plafond para outra empresa”, esclareceu Beatriz Freitas. Depois de a contratação estar concluída, a SPGM verifica se o contrato está regularizado, mas tal tratamento está a demorar apenas um dia.

Esta terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, já tinha adiantado que foram aprovadas garantias “num valor superior a cinco mil milhões de euros”, no âmbito da referida linha de crédito cuja dotação é atualmente de 6,2 milhões de euros.

Na audição desta tarde, os deputados questionaram, repetidamente, a presidente da SPGM sobre um eventual reforço desse instrumento — uma vez que Bruxelas já aprovou um alargamento até 13 mil milhões de euros –, mas Beatriz Freitas não adiantou se tal será feito.

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Dott vende material educativo e portáteis para crianças que estudam em casa

  • ECO
  • 12 Maio 2020

Ao abrigo de uma parceria com os CTT e a Edubox, a loja virtual Dott passou a disponibilizar uma nova oferta educativa desenhada a pensar nas crianças que são forçadas a estudarem em casa.

A loja virtual Dott conta agora com uma nova oferta educacional desenhada a pensar nas famílias com filhos a estudarem em casa. Ao abrigo de uma parceria com os CTT e Edubox, o Dott conta agora com uma área dedicada à “Educação Virtual”, na qual é possível adquirir produtos didáticos e dois modelos de computador portátil adaptados aos mais novos.

Segundo os CTT, que detêm 50% do Dott (a Sonae é dona da outra metade), a nova oferta “disponibiliza computadores e conteúdos educativos” em plena pandemia de Covid-19, em que as escolas estão encerradas para todos os alunos até ao 9.º ano. Além dos dois modelos de computador, também estão à venda “aplicativos, livros educativos e outro material”.

“O computador portátil convertível Pupil 108 foi desenhado para oferecer aos alunos uma ferramenta de aprendizagem flexível que podem levar para qualquer lado” e tem um preço de 229 euros. “Já o computador Leap T304 conta com sistema operativo Windows 10 Pro, memória RAM 4 GB, ecrã de 11,6 polegadas, conectividade Wi-Fi e câmara”, com um custo de 359 euros.

“Com a disponibilização desta oferta os CTT, o Dott e a Edubox, reforçam o seu papel de apoio à permanência em casa dos portugueses neste contexto de pandemia, facilitando o acesso a estes materiais de educação muito relevantes para o estudo em casa e complemento à telescola”, consideram as empresas num comunicado conjunto, divulgado esta terça-feira.

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Banco Montepio já permite às empresas abrir conta online

Processo de abertura de conta passou a ser possível de tratar exclusivamente pela via online, através do site do Banco Montepio, no exato momento da constituição da sociedade.

As empresas que pretendam abrir conta no Banco Montepio deixaram de ter de se deslocar a um balcão. A instituição liderada por Pedro Leitão já permite que o processo de abertura de conta seja tratado pelas empresas exclusivamente pela via online.

“O Banco Montepio é a primeira instituição financeira a lançar o serviço de abertura de conta online para empresas no mercado português. Com este novo serviço, as empresas têm a facilidade de abrir uma conta bancária 100% online, sem a necessidade de deslocação a um balcão”, diz o Banco Montepio em comunicado.

O banco explica que para levar cabo esse processo basta às empresas acederem ao respetivo site (www.bancomontepio.pt) e sem a obrigatoriedade de descarregar uma app. Por essa via conseguem “iniciar um processo 100% digital, em que é feita a recolha de dados e documentos; videochamada e ativação da conta”, com o banco a explicar ainda que “em apenas três passos e menos de 20 minutos, a conta fica imediatamente ativa e pronta a movimentar, sem restrições“.

Numa primeira fase, esta funcionalidade está disponível para as sociedades unipessoais com um sócio gerente, que representam mais de 50% do universo de empresas que abre atividade num ano, com o Montepio a prever que em breve sesta seja alargada às empresas com mais sócios.

Pedro Leitão, presidente executivo do Banco Montepio, acredita que “o lançamento da abertura de Conta Online para Empresas é um passo importante no processo de transformação digital do Banco”, destacando “a agilidade e capacidade de inovação do Banco Montepio, que desenvolveu e lançou o novo serviço em apenas dois meses”.

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Plenários podem vir a funcionar com parte dos deputados nos gabinetes

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

O regresso, ainda que parcial, à normalidade do Parlamento poderá ser feito com a distribuição dos deputados por várias salas ou até com parte deles nos seus gabinetes.

A conferência de líderes vai debater na quarta-feira o regresso à quase normalidade parlamentar, depois das restrições devido ao coronavírus, que poderá passar pela distribuição dos deputados por várias salas ou até com parte deles nos seus gabinetes.

Na reunião da semana passada, de acordo a súmula da conferência de líderes distribuída esta terça-feira, o presidente da Assembleia da República (AR), Ferro Rodrigues, deu conta de uma informação preparada pelo secretário-geral do Parlamento, que considerava como “hipótese mais viável” a distribuição dos deputados pela Sala das Sessões e Sala do Senado, faltando, ainda assim, 20 lugares para o conjunto dos 230 Deputados.

No entanto, ficou decidido que os grupos parlamentares poderiam apresentar propostas de melhoramento e que a decisão final seria tomada na reunião da conferência de líderes de quarta-feira de manhã. Nem todos os partidos o fizeram, mas, como base nas várias soluções propostas, os serviços da AR enviaram aos grupos parlamentares uma avaliação “para ponderação prévia” à reunião da conferência de líderes.

Nesse documento, a que a Lusa teve acesso, refere-se que foi assinalado que a solução inicial — de divisão da sessão plenária por duas salas — “poderia ir contra as orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS) e, que, consequentemente, deveria ser considerada a utilização de outras salas”.

“Como as soluções propostas englobam, para além da Sala das Sessões (hemiciclo), o Senado, os Gabinetes e o Auditório Almeida Santos, faz sentido optar por apenas uma localização, que seja o denominador comum entre todas, isto é, os gabinetes dos deputados“, refere o documento, justificando os serviços que esta opção anularia as “dificuldades de implementação de uma ‘sala espelho’ e respeita as orientações da DGS”.

Caso venha a ser esta a solução adotada, a Sala das Sessões, onde tradicionalmente se realizam os plenários, funcionará com “uma lotação presencial máxima de 120 deputados (removendo-se as cadeiras não utilizadas), o que respeita as orientações da DGS), não apenas em termos de distanciamento social, mas também, dado o pé direito da sala, em termos de circulação de ar”.

“Em simultâneo, 110 deputados poderiam acompanhar e intervir na sessão plenária a partir dos seus gabinetes, utilizando o seu portátil”, propõe a nota enviada pelo gabinete do secretário-geral aos diversos grupos parlamentares.

No entanto, e como o sistema informático impede o registo de presenças a partir dos computadores, os serviços do Parlamento propõem que o registo se faça como até aqui, na Sala das Sessões, admitindo que, no caso dos deputados das Regiões Autónomas e pertencentes a grupos de risco, “deve ser considerada a possibilidade de participação através de videoconferência, sendo, nestes casos, marcada oficiosamente a sua presença pelos serviços”.

Os serviços advertem ainda que o Regimento da AR “apenas permite a votação presencial” e, mesmo em caso de este vir a ser alterado, “não existem ainda soluções que suportem uma votação eletrónica e que garantam de forma inequívoca a certeza jurídica de que o voto foi exercido por quem tem o direito de o fazer”.

A Lusa questionou os vários partidos com assento parlamentar sobre o que propõem, com os dois maiores, PS e PSD a remeterem qualquer declaração para depois da conferência de líderes. PCP e PEV adiantaram que não apresentaram qualquer proposta, tal como o BE, com o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, a remeter para a posição da semana passada, quando defendeu ser possível “ter a atividade da AR com o plenário em pleno, funcionando em simultâneo na Sala das Sessões e na Sala do Senado”.

O CDS-PP propõe que, durante as sessões parlamentares, os deputados sejam distribuídos por três salas e que sejam criados circuitos diferentes para que estes não se cruzem, entrando na AR por portas diferentes e até usando instalações sanitárias e bares diferentes.

Por seu turno, o PAN propõe que esteja no plenário um número mínimo de deputados, e que os restantes possam participar por videoconferência, como tem acontecido em algumas comissões, isto porque, na ótica do partido, mesmo dividindo os deputados pela Sala das Sessões e a Sala do Senado, não será possível garantir o devido distanciamento.

Já o deputado único do Chega, André Ventura, disse à Lusa que “a retoma dos trabalhos com normalidade deve ser feita com a maior cautela possível, cumprindo sempre o estipulado pela DGS para não colocar nenhum funcionário da Assembleia da República em risco”, esperando que seja possível alcançar um consenso.

Fonte oficial da Iniciativa Liberal referiu que o partido defende que, “à semelhança do resto do país, o Parlamento também deve retomar gradualmente o seu funcionamento regular, quer ao nível dos plenários, quer das Comissões, espelhando as condições em que os portugueses podem exercer a sua atividade profissional em cada momento”.

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Mini lança serviço para entregar “mimos” aos profissionais de saúde

Com o mote “Deixa as saudades a um Mini de distância”, as famílias podem enviar cartas, desenhos ou até roupa lavada aos profisionais de saúde. A Mini depois entrega os pedidos nos hospitais ou casas.

A Mini, marca detida pelo grupo BMW, lançou um serviço que pretende minimizar as distâncias entre os profissionais de saúde que estão na linha da frente de combate à pandemia do covid-19 e aqueles que mais amam. Com o mote “Deixa as saudades a um Mini de distância”, as famílias podem enviar cartas, desenhos ou até roupa lavada.

Chama-se “Mini Recharger” e pretende “minimizar o sofrimento e premiar o esforço e a dedicação de milhares de profissionais de saúde”. Através deste serviço, as famílias podem “enviar diversos “mimos” aos profissionais de saúde, sendo que os pedidos serão recolhidos pela Mini e “entregues diretamente a estes profissionais”, explica o comunicado de imprensa.

Os pedidos do Mini Recharger podem ser feitos através do “Mini Chat”, no site da marca de automóveis, sendo que estes pedidos são posteriormente reencaminhados para o “concessionário mais próximo da localidade e hospital em questão, que recebe o pedido, entra em contacto telefónico com a família, agenda a recolha dos bens, recolhe os mesmos e entrega” os pedidos no hospital ou na morada de residência do profissional de saúde, explica a nota.

É tempo de cuidar de quem cuida de nós, e homenagear as várias centenas de profissionais que diariamente nos ajudam a travar uma das maiores batalhas que o mundo já enfrentou”, afirma Massimo Senatore, diretor-geral do BMW Group em Portugal.

Durante todo este processo, estão garantidas todas as condições essenciais de saúde e higiene, seguindo as diretrizes da Direção Geral de Saúde. Esta iniciativa está a decorrer nos concelhos de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Leiria e Faro.

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BCE compra mais dívida apesar de intimação do Constitucional alemão

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

Compras de dívida pública no âmbito do programa lançado pelo BCE em 2015, e reativado em novembro, aumentaram na semana passada em 12.300 milhões de euros e ascendem no total a 2,196 biliões.

O Banco Central Europeu (BCE) comprou na semana passada mais dívida pública dos países da Zona Euro, apesar do Tribunal Constitucional alemão lhe ter pedido explicações sobre esta medida.

As compras de emergência devido à pandemia de covid-19 subiram na semana passada para 34.200 milhões de euros, 54% mais do que na semana anterior, atingindo um total de 152.900 milhões de euros.

Em março, o BCE anunciou um programa adicional de compra de dívida no valor de 750 mil milhões de euros até ao fim ano, uma medida para atenuar os efeitos económicos da pandemia.

As compras de dívida pública no âmbito do programa anterior do BCE, lançado em 2015 e reativado em novembro passado, aumentaram na semana passada em 12.300 milhões de euros e ascendem no total a 2,196 biliões de euros.

Na semana passada, o Tribunal Constitucional alemão considerou que o BCE deve explicar se as compras de dívida são proporcionais e deu três meses à entidade para justificar as aquisições. Se não o fizer, o Bundesbank (banco central alemão) pode deixar de comprar dívida.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já ameaçou avançar com um processo de infração contra a Alemanha pelo acórdão do Tribunal Constitucional alemão relativo à política do BCE, sublinhando que “o direito comunitário tem primazia sobre o nacional”.

Na segunda-feira, a alemã Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do BCE, afirmou que a instituição vai continuar a comprar dívida pública da zona euro, numa entrevista ao jornal italiano “La Repubblica”.

Schnabel acrescentou que “o BCE é uma instituição europeia, o que significa que o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) tem jurisdição exclusiva sobre o BCE e as suas ações” e já decidiu em 2018 que o programa de compra de dívida pública é legal.

O TJUE decidiu em dezembro de 2018 que o BCE age no âmbito do seu mandato, que é garantir a estabilidade de preços.

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Ryanair admite despedimentos e redução da operação em Portugal

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

Estimando perdas de 100 milhões entre abril e junho, a Ryanair está a reavaliar a sua operação em Portugal, ponderando despedimentos e redução da frota, mas admite reduzir preços dos voos na Europa.

A Ryanair está a reavaliar a sua operação em Portugal, admitindo avançar com despedimentos e com a redução da frota no país, medidas que resultam da diminuição acentuada da procura provocada pela pandemia, que deverá trazer perdas de 100 milhões em abril e junho. A companhia irlandesa admite reduzir os preços dos voos na Europa para atrair mais passageiros, mas alerta que a “obsessão” de deixar o lugar do meio vazio é irrealista.

“Anunciámos há algumas semanas que iríamos ter de reduzir cerca de 3.000 postos de trabalho em cerca de 15 a 16 mil funcionários e alguns deles provavelmente serão em Portugal, dependendo do número de aeronaves que lá tivermos [a operar]”, afirma em entrevista à Lusa o presidente executivo da Ryanair, Eddie Wilson.

No dia em que a companhia aérea de baixo custo anuncia a retoma das suas operações em julho próximo, após mais de três meses com os aviões parados devido às restrições implementadas pelos países europeus para conter o surto, o responsável frisa que a Ryanair está agora “a reavaliar as suas operações e a falar com os sindicatos” em Portugal. “O nosso objetivo é ter acordos ou uma decisão tomada em breve”, diz Eddie Wilson, precisando que esta decisão será divulgada “nas próximas semanas”.

Por cada aeronave que é retirada, são cortados cerca de dez postos de trabalho de pilotos e aproximadamente 20 empregos na tripulação de cabine.

Eddie Wilson

Presidente-executivo da Ryanair

Ainda assim, de acordo com o responsável, é já certo que “o que vai determinar esse número [de despedimentos] será o total de aeronaves baseadas em Portugal”. “Por cada aeronave que é retirada, são cortados cerca de dez postos de trabalho de pilotos e aproximadamente 20 empregos na tripulação de cabine”, exemplifica.

Questionado sobre quais serão as bases portuguesas mais afetadas, Eddie Wilson indica que a transportadora aérea baseada em Dublin, na Irlanda, está a “olhar para tudo”. “Temos uma operação substancial no Porto, uma operação relativamente pequena em Ponta Delgada, redimensionámos a operação em Faro, e operamos em Lisboa”, elenca, sem pormenorizar.

A Ryanair avançou a 1 de abril passado com o lay-off simplificado em Portugal, considerando o recurso à medida como indispensável para a preservação dos postos de trabalho no país, de acordo com informação transmitida na altura aos sindicatos.

E ressalvando que a Ryanair ainda não está “no final desse exercício [de reavaliação]” sobre a sua presença em Portugal, assim como noutros países europeus, Eddie Wilson justifica desde já que este tipo de medidas tem por base a pandemia, visto que “a indústria está em crise”. “Transportámos 150 mil passageiros em abril quando devíamos ter transportado 30 milhões”, aponta, ressalvando a necessidade de a Ryanair “ajustar a sua atividade à nova realidade”. “E é isso que faremos quando voltarmos a voar”.

E isso acontecerá a partir de 1 de julho, segundo anunciou hoje a transportadora, indicando ainda assim que a retoma está sujeita ao levantamento das restrições de viagem aplicadas aos voos no espaço comunitário. “O que irá acontecer aqui é que vamos ter uma procura mais reduzida e é por isso que só retomamos com 40% da nossa capacidade, o que significa termos menos aviões e menos frequências […] e, nestas situações, temos de ponderar despedimentos e cortes nalguns custos“.

Ryanair estima perdas de 100 milhões entre abril e junho

A Ryanair estima ter perdas de 100 milhões de euros entre abril e junho devido ao cancelamento de viagens por causa da pandemia, após um total de 25 milhões de passageiros com voos anulados. “Tivemos um colapso no tráfego aéreo — 99% do nosso tráfego desapareceu — e já dissemos ao mercado que vamos perder 100 milhões [de euros] num trimestre, entre abril, maio e junho”, afirmou Eddie Wilson.

De acordo com o responsável, “o que aconteceu foi que a empresa teve de cancelar voos” devido à pandemia e às medidas restritivas adotadas pelos governos europeus para tentar conter o surto, sendo essa a razão para estas perdas, às quais se juntarão as dos meses de julho a setembro, um trimestre forte para a Ryanair por abranger o pico do verão.

A dimensão disto é enorme. Estamos a falar de mais de 25 milhões de passageiros [com voos cancelados]. Penso que a [companhia aérea portuguesa] TAP opera com nove milhões de passageiros por ano e nós temos 25 milhões que não viajaram em março, abril e maio.

Eddie Wilson

Presidente-executivo da Ryanair

Ao todo, foram já cerca de 25 milhões os clientes da transportadora que tiveram voos cancelados desde meados de março, quando as restrições nas deslocações começaram a ser implementadas. “A dimensão disto é enorme. Estamos a falar de mais de 25 milhões de passageiros [com voos cancelados]. Penso que a [companhia aérea portuguesa] TAP opera com nove milhões de passageiros por ano e nós temos 25 milhões que não viajaram em março, abril e maio”, compara Eddie Wilson.

E, à semelhança das outras transportadoras aéreas que enfrentam grandes dificuldades de liquidez, a Ryanair não é exceção, sendo inclusive uma das mais afetadas na Europa por ter um modelo de negócio exclusivamente baseado nas receitas com passageiros. “Não estamos a ter qualquer receita e o nosso foco é voltar a voar para que possamos retomar algum nível de normalidade”, assinala Eddie Wilson, admitindo, ainda assim, que “serão necessários alguns anos” para que a Ryanair volte aos níveis do ano passado.

“Estamos a falar de, pelo menos, dois anos, mas teremos de esperar para ver”, acrescenta o responsável, notando que isso depende também da procura, e se “existirão reservas e se as pessoas terão confiança para viajar”.

Preços dos voos na Europa devem baixar para atrair passageiros

Os preços dos voos deverão baixar para atrair passageiros aquando da retoma das ligações aéreas na Europa, defende a transportadora Ryanair, frisando que esta será a sua forma de “estimular o tráfego aéreo” nos próximos meses. “O que vai acontecer é que os preços vão baixar para fazer com que as pessoas voltem a viajar, por um período contínuo de tempo”, antecipa o presidente executivo da Ryanair, Eddie Wilson.

No dia em que a companhia aérea de baixo custo anuncia a retoma das suas operações em julho próximo, após mais de três meses com os aviões parados devido às restrições implementadas pelos países europeus para conter o surto, o responsável reforça que “a solução agora é baixar os preços”. “Não crescemos da maneira que crescemos aumentando os preços”, assinala.

Eddie Wilson é, contudo, muito crítico dos apoios estatais que algumas companhias aéreas na Europa estão a receber, como é o caso das transportadoras Lufthansa, Air France-KLM, TUI, SAS, entre outras, que já pediram ajudas governamentais de milhões de euros em forma de apoios públicos a empréstimos ou de subvenções. Também em Portugal, por exemplo, a TAP já solicitou ao Estado que garanta um empréstimo de 350 milhões de euros para assegurar liquidez. “E é por isso que temos esta dificuldade com as companhias aéreas que estão a ser resgatadas pelos governos sem qualquer razão”, critica Eddie Wilson.

Gerida por investidores privados, a Ryanair é também uma das transportadoras mais afetadas na Europa por ter um modelo de negócio baseado nas receitas com passageiros. “Grandes companhias aéreas estão a receber subsídios, enquanto outras […] como a Ryanair vão ter de adotar medidas por si e tentar estimular o tráfego aéreo, [o que implica que] a médio prazo tenhamos de o fazer através dos preços” baixos, explica o presidente executivo.

e queremos estimular o tráfego na Europa, a forma mais fácil de isso acontecer é reduzir taxas de forma não discriminada, para que todas as companhias aéreas possam ter acesso a essas medidas

Eddie Wilson

Presidente-executivo da Ryanair

Para Eddie Wilson, “a resposta não são ajudas estatais”. “Se queremos estimular o tráfego na Europa, a forma mais fácil de isso acontecer é reduzir taxas de forma não discriminada, para que todas as companhias aéreas possam ter acesso a essas medidas”, sustenta.

Além disso, “o que vai ser preciso a médio e longo prazo […] para retomar o turismo são as pessoas, [pelo que] os que transportam mais pessoas deveriam ser aqueles que seriam mais beneficiados”, argumenta o responsável. Eddie Wilson questiona ainda: “Qual é o objetivo de dar dinheiro a uma companhia aérea […] se ela não vai fazer mais do que já fazia? É uma forma de desperdiçar dinheiro”.

“Obsessão” de deixar lugar do meio livre em voos “não é realista”

A companhia aérea critica “a obsessão” relativa à eventual medida de deixar lugares livres entre passageiros para garantir distanciamento em aviões, devido à pandemia de covid-19, recusando aplicá-la, por considerar que “não é realista”. “Esta obsessão com o lugar do meio não é baseada em factos. O que se pretende atingir? Não atinge nada. As pessoas continuam atrás umas das outras nas aeronaves e há outras e mais eficientes medidas que podem ser adotadas”, vinca em entrevista à Lusa o presidente executivo da Ryanair, Eddie Wilson.

Argumentando que esta medida não tem “qualquer razão de saúde pública ou científica”, o responsável aponta também que esta “não é uma medida realista”, já que por exemplo “não tem em conta as famílias que viajam juntas e as companhias aéreas que não têm lugares do meio”. E avisa: “Não vamos voar se isso for para a frente porque isso não tem qualquer resultado”. “Esta medida [de deixar o lugar do meio livre] parece boa, e pode funcionar quase até como ‘soundbite’, mas não tem por base fundamentações científicas”, reforça.

Falando à Lusa um dia antes de a Comissão Europeia emitir recomendações sobre o restabelecimento das viagens na Europa, que foram restringidas devido às medidas aplicadas pelos Governos para conter o surto de covid-19, o líder da companhia aérea avisa que, além de “não trazer uma mudança relevante”, a adoção deste tipo de medidas pode “limitar a retoma dos voos”.

[Ryanair defende] menos contacto a bordo, controlos de temperatura nos aeroportos, restrição de movimentos na cabine, sistemas de filtragem do ar e proibição da utilização de papéis, cartões de embarque ou revistas de bordo.

Eddie Wilson

Presidente-executivo da Ryanair

A Ryanair tem sido a voz mais crítica dentro do setor contra esta medida. Para Eddie Wilson, é preciso antes apostar em medidas como “haver menos contacto a bordo, realizar controlos de temperatura nos aeroportos, restringir os movimentos na cabine, ter sistemas de filtragem do ar e não utilizar papéis, cartões de embarque ou revistas de bordo”. “Estas medidas são o caminho a seguir, tanto para os passageiros, como para a tripulação de cabine”, defende o responsável, frisando que estas normas servirão para “mitigar o risco neste período de saída do confinamento”.

E serão exatamente estas medidas que a Ryanair começará a aplicar nos seus voos quando os retomar a 1 de julho, segundo anunciou hoje a transportadora aérea. Entre as medidas divulgadas estão, por exemplo, restrições à bagagem de porão, a obrigação de os passageiros fazerem ‘check-in’ pela internet e de apresentarem os cartões de embarque nos telemóveis e ainda de se submeterem a controlos de temperatura à entrada do aeroporto e de utilizarem máscaras/coberturas faciais no terminal e a bordo dos aviões.

Outra regra é que se os clientes quiserem ir à casa de banho durante os voos terão de pedir autorização. Já a tripulação também terá de usar equipamento de proteção e, nos serviços a bordo, só irá disponibilizar algumas refeições ligeiras pré-embaladas e bebidas e aceitará pagamentos com cartões. A Ryanair vai, ainda, pedir informações pessoais aos passageiros sobre a duração da sua visita e morada de alojamento, visando controlar eventuais medidas de isolamento impostas aos visitantes de voos intracomunitários.

Desde o início dos limites às viagens, aplicados em meados de março, a Ryanair só tem feito cerca de 30 voos por dia entre a Irlanda, o Reino Unido e a Europa, e espera agora passar para cerca de 1.000 ligações diárias, operando com menos frequências do que o habitual. Anterior responsável pelo departamento de pessoal da Ryanair, Eddie Wilson é presidente executivo da companhia aérea de baixo custo desde setembro de 2019, tendo substituído no cargo Michael O’Leary, que passou a liderar todo o grupo.

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Depois do HSBC, António Simões vai liderar negócio europeu do Santander

O gestor português, que liderou o segmento da banca privada mundial do HSBC até fevereiro, vai ocupar o lugar deixado por Gerry Byrne, que decidiu reformar-se no início de 2021.

O Santander nomeou português António Simões como novo responsável regional para a Europa. O gestor, que vem do HSBC, vai chegar ao banco a 1 de setembro e, após aprovação das autoridades reguladoras, assumir a liderança do negócio europeu no início do próximo ano.

O gestor português ocupará o lugar deixado por Gerry Byrne, que decidiu reformar-se no início de 2021, após uma carreira de quase 50 anos na banca, segundo anunciou o banco em comunicado.

“Estou muito satisfeito por me juntar ao Santander. Este é um momento crítico para a indústria de serviços financeiros, quando existem muitos fatores sociais e comerciais que apresentam desafios consideráveis, mas também oportunidades significativas para nós, principalmente a agenda de tecnologia e inovação”, diz António Simões.

O banqueiro vem do HSBC, onde estava desde setembro de 2007. Desde 2018, era responsável pelo segmento global de banca privada e já tinha sido apontado como um dos possíveis sucessores para assumir o leme do banco britânico, aquando da saída de John Flint. No entanto, acabou por sair em fevereiro, na sequência do processo de reestruturação do HSBC, que levou ao corte de 35 mil empregos.

"Este é um momento crítico para a indústria de serviços financeiros, quando existem muitos fatores sociais e comerciais que apresentam desafios consideráveis, mas também oportunidades significativas para nós, principalmente a agenda de tecnologia e inovação.”

António Simões

Nomeado responsável regional para a Europa do Santander

Agora, nas novas funções, António Simões vai reportar ao administrador delegado do grupo, José Antonio Álvarez, fará parte do comité de gestão do grupo e terá responsabilidade administrativa e de supervisão dos negócios na Europa.

Também vai liderar a área comercial e de retalho e será co-responsável na Europa pela área de Corporate & Investment Banking, Wealth Management & Insurance, juntamente com os responsáveis globais.

“É com enorme satisfação que dou as boas-vindas ao António e estou confiante de que, sob a liderança dele, continuaremos a desenvolver os progressos já realizados na região – simplificando o nosso modelo de negócio e alavancando a nossa transformação digital para melhorar ainda mais os produtos e serviços que oferecemos aos nossos clientes”, acrescentou Ana Botín, presidente do grupo Santander.

(Notícia atualizada às 17h30)

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EDP cai 5% em ex-dividendo. Lisboa recua e contraria Europa

A bolsa nacional encerrou a perder mais de 1%, penalizada pelos títulos da EDP que caíram 5% no dia em que a empresa está a cotar em ex-dividendo.

A bolsa de Lisboa encerrou a segunda sessão da semana no vermelho, com apenas quatro cotadas a escaparem às perdas. Este desempenho do índice nacional deveu-se às ações da EDP, que caíram mais de 5%, no dia em que a elétrica está a cotar em ex-dividendo. Nas quedas, destaque ainda para os títulos da Corticeira Amorim que perderam mais de 4,5%. BCP e Galp Energia também pressionaram.

O PSI-20 fechou a perder 1,37% para 4.152,15 pontos, naquela que é a segunda sessão consecutiva no vermelho. Lisboa contrariou, assim, a tendência positiva observada nas restantes praças europeias, com o Stoxx-600 a valorizar 0,28% para 340,66 pontos.

Evolução das ações da EDP na bolsa de Lisboa

A contribuir para este desempenho do principal índice de referência nacional estiveram as ações da EDP que, descontando o valor do dividendo de 19 cêntimos por ação, caíram 5,09% para 3,895 euros. O pagamento de um montante total de 694,7 milhões de euros ocorre a 14 de maio, sendo que a elétrica já está a negociar esta terça-feira a descontar esse dividendo, como era esperado.

Ainda nas quedas, destaque para os títulos da Corticeira Amorim, que caíram 4,58% para 8,95 euros, representando a maior descida desta sessão. A penalizar também o índice esteve o BCP, ao recuar 0,43% para 0,0925 euros, e ainda a Galp Energia, que perdeu 1,23% para 10,01 euros.

A impedir uma descida mais acentuada do PSI-20 esteve a EDP Renováveis que valorizou 1,24% para 11,44 euros.

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Governo convoca Concertação Social para avaliar medidas do Covid-19

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

O Governo enviou uma convocatória aos parceiros sociais para uma reunião na sexta-feira. O objetivo é avaliar as medidas mitigadoras dos impactos da pandemia.

O Governo convocou os parceiros sociais para uma reunião de Concertação Social na sexta-feira. O objetivo é analisar o resultado de medidas relacionadas com a pandemia de Covid-19.

A convocatória para o encontro foi enviada aos parceiros sociais pelo Conselho Económico e Social (CES), a pedido da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e tem como ponto único de ordem de trabalhos fazer o “ponto de situação” às medidas de mitigação dos efeitos do Covid-19.

A reunião será realizada por videoconferência, à semelhança das últimas, contando com a participação do primeiro-ministro e de representantes dos ministérios da Economia, Trabalho, Agricultura e secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.

As confederações patronais com assento na Concertação Social pediram esta terça-feira ao Governo o reforço dos apoios às empresas durante a retoma da atividade para enfrentarem a crise causada pela pandemia, insistindo no prolongamento do regime de lay-off simplificado.

O apelo foi reiterado pelas quatro confederações, CCP, CIP, CAP e CTP, na cerimónia de assinatura da declaração de compromisso dos parceiros sociais para a retoma económica e do protocolo de cooperação entre a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e a Direção-Geral da Saúde (DGS), onde esteve o primeiro-ministro, António Costa.

O compromisso para a retoma económica foi subscrito pelo Governo, as confederações patronais CAP, CCP, CIP e CTP e a UGT. De fora ficou a CGTP-IN, que considerou que o compromisso para a retoma económica não reflete “a real situação da acentuação das desigualdades” nem espelha a realidade de milhões de trabalhadores.

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