O futuro será híbrido, defende Eric Yuan, CEO do Zoom

O fundador do Zoom, a ferramenta de videoconferências que se tornou famosa este ano, acredita que o futuro será híbrido, mas o vídeo pode revolucionar a forma como vivemos e trabalhamos.

A pandemia obrigou ao confinamento e permitiu o crescimento exponencial do Zoom, a ferramenta de videochamadas que se tornou famosa na nova realidade à distância. Entre dezembro de 2019 e abril deste ano, o Zoom passou de 100 milhões de utilizadores para cerca de 300 milhões. Eric Zuyan, CEO e fundador do Zoom e orador no segundo dia da Web Summit, confessou que o sucesso é resultado de muitos anos de trabalho e não estava à espera deste crescimento. Apesar da forte adesão ao Zoom pelas empresas, o fundador acredita que o futuro do trabalho será híbrido, e combinará o presencial e o remoto.

Em conversa com a diretora executiva do Business Insider, Alyson Shontell, Eric Zuyan partilhou a receita para o sucesso, os hábitos do dia-a-dia, como gere a sua equipa e quais são as previsões para o futuro.

“Olhando para mim e para a minha família, olhando para a forma como trabalho, nada mudou. Eu continuo o mesmo. O certo é que aproveito mais, trabalho mais horas, tenho mais responsabilidades”, detalhou Eric Zuyan. Todos os dias, o executivo medita durante 50 minutos e pensa no que “pode fazer melhor”.

Com uma equipa que cresceu em mais mil pessoas desde o início do ano, Eric Zuyan destacou que o mais importante é garantir o envolvimento dos colaboradores e escalar a cultura da empresa ao mesmo tempo que se escala o negócio. “Se quer escalar uma empresa sem escalar a cultura, vai enfrentar todo o tipo de desafios”, alertou.

“O processo de onboarding dos trabalhadores é diferente. Diariamente, tentamos garantir que os colaboradores estão totalmente envolvidos. Falamos sobre a empresa cultura e os valores. Enquanto CEO do Zoom, a minha prioridade é que todos os trabalhadores se sintam felizes”, ressalvou.

Para melhorar o produto, o CEO do Zoom acredita que o segredo é “olhar para a perspetiva do consumidor”.

“O mundo vai tornar-se híbrido”

Eric Zuyan sublinhou também que uma ferramenta como o Zoom poderá reduzir a pegada ecológica, aumentar a produtividade e transformar o futuro do trabalho. Para o fundador da empresa, é muito provável que o futuro do trabalho será híbrido, ou seja, os trabalhadores terão a oportunidade de se deslocar apenas alguns dias ao escritório.

“[Através do vídeo] Pode encontrar-se com mais parceiros, mais clientes, mais colaboradores. Acredito que as viagens de trabalho serão cada vez menos”, acrescentou. O responsável referiu ainda que ferramentas como o Zoom podem alterar a forma como aprendemos e como vivemos, de forma geral.

Olhando para o futuro, Eric Zuyan acredita que, nos próximos 50 anos, a inteligência artificial vai alterar profundamente a realidade do vídeo como o conhecemos hoje. “No futuro, sentirá a minha energia e poderá sentir o cheiro do café, à distância. É um mundo que imaginamos”, detalhou.

Para terminar, deixou um conselho aos empreendedores: “Sejam pacientes. Continuem o que estão a fazer e aquilo em que são bons. A sustentabilidade do negócio é uma viagem, há altos e baixos. Aproveita os altos e baixos”, concluiu.

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PSD diz que Governo reconhece “mérito” da proposta das moratórias e critica PS por ter votado contra

No OE 2021 foi aprovada uma proposta do PSD para a abertura de um novo período de adesão às moratórias com o voto contra do PS. Os social-democratas dizem que a decisão da EBA veio dar-lhes razão.

Os social-democratas reagiram esta sexta-feira à decisão da Autoridade Bancária Europeia (EBA) de dar luz verde à reabertura do período de adesão às moratórias de crédito até 31 de março, o que vai ao encontro da proposta do PSD que foi aprovada no Parlamento na fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). O partido de Rui Rio diz que o Governo reconhece o “mérito” da proposta e ataca o PS por ter votado contra.

Com esta decisão, ficam reunidas todas as condições para se avançar com a proposta do PSD, aprovada durante o debate do Orçamento do Estado, para a extensão do prazo de adesão às moratórias, viabilizada com os votos a favor de todos os partidos exceto do PS, que votou contra”, afirma o PSD em comunicado divulgado esta quinta-feira.

A proposta dos social-democratas que foi aprovada pelos deputados abria a porta a um novo período de adesão, mas ressalvava que tal teria de ser feito em diálogo com os reguladores europeus (leia-se EBA e BCE) e com os bancos. Com esta decisão da EBA, o próprio Governo já disse que ia implementar um novo período de adesão às moratórias de crédito pelo que a proposta do PSD será concretizada até antes de o OE 2021 entrar em vigor.

“Apesar deste voto contra do Partido Socialista, foi noticiado que o Ministério das Finanças se congratula com a decisão da EBA e que já anunciou que irá promover as necessárias alterações à moratória pública bancária”, escrevem os social-democratas, concluindo que o PSD “vê assim reconhecido pelo Governo o mérito que esta medida comporta para o quotidiano das famílias e empresas e lamenta que o PS não tenha acompanhado esta proposta social-democrata“.

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Associação exige que Mastercard indemnize consumidores portugueses em 400 milhões

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

A indemnização está a ser exigida por uma associação de defesa de consumidores liderada pela ex-eurodeputada Ana Gomes.

Uma associação de defesa de consumidores liderada pela ex-eurodeputada Ana Gomes entregou no Tribunal da Concorrência uma ação popular que visa indemnizar os consumidores portugueses por práticas lesivas da Mastercard, num valor superior a 400 milhões de euros.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Ius Omnibus, criada em março último, em Lisboa, com o objetivo de defesa dos consumidores da União Europeia (UE), afirma que a ação se baseia em dois comportamentos de práticas anticoncorrenciais da Mastercard já penalizados pela Comissão Europeia (CE), em janeiro de 2019.

Na primeira decisão, a empresa foi condenada ao pagamento de uma multa de 507,5 milhões de euros, de que não recorreu, por restrição de acesso a serviços transfronteiriços de pagamentos e levantamentos com cartões Mastercard e Maestro (crédito e débito), no período entre 27 de fevereiro de 2014 e 08 de dezembro de 2015.

Esta prática, segundo a associação, fez com que “os comerciantes portugueses não pudessem ter acesso a preços mais baixos de serviços de cartões de pagamento oferecidos noutros Estados-membros da UE”, querendo provar que isto sucedeu pelo menos desde o ano 2000.

Para a Ius Omnibus, a decisão da UE implica que “o comportamento ilícito já está provado” para efeitos da ação que deu entrada ao final do dia de quarta-feira no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS).

A associação refere uma segunda decisão da CE, de que resultou uma proposta de compromissos da empresa, por cobrança de comissões interbancárias multilaterais demasiado altas para transações, presenciais e à distância, em Portugal, com cartões Mastercard e Maestro (crédito e débito) emitidos fora do Espaço Económico Europeu (transações inter-regionais).

“A Ius Omnibus pretende ainda provar que se verificou pelo menos desde 2000. E que também afetou as transações com cartões de empresas”, afirma a nota, sublinhando que “cabe à Mastercard provar que o ilícito não existiu”.

A associação conclui que “todos os consumidores portugueses foram afetados pelas práticas anticoncorrenciais da Mastercard, através do aumento dos preços dos produtos e serviços que adquiriram, independentemente do modo como os pagaram”.

Isto porque os comerciantes passaram para os consumidores os custos acrescidos gerados pelas práticas anticoncorrenciais da Mastercard, afetando mesmo aqueles que não fizeram pagamentos com aqueles cartões. “Até 2015, quando a UE regulou diretamente os preços destes serviços, Portugal era um dos países da UE em que estes serviços eram mais caros”, sublinha.

A ação que deu entrada no TCRS, em Santarém, aguardando distribuição, visa a declaração de que a Mastercard “violou continuamente o direito da concorrência europeu e português, entre 2000 e 2019”, acrescenta.

Caberá ao Tribunal determinar o valor da indemnização, considerando a Ius Omnibus que os dois comportamentos em causa terão causado danos totais de, “pelo menos, 400 milhões de euros”, dependendo o valor individual para cada consumidor da quantidade de compras realizadas no período.

Segundo a associação, se o TCRS der razão à ação, fixará o montante global, que será depositado num fundo de indemnização, e decidirá como identificar os consumidores lesados, como calcular a quanto cada um tem direito e o que deve apresentar para reclamar a sua indemnização.

Será também o tribunal a designar a entidade responsável pela gestão do fundo e a fixar o prazo para apresentação dos pedidos pelos consumidores, que não terão de suportar qualquer custo.

O valor que não for solicitado por consumidores será usado para pagar à entidade que financia a ação – a Nivalion, que a Ius Omnibus afirma ser “o maior financiador de contencioso com sede na Europa Continente” –, sendo o restante “entregue ao Ministério da Justiça para ser afeto ao apoio no acesso ao direito e à justiça, incluindo a promoção de ações populares”.

A Ius Omnibus afirma que o mecanismo de “indemnização em massa dos consumidores” nunca foi testado na prática até ao último passo em Portugal, salientando que “há poucas ações como esta na Europa contra a Mastercard”, já que a maioria dos Estados não permite que uma associação mova uma ação deste género.

No Reino Unido, onde também se aplica o chamado sistema opt-out, está pendente uma ação contra a Mastercard com base numa decisão anterior da CE, adianta. O comunicado afirma que a Ius Omnibus é uma associação sem fins lucrativos que tem associados de vários países europeus, não sendo os seus membros remunerados.

Além de Ana Gomes, que preside, a direção integra as professoras das Universidades de Deusto (Bilbau, Espanha) Julia Suderow e de Paris-Saclay Maria José Azar-Baud.

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Banca quer que “implicações” das novas moratórias sejam acauteladas pelo Governo

Associação que representa os bancos diz que está a analisar as implicações da decisão do regulador europeu de reativar as adesões às moratórias. E quer ver essas questões salvaguardadas.

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) diz estar a analisar as “implicações” da reativação das moratórias de crédito para os bancos e clientes, as quais devem ficar “acauteladas” na alteração legislativa que está a ser preparada pelo Governo, após a Autoridade Bancária Europeia (EBA) ter reaberto a janela de novas adesões até 31 de março.

“Na sequência da decisão da EBA de reativar as orientações relativas às moratórias, e dado que a flexibilidade agora concedida está sujeita a condições que não existiam anteriormente, a APB está a analisar as suas implicações para clientes e bancos, que deverão ficar acauteladas na alteração legislativa a concretizar“, sublinha a associação que representa o setor financeiro e que é liderada por Faria de Oliveira em comunicado.

A APB diz que “eventuais novas soluções de moratória ou a possibilidade de novas adesões às moratórias existentes devem ser sempre feitas ao abrigo do quadro prudencial e contabilístico mais flexível instituído pelos supervisores europeus“.

Caso contrário, explica a associação, os respetivos créditos terão que ser marcados como NPE (Non Performing Exposures) e isso “tem com as consequências gravosas” tanto para os clientes bancários (com a classificação do crédito como restruturado e inerentes consequências em termos das condições de acesso a novo crédito) como para as instituições bancárias (marcação do crédito como NPE, relevando para o cálculo do rácio de NPLs).

A APB lembra que os bancos têm demonstrado “empenho total” naquilo que tem sido o “apoio a dificuldades de liquidez das empresas e famílias, particularmente afetadas pelos efeitos da pandemia”.

No que diz respeito às moratórias, as concedidas pelos bancos portugueses são “das mais generosas a nível europeu, quer na duração, quer na sua amplitude”, recorda a associação.

Até setembro, e de acordo com os dados do Banco de Portugal, mais de 750 mil contratos estavam ao abrigo do regime das moratórias.

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Estreante no Lloyd’s of London tem fundo soberano do Qatar e Caisse do Québec como acionistas

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2020

Fundada por antigo executivo do grupo Hiscox, a nova estrela do Lloyd’s tem a Enstar e a Stone Point como acionistas e vai operar um sindicato. Fundos do Qatar e do Québec municiam capital acionista.

A Inigo Limited, anunciada como prometedora estreante no segmento specialty do Lloyd’s of London, captou mais de 670 milhões de euros junto de importantes investidores, assegurando fôlego para iniciar atividade de subscrição (seguro e resseguro) no arranque de 2021.

Visto como o maior lançamento da última década no panorama britânico de seguros e um voto de confiança no futuro do Lloyd’s of London, o projeto Inigo amplia expectativas depois de atrair um leque importante de investidores. Trata-se de um consórcio onde se incluem o fundo soberano do Qatar (Qatar Investment Authority), a Caisse de dépôt et placement du Québec e ainda a J.C. Flowers & Co. e a Oak Hill Advisors.

Estes investidores subscreveram uma emissão de capital acionista, injetando cerca de 800 milhões de dólares (cerca de 674,3 milhões de euros) na nova estrela do hub londrino global de seguros e resseguro.

Howard Davies, presidente do NatWest Goup (antigo Royal Bank of Scotland), foi contratado para chairman da nova empresa. Nos seguros, sir Howard Davies exerceu funções de topo na antiga Prudential e no Phoenix Goup. O seu currículo inclui oito anos na direção da London School of Economics e outros seis como presidente da Financial Services Authority, entidade reguladora.

Poucos dias antes, a recém formada companhia acordou a aquisição da StarStone Underwriting Limited (SUL), uma managing agency até agora pertença da Enstar, da Stone Point Capital e da sociedade de capital de risco Dowling Capital. Nos termos da transação, as entidades vendedoras recebem 30 milhões de dólares sob a forma de uma participação no capital da Inigo, a promissora venture recém criada e liderada por Richard Watson (antigo executivo da Hiscox), a quem se juntaram dois antigos colegas (Stuart Brigdes e Russel Merrett).

Ainda, de acordo com a página eletrónica The Insurer, a start-up reforça talento e experiência recrutando George Stratts, antigo executivo da AIG, a quem será entregue o desenvolvimento da carteira de negócios dos EUA.

Apostando no desenvolvimento da Inigo que, em consequência da transação com a Enstar também assumirá a operação do Lloyd’s Syndicate 1301 (mas sem os direitos económicos), a Enstar e a Stone Point comprometeram-se a investir, respetivamente, até 27 milhões e 18 milhões de dólares na Inigo, sendo que a Enstar cede pessoal e transfere transitoriamente certos ativos para a estreante do Lloyds of London, explica um comunicado do grupo Enstar.

Confirmando-se que obtém autorização da Lloyd’s para iniciar atividade, a Inigo estará em condições de começar a operar no início de 2021, dois anos depois de Watson se ter retirado após 33 anos no grupo Hiscox, onde exerceu cargos de topo na Europa e nos EUA.

Municiada de capital e com a experiência da equipa que a dirige, a companhia terá papel relevante no Lloyd’s e muitas oportunidades no atual contexto de mercado, sustentam meios especializados.

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Aviva divulga dados operacionais e nova política de dividendos

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2020

A Aviva Plc apresentou balanço até setembro, aproveitando para anunciar nova política de dividendos. Menos produção Vida, mais Não Vida e solvabilidade melhor face a 2019.

Numa comunicação dirigindo-se sobretudo aos acionistas e colaboradoras da companhia, Amanda Blanc, CEO da Aviva Plc desde julho de 2020, referiu progressos na estratégia de simplificação do portefólio de negócios, com as vendas de negócios em Singapura e Itália, por um montante agregado de dois mil milhões de libras (cerca de 2,24 mil milhões de euros).

Saudando a resposta da organização à crise Covid-19 como sendo “nada menos do que fenomenal“, a responsável executiva da seguradora britânica agradeceu a todos os funcionários pelo serviço prestado aos clientes ao longo de 2020.

No quadro da reorganização para focar atividade nos mercados do Reino Unido, Irlanda e Canadá, Amanda Blanc anunciou nova política de dividendos, adiantando que a administração da companhia fixou um dividendo preliminar (7,0 pence por ação sobre resultados de 2020) para pagamento em janeiro de 2021, perspetivando um reforço de 14,0 pence/ação, ainda sujeito a confirmação do conselho de administração em março.

O update operacional da companhia indica que a Aviva Plc registou 714 milhões de libras esterlinas (801,2 milhões de euros) em novos negócios no ramo Vida, um recuo de quase 14% face aos primeiros nove meses de 2019, atualizando o valor da carteira (PVNBP) em 32,1 mil milhões de libras (32,4 mil milhões em setembro de 2019). A operação em seguros gerais ascendeu a 7,1 mil milhões de libras (prémios líquidos de janeiro a setembro), a comparar com 7 mil milhões um ano antes.

Aferindo requisitos de capital (com suficiências estimadas em 11,8 mil milhões de libras), a Aviva Plc indica um rácio de cobertura (Solvência II) de 195%, a comparar com 194% no final do primeiro semestre do exercício.

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Teletrabalho é “uma oportunidade para a inclusão de mulheres” no setor tecnológico

Há cada vez mais mulheres a destacarem-se nas empresas tecnológicas, à medida que algumas barreiras vão sendo ultrapassadas.

Grande parte dos trabalhadores no setor da tecnologia é do sexo masculino, mas há cada vez mais mulheres a destacarem-se na área. O teletrabalho, nomeadamente pela flexibilidade que traz, pode ser visto como uma oportunidade para a inclusão de mulheres nesta indústria, defende Paula Fernandes, managing director na Accenture Technology.

Num painel sobre o futuro das mulheres na tecnologia, Paula Fernandes destacou as dificuldades que encontrou em recrutar mulheres para um centro de competências de IT, reiterando que “é difícil mas é possível”. Para a responsável, ainda não existem muitas mulheres no setor porque existe “uma cultura macho”, bem como uma barreira que é o “equilíbrio entre trabalho e família”.

No entanto, a pandemia veio mostrar que “trabalho remoto funciona, o que significa que podemos trabalhar a partir de casa”. Este regime vem trazer mais flexibilidade e “é uma oportunidade para a inclusão de mulheres na indústria”, defende. A responsável salientou a importância de ter um ambiente de trabalho equilibrado, apontando que as mulheres trazem uma perspetiva distinta e diversidade.

“Temos skills diferentes e únicas que podem ser úteis para a inovação nas empresas”, afirmou. Com as mudanças que se têm vindo a sentir, são já várias as mulheres que se conseguiram destacar no campo tecnológico, como é o caso de Julie Sweet, CEO da Accenture, e Ginni Rometty, CEO da IBM, exemplificou.

Quanto a formas de atrair mais mulheres para a tecnologia, a responsável destacou que, nas empresas, não se devem subestimar as capacidades das profissionais e oferecer benefícios significativos. Para além disso, ter uma comunidade feminina forte, mulheres em papéis de liderança e respeito e compreensão mútua são alguns aspetos que podem aumentar a atratividade das empresas no setor.

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Mota-Engil convoca AG para autorizar aumento de capital até 100 milhões

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Este aumento de capital decorre do acordo de parceria estratégica e de investimento com a China Communications Construction Company (CCCC).

A Mota-Engil convocou uma assembleia-geral de acionistas para 7 de janeiro, para votar uma alteração ao contrato social, que prevê autorizar o Conselho de Administração deliberar aumentar o capital até 100 milhões de euros.

“São convocados os senhores acionistas e os representantes comuns dos obrigacionistas da Mota-Engil, SGPS, S.A., sociedade aberta, para se reunirem em assembleia-geral extraordinária, em primeira convocação, no dia 7 de janeiro de 2021”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A reunião, a realizar no Porto, terá como ponto único a votação da alteração parcial do contrato social, através de um novo artigo, denominado Sexto-A, proposta pela acionista Mota Gestão e Participações (MGP).

Segundo a informação enviada à CMVM, este novo artigo autoriza o Conselho de Administração a deliberar um aumento de capital social com montante máximo de 100 milhões de euros, uma operação que decorre do acordo de parceria estratégica e de investimento com a China Communications Construction Company (CCCC), que esta semana adquiriu ações da empresa.

“Após este aumento do capital social, será imputável à MGP uma participação de cerca de 40% do capital social da Mota-Engil, sinal de total empenho e alinhamento com a sua posição histórica no grupo, e o novo acionista atingirá uma participação ligeiramente superior a 30%”, referia a empresa num comunicado ao mercado em 27 de agosto.

Na passada sexta-feira, 27 de novembro, a a Mota-Engil anunciou ter concluído o acordo de parceria estratégica e de investimento com a CCCC para a entrada do novo acionista no capital do grupo, que se traduziu na compra de 55 milhões de ações (cerca de 23%) ao preço de 3,08 euros por ação”, num investimento de 169,4 milhões de euros.

No aumento de capital, o grupo chinês reforçará a sua participação acima dos 30%. A deliberação do aumento carece, previamente, de um parecer favorável do Conselho Fiscal da construtora. Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Mota-Engil cederam 0,57% para 1,41 euros.

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Corticeira Amorim emite 40 milhões de euros em obrigações verdes com maturidade em 2025

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

As obrigações verdes foram emitidas por subscrição particular, sem garantias e pelo prazo de cinco anos, vencendo semestralmente juros a taxa fixa e com reembolso escalonado.

A Corticeira Amorim concretizou esta quinta-feira a sua primeira emissão de obrigações verdes, vinculadas a objetivos de sustentabilidade, no montante de 40 milhões de euros e com maturidade de cinco anos.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira Amorim adianta que o empréstimo se destina “a refinanciar um conjunto diversificado de investimentos verdes realizados em 2017, 2018, 2019 e primeiro semestre de 2020 por oito empresas das cinco unidades de negócios do grupo”.

A empresa precisa que os investimentos foram feitos nos segmentos da gestão ambientalmente sustentável de recursos naturais vivos e uso da terra; produtos, tecnologias e processos de produção renováveis, baixos em carbono, ecoeficientes e/ou adaptados à economia circular; gestão de resíduos e eficiência da utilização de recursos; e energia renovável e conversão de resíduos em energia.

No montante global de 40 milhões de euros, as obrigações verdes foram emitidas por subscrição particular, sem garantias e pelo prazo de cinco anos, vencendo semestralmente juros a taxa fixa e com reembolso escalonado (25% no final do quarto ano e 75% na maturidade).

“Esta é a primeira emissão de obrigações verdes da Corticeira Amorim e constitui um importante marco na sua estratégia de sustentabilidade, reafirmando o seu continuado compromisso com a aplicação dos princípios e melhores práticas ESG (‘Environmental, Social and Governance’), sustenta a empresa no comunicado.

Segundo refere, a Sustainalytics (empresa especializada em ‘research’, ‘ratings’ e ESG) procedeu à revisão dos investimentos em causa e à emissão da respetiva ‘Second Party Opinion’, confirmando o seu alinhamento com os ‘Green Bond Principles’ (versão junho de 2018) da International Capital Markets Association (ICMA).

Já a organização, montagem e garantia de subscrição foi assegurada pelo banco PBI, que assumirá ainda o serviço de agente pagador.

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Web Summit: Cientistas portugueses vencem prémio para combater poluição nos oceanos

  • Capital Verde
  • 3 Dezembro 2020

A equipa liderada pelo Centro de Recursos Naturais e Ambiente, e que inclui investigadores do MIT, vai receber 500 mil euros para desenvolver uma solução para combater a poluição nos oceanos.

O projecto SMART, que agrega investigadores de cinco instituições portuguesas e promovida pelo Programa MIT Portugal, foi o grande vencedor da primeira edição do AI Moonshot Challenge, que recebeu candidaturas envolvendo instituições provenientes de 13 países. O vencedor foi conhecido esta quinta-feira, 3 de Dezembro de 2020, durante a Web Summit 2020.

O AI Moonshot Challenge, promovido pela Agência Espacial Portuguesa em cooperação com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Unbabel, Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Nacional de Inovação (ANI) e Web Summit, é um concurso com uma vertente internacional que visa encontrar ideias disruptivas que conjuguem dados de satélite e Inteligência Artificial para a deteção de plásticos nos Oceanos.

Das dez candidaturas apresentadas, o júri selecionou a proposta apresentada pelo consórcio liderado pelo CERENA-IST, e que conta ainda com a presença do Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática (FEUP), Laboratório Associado Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), Instituto Hidrográfico e MIT-Portugal, propõe-se aplicar vários conceitos avançados de Inteligência Artificial, com particular foco em “Physics Informed GANs and Deep Neural Networks”, e conjugá-los com imagens de satélite para desenvolver uma solução que permita mitigar o problema do plástico no oceano.

Na prática, o projeto SMART prevê conjugar a aprendizagem automática com os princípios das leis da física para construir modelos de previsão e simulação da acumulação do plástico no oceano. Recorrendo a dados de satélite do programa Copernicus a equipa pretende determinar quais as frequências apropriadas para a deteção de plástico em massas de água. Esta informação será complementada com modelos avançados que simulam o comportamento do oceano para aumentar a probabilidade de deteção de plásticos, uma missão dificultada pela dimensão dos detritos e pela resolução das imagens de satélite atualmente disponíveis.

O júri, co-presidido pela bióloga Carolina Sá, gestora de projetos na Agência Espacial Portuguesa, e por Paolo Corradi, engenheiro de sistemas na ESA, valorizou ainda o facto da rede de parceiros do consórcio prever o uso de veículos autónomos marítimos para validar os resultados e recolher ainda mais dados.

Das candidaturas apresentadas ao AI Moonshot Challenge, que envolvem institutos de investigação, universidades, empresas privadas e associações, além de empresas estatais, o júri selecionou ainda as propostas do consórcio IMPLAST (MARE-FCUL, LASIGE-FCUL, PML, MARE-UNova) e do projecto ATLAS (Univ. Coimbra, Remote Sensing Solutions, Univ. Aveiro, MARETEC-IST, AEBAM, GFZ) para o pitch final durante a Web Summit.

“Foi uma selecção difícil dado que todos avaliadores reconheceram a elevada qualidade das propostas que recebemos”, diz Carolina Sá. A gestora de projectos da Portugal Space refere ainda que o projecto SMART é o que dá melhor resposta a alguns dos parâmetros exigidos na avaliação das propostas. “O factor inovação na utilização de dados de satélite e de Inteligência Artificial, e a componente científica eram dos critérios mais preponderantes na avaliação das candidaturas e esperamos que a proposta vencedora possa ter um contributo relevante na resolução deste problema.”

Já o presidente da Agência Espacial Portuguesa diz que “o uso de dados de satélite, nomeadamente do programa Copernicus, permite-nos encontrar soluções de larga escala para alguns dos muitos desafios que nos colocam as alterações climáticas”. “O AI Moonshot Challenge e a resposta que este dará ao problema do plástico no Oceano enquadra-se num dos grandes objetivos programáticos da Agência Espacial Portuguesa, neste caso de construção de um Planeta Digital, uma plataforma digital a jusante capaz de integrar múltiplas fontes de dados, incluindo o Espaço”, acrescenta.

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o Espaço será fundamental para o combate às alterações climáticas e à preservação do Oceano. “A deteção remota de plásticos nos oceanos com base na integração de imagens de satélite e sistemas avançados de inteligência artificial será decisiva para o futuro sustentável do planeta e a sua relação com o clima. Este prémio insere-se no esforço coletivo a nível global e irá estimular novas atividades de investigação em Portugal”, refere o ministro Manuel Heitor.

Também a FCT espera que o AI Moonshot Challenge possa ter um impacto relevante na questão das alterações climáticas. “A Fundação para a Ciência e a Tecnologia manifesta a sua elevada expectativa em relação ao contributo deste concurso para a solução de um dos principais desafios da humanidade, permitindo desenvolver as competências nacionais no campo da inteligência artificial e a sua aplicação à sustentabilidade dos oceanos”, diz José Paulo Esperança, vice-presidente do organismo

Lançado durante a edição de 2019 da Web Summit, o AI Moonshot Challenge é um concurso com uma vertente internacional que procura soluções que combinem tecnologias de computação, Inteligência Artificial e diversificadas fontes de dados de satélite, para resolver problemas complexos no âmbito das alterações climáticas, em particular, e na sua primeira edição, focado na deteção, localização e monitorização de resíduos nos Oceanos.

Tivemos algumas das melhores equipas do mundo a competir para resolver um dos maiores problemas do nosso planeta”, afirma, por seu lado, Paulo Dimas, Vice-Presidente de Inovação de Produto da Unbabel, frisando que a empresa acredita que “a Inteligência Artificial terá um papel determinante para o futuro da Humanidade e na Unbabel estamos empenhados em dar o nosso contributo para tal”.

A deteção de plásticos através de dados de satélite é uma tarefa extremamente complexa, dada a distância a que os sensores se encontram dos objetos, mas também pela resolução espacial dos dados que estão atualmente disponíveis de forma gratuita. O Programa Copernicus, por exemplo, permite uma resolução espacial de 10mx10m enquanto uma garrafa de plástico, por exemplo, é consideravelmente mais pequena. Todos estes factores contribuem para que a informação dos dados de satélite esteja repleta de ruído, além de ser fácil detetar falsos positivos (algas, detritos orgânicos, espuma ou mesmo as cristas das ondas), pelo que o uso de Inteligência Artificial se torna particularmente relevante.

“A Inteligência Artificial tem o potencial de ser capaz de conjugar todos estes dados e encontrar padrões e fazer detecções onde nós geralmente não seríamos capazes”, afirma o vice-presidente de Inovação da Unbabel. “O sucesso desta edição resulta de uma parceria liderada pela Portugal Space que cruza os universos da investigação e startups tendo como cenário o fantástico palco global que é o Web Summit. Esta parceria, suportada pela FCT e com o apoio da ANI e da ESA irá colocar Portugal na liderança de um novo domínio – a intersecção das tecnologias do Espaço e da Inteligência Artificial”, remata Paulo Dimas.

O presidente da Portugal Space e o vice-presidente da Unbabel anunciaram ainda que o AI Moonshot Challenge regressa em 2021 e que as regras e o foco da segunda edição serão divulgados dentro de pouco tempo.

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Ryanair anuncia encomenda à Boeing de 75 aviões 737 MAX

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Esta transação eleva o total das encomendas que fez de 737 MAX para 210 aparelhos, num valor que supera os 22 mil milhões de dólares (mais de 18 mil milhões de euros).

A companhia aérea Ryanair anunciou esta quinta-feira uma encomenda à Boeing de 75 aparelhos 737 MAX, a mais importante desde que este modelo de avião foi proibido de voar há 20 meses.

A Ryanair explicou em comunicado que a transação eleva o total das encomendas que fez de 737 MAX para 210 aparelhos, num valor que supera os 22 mil milhões de dólares (mais de 18 mil milhões de euros). A companhia aérea de baixo custo indicou que espera receber as primeiras entregas na primavera do próximo ano, decorrendo as restantes até dezembro de 2024.

Esta encomenda foi conhecida numa altura em que o aparelho fez o seu primeiro voo público de relançamento nos Estados Unidos, após dois acidentes que fizeram 346 mortos no fim de 2018 e no início de 2019. O voo promocional organizado pela American Airlines ligou na quarta-feira Dallas, no Texas, a Tulsa, no Oklahoma, com o objetivo de dissipar os receios e mostrar que o modelo de avião é fiável.

“Estamos orgulhosos por a Ryanair confiar mais uma vez no Boeing 737”, afirmou o líder do construtor aeronáutico, Dave Calhoun, citado no comunicado.

Por sua vez, o presidente executivo do grupo Ryanair, Michael O’Leary, disse que espera “receber 50 destes aviões em 2021 se a Boeing puder retomar a produção para os entregar”. A Ryanair conta com estes aviões para acompanhar o seu crescimento, esperando uma recuperação nas viagens aéreas em 2021 graças às vacinas contra a covid-19.

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Nos dispara 3% e mantém Lisboa no verde

Contrariando a tendência europeia, a bolsa de Lisboa encerrou com ganhos, animada pelos títulos da Nos que dispararam 3%. Destaque para a EDP Renováveis que está em máximos.

Contrariando a tendência de perdas que se vive no resto da Europa, a bolsa nacional encerrou em terreno positivo, com a maioria das cotadas a subir. Por Lisboa, o destaque foram as ações da Nos, que dispararam mais de 3%, mas também as da EDP Renováveis, que tocam máximos de sempre. A impedir uma subida mais acentuada do índice estiveram os títulos da Galp Energia e do BCP.

O PSI-20 fechou a somar 0,32% para 4,639.14 pontos, com seis cotadas no vermelho, 11 no verde e uma inalterada. Nas praças do Velho Continente, a tendência é de perdas, numa altura em que os investidores estão animados com as notícias da chegada das vacinas contra o coronavírus, mas receosos quanto às negociações sobre o Brexit e ao pacote de estímulos dos Estados Unidos, de acordo com a Reuters (conteúdo em inglês).

O índice de referência europeu Stoxx-600 avançou uns ligeiros 0,01% para 391,72 pontos, recuperando cerca de 45% das perdas acumuladas desde março, mas continua cerca de 10% abaixo dos máximos deste ano, diz a Reuters. O espanhol Ibex-35 caiu 0,24%, enquanto o francês CAC-40 recuou 0,16%.

Por cá, o destaque foram as ações da Nos, que dispararam 2,96% para 3,268 euros, representando a maior subida desta sessão. Destaque ainda para a EDP Renováveis que bateu máximos históricos ao subir 1,47% para 17,94 euros. A acompanhar este desempenho esteve a EDP ao avançar 0,82% para 4,575 euros.

Por outro lado, a impedir um ganhos mais acentuado do PSI-20 esteve o BCP, que caiu 0,42% para 0,1197 euros, um dia depois de o banco ter confirmado com a Sonangol que mantém a estratégia em relação ao banco, mas está disponível para analisar um eventual desinvestimento ou um processo de fusão se “fizer sentido”.

Ainda nas perdas esteve a Galp Energia, que desvalorizou 2,10% para 8,858 euros, representando a maior descida desta sessão. Este desempenho da petrolífera acontece numa altura em que o preço do barril de petróleo está em queda nos mercados internacionais.

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