Oi vende parte dos ativos de fibra ótica à Globenet e BTG

  • Lusa
  • 8 Julho 2021

A operadora de telecomunicações brasileira Oi, que tem a portuguesa Pharol como acionista, vendeu parte dos ativos de fibra ótica da InfraCo à Globenet e BTG.

A operadora de telecomunicações brasileira Oi, que tem a portuguesa Pharol como acionista, vendeu parte dos ativos de fibra ótica da InfraCo à Globenet e BTG, foi divulgado esta quinta-feira.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol adianta que a Oi informou que na quarta-feira realizou-se no juízo de recuperação judicial a audiência para abertura de propostas fechadas apresentadas no âmbito da alienação parcial da InfraCo.

“Durante a audiência, verificou-se a existência de apenas uma proposta fechada para aquisição parcial da UPI InfraCo, a qual foi apresentada, em conjunto, por Globenet Cabos Submarinos S.A. e BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia nos exatos termos e condições da proposta vinculante para aquisição” da empresa divulgada em 12 de abril.

“Em razão da apresentação da única proposta fechada para aquisição parcial da UPI InfraCo, o juízo da recuperação judicial homologou a proposta das proponentes como vencedora do procedimento competitivo (…), após as manifestações favoráveis do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do administrador judicial”, refere a operadora brasileira.

Assim, será celebrado com a Globenet e BTG o respetivo contrato de compra e venda de ações, “ficando a efetiva conclusão da transferência de ações de emissão da SPE InfraCo sujeita ao cumprimento das condições previstas em tal contrato, entre as quais a anuência prévia da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel e a aprovação da operação de alienação parcial da UPI InfraCo pelo Conselho Administrativo de Defesa Económica – CADE”.

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Wall Street cai mais de 1% com receio da variante Delta

Os principais índices norte-americanos estão a cair mais de 1%. Os investidores temem o efeito da variante Delta na economia e a divulgação dos números do mercado de trabalho também não ajudou.

Após uma sessão de ganhos, os principais índices norte-americanos estão a cair mais de 1% numa altura em que aumenta a preocupação dos investidores com o impacto económica da variante Delta do coronavírus. Além disso, decisões na China continuam a prejudicar as empresas chinesas que estão cotadas em Nova Iorque.

O Dow Jones desce 1,16% para os 34.279,27 pontos, o Nasdaq desvaloriza 1,47% para os 14.450,02 pontos e o S&P 500 cede 1,27% para os 4.302,89 pontos. A última vez que o S&P 500 caiu mais de 1% foi a 18 de junho.

Perante o receio de uma retoma interrompida pela variante, os investidores a nível mundial ligaram o modo de “aversão ao risco”, levando a uma queda generalizada dos ativos com maior risco como as ações ao passo que as obrigações, ativos com menor risco, estão a valorizar. As bolsas europeias também estão a desvalorizar mais de 2%.

Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, alertou que um aumento na variante “altamente infecciosa” (Delta) poderia colocar em causa a retoma económica nos EUA. Já esta quinta-feira Mathias Cormann, o novo secretário-geral da OCDE, alertou que novos surtos provocados pela variante Delta são um risco significativo para a recuperação da economia mundial, pedindo aos Estados para vacinarem o mais possível. “Novos surtos continuam a ser um dos maiores riscos descendentes em termos de uma recuperação económica sustentada“, disse Cormann à CNBC.

Entre as cotadas mais penalizadas estão as empresas que mais beneficiaram de uma rápida recuperação para a economia pré-pandemia. É o caso das cotadas ligadas ao setor do turismo, como os operadores de cruzeiros Carnival e a Royal Caribbean, ambos com quedas superiores a 2%. As transportadoras aéreas American Airlines e Delta Air Lines, assim como a fabricante Boeing, também desvalorizam mais de 1%.

Outro dos fatores que está a influenciar a negociação bolsista é o aumento dos pedidos de desemprego nos Estados Unidos. Esta subida, conhecida esta quinta-feira, era inesperada e é acompanhada por uma desaceleração do crescimento do emprego em território norte-americano.

Na China, os reguladores continuam a apertar o cerco à Didi (homóloga chinesa da Uber e Bolt), retirando a integração da app para telemóveis do serviço de mensagens WeChat (da Tencent) e da AliPay (Ant Group), duas das aplicações mais usadas na China. No domingo, as autoridades chinesas já tinham retirado a Didi das lojas de aplicações na China. As ações da Didi estão a cair mais de 5% neste início de sessão.

Na sessão anterior, Wall Street fechou em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a atingir novos máximos após os investidores terem reagido de forma positiva às minutas da Fed.

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De Macau ao palco dos media: Magalhães e Silva é o advogado de Luís Filipe Vieira

Manuel Magalhães da Silva, sócio da Rodrigues Bastos, Magalhães e Silva, é o advogado de Luís Filipe Vieira. Com forte presença nos media, foi consultor para os assuntos políticos de Jorge Sampaio.

Luís Filipe Vieira foi detido esta quarta-feira por suspeitas de fazer parte de um esquema de fraude que terá lesado a SAD do Benfica, BES, Novo Banco e Estado português. A detenção surge depois das buscas realizadas na manhã de quarta-feira.

Em causa estão crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação, branqueamento de capitais e fraude fiscal, numa investigação que já resultou na detenção do empresário José António dos Santos, Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, e Bruno Macedo.

E quem é o advogado que terá a difícil tarefa de defender o presidente do Benfica? O nome é Manuel Magalhães da Silva, cujo nome não precisa de grandes apresentações, já que há muitos anos se encontra envolvido em processos mediáticos da justiça portuguesa. Um dos mais recentes casos foi o dos incêndios em Pedrógão Grande.

Neste processo o advogado defendeu o presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. Em causa estava a atribuição de responsabilidades criminais nos incêndios. Também representou o magistrado Lopes da Mota pelas alegadas pressões que este terá feito junto dos procuradores que investigaram o caso Freeport.

Natural do Porto, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Lisboa, em 1970. Casado com uma jornalista, passou pela Jardim, Sampaio, Caldas e Associados (até 2005), pela Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva e Associados (2006-2017), onde foi sócio fundador, e pela Vera Jardim, Magalhães e Silva Advogados (2018-2021). Atualmente é sócio da Rodrigues Bastos, Magalhães e Silva & Associados. Escritório também do advogado de Armando Vara, Tiago Rodrigues Bastos.

Ao longo do seu percurso passou pelo Conselho Superior da Ordem dos Advogados (1995/1998), foi candidato a bastonário (2007), membro do Conselho Superior do Ministério Público (2016-2019), secretário adjunto da Administração e Justiça de Macau (1988/1990), consultor para os assuntos Políticos do Presidente da República Jorge Sampaio (1996/2006) e membro do Conselho Superior de Justiça de Macau (1995/1996).

Um percurso marcado pelo território de Macau. No final dos anos 90, Jorge Sampaio, na altura Presidente da República, escolheu Magalhães e Silva para ser o seu representante junto do Governo de Macau e no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês. Em específico, a sua função passava por informar Sampaio sobre a governação do território e a forma como estavam a decorrer as negociações com os chineses para a transição do exercício de soberania.

Presença assídua nos media

Desde cedo que tem sido uma presença assídua nos vários meios de comunicação para comentar os principais processos que surgem no palco mediático da Justiça. Manuel Magalhães e Silva foi um dos maiores críticos da ação da Justiça na Operação Marquês.

O advogado destacou-se pelas suas opiniões na defesa das posições de José Sócrates, chegando a acusar várias vezes o Ministério Público de ter promovido a violação do segredo de justiça durante a Operação Marquês. “O que está em causa é que a acusação sentiu necessidade de fazer um enquadramento mediático da detenção do engenheiro Sócrates. E por isso dá essa informação a duas estações de televisão para poderem fazer essa encenação mediática”, referiu na altura da detenção de Sócrates na SIC Notícias.

Especializado em contencioso civil e criminal, Manuel Magalhães e Silva também faz parte do Fórum Penal – Associação de Advogados Penalistas, uma associação sem fins lucrativos que que funciona como um espaço de debate livre sobre a advocacia criminal e a vida forense criminal e sobre a defesa dos direitos fundamentais no processo penal. Recentemente, enquanto membro, assinou, juntamente com outros colegas de profissão, uma petição que apelava ao Parlamento para que não se viole a Constituição ao ouvir o hacker Rui Pinto, já que a prova obtida face ao Novo Banco é ilegal, obtida por via criminosa.

Uma posição que surge no âmbito da Comissão Eventual de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco. Entre os assinantes da petição estão Germano Marques da Silva, presidente da associação; Carlos Pinto de Abreu, presidente da CPAS; João Medeiros, advogado de António Mexia; Paulo de Sá e Cunha; Paulo Saragoça da Matta; Rui Patrício; Carlos de Almeida Lemos; Carlos Melo Alves; José António Barreiros; Nuno Cerejeira Namora; Raúl Soares da Veiga; Rogério Alves e Teresa Serra.

Em entrevista à Advocatus, em março, Manuel Magalhães e Silva sublinhou que se dá ao luxo de recusar clientes e orgulhou-se ainda do julgamento do seu cliente Padre Manuel Crespo, no processo FP25. Sobre a gestão da pandemia, criticou a atuação do Governo. “O resultado é mau, mas salvo o absurdo do Natal e do período que imediatamente o antecedeu, não sou capaz de dizer com rigor o que de melhor deveria ter sido feito”.

“Enquanto não for claro que é tão importante condenar quem rouba como absolver quem só possa ser condenado se, por exemplo, a prova do crime tiver sido obtida com violação do domicílio, não chegámos à compreensão do que é fazer Justiça. É que a proteção da casa de cada um é tão importante como a da caixa do supermercado…”, referiu na entrevista. Na entrevista defendeu ainda que aos advogados deveria ser permitido falar sobre casos em concreto, de forma a equilibrar o prato da balança.

Questionado sobre se algum dia colocará em prática a regra de denúncia obrigatória por parte dos advogados que se deparem com suspeitas de branqueamento de capitais, alegado crime cometido pelo seu cliente Luís Filipe Vieira, admitiu que isso é uma “machada grave na relação de confiança entre advogado e constituinte”.

“Estive, sempre, na primeira linha do combate à corrupção, tendo inclusivamente deixado, na Assembleia da República, em 2013, um projeto completo de criminalização do enriquecimento injustificado, expurgado das manifestas inconstitucionalidades de que enfermavam os projetos de enriquecimento ilícito, sucessivamente apresentados. Não serviu para nada… Dito isto, por mais imprescindível que seja, e é, a perseguição criminal da corrupção, não faz dela o alfa e o ómega da investigação e punição da criminalidade. Nem denúncia obrigatória, nem delação premiada. E fazer dos advogados seus autores é uma machadada grave na relação de confiança entre advogado e constituinte, sem a qual não há advocacia que subsista”, explicou.

Caso de Luís Filipe Vieira

Luís Filipe Vieira e o empresário José António dos Santos, Tiago Vieira e o empresário de futebol, Bruno Macedo, foram detidos na quarta-feira por suspeitas de crimes de burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação.

O juiz de instrução Carlos Alexandre concordou com o Ministério Público no que toca à gravidade dos crimes de que Luís Filipe Vieira, presidente da SAD do Benfica, é suspeito. Quer Rosário Teixeira, procurador responsável por esta investigação, quer Carlos Alexandre admitem que o presidente do Benfica foi identificado como fazendo parte de um alegado esquema de fraude que consistia em comissões altas atribuídas ao empresário e advogado Bruno Macedo, na compra e venda de passes de três jogadores, com desvio de dinheiro da Benfica SAD, que mais tarde revertia para o presidente do clube pagar dívida das suas empresas.

As suspeitas são de fraude ao Fundo de Resolução e de abuso de confiança por parte de Luís Filipe Vieira perante o próprio Benfica. A detenção surge depois das buscas realizadas na manhã de quarta-feira envolvendo Luís Filipe Vieira e o amigo de longa data e maior acionista individual da SAD Benfica, José António dos Santos. Ele é um dos donos da empresa de agroalimentar Valouro, sendo também conhecido como “Rei dos frangos”.

“A descrição de factos tem alguma gravidade, mas se a suspeita dos factos é uma realidade não lhe sei responder e tenho as minhas dúvidas”, disse Manuel Magalhães da Silva aos jornalistas, após a detenção do seu cliente.

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Galp. “Procuramos pessoas com know-how nos caminhos que queremos desbravar”

Ana Casaca é desde março a nova head of innovation da Galp. A companhia está a apostar em energias low carbon, com reflexo no perfil dos futuros colaboradores e nos projetos de inovação da empresa.

Ana Casaca, head of innovation da GalpD.R.

A Galp está a descarbonizar e a mudar o perfil dos seus recursos humanos. “Procuramos pessoas com know-how nos caminhos que queremos desbravar, nomeadamente nas energias renováveis”, diz Ana Casaca, desde março head of innovation da companhia. Até 2025, a companhia vai investir perto de 50% do seu investimento – num total de 0,8 a 1 mil milhões de euros por ano – para projetos low carbon. “Não será apenas o negócio que se vai transformar: todos teremos que nos “reenergizar”.

Num momento em que tanto se fala de empoderamento feminino e diversidade, Ana Casaca garante que “Galp tem um percurso muito sólido em matérias de diversidade, inclusão e igualdade de género. São bandeiras que fazem parte do nosso ADN”, lembrando que a empresa voltou este ano a ser incluída, pelo terceiro ano consecutivo, na lista de 380 empresas do “Gender-EqualityIndex”, da Bloomberg.

O apoio às startups é também um dos focos da companhia e esta semana, durante o “Innovation Day”, os colaboradores tiveram acesso a alguns dos projetos, como o uso de drones para inspecionar as suas instalações solares com o objetivo de melhorar o desempenho das operações destas instalações, em que a empresa está a trabalhar.

“O país tem feito um caminho para posicionar-se como startup friendly, mas acredito que há ainda caminho a percorrer para que essa posição se materialize de forma mais efetiva”, comenta.

A Galp está em processo de transformação para energias mais verdes. De que modo a aposta nas startups está a ajudar nesse percurso?

A Galp está num processo de transição energética fundamental para contribuir para a sustentabilidade ambiental e cumprir metas definidas e acordadas a nível europeu e nacional. A nossa ambição é atingir a neutralidade carbónica até 2050, tendo objetivos intercalares ambiciosos, como a redução do índice de intensidade carbónica (baseado em produção) em 40% (scopes 1, 2 e 3) ou a redução das emissões absolutas das operações em 40% (scopes 1 e 2). Perante tais objetivos é fundamental que alavanquemos no ecossistema de inovação que nos rodeia para que possamos acelerar ao máximo este caminho. A aposta nas startups surge neste contexto e é por isso considerada muito importante. Trabalhando com startups conseguimos trazer para a Galp competências, conhecimento e tecnologias que permitirão traçar o caminho a que nos propomos.

A Everimpact é um exemplo claro desta aposta: neste caso em específico estamos a trabalhar juntos num projeto que ambiciona monitorizar a redução de emissões de CO2 utilizando imagens de satélite e sensores de última geração. Este piloto irá testar uma nova metodologia de controlo das emissões que se espera mais fiável, transparente e que pode abrir a porta à participação em mercados voluntários de carbono.

Esta semana decorreu o Innovation Day. Que projetos estiveram sob o olhar da companhia?

Este evento é interno e tem como principal objetivo promover, ainda mais, o mindset e cultura de inovação dentro da empresa. E queremos também reforçar a ideia de que a inovação é feita por todos e que é essencial. Apresentamos o nosso roadmap de inovação e tivemos uma montra dos principais projetos trabalhados recentemente ou em curso com diversos stakeholders, sejam internos ou externos. A nossa expectativa é de que as pessoas que visitem – presencialmente ou digitalmente – os eventos fiquem impressionadas com o valor que este tipo de projeto pode acrescentar à empresa. E, claro, que fiquem motivados para que inovemos em conjunto.

Um dos casos foi a utilização de drones para inspecionar as suas instalações solares com o objetivo de melhorar o desempenho das operações destas instalações. Uma iniciativa que faz parte da estratégia de Otimização através da Digitalização, que foi liderada por um conjunto de equipas – Inovação, Renováveis, IT&D – para a construção da arquitetura e processamento de dados. O primeiro teste no terreno foi realizado pela Sensehawk e teve como objetivo realizar análises termográficas para a instalação de 50MW, Sierrezuela, localizada em Aragão. A termografia e as imagens RGB captadas são então enviadas para uma ferramenta de IA que identificará e analisará anomalias de desempenho nos painéis e contribuir para, no fim da linha, aumentar o seu desempenho, pela intervenção corretiva mais atempada.

 

Portugal recuou “significativamente” no Painel Europeu da Inovação 2021, da Comissão Europeia. É um “inovador moderado” e o 9.º país com pontuações mais baixas. Pontua ainda abaixo da média nos indicadores relacionados com as alterações climáticas, alertou Bruxelas. Como se inverte estes resultados?

Trabalhando mais rápida e intensamente. É fundamental intensificar a colaboração entre stakeholders do sistema de inovação e torná-la transversal a toda a tipologia de empresas em Portugal. As conclusões do estudo são expectáveis, na medida em que os modelos de negócio dos países líderes foram reinventados mais cedo e que a digitalização está mais avançada no dia a dia dessas populações. Diria que temos de trabalhar mais rapidamente e alavancar em todos os recursos para acelerar, nomeadamente bebendo das melhores práticas implementadas em países que estão mais desenvolvidos neste contexto.

Que componente do investimento a Galp dedica à inovação? E ao apoio – cofinanciamento – do ecossistema de startups?

No nosso Capital Markets Day foi anunciado que até 2025 perto de 50% do investimento da Galp (num total de 0,8 a 1 mil milhões de euros por ano) seria direcionado para projetos low carbon, para os quais energias renováveis e novas energias serão fundamentais, representando cerca de 30% e cerca de 5%, respetivamente. Estão em causa áreas de negócio em fases iniciais de desenvolvimento de grande potencial onde será canalizado investimento para projetos de inovação.

Fábrica da Inovação e o projeto Flow são duas iniciativas a Galp neste campo. Que outras estão a levar a cabo?

Temos diversas iniciativas, direcionadas para negócios existentes e novos negócios. A “Galp Upcoming Energies” é a nossa porta de comunicação com o universo exterior, através da qual desafiamos a comunidade nacional e internacional para nos ajudar a responder aos nossos desafios. Uma das iniciativas de open innovation neste sentido é a recentemente anunciada colaboração com a Amazon Web Services no “Clean Energy Accelerator” em que nos propomos garantir um processo abrangente de mentoring das startups recorrendo à rede Galp para desafiar e testar as propostas das startups. Outro exemplo é a spinoff “energia independente – powered by Galp” emancipada do grupo para se dedicar em exclusivo ao negócio do autoconsumo por via da instalação de painéis fotovoltaicos.

O País tem-se vindo a posicionar no exterior como um mercado favorável à instalação de startups internacionais. É efetivamente startup friendly? O que falta?

O País tem feito um caminho para posicionar-se como startup friendly, mas acredito que há ainda caminho a percorrer para que essa posição se materialize de forma mais efetiva. A colaboração a nível local, por exemplo, tem de ser escalada para todo o tecido empresarial e não ficar limitada a grupos restritos.

O empreendedorismo tecnológico tem uma enorme falta de representatividade de mulheres. Esse é um tema para a Galp? Que iniciativas estão a levar a cabo para impulsionar o número de mulheres nas tech?

A Galp tem um percurso muito sólido em matérias de diversidade, inclusão e igualdade de género. São bandeiras que fazem parte do nosso ADN. Este ano, aliás, a Galp voltou a ser incluída pelo terceiro ano consecutivo na lista de 380 empresas do “Gender-Equality Index”, da Bloomberg, que avalia as práticas e políticas de igualdade de género das empresas cotadas, bem como a transparência na prestação de informação sobre este tema. Isto é o reconhecimento dos esforços da Galp – consubstanciados no seu Plano para a Igualdade para 2021 – para que a Igualdade de Género, nos seus diferentes domínios, seja uma realidade na empresa.

Foi por isso também que, por exemplo, subscrevemos os “Women’s Empowerment Principles – Equality Means Business”, uma iniciativa conjunta do United Nations Global Compact e do United Nations Development Fund for Women que visa a promoção da igualdade de género. E já em 2014 tínhamos aderido ao Fórum de Organizações para a Igualdade (iGen). Todo este histórico tem natural reflexo na atenção que dedicámos ao tema no recrutamento para as áreas da inovação e da tecnologia. A prová-lo está o facto de colaborarmos com o projeto “GirlMOVE – ChangemakersLAB”, que endereça precisamente esta questão.

 

De que modo esta transformação da companhia para atividades com menor intensidade carbónica se reflete no perfil de recrutamento da Galp? Que novos perfis procuram?

Procuramos pessoas com know-how nos caminhos que queremos desbravar, nomeadamente nas energias renováveis. Mas acreditamos que temos também muitos recursos com enormes valências para nos fazer crescer e que existe muito potencial para transferência de competências e know-how entre os negócios da Galp. Não será apenas o negócio que se vai transformar: todos teremos que nos “reenergizar”.

Estamos a reforçar a equipa de inovação das renováveis e novas energias também da área de downstream (comercial). Procuramos perfis colaborativos, open minded, que entendem que as soluções podem vir de diferentes origens – corporativo, académico, startups, outros negócios. Precisamos de diversidade que traga valor à discussão e debate de diferentes ideias, abordagens, backgrounds e experiências. Temos que ter uma forte componente de partilha e de construção, envolvimento de diferentes stakeholders, com vista ao teste, prototipagem, desenvolvimento e scale up de ideias e projetos, assim como a capacidade de identificar o que não é core ou estratégico.

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Clientes de eletricidade no mercado livre aumentam 2% para 5,4 milhões em maio

  • Lusa
  • 8 Julho 2021

Segundo a ERSE, o consumo no mercado livre representava, em maio, 95% do consumo total registado em Portugal continental.

O mercado liberalizado de eletricidade atingiu 5,4 milhões de clientes, em maio, uma subida de 2% em termos homólogos, e totalizou um consumo de 42.399 gigawatt-hora (GWh), mais 200 GWh que em abril, divulgou hoje a ERSE.

“O mercado livre alcançou um número acumulado de cerca de 5,4 milhões de clientes em maio de 2021, com um crescimento líquido de cerca de 15,4 mil clientes face a abril de 2021, o que representa um crescimento de aproximadamente 2% face ao mês homólogo”, revelou o Boletim do Mercado Liberalizado de eletricidade, referente ao mês de maio de 2021, divulgado hoje pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Já em termos de consumo, aquele mercado registou uma subida de 200 GWh face a abril de 2021, atingindo 42.399 GWh no mês em análise.

Segundo o regulador, o consumo no mercado livre representava, em maio, 95% do consumo total registado em Portugal continental.

Relativamente à quota de mercado, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre, em número de clientes (74,5%) e em consumo (42%).

No entanto, face a maio do ano passado, a sua quota diminuiu 2,7 pontos percentuais, em número de clientes, o que já vem a ocorrer desde março de 2020.

Quanto ao consumo, a quota da EDP Comercial registou um ligeiro acréscimo de 0,7 pontos percentuais, relativamente ao mesmo mês de 2020.

No segmento de clientes industriais, a Endesa manteve a liderança, com uma quota de 24%, o que corresponde a um aumento de 1,6 pontos percentuais, face a maio de 2020.

Já no segmento dos grandes consumidores, liderou a Iberdrola, com uma quota de mercado de 25%, representando, porém, uma descida de 4,3 pontos percentuais face ao mês homólogo.

Por fim, a ERSE observou que a concentração de mercado, em relação a abril, diminuiu 0,6 pontos percentuais, em número de clientes, e 0,9 pontos em termos de consumo.

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Mais nove mortes e 3.269 casos de Covid-19. Há menos de 600 internados

Desde o início da pandemia, o país soma 899.295 casos de infeção e 17.135 óbitos por Covid-19. O número de recuperados é, atualmente, de 840.297.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.269 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 899.295. O boletim epidemiológico desta quinta-feira revela ainda mais nove mortes nas últimas 24 horas, o que perfaz um total de óbitos de 17.135.

É o número de infeções diárias mais elevado desde 11 de fevereiro, altura em que o país registou 3.480 novos casos num só dia, bem como o número de óbitos mais elevado desde 8 de abril, dia em que também foram registadas nove mortes pela doença.

O boletim diário dá conta de um total de 840.297 recuperados, mais 1.655 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 41.863 casos ativos em Portugal, mais 1.605 face a quarta-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e registou-se uma ligeira diminuição do número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 599 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos quatro nas últimas 24 horas), dos quais 136 em unidades de cuidados intensivos (mais seis).

Boletim epidemiológico de 8 de julho:

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que tem suscitado uma maior preocupação por parte das autoridades de saúde. Dos 3.269 novos casos confirmados, 1.574 localizam-se nesta região (48,1%), seguindo-se a região Norte que contabilizou 934 novas infeções (28,6%).

Ainda assim, o Norte continua a ser a região com mais casos até ao momento (350.771 casos de infeção e 5.371 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (350.282 casos e 7.292 mortes), do Centro (123.792 casos e 3.029 mortes), do Alentejo (31.543 casos e 973 mortes) e do Algarve (26.457 casos e 366 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 6.418 casos e 34 mortos, enquanto a Madeira tem 10.032 pessoas infetadas e 70 vítimas mortais.

Há ainda 68.867 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 1.812 face a quarta-feira.

(Notícia atualizada às 14h29)

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“Sobrevivência do setor automóvel” exige apoio específico, diz presidente da ARAN

A Associação do Ramo Automóvel pede ao Governo um plano especifico para apoiar o setor que está a ser brutalmente afetado pela pandemia. "Está em causa a sobrevivência do setor”, alerta líder da ARAN.

O ano de 2020 marcou o mercado automóvel pela acentuada queda de vendas provocadas pela pandemia. As vendas de carros em Portugal recuaram 34%, uma das maiores quedas de mercado de sempre. O setor lamenta que os apoios sejam insuficientes e pede ao Governo um plano específico para apoiar o setor.

“O Governo sempre privilegiou apoios às empresas de uma forma transversal. Defendemos apoios específicos para o setor automóvel, até porque o setor tem uma importância fundamental para a economia nacional. Se o setor não estiver bem, a economia nacional também não estará bem”, alerta o presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), Rodrigo Ferreira da Silva.

Para o líder da associação está em causa “a sobrevivência do setor automóvel” que representa cerca de 20% das receitas fiscais do Estado, 19% do PIB português e que emprega cerca de 200 mil pessoas e alerta que “a retoma só será possível com a implementação de medidas de apoio por parte do Governo.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel propôs ao Governo a redução do Imposto Sobre Veículos (ISV) e a criação de um registo profissional de revendedores automóveis para a recuperação do setor, impactado pela pandemia de Covid-19. O presidente da ARAN destaca que o setor automóvel “necessita de medidas mais fortes para impulsionar a retoma económica”.

A ARAN contesta o Orçamento de Estado que esquece o setor automóvel sem uma única medida de apoio específico para o setor. “O Orçamento de Estado não está a apoiar o setor automóvel. Em oposição está apenas a aumentar o fosso fiscal, acentuando as diferenças e favorecendo a economia de outros países em detrimento da nacional. Isso deixa-nos frustrados e as empresas muito preocupadas”, lamenta o presidente da ARAN.

Em entrevista ao ECO, Rodrigo Ferreira da Silva explica que o setor automóvel já tinha “muitas dificuldades antes da pandemia” devido à elevada carga fiscal. “Em Portugal, a atividade do setor automóvel é muito penalizada fiscalmente. Somos dos países que têm os automóveis mais baratos da Europa antes dos impostos, e dos mais caros depois dos impostos. Não faz sentido, até porque temos algumas fábricas em Portugal, como a PSA, Autoeuropa e Tramagal”, refere.

A pandemia veio evidenciar ainda mais as dificuldades do setor. O presidente da ARAN adianta que os “consumidores têm menos poder de compra e isso está a ter um impacto muito negativo”. 16 meses depois da pandemia ter chegado a Portugal, as vendas de carros estão a acelerar, mas estão aquém do pré-pandemia. O presidente da ARAN lembra que “grande parte dos veículos produzidos em Portugal são para exportação, o que significa que este aumento está relacionado com a recuperação de outros mercados e não do nacional”

Não são apenas as vendas que estão a ser afetadas, toda a indústria está a sofrer com os impactos da pandemia, incluindo as oficinas automóveis. Automóveis parados, pessoas em teletrabalho, viagens restritas, menos quilómetros percorridos. “Menos quilómetros percorridos são menos avarias, menos acidentes, menos manutenção”, explica o presidente da ARAN.

A escassez de chips está a afetar vários setores de atividade, incluindo o automóvel. Rodrigo Ferreira da Silva destaca os fornecedores de semicondutores orientaram a sua oferta para satisfazer a procura de produtos informáticos como os os tablets, computadores e telemóveis.

O presidente da ARAN alerta que com a digitalização de todos os equipamentos vai necessitar de mais chips, a juntar aos novos modelos automóveis que têm mais exigência de chips, mais eletrónica, e “isso faz com que aumente a procura, mesmo em condições normais de mercado”.

O futuro passa pelos carros elétricos?

Numa altura que os carros elétricos estão a ganhar terreno, o ECO questionou o presidente da ARAN para tentar perceber se o futuro será elétrico. Para Rodrigo Ferreira da Silva o futuro “nunca será apenas de uma tendência”.

Na ótica do líder da associação, os “elétricos não são a solução totalmente perfeita” e passar todos os automóveis para elétricos “não resolve os problemas climáticos do mundo”. Rodrigo Ferreira da Silva explica que níquel, lítio e o cobalto são importantíssimos, mas “são exportados em países do centro de áfrica e toda essa cadeia de valor tem que ser tida em conta quando analisámos se o veículo é mais verde ou menos verde. Temos que pensarmos na origem das matérias-primas, como são exploradas, qual a riqueza criada nesses países, se está a ser distribuída de uma forma justa”.

“Não podemos só falar dos automóveis. Há todo um universo, os navios, os cargueiros, os cruzeiros, todo esse ecossistema tem que ser visto. O holofote é posto, muitas vezes, em cima do automóvel e parece que, ao resolvermos as emissões de CO2 nos automóveis, estamos a resolver todos os problemas climáticos do mundo. Não é verdade”, destaca Rodrigo Ferreira da Silva.

A ARAN comemora 80 anos na sexta-feira e vai organizar uma conferência no Porto com o mote “Repensar o futuro do setor automóvel”, que reúne especialistas nacionais e internacionais nesta área.

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Insolvências sobem 16% no semestre, mas nasceram mais empresas

  • Lusa
  • 8 Julho 2021

As ações de insolvência aumentaram 16,1% no primeiro semestre deste ano. Ao mesmo tempo, o número de novas empresas subiu 14%, mostram os dados da Iberinform.

As ações de insolvência aumentaram 16,1% no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo de 2020, e as constituições acumulam um crescimento de 14,2%, segundo dados divulgados pela Iberinform. As ações de insolvência totalizaram 2.806 no primeiro semestre, mais 389 do que no ano passado.

Ainda no que respeita às insolvências, e analisando apenas o mês de junho, foi registado um decréscimo de 10,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, para um total de 432 insolvências, menos 52, “o que poderá traduzir uma tendência de decréscimo deste indicador”, de acordo com a Iberinform.

Por tipologia de ação, o semestre fechou com um aumento de 24% nas Declarações de Insolvência Requeridas (DIR) por terceiros, enquanto as Declarações de Insolvência Apresentadas (DIA) pelas próprias empresas diminuíram 4,1%. Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 43,7% face a 2020, evoluindo de 23 para um total de 33.

No período em análise, foi declarada a insolvência de um total de 1.683 empresas, o que corresponde ao encerramento de mais 295 processos que no período homólogo de 2020 (+21,2%).

Porto e Lisboa são os distritos com os valores mais elevados, 697 e 652 insolvências, respetivamente, com aumentos de 33,9% e de 15,4%. Seis distritos apresentam uma diminuição nas insolvências: Horta (-66,7%), Angra do Heroísmo (-58,8%), Bragança (-45%), Faro (-30,1%), Santarém (-22,6%) e Beja (-18,8%).

Já os aumentos mais significativos verificaram-se nos distritos de Vila Real (+141,7%), Guarda (+64,3%), Castelo Branco (+38,9%), Lisboa (+33,9%), Portalegre (+33,3%) e Coimbra (+32,3%). Na Madeira, houve uma subida de 26,3% face a 2020 e em Porta Delgada o incremento situou-se nos 10%.

Por setores, os aumentos mais significativos registaram-se nas atividades de Eletricidade, Gás, Água (+150%), Telecomunicações (+133,3%), Hotelaria e Restauração (+76,6%) e Indústria Extrativa (+75%). No setor da Construção e Obras Públicas, as insolvências cresceram 27,1%, enquanto o Comércio de Veículos teve um aumento de 14,6% face ao ano passado.

A Indústria Transformadora foi uma das áreas de atividade onde o aumento das insolvências foi mais reduzido (+3,5%), tal como o setor do Comércio a Retalho (+2%). Apenas o setor dos Transportes diminuiu o número de insolvências, com uma queda de 9,3% face ao mesmo período do ano passado.

Criadas 20.868 empresas até junho

No que respeita às constituições, no primeiro semestre foram criadas 20.868 novas empresas, mais 2.599 do que no ano passado. O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 6.269 novas empresas, e no Porto, com 3.843 constituições (acréscimos de 8,9% e 14%, respetivamente).

As constituições aumentaram em todos os distritos com as subidas mais significativas a registarem-se em Bragança (+83%), Horta (+74,2%), Madeira (+64,6%), Beja (+29,8%), Guarda (+27,9%), Angra do Heroísmo (+ +26,8%) e Leiria (+25%). Por setores, apenas os Transportes apresentam um decréscimo de 36,3% face a 2020.

Todos os outros setores de atividade veem crescer o número de novas empresas constituídas com os aumentos mais significativos a verificarem-se nas atividades de Indústria Extrativa (+72,7%), Comércio a Retalho (+42,6%), Agricultura, Caça e Pesca (+34,3%), Telecomunicações (+21,4%) e Construção e Obras Públicas (+20,6%).

O setor da Hotelaria e Restauração teve “um aumento modesto” de 3%, enquanto a Indústria Transformadora apresenta um incremento de 2,7%.

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Depressão afeta desempenho de 56% dos colaboradores. Que sinais deve estar atento

Pressão colocada pela pandemia na vida pessoal e no trabalho está a colocar os temas da saúde mental na ordem do dia. Depressão tem forte impacto no desempenho profissional.

A depressão e o burnout têm um forte impacto no desempenho dos trabalhadores, na sua relação com os colegas, na qualidade de trabalho e até na relação com as hierarquias. Situação que a pandemia veio a evidenciar e a colocar na ordem do dia. Nos Estados Unidos esta situação afeta mais de 50% dos profissionais, segundo um inquérito da Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA), citado pela Adecco.

Há sinais a que os colaboradores e gestores de pessoas devem estar atentos de modo a que possam desenvolver estratégias para lidar com esta situação de saúde mental. Dificuldade de concentração em tarefas, exaustão por alguma forma de perturbação do sono, a sensibilidade à ‘flor da pele’, tristeza, vontade de chorar, sentimento de sobressalto e o sentir-se sobrecarregado são sintomas mais frequentes, normalmente aliados a um tremendo cansaço.

Uma situação debilitante do ponto de visto físico e psicológico e que pode afetar a experiência no trabalho a vários níveis, tanto ao nível do desempenho profissional (56%), na relação com colegas de trabalho e pares (51%), na qualidade do trabalho (50%) e nas relações com os superiores hierárquicos (43%), de acordo com um inquérito da Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA).

Os dados são dos Estados Unidos, mas não será difícil concluir que em Portugal a pressão colocada pela pandemia na vida pessoal e profissional terá contribuído para o aumento do stress e estados de ansiedade junto dos colaboradores.

Um estudo da Nova IMS sobre o bem-estar dos portugueses, realizado em abril com um universo de 233 respostas, dá conta disso mesmo: 75% reporta um aumento nos níveis de stress, fruto da pandemia da Covid-19, particularmente sentido pelos jovens, entre os 18 e 24 anos, e pelas mulheres. “Com o teletrabalho, as relações entre o trabalho, a família e os momentos de descanso deterioraram-se, com jornadas mais longas, o que aumenta os níveis de stress e ansiedade entre os profissionais. Por outro lado, este período de incerteza e de maior risco de desemprego parece afetar particularmente as mulheres e os jovens”, diz Diego Costa Pinto, diretor do marketing analytics lab da NOVA IMS.

Colaboradores e líderes de pessoas deverão ficar, assim, atentos aos sinais e desenvolver estratégias para acautelar este problema. A Adecco deixa algumas recomendações.

Estratégias para acautelar saúde

Primeiro passo: falar com um profissional de saúde mental. “Um terapeuta pode ajudá-lo a desenvolver um plano de tratamento, com terapia que pode incluir ou não medicação”, refere a recrutadora. “Será ideal optar também por todas as técnicas que sirvam à sua medida para ajudar a tratar e, também, a prevenir recaídas. A atividade física livre, em grupo ou individual é reconhecidamente uma boa terapia. Mas cabe a cada indivíduo procurar o que o estimula”, diz ainda.

A empresa poderá ter um subsistema de saúde, acordo com seguros, dando facilidades acrescidas para recorrer a este apoio de saúde; embora o Sistema Nacional de Saúde disponibilize estas consultas via médico de família.

Segundo passo: fale com o seu team leader ou com os recursos humanos da empresa. Tenha um diálogo aberto com o seu coordenador ou gestor de pessoas na companhia. “As pessoas podem recear ser vistas como incapazes de fazer o seu trabalho ou ser despedidas se pedirem ajuda. Mas dependendo da gravidade dos seus sintomas, é importante que certas pessoas no trabalho saibam da sua situação. Se precisar de tirar um dia de saúde mental aqui ou ali, pode usar um dia de trabalho pessoal sem dar uma explicação detalhada sobre o porquê”, refere a Adecco.

“Se a sua condição começar a interferir com a sua capacidade de fazer o seu trabalho, considere falar com o seu team leader (que tem mais impacto nas suas responsabilidades de trabalho do que os Recursos Humanos-RH). Se a sua conversa com o seu líder de equipa não produzir quaisquer resultados, pode então passar com os RH”, recomenda a recrutadora.

Se estiver a trabalhar num projeto particularmente difícil que lhe provoca ansiedade, agravando a depressão, deve informar o seu gestor que precisa de ajuda para que o trabalho possa ser distribuído pelos colegas. A Adecco recomenda uma possível forma de abordar o seu gestor. “Quero ter excelentes resultados, mas sinto-me sobrecarregado. Seria útil se eu pudesse trabalhar neste projeto com mais algumas pessoas. Quem na nossa equipa poderia trazer mais-valias?”, sugere.

Terceiro passo: criar mecanismos de combate à depressão no trabalho. “Fazer pequenos intervalos durante o dia de trabalho, dar um passeio e chorar se sentir necessidade, telefonar a um amigo ou membro da família, ou apenas tirar algum tempo para si”, podem ser mecanismos que o ajudem a ultrapassar esta situação. “Comunique com os seus colegas de trabalho e faça um esforço concertado para participar, em vez de se desligar.”

“Manter hábitos saudáveis como comer bem, dormir bem, fazer exercício, e passar tempo com amigos e familiares. Tente fazer planos três ou quatro noites por semana, mesmo que seja algo tão simples como uma chamada telefónica rápida, para que tenha sempre alguém com quem falar após um dia cansativo”, lembra ainda a Adecco.

Se todos estes mecanismos não tiverem dado frutos e, efetivamente, o trabalho estiver na origem da sua depressão pondere uma pausa ou mudança de emprego. “Dar este passo pode ser difícil, mas pode criar a disciplina de tempo para atualizar o curriculum vitae, as suas redes sociais, em particular o perfil de LinkedIn, inscrever-se em plataformas de emprego e responder a anúncios. Todo este processo ajuda não só a manter a solidez como a abrir a possibilidade de um profissional encontrar uma nova empresa”, diz a Adecco.

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Governo já pagou os primeiros 113 cheques para casas eficientes, no valor de 180 mil euros

"Desde o dia 21 de junho, data em que abriram as candidaturas na plataforma do Fundo Ambiental foram submetidas a este Programa mais de 8000 candidaturas", diz o MAAC.

O ministério do Ambiente e da Ação Climática anunciou em comunicado que a 2.ª Fase do “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis” fez esta quarta-feira os primeiros 113 pagamentos, no valor de cerca de 180 mil euros, três semanas depois da abertura das candidaturas.

O programa é gerido pelo Fundo Ambiental, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e esta fase tem uma uma dotação disponível de 30 milhões de euros, uma verba mais de três vezes superior aos 9,5 milhões de euros da primeira fase, em 2020.

“Desde o dia 21 de junho, data em que abriram as candidaturas na plataforma do Fundo Ambiental foram submetidas a este Programa mais de 8000 candidaturas”, diz o MAAC no mesmo comunicado. À data de hoje, 8 de julho, o site do Fundo Ambiental registava já um número acima das 9.100 candidaturas a apoios para casas mais eficientes.

Destas, o Fundo Ambiental dá conta neste momento de 34 candidaturas elegíveis, 138 não elegíveis, 576 canceladas e 113 em pagamento. As 34 candidaturas elegíveis dizem respeito a cerca de 49 mil euros, enquanto o valor correspondente aos apoios em pagamento é de cerca de 180 mil euros. Resta ainda uma dotação de 29,8 milhões de euros.

O primeiro-ministro António Costa e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, já avisaram que os 30 milhões de euros em apoios da segunda fase do Programa Edifícios Mais Sustentáveis vão esgotar-se “rapidamente”.

Apenas uma semana depois do início do prazo já tinham sido submetidas mais de seis mil candidaturas ao programa de apoio “Edifícios mais sustentáveis” do Fundo Ambiental. O Governo tinha já já passado um primeiro cheque no valor de 1.076 euros. O programa de apoio “Edifícios mais sustentáveis” comparticipa 85% do custo das intervenções para melhoria da eficiência energética da sua habitação.

As candidaturas decorrem desde 22 de junho 2021 e terminam a 30 de novembro de 2021, ou assim que a verba disponível se esgotar.

Em 2021 as taxas de comparticipação à instalação de janelas eficientes, painéis fotovoltaicos, bombas de calor, caldeiras e recuperadores a biomassa, entre outros investimentos em eficiência energética das habitações sobem de 70% para 85%, mantendo-se, no entanto, inalterados os limites máximos dos apoios. São na mesma 1.500 euros para janelas eficientes e 2.500 para painéis solares, por exemplo.

Outra novidade passa pela introdução de três novos apoios: portas de entrada de casa (apoio até 750 euros), sistemas de aproveitamento de águas pluviais (até 1.500 euros) e sistemas de monitorização de consumos de água em casa (até 200 euros).

Cada pessoa pode entregar várias candidaturas mas está, no entanto, limitada a um incentivo total máximo de 7.500 euros por edifício unifamiliar ou fração autónoma, e de 15.000 euros no caso particular de edifício multifamiliar (prédio) em propriedade total.

Podem candidatar-se ao apoio pessoas singulares, proprietários e coproprietários de edifícios de habitação unifamiliares, multifamiliares ou suas frações autónomas, construídos e licenciados para habitação até 1 de julho de 2021, em todo o território nacional.

O Programa Edifícios Mais Sustentáveis tem como objetivo o “financiamento de medidas que promovam a reabilitação, a descarbonização, a eficiência energética, a eficiência hídrica e a economia circular, contribuindo para a melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios”.

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Há menos empresas a dar ações de formação aos trabalhadores

Caiu para 16,3% a fatia de empresas a assegurarem ações de formação aos trabalhadores, indica o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho. Custos médios com formação aumentaram.

A fatia de empresas que disponibilizaram aos seus trabalhadores ações de formação encolheu. De acordo com o relatório divulgado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, em 2019, 16,3% empresas envolveram o seu pessoal em formação ou atividades educativas, menos 1,2 pontos percentuais do que no ano anterior. Continua a ser entre os empregadores de maior dimensão que a formação contínua é mais frequente.

Das cerca de 253 mil empresas com trabalhadores por conta de outrem, apenas 41.345 asseguraram formação aos seus recursos humanos em 2019, menos 3.860 do que em 2018.

Em maior detalhe, apenas 10,7% dos empregadores com menos de dez trabalhadores ao seu serviço disponibilizaram ações formativas, valor que compara com a fatia de 91,6% registada entre as empresas com 500 ou mais trabalhadores por conta de outrem. Entre as empresas com 10 a 49 trabalhadores, 33,7% ofereceram formação; entre as empresas com 50 a 249 trabalhadores, 71,6% fizeram-no; e entre as empresas com 250 a 499, 87,3% asseguraram formação aos seus trabalhadores.

Apesar destas variações, houve um ponto em comum em todos estes grupos: face a 2018, registou-se um recuo da incidência da formação contínua.

Ainda assim, o número de trabalhadores dependentes efetivamente abrangidos por ações formativas ou educativas aumentou, tendo passado de 1.068.475 em 2018 para 1.086.678 em 2019. E também o custo médio subiu de 397,5 euros para 425,8 euros, tendo sido as empresas com 250 a 499 trabalhadores as que mais investiram em formação. O setor da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio destacou-se neste ponto, com um custo médio com formação por formando de 1.243,39 euros.

Quando à média de horas de formação, verificou-se um recuo, de 33,8 horas para 33,6 horas. De acordo com o GEP, foi na Administração Pública, Defesa e Segurança Social que se registou a média de horas de formação mais elevada, isto é, cerca de 68,3 horas.

O relatório detalha, além disso, que foi entre os trabalhadores com mestrado que se verificou a maior fatia de trabalhadores com formação contínua. Assim, dos 75.762 trabalhadores mestres, 43.928 estiveram envolvidos em ações formativas ou educativas, isto é, cerca de 58%. Em comparação, entre os licenciados, essa fatia fixou-se em 48,9%; Entre os trabalhadores com ensino secundário, em 40,4%; Entre os trabalhadores com ensino básico em 29%; E entre os trabalhadores com habilitações inferiores ao primeiro ciclo, em 25,9%.

Há ainda a salientar que a grande maioria (93%) das ações de formação ocorreram durante o horário laboral, com apenas 5,3% a acontecer depois do período de trabalho. Além disso, na esmagadora maioria dos casos (93,1%), a iniciativa da formação partiu da empresa e em 70% das situações foi a própria empresa a assumir o papel de entidade formadora. Em 33% dos casos, esse papel foi tomado por empresas cuja atividade não é formação e somente em 31,1% das vezes por empresas de formação.

A completar este retrato está a indicação de que os trabalhadores com 65 anos ou mais foram os que menos participaram em ações deste tipo e os com 35 a 44 anos os que mais o fizeram.

De notar que a formação contínua é um direito dos trabalhadores. Diz o Código do Trabalho que o “trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de 40 horas de formação contínua ou, sendo contratado a termo por período igual ou superior a três meses, a um número mínimo de horas proporcional à duração do contrato nesse ano”.

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BCE muda meta de inflação e incorpora alterações climáticas na política monetária

O BCE defende que a estabilidade de preços "é assegurada mais eficazmente com um objetivo de 2% para a inflação a médio prazo".

O Banco Central Europeu (BCE) estabeleceu uma nova meta de inflação simétrica de 2%, após uma revisão de estratégia de 18 meses. A instituição liderada por Christine Lagarde decidiu ainda incorporar de forma mais expressiva as alterações climáticas no desenho da política monetária.

Para o Conselho do BCE, “a estabilidade de preços é assegurada mais eficazmente com um objetivo de 2% para a inflação a médio prazo”. A formulação anterior definia uma meta de “abaixo, mas perto de 2%”, sendo que a mudança mostra uma preocupação com o crescimento dos preços acima do objetivo, sinaliza a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ainda assim, o banco central garantiu que “o compromisso do Conselho do BCE com este objetivo é simétrico”. Esta simetria “significa que os desvios negativos e positivos da inflação face ao objetivo são igualmente indesejáveis”, explica a autoridade monetária da Zona Euro.

O BCE apontou também que o conjunto das taxas de juro “continua a ser o principal instrumento de política monetária”. Já “outros instrumentos, como orientação futura, compras de ativos e operações de refinanciamento de prazo mais longo, continuam a fazer parte integrante do conjunto de ferramentas do BCE para serem usados ​​conforme apropriado”, assegura.

Na revisão de estratégia, o BCE definiu também que iria incorporar ainda mais as considerações sobre alterações climáticas na política monetária, incluindo a avaliação de risco e decisões sobre garantias e compras de ativos do setor empresarial. “O BCE ajustará o quadro que orienta a alocação de compras de títulos corporativos para incorporar critérios de mudança climática”, anunciaram.

Esta medida vai incluir “o alinhamento dos emissores com, no mínimo, a legislação da União Europeia que implementa o acordo de Paris através de métricas relacionadas às alterações climáticas ou compromissos dos emissores com tais objetivos”, acrescentou o banco central.

Esta foi primeira revisão estratégica do banco central desde 2003, sendo uma das prioridades desde que Christine Lagarde tomou posso como presidente do BCE, substituindo Mario Draghi no final de 2019.

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