Maioria dos trabalhadores deseja modelo híbrido de trabalho

83% dos 9.326 profissionais questionados pela Accenture demonstrou vontade em trabalhar num modelo híbrido, que engloba a vertente remota e a presença física no escritório.

A pandemia veio normalizar o teletrabalho e a maioria das pessoas deseja dar continuidade a esse modelo, pelo menos parcialmente. “83% das pessoas afirmam que um modelo de trabalho híbrido é o ideal, com a possibilidade de trabalhar remotamente de qualquer lugar entre 25% e 75% do tempo”, diz o estudo “The Future Of Work: Productive Anywhere”, da Accenture.

As pessoas com a opção de trabalhar num modelo híbrido “são capazes de gerir com maior facilidade os desafios de saúde mental, apresentam relações de trabalho mais fortes e planeiam ficar nas empresas onde trabalham durante muito tempo”, diz Pedro Galhardas, managing director, responsável pela área de strategy & consulting da Accenture Portugal, citado em comunicado. O foco das empresas deveria estar em “desbloquear o potencial de cada um, independentemente do local onde estão a trabalhar”, acrescenta.

O estudo da consultora, que abrangeu um total de 9.326 profissionais, revela ainda que, dentro do grupo de pessoas que deseja manter um modelo de trabalho misto, 40% sente que “podem ser produtivos e manter o bem-estar em qualquer lugar – seja remoto ou fisicamente no local, ou uma combinação dos dois – um local de trabalho híbrido”. Apenas 8% dos inquiridos “se sentem desconectados e frustrados” neste tipo de modelo.

Por outro lado, encontrar um modelo de trabalho misto que resulte para todas as gerações pode ser um desafio. “Três em cada quatro membros da Geração Z (74%) querem mais oportunidades para colaborar com os colegas presencialmente, uma percentagem maior do que os da Geração X (66%) e os Baby Boomers (68%)“, refere o relatório.

O trabalho elaborado pela Accenture salienta igualmente que as empresas estão também a arrecadar benefícios financeiros com a implementação do trabalho híbrido junto dos seus colaboradores: 63% das instituições com altos indíces de crescimento e aumento de receita, já possibilitam modelos de força de trabalho de ‘produtividade em qualquer lugar’, enquanto 69% das empresas com crescimento ou sem crescimento dão ênfase ao modelo de trabalho presencial.

O inquérito foi realizado durante o mês de março de 2021 e envolveu 9.326 trabalhadores de países como a Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Japão, Singapura, Suécia, Reino Unido, e EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa cai em dia de fortes ganhos da Corticeira Amorim

A bolsa nacional terminou a sessão no "vermelho" contrariando os ganhos da generalidade das praças europeias. Ganhos de mais de 5% da Corticeira Amorim evitaram queda mais expressiva.

A bolsa de Lisboa terminou o dia a desvalorizar, contrariando os ganhos da última sessão e da generalidade das praças europeias. O desempenho da bolsa nacional foi condicionado pela quedas da Jerónimo Martins e das cotadas ligadas ao setor energético e nem o disparo de mais de 5% da Corticeira Amorim tirou o PSI-20 do “vermelho”.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 0,6%, enquanto o o alemão DAX ganhou 0,8%, o francês CAC-40 subiu 0,3%, o britânico FTSE 100 somou 0,2% e o espanhol IBEX-35 ganhou 0,5%. Lisboa contrariou os ganhos da generalidade das praças europeias, com o PSI-20 a recuar 0,23% para 5.112,020 pontos.

Na praça nacional, a Corticeira Amorim esteve em destaque, com os títulos a dispararem 5,42% para 11,68 euros, um dia depois de ter apresentado as contas ao mercado. Trata-se, portanto da maior valorização percentual desde 9 novembro de 2020, quando tinha subido 6,8%. A empresa fechou o primeiro semestre com um lucro de 39,4 milhões de euros e com vendas de 433,3 milhões de euros.

Nota positiva ainda para o BCP, cujas ações avançaram 1,25% para 12,17 cêntimos.

Em contrapartida, a penalizar o índice de referência nacional estiveram as quedas da Jerónimo Martins e das cotadas ligadas ao setor energético. Os títulos da dona do Pingo Doce recuaram 1,96% para 17,27 euros.

No setor energético a Galp Energia caiu 1,58% para 8,326 euros, ao passo que a REN recuou 0,21% para 2,385 euros. A EDP Renováveis desvalorizou 0,67%, para 20,64 euros, em contrapartida a “casa mãe” subiu 0,67% para 4,49 euros. Em foco nas desvalorização esteve ainda os CTT, cujos títulos recuaram 1,69% para 4.36 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo CVC compra 11% da Liga espanhola

  • Carolina Bento
  • 4 Agosto 2021

A CVC Capital Partners injetou 2.700 milhões de euros na principal liga de futebol espanhola, em troca de cerca de 11% do negócio de futebol.

A CVC injetou 2.667,5 milhões de euros na Liga Espanhola (LaLiga), uma operação que valoriza o negócio do futebol espanhol em mais de 24 mil milhões de euros. Em troca, a CVC recebe cerca de 11% do negócio da LaLiga através da criação de uma empresa que receberá os patrocínios, licenças, negócios tecnológicos e a LaLiga Business School, segundo o jornal espanhol El País (acesso livre, em espanhol).

Nunca uma liga europeia de futebol vendeu uma participação do seu negócio a um investidor até agora. O acordo foi lacançado esta quarta-feira pelo Comité de Delegados da LaLiga e surge depois da indústria de futebol ter perdido cerca de 30% das receitas devido à falta de público nos estádios, que deixaram alguns clubes em situação financeira delicada.

A LaLiga vai manter o controlo da fonte principal de receitas dos clubes. “O acordo vai permitir manter intactas as competições desportivas e a organização e gestão da comercialização dos direitos audiovisuais”, refere a LaLiga. Do valor total recebido, 2.460,3 milhões serão direcionados para empréstimos participativos a clubes com 0% de juros ao longo de 40 anos. Por sua vez, os clubes comprometem-se a usar este dinheiro para investir 70% em infraestrutura, 15% no apuramento de dívidas e resolução de perdas derivadas da pandemia, bem como 15% no aumento do limite salarial dos trabalhadores.

O objetivo deste acordo é superar a Premier League inglesa e tornar a LaLiga na primeira liga de futebol. Assim, “visa promover o crescimento global da LaLiga e seus clubes, continuando a transformação para uma empresa de entretenimento digital global”, afirma, em comunicado. Para além disso, 107,2 milhões de euros serão direcionados para a Real Federação Espanhola de Futebol e para o Conselho Superior de Desporto, que dedicará esta verba ao futebol feminino, ao futebol semiprofissional e ao não profissional: “É um acordo estratégico inclusivo, equitativo e democrático”, diz a LaLiga.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ryanair transporta 9,3 milhões de passageiros em julho, mais do dobro em igual mês de 2020

  • Lusa
  • 4 Agosto 2021

A empresa também melhorou a taxa de ocupação, que mede o número de assentos ocupados em cada voo, para 80% em julho, contra 72% em junho, quando transportou 5,3 milhões de passageiros.

A companhia aérea irlandesa ‘low cost’ Ryanair anunciou esta quarta-feira que transportou 9,3 milhões de passageiros em julho, mais do dobro do que no mesmo mês do ano passado.

Num comunicado, a companhia aérea com sede em Dublin afirmou que a retoma do tráfego coincide com a entrada em vigor do certificado covid-19 da União Europeia (UE), que permitiu flexibilizar as restrições de viagens durante a pandemia.

Durante os meses mais difíceis desta crise sanitária, a Ryanair cancelou mais de 90% dos voos previstos, com breves períodos de reabertura, como em julho de 2020, quando transportou 4,4 milhões de passageiros, muito abaixo dos 9,3 milhões do mês passado, indica o comunicado.

A empresa também melhorou a taxa de ocupação, que mede o número de assentos ocupados em cada voo, para 80% em julho, contra 72% em junho, quando transportou 5,3 milhões de passageiros.

O grupo Ryanair, composto pelas companhias aéreas Laudamotion, Buzz, Malta Air e Ryanair UK, afirmou esta quarta-feira que efetuou mais de 61.000 voos na sua rede de rotas europeias em julho.

Na semana passada, o CEO (Chief Executive Officer) da transportadora, Michael O’Leary, avisou que ainda existe “grande incerteza” no setor, mas previu que se a pandemia não causar “mais contratempos” e o atual ritmo de reservas for mantido, a companhia aérea poderá transportar até 10 milhões de passageiros em agosto.

O executivo fez estas declarações ao apresentar os resultados financeiros do grupo para o primeiro trimestre fiscal, entre abril e junho, no qual perdeu 272,6 milhões de euros, mais 47% do que no mesmo período do ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Broseta assessora BigCity em operação imobiliária no Porto

As equipas de Direito Imobiliário e Societário da Broseta Portugal foram lideradas pelos advogados António Oliveira e Silva e Gonçalo Achega.

A sociedade de advogados Broseta Portugal assessorou juridicamente a BigCity, empresa britânica especializada no desenvolvimento, investimento e gestão de residências para estudantes e co-living, no processo de criação e construção de uma nova Residência Universitária no Porto, inserida num edifício de 12 andares. A conlusão está prevista para julho de 2022 e com um valor final estimado de cerca de 30 milhões de euros.

As equipas de Direito Imobiliário e Societário da Broseta Portugal, lideradas pelos advogados António Oliveira e Silva e Gonçalo Achega, assessoraram a BigCity em mais uma operação no mercado imobiliário nacional, que “representou uma das maiores operações do género em Portugal e marca a estreia da BigCity no mercado português”, refere a firma.

A residência universitária BigCity Asprela, com 10.850 metros quadrados, disponibilizará 241 camas e ficará localizada nas imediações do campus de Asprela, no Pólo Universitário do Porto, que engloba um total de 35 mil estudantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mark Dawson é o novo presidente executivo do Grupo Garland

Mark Dawson representa a quinta geração da família na liderança no grupo de logística, transportes e navegação.

Mark Dawson é o presidente executivo do Grupo Garland.

Mark Dawson sucede a Peter Dawson enquanto presidente executivo do Grupo Garland, grupo de logística, transportes e navegação, e acumula a liderança da área de navegação. Já Peter Dawson ocupa o lugar de Bruce Dawson na função de chairman, que cessa a sua atividade profissional depois de 50 anos de uma carreira, mas mantém-se nos órgãos sociais da empresa como presidente da assembleia geral.

A administração justifica a decisão com a necessidade de “acautelar o futuro e preparar a renovação da gestão da empresa”, lê-se em comunicado. Mark Dawson representa a quinta geração da família na liderança do grupo.

A trabalhar na empresa desde 1992, o novo CEO começou o seu percurso profissional nas instalações do Porto, onde permaneceu dois anos, exercendo, nesse período, funções no armazém, nas operações transitárias, na contabilidade e na área comercial. Em meados de 1994, assumiu a gestão do antigo armazém da empresa localizado em Lisboa, liderando depois a sua passagem para o centro logístico da Abóboda (Cascais) e o crescimento das operações nas novas instalações.

O novo milénio marcou a integração de Mark Dawson no conselho de administração do Grupo Garland, tendo, um ano depois, assumido a coordenação da área de navegação e das áreas marítima, aérea e bulk da Garland Transport Solutions, empresa de transportes do grupo, gestão que mantém até agora.

“A nossa estratégia passa por concluir a reorganização do grupo nas Strategic Business Units (SBU) de Logística, Transportes e Navegação e continuar a investir para melhorar a eficiência das nossas operações, nomeadamente através da inovação tecnológica e da formação contínua das equipas da Garland”, diz Mark Dawson, acrescentando que o objetivo é que as SBU cresçam de modo sustentado, focando-se numa estratégia de longo prazo.

Continuam administradores Ricardo Sousa Costa, liderando as áreas da logística, marketing & comunicação e infraestruturas; Margarida Palos, liderando as áreas financeira, recursos humanos e qualidade; e Giles Dawson, liderando as áreas de transportes e sistemas de informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Robinhood vira “meme stock” e dispara mais de 80% em bolsa

A corretora preferida dos investidores do Reddit esteve a ganhar mais de 80% em bolsa esta quarta-feira. Será, ela própria, uma "meme stock"?

A aplicação de trading que popularizou a expressão “meme stocks” está em vias de se tornar, ela própria, numa meme stock. As ações da Robinhood estiveram a disparar mais de 80% na sessão desta quarta-feira, alcançando os 85 dólares cada uma.

Durante a sessão, a negociação dos títulos foi interrompida várias vezes pelo mecanismo de circuit breaker da bolsa, que suspende as transações quando há subidas ou descidas muito acentuadas. Os ganhos atenuaram-se entretanto e os títulos trocam de mãos a menos de 60 dólares, ainda assim, uma avanço superior a 22% face à sessão de terça-feira.

As ações da Robinhood chegaram a 29 de julho à bolsa, estrando-se com uma queda de quase 40%, mas têm valorizado de forma expressiva desde então. Esta semana, acumulam uma subida de 62,22%, com uma liquidez em constante crescimento: mais de 70 milhões de ações tinham trocado de mãos em pouco mais de uma hora de negociação esta quarta-feira.

A Robinhood foi pioneira no lançamento de contas de títulos sem comissões, o que espoletou uma nova corrida dos investidores do retalho aos mercados de capitais. A empresa gera receitas através da venda das ordens dos clientes aos market makers, um negócio pouco transparente e conhecido por payment for order flow, que está sob escrutínio do Congresso dos EUA.

Ainda assim, a empresa é a corretora preferida dos pequenos investidores do Reddit, que se congregam no controverso fórum online r/WallStreetBets. O fenómeno ganhou expressão com a subida desenfreada das ações da GameStop no início deste ano, considerada por estes uma meme stock.

Desde então, o termo tem sido aplicado a ações muito transacionadas por investidores de retalho e sujeitas a grande volatilidade. A Robinhood não tem presença em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não há capacidade de recolocar trabalhadores da Dielmar noutras empresas”, alerta sindicato

Sindicato Têxtil da Beira Baixa destaca que não existe capacidade para recolocar trabalhadores da Dielmar noutras empresas como sugeriu o presidente da autarquia de Castelo Branco.

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, José Augusto Alves, revelou que estava em cima da mesa a hipótese de recolocar os 300 colaboradores da Dielmar em empresas da região. O Sindicato Têxtil da Beira Baixa considera que “não existe essa capacidade” e lembra que só na região existem mais de duas mil pessoas desempregadas.

“Não há capacidade de outras empresas da região absorverem os trabalhadores da Dielmar. É impensável”, destaca ao ECO, a dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares. O ECO voltou a contactar José Augusto Alves para saber em que ponto está o processo, tendo em conta que tinha anunciado que iria ter reuniões no final da semana para tentar encontrar soluções, mas o edil de Castelo Branco disse não ter mais nada a acrescentar por agora.

Para o sindicato, a “única solução é o Governo meter os pés a caminho para arranjar uma solução para Dilemar”.

Face ao futuro incerto dos 300 colaboradores da Dielmar, a dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa destaca que os mesmos têm, neste momento, “uma espada sobre a cabeça” e que têm de ser tomadas “medidas com urgência” para que dia 18 de agosto, após o período de férias, a empresa volte a laborar e os trabalhadores tenham o seu posto de trabalho disponível. Mas também que o processo de insolvência seja “correto, coerente, controlado e fiscalizado” e que sejam encontradas “soluções ideais”.

O sindicato da Beira Baixa concorda com as declarações do ministro da Economia que disse que o “dinheiro público não serve para salvar empresários”, mas destaca que o “dinheiro deve ser usado para salvar empresas e postos de trabalho”. Siza Vieira afirmou que o Governo “vai encontrar uma solução que salvaguarde aquilo que tem solução na empresa, que são os trabalhadores, e que assegure que estes possam estar ao serviço da economia”.

O Governo já veio dizer que está empenhado em encontrar “novas entidades” que sejam capazes de dar um “destino útil” à Dielmar, mas alertou que “não vale a pena meter agora dinheiro bom em cima de uma empresa que não tem salvação”, realçando que a empresa está a ser acompanhada pelos governos “há mais de uma década”, acumulando mais de oito milhões de euros em dinheiros públicos investidos na empresa.

A Dielmar culpou a pandemia da Covid-19 pela falência, mas o ministro da Economia disse que a situação vivida pela empresa “é anterior à crise provocada pela pandemia, tendo-se prolongado pelos últimos dez anos”. Pedro Siza Vieira acusa ainda a empresa de má gestão.

Empresas não foram contactadas pela autarquia albicastrense

O ECO contactou o grupo Goucam, especializado na confeção de vestuário que está presente em várias cidades, inclusive em Castelo Branco; a Fitecom, produtora de tecidos laneiros; e a Benoli Confeções, ambas localizadas em Tortosendo. Todas confirmaram ao ECO que não foram contactadas pela autarquia.

“O presidente da Câmara de Castelo Branco nunca entrou em contacto com o grupo Goucam nem para esta situação nem para nenhuma. Não houve nenhum contacto da autarquia para saber se estaríamos interessados em recolocar seja quem for. É fácil dizer coisas, fazer é que não vejo nada”, esclareceu ao ECO, José Carlos Castanheira, CEO da Goucam, que emprega 390 colaboradores, em Viseu, Castelo Branco e Arganil.

Também o CEO da Fitecom, que empresa 200 colaboradores, relata que “ninguém entrou em contacto com a empresa“. João Carvalho, que lidera esta empresa da Covilhã, explica ao ECO que a empresa “não é uma solução viável”, essencialmente devido à distância (50km) que separa a Dielmar da Fitecom e porque operam em “áreas distintas”. A empresa de Tortosendo fabrica tecidos e a Dielmar dedicava-se à confeção. No entanto, o presidente da autarquia disse que essa transição de colabpradores até podia passar por empresas de outras áreas de negócio.

A 200 metros da Fitecom está a Benoli Confeções com 150 colaboradores. Apesar de não ter recebido nenhum contacto da autarquia, o gestor Pedro Duarte, conta ao ECO que estariam dispostos a aceitar esta solução se a autarquia ajudar com o transporte, por exemplo. “Existe falta de mão de obra especializada a nível de confeção no interior e precisamos de boas costureiras”, reconhece Pedro Duarte.

“Na zona onde está situada a Benoli existem, no mínimo, cinco grandes empresas de confeção. Se o presidente da autarquia de Castelo Branco colaborar, por exemplo, com um transporte que faça a deslocação entre Alcains e a Covilhã, parece-me uma solução viável. Estas fábricas, no seu conjunto, empregam cerca de mil colaboradores”, destaca o gestor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mudanças na liderança de topo da Mercadona Portugal

Elena Aldana, até aqui diretora-geral de relações internacionais da Mercadona e, desde 2016, a cara do retalhista espanhol no mercado português saiu da companhia.

Elena Alda era desde 2016 a cara da Mercadona em Portugal

A cara da Mercadona em Portugal vai mudar. Elena Aldana, até aqui diretora-geral de relações internacionais da Mercadona e, desde 2016, a cara do retalhista espanhol no mercado português deixou a companhia após oito anos ligada ao gigante espanhol. Não foi possível apurar junto da empresa se já foi nomeado um substituto para a gestora que liderou a entrada da Mercadona em Portugal, o seu primeiro mercado de internacionalização.

“Foi o meu último dia na Mercadona. Durante oito anos foi a minha casa, aprendi muito e conheci pessoas inesquecíveis. E isso é o que mais levo: as pessoas. Autênticos profissionais, companheiros e amigos que, cada dia acordam com a vontade de fazer as coisas um pouco melhor”, anunciou a gestora numa publicação no LinkedIn.

“A minha equipa foi um pilar fundamental e foi a quem mais me custou dizer adeus, se não tivesse sido por eles, seguramente, teria tomado esta decisão há mais tempo. Sois os melhores e sabem que isto não é um adeus, porque manteremos contacto”, disse ainda na mesma publicação.

Até ao momento, a Mercadona não adiantou à Pessoas se já foi encontrada uma nova liderança para a companhia em Portugal, o primeiro mercado de internacionalização do retalhista alimentar espanhol.

“A Elena decidiu iniciar um nova etapa profissional na sua vida e, por parte da Mercadona, agradecemos o esforço que dedicou a desenvolver o projeto da Mercadona em Portugal. Estamos certos que lhe irá correr bem”, disse apenas fonte oficial do retalhista espanhol quando contactada pela Pessoas.

Expansão a Sul para 2022

A mudança surge num momento em que a companhia está a preparar a entrada a Sul do país prevista para 2022, depois das primeiras aberturas de lojas na região Norte. Neste momento, a cadeia já tem 20 supermercados nos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viana do Castelo, depois da primeira abertura de loja a 2 de julho de 2019, no Canidelo.

A Sul a cadeia já tem um espaço fechado em Montijo, escolhido o local para o segundo centro de coinovação (bairro de Alvade) e o centro logístico de Almeirim, que irá servir a zona centro e sul, cujas obras deverão arrancar mais para o final do ano.

Este ano a companhia conta investir 150 milhões de euros (uma subida face aos 113 milhões injetados em 2020) garantindo a abertura das nove lojas, cerca de 20 milhões serão alocados à construção de uma nave de 50 mil metros quadrados no parque industrial de Laúndos, na Póvoa de Varzim – para receber o sistema de limpeza de caixas de plástico reutilizáveis. Até ao final do ano, a Mercadona quer adicionar mais 600 colaboradores aos cerca de 1700 da Mercadona que já tem no mercado nacional.

No ano passado, o primeiro ano completo de atividade da cadeia no país, a Mercadona obteve receitas de 186 milhões de euros, tendo aumentado as compras a fornecedores nacionais. Desde 2016, ano do anúncio de entrada, registou um aumento no volume de compras a fornecedores portugueses de 400%. Nesse ano, a companhia comprou 52 milhões de euros a 25 fornecedores nacionais, em 2020 compraram a 700 um total de 369 milhões de euros, dos quais cerca de 80% seguiram para Espanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OMS pede a países ricos que adiem reforço da vacinação contra a Covid para finais de setembro

A OMS pede aos países que só comecem a administrar doses de reforço contra a Covid em finais de setembro, dado que ainda não foi possível atingir a meta de ter 10% da população de cada país vacinada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apela aos países que desejem administrar dose de reforço contra a Covid-19 que o façam só a partir do final de setembro, uma vez que ainda não foi possível atingir a meta de ter, pelo menos, 10% da população de cada país vacinada.

“No final de maio, pedi apoio global para uma ‘corrida até setembro’, para permitir aos países vacinarem pelo menos 10% da sua população até o final de setembro. Já estamos a metade do caminho para a data prevista, mas não estamos no caminho certo“, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus”, diretor da OMS, em conferência de imprensa, esta quarta-feira.

Nesse sentido, e dado que os países de baixo rendimento ainda “só conseguiram administrar 1,5 vacinas por cada 100 habitantes”, devido à falta de vacinas disponíveis, a OMS sublinha que é necessário “uma revisão urgente”, por forma a que “a maioria das vacinas” não sejam apenas destinadas aos países de altos rendimentos, mas também para os países mais pobres.

Assim, a OMS pede uma “moratória sobre reforços [de vacinas] até pelo menos o final de setembro para permitir que pelo menos 10% da população de cada país seja vacinada”, afirmou o diretor-geral da OMS.

Este apelo surge numa altura em que alguns países, como França e Israel e outros países do Médio Oriente já começaram a administrar doses de reforço da vacina contra a Covid-19, e que outras nações, como o Reino Unido e os Estados Unidos estão a ponderar fazê-lo a curto-prazo.

Esta não é a primeira vez que a OMS se manifesta contra esta decisão, tendo inclusivamente no mês passado deixado duras críticas ao países mais ricos, acusando-os de “ganância”. Também o regulador europeu já veio esclarecer que está “em contacto” com todos os produtores de vacinas para avaliar um eventual reforço, avisando que, neste momento, não há evidências suficientes para garantir que este seja necessário.

Em Portugal, no final de julho, o regulador do medicamento afastou, para já, essa possibilidade, contundo, informou que o país assinou dois contratos com a Pfizer/BioNTech e com a Moderna, tendo em vista o fornecimento de mais de 14 milhões de vacinas contra a Covid-19, para acautelar essa eventualidade e para proteção contra novas variantes.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h51)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saint-Gobain investe mais de meio milhão em novo armazém no Carregado

  • Lusa
  • 4 Agosto 2021

A multinacional francesa Saint-Gobain investiu 600 mil euros num novo armazém no Carregado, no concelho de Alenque, para melhorar o serviço ao cliente.

A multinacional francesa Saint-Gobain investiu 600 mil euros num novo armazém no Carregado, no concelho de Alenquer, informou a empresa em comunicado.

Segundo a Saint-Gobain, com este investimento irá aumentar a sua oferta de produtos, das marcas Isover (soluções para isolamento térmico, acústico e proteção contra o fogo), Placo (fabrico e comercialização de gesso e placas de gesso laminado) e Weber (produção e comercialização de argamassas industriais).

A Saint-Gobain diz ainda que irá melhorar o serviço ao cliente, já que com mais capacidade de armazenamento conseguirá maior oferta e responder mais rapidamente aos pedidos dos clientes.

Comercializadora de produtos para o setor da construção e indústria, a Saint-Gobain tem sede em Paris e está presente em 70 países.

Nos últimos anos tem feito vários investimentos em Portugal, caso do investimento em 2020, de 5,3 milhões de euros, numa nova unidade de produção na Maia, dedicada a produtos abrasivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estes briquetes são produzidos com borras de café

A Prio e a Delta, em parceria com a startup Ecobean, desenvolveram um projeto que vai permitir transformar borras de café em briquetes ecológicos para barbecue.

A Prio, a Delta Cafés e a startup Ecobean desenvolveram um projeto de economia circular que consiste na produção de briquetes para barbecue a partir de borras de café. Os briquetes ecológicos estarão à venda nas lojas de conveniência Prio já a partir deste mês.

Em paralelo, “validar-se-á a viabilidade técnica de produção de biodiesel avançado a partir de óleo extraído dessas borras”, explicam as empresas em comunicado. O projeto-piloto nasceu no programa de empreendedorismo Prio Jump Start 2020 e “vem reforçar o compromisso com a sustentabilidade e as boas práticas ambientais”.

“Continuamos o nosso esforço de acelerar a transição energética na mobilidade. Acreditamos firmemente que conseguimos construir um mundo melhor, conciliando economia circular (por aproveitamento de resíduos que não tinham outro destino que não o lixo) com uma mobilidade mais limpa (pelos biocombustíveis avançados e por todas as outras soluções de mobilidade verde), apoiados em alta tecnologia. Este trabalho com os resíduos do café é mais uma prova disso mesmo”, explica Emanuel Proença, administrador da Prio.

“Consciencializar e estar consciente, reduzir o impacto, desempenhar iniciativas com base em princípios de desenvolvimento sustentável, melhorar a comunidade onde nos inserimos, trabalhar na resolução de desafios ambientais e sociais são os principais objetivos da Delta para um futuro mais sustentável”, diz Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, citado em comunicado. “Este projeto de economia circular é mais um excelente exemplo de como podemos contribuir para esse futuro”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.