Credibom lança primeira edição de programa de estágios. Candidaturas abertas

O "Programa Loading" oferece mais de 20 vagas nas mais diversas áreas, desde os recursos humanos ao design, passando pelas finanças.

A Credibom acaba de lançar a primeira edição do “Programa Loading”, um programa de estágios destinado a recém-licenciados que pretendem iniciar a sua carreira profissional. Há 21 vagas para as mais diversas áreas, desde recursos humanos a design.

“Todos nós sabemos que lutar pelo que sentimos que é certo para a nossa vida nem sempre é fácil, mas é necessário para potenciar a nossa felicidade interna. É preciso coragem, principalmente quando o futuro nos parece incerto. Neste sentido, o Banco Credibom reforça o valor de estar disponível para apoiar os jovens a caminharem na construção do seu futuro”, refere Eduardo Correia, diretor de recursos humanos & compras e logística do banco, em comunicado.

Pensado para se adequar às necessidades de cada candidato, o “Loading” oferece diferentes modalidades de estágio, desde estágios profissionais, com duração de 12 meses, a curriculares, com duração de três meses. Inclui ainda estágios extracurriculares, cuja duração depende dos requerimentos de cada Universidade ou Instituto. Cada estagiário será acompanhado de perto por um mentor, que será responsável pelo seu crescimento e avaliação na empresa.

O novo programa de estágios da Credibom oferece “uma oportunidade de futuro aos jovens, numa altura em que a ingressão no mercado de trabalho é incerta”, lê-se. Há vagas para as áreas de recursos humanos, tecnologia de informação, auditoria, data analytics, gestão de projetos, risco & controlo, compras e logística, financeiro, segurança de informação, transformação digital e UX/UI design.

Os interessados podem conhecem em detalhe as características do programa e apresentar a sua candidatura através do site credibom.pt.

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Crescimento de Espanha no segundo trimestre revisto para menos de metade

O INE espanhol tinha calculado que o PIB cresceu 2,8% no segundo trimestre face ao primeiro trimestre, mas afinal foi apenas 1,1%. A revisão em baixa do consumo privado justifica a diferença.

A economia espanhola cresceu menos do que o estimado anteriormente entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre deste ano. O crescimento em cadeia do PIB foi de 1,1%, 1,7 pontos percentuais abaixo da estimativa inicial calculada pelo gabinete espanhol de estatísticas. A diferença está no aumento do consumo privado que foi revisto em baixa nesta nova estimativa.

“O PIB espanhol registou uma variação de 1,1% no segundo trimestre de 2021 em comparação com o trimestre anterior”, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol esta quinta-feira, notando que esta taxa é superior em 1,7 pontos percentuais à registada no primeiro trimestre (-0,6%), mas fica também 1,7 pontos percentuais abaixo da estimativa inicial divulgada a 30 de julho (2,8%).

Em termos homólogos, ou seja, na comparação com o segundo trimestre de 2020 (o mais afetado pela pandemia), o PIB espanhol cresceu 17,5%, abaixo dos 19,8% inicialmente estimados. Porém, não há dúvidas de que a economia espanhola aumentou significativamente o seu dinamismo uma vez que no primeiro trimestre tinha contraído 4,2% em termos homólogos.

Fonte: INE espanhol.

Segundo o gabinete espanhol de estatísticas, a contribuição da procura interna (+17,3 pontos, mas abaixo dos 20,3 pontos inicialmente estimados) foi crucial ao passo que a procura externa deu um pequeno contributo (0,2 pontos). Apesar de ter crescido bastante, o consumo privado foi revisto em baixa, o que explica este corte no PIB em cadeia: cresceu 12,5% em termos homólogos, abaixo dos 15,6% inicialmente estimados. Já o investimento manteve-se inalterado e o consumo público até foi revisto em alta.

No destaque, o INE espanhol admite que existe atualmente uma “dificuldade inerente” à medição dos indicadores de conjuntura por causa da situação que se vive desde o início de 2020. “É um período de grandes e rápidas oscilações da evolução de curto prazo da atividade económica que, tanto pela sua origem ou pela sua magnitude, supõem a um desafio estatístico sem precedentes“, explica o gabinete espanhol de estatísticas.

Em relação especificamente à revisão relativa ao segundo trimestre, o INE espanhol refere a influência “particularmente da atualização da informação sobre as vendas das grandes empresas e PME” com os dados definitivos. A revisão incidiu sobre alguns atividades de serviços e alguma da indústria transformação, o que teve implicações no consumo privado.

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Um dos maiores acionistas da Evergrande anuncia que vai vender participação

  • Lusa
  • 23 Setembro 2021

Se conseguir vender toda a sua participação na Evergrande, a Chinese Estates estima um prejuízo de 9.486 milhões de dólares de Hong Kong (1.041 milhões de euros) no ano corrente.

A firma de investimento imobiliário Chinese Estates, a principal acionista do grupo Evergrande, anunciou esta quinta-feira planos para alienar a sua participação na empresa, devido à sua débil situação financeira atual.

Em comunicado, enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Chinese Estates explicou que o Conselho de Administração está “preocupado” com os últimos dados fornecidos pela Evergrande sobre a sua liquidez e com as “possíveis consequências”, caso as medidas anunciadas para remediar a situação “não possam ser aplicadas de forma eficaz”.

A Chinese Estates é um dos principais investidores corporativos da Evergrande. Em final do mês passado, a sua participação era de 5,66%.

Desde então, vendeu quase 109 milhões de ações, representando cerca de 0,82% da participação na Evergrande, por um total de 246,5 milhões de dólares de Hong Kong (27,1 milhões de euros).

Depois de consultar os acionistas, a empresa tem agora um máximo de 12 meses para se desfazer do restante da sua participação.

As ações da Evergrande desvalorizaram cerca de 80% desde o início do ano.

Se conseguir vender toda a sua participação na Evergrande, a Chinese Estates estima um prejuízo de 9.486 milhões de dólares de Hong Kong (1.041 milhões de euros) no ano corrente.

Considerada a imobiliária mais endividada do mundo, a Evergrande tem graves problemas de liquidez e está em risco de entrar em incumprimento.

Esta quinta-feira é um dia chave para o grupo, uma vez que expira o prazo para pagar cerca de 84 milhões de dólares correspondentes aos juros de algumas obrigações emitidas em dólares, aos quais se juntam, no próximo dia 29, outros 47,5 milhões de dólares.

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Governo espanhol vai cobrar mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade, apesar do corte de impostos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Setembro 2021

Sánchez anunciou medidas para fazer frente ao aumento do preço da luz, que incluíam uma redução de impostos. Mas sabe-se agora que vão ser cobrados mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade.

A 14 de setembro, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciava a aprovação, pelo seu Executivo, de um conjunto de medidas para fazer frente à escalada do preço da eletricidade para os consumidores, o que incluía uma redução dos impostos. Porém, o Cinco Días revela esta quinta-feira que este esforço fiscal não vai resultar, uma vez que, segundo as previsões, o Estado vai cobrar mais 1,1 mil milhões de euros em impostos este ano, apesar das medidas anunciadas.

Estes 1,1 mil milhões de euros a mais em impostos a pagar ainda em 2021 superam os cerca de 10,4 mil milhões que eram cobrados anualmente nos dois anos anteriores à pandemia. O próprio aumento dos preços da eletricidade traduz-se num aumento sem precedentes na cobrança de impostos que incidem diretamente sobre a fatura da luz, o IVA e o imposto especial sobre a eletricidade, e outros seis que o fazem indiretamente: o imposto hidráulico, o imposto sobre o carvão, o imposto sobre os resíduos nucleares, o imposto sobre a ocupação das vias públicas (TOVP) e as receitas dos leilões de direitos de emissão de CO2 (dióxido de carbono).

Os cofres do Estado espanhol beneficiam, assim, do aumento significativo destes direitos, que, a par com o preço do gás, são os fatores que estão a empurrar os preços da eletricidade para um pico ainda desconhecido.

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Nas notícias lá fora: preço da luz, chips e IRC

  • ECO
  • 23 Setembro 2021

O Governo espanhol vai cobrar mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade, apesar do corte de impostos. Intel, Apple e outras empresas vão reunir-se com a Casa Branca para discutir crise de chips.

Para fazer frente à escalada dos preços no mercado grossista, o Executivo de Pedro Sánchez anunciou uma redução de impostos sobre a fatura da eletricidade em Espanha, porém, essa medida não produzirá os resultados esperados, tendo em conta que o Tesouro espanhol vai cobrar mais 1,1 mil milhões na fatura da luz. A crise global de semicondutores vai estar em cima da mesa numa reunião organizada pela Casa Branca e que incluirá empresas como a Apple, a Intel, a Microsoft e vários fabricantes de automóveis. O vice-primeiro-ministro da Irlanda quer integrar as negociações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para definir uma taxa mínima mundial de IRC de 15%. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Cinco Días

Governo espanhol vai cobrar mais 1,1 mil milhões na fatura da eletricidade, apesar do corte de impostos

O aparente grande esforço fiscal que o Executivo espanhol está a fazer ao reduzir os impostos sobre as faturas de eletricidade para compensar a escalada dos preços no mercado grossista não vai resultar, porque, de acordo com as previsões, apesar destas medidas, o Estado vai cobrar cerca de mais 1,1 mil milhões de euros em impostos este ano do que nos dois anos anteriores à pandemia, quando cobrava anualmente cerca de 10,4 mil milhões. O próprio aumento dos preços da eletricidade traduz-se num aumento sem precedentes na cobrança de impostos que incidem diretamente sobre a fatura da luz: o IVA e o imposto especial sobre a eletricidade, e outros seis que o fazem indiretamente: o imposto hidráulico, o imposto sobre o carvão, o imposto sobre os resíduos nucleares, o imposto sobre a ocupação das vias públicas (TOVP) e as receitas dos leilões de direitos de emissão de CO2 (dióxido de carbono).

Leia a notícia completa em Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Intel, Apple e fabricantes de automóveis vão reunir-se com a Casa Branca para discutir crise de chips

O diretor executivo da Intel, Pat Gelsinger, planeia participar esta quinta-feira numa reunião virtual com a Casa Branca para discutir a escassez global de chips, juntamente com representantes de outras empresas como Apple, Microsoft, Samsung, General Motors, Ford e Stellantis. A reunião será liderada pela secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, e pelo diretor do Conselho Económico Nacional, Brian Deese, de acordo com o Departamento de Comércio. O encontro incluirá tópicos como o impacto da variante Delta da Covid-19 no fornecimento de chips e como melhorar a coordenação entre produtores e consumidores de semicondutores.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Vice-primeiro-ministro irlandês quer estar dentro do acordo da OCDE

O vice-primeiro-ministro irlandês não quer que o seu país seja visto como um paraíso fiscal e, por isso, está a favor de integrar as negociações na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para definir uma taxa mínima mundial de IRC de 15%. Este é um passo importante para que haja um acordo global dado que a Irlanda era um dos principais países com reticências sobre as negociações. Leo Varadkar, que já foi primeiro-ministro da Irlanda, revelou um plano para aumentar a taxa, atualmente nos 12,5%, para os 15%. Os esforços irlandeses são agora para manter a taxa de 12,5% para as empresas nacionais e as que têm receitas inferiores a 750 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Fabricante britânica de testes à Covid-19 prepara entrada em bolsa

A fabricante de testes para detetar a Covid-19 Oxford Nanopore Tecnologies está a preparar uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa) que poderá levantar cerca de 649 milhões de dólares (553 milhões de euros) para o capital da empresa e dos acionistas. De acordo com a Bloomberg, que consultou as condições do IPO que deverá concretizar-se no final deste mês, a empresa que tem origem na Universidade de Oxford ficará avaliada em 4,42 mil milhões de euros, tornando-se numa das startups britânicas mais valiosas. Esta empresa é a fornecedora principal do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla inglesa), tendo o objetivo de financiar o seu crescimento futuro com esta entrada em bolsa. Os investidores existentes irão vender o equivalente a 126 milhões de libras (146,54 milhões de euros) em ações.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

 

Valor Econômico

Banco Central do Brasil sobe taxa diretora para máximo de dois anos

O Banco Central do Brasil aumentou a taxa diretora em um ponto percentual, para 6,25% ao ano, atingindo o nível mais alto em dois anos, de forma a controlar a inflação. O Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reajustar as taxas, num movimento já anunciado e que corresponde ao quinto aumento consecutivo neste ano. A taxa de juro no Brasil atinge agora o seu nível mais alto desde julho de 2019, quando a taxa diretora era de 6,5% ao ano, e que resulta de um novo esforço do Banco Central para conter a crescente inflação.

Leia a notícia completa no Valor Econômico (acesso condicionado)

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BCP dispara 6% e puxa pelo PSI-20

As ações do banco são as que mais valorizam no arranque da sessão. PSI-20 segue para o terceiro dia de ganhos.

O PSI-20 caminha para a terceira sessão consecutiva de ganhos. O principal índice nacional sobe 1,49% para os 5,468.25 pontos esta quinta-feira, após ter subido mais de 2% ontem. A maioria das cotadas está a subir, com destaque para o BCP que valoriza mais de 6%.

Na Europa, as principais praças estão também a subir. O alemão DAX sobe 0,8%, assim como o francês CAC, o espanhol IBEX avança 0,9% e o britânico FTSE soma 0,6%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valoriza 0,94% neste arranque da sessão.

Durante a madrugada, as ações asiáticas valorizaram devido a alguns sinais positivos sobre a estabilidade do grupo chinês Evergrande, mas só se confirmará esta quinta-feira mais tarde quando tiver de pagar uma parte da sua dívida.

Em Lisboa, apenas quatro cotadas desvalorizam e uma mantém-se inalterada. As restantes estão em terreno positivo, com destaque para o BCP que dispara 5,97% para os 0,1385 euros. Os títulos do banco continuam com a tendência positiva da última sessão.

No setor energético, a EDP Renováveis avança 2,95% para 23,06 euros, acompanhada pela EDP que valoriza 1,91% para 4,739 euros. Destaque ainda para a Galp que soma 1,23% para 8,894 euros.

Ainda nas subidas estão as papeleiras, com a Navigator a subir 0,07% para 3.0520 euros, a Altri a avançar 1,1% para 5.,505 euros e a Semapa a ganhar 1,18% para 11,98 euros. A Mota-Engil valoriza 1,72% para 1,36 euros.

No lado oposto, a travar maiores ganhos no PSI-20, estão os CTT, que perdem 0,11% para 4,73 euros, acompanhados pela Jerónimo Martins que cai 0,14% para 17,75 euros. A Pharol e a Novabase recuam 0,76% e 0,81%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h56 com novas cotações)

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Famílias sem isenção de Imposto do Selo na reestruturação de dívidas

  • ECO
  • 23 Setembro 2021

A justificação do Executivo é “proteger o tecido produtivo, o emprego e o respetivo rendimento das famílias”. Mas a Deco diz não perceber a opção e antecipa um aumento dos casos de incumprimento.

O Conselho de Ministro decidiu isentar de Imposto do Selo as operações de reestruturação ou refinanciamento das dívidas em moratória e já enviou a proposta ao Parlamento. Mas afinal a isenção está reservada apenas para as empresas, ou seja, as famílias têm de suportar o encargo, avança esta quinta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A justificação do Executivo é “proteger o tecido produtivo, o emprego e o respetivo rendimento das famílias”. Fonte oficial do Ministério das Finanças avançou ao Jornal de Negócios que “a proposta de isenção de imposto do selo no âmbito de operações de reestruturação ou refinanciamento de créditos em moratória cinge-se às medidas aprovadas em julho, no âmbito do Decreto-Lei n.º 63/2021, de 28 de julho”, que criou o Fundo de Capitalização de Empresas, e respeita, “em particular, à possibilidade de concessão de garantias públicas para as operações de créditos em moratória de empresas viáveis”.

Mas a Deco diz não perceber a opção e antecipa um aumento dos casos de incumprimento. “Desde agosto que estamos a receber contactos de famílias muito preocupadas com outubro e o fim das moratórias, porque sabem que não terão condições de pagar e uma das soluções pode ser precisamente a reestruturação dos créditos”, diz a jurista da Deco, Natália Nunes, ao Negócios, que defende que nestes casos “deviam ser alvo, à semelhança das empresas, de uma isenção de imposto”.

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Moedas aquém do resultado do PSD e CDS em 2017

  • ECO
  • 23 Setembro 2021

Medina também piora o resultado face a 2017, segundo uma sondagem do Público, necessitando novamente do Bloco ou da CDU para ter um executivo com maioria.

O ex-comissário europeu não deverá conseguir melhorar o resultado que PSD (Teresa Leal Coelho) e CDS (Assunção Cristas) registaram em 2017: segundo o estudo de opinião conduzido pelo Centro de Sondagens da Universidade Católica Portuguesa (Cesop) para oPúblico (acesso condicionado) e para a RTP, Carlos Moedas deverá ficar com 28% dos votos, aquém dos 31% alcançados em 2017 pelas duas candidatas. Porém, na realidade, a direita poderá melhorar o seu resultado uma vez que a Iniciativa Liberal, que decidiu não se juntar a Moedas, poderá chegar aos 5% e eleger um vereador.

Fernando Medina, em coligação com o Livre (Rui Tavares), não irá além dos 37%, pior do que os 42% registados há quatro anos. Sem maioria absoluta, o PS terá de negociar um acordo com o PCP ou o BE, ou ambos. A CDU deverá obter 11% dos votos, mais do que os 9,5% de 2017, podendo eleger entre um a dois vereadores. Já o Bloco de Esquerda deverá manter-se na casa dos 7%, com um vereador. Tanto o PAN como o Chega têm 3% e não deverão conseguir eleger.

A esmagadora maioria dos inquiridos (74%) acredita que a vitória será da coligação Mais Lisboa, liderada por Medina, e apenas 4% acreditam que a vitória será da coligação Novos Tempos, liderada por Moedas. O estudo de opinião permite ainda perceber que, quanto à transferência de votos, 18% dos que votaram Bloco e 7% dos que votaram na CDU escolhem agora a coligação PS/Livre. A Iniciativa Liberal tira dez pontos percentuais aos votos de 2017 do PSD e CDS e dois pontos ao Bloco.

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Certificado deixa de ser obrigatório na restauração a partir de 1 de outubro

  • ECO
  • 23 Setembro 2021

A medida deverá ser aprovada esta quinta-feira pelo Conselho de Ministros, que tem ainda por decidir se a apresentação de certificado ou teste negativo continuará a ser obrigatória em hotéis.

A partir de 1 de outubro, vai deixar de ser obrigatório apresentar o certificado digital Covid-19 da União Europeia (UE) ou um teste negativo para aceder ao interior de restaurantes, cafés e pastelarias às sextas-feiras ao jantar e aos fins de semana, revela o Público (acesso condicionado).

A medida deverá entrar em vigor com a nova fase de desconfinamento e espera-se que seja aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Por decidir está ainda se a apresentação da prova de vacinação ou de teste negativo continuará a ser obrigatória para entrar em hotéis.

O documento deverá continuar a ser obrigatório para quem entra no país através de fronteiras terrestres ou aérea e para aceder ao interior de bares e discotecas, que irão abrir também em 1 de outubro. O uso de máscara manter-se-á obrigatório em espaços fechados, mas os limites de lotação deixam de existir nos estabelecimentos de restauração quer no interior, quer nas esplanadas.

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Hoje nas notícias: Certificado, Moedas e Imposto do Selo

  • ECO
  • 23 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A novidade desta quinta-feira, em antecipação do Conselho de Ministros, é que o certificado digital Covid-19 vai deixar de ser obrigatório no acesso à restauração à sexta à noite e fins de semana a partir de 1 de outubro, altura em que o país entrará na terceira e última fase do atual plano de desconfinamento. Nota ainda para uma sondagem das autárquicas em Lisboa que dá a vitória a Medina sem maioria absoluta e um resultado pior para Moedas face à soma de PSD e CDS de 2017.

Certificado digital Covid-19 deixa de ser obrigatório na restauração a partir de 1 de outubro

Vai deixar de ser obrigatório apresentar o certificado digital Covid-19 da União Europeia (UE) ou um teste negativo para aceder ao interior de restaurantes, cafés e pastelarias às sextas-feiras ao jantar e aos fins de semana. A medida deverá entrar em vigor a partir de 1 de outubro, com a nova fase de desconfinamento, esperando-se que seja aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros. O documento deverá continuar a ser obrigatório para quem entra no país através de fronteiras terrestres ou aéreas e para aceder ao interior de bares e discotecas, mas está ainda por decidir se será necessário para entrar em hotéis.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Moedas aquém do resultado do PSD e CDS em 2017

O ex-comissário europeu não deverá conseguir melhorar o resultado que PSD (Teresa Leal Coelho) e CDS (Assunção Cristas) registaram em 2017: segundo o estudo de opinião conduzido pelo Centro de Sondagens da Universidade Católica Portuguesa (Cesop) para o Público e para a RTP, Carlos Moedas deverá ficar com 28% dos votos, aquém dos 31% alcançados em 2017 pelas duas candidatas. Porém, na realidade, a direita poderá melhorar o seu resultado uma vez que a Iniciativa Liberal, que decidiu não se juntar a Moedas, poderá chegar aos 5% e eleger um vereador. Fernando Medina, em coligação com o Livre (Rui Tavares), não irá além dos 37%, pior do que os 42% registados há quatro anos. Sem maioria absoluta, o PS terá de negociar um acordo com o PCP ou o BE, ou ambos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Famílias sem isenção de Imposto do Selo na reestruturação de dívidas

O Conselho de Ministro decidiu isentar de Imposto do Selo as operações de reestruturação ou refinanciamento das dívidas em moratória e já enviou a proposta ao Parlamento. Mas afinal a isenção está reservada apenas para as empresas, ou seja, as famílias têm de suportar o encargo. A justificação do Executivo é “proteger o tecido produtivo”, mas a Deco diz não perceber a opção e antecipa um aumento dos casos de incumprimento

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Câmara de Matosinhos espera que Governo adiante recursos para a transição justa

A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos acredita que o Governo vai avançar com verbas para antecipar os apoios do Fundo para a Transição Justa — 210 milhões de euros. O dinheiro, que só chegará a partir do próximo ano, servirá para apoiar os trabalhadores despedidos pelo fecho da refinaria da Galp em Matosinhos. De momento, a autarquia está a trabalhar com a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) na “definição das tipologias de candidaturas” que poderão ser contempladas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Construção de novas residências aguarda pela bazuca

A construção das novas residências do ensino superior está a aguardar pela implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o qual tem 375 milhões de euros para o alojamento estudantil. Os reitores aguardam para saber em que moldes será feito o financiamento destas obras, sendo que a expectativa é que este seja sob a forma de subvenções, sem encargos para as universidades. Contudo, também existe a hipótese de se recorrer ao Banco Europeu de Investimento, um cenário que está a ser estudado pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério do Ensino Superior.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago/link indisponível)

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Estágio depois da formação. Será ainda um ‘plus’?

Apesar de uma pandemia, que acabou por suspender alguns programas de estágios e mudar o formato de outros, na hora de recrutar a importância que as empresas dão a estas experiências mantém-se.

Ainda que não sejam a única forma de começar o percurso profissional depois da formação, os estágios são uma porta de entrada no mercado de trabalho. Muitas vezes mais rápida, direta e que pode revelar-se determinante para a continuação numa empresa. E para as organizações uma forma de agarrar o talento que precisam para se renovar. E a pandemia? A única coisa que veio alterar, foi o formato porque a importância mantém-se.

“Não considero que a pandemia tenha alterado a importância deste tipo de programas, uma vez que durante este período pandémico as empresas continuaram a fazer programas de trainees. Mas alterou o seu funcionamento, que passou a ser maioritariamente online. O modo remoto teve o mérito de permitir que estes programas continuassem a ser desenvolvidos, no entanto teve alguns custos ao nível da experiência do estagiário, pelo fato de não existir a interação num mesmo espaço físico”, adianta Pedro Amorim, managing director da Experis Portugal à Pessoas.

“Um jovem trainee quando embarca neste tipo de programas, quer precisamente o contacto com o dia a dia da organização e com a sua equipa. Isto não significa que não se adapte ao estágio online, mas o desafio é maior e a integração com os colegas mais lenta com um onboarding e um funcionamento em modo remoto. Para além disso, há um elemento de aprendizagem resultante da partilha do espaço físico que também é penalizado. Quando está na sua casa a trabalhar é mais difícil adquirir os conhecimentos resultantes da interação com os colegas e do trabalho em equipa, uma vez que o contacto por via digital é necessariamente mais esporádico e menos imediato”, continua.

O contacto e a experiência de conhecer por dentro a empresa, o negócio e até os diferentes departamentos — que sempre foi uma das grandes vantagens dos estágios — é, neste formato, mais limitada. A interação torna-se mais reduzida e mais superficial, o que pode mesmo “limitar as possibilidades de aprendizagem e experiência” dos jovens, uma das camadas geracionais mais afetadas pela pandemia.

Mas as empresas não duvidam da importância dos estágios, mesmo que o desejo seja voltar ao formato presencial. “Os estágios já eram importantes e continuam a sê-lo. O que aconteceu foi que, com a pandemia, tivemos de nos adaptar ao digital. Mas consideramos que correu bem, uma vez que estes jovens são nativos digitais e para eles é muito fácil esta adaptação. Porém, sentimos igualmente que todos gostariam de passar mais tempo na empresa de modo a favorecer a interação com os diferentes grupos e pessoas“, conta fonte oficial dos CTT à Pessoas.

Nos CTT, o programa de trainee é uma importante forma de entrada na empresa, e beneficia tanto os jovens, como a própria empresa, que passa a conhecer o candidato em ação, o seu perfil, as suas competências, atitudes e valores. “Se corresponderem aos valores da empresa, será certamente um excelente recrutamento, com valor para a empresa e para o estagiário.”

Para além de integrarem projetos em diferentes áreas, os trainees respondem, em equipa, a desafios lançados pelas direções de estratégia e inovação, na procura de uma solução para um serviço ou produto. Este projeto é especialmente importante na medida em que lhes permite um contactar com as diferentes direções, dando visibilidade, networking e conhecimento organizacional. A ‘cereja no topo do bolo’ é, contudo, no final: quando são desafiados a apresentar o projeto às direções envolvidas, ao CEO e a toda a comissão executiva.

Um momento importante, e ao mesmo tempo desafiante, que só quem entra pela via do programa de trainee tem acesso. E é assim que, muitas vezes, se descobrem os melhores talentos. “É importante reter e para isso importa desafiar. Os jovens talentos precisam de ser desafiados e envolvidos na organização e, mesmo assim, muitas vezes são difíceis de reter. Estes jovens talentos procuram novas experiências, novas formas de trabalhar, para eles é importante conhecer diferentes realidades. A nível interno temos de ser um facilitador deste crescimento e desenvolvimento, o mercado está muito ativo e é muito competitivo”, continua a mesma fonte oficial da empresa postal.

Os jovens talentos precisam de ser desafiados e envolvidos na organização e, mesmo assim, muitas vezes são difíceis de reter. (…) A nível interno temos de ser um facilitador deste crescimento e desenvolvimento, o mercado está muito ativo e é muito competitivo.

Fonte oficial dos CTT

No retalho, o grupo Jerónimo Martins é também já profissional nestas andanças. Com um programa de trainees bem consolidado, o grupo aposta fortemente na retenção dos jovens. Na última edição, em 2019, a taxa de retenção dos trainees foi de 90% e a possibilidade de escalar e crescer dentro do grupo é real: “três dos CEO das nossas companhias iniciaram o seu percurso neste programa”, exemplifica Tiago Gonçalves, head of talent acquisition do Grupo Jerónimo Martins. Aliás, a Pessoas falou com dois deles na edição de setembro/outubro, que pode comprar ou assinar aqui. Nesta edição, Isabel Ferreira Pinto (Pingo Doce) e Nuno Begonha (Recheio) contam as suas histórias de progressão de carreira no grupo.

E também nos estágios profissionais a taxa de retenção é elevada. “Procuramos fomentar uma cultura de orientação para resultados, valorização do mérito e desenvolvimento profissional, através de uma gestão de pessoas focada no crescimento de cada um e na promoção de oportunidades dentro da organização. Por outro lado, temos vindo a fazer diversas intervenções nos nossos locais de trabalho para os adaptar àquilo que acreditamos serem as necessidades das nossas pessoas e que a pandemia vem reforçar enquanto fatores distintivos e estratégicos para futuro”, refere Tiago Gonçalves.

Alinhar oferta com exigências atuais

Depois de, em 2020, ter suspendido o recrutamento para os programas de talento jovem, nomeadamente para o “Management Trainee Programme”, o “Student Internship Programme” e o “Campus Ambassador Programme”, o grupo Jerónimo Martins decidiu aproveitar essa pausa para rever e alinhar a oferta às exigências atuais e futuras que o novo contexto — e os próprios jovens — desencadearam.

“Lançámos o nosso ‘Student Internship Programme’, um estágio de verão remunerado com a duração de dois meses, e contamos lançar ainda, até ao final do ano, um conjunto de programas de talento, destinado a este público mais jovem — desde os estudantes que podem ser embaixadores do Grupo Jerónimo Martins na sua universidade, até aos jovens que terminam a sua licenciatura ou mestrado e pretendem integrar o mercado de trabalho”, adianta.

As alterações — fruto da pandemia — aumentaram, sim, a relevância dos programas, “pela oportunidade que dão aos candidatos de terem um primeiro contacto estruturado com o mundo do trabalho, que lhes permite interagir com colaboradores das diferentes companhias do grupo e com diferentes experiências, backgrounds e níveis de senioridade”.

“Estes jovens ganham competências pessoais e profissionais essenciais para um novo contexto e a oportunidade de continuidade no pós-estágio, tanto no imediato como num momento futuro”, acrescenta o head of talent acquisition da Jerónimo Martins.

A Natixis aproveitou também o ano anterior para criar um novo programa de estágios. A “Purple Scan Trainee Edition”, através do qual 84 estagiários tiveram a experiência de integrar a empresa em Portugal em áreas tão distintas como desenvolvimento de software, engenharia informática, direito, finanças, banca, economia e contabilidade. “Além disso, estamos constantemente a acolher estagiários curriculares e temos várias histórias de pessoas que entram com um estágio de verão e acabam por ficar connosco”, salienta Maurício Marques, diretor de recursos humanos da Natixis em Portugal.

É certo que a pandemia privou os alunos de algumas interações com empresas, nomeadamente a nível mais presencial, mas abriu mais as empresas à necessidade de se darem a conhecer no digital, reduzindo as distâncias geográficas entre candidatos e empresas.

Maurício Marques

Diretor de recursos humanos da Natixis

“O facto de estarmos constantemente a crescer e a criar novas equipas faz com que seja comum conseguirmos enquadrar os estagiários de diferentes áreas em posições em aberto, uma vez que são jovens profissionais cujo trabalho ficamos a conhecer e que, conhecendo a empresa, escolhem-na também para começar o seu percurso”, continua o responsável de pessoas do banco francês, onde está a decorrer, atualmente, a campanha “We Want Your Brain”, direcionada para jovens recém-licenciados com formação em diversas áreas — tecnológica, financeira, ciências sociais e humanas — elegíveis para estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A taxa de retenção dos programas de estágio é também elevada. “Encaramos os programas de estágio numa perspetiva de longo prazo e a prova disso é que temos mais de 85% de estagiários que acabam por ficar connosco, o que diz muito do impacto positivo destas experiências”, adianta, salientando também o impacto da pandemia no sentido de aumentar a pool de talentos.

 

“É certo que a pandemia privou os alunos de algumas interações com empresas, nomeadamente a nível mais presencial, mas abriu mais as empresas à necessidade de se darem a conhecer no digital, reduzindo as distâncias geográficas entre candidatos e empresas”, considera Maurício Marques.

Em áreas mais específicas como a tecnológica, onde o talento é escasso, atrair estagiário, sobretudo durante a formação, é uma excelente forma de ir criando pools de talento futuro que possam responder às necessidades de desenvolvimento das organizações.

“Fruto da atual escassez de talento, principalmente em áreas mais tecnológicas, é necessário que as empresas possam antecipar as suas necessidades e comecem a construir o talento de que vão necessitar no futuro, criando pools de talento forte através dos programas de trainees“, refere Pedro Amorim.

Fruto da atual escassez de talento, principalmente em áreas mais tecnológicas, é necessário que as empresas possam antecipar as suas necessidades e comecem a construir o talento de que vão necessitar no futuro, criando pools de talento forte através dos programas de trainees.

Pedro Amorim

Managing director da Experis Portugal

Nestes casos, do setor tech, é ainda mais importante que as empresas trabalhem numa lógica proativa e de antecipação. “Desta forma, conseguem uma real vantagem competitiva face a outras empresas que recrutam por reação, apenas quando têm vagas abertas”, acrescenta o líder da empresa especializada em recrutamento.

Estágio, check. E agora?

Se depois do estágio não houver oportunidade de permanecer na empresa, não se preocupe, pois, segundo os especialistas, é uma experiência que enriquece qualquer currículo e pode facilitar a procura de emprego. Nos CTT, por exemplo, as “pequenas experiências” são um critério importante no processo de seleção e recrutamento de novos talentos.

“Ter realizado um estágio de verão na empresa X ou Y é importante, significa que abdicaram do seu verão e que investiram no seu percurso, no contacto com o mundo das empresas. Uma experiência internacional também é valorizada. Somos um todo, todas as experiências servem para melhorar a relação com os outros, o trabalho em equipa, a comunicação, a adaptabilidade, resiliência e muitas outras competências”, revela fonte oficial da companhia.

A Natixis partilha deste pensamento. Embora não se restrinja a esta experiência, a organização privilegia “pessoas com forte apetite por se desenvolverem, com diferentes backgrounds e experiências profissionais diversas”, algo que é válido para todos os níveis de senioridade, destaca o diretor de recursos humanos.

Para Tiago Gonçalves os estágios incentivam o desenvolvimento de competências, nomeadamente a capacidade de adaptação a diferentes equipas, personalidades e formas de estar. “Competências estas que iremos sempre necessitar durante o nosso percurso profissional futuro”, diz o head of talent acquisition da Jerónimo Martins.

Investir num estágio numa área que pode até não ser a primeira opção do jovem pode ser interessante para o seu percurso profissional. “Considero pertinente, inclusive, a realização de um estágio em áreas que não seriam a priori de interesse do jovem, de forma a que possa avaliar outras possibilidades, completar conhecimentos e consolidar aprendizagens”, refere Pedro Amorim.

“É ainda de extrema importância para os jovens perceberem a dinâmica da organização e aquilo que lhes espera no mundo do trabalho. Estes estágios são enriquecedores, não só em termos de conhecimentos, como também na aquisição de soft skills, cada vez mais importantes, hoje e nas profissões do futuro“, finaliza.

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Industriais portugueses pagam energia 2,5 vezes mais cara do que rivais franceses

Em Portugal a indústria estava a pagar em média até ao início de setembro 103,35€/MWh, mais do que os 99,62€/MWh de Espanha, do que os 65,58€/MWh da Alemanha e bem mais do os 42,23€/MWh de França.   

Exportam para os mesmos mercados e competem diretamente com empresas espanholas, francesas e alemãs, mas, na hora de pagar a fatura de energia, são as indústrias eletrointensivas portuguesas que saem prejudicadas, com um valor médio por cada MWh que chegou a ser bem mais do dobro que que pagaram as suas concorrentes de outros países europeus. Por comparação com França, por exemplo, o preço é 2,5 vezes superior.

De acordo com as contas feitas pela Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Elétrica (APIGCEE) para o ECO/Capital Verde, em Portugal a indústria estava a pagar em média até ao início de setembro 103,35€/MWh, mais do que os 99,62€/MWh de Espanha, do que os 65,58€/MWh da Alemanha e bem mais do os 42,23€/MWh de França.

“Se os fatores de produção, tal como a energia elétrica, têm em Portugal um peso percentual mais elevado do que em outros países com os quais concorremos, isso induzirá uma perda de competitividade acrescida com impacto no volume de negócios”, refere a associação, alertando para o facto de que “as exportações estão em risco”.

Sobretudo se “as empresas não conseguirem refletir o incremento de custos variáveis no preço final dos produtos ou se já não for possível esmagar mais as margens de comercialização de modo a não perder competitividade nos mercados internacionais”.

“Quem exportar para o centro da Europa, certamente está em dificuldades”, garante a APIGCEE.

Dados a 6 de Setembro de 2021 Fonte: Ecofys; CNMC, Banco Mundial, AIE, Eurostat, Comissão Europeia, AEGE https://www.aege.es/barometro- energetico-espana/, APIGCEE

Legenda;
(1) Considera a tarifa de AT (representativa da maioria dos Associados da APIGCEE) e a média do mercado spot até 06.09.2021, completando com mercado de futuros até ao final do ano;
(2) Considera a tarifa 6.4 (equivalente a MAT), o preço de mercado inclui imposto de 7% da produção e taxa do cêntimo verde. Faz uma média acumulada do mercado spot até 06.09 completando com mercado de futuros até ao final do ano;
(3) Inclui tarifas de acesso, perdas e serviços de sistema;
(4) Inclui pagamentos por capacidade, financiamento da interruptibilidade, imposto eléctrico, taxa municipal e fundo nacional de eficiência energética;
(5) Em Espanha, considera-se a compensação estimada de 179 M€ para as emissões indirectas de CO2. Considera as compensações máximas devidas ao CO2 em França e Alemanha;
(6) A compensação média para os Associados em termos de prestação de serviço de interruptibilidade cifra-se em torno dos 13 – 14 €/MWh. A compensação de 18,5 €/MWh corresponde à compensação máxima estabelecida na portaria 221/2015 de 24 de Julho. Esta compensação irá desaparecer a partir de 31.10.2021

A somar a esta equação está o fim do mecanismo de interruptibilidade, no valor de 100 milhões de euros por ano (que vão agora ser convertidos numa das “almofadas” do Governo para travar os preços da luz), previsto para 31 de outubro. Com esta mudança, estima a APIGCEE, o valor do MWh pago pela indústria nacional vai aumentar ainda mais, para os 116,85 euros. No entanto, na visão da associação, que representa os eletrointensivos, nem mesmo estes 100 milhões já compensavam a diferença de preço para outros países (como França e Alemanha).

“Se se pretendesse compensar o diferencial de preço médio final da eletricidade em Portugal com o preço médio em França e Alemanha seria necessário prever uma compensação total da ordem de 378 milhões de euros”, diz a APIGCEE. No entanto, o que o Governo está a prever já para novembro é bem diferente.

“O fim do regime da interruptibilidade é uma exigência europeia que Portugal prolongou muito para além do que devia, com a aceitação da Comissão Europeia. Está a ser criado um produto específico, por leilão, para a prestação de um serviço de flexibilidade prestado pelos eletrointensivos, num valor fixo por capacidade que pode acender a 20 milhões de euros por ano”, disse o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Matos Fernandes, esta semana.

Além disso, frisou, foi estabelecida e “está para publicação” a portaria em que se compensam as instalações eletrointensivas em 25 milhões já em 2021. “Normalmente o pagamento só é feito depois de março do ano seguinte, mas vamos adiantar já este ano. Não há mais nenhum país que o faça”, disse o ministro. E no contexto do novo regime jurídico do sistema elétrico nacional, que está a sair do MAAC e será aprovado pelo Governo até ao final do ano, existe a criação de um estatuto para o consumidor eletrointensivo. O ministro sublinha ainda a opção pelo autoconsumo, que “pode gerar poupanças de 20 a 30%”.

“Acreditamos que vamos criar um regime mais justo e menos oneroso para o conjunto dos consumidores industriais”, disse Matos Fernandes.

Do lado da indústria, os empresários sentem por seu lado que “não estão a ser tomadas as mesmas medidas diferenciadoras que nos países industrializados da Europa estão a ser tomadas desde já há algum tempo para viabilizar a indústria electrointensiva”.

“Em 2020 a Muito Alta Tensão (MAT) e Alta Tensão (AT), que são os níveis de tensão em que os consumidores electrointensivos se encontram maioritariamente ligados, suportaram mais de 100 milhões de euros em sobrecustos relativos a Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e Sobrecustos relativos às Regiões Autónomas de modo a desonerar, deste montante, os consumidores domésticos abastecidos em Baixa Tensão (BT)”, diz a APIGCEE.

Sobre o fim do mecanismo de interruptibilidade, a associação esclarece que está já em preparação uma alternativa chamada “Banda de Reserva de Regulação”, que renderá à indústria entre 100 e 120 milhões de euros.O processo para a implementação deste mecanismo ainda se encontra muito atrasado devendo a ERSE pronunciar-se sobre a proposta elaborada pela REN. Muito previsivelmente este mecanismo nunca estará operacional até 1 de novembro”, diz a APIGCEE.

Quanto ao estatuto do consumidor eletrointensivo, a associação quer que as instalações abrangidas possam ter redução até um máximo de 95% dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) e das Tarifas de Uso de Rede (TUR). “Só uma redução desta magnitude poderá compensar, parcialmente e em tempo útil, o fim do serviço de interruptibilidade”.

Já o autoconsumo defendido pelo Governo, dizem, “não é uma alternativa viável a curto prazo pelas seguintes razões: não cobre, na totalidade, as necessidades em energia elétrica de uma determinada instalação industrial; requer grandes superfícies para instalação de equipamentos (painéis fotovoltaicos) que produzam a energia requerida para um determinado processo industrial; necessidade de grande investimento na situação atual de fortes constrangimentos financeiros; lead time elevado até que uma instalação para autoconsumo esteja em condições de abastecer uma instalação industrial.

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