Menos carros, aviões e petróleo levam a queda das importações. Balança comercial melhora 32% em 2020

As importações de bens afundaram 16% até novembro, levando o saldo comercial a recuar a 2016. Foram importados menos carros, aviões e petróleo. Quedas maiores de Espanha, França e Alemanha.

Até novembro, Portugal comprou menos 11,8 mil milhões de euros em bens a outros países, o que significa que as importações encolheram 16% desde janeiro, face a 2019. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que houve menos carros, aviões e petróleo a chegar ao território nacional, principalmente vindos da Alemanha, França e Espanha. Apesar de se manter negativo, o défice comercial está a caminho do melhor ano desde 2016.

Os números da economia portuguesa mostram que a pandemia levou a uma redução do consumo privado, tanto de bens como de serviços. No caso dos serviços, já é conhecida a quebra abrupta do turismo, ainda mais forte do que a dos bens. No caso dos bens, as exportações acumularam até novembro uma queda de 10,5% (-5,8 mil milhões de euros), inferior à quebra de 16% das importações. Estes dados sugerem que a quebra do consumo em Portugal foi superior à dos países clientes das exportações portuguesas, o que é confirmado pelas previsões mais pessimistas para Portugal do que para a média da Zona Euro.

A outra face da moeda dessa evolução é que o défice comercial de bens, que cresceu significativamente nos últimos quatro anos de crescimento do PIB, baixou 32% (menos 6 mil milhões de euros) face ao acumulado até novembro de 2019 — para comparação, em 2012, o pior ano da crise anterior, o défice comercial baixou 34%. O défice comercial de bens está nos 12,6 mil milhões de euros, caminhando para um mínimo desde 2016, antes dos anos de maior crescimento da economia portuguesa nesta década.

Portugal importou menos carros, aviões e petróleo

Os dados do INE sobre as importações de bens de janeiro a novembro de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado, mostram que a queda foi provocada pela menor importações de veículos automáticos, outro material de transporte (aviões, principalmente) e de petróleo bruto e refinado.

No caso dos carros, a queda foi de 26%, o equivalente a 2,15 mil milhões de euros; no caso dos aviões, a queda foi de 60%, o equivalente a 2,2 mil milhões de euros; no caso do petróleo bruto e refinado, a queda é de 50%, o equivalente a 2,7 mil milhões de euros. Ao todo, estas três categorias explicam 60% da redução das importações portuguesas.

Houve poucas exceções: as importações de produtos farmacêuticos e preparações farmacêuticas de base — provavelmente por causa da pandemia –, de produtos da agricultura e da produção animal e de serviços de recolha, tratamento e deposição de resíduos aumentaram em 2020, face ao ano anterior.

Maiores quedas registadas em Espanha, França e Alemanha

As maiores quedas das importações registam-se nos principais fornecedores de Portugal: Espanha, França e Alemanha. Os produtos espanhóis registaram uma queda de 10,2%, menos 2,28 mil milhões de euros enquanto os produtos alemães — muito influenciado pelos carros importados — desceram 14,9%, menos 1,46 mil milhões de euros.

Mas a maior queda foi a de França: 37,9%, menos 2,8 mil milhões de euros. Esta queda é justificada pelo aumento excecional que houve nos últimos anos, principalmente em 2019, das importações de aviões da Airbus para a TAP, o que levou a transportadora aérea para o segundo lugar das maiores empresas importadoras em Portugal, sendo que em 2016 nem figurava no ranking. Contudo, a pandemia obrigou a uma reversão desse programa de expansão e até à alienação de aeronaves, levando a uma queda abrupta nas importações com origem francesa.

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Comissão Europeia pede mais esforços aos 27 para redução da poluição atmosférica

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2021

As emissões de amoníaco da agricultura continuam a ser também uma questão por resolver, alerta a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia alertou esta sexta-feira para a necessidade de os Estados-membros da União Europeia (UE) intensificarem os esforços de redução da poluição, nomeadamente nas cidades e no setor da agricultura.

No segundo relatório sobre o Programa Ar Limpo, o executivo comunitário destaca que “a plena aplicação das medidas [de redução de emissão de gases poluentes] poderia reduzir em 55% as mortes prematuras causadas pela poluição atmosférica até 2030”, lembrando que “até mesmo níveis relativamente baixos de exposição à poluição são prejudiciais”.

“É necessário intensificar os esforços em todos os níveis para reduzir a poluição atmosférica”, alerta a Comissão.

“Muito embora os níveis de concentração de poluentes se possam aproximar muito mais dos atuais valores das orientações em matéria de qualidade do ar da OMS, em virtude da aplicação integral das políticas em matéria de clima e energia acordadas e das medidas que visam um ar limpo anunciadas pelos Estados-membros nos seus programas nacionais de controlo da poluição atmosférica, continuará a haver mortes prematuras na UE devido à poluição atmosférica”, salienta o texto.

A Comissão Europeia sustenta ainda que, se toda a legislação adotada até 2018 proporcionasse todos os seus benefícios e se os Estados-membros aplicassem as medidas anunciadas nos seus programas nacionais de controlo da poluição atmosférica, o conjunto da UE alcançaria as reduções das emissões de poluentes atmosféricos correspondentes às obrigações estabelecidas na Diretiva Limites Nacionais de Emissões para 2030.

Por outro lado, as emissões de amoníaco da agricultura continuam a ser uma questão por resolver.

“Mais de 90% das emissões de amoníaco na UE provêm da agricultura, nomeadamente da pecuária e do armazenamento e utilização de fertilizantes orgânicos e inorgânicos. A nova Política Agrícola Comum (PAC) deve desempenhar o seu papel no apoio e contribuição para reduzir a poluição atmosférica e os Estados-membros devem aproveitar as novas oportunidades proporcionadas, por exemplo, pelos regimes ecológicos propostos nos planos estratégicos nacionais e nos objetivos estratégicos propostos (incluindo a gestão de recursos naturais como o ar e a água)”, lê-se no relatório.

“Há que avançar com uma PAC com fortes ambições ambientais e climáticas, a fim de refletir as prioridades do Pacto Ecológico Europeu, em consonância com a Estratégia do Prado ao Prato e a Estratégia de Biodiversidade”, defende ainda a Comissão Europeia.

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Poiares Maduro demarca-se da queixa-crime do PSD contra António Costa

  • Tiago Lopes
  • 8 Janeiro 2021

Poiares Maduro agradece a “solidariedade do partido”, mas garante que não tenciona apresentar qualquer queixa contra António Costa. Rangel fala em “palavras vãs” do primeiro-ministro.

A polémica começou quando António Costa acusou o ex-ministro social-democrata Miguel Poiares Maduro, e o eurodeputado Paulo Rangel, de estarem a aproveitar a presidência portuguesa da União Europeia para “fazer campanha internacional contra Portugal”, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de Conselho de Ministros, onde o primeiro-ministro voltou a reforçar a confiança na ministra da justiça no seguimento da polémica da nomeação do procurador europeu.

Costa não se ficou por estes dois nomes e ainda acrescentou o nome de outro deputado social-democrata, Ricardo Batista Leite, responsável pela pasta da saúde, e que diz liderar “outra frente, a frente sanitária” no que classifica como uma campanha internacional contra Portugal.

“À exceção de Paulo Rangel e Poiares Maduro que lideram uma campanha internacional contra Portugal em que participa também, numa outra frente sanitária, o deputado Ricardo Baptista Leite, este tema não tem a menor relevância política”, disse o primeiro-ministro garantindo que este é “um não tema”.

Após estas declarações, Miguel Poiares Maduro reagiu no Twitter acusando António Costa de ser “profundamente anti-democrático”, classificando estas declarações como “uma atitude inaceitável para um primeiro-ministro”. “Confundir uma crítica ao Governo com uma crítica ao país é profundamente anti-democrático”, escreveu Poiares Maduro.

Ao ECO, o ex-ministro social-democrata mostrou-se “surpreendido por o primeiro-ministro etiquetar alguém assim publicamente de traidor do país”, acrescentando ainda que “é altamente dissuasor da liberdade de expressão usar este tipo de linguagem, ser atacado pelo primeiro-ministro de liderar uma conspiração contra o país. É profundamente antidemocrático”.

Paulo Rangel também reagiu às acusações de António Costa considerando que “é lamentável que o primeiro-ministro confunda o exercício legítimo de escrutínio da ação do Governo com ‘uma campanha para denegrir a imagem externa do país’”.

O PSD reagiu através de um comunicado enviado às redações onde deu a conhecer que vai apresentar queixa-crime contra António Costa naquilo que considera ser uma “acusação delirante”.

“O Primeiro-Ministro, em declarações públicas, afirmou hoje a existência de uma campanha internacional organizada com o objetivo de prejudicar a imagem e o nome de Portugal na cena internacional. Mais grave, apontou como líderes dessa campanha os nossos companheiros Paulo Rangel e Miguel Poiares Maduro. E, em claro desespero, estendeu a intenção de prejudicar o nosso País ao nosso companheiro Ricardo Baptista Leite, este ‘na vertente sanitária'”, lê-se num comunicado do partido.

Já na madrugada desta sexta-feira Miguel Poiares Maduro regressou ao Twitter para agradecer “a solidariedade do partido”, mas diz que não vai apresentar qualquer queixa. “Aprecio e agradeço a solidariedade do meu partido, mas não tenciono apresentar qualquer queixa-crime. Acredito que em democracia não há forma mais forte de censura do que a tem lugar na política.”

O eurodeputado Paulo Rangel também já reagiu no Twitter às declarações do primeiro-ministro: “Felizmente num Estado de Direito os textos legislativos desmentem facilmente palavras vãs. Mesmo quando proferidas por Primeiros Ministros as palavras ainda não valem mais do que as leis”.

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Vacina da AstraZeneca poderá ser autorizada ainda em janeiro na União Europeia

Regulador europeu recebeu mais informação por parte da empresa, podendo o processo estar concluído no final de janeiro.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) espera aprovar a vacina da AstraZeneca no final de janeiro, dependendo dos dados e do progresso da avaliação, segundo informação divulgada esta sexta-feira no Twitter. Assim, a União Europeia (UE) poderá contar com três vacinas contra a Covid-19.

“Depois de ter recebido mais dados da empresa, a EMA espera que a AstraZeneca apresente um pedido de marketing condicional para a sua vacina na próxima semana. Possível conclusão — final de janeiro, dependendo dos dados e do progresso da avaliação”, escreveu o regulador.

A vacina da AstraZeneca, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, poderá então juntar-se às vacinas da Moderna e da Pfizer, já aprovadas pelo regulador e pela Comissão Europeia. A vacina em causa é a mais barata com a qual a UE tem acordo, tendo um custo de 1,78 euros por dose.

Ainda no Twitter a EMA relembra a importância da vacinação. “A vacinação é importante para evitar que as pessoas adoeçam”, escreveu, relembrando que, ainda assim, são necessárias “medidas de saúde pública, por exemplo, máscaras e distanciamento social”.

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Portugal estreia-se no mercado de dívida com emissão até 1.250 milhões a 9 e 14 anos

O IGCP anunciou um leilão duplo de obrigações do Tesouro na próxima quarta-feira. É a primeira operação deste ano e, ao contrário do que tem sido acontecido, não haverá uma venda sindicada.

Portugal vai estrear-se no mercado de dívida em 2021 já na próxima semana. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou que vai realizar um leilão duplo de obrigações do Tesouro (OT) a nove e 14 anos, no qual pretende financiar-se até 1.250 milhões de euros.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 13 de janeiro pelas 10h30 dois leilões das OT com maturidade em 18 de outubro de 2030 e 12 de outubro de 2035, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros“, diz em comunicado a agência liderada por Cristina Casalinho.

Esta será a primeira emissão de dívida de Portugal este ano, sendo que desta vez o IGCP escolheu fazer um leilão, em vez de uma venda sindicada. Nos últimos anos, a agência preferia começar o ano com uma operação maior conduzida por um sindicato bancário. A mudança poderá estar relacionada com o facto de o país ir receber um grande montante de dinheiro vindo da Europa.

O Estado terá necessidades de financiamento líquidas de cerca de 14 mil milhões de euros em 2021, de acordo com o programa de financiamento divulgado esta quinta-feira. Para lhes dar resposta, o IGCP conta com 2,9 mil milhões de euros vindos da União Europeia, que corresponde ao valor do empréstimo da Comissão Europeia a Portugal através do SURE para 2021.

Irá igualmente tirar 6,7 mil milhões de euros que estão nos depósitos do Estado e recorrer a colocações de nova dívida. A emissão bruta de obrigações do Tesouro é estimada em 15 mil milhões de euros, mas este dinheiro irá servir não só para contribuir para as necessidades de financiamento do Estado como para reembolsar os investidores que têm títulos que atingem as maturidades em 2021: há 8.727 milhões de euros a devolver neste ano.

A estreia acontece numa altura em que o país tem beneficiado de baixas taxas de juro, no mercado secundário. As obrigações benchmark, ou seja a 10 anos, negoceiam esta sexta-feira em terreno negativo pela primeira vez em quase um mês, a tocar -0,024%.

O IGCP emitiu OT da linha que atinge a maturidade em 2030, em setembro de 2020, tendo colocado 964 milhões de euros com um juro de 0,329% e uma procura 2,19 vezes superior à oferta. Já em relação à última vez que Portugal se financiou a 14 anos foi em fevereiro do ano passado, quando emitiu 663 milhões de euros, tendo alcançado uma taxa de juro de 0,555% e uma procura 1,49 vezes superior à oferta.

(Notícia atualizada às 13h30)

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Portugueses são dos que mais saem para trabalhar noutro país da UE

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2021

Portugal está entre os cinco países da UE de onde saíram mais trabalhadores para outro Estado-membro em 2019, a maioria altamente qualificados. Espanha, França e Alemanha entre os principais destinos.

Portugal foi um dos cinco países da União Europeia (UE) de onde saíram mais trabalhadores para outro Estado-membro em 2019, para outros como França e Alemanha, a maioria altamente qualificados, segundo um relatório da Comissão Europeia esta sexta-feira divulgado.

Em causa está o Relatório Anual da Mobilidade Laboral Intra-UE de 2020, publicado esta sexta-feira e com base nos mais recentes dados estatísticos disponíveis, que indica que “Roménia, Polónia, Itália, Portugal e Bulgária continuaram a ser os cinco principais países de origem” de trabalhadores em 2019.

Em concreto, estes cinco Estados-membros foram, nesse ano, “a origem de 58% das pessoas em mobilidade” laboral para outro país da UE.

Portugal é também mencionado no relatório como um dos principais países de origem de trabalhadores altamente qualificados, de áreas como negócios e administração, ciência e engenharia ou ensino.

“O grupo de trabalhadores altamente qualificados [em mobilidade laboral] em comparação com os altamente qualificados no país de origem é maior entre os romenos (22%), búlgaros (13%), portugueses (10%) e polacos (8%)”, precisa o documento.

No que toca aos principais países de destino dos portugueses em mobilidade laboral na UE, foram França, Alemanha e Espanha. Desta lista faz também parte o Reino Unido, que deixou a União Europeia no final de janeiro de 2020.

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Ao todo, em 2019, havia 17,9 milhões de cidadãos europeus em mobilidade laboral noutro país da UE, dos quais 13 milhões estavam em idade ativa (20-64 anos), de acordo com o relatório, que cita números do gabinete estatístico, o Eurostat.

Isto significa que a mobilidade laboral continuou a crescer em 2019, mas a um ritmo mais lento em comparação com os anos anteriores (compara com 17,6 milhões de 2018).

A Comissão Europeia observa que “as pessoas em idade ativa têm maior probabilidade de se deslocarem no início das suas carreiras”, sendo que “a probabilidade de se deslocarem diminui com a idade”.

“Com a população mais jovem a diminuir também nos países de origem, isto pode implicar uma diminuição dos fluxos de mobilidade”, adianta a instituição no relatório.

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Grupo empresarial de Braga fixa “ordenado mínimo” em 800 euros

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2021

O Grupo Bernardo da Costa, de Braga, estabeleceu como ordenado mínimo, a partir deste mês e em cinco das suas seis empresas, o valor de 800 euros.

O Grupo Bernardo da Costa, de Braga, estabeleceu como ordenado mínimo, a partir deste mês e em cinco das suas seis empresas, o valor de 800 euros, foi anunciado esta sexta-feira.

Em comunicado, o grupo sublinha que supera, assim, a meta do Governo para o salário mínimo nacional para 2023, que é de 750 euros.

O CEO do grupo, Ricardo Costa, disse à Lusa que de fora desta medida fica apenas a empresa BCInergia, que “foi muito afetada pela crise de 2009 a 2014 e este ano ainda não consegue praticar esse valor”.

“Estou certo de que em dois anos terá condições para estar a par das restantes empresas do grupo”, acrescentou.

Disse ainda que esta medida não abrange estagiários, mas sublinhou que quando os mesmos passam a colaboradores com contrato o seu salário é “imediatamente” fixado num mínimo de 800 euros.

O grupo conta com 86 colaboradores em Portugal, 14 dos quais na BCInergia.

Nesta empresa, ainda há quatro trabalhadores com um salário inferior ao agora anunciado.

“Pretendemos uma equipa jovem, altamente qualificada e motivada e não conseguimos isso com salários baixos. É nossa obrigação, enquanto gestores, garantir um nível de vida familiar digno a todos os nossos colaboradores”, referiu Ricardo Costa.

Adiantou ainda que a progressão na carreira é outra das preocupações em todas as empresas do Grupo Bernardo da Costa.

“Acredito que uma equipa ambiciosa é o motor principal das grandes organizações e, por esse motivo, também não descuramos este ponto na carreira profissional de cada pessoa que trabalha connosco”, acrescentou.

Prometeu ainda para breve novidades sobre o Departamento da Felicidade do grupo, “que mesmo em pandemia continuou a trabalhar para proporcionar as melhores condições, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional” a todos os trabalhadores.

O Grupo Bernardo da Costa está presente no mercado desde 1957, tendo iniciado a sua atividade focada no ‘core business’ de instalações elétricas de apoio à construção civil.

Em 2004, é criada a empresa Bernardo da Costa – Comércio de Equipamentos de Segurança, que hoje possui a designação iBD Global.

O grupo está presente nos cinco continentes, trabalhando na distribuição de equipamentos de Segurança Eletrónica, controlo de acessos, domótica, áudio e vídeo profissional, equipamentos de proteção individual, instalações elétricas, formação e construção civil.

Tem um total de 194 colaboradores, 86 em Portugal e 108 nas empresas espalhadas pelo mundo.

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Volume de negócios na indústria cai 4,2% em novembro

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2021

A descida foi menos intensa que em outubro. Estes resultados poderão estar influenciados pela oscilação de dias úteis (20 e 23 em novembro e outubro de 2019 e 21 nos mesmos meses de 2020).

O índice de volume de negócios na indústria caiu 4,2% em novembro em termos homólogos, uma descida menos intensa em 3,8 pontos percentuais do que a observada em outubro, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.

De acordo com o INE, estes resultados poderão estar influenciados pela oscilação de dias úteis (20 e 23 em novembro e outubro de 2019 e 21 nos mesmos meses de 2020).

“Ambos os mercados apresentaram variações homólogas menos negativas que as verificadas no mês anterior”, com o índice relativo ao mercado nacional a contrair-se 6,4% (-8,8% em outubro) e o índice referente ao mercado externo a recuar 1,1% (-6,8% no mês precedente).

Sem o agrupamento de energia, as vendas passaram de uma redução de 6,4% em outubro para um crescimento de 0,9% em novembro.

Os índices relativos ao mercado nacional e ao mercado externo registaram variações de -6,4% e -1,1% (-8,8% e -6,8% no mês anterior, pela mesma ordem).

O emprego e as horas trabalhadas, por sua vez, apresentaram quedas homólogas de 2,6% e 7,4% (-3,0% e -8,1% em outubro), respetivamente, enquanto as remunerações aumentaram 1,7% (0,2% no mês precedente).

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WhatsApp muda regras para poder partilhar os seus dados com o Facebook

O WhatsApp mudou os termos e condições para poder partilhar os dados pessoais dos utilizadores com a casa-mãe, o Facebook. Alteração está a levar os utilizadores a instalarem o Telegram e o Signal.

O serviço de mensagens WhatsApp está a exigir aos utilizadores que aceitem um novo conjunto de termos e condições. Estes permitirão à aplicação partilhar os dados pessoais dos utilizadores com o Facebook.

O aviso dá conta da mudança de regras da parte do WhatsApp e inclui um conjunto de ligações que permitem consultar os novos termos e condições e a política de privacidade da aplicação. Inclui ainda um botão para fechar o aviso e outro para “aceitar”.

Para a generalidade dos utilizadores, as mudanças concretas não eram imediatamente claras. Mas, agora, a imprensa internacional dá conta da principal novidade: a partir do mês que vem, o WhatsApp pode partilhar os dados pessoais com a casa-mãe, o Facebook, noticia o Business Insider.

Segundo o jornal, os utilizadores que não aceitem as novas condições até 8 de fevereiro perderão o acesso ao serviço.

A exigência do WhatsApp, aplicação detida pelo Facebook, surpreendeu alguns utilizadores e espoletou uma onda de críticas. Em resultado, serviços concorrentes, como o Telegram e o Signal, que também encriptam as mensagens para garantir maior privacidade e segurança, assistiram a aumentos no número de utilizadores, noticiou o The Verge.

Um desses apelos partiu do líder da Tesla, Elon Musk. Na quinta-feira, o gestor publicou um tweet curto e direto: “Usem o Signal”.

O WhatsApp é uma das aplicações mais usadas em todo o mundo. Em março de 2020, o serviço contava com dois mil milhões de utilizadores mensais ativos, segundo dados do portal Statista.

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Covid-19 explica mais de metade do acréscimo da mortalidade desde a chegada da pandemia a Portugal

Entre 2 de março e 27 de dezembro do ano passado, morreram 99.356 pessoas em Portugal. São mais 12.852 óbitos face à média dos últimos cinco anos, sendo que a Covid explica mais de metade das mortes.

Desde que a pandemia chegou a Portugal, morreram 99.356 pessoas em território nacional. Trata-se de um acréscimo de 12.852 óbitos registados face à média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados preliminares divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Deste acréscimo da taxa de mortalidade, 52% foi por Covid-19.

Do total de 99.356 óbitos registados desde o início da pandemia, 49.453 foram de homens e 49.903 de mulheres, mais 5.833 e 7.019 mortes, respetivamente, face à média de óbitos dos últimos anos. Mais de 70% dos falecimentos foram registados em pessoas com 70 ou mais anos, sendo que nessa faixa etária morreram mais 10.886 pessoas, face ao período homólogo, entre 2015 e 2019, das quais mais 8.038 com 85 e mais anos.

Entre 2 de março, data em que foram diagnosticados os primeiros casos com a doença Covid-19 em Portugal, e 27 de dezembro, registaram-se 99.356 óbitos em território nacional, mais 12.852 óbitos que a média no mesmo período dos últimos cinco anos”, revela o INE. Dos referidos 12.852 óbitos, 52% (6.677) foram óbitos por Covid-19.

Este acréscimo da taxa de mortalidade, que já se tem vindo a sentir ao longo dos últimos meses, é explicado em larga medida pela pandemia do novo coronavírus que, de acordo com dados da DGS, já vitimou mais de 7.000 portugueses.

Se em novembro, o novo coronavírus foi responsável por 95,3% do acréscimo da taxa de mortalidade face à média, em período homólogo, de 2015-2019, em dezembro o aumento foi ainda superior. “Nas últimas quatro semanas (30 de novembro a 27 de dezembro) registaram-se mais 1.884 óbitos que a média, em período homólogo, de 2015-2019″, sinaliza o gabinete de estatísticas, acrescentando que “nesse período registaram-se 2.172 óbitos por Covid-19, superando em 15,3% o aumento de óbitos relativamente à média das semanas homólogas de 2015-2019″.

Durante este período da pandemia, o INE sublinha ainda que o maior acréscimo de mortes se registou na região Norte, tal como tem sido a tendência dos últimos meses. Assim, neste região morreram mais 5.696 pessoas comparativamente com a média entre 2015.2019, seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (+3.428 óbitos), do Centro (+2.423 óbitos), Alentejo (+948 óbitos), Algarve (+256 óbitos) e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira (+129 e +114, respetivamente).

Segundo o último boletim divulgado pela Direção-Geral de Saúde, há, neste momento, 93.360 casos de Covid-19 ativos em Portugal. Desde o início da pandemia, foram confirmados 456.533 casos de infeção, dos quais 355.701 já foram dados como recuperados. Face ao disparo de novos casos dos últimos dias, o primeiro-ministro admitiu na quinta-feira regressar às medidas aplicadas em março, durante o confinamento, afastando, contudo, o encerramento das escolas.

(Notícia atualizada às 12h29)

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Visita da Comissão Europeia a Lisboa em formato reduzido devido à Covid-19

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2021

Presidente da Comissão Europeia deslocar-se-á a Portugal dia 15 de janeiro, mas será acompanhada apenas por seis membros do colégio devido à pandemia.

A presidente da Comissão Europeia deslocar-se-á a Portugal em 15 de janeiro, para a tradicional visita do executivo comunitário ao país que assume a presidência do Conselho, acompanhada apenas por seis membros do colégio, devido à pandemia da Covid-19.

A Comissão anunciou esta sexta-feira em Bruxelas que Ursula von der Leyen será acompanhada na sua deslocação a Lisboa pelos três vice-presidentes executivos, Frans Timmermans (responsável pela pasta do Pacto Ecológico Europeu), Valdis Dombrovskis (Uma Economia ao Serviço das Pessoas) e Margrethe Vestager (Digital), pelo vice-presidente e Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, pela comissária portuguesa Elisa Ferreira (Coesão e Reformas), e pelo comissário Nicolas Schmit, que tem a tutela dos Assuntos Sociais, uma das grandes prioridades da presidência portuguesa.

“Esta é a deslocação habitual que ocorre no início de cada presidência do Conselho, que, por razões sanitárias óbvias, decorrerá num formato mais pequeno desta feita”, justificou o porta-voz da Comissão, Eric Mamer, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.

Na véspera, quinta-feira 14 de janeiro, antes de rumar a Portugal, Von der Leyen presidirá durante todo o dia a um seminário do colégio, naquela que é a primeira reunião de trabalho do ano do colégio da Comissão Europeia.

Depois da visita a Lisboa do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na passada terça-feira, 05 de dezembro, para o ‘arranque’ formal da quarta presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre deste ano, a deslocação do presidente do Eurogrupo, o irlandês Paschal Donohoe, agendada para quinta-feira, dia 07, já foi adiada devido à Covid-19, em particular face ao agravamento da situação epidemiológica na Irlanda.

Tal como sucedeu durante a presidência alemã do Conselho, no segundo semestre de 2020, e com boa parte da presidência croata no primeiro semestre do ano passado, a pandemia da Covid-19 ameaça condicionar fortemente os trabalhos da presidência portuguesa, forçando designadamente a celebração de muitas reuniões por videoconferência e limitando o número de participações naquelas que são realizadas presencialmente.

Em condições normais, as visitas do colégio da Comissão ao país que assume a presidência semestral rotativa do Conselho envolvem a totalidade dos comissários e prolongam-se por dois dias, ao longo dos quais há lugar a múltiplas reuniões bilaterais – designadamente entre o presidente do executivo comunitário e o chefe de Estado ou de Governo, e entre os comissários e os ministros responsáveis pelas mesmas pastas – e a uma sessão plenária, reunindo todos os membros da Comissão e do Governo.

Na semana seguinte a esta visita da Comissão a Lisboa em formato reduzido, terão início os Conselhos da UE sob presidência portuguesa, ainda em formato a definir, com a ‘estreia’ a cargo do ministro de Estado e das Finanças, João Leão, que dirigirá em 19 de janeiro os trabalhos do Conselho de ministros das Finanças da UE (Ecofin).

Até ao final do corrente mês haverá diversas outras reuniões ministeriais da UE: para 21 e 22 de janeiro está agendada uma reunião ministerial informal dos ministros da Educação da UE, dia 25 realizar-se-ão dois Conselhos, de Agricultura e Pescas – presididos pela ministra da Agricultura e pelo ministro do Mar -, e de Negócios Estrangeiros, e no dia seguinte haverá um Conselho de Assuntos Gerais, sob a presidência da secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

Por fim, para 28 e 29 de janeiro estão agendadas reuniões informais dos ministros da Justiça e dos Assuntos Internos, que serão presididos pelos ministros da Justiça e da Administração Interna, respetiva, também em formato ainda a determinar.

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Vista Alegre vende mais no segundo semestre, mas ano é negativo

O volume de negócios do grupo Vista Alegre cresceu 8,2% no segundo semestre de 2020, apesar do mau desempenho no Natal. Acumulado do ano revela quebra nas receitas.

O Grupo Vista Alegre fechou o ano de 2020 com uma quebra de 8,1% no volume de negócios. No entanto, as vendas cresceram 8,2% no segundo semestre do ano, para 5,1 milhões de euros, apesar do impacto das novas restrições no Natal.

“No mês de dezembro de 2020, o volume de negócios do grupo foi de 11,4 milhões de euros, uma diminuição, face ao mesmo mês de 2019, de 18,2% (-2,5 milhões de euros)”, diz a empresa em comunicado enviado à CMVM.

“O agravamento da situação pandémica e o decretar de novos estados de emergência com medidas de confinamento e restrição de horários de comércio, afetaram negativamente as vendas”, explica o grupo.

Apesar da quebra do volume de negócios em dezembro de 2020, o grupo registou crescimento de 162% nas vendas online em comparação com o mesmo período de 2019. Segundo um comunicado enviado pelo grupo este crescimento no canal online “compensou parcialmente a quebra no canal de retalho com as vendas nas lojas a decrescerem 16% face a igual período do ano anterior”.

Mesmo com um Natal mais negativo, no segundo semestre, o grupo registou “um crescimento de 5,1 milhões de euros (+8,2%) face ao período homólogo”, para 67,8 milhões de euros, “demonstrando assim uma assinalável resiliência e robustez do negócio da Vista Alegre, face ao período difícil que o mundo e a economia global atravessa”.

Contudo, “em termos acumulados” o grupo “atingiu um volume de negócios a dezembro de 110 milhões de euros, verificando uma quebra de 8,1% relativamente ao mesmo período de 2019″.

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