Aquisição de meios teletrabalho e instalação centros de cowork financiados com 17,5 milhões

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

O Governo informou que os avisos de aquisição de meios de teletrabalho e instalação de centros de cowork foram publicados, sendo financiados a 100% até ao limite de 1.000 euros por posto de trabalho.

O Governo informou esta quarta-feira que os avisos para aquisição de meios de teletrabalho e instalação de centros de cowork já foram publicados, sendo “integralmente financiados” pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) num total de 17,5 milhões de euros.

Os avisos para “a aquisição de meios que viabilizem o teletrabalho para os trabalhadores públicos cujas funções o permitam e para a instalação de centros de cowork em espaços já existentes foram publicados esta terça-feira”, declara o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública em comunicado.

É referido ainda que estas duas políticas de promoção do teletrabalho são “integralmente financiadas” pelo PRR, sendo a taxa de financiamento de “100% até ao limite máximo de 1.000 euros por posto de trabalho (não incluindo IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado])”, numa dotação total de 17,5 milhões de euros.

Em causa, realça, estão medidas de promoção do teletrabalho como modalidade “mais ágil e flexível” do desempenho do trabalho em funções públicas, tendo “um impacto positivo” na conciliação da vida pessoal e profissional, sendo que reforçam também “a atratividade do trabalho em funções públicas”.

E prossegue: “O aviso para a aquisição de meios para o teletrabalho destina-se a órgãos ou serviços da Administração Pública Central que preencham os requisitos estabelecidos, não estando abrangidos, por exemplo, os gabinetes de membros do Governo nem os serviços periféricos externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros”.

Além disso, é referido que são consideradas elegíveis as despesas com computadores portáteis, componentes (memória, mala/mochila, cabo de segurança, docking station) e periféricos (teclado, rato, ecrã externo e software) realizadas desde fevereiro de 2020.

Esclarece ainda que os destinatários deste aviso podem, a partir de esta quarta-feira, submeter a sua candidatura através de formulário eletrónico na plataforma Recuperar Portugal.

Desta forma, explica, “será possível cumprir o objetivo da Estratégia para a Inovação e Modernização da Administração Pública”, posteriormente plasmado também no Plano de Estabilização Económica e Social e no PRR, de “ter em teletrabalho 25% dos trabalhadores públicos” cujas funções sejam compatíveis com esta modalidade de trabalho.

O aviso para criar e disponibilizar centros de cowork, também publicado na terça-feira, tem como objetivo “dar mais condições” aos trabalhadores para que optem pelo teletrabalho, caso as suas funções sejam compatíveis com esta modalidade de trabalho, adianta.

A disponibilização destes espaços de forma descentralizada e distribuída pelo território nacional contribui para a “coesão territorial” e permite ainda a “diminuição da pegada de carbono”, lê-se no comunicado.

Assim, e para cumprir a meta inscrita no PRR, o objetivo é instalar pelo menos 23 espaços de cowork até 2023, privilegiando-se a sua distribuição pelo território nacional, sendo beneficiários finais as Comunidades Intermunicipais (CIM) que preencham os requisitos estabelecidos.

No entanto, não são elegíveis operações nos concelhos de Lisboa e do Porto nem nos 88 concelhos onde já existem espaços de cowork, adverte.

O Governo esclarece ainda que a taxa máxima de financiamento aplicável a cada operação é de 100%, podendo cada CIM ou Área Metropolitana apresentar no máximo três candidaturas, até ao limite de 127 mil euros (IVA não incluído) por operação ou beneficiário, sendo que este aviso tem uma dotação total de cerca de 2,9 milhões de euros.

As candidaturas são realizadas através de formulário eletrónico disponibilizado no site Recuperar Portugal, entre esta quarta-feira e 28 de março do próximo ano, as quais serão depois analisadas pela Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP).

“Com estes dois avisos hoje publicados, o Governo prossegue uma política de aquisição de meios que permitam garantir a portabilidade de postos de trabalho”, tendo em conta que as tecnologias de informação e comunicação “facilitam o trabalho à distância”, promovendo, assim, a “conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional e a fixação de postos de trabalho em regiões menos populosas”, lê-se na nota divulgada.

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Processo de reprivatização da Efacec “ainda está em curso” e não há data para conclusão, diz João Leão

O ministro das Finanças salienta que "ainda não há data definida para a conclusão" do processo que diz respeito à Efacec.

O ministro de Estado e das Finanças disse que o processo de reprivatização da Efacec, “neste momento, ainda está em curso”, sendo que “ainda não há data definida para a sua conclusão”. João Leão, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quarta-feira, não se compromete assim com a data que o Executivo tinha fixado de concluir este processo até ao final do ano.

Pedro Siza Vieira tinha prometido há meses, e repetido, que a venda estaria concluída até ao fim de 2021, mas o negócio com a DST, a única concorrente que acabou por entregar uma Best and Final Offer, exige garantias e capital público que superam os 300 milhões de euros, tal o ECO avançou e isso está a dificultar as negociações com o Governo e com o Banco Português de Fomento.

Questionado sobre uma possível data para uma decisão sobre a reprivatização da Efacec, o ministro das Finanças reiterou que não podia “adiantar mais nada porque o processo está ainda em curso e não está concluído”.

Este Conselho de Ministros ocorreu a dias do fim do ano, sendo que foi antecipado face à data habitual destas reuniões, à quinta-feira. Seria, assim, a última oportunidade para o Governo aprovar uma decisão sobre a empresa antes de terminar 2021, ficando assim quase certo o adiamento da decisão para o próximo novo, a não ser que seja convocada uma reunião por via eletrónica só para resolver este dossier, que ao arrastar-se no tempo se tem traduzido numa degradação das contas da empresa.

As contas da Efacec, como revelou o ECO em primeira mão, apresentaram uma degradação crescente em 2021 face aos números apresentados aos potenciais compradores. A dívida líquida (net/debt) atingirá os 210 milhões de euros, um valor claramente superior ao valor projetado quando o processo de reprivatização se iniciou, e que era de 104 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h55)

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Governo dá incentivos fiscais de 92 milhões a 26 projetos de investimento

Estes contratos vão permitir a criação de 1900 postos de trabalho e a manutenção de outros 9.500, acrescentou João Leão, sublinhando que se trata de projetos de "investimento produtivo.

O Conselho de Ministros aprovou um pacote de 26 contratos fiscais de investimento, que representa um investimento total de 937 milhões de euros na economia nacional, com um crédito fiscal máximo de 92 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o ministro das Finanças. Com este pacote de incentivos fiscais, Portugal fechou o ano de 2021 com um valor recorde na atração de investimento contratualizado.

Estes contratos vão permitir a criação de 1.900 postos de trabalho e a manutenção de outros 9.500, acrescentou João Leão, sublinhando que se trata de projetos de “investimento produtivo, no setor transacionável e com forte peso da indústria transformadora”. No comunicado, os dados são mais detalhados: “Criação de 1.886 novos postos de trabalho até 2027 e a manutenção dos atuais 9.442 empregos.”

“Este pacote de investimento de quase mil milhões é muito importante para o crescimento da economia portuguesa e para o reforço da sua competitividade”, sublinhou João Leão na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, acrescentado que é mais um “sinal positivo” para a recuperação económica e que leva a OCDE a considerar Portugal como o país com maior crescimento entre os 38 membros da organização.

João Leão destacou o investimento de 60 milhões de euros do IKEA, no setor dos móveis; o investimento da Ferpinta, que opera na área dos tubos de aço, de 50 milhões de euros e ainda na área dos componentes automóveis de 91 milhões. O maior projeto destes 26 é sul-coreano, feito com a empresa portuguesa A. Silva Matos, e ascende a 266 milhões de euros. É um investimento ao nível de estruturas de construção metálica em Ílhavo.

Este pacote de investimentos faz com que o valor contratualizado pela Aicep, em 2021, atinja até 31 de dezembro 2,7 mil milhões de euros, “o valor mais alto registado em toda a história da agência“, sublinhou o secretário de Estado da Internacionalização. “É um valor assinalável porque duplica o melhor ano de sempre, que tinha sido o ano de 2019”, acrescentou Eurico Brilhante Dias.

Os 124 projetos contratualizados em 2021 permitiram a criação de 7.274 postos de trabalho e a manutenção de outros 41.538 em 70 municípios do país. Em causa estão investimentos ao nível do turismo (sete projetos contratualizados este ano), indústria automóvel e de componentes, indústria do papel, mobiliários, madeira e cortiça, metalomecânica, química e outras indústrias transformadoras.

A origem dos investidores estrangeiros que optaram por apostar em Portugal é diversa: Estados Unidos, Brasil, Alemanha, França, Bélgica Suécia ou Suíça. Mas também há investimentos nipónicos e espanhóis, revelou Eurico Brilhante Dias, sublinhando que um pouco mais de 50% dos investimentos contratualizados este ano correspondem a Investimento Direto Estrangeiro.

Dado o momento em que surge, o Executivo rejeita que o anúncio destes investimentos possa ser considerado eleitoralismo. “Estamos a aproveitar a disposição do Orçamento de 2021”, explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros. “A aprovação dos incentivos fiscais ao investimento tem de ser feita no quadro da aplicação do Orçamento do Estado para 2021 e por isso foi aprovada a Resolução antes que se esgote o ano civil de 2021”, acrescentou Augusto Santos Silva.

(Notícia atualizada às 13h33 com mais informação)

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Brisa aumenta preços em 28 portagens a partir de janeiro

Nos principais percursos em longa distância, A6 Marateca-Caia e A1 Lisboa-Porto a atualização será de 20 cêntimos e na A2 Lisboa-Algarve, a atualização será de 35 cêntimos.

A Brisa anunciou que a partir de 1 de janeiro de 2022 vai entrar em vigor o novo tarifário de portagem nas autoestradas. Isto significa que “28 das 93 taxas de portagem aplicadas na classe 1 (30% do total) serão atualizadas”.

As tarifas de portagem vão registar, em 2022, uma aumento média de 1,57%. “Existem casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores”, explica a Brisa em comunicado.

Apesar da atualização, a Brisa garante que a “maioria dos percursos com mais elevada frequência de automobilistas ou com maior extensão, o impacto será diminuto”.

Nos principais percursos em longa distância, A6 Marateca-Caia e A1 Lisboa-Porto a atualização será de 20 cêntimos e na A2 Lisboa-Algarve, a atualização será de 35 cêntimos.

Fonte: BrisaBrisa

No que respeita aos principais percursos urbanos, o troço A5 Lisboa-Cascais vai custar mais 5 cêntimos, à semelhança do A4 Porto-Amarante e do da A3 Sublanço Maia- Santo Tirso. Na A3 Porto-Valença, a subida será de 25 cêntimos.

Em 2020 e 2021, os preços das portagens ficaram inalterados e a última atualização de portagens em Portugal ocorreu em 2019, com um coeficiente de 0,88%.

Brisa vai investir 65 milhões em 2022

Para além da atualização nas taxas de portagem, a Brisa prevê no próximo ano investir 65 milhões de euros na rede de autoestradas. O investimento será feito em obras de alargamento, melhorias no pavimento, construção de novas lojas Colibri, modernização de equipamentos e grandes manutenções, numa rede que conta mais de 1.100 quilómetros.

“O plano de investimento para 2022 ultrapassa em 41% e 25% os investimentos realizados nas autoestradas operadas pela Brisa Concessão Rodoviária, em 2020 e 2021, respetivamente, sendo o mais elevado dos últimos anos”, sublinha a Brisa.

Entre as principais obras está a conclusão da modernização das galerias central e sul dos túneis de Águas Santas (A4 e A3), a reformulação do nó de Ermesinde (na A4), novas lojas Colibri, nas autoestradas A1, A2 e A5, o pavimento vai sofrer melhorias na A1, A2, A3 e A6, reabilitação de viadutos, estabilizações de taludes e instalação de barreiras acústicas.

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Depósitos das famílias atingem recorde de quase 172 mil milhões

Em tempo de pandemia, as famílias continuam a deixar o dinheiro no banco. Os depósitos subiram 7,1% em novembro, para um novo máximo de 171,9 mil milhões de euros.

Nunca os portugueses confiaram tanto dinheiro aos bancos. Os depósitos dos particulares voltaram a crescer em novembro – após um período de decréscimo com a abertura da economia a incentivar o consumo – para um novo valor recorde acima dos 170 mil milhões de euros.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, os depósitos das famílias subiram 7,1% para os 171,9 mil milhões de euros no mês passado, que coincidiu com o início do pagamento do subsídio de Natal (ou 13.º mês) pelas empresas e pelo Estado.

Foi a primeira vez que a fasquia dos 170 mil milhões de euros em depósitos foi ultrapassada em Portugal, reforçando uma trajetória de crescimento do dinheiro guardado pelos portugueses nos bancos desde o início da pandemia, em março de 2020. Durante este período, os depósitos bancários cresceram 19,7 mil milhões de euros, indica o Banco de Portugal.

Entre julho e setembro, as aplicações caíram ligeiramente, perante o levantamento das medidas de restrição e, sobretudo, com o período de férias, que levaram os portugueses a gastarem mais dinheiro. Entretanto, os depósitos voltaram a crescer em outubro (+506 milhões de euros) e agora em novembro (+2.234 milhões).

Famílias confiam cada vez mais dinheiro aos bancos

Fonte: Banco de Portugal

Também os depósitos das empresas atingiram um valor máximo em novembro, registando uma subida de 14% face a outubro para os 60,1 mil milhões de euros, adianta a entidade liderada por Mário Centeno. Esta evolução acontece depois do fim das moratórias em setembro — e quando o supervisor esperava uma maior utilização do dinheiro guardado nos bancos para retomar as prestações dos créditos.

Crédito volta a desacelerar nas empresas

Segundo o Banco de Portugal, a concessão de crédito continua a crescer tanto junto das famílias como das empresas, mas mantém-se em desaceleração no segmento empresarial.

O montante total de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas cresceu 4,7%, para 76 mil milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2020. “O ritmo de crescimento destes empréstimos diminuiu pelo sétimo mês consecutivo“, sublinha o supervisor. A desaceleração é transversal às micro e às pequenas e médias empresas, enquanto os financiamentos às grandes empresas aceleraram.

“O crescimento dos empréstimos às micro e pequenas empresas não era tão baixo desde abril de 2020, mês após o qual foram disponibilizadas linhas de crédito de apoio às empresas no âmbito da pandemia”, indica o Banco de Portugal.

No que diz respeito às famílias, o montante total de empréstimos aos particulares para habitação cresceu 4,4% em relação a novembro de 2020, para 96,6 mil milhões de euros. E o crédito ao consumo está a acelerar: cresceu 2,2% relativamente a novembro de 2020, para 19,2 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h09)

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Porto estende período de testagem gratuita à Covid-19 ao mês de janeiro

A autarquia liderada por Rui Moreira vai prolongar no arranque de 2022 a disponibilização de testes gratuitos à Covid-19. Veja a localização dos 18 centros de testagem no Porto.

A Câmara Municipal do Porto decidiu alargar o período de testagem gratuita à Covid-19, inicialmente previsto até ao dia 31 de dezembro, durante o mês de janeiro, devido à elevada procura por parte da população e à deterioração do contexto epidemiológico no país.

Até ao início desta semana, os 18 locais disponibilizados pelo município, em articulação com operadores do setor, já tinham realizado 78 mil testes de antigénio para a deteção da Covid-19. A autarquia tinha anunciado a disponibilização de um total de 100 mil testes até ao final do ano, para “garantir a segurança da quadra natalícia e contribuir para a manutenção da atividade económica”.

Os testes gratuitos correspondem a um investimento de cerca de um milhão de euros, realizado na íntegra pela câmara liderada por Rui Moreira. Não há limite de número de testes por pessoa nos centros montados pela autarquia, que acrescem aos seis testes que o Governo passou a comparticipar mensalmente a cada utente, a partir do Natal.

Nos últimos três dias deste ano vão estar em funcionamento apenas 12 dos 18 centros de testagem – aqueles que são operados pelos laboratórios Germano de Sousa e Unilabs. Isto porque a POC Medical Care já esgotou os testes que lhe foram destinados pelo município portuense para este período, só retomando a atividade a 1 de janeiro.

Localização dos centros de testagem gratuitos

  • Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa: Trindade (Edifício Domus), Praça D. João, Praça de Parada Leitão; Estação de Metro do Campo 24 de Agosto, Praça de Francisco Sá Carneiro (Velásquez) e Parque da Cidade (estacionamento).
  • Unilabs: Praça de Parada Leitão, Praça dos Poveiros; Rotunda da Boavista (voltada para Av. de França), Palácio de Cristal, Praça D. João I, Estação de Campanhã.
  • POC Medical Care (a partir de 1 de janeiro): Ribeira (Rua do Infante D. Henrique 85), Clérigos (Rua das Carmelitas 162, Flores (Rua das Flores 332), Praça do Marquês de Pombal, Praça Dom Afonso V (Cristo Rei) e Unidade de Testagem Móvel.

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Imobiliário fecha 2021 nos 33 mil milhões de euros, 10% acima de 2020

Habitação deverá chegar aos 30 mil milhões de euros em transações e o imobiliário comercial aos 1,9 mil milhões. JLL antecipa que setor fique 10% acima do níveis de 2020.

A pandemia abalou muitos setores, mas a resiliência do imobiliário foi notória. Depois de ter encerrado 2020 com 28,9 mil milhões de euros transacionados, 2021 deverá terminar ainda mais forte. As estimativas da consultora JLL apontam para 33 mil milhões de euros transacionados, um valor 10% superior ao observado no ano passado. Este desempenho deve-se, sobretudo, ao mercado residencial.

Dos 33 mil milhões de euros estimados para a totalidade de 2021, a maioria vem do mercado residencial. De acordo com um comunicado da JLL, 30 mil milhões de euros (91%) são resultantes da compra de habitação. Aqui, “as vendas estimadas significam atingir um novo recorde, num montante que supera em 15% os 26,2 milhões de euros transacionados em 2020”, diz a JLL.

Os restantes 1,9 mil milhões de euros (9%) estão alocados ao imobiliário comercial, como por exemplo escritórios, retalho, hotelaria ou indústria. Aqui, contudo, o valor transacionado deverá ficar cerca de 30% abaixo dos níveis observados no ano passado. Isto deve-se, por um lado, “aos atrasos na conclusão de operações de grande dimensão” devido à pandemia e, por outro, “à escassez de produto para investimento em certos segmentos”.

“Nesta reta final do ano, apesar do contexto adverso da pandemia que já impacta o setor há quase dois anos, confirma-se que o imobiliário tem sido fundamental para a recuperação da economia“, diz Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal, citado em comunicado. “Isso é especialmente visível na habitação, onde mais do que um setor a resistir, vemos um setor com uma vitalidade acrescida e níveis de procura em máximos históricos”.

Antecipando 2022, o responsável nota que “esta aceleração da atividade na segunda metade do ano abre boas perspetivas” para o próximo ano. “O mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo de 2022, pois existe uma procura real para escritórios e para habitação, e, no que respeita ao investimento, Portugal continua a estar muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível no panorama internacional“.

Portugueses lideram, mas procura internacional está “muito ativa”

No mercado residencial, “os níveis de procura continuam a subir, dando continuidade à tendência dos últimos anos”, refere a JLL, no mesmo comunicado, estimando que os 30 mil milhões de euros representem 191.000 habitações vendidas.

Olhando para o que foi feito em 2021, no âmbito das vendas realizadas pela JLL, os compradores nacionais representaram 60% das transações, sendo que, no segmento internacional, as nacionalidades mais ativas foram os brasileiros, britânicos, norte-americanos, franceses e espanhóis.

Os preços das casas continuam a subir, mas a um ritmo mais lento, confirma a consultora imobiliária, notando uma “crescente dispersão geográfica do mercado, como resposta ao posicionamento do centro da cidade”. As pessoas procuram mais zonas com preços mais acessíveis e qualidade de oferta, de que se destacam eixos como Alcântara e Marvila, em Lisboa, e Oeiras, no contexto metropolitano.

“Tem-se notado uma crescente procura nacional que vê no imobiliário um bom refúgio, notando-se um aumento por imóveis em localizações como Oeiras, Matosinhos ou Leça. Em relação à procura estrangeira, as alterações ao programa dos vistos gold, a vigorar já a partir de janeiro de 2022, têm pressionado as vendas internacionais, diversificando o leque de nacionalidades ativas”, diz Patrícia Barão, responsável pela área de residencial da JLL.

Ainda assim, diz, “mesmo com as alterações previstas para o início do ano, a procura internacional está muito ativa“. “Portugal está no radar dos estrangeiros seja para investir, viver ou trabalhar e o contexto pandémico veio colocar o nosso país na pole position dos países europeus”, acrescenta.

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Concursos de obras públicas caem 23% até novembro e somam 3.488 milhões

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

“Em novembro, e pelo nono mês consecutivo, os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registam quebras, em termos homólogos acumulados, face a 2020”, sublinha a AICCOPN.

O montante dos concursos de obras públicas promovidos até final de novembro recuou 23% em termos homólogos, para 3.488 milhões de euros, mantendo o registo homólogo negativo há nove meses consecutivos, informou esta quarta-feira a AICCOPN.

Segundo o mais recente Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), “nos primeiros onze meses deste ano, os procedimentos que foram objeto de abertura de concurso público e respetiva publicação no Diário da República atingiram 3.488 milhões de euros, menos 23% em termos homólogos face a 2020”.

“Em novembro, e pelo nono mês consecutivo, os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registam quebras, em termos homólogos acumulados, face a 2020”, sublinha a associação.

No que se refere aos contratos de empreitadas celebrados e reportados no Portal Base nos primeiros 11 meses de 2021, no âmbito de concursos públicos, aumentaram 0,3% em termos homólogos, somando 2.476 milhões de euros.

Por sua vez, os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados em resultado de ajustes diretos e consultas prévias atingiram 550 milhões de euros até final de novembro, mais 5% do que o montante apurado em igual período do ano passado.

Globalmente, o total de contratos de empreitadas celebrados nos primeiros 11 meses de 2021 e registados no Portal Base ascendeu a 3.321 milhões de euros, o que representa um aumento de 0,3% relativamente ao período homólogo do ano passado.

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ECI, Nestlé, Teleperformance… Estas são as empresas mais diversas em 2021

O El Corte Inglés consegue destacar-se nesta matéria, pois figura em cinco das seis categorias a concurso. Ao todo foram reconhecidas 14 empresas, em seis categorias.

O El Corte Inglés (ECI), a Nestlé, a Teleperformance, a Sonae MC, a Portugália e a McDonald’s Portugal são algumas das empresas reconhecidas pela Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI), em conjunto com o Alto Comissariado para as Migrações, com o “Selo da Diversidade 2021”. Este reconhecimento é atribuído a empresas cujos valores se baseiam no respeito pela própria empresa, pelos outros, pela diversidade e pela futuro, sendo a apostar na diversidade e inclusão parte do ADN das companhias. Das 14 empresas distinguidas, entre seis categorias específicas, o ECI é a organização que recebe maior número de distinções (cinco), seguida da Nestlé (três).

“Na Nestlé procuramos assegurar que a diversidade e inclusão são parte integrante da forma como trabalhamos, o que envolve proporcionar um local e ambiente de trabalho que valoriza as diferenças de cada colaborador, e que inova na forma como dá resposta às necessidades dos nossos variados clientes e consumidores em todos as geografias onde estamos presentes. A conquista deste selo só vem confirmar que estamos no bom caminho”, afirma Maria do Rosário Vilhena, diretora de recursos humanos da Nestlé Portugal, citada em comunicado.

Maria do Rosário Vilhena, diretora de RH da Nestlé.Hugo Amaral

A companhia figura em três das seis categorias do “Selo da Diversidade”: “Cultura organizacional”, “Desenvolvimento profissional e progressão na carreira” e “Condições de trabalho e acessibilidades”.

Da primeira categoria, na qual a Nestlé se destaca pela sua política de proteção parental (“Cultura organizacional”), consta também a Teleperformance, multilingual hub que alberga quase 100 nacionalidades e 20 línguas, a Sonae MC e a Stravillia. Mas esta categoria só está completa com o Agrupamento de Escolas de Mem Martins, graças ao projeto 3B (Bem-Querer, Dizer e Merecer).

Já na categoria “Desenvolvimento profissional e progressão na carreira”, a Nestlé — com a sua E-Business Academy — aparece ao lado do ECI (com o programa “Estudar+: Não deixar ninguém para trás”), da Renault Cacia (que tem um protocolo de colaboração com a Escola Profissional de Aveiro), e da Natixis in Portugal (com a comunidade de colaboradores “WINN Portugal”).

A última menção à Nestlé aparece na categoria “Condições de trabalho e acessibilidade”, na qual também é distinguido, uma vez mais, o ECI, com o seu projeto “SIS@C: Capacitar e contratar pessoas com deficiência motora”. E ainda atribuído o “Selo da diversidade” nesta categoria à Fundação AFID Diferença, com o projeto “Cuidar de Quem Cuida”.

El Corte Inglés é a empresa que recebe mais distinções

Se a Nestlé surge em três das seis categorias a concurso, o ECI consegue figurar em cinco. Além de serem reconhecidas as suas práticas em matéria de desenvolvimento profissional e condições de trabalho, a cadeia de retalho espanhola destaca-se pelo “Compromisso da gestão de topo e dos outros níveis hierárquicos”, área na qual desenvolveu, por exemplo, o “Wellcome Back”. Mas há mais companhias a merecerem este prémio.

É o caso da Fundação AFID Diferença, que mostram grande diversidade na gestão, e da Gebalis, devido à integração contínua da política de responsabilidade social na governança empresa, justifica a APPDI no documento que dá conta dos vencedores.

No que toca ao “Recrutamento, seleção e práticas de gestão de pessoas”, ECI, Câmara Municipal de Lisboa, Portugália e McDonald’s Portugal são as empresas distinguidas. Todas demonstraram possuir práticas de empregabilidade inclusiva. O El Corte Inglés com integração socioprofissional de imigrantes e a McDonald’s Portugal com a contratação de pessoas surdas.

Finalmente, em matéria de “Comunicação da Carta e dos seus princípios”, o projeto “Responsavelmente”, do ECI, e o “Speak”, da Share Your World (SYW), são os programas que fazem destas duas entidades merecedoras de figurar nesta categoria.

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Volume de negócios no comércio a retalho dispara quase 10% em novembro

Em novembro, o índice de volume de negócios no comércio a retalho apresentou uma variação homóloga de 9,9%, indica o INE.

Novembro ficou marcado pela aceleração das vendas no comércio a retalho. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o volume de negócios aumentou, em termos homólogos, 9,9%, uma variação 6,6 pontos percentuais (p.p.) superior à verificada no mês anterior. Também o emprego, as remunerações e as horas trabalhadas cresceram, no 11.º mês do ano.

“O índice de volume de negócios no comércio a retalho apresentou uma variação homóloga de 9,9% em novembro, taxa superior em 6,6 p.p. à observada no mês anterior. A evolução do índice agregado foi determinada principalmente pelo agrupamento dos produtos não alimentares, que passou de uma variação de 4,4% em outubro para 14% no mês em análise”, salienta o INE.

Na nota divulgada esta quarta-feira, detalha-se que o agrupamento dos têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro esteve em destaque, na medida verificou uma aceleração de cerca de 30 pontos percentuais. Já o volume de negócios dos produtos alimentares cresceu 4,9%, mais 2,9 pontos percentuais do que no mês anterior.

Por outro lado, em cadeia, o índice de volume de negócios no comércio a retalho subiu 2,8%, variação 0,5 p.p. superior à registada no mês anterior. “Os agrupamentos de produtos alimentares e produtos não alimentares passaram de variações de, respetivamente, 3,3% e 1,4% em outubro, para 0,2% e 4,9% em novembro“, indica o INE.

Quanto ao índice de emprego no comércio a retalho, verificou-se uma subida, em termos homólogos, de 2,3%, o que é sinónimo de uma aceleração, uma vez que em outubro tinha aumentado 2%.

Já quanto ao índice de remunerações, há a notar uma variação homóloga de 4,8% (inferior à verificada no mês precedente).

E no que diz respeito às horas trabalhadas, registou-se uma variação de 4,9% face ao mesmo mês de 2020. Isto quando em outubro a variação tinha sido de 1,8%.

O INE acrescenta que “a taxa de variação mensal dos índices de emprego, remunerações e de horas trabalhadas situou-se em 2,2%, 47,6% e 1,8%, respetivamente”.

Convém lembrar que é novembro que acontece a black friday, um dia marcado por descontos que tendem a animar o comércio. Este ano, depois de vários períodos de confinamento e restrições, os comerciantes mostravam otimismo moderado em relação ao impacto dessa ocasião nas vendas.

(Notícia atualizada às 11h35)

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Com “cancelamentos em catadupa”, hotéis tentam salvar fim de ano

  • Lusa e ECO
  • 29 Dezembro 2021

Situação pandémica tem provocado "cancelamentos em catadupa" na hotelaria nas cidades. Mas setor continua a trabalhar nos programas de passagem de ano.

A situação pandémica, aliada ao aumento de casos de infeção por covid-19, tem provocado “cancelamentos em catadupa” na hotelaria nas cidades, com Lisboa e Porto a registarem “baixíssimas taxas de ocupação”, adiantou a vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Apesar disso, cadeias hoteleiras continuam a trabalhar nos programas de passagem de ano.

Em declarações à Lusa, Cristina Siza Vieira diz que tem havido “cancelamentos nas cidades em catadupa”, sendo que “Lisboa e Porto contam com baixíssimas taxas de ocupação, foram cancelados primeiro os almoços corporativos, ceias e jantares, até porque realmente há muita gente já com covid-19. Com o temor da disseminação agora na passagem de ano, houve reservas que não se concretizaram e outras foram canceladas”, indicou.

Na Madeira, temos boas notícias, fora dos centros urbanos há boas ocupações. Mas no Porto, Lisboa e Algarve foram cancelamentos em catadupa. Havia alguma tradição de se fazerem refeições [no Natal] em hotéis e festas das empresas. Foi tudo cancelado”, salientou. “Isto foi um balde de água fria, não só as medidas, mas esta evolução da pandemia”, depois de “um verão em que já se conseguia ver um bocadinho de luz ao fundo do túnel”.

“Até setembro já sabemos que melhoramos imenso em hóspedes e dormidas, estávamos com uma queda de 50% face a 2019 [antes da pandemia], mas não era aquela hecatombe de 2020, em que tínhamos estado quase com 80% menos”, destacou Cristina Siza Vieira.

“As expectativas eram boas”, referiu, destacando que se estimava que “com este ritmo de vacinação e com o que se estava a antever de reservas, não só o final do verão, mas também outubro novembro fossem razoáveis. A passagem de ano e as festas de Natal das famílias e empresas estavam a bom ritmo”, sublinhou, mas a evolução da pandemia veio complicar os planos do setor.

Tendo em conta as mais de 17 mil infeções reportadas na terça-feira, Cristina Siza Vieira admite que o cenário “ainda está muito volátil” e que “podem cair estas ocupações a pique”. Além disso, a AHP estima que “um quarto da hotelaria continua encerrada”.

Acerca das medidas impostas para o setor, nomeadamente a obrigatoriedade de um teste, a vice presidente da AHP referiu que “o que se conseguiu foi aceitar no acesso aos empreendimentos turísticos até 2 de janeiro e no réveillon um autoteste no local sob supervisão de um profissional do empreendimento turístico”, sendo que isso leva os hoteleiros “a acreditar que ainda poderá efetivamente encontrar-se aqui espaço para que as pessoas possam aceder ao réveillon dos hotéis nestes dias”.

“As circunstâncias são melhores do que no ano passado, em que havia restrições de horário, as pessoas tinham de comer no quarto”, e por isso “ainda há alguma expectativa de que possamos ter alguma ocupação razoável neste período”, referiu.

“Alguns grupos [hoteleiros] dizem que têm uma média de ocupação nessa noite de 80%, ou seja, muito razoável. De facto, a expectativa é de que alguma coisa se possa remediar”, salientou, referindo, no entanto, que em outras cadeias, como no Algarve, “a ocupação poderá ficar pelos 50%”.

“Quando falamos de uma distribuição estatística desta ocupação, vamos ter um final de ano com uma quebra muito significativa e, infelizmente, até pelo que se está a verificar na Europa, as nossas perspetivas para o primeiro trimestre de 2022 são baixíssimas ou inexistentes”, lamentou.

Segundo a responsável, quando se distribuírem “as quedas deste período por todo o ano” não se pode “falar em retoma”. “Só podemos considerar que estamos no início da retoma quando estivermos a 50% das taxas de ocupação de 2019. Parece-nos que, de facto, 2021, não obstante os fogachos de verão no final do ano, ainda não foi o ano da retoma e temos um atraso para 2022”, afirmou.

Ainda assim, de acordo com a responsável, “isto prova que assim que se levantam as restrições e controla a pandemia as pessoas voltam a viajar ainda com mais força e a nossa expectativa é que o segundo semestre de 2022 já seja francamente bom, o que significa que temos de ter os apoios às empresas ativos para sobreviver a esta travessia no deserto”, rematou.

Hotéis trabalham para salvar fim de ano

As cadeias hoteleiras admitem que o aumento das restrições e a situação pandémica originaram cancelamentos, mas continuam a trabalhar nos programas de passagem de ano. Os grupos Vila Galé, Minor Hotels, Pestana e Savoy Signature deram conta da evolução do negócio, tendo em conta a situação atual de restrições devido à pandemia.

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, referiu que, a nível nacional, “20 hotéis do grupo Vila Galé terão festa de réveillon, sendo que destas a maioria está já esgotada”. De acordo com o mesmo responsável, “por agora, subsistem ainda alguns lugares disponíveis nos hotéis Vila Galé Tavira, Ampalius (Vilamoura), Cerro Alagoa (Albufeira), Clube de Campo (Beja), Évora, Collection Elvas, Ópera (Lisboa) e Coimbra”.

“O público é sobretudo nacional e não temos registado cancelamentos relevantes atribuíveis ao anúncio das novas medidas, sendo certo que os eventos previstos se realizarão respeitando todas as regras em vigor”, afirmou. Gonçalo Rebelo de Almeida disse ainda que, “a manter-se assim, e embora a ocupação ainda não esteja ao nível da registada em 2019, está acima da de 2020”.

No caso da Minor Hotels, que detém marcas como a Tivoli e Anantara, no Algarve houve já alguns cancelamentos, mas também “novas reservas”, segundo Jorge Beldade, diretor regional de Operações naquela zona do país.

“Depois do anúncio do Governo tivemos cancelamentos e algumas novas reservas. Estamos neste momento com uma estabilização, pelo que a expectativa é de termos uma ocupação na ordem dos 60% e de réveillon na ordem dos 70%”, revelou. Tendo em conta que em 2020 alguns hotéis estiveram encerrados, “em relação aos que estavam abertos há uma redução de cerca de 10%” e “em relação a 2019 a quebra é de cerca de 30%”.

“É um facto que as nossas expectativas para o fim do ano eram muito boas antes do anúncio das novas medidas e com uma comunicação que privilegiou o número de infetados, registámos um elevado número de cancelamentos”, rematou.

Já o grupo Pestana, “ainda apresenta disponibilidade em várias regiões do país para um fim de ano em segurança, de acordo com as regras e protocolos de higiene e segurança”, adiantou fonte oficial.

“As unidades do grupo – Pestana Hotels & Resorts, Pestana Collection Hotels, Pestana CR7 Lifestyle Hotels e Pousadas de Portugal – estão a funcionar nesta época festiva, tendo preparado tarifas e pacotes específicos para celebrar o fim do ano a dois, em família ou com amigos”, referiu a cadeia, indicando que, “face à evolução das restrições, têm sido registados cancelamentos e desistências”.

Por sua vez, Bruno Freitas, presidente executivo (CEO) do Savoy Signature, grupo que detém seis unidades na Madeira, indicou que houve, no caso desta cadeia, “um ligeiro abrandamento da procura e alguns cancelamentos, mas desde o anúncio da variante Ómicron e não apenas agora, e neste momento, em termos gerais” prevê “uma taxa de ocupação de 90% para os últimos dias de dezembro”.

O mesmo responsável ressalvou que “a Madeira aplica as medidas conforme o evoluir da situação regional, mas efetivamente as regras em vigor foram tomadas para assegurar o pleno funcionamento da atividade turística”.

“No nosso caso, as medidas anunciadas pelo Governo Regional não tiveram impacto significativo nas reservas. Relativamente ao facto de a testagem semanal para acesso a espaços ser necessária, oferecemos a possibilidade de fazer o teste antigénio à chegada ao aeroporto”, destacou, salientando que “os turistas já chegam, na sua grande maioria, vacinados e a aplicação das restantes medidas é algo que é bem aceite e aplicado pelos residentes”.

Por outro lado, em comparação com a 2019, o grupo prevê “um aumento de 10% na ocupação nas unidades”, sendo que, “em relação a 2020, o aumento da ocupação nos hotéis da Savoy Signature em 2021 deverá rondar os 20%”. “Estamos moderadamente confiantes que teremos bons resultados e destacamos o facto dos últimos meses terem sido muito positivos no que diz respeito a taxas de ocupação que se revelaram, a partir do verão, muito superiores aos valores de 2019”, sublinhou o CEO.

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EDP Renováveis inicia operação de dois novos parques eólicos em Itália

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2021

O início de operação dos parques eólicos Monte Mattina e Sant'Alessandro, em Itália, vão produzir energia suficiente para abastecer mais de 58.000 casas.

A EDP Renováveis anunciou esta quarta-feira o início de operação de dois novos parques eólicos de 70 MW (Megawatt) em Itália, elevando para 385 MW a capacidade instalada da empresa naquele país.

Em comunicado, a empresa do grupo EDP refere que os parques eólicos Monte Mattina, de 25 MW, e Sant’Alessandro, de 45 MW, “vão permitir a redução de aproximadamente 86.000 toneladas de emissões de CO2 [dióxido de carbono] por ano e produzir energia suficiente para abastecer mais de 58.000 casas”.

Composto por sete turbinas eólicas de 3,6 MW cada, o parque eólico Monte Mattina está situado na região da Campânia, onde a EDPR já contava com uma capacidade instalada de 35 MW, passando agora a atingir 60 MW.

Já o parque eólico Sant’Alessandro conta com 13 turbinas eólicas de 3,45 MW cada e fica situado na região da Basilicata, onde a empresa eleva de 171 MW para 226 MW a capacidade instalada.

A entrada em operação destes dois projetos aumenta a capacidade operacional da EDPR em Itália para um total de 385 MW, dos quais cerca de 100 MW foram ligados à rede este ano.

“A entrada em funcionamento destes dois parques eólicos reafirma a nossa aposta no mercado italiano e contribui para continuar a consolidar a nossa carteira no país”, afirma o presidente executivo (CEO) da EDP e da EDP Renováveis, citado no comunicado.

“Estamos empenhados em ser um interveniente fulcral na promoção da energia verde neste mercado, que deverá crescer significativamente na próxima década”, acrescenta Miguel Stilwell d’Andrade.

Segundo a EDPR, quarto maior produtor mundial de energias renováveis, “estes projetos estão alinhados com o compromisso da empresa com a transição energética e a intenção de investir cerca de 19.000 milhões de euros, no âmbito do seu plano estratégico, para implementar perto de 20 GW [Gigawatt] de energias renováveis até 2025”.

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