EDP fecha dois contratos de energia renovável em Espanha e Itália

Em causa estão sete projetos de energia solar e eólica, incluindo projetos híbridos, com uma capacidade instalada total de 187 MW. Deverão arrancar em 2022 e 2023.

A EDP Renováveis fechou dois contratos de longo prazo em leilões de energia renovável em Espanha e Itália. Em causa estão sete projetos de energia solar e eólica, incluindo projetos híbridos, com uma capacidade instalada total de 187 MW.

No leilão de Espanha, a energética assegurou um portefólio de seis projetos de energia eólica e solar, incluindo projetos híbridos, que deverão arrancar em 2022 e 2023. Os projetos têm uma capacidade instalada total de 143 MW.

“Estes contratos de longo prazo reforçam a presença da EDP na energia eólica e solar em Espanha, com 2,3 GW em operação e cerca de 0,4 GW já assegurados no país para os próximos anos”, diz a EDP, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Por sua vez, no leilão em Itália, a EDP Renováveis angariou um projeto eólico de 44 MW com início estimado em 2022. “Em Itália, a EDP tem 271 MW em operação e mais de 0,2 GW assegurados para os próximos anos”, lê-se.

Atualmente, a energética tem assegurados 6,7 GW de projetos em todo o mundo, com entrada em operação esperada a partir de 2021. “O sucesso da EDP em assegurar novos contratos de longo prazo reforça o seu perfil de baixo-risco e a sua estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo prazo”, escreve a empresa, no comunicado.

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Empreendedores lançam “páginas amarelas” para negócios sustentáveis

Chama-se Peggada e é um guia online que contém desde lojas de roupa em segunda mão a workshops de detergentes ecológicos, em Lisboa. Promete ajudar aqueles que querem ter uma vida mais sustentável.

Foi um dos projetos finalistas do programa Women4Climate da Startup Lisboa e da Câmara Municipal de Lisboa, que juntou projetos de mulheres empreendedoras na área da sustentabilidade. Chama-se Peggada, ambiciona ser um guia online para uma vida mais sustentável e foi lançado por três jovens empreendedores: Marta Cerqueira, jornalista e uma ativista ambiental; Lígia Gomes, gestora de comunicação; e Hugo Nogueira, gestor de redes sociais.

Em comunicado, a marca explica que nasceu para facilitar a vida de todos aqueles que querem adotar um consumo mais sustentável, começando a tomar decisões mais conscientes nas diversas áreas do dia-a-dia. Na prática, trata-se de uma espécie de “páginas amarelas” para negócios sustentáveis.

Basta entrar no site e indicar o que procura: lojas a granel, hotéis, lojas ecológicas, lojas de roupa em segunda mão, restaurantes com preocupações ecológicas, workshops de detergentes ecológicos e outros eventos de sustentabilidade a decorrer em Lisboa.

“Por agora direcionamos o foco para Lisboa mas, em breve, prometemos chegar a todos os que querem mudar de hábitos, seja no Porto ou em Faro”, explica a marca em comunicado.

Negócios que se podem procurar e encontrar no site Pegada

  • Lojas a granel que combatem o desperdício alimentar e os plásticos
  • Lojas de roupa em segunda mão
  • Lojas ecológicas
  • Hotéis com o selo We Care e We Share, preocupados com a gestão dos resíduos, energia e água
  • Restaurantes que evitam o desperdício através de projetos como a Refood ou a Too Good Too Go e que compram produtos locais

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Maioria dos centros de serviços partilhados em Portugal quer contratar em 2021

O estudo da Mercer revela que 56% das empresas do setor dos serviços partilhados pretende aumentar equipas, 33% quer manter o número de trabalhadores e 11% tenciona reduzir postos de trabalho.

Apesar de não ser o valor que foi perspetivado em 2020, mais de metade das empresas que atua no setor dos centros de serviços partilhados em Portugal mantém a intenção de aumentar o número de colaboradores ao longo deste ano. No ano passado esperava-se que 80% das empresas nesta área contratasse mais profissionais para fazer crescer as suas equipas, mas a percentagem é, agora, de 56%, revela o estudo “Total Compensation”, realizado pela Mercer.

Por outro lado, se no ano passado a intenção de reduzir postos de trabalho era nula, em 2021, 11% das empresas manifesta essa intenção. Neste sentido, a intenção de estabilizar, mantendo o mesmo número de colaboradores, acabou por crescer de 2020 para 2021. Segundo os resultados apurados, 33% das empresas pretende manter o número de colaboradores no próximo ano, contra os 20% apurados para 2020.

Já no que diz respeito às expectativas de remuneração, a tendência observada na amostra revela que a maioria das empresas (79%) pratica a revisão salarial uma vez por ano e é esperado que “27% das empresas deste setor procedam ao congelamento de salários em 2021”. Resultados individuais, grelha salarial e posicionamento competitivo versus mercado são os fatores que mais condicionam os incrementos salariais neste setor. Já fatores como antiguidade e nível funcional são os que menos influenciam.

Equipas de jovens licenciados e com diversidade de género

Fazendo um breve retrato das equipas que fazem parte das empresas do setor dos centros de serviços partilhados em Portugal, cabe destacar que a maioria pertence a uma franja etária mais jovem. Apenas 4% dos colaboradores tem mais de 51 anos, 58% tem até 35 anos e 38% situa-se na faixa etária dos 36 aos 50 anos.

Mas, se ao nível etário não há muita diversidade, no que toca a diversidade de género, as equipas estão bastante equilibradas, com uma distribuição de 50/50 para ambos os géneros, avança o relatório da Mercer. Já no que diz respeito ao nível académico dos colaboradores, observa-se que a larga maioria (78%) tem, pelo menos, a licenciatura.

O estudo “Total Compensation” foi desenvolvido com o objetivo de analisar as principais tendências no mercado português relativamente a políticas de compensação nos business service centers, “um segmento atualmente em franco crescimento no nosso país”, lê-se no comunicado. Marta Dias Gonçalves, surveys leader da Mercer, considera mesmo que Portugal está na mira das grandes empresas para o estabelecimento destes centros.

“Uma prova disso é o extraordinário crescimento que os mesmos têm tido no nosso país, sobretudo com foco em áreas como os serviços financeiros, as tecnologias de informação ou o serviço ao cliente. Por este motivo, mesmo em tempos de pandemia, este foi um setor que manteve dinâmico, procurando atrair e reter o melhor talento. As empresas procuraram manter-se competitivas e demonstraram a necessidade de conhecer as práticas de mercado ao nível da compensação e benefícios”, remata.

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Francesa Sanofi vai enfrascar vacinas das concorrentes Pfizer e BioNTech

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

Sem ter ainda uma vacina própria, o laboratório vai ajudar a embalar mais de 100 milhões de doses da rival norte-americana, destinadas à União Europeia.

A Sanofi vai enfrascar e acondicionar as vacinas contra a Covid-19 dos seus concorrentes Pfizer e BioNTech, anunciou o diretor-geral da farmacêutica francesa, Paul Hudson.

Sem ter ainda uma vacina própria, o laboratório vai ajudar a embalar mais de 100 milhões de doses da rival norte-americana, destinadas à União Europeia, após o Governo francês lhe ter pedido, várias vezes, para disponibilizar as suas linhas de produção aos concorrentes.

Numa entrevista ao jornal Le Figaro, Paul Hudson explicou que a Sanofi vai utilizar a sua fábrica na Alemanha, em Frankfurt, para embalar a vacina que lhe será fornecida pela Pfizer e BioNTech a partir de julho. “Estando este local de produção localizado perto da sede da BioNTech [em Mainz], isso vai facilitar o processo”, defendeu o CEO do grupo francês.

O acordo é alcançado num momento em que vários laboratórios estão em dificuldades para manter as cadências de produção elevadas de forma a respeitar os contratos de distribuição que assinaram.

O grupo americano Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech foram os primeiros a advertir, este mês, que não conseguiriam cumprir a calendarização inicialmente acordada com a União Europeia, antes de dizer que podiam limitar a uma semana o atraso nas entregas.

Na semana passada, foi a vez da britânica AstraZeneca, cuja vacina ainda não foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), indicar que as suas entregas seriam inferiores ao previsto no primeiro trimestre, causando a indignação da União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, pressionou os fabricantes ao dizer que devem “honrar as suas obrigações”. “A Europa investiu milhares de milhão [de euros] para desenvolver as primeiras vacinas e criar um verdadeiro bem comum a nível mundial. Agora é a vez de as empresas cumprirem as suas promessas”, defendeu a presidente da CE.

Em resposta, o diretor-geral da AstraZeneca, Pascal Soriot, garantiu ao Le Figaro que o seu grupo “com certeza não tira vacinas aos europeus para vendê-las com lucro noutros locais”, mas falou em preocupações relacionadas com a produção que têm de ser resolvidas.

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“Férias fiscais” vão ser aprovadas no Parlamento

  • ECO
  • 27 Janeiro 2021

Proposta conjunta do PS, PSD, CDS e PCP visa garantir que as obrigações fiscais a serem cumpridas durante o mês de agosto possam ser feitas até final do mês.

O Parlamento prepara-se para aprovar, esta quarta-feira, uma medida que determina que as obrigações fiscais a serem cumpridas durante o mês de agosto poderão passar a ser feitas até ao último dia desse mesmo mês, independentemente de ser, ou não, um dia útil, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Esta é uma medida que resulta de uma proposta conjunta de quatro partidos com representação parlamentar (PS, PSD, CDS e PCP). Quem dela beneficiar não terá qualquer tipo de penalizações. Nas palavras da bastonária da Ordem dos Contabilistas (OCC), Paula Franco, está assim em causa a “criação de umas férias fiscais”.

Desta forma, os prazos fiscais que existam durante agosto poderão passar para o mês seguinte, com o objetivo de evitar situações de incumprimento, por motivo de eventuais férias dos contabilistas ou até mesmo dos próprios contribuintes.

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Lisboa perde 3% em dia de incerteza na Europa

Lisboa segue em terreno vermelho, com a maioria das cotadas em queda. Destaque para o setor energético, com EDP Renováveis a cair quase 7%.

A bolsa de Lisboa está a cotar com fortes quedas, com quase todas as cotadas no vermelho. A contribuir para este desempenho estão os pesos pesados nacionais, sobretudo as ações do setor energético. Lisboa acompanha, assim, a tendência de incerteza que se vive no resto da Europa.

Aquela que começou por ser uma descida de 0,5% acabou por se tornar uma perda de quase 3%. O PSI-20 está, assim, a perder 2,63% para 4.760,21 pontos, naquela que é a sexta sessão consecutiva de perdas.

Entre as 18 cotadas nacionais, apenas três estão a cotar no verde. A Ramada sobe 1,71% para 4,76 euros, representando a maior subida desta sessão, acompanhada pela Novabase e pela REN. Navigator e Nos já estiveram desde lado, mas acabaram por não resistir e saltar para as perdas.

A pesar no desempenho do índice estão todos os pesos pesados da bolsa, em especial os que pertencem ao setor da energia. A EDP segue a cair 5,35% para 4,937 euros, enquanto a EDP Renováveis está a afundar 6,64% para 21,8 euros, tendo chegado mesmo a cair 9% para cotar nos 21,25 euros.

Ainda no setor energético, a Galp Energia também não escapa às perdas. A petrolífera está a perder 0,81% para 8,55 euros, numa altura em que o preço do barril de petróleo está a valorizar nos mercados internacionais. O Brent está a cotar à volta dos 56 dólares, enquanto o WTI vale cerca de 53 dólares.

Destaque ainda para as ações do BCP, que recuam 1,65% para 0,1334 euros, e para as da Jerónimo Martins que perdem 1,21% para 13,855 euros.

Naquela que é a terceira sessão da semana, Lisboa está a acompanhar o cenário de incertezas que se vive no resto da Europa, numa altura em que os investidores aguardam pelo fim da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que termina esta quarta-feira. O índice de referência europeu, Stoxx 600, segue a perder 0,16% para 407,06 pontos.

(Notícia atualizada às 11h45 com novas cotações)

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“Juntar PSD e Chega é naufrágio anunciado”, diz Marques Mendes

  • ECO
  • 27 Janeiro 2021

O analista político considera que "o Governo está sem força, sem autoridade e sem norte" e que as presidenciais "abriram um novo ciclo político", que não deverá trazer uma nova esperança para o país.

Luís Marques Mendes afirma que “juntar PSD e Chega” será um “naufrágio anunciado”, alertando para o “risco de ingovernabilidade”. Num artigo publicado no Diário de Notícias (acesso pago), o analista político nota que o novo ciclo político é um “desafio” e um “impasse”.

“As eleições presidenciais abriram um novo ciclo político”, começa por escrever, referindo que, normalmente, “um novo ciclo gera, em regra, uma nova esperança”, mas que desta vez deverá ser diferente. “Temo que, a somar à pandemia e à crise económica e social, possamos cair na tempestade perfeita”, para além do “risco da ingovernabilidade política”, acrescenta. “O Governo está sem força, sem autoridade e sem norte”, afirma.

Marques Mendes alerta que “ou há uma maioria estável e coerente e consegue-se um Governo forte, ou não há e os governos são fracos”, sublinhando que um “Governo forte, à esquerda ou à direita, é cada vez mais uma miragem”. Assim, referindo-se a uma possível união entre o PSD e o Chega, o analista político nota que juntar os dois partidos “numa qualquer plataforma governativa é, no plano da coerência, naufrágio anunciado” e que, “em modo de desespero”, o país verá “muito boa gente a invocar soluções miríficas ou ideias sebastiânicas (…) que simplesmente não existem”.

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Apoios ao emprego em zonas rurais devem quadruplicar

  • ECO
  • 27 Janeiro 2021

As candidaturas para a medida +CO3SO Emprego foram essencialmente direcionadas para as áreas da transição digital, turismo, alojamento, animação, restauração e indústria.

No verão passado, foi lançada a medida +CO3SO Emprego, com o objetivo de incentivar à criação de emprego em áreas rurais e que envolvia um montante inicial de 60 milhões de euros para apoiar cerca de 2.400 projetos com essa finalidade. No entanto, o valor estimado inicialmente não será suficiente para dar resposta às solicitações existentes, tendo este de chegar aos 240 milhões de euros, avança o Público (acesso condicionado).

A estimativa foi feita pela presidente da Federação A Minha Terra (FMT), Ana Paula Xavier, relativamente a um projeto que prevê a criação de 4.700 novos postos de trabalho em territórios rurais, através do fornecimento de uma verba a fundo perdido, com valor máximo de 1.900 euros mensais, por cada emprego criado nestas regiões.

“A procura excedeu todas as expectativas e obrigou a um esforço complementar”, salientou Ana Paula Xavier, que esclarece ainda que as candidaturas que surgiram no âmbito da medida +CO3SO Emprego foram essencialmente direcionadas para as áreas da transição digital, turismo, alojamento, animação, restauração e indústria.

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Hoje nas notícias: Férias fiscais, interior e CDS

  • ECO
  • 27 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O dia começa com uma notícia relacionada com a pandemia, que dá conta que quatro centenas de vítimas de Covid morreram em casa, um número que preocupa os especialistas. Na economia, destaque para a capacidade que o interior do país tem tido para contrariar a crise, devido à procura elevada de apoios para criar emprego. Na política, Marques Mendes alerta para os riscos de PSD se juntar ao Chega.

Parlamento aprova “férias fiscais” em agosto

O Parlamento deverá aprovar esta quarta-feira a criação de “férias fiscais”, tal como já existem para os tribunais. Em causa está uma proposta conjunta do PS, PSD, CDS e PCP que prevê que os prazos fiscais que terminem durante o mês de agosto vão passar a poder ser cumpridos até ao último dia de agosto, seja ou não dia útil e sem quaisquer acréscimos ou penalidades. Proposta prevê ainda a suspensão em agosto dos prazos do procedimento da inspeção tributária. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Apoios ao emprego em zonas rurais deve quadruplicar

No âmbito da medida +CO3SO Emprego, lançada no verão com um montante inicial de 60 milhões de euros, os apoios à criação de emprego em regiões rurais deverão alcançar os 240 milhões. A estimativa foi feita por Ana Paula Xavier, presidente da Federação A Minha Terra (FMT), que esclarece que esse é o montante verdadeiramente necessário para acolher as cerca de 2.400 candidaturas já existentes a esse propósito, para a criação de 4.700 postos de emprego, nas áreas do turismo, alojamento, restauração, indústria e tecnologia. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Adolfo Mesquita Nunes pede eleições internas no CDS

O antigo vice-presidente do CDS desafia Francisco Rodrigues dos Santos a reunir os órgãos do partido que lidera para a realização de novas eleições internas assim que possível. Adolfo Mesquita Nunes entende que o CDS tem a sua sobrevivência em risco, não acreditando que as figuras que estão agora à frente do partido tenham a capacidade de reverter a situação. Relembre-se que Mesquita Nunes tem vindo a ser recorrentemente apontado como uma eventual alternativa à liderança do CDS.Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

“Juntar PSD e Chega é naufrágio anunciado”, diz Marques Mendes

O analista político Luís Marques Mendes considera que “juntar PSD e Chega numa qualquer plataforma governativa é, no plano da coerência, naufrágio anunciado”, alertando, ao mesmo tempo, para o “risco de ingovernabilidade”. Marques Mendes nota que um “Governo forte, à esquerda ou à direita, é cada vez mais uma miragem” e que, “em modo de desespero”, o país ainda vai ver “muito boa gente a invocar soluções miríficas ou ideias sebastiânicas”. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Quatro centenas de vítimas de Covid morreram em casa

Cerca de quatro centenas de pessoas infetadas com coronavírus morreram em casa, com os especialistas a afirmarem que o número de pessoas a falecerem fora de contexto clínico é elevado e tem de ser estudado. Os hospitais e as estruturas para idosos absorvem a restante mortalidade provocada pela doença. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

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CEO da BlackRock diz que empresas sem plano climático vão ser penalizadas pelos acionistas

Fundador e atual líder da maior gestora de ativos do mundo considera que a pandemia mostra a urgência de reconhecer as alterações climáticas como risco existencial.

A transição para uma economia neutra em carbono é uma oportunidade de investimento e as empresas que não alinharem serão penalizadas pelos acionistas. O aviso é feito pelo maior acionista de todos, o fundador e CEO da BlackRock Larry Fink, na sua carta anual a clientes e gestores do grupo.

“Não há nenhuma empresa cujo modelo de negócio não seja profundamente afetado pela transição para uma economia neutra — que não emite mais dióxido de carbono do que aquele que retira da atmosfera — até 2050, o limite cientificamente estabelecido para manter o aquecimento global abaixo de 2ºC”, escreve Fink, que volta assim a colocar o clima no topo das prioridades da gestora de ativos.

Há um ano, o histórico líder anunciou que a BlackRock ia apostar tudo no ambiente e desinvestir em setores com maior risco ao nível da sustentabilidade. Depois de ter mudado o posicionamento, a maior gestora de ativos do mundo (responsável pela gestão de 7,8 biliões de dólares em ativos) completou em 2020 o objetivo de 100% dos portefólios de gestão ativa com critérios ESG (ambientais, sociais e de governo de sociedades) integrados. Lançou também um novo recurso de análise de dados Aladdin Climate e uma centena de fundos sustentáveis.

Mas o ano que passou ficou marcado pela Covid-19, que Larry Fink considera que confirma a urgência da sociedade em reconhecer as alterações climáticas como ameaça existencial. 2020 foi um ano histórico em termos de compromissos de empresas, governos e investidores para com uma economia neutra em carbono. Fink considera que quem não embarcar nesta linha irá ser penalizado tanto no negócio como no valor da empresa.

“À medida que a transição acelera, as empresas com estratégias de longo prazo bem articuladas e um claro plano para abordar a transição irão distinguir-se com os seus stakeholders — clientes, decisores políticos, funcionários e acionistas — ao inspirarem confiança de que irão navegar esta transformação global. Mas as empresas que não se preparem rapidamente irão sofrer nos seus negócios e nas suas avaliações já que estes mesmos stakeholders perderão confiança que essas empresas podem adaptar os modelos de negócio às dramáticas mudanças que estão a chegar”, avisa.

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Máscaras sociais, cirúrgicas e FFP2. Quais as diferenças?

Alguns países europeus tornaram obrigatório o uso máscaras FFP1 ou FFP2 em locais públicos. Mas que tipo de máscara é este? E quais as diferenças entre os vários tipos de máscara?

Nos últimos dias, alguns países europeus generalizaram o uso de máscaras mais eficientes, tornando obrigatório o uso máscaras FFP1 ou FFP2 em locais públicos e proibindo o uso de máscaras comunitárias. Esta mudança de estratégia acontece numa altura em que a propagação da nova variante britânica do Sars-Cov-2, mais contagiosa do que a original, ganha terreno no Velho Continente e, por isso, os países europeus pretendem travar a sua incidência.

A utilização de máscara é vista como sendo cada vez mais necessárias, nomeadamente não só para proteção do próprio mas também dos que o rodeiam. O último estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, citado pelo Diário de Notícias (acesso livre), revela que, no Natal e no Ano Novo, os portugueses não só desconfinaram como utilizaram menos a máscara, o que poderá ajudar também a explicar o aumento de contágios verificado a partir desse período.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que a população em geral utilize máscaras com uma capacidade de filtragem mínima de 70% (esta percentagem varia de acordo com o fabricante), sendo que a entidade liderada por Graça Freitas lembra que as máscaras FFP2, que são mais escassas mas também mais eficazes, devem ser destinadas aos profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à pandemia, de acordo com a norma 007/2020.

Questionada pelo ECO sobre se pondera vir a seguir as “pisadas” de outros países no que toca a estas recomendações, a DGS diz que “apesar de haver alguns países que estão a ajustar as suas orientações”, organismos como a Organização Mundial de Saúde ou o Centro Europeu de Controlo de Doenças “ainda não fizeram alterações às últimas recomendações”, garantindo, no entanto, que está “a analisar as atuais recomendações”, pelo que se existirem alterações “serão oportunamente comunicadas”.

Neste contexto, nesta fase, a obrigatoriedade de uso generalizado de máscara aplica-se às máscaras sociais, não obstante, há outras que permitem um maior bloqueio das partículas. Saiba, em linhas gerais, para que servem e quais as diferenças entre cada uma.

Máscara social (ou comunitária)

É um dispositivo médico? Não.

Para que serve? A recomendação da DGS aplica-se apenas às máscaras comunitárias ou sociais. São máscaras descartáveis de papel ou feitas manualmente pela população a partir de pedaços de tecido. Uma vez que o novo coronavírus se transmite por partículas expelidas por quem esteja infetado quando tosse, espirra ou enquanto fala, o objetivo destas máscaras mais simples é o de serem uma primeira barreira para evitar que essas partículas acabem no ar e infetem outras pessoas ao nosso redor. São, assim, recomendadas para quando se vai ao hipermercado ou à farmácia, por exemplo.

Máscara cirúrgica

É um dispositivo médico? Sim.

Para que serve? Este tipo de máscara protege o portador de partículas contaminadas que estejam suspensas no ar ou que tenham sido expelidas por alguém doente, ao mesmo tempo que previne que o portador projete essas mesmas partículas para o meio. Não são máscaras ajustáveis ao rosto, mas tapam o nariz, a boca e o queixo. Segundo uma nota do Infarmed publicada a 14 de abril do ano passado, “a principal finalidade” é a de “proteger a saúde e segurança do doente, independentemente de simultaneamente proteger também o profissional”. No entanto, estas máscaras não protegem contra a inalação de partículas muito pequenas no ar, pelo que o profissional não está protegido contra partículas finas (aerossóis).

Neste contexto, apenas as máscaras FFP1, FFP2 e FFP3 conseguem proteger os profissionais partículas mais finas. O desempenho destas três máscaras varia consoante o grau de eficiência de filtragem bacteriana, pressão diferencial (permeabilidade da máscara ao ar) e resistência aos salpicos e a limpeza microbiana. Conheça as diferenças:

Respirador FFP1

É um dispositivo médico? Não.

Para que serve? É um tipo de máscara que se ajusta bem ao rosto do portador e que reduz a exposição do mesmo às partículas suspensas no ar. É um tipo de máscara que também tem sido usado no atual contexto de pandemia — apesar de não ser aconselhada para profissionais de saúde que estejam a realizar cirurgias ou atos médicos semelhantes –, mas que já era muito comum, por exemplo, na construção civil ou nas pinturas. Estas máscaras protegem o portador de “algumas partículas metálicas, poeiras de reboco e poeiras de betão”, de acordo com o Infarmed. Relativamente às suas características, conta com uma eficiência de filtragem bacteriana igual ou superior a 95%, uma pressão diferencial inferior a 40% e uma limpeza microbiana igual ou inferior a 30%.

Respirador FFP2 (ou N95)

É um dispositivo médico? Sim.

Para que serve? É um tipo de máscara mais eficaz do que a FFP1, que confere apenas 8% de fuga para o exterior. Desta forma, protegem o aparelho respiratório do portador contra partículas suspensas no ar e é adequada para “trabalhos com madeira, terraplanagens, pintura à pistola com tinta de base aquosa, bolores e fungos”, segundo a nota do Infarmed. É considerada adequada para gestão clínica pelas autoridades nacionais. De acordo com o regulador do medicamento, as máscaras FFP2 uma eficiência de filtragem bacteriana igual ou superior a 98% (mais do que as FFP1), uma pressão diferencial inferior a 40%, bem como uma limpeza microbiana igual ou inferior a 30%.

Respirador FFP3

É um dispositivo médico? Sim.

Para que serve? É o tipo de máscara facial que maior proteção confere ao portador, por se ajustar muito bem ao rosto e por ser à prova de fluidos. Em Portugal, são consideradas dispositivos médicos, recomendados para serem usados por profissionais de saúde que lidem com pessoas doentes e vulneráveis, protegendo-as e protegendo-se a si mesmos. Segundo o Infarmed, as máscaras respiradoras FFP3 são típicas para “trabalhos com produtos perigosos, como nas indústrias química, farmacêutica e papeleira, serração e filtros”. Ou seja, conferem proteção contra o novo coronavírus. De acordo com a classificação do Infarmed, as máscaras FFP3 possuem uma eficiência de filtragem bacteriana igual ou superior a 98%, uma pressão diferencial inferior a 60% (mais do que as FFP1 e FFP2), uma limpeza microbiana igual ou inferior a 30% e são resistentes a salpicos.

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Governo acelera atribuição de fundos e abre novos concursos já em fevereiro

Para as empresas está a ser desenhado um novo aviso ao nível do Sistema de Incentivos, mas a dotação global não está fechada. Para o investimento público avisos abrem até fevereiro.

Primeiro será investimento público, depois privado. Autarquias e empresas vão ter novos concursos já em fevereiro para poderem obter apoio comunitário para os seus projetos. O objetivo é não só ajudar a economia em tempos de pandemia e de travagem a fundo da atividade económica em virtude dos confinamentos, mas também acelerar a execução do atual quadro comunitário de apoio.

“Vamos abrir o mais depressa possível, até fevereiro, avisos para apoios de 230 milhões de euros ao investimento público”, revelou ao ECO a ministra da Coesão, especificando que se trata do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder). Em causa estão “60 milhões para a educação, para todos os níveis de ensino, desde centros escolares a escolas do ensino secundário, como a escolas secundária de Alcanena ou de Alvaiázere”, elencou Ana Abrunhosa, que vai estar esta quarta-feira no Parlamento no âmbito de uma audição regimental.

Depois haverá ainda um aviso de 40 milhões para a regeneração urbana e nestes casos são “verbas que já estavam contratualizadas, mas que agora têm de ser aprovadas”. Haverá ainda 70 milhões de euros na área da Saúde, sendo que alguns projetos apresentam já “muita maturidade”, como “a instalação do segundo acelerador linear na unidade hospitalar de Vila Real, são quase cinco milhões de euros de investimento” ou ainda “o centro de Saúde de Lamego que tem um investimento de quase quatro milhões de euros”.

Ao nível do património cultural abrirá um aviso de 22 milhões de euros para a requalificação de edifícios, monumento nacionais e património da humanidade.

Para as empresas está a ser desenhado também um novo aviso ao nível do Sistema de Incentivos – que reúne verbas do Compete e dos Programas Operacionais Regionais. Mas aqui a dotação global não está fechada. “Ainda estamos a estimar o valor, mas gostaria que os PO Regionais pusessem um valor superior a 100 milhões de euros”, disse a ministra da Coesão. “Queremos dar um sinal de que continuamos a apoiar o investimento empresarial”, justificou, acrescentado está a ideia seria que “este aviso fosse aberto até ao final de fevereiro”.

Falta definir também qual o montante com que o Compete poderá “contribuir”, mas desde março de 2019 que este programa operacional está a funcionar em regime de overbooking, ou seja, tem comprometido mais dinheiro do que aquele que efetivamente dispõe. A taxa de compromisso é de 135,8% em dezembro de 2020. Esta é uma prática normal e que visa acautelar eventuais quebras em projetos já aprovados. Aliás, há meses que está prevista uma “operação limpeza” em todo o Portugal 2020, para libertar o quadro de projetos que não têm execução, mas devido à pandemia tem sido sucessivamente adiada.

Os PO Regionais só podem financiar projetos de uma única região, enquanto o Compete aprova os projetos nas regiões de convergência, em geral acima de cinco milhões de euros. “Mas a linha de corte pode ser colocada nos três, quatro ou cinco milhões. Ainda estamos a definir”, disse Ana Abrunhosa.

Estes novos concursos inserem-se num esforço de “garantir a execução do Portugal 2020, que já se encontra na fase final”. As regras comunitárias permitam que ainda pode ser executado ao longo de três anos. “A taxa de compromisso ronda os 93% e queremos que passasse rapidamente para 100% este ano”, diz Ana Abrunhosa. Já a taxa de execução deverá chegar “aos 60 a 65%, este ano”, acrescentou, explicando que está “otimista” e que este é “um valor possível, já que a taxa de execução até” duplicou durante a pandemia”.

Um desempenho que é explicado por algumas das alterações introduzidas como permitir que a execução de projetos entre 1 de julho de 2020 e 30 de junho de 2021 seja financiada a 100%. Só com esta medida Ana Abrunhosa admite que a execução do Portugal 2020 poderá aumentar em “dois a três pontos percentuais”.

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