TAP propõe acordo com tripulantes para vigorar até final de 2024

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

No âmbito da reestruturação da companhia, a TAP propôs ao SNPVAC um acordo de emergência, que deverá vigorar até final de 2024, com a redução de 25% do vencimento.

A TAP propôs ao Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) um acordo de emergência, no âmbito da reestruturação da companhia, que deverá vigorar até final de 2024, com a redução de 25% do vencimento.

De acordo com a proposta que a TAP apresentou ao sindicato, a que a Lusa teve acesso, e onde são suspensas várias cláusulas do acordo de empresa (AE) destes profissionais, o “acordo entrará em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e vigorará até 31 de dezembro de 2024, sem prejuízo do que resultar do processo de revisão global do AE”, também prevista.

O acordo, segundo o qual “as medidas acordadas referentes a retribuições e outras prestações pecuniárias, retributivas ou não, produzem efeitos a 1 de janeiro de 2021”, estabelece a suspensão “das tabelas salariais e remuneratórias em vigor à data da entrada em vigor deste acordo, incluindo as constantes de normativo específico de cada função e/ou de acordos individuais”.

No documento, que abrangerá 2.500 tripulantes, está também previsto que “ficam congelados e com redução de 25%”, como já tinha sido anunciado pelo Governo, o “vencimento fixo, bem como a remuneração estabelecida em regimes remuneratórios de cada função e/ou em acordos individuais de trabalho” e “todas as prestações retributivas ou de outra natureza com expressão pecuniária, direta ou indireta, já vencidas ou vincendas, indexadas às remunerações referidas”.

Na mesma situação ficam ainda “as prestações de pré-reforma e os complementos de reforma”, as “remunerações e demais prestações retributivas ou de outra natureza com expressão pecuniária, já auferidas ou vigentes na data da entrada em vigor do presente regime sucedâneo” e “todas as demais prestações retributivas ou pecuniárias, não abrangidas pelo disposto nas alíneas anteriores”.

O acordo de emergência estabelece ainda que “no ano de implementação e no ano de cessação da medida de ajuste salarial, o subsídio de Natal será calculado com base na média da remuneração base mensal, aplicável nos meses do ano a que se refere o subsídio”.

Por outro lado, “no ano de cessação da medida de ajuste salarial, o subsídio de férias será calculado com base na média da remuneração base mensal, aplicável nos doze meses imediatamente anteriores ao mês do pagamento do subsídio”.

No documento lê-se ainda que “as partes reconhecem expressamente e de boa-fé que a redução de remuneração resultante do disposto nos números e cláusulas anteriores é realizada de comum acordo, tendo em vista a garantia da sustentabilidade financeira da TAP e a promoção da sua recuperação económica e operacional, sendo igualmente um mecanismo indispensável para manter o maior número possível de postos de trabalho dos trabalhadores, não constituindo, consequentemente, violação do princípio da irredutibilidade da retribuição”.

De acordo com a proposta da TAP, o acordo “concorre para o dimensionamento do quadro efetivo de tripulantes de cabina, assumido no plano de reestruturação da empresa”, sendo “complementar das medidas voluntárias que serão adotadas pela empresa, nomeadamente de cessação amigável de contratos de trabalho, pré-reformas, reformas por velhice antecipada, trabalho a tempo parcial e outras, a divulgar com brevidade”.

No entanto, caso não seja atingido “o dimensionamento do efetivo planeado e necessário, a empresa terá que recorrer a outras vias legais”, lê-se no documento, que não detalha quais serão essas vias.

Na proposta, “as partes obrigam-se a, até final do 1.º trimestre de 2021, iniciar conversações sobre o desenvolvimento de um processo de revisão integral” do AE e “o SNPVAC, nos termos do Artigo 542º do Código de Trabalho, obriga-se a não recorrer a meios de luta laboral relativamente às matérias constantes do presente acordo de emergência, comprometendo-se a TAP a tudo fazer para garantir a normalização da operação e a ponderação das condições de trabalho dos tripulantes de cabina”.

Na quarta-feira, o SNPVAC considerou “extremamente gravosa” a proposta da administração da TAP de suprimir “inúmeras e importantes” cláusulas do acordo de empresa e quer saber qual a poupança gerada pela medida. “O SNPVAC foi confrontado com o envio, pela TAP” de “uma proposta extremamente gravosa, que contempla a supressão de inúmeras e importantes cláusulas do atual AE [Acordo de Empresa], nomeadamente do Regulamento de Composição de Tripulações, do Regulamento de Remunerações, Reformas e Garantias Sociais e do RUPT [Regulamento de Utilização e Prestação de Trabalho], sem salvaguardar os postos de trabalho e sem respeito pelo trabalho desenvolvido por esta direção e os seus assessores”, informou o sindicato, numa nota aos associados, depois de uma reunião com a administração da companhia aérea, na terça-feira.

“A empresa reafirmou que a não obtenção de um acordo levará à imposição de um Regime Sucedâneo. A direção [do SNPVAC], juntamente com os seus assessores jurídicos está preparada, caso este atropelo à contratação coletiva se concretize, para espoletar todos os meios ao nosso alcance para impedir a suspensão do AE”, assegurou.

O sindicato propôs a adoção de um programa de reformas antecipadas e pré-reformas para 444 tripulantes de cabine elegíveis, sem que sofram qualquer penalização, uma vez que a TAP foi declarada como empresa em situação económica difícil.

Entre as propostas do SNPVAC está também a “adoção de um programa de trabalho a tempo parcial 8/12 entre 2021 e 2023 que abranja, no mínimo, 75% dos tripulantes de cabine”, que deve estar sujeita à “não afetação do corte geral de salários de 25% acima dos 900 euros a quem aderir a esta medida” e à “preservação dos postos de trabalho” de quem aderir à medida, pelo menos, durante o período de reestruturação.

O plano de reestruturação da TAP, entregue em Bruxelas em dezembro, prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, não seria possível fazer a reestruturação da TAP.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas e a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.

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Bélgica interdita viagens não essenciais ao estrangeiro entre 27 de janeiro e 1 de março

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

Para travar a propagação da pandemia, a Bélgica decidiu proibir os cidadãos de realizarem viagens não essenciais ao estrangeiro, a partir da próxima quarta-feira até 1 de março.

A Bélgica decidiu proibir a sua população de fazer viagens não essenciais ao estrangeiro, a partir da próxima quarta-feira até 1 de março, para travar a propagação da pandemia de Covid-19, anunciou esta sexta-feira o Governo.

Esta decisão visa conter a disseminação do novo coronavírus e das variantes recentemente surgidas recentemente, proibindo as “viagens de lazer”, através de controlos de fronteira e impondo multas aos infratores. Os trabalhadores fronteiriços não serão afetados por esta medida.

Esta sexta-feira teve lugar uma reunião do primeiro-ministro belga, Alexandre De Croo, com os chefes dos governos regionais, para avaliar a situação epidemiológica do país e ponderar novas medidas.

A Bélgica, com 11,5 milhões de habitantes, é um dos países europeus mais afetados pela pandemia de Covid-19, tendo já registado a morte de mais de 20 mil pessoas.

Embora as autoridades belgas considerem ter contido a segunda vaga (registando agora apenas cerca de 2.000 novos casos por dia) do que alguns dos seus vizinhos, como a Alemanha e a Holanda, a contagiosidade da variante britânica do vírus está a provocar sérias preocupações. “É preciso entender que estamos numa situação totalmente excecional”, disse a chefe da diplomacia belga, Sophie Wilmès.

Esta “situação excecional” levou o Governo a lançar um apelo aos seus parceiros da União Europeia para que também proíbam viagens não essenciais ao estrangeiro (incluindo dentro da área de livre circulação de Schengen).

Durante quase três meses, para conter a segunda vaga da pandemia, a Bélgica foi parcialmente confinada, com escolas abertas, mas vários setores de atividade fechados (cafés, restaurantes, teatros, desportos e salões de cabeleireiro.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Apesar do lay-off e dos apoios, despedimentos coletivos duplicaram em 2020

Ainda não há dados para o ano completo de 2020, mas os números disponíveis já indicam que a pandemia fez mais do que duplicar os despedimentos coletivos.

Apesar das medidas lançadas pelo Governo para “salvar postos de trabalho” e mitigar o impacto da pandemia de coronavírus no mercado laboral, os despedimentos coletivos dispararam em 2020. Ainda não há dados para o conjunto do ano, mas os números já disponibilizados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) indicam que os processos deste tipo comunicados mais do que duplicaram face a 2019.

Nos primeiro 11 meses de 2020, foram comunicados 650 processos de despedimento coletivo, dos quais 258 por microempresas, 276 por pequenas empresas, 85 por médias empresas e 31 por grandes empresas.

Em comparação, no período homólogo de 2019, foram comunicados 308 processos deste tipo, menos de metade do valor referido para 2020. Aliás, é preciso recuar a 2014 para encontrar um número mais elevado do que aquele verificado nos primeiros 11 meses do ano passado, por efeito da pandemia de coronavírus.

(*) Dados à data de 30 de novembro de 2020

Só em novembro, foram comunicados 66 despedimentos coletivos, longe dos 140 registados em abril do mesmo ano — altura em que começou a impactar com mais gravidade a economia nacional –, mas largamente acima dos 22 verificados no mês homólogo de 2019. Desde 2012 que não se comunicavam tantos processos de despedimento coletivo, em novembro.

Estes dados contrastam com o esforço que o Governo tem feito para evitar uma escalada do desemprego, tendo fixado como condição de atribuição de vários dos apoios lançados em resposta à crise sanitária e económica a proibição do recurso a despedimentos coletivos.

Foi o que aconteceu, por exemplo, no lay-off simplificado — regime ao qual aderiram mais de 100 mil empregadores em crise empresarial — e no apoio à retoma progressiva — sucedâneo do lay-off simplificado. Para aceder a este regimes, o empregador comprometia-se a não fazer despedimentos coletivos nem por extinção do posto de trabalho até 60 dias após a aplicação destes apoios, podendo, em troca, reduzir os horários de trabalho e receber uma ajuda para o pagamento dos salários.

Os sindicatos já tinham alertado, contudo, que findo esse “período de nojo” haveria um salto dos despedimentos coletivos. Os dados confirmam-no. O lay-off simplificado ficou indisponível para a generalidade das empresas em julho. Dois meses depois, o número de despedimentos coletivos superou a fasquia dos 60 e nesse nível tem ficado.

A DGERT acrescenta que, até 30 de novembro, foram efetivamente despedidos 6.543 trabalhadores por despedimento coletivos (número que inclui também trabalhadores despedidos no âmbito de procedimentos iniciados em 2019 que só foram objeto de decisão em 2020), havendo ainda 6.986 outros “a despedir”.

No período homólogo de 2019, havia 3.200 trabalhadores despedidos 3.452 trabalhadores a despedir por esta via. Ou seja, ambos os universos mais do que duplicaram em 2020.

De notar também que desde 2013 que novembro não era sinónimo de tantos trabalhadores despedidos (579 em 2020 contra 735 em 2013) ou a despedir (601 em 2020 contra 765 em 2013) através de processos de despedimento coletivo.

Faltam ainda os dados de dezembro para completar o retrato de 2020 e esse foi um mês particularmente difícil para o país, com o apertar das restrições e das medidas de luta contra a Covid-19. Foi um mês também em que várias empresas anunciaram reestruturações, prevendo-se um agravar do cenário já pintado pelos dados referentes aos primeiros 11 meses.

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Universidades adotam ensino à distância e antecipam segundo semestre

De Lisboa ao Porto, as universidades vão manter ensino à distância, antecipar o segundo semestre e adiar os exames presenciais.

O Governo decretou o encerramento das escolas por 15 dias, mas as universidades têm autonomia para decidir se continuam de portas abertas ou não. De acordo com um despacho publicado, quinta-feira, em Diário de República, “as instituições científicas e de ensino superior devem adequar temporariamente as suas atividades à nova realidade e a essas medidas extraordinárias do estado de emergência”.

Nas Universidade de Norte ao Sul do país, o cenário é idêntico, as aulas vão ser em formato online e o segundo semestre será antecipado. As Universidades do Porto e Lisboa vão garantir a realização dos exames de primeira fase, enquanto a Universidade do Minho decidiu suspender as atividades de avaliação presenciais em toda a Universidade.

Na Universidade de Coimbra, as avaliações em regime presencial ficam adiadas a partir de dia 25 de janeiro, enquanto na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o regime de avaliação a aplicar nas avaliações e na época de exames serão divulgados até ao próximo dia 28 de janeiro. Já a Universidade de Aveiro decidiu adiar a data de início da época normal de exames para o dia 8 de fevereiro.

A Universidade de Évora decidiu suspender todas as atividades de avaliação presenciais, contrariamente à Universidade do Algarve que optou por realizar os exames à distância.

Universidade de Lisboa encerra atividade presencial

A Universidade de Lisboa (UL) vai encerrar toda a atividade presencial, mas decidiu garantir a realização dos exames presenciais marcados para os próximos dias.

“A Universidade de Lisboa não vai passar de exames presenciais para exames online. O que vamos fazer é adiar a data de realização dos exames que terão de ser realizados presencialmente em um período posterior”, explica o reitor da Universidade, António Cruz Serra, no site da Universidade.

Cruz Serra afirma que é fundamental permitir que estes estudantes realizem presencialmente as provas, devendo a Escola garantir todas as condições de segurança necessárias. Nos restantes casos, a avaliação presencial através de provas escritas vai ser adiada e, no caso das provas orais, discussão de projetos ou reuniões, poderá ser adotada a avaliação online.

“Os exames escritos presenciais não são transformados em exame online. São adiados para a altura em que se puderem fazer, o que na nossa perspetiva não será antes de meados de abril”, precisou Cruz Serra.

Todo ensino na UL vai passar a ser online e o início do segundo semestre vai ser antecipado para que seja possível ganhar tempo, por forma a assegurar as épocas de recurso, mas também para que os estudantes estejam ocupados, sem que as férias possam contribuir para a propagação da pandemia de Covid-19.

Universidade do Porto adota ensino totalmente à distância

A Universidade do Porto também vai encerrar a atividade presencial a partir da próxima segunda-feira e adotar o ensino totalmente à distância, sendo que já não estava em regime de aulas presenciais desde o início de janeiro, adianta ao ECO, o diretor de comunicação da Universidade do Porto, Raul Santos.

Para além do ensino à distância, a Universidade do Porto pretende dar continuidade à primeira fase de exames que será concluída até sábado. O diretor de comunicação da Universidade do porto adianta ainda que “os exames de recurso ficam adiados até existir uma nova data que possam ser realizados presencialmente”.

À semelhança da Universidade de Lisboa, na Universidade do Porto, o arranque do segundo semestre será antecipado e arrancará com aulas totalmente online.

De acordo com o departamento de comunicação da Universidade, as cantinas, bibliotecas, residências e laboratórios de investigação vão continuar disponíveis para a comunidade estudantil e existem certas atividades que se vão manter em formato presencial, nomeadamente estágios, ensino clínico e ensino de investigação. “Estamos a falar, Principalmente, de alunos de doutoralmente que precisam concluir teses”, explica Raul Santos.

Universidade de Coimbra antecipa segundo semestre para 1 de fevereiro

A Universidade de Coimbra (UC) decidiu suspender a partir desta sexta-feira todas as atividades letivas em regime presencial.

As avaliações em regime presencial ficaram adiadas a partir de dia 25 de janeiro e serão recalendarizadas para período posterior ao presente confinamento. Segundo a Universidade de Coimbra será “determinando quando for oportuno”.

Tal como acontece na Universidade de Lisboa e Porto, a Universidade de Coimbra decidiu – antecipar o início das aulas do segundo semestre para o dia 1 de fevereiro de 2021, de forma remota, caso seja considerado adequado pelo diretor de cada unidade orgânica.

De forma a controlar a propagação da Covid-19, serão suspensos e adiados todos os eventos em regime presencial, designadamente, científicos, culturais e desportivos, assim como circuitos turísticos, museus e utilização de infraestruturas culturais e desportivas, designadamente o Teatro Académico de Gil Vicente e o Estádio Universitário.

O regime de teletrabalho será obrigatório, sempre que seja compatível com as funções desempenhadas pelo trabalhador e desde que não comprometa o funcionamento dos serviços nem o cumprimento dos serviços essenciais.

A Universidade garante ainda a manutenção do funcionamento em regime de take-away das unidades alimentares dos Serviços de Ação Social da UC, de acordo com as normas emitidas pela Direção-Geral da Saúde e as disposições legais previstas para o estado de emergência em vigor.

Universidade do Minho suspende atividade letivas presidenciais

A Universidade do Minho vai adotar um regime muito semelhante à Universidade de Lisboa e Porto. As atividades letivas presenciais vão ficar suspensão em toda a Universidade, devendo as mesmas ser integralmente substituídas por atividades não presenciais.

Em relação às avaliações, o reitor decidiu suspender as atividades de avaliação presenciais em toda a Universidade, passando as mesmas a ter lugar a distância, devendo as provas de avaliação em curso, afetadas por esta decisão, ser recalendarizadas, em articulação com os estudantes.

À semelhança da Universidade do Porto, foi imposta a manutenção em regime presencial, sempre que possível, das atividades de estágio, passando estas a regime não presencial quando aquele não for viável.

Outra das medidas é a adaptação para regime não presencial das atividades de investigação e não letivas em curso, exceto em casos fundamentados que exijam o acesso a laboratórios e infraestruturas científicas e em que a inibição desse acesso implicasse prejuízos irreparáveis.

Para reforçar a obrigatoriedade do teletrabalho, foi determinado pelo Governo que todos os trabalhadores que tenham de se deslocar para prestar trabalho presencial carecem de uma credencial emitida pela respetiva entidade patronal. A Universidade do Minho garante que vão adotar o regime de teletrabalho, sempre que compatível com as funções desempenhadas pelos trabalhadores

Universidade de Aveiro adia início da época normal de exames

A Reitoria da Universidade de Aveiro decidiu adiar a data de início da época normal de exames para o dia 8 de fevereiro e proceder à correspondente reprogramação do calendário de exames (época normal e época de recurso).

A Universidade de Aveiro adianta ainda que vai proceder à reprogramação do calendário escolar referente ao segundo semestre. Todavia, admite que as medidas podem ser ajustadas mediante o desenrolar da situação pandémica.

UTAD adapta atividades letivas e avaliações para o regime não presencial

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) anunciou que as atividades letivas presenciais e de avaliação, se adequado, serão adaptadas para o regime não presencial, devido à pandemia e Covid-19.

O regime de avaliação a aplicar nas avaliações e na época de exames serão divulgados até ao próximo dia 28 de janeiro.

Tal como acontece na Universidade do Porto, o reitor da UTAD, Fontaínhas Fernandes, adiantou ao ECO, que decidiram manter em funcionamento o espaço estudante, biblioteca, cantina, residência e todos os serviços de saúde e bem-estar, de forma a manter “um apoio de proximidade e atento”. Confessa estar focado nas “questões sociais”.

Universidade de Évora suspende todas as atividades de avaliação presenciais

A Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, decidiu suspender todas as atividades de avaliação presenciais a partir desta sexta-feira. Na ótica da reitora é uma medida adicional que tem como objetivo “evitar um maior número de casos de Covid-19”.

Em relação à época extra de exames, será fixada uma data, ainda a definir, para que os estudantes que não tenham condições de saúde possam realizar a prova da época normal e/ou a prova de época de recurso e para os exames presenciais. No mesmo comunicado, pode ler-se ainda que a época extra será agendada assim que as condições pandémicas o permitam, mas nunca antes do final de março.

Os exames online já agendados realizam-se na semana de 25 a 30 de janeiro todos em formato online.

Universidade do Algarve aposta em exames à distância

A Universidade do Algarve vai suspender todas as atividades letivas presenciais a partir desta sexta-feira, até indicação em contrário.

A realização dos exames de época normal e de recurso vão ser adiados por uma semana e passam a realizar-se entre 1 e 27 de fevereiro. De acordo com a Universidade do Algarve, os exames serão realizados a distância, ajustados às especificidades do ensino e aprendizagem realizados em regime não presencial.

À semelhança da grande maioria das universidades do país, o início do segundo semestre será adiado para o dia 1 de março, em regime de ensino não presencial, salvo se a alteração das circunstâncias permitirem a retoma do regime presencial, que será preferencial.

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Portugal entra na lista da Alemanha de países de “alta incidência” de Covid-19

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

A decisão, que entra em vigor às 00h00 locais de domingo, implica que os viajantes terão que apresentar um teste duplo negativo para entrar na Alemanha.

A Alemanha incluiu Portugal no grupo de mais de 20 países e territórios considerados de “alta incidência” da pandemia de Covid-19, aos quais se aplicam restrições de viagens.

Neste grupo, além de Portugal, estão Albânia, Andorra, Bolívia, Bósnia, Egito, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Eslovénia, Estados Unidos, Estónia, Irão, Israel, Colômbia, Kosovo, Letónia, Líbano, Lituânia, Macedónia do Norte, México, Montenegro, Panamá, República Checa, Sérvia e Territórios Palestinianos.

O Instituto Robert Koch (RKI), em colaboração com os Ministérios do Interior e da Saúde alemães, atualizou esta tarde a classificação dos países segundo o seu risco epidemiológico, levando Berlim a determinar restrições de viagens para os 20 de mais “alta incidência”.

A decisão, que entra em vigor às 00h00 locais de domingo (23h00 de sábado em Lisboa), implica que os viajantes desses países terão que apresentar um teste duplo negativo para entrar na Alemanha.

O primeiro teste deve ser feito até 48 horas antes do voo e entregue à chegada; o segundo pode ser feito a partir do quinto dia de quarentena, e será obrigatório para os viajantes desses países de “alta incidência”.

A classificação, decidida no início de janeiro, prevê três outros grupos de países: “Áreas preocupantes devido à variante” do vírus, “Áreas de risco particularmente elevado” e regiões “não consideradas áreas de risco”.

No primeiro grupo estão os países onde foram detetadas as variantes do novo coronavírus mais preocupantes no momento: Brasil, Reino Unido e África do Sul, além da Irlanda. Todos os outros países estão incluídos no grupo de risco, exceto duas regiões na Grécia (Ática e Egeu do Norte) e uma na Noruega (Innlandet), que viram os seus dados melhorar nos últimos 10 dias.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Bazuca deve ser “muito direcionada” para turismo

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

O presidente da Turismo Porto e Norte de Portugal apelou ao Governo para que fundo de recuperação europeia seja “muito direcionada” para o turismo, tendo em conta que é um dos setores mais afetados.

O presidente da Turismo Porto e Norte de Portugal apelou esta sexta-feira ao Governo para que a “bazuca”, fundo de recuperação europeia contra a Covid-19, seja “muito direcionada” para o turismo, porque é dos setores mais prejudicados pela pandemia.

“Apelo para que a famosa bazuca seja muito direcionada para o turismo. Não só para um setor que é, eventualmente, um dos mais prejudicados de todos, mas também porque nós sabemos que quando este setor [turístico] recupera, consegue provocar um arrastamento muito positivo noutros setores”, explicou Luís Pedro Martins, destacando que esse arrastamento se nota, por exemplo, no setor do “vinho”, “têxtil e lar”, “transportes” ou “das loiças”.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) descreve que a situação no setor turístico é “dramática” e que a “esmagadora maioria” dos empresários procurou ajuda, porque tem a sua “tesouraria num estado dramático”.

“Eventualmente, e infelizmente, muitas empresas não conseguirão sobreviver a este tempo tão longo de pandemia”, referiu.

O presidente da TPNP lamentou que se ouça falar “muito da bazuca para muito lado” e “pouco da bazuca para o setor do turismo”.

“Agora que sabemos que existe uma ferramenta, chamada bazuca, ela deve ser muito direcionada para o setor do turismo”, defende Luís Pedro Martins.

O responsável recorda que há setores que desde março “praticamente não têm atividade, como acontece com as “agências de viagem”, “empresas de animação turística”, o “turismo de negócios” ou “hotelaria das grandes cidades, como o Porto”, que no verão tinha apenas registo de “30% da sua taxa de ocupação preenchida”.

Em meados de dezembro de 2020, em entrevista à Lusa no âmbito da aprovação do Orçamento e Plano de Atividades da TPNP, Luís Pedro Martins já tinha alertado que só a “bazuca” europeia poderia ajudar no combate à crise do setor, alertando na altura que os três milhões de euros do Orçamento de Estado 2021 eram “insuficientes”.

“Era uma verba razoável num ano normal e se tivéssemos em velocidade cruzeiro, conforme estávamos até 2019. Tento em conta que o setor bateu no fundo, e que há agora uma necessidade muito grande de promoção externa e que vamos entrar numa competição bastante feroz com outros destinos nossos concorrentes, nomeadamente Espanha, França, Itália”, disse à Lusa Luis Pedro Martins.

O dinheiro da bazuca europeia (fundo de recuperação) para ajudar a recuperação da economia deverá começar a chegar em maio ou junho, estimou recentemente a secretária de Estado dos Assuntos Europeus e coordenadora operacional da presidência portuguesa da União Europeia, Ana Paula Zacarias, numa entrevista à Rádio Renascença.

 

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#3 A economia aguenta? Crescerá em 2021? E… ninguém vai preso?

  • ECO
  • 22 Janeiro 2021

Como é que o país aguenta o confinamento que não podia aguentar? A economia vai sequer crescer em 2021? E já agora: onde para o ministro das Finanças? Estes são três mistérios desta semana.

Como vai o país aguentar o confinamento que não aguenta? E como resolver o misterioso caso do desaparecimento do ministro das Finanças nestes meses de pandemia, em contraste com a permanente presença do ministro da Economia? Estes são temas do editorial de introdução do episódio #3 d’O Mistério das Finanças, podcast do ECO que junta todas as semanas o diretor do ECO, António Costa, e o jornalista Pedro Santos Guerreiro.

  • Pode ouvir O Mistério das Finanças na íntegra nas principais plataformas, como o Spotify e Apple Podcasts.

Mas há mais mistérios neste episódio: a economia vai sequer crescer em 2021, como até aqui previa o governo? E outro ainda: na semana em que o Supremo Tribunal de Justiça confirmou a condenação de prisão de João Rendeiro, coloca-se a pergunta tantas vezes feita em praça pública, “porque é que ninguém vai preso?”

O episódio termina com a Boa Moeda e a Má Moeda, onde se fala da Bial e de António Horta Osório, assim como da campanha presidencial de Marisa Matias e Ana Gomes no que respeita à requisição civil de hospitais privados. A terminar, como sempre, “as manchetes dos leitores”, a partir das notícias do ECO mais lidas e partilhadas pelos leitores na última semana.

  • Pode ouvir O Mistério das Finanças na íntegra nas principais plataformas, como o Spotify e Apple Podcasts.

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“Dar apoios aos alunos não é um castigo, nem um pecado”, diz David Justino

Vários ex-ministros da Educação defendem que os professores possam continuar a acompanhar os alunos via zoom, mesmo com as aulas suspensas.

Os colégios, ou qualquer escola pública podem aproveitar este tempo de confinamento para atividades extracurriculares, apoio aos alunos ou reforço do estudo”, defende o antigo ministro da Educação, David Justino.

O Governo decidiu que as aulas presenciais estão suspensas a partir desta sexta-feira, numa tentativa de travar a disseminação da Covid-19. O ministro da Educação especificou que a interrupção das atividades letivas tem efeitos não só no ensino público, mas também no particular e cooperativo.

E perante a notícia de que alguns colégios privados estariam a dar aulas por zoom, a dúvida é se estarão a violar a lei. “A questão que se coloca é se os privados estão a aproveitar para avançar com a matéria. É uma competição estúpida que não tem sentido”, diz ao ECO, David Justino, lamentando que nesta discussão possa estar em causa um “debate ideológico”.

Não se deve limitar as ações que as escolas entendem possíveis e aconselháveis para dar apoios aos alunos. Não é um castigo, nem um pecado.

David Justino

Ex-ministro da Educação

Da mesma forma que as escolas podem dar apoio alimentar aos estudantes carenciados, também devem poder ajudar os alunos na componente letiva, defende o ministro da Educação de Durão Barroso, acrescentando que “devem ser as próprias escolas a tomar a decisão”.

“Não se deve limitar as ações que as escolas entendem possíveis e aconselháveis para dar apoios aos alunos. Não é um castigo, nem um pecado”, ironiza o também vice presidente do PSD. “Vamos tentar aliviar a situação de confinamento para que as crianças não fiquem os dias todos sem fazer nada ou agarrados às consolas”, acrescente.

A posição de David Justino não é única. Marçal Grilo considera que “não há razão para que professores contactem com estudantes, para que uma escola pública ou privada pegue no zoom e ponha os alunos em contacto com os professores”. Em declarações à RTP, o ministro da Educação de António Guterres sublinha que esse contacto não será “propriamente para aulas, para progredir no ano letivo, mas para consolidar conhecimentos”.

Não há razão para que professores contactem com estudantes, para que uma escola pública ou privada pegue no zoom e ponha os alunos em contacto com os professores.

Marçal Grilo

Ex-ministro da Educação

Para Marçal Grilo “cada escola é uma escola” e há que “ter bom senso”, já que se vive “uma situação excecional”, “haverá outras excecionalidades a permitir”.

Numa publicação nas redes sociais Maria de Lurdes Rodrigues questiona porque razão não podem os colégios continuarem a dar aulas à distância. “Maioria dos colégios quer continuar com aulas à distância. Governo manda parar. Porque razão se proíbe a diversidade de iniciativas que podem manter as crianças com atividades e que podem ajudar os pais na tarefa difícil de conciliar o trabalho com a vida familiar”, diz a ministra da Educação de José Sócrates.

David Justino recorda ainda a promessa que o primeiro-ministro fez, no final do primeiro confinamento, de que todas as escolas estariam equipadas para o ensino à distância. De acordo com um inquérito levado a cabo pela Universidade Nova de Lisboa, onde leciona, junto de uma rede de 35 agrupamentos de escolas do país (5% do total) que gerem, os apoios não chegaram e os que existem foram assegurados, na maior parte dos casos pelas câmaras municipais.

Não se aprendeu nada com a primeira vaga. Não há formação nem mobilização dos professores. Regressámos à estaca zero”, lamenta, já que tem a convicção de o fecho das escolas se via prolongar para lá destes 15 dias e que o ensino à distância vai ter de regressar.

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Português Pedro Oliveira na lista dos 100 mais influentes em recursos humanos, segundo a HR Weekly

Pedro Oliveira, co-fundador da Landing.jobs, faz parte da lista da HR Weekly que enumera as 100 pessoas mais influentes na área dos Recursos Humanos.

O cofundador da Landing.jobs, Pedro Oliveira, é um dos 100 profissionais de recursos humanos mais influentes na área, segundo a HR Weekly, uma newsletter internacional semanal especializada na área de gestão de pessoas. Na lista de 2021, o português surge ao lado de outros especialistas em gestão de pessoas, como Meghan Biro, fundadora e CEO da TalentCulture World of Work Community, Steve Browne, autor dos livros “HR on Purpose: Developing Deliberate People Passion” e “HR Rising!! From Ownership to Leadership”, e Lolly Daskal, presidente e fundadora da consultora Lead from Within.

De acordo com a HR Weekly, ser um especialista em recursos humanos implica um grande esforço para construir as carreiras, bem como aprender com os erros. “Estes 100 peritos são as pessoas mais influentes no campo dos recursos humanos. Todos eles estão a ajudar a construir, desenhar e promover estratégias de RH que cheguem a outro nível”, lê-se no site da publicação responsável pela lista.

Pedro Oliveira é um dos fundadores da plataforma de talento na área tecnológica Landing.jobs, juntamente com José Paiva, e, no ano passado, anunciou a criação de um novo projeto, a Future.Works que, desde o seu arranque, tem ajudado candidatos de Portugal e de outros países a procurarem e candidatarem-se a oportunidades no mercado.

Pedro Oliveira, cofundador da Landing.jobs e da Future.WoksLanding.jobs

Conheça aqui quem são e qual o percurso das 100 personalidades que integram a lista.

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Setor automóvel conformado com fecho perante “situação catastrófica”

ACAP defende que as empresas do setor devem poder fu clonar, cumprindo as regras. Mas “não reprova” decisão do Governo de encerrar stands.

Já tinha acontecido no primeiro confinamento, mas neste segundo os stands de automóveis ficaram abertos. Contudo, com o apertar das restrições, o Governo acabou por voltar a impor o fecho de portas, decisão com que a ACAP está conformada. “Não reprova”, apesar do impacto negativo que terá no setor.

“A ACAP, tal como aconteceu no primeiro confinamento defende que as empresas do setor devem poder funcionar, desde que cumpram todas as normas de segurança, como tem acontecido”, Hélder Pedro, secretário-geral da associação automóvel ao ECO. Era isso que estava a acontecer neste segundo confinamento, só que agora a regra é fechar.

A ACAP, tal como aconteceu no primeiro confinamento defende que as empresas do setor devem poder funcionar, desde que cumpram todas as normas de segurança, como tem acontecido.

Hélder Pedro

Secretário Geral da ACP

De acordo com o documento publicado em Diário da República, que altera as regras do estado de emergência, encerrando as escolas, é decretado o “encerramento dos estabelecimentos de comércio de velocípedes, veículos automóveis e motociclos”. Esta regra entra em vigor já este sábado, tendo o setor tido assim apenas 24 horas de pré-aviso.

Hélder Pedro mostra-se conformado com a decisão do Executivo de António Costa, em linha com a do primeiro confinamento, em março de 2020, que levou as vendas de automóveis novos a afundarem mais de 80%. “A decisão agora tomada, de encerrar as zonas comerciais, não merece a nossa reprovação”, diz.

A explicação para esta posição está na “catastrófica situação que estamos a atravessar”, como a caracteriza o secretário-geral da ACAP, referindo-se ao crescente número de novas infeções pelo novo coronavírus.

Portugal tem registado consecutivamente mais de 10 mil novos casos por dia, tendo o número de vítimas mortais permanecido acima das duas centenas. Números que levaram o Governo a voltar a tomar medidas drásticas, com o confinamento geral, que são necessárias do ponto de vista sanitário mas terão um forte impacto em todos os setores de atividade, pressionado a economia.

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Estirpe britânica do coronavírus é mais letal, diz Boris Johnson

Existem "algumas evidências" de que esta nova variante do coronavírus está associada a "um grau de mortalidade mais elevado", avançou o primeiro-ministro britânico.

Boris Johnson anunciou, em conferência de imprensa esta sexta-feira, que a nova variante do coronavírus, identificada no país e que se caracteriza por ter uma maior velocidade de transmissão, pode estar a causar mais mortes do que as outras estirpes.

Existem “algumas provas” de que a estirpe britânica está associada a “um grau de mortalidade mais elevado”, disse o primeiro-ministro britânico. A declaração foi proferida com base nos dados avançados por Patrick Vallance, conselheiro científico do governo, que mostram que, para todos aqueles que testam positivo, existe um risco acrescido de mortalidade para aqueles que foram afetados pela nova variante.

“Para um homem sexagenário, em média por cada 1.000 infetados, é esperado que dez morram do vírus, infelizmente. Com a nova variante, por cada mil infetados é esperado que morram entre 13 a 14 pessoas”, disse Vallance, citado pela Reuters.

Destacando, no entanto, que os resultantes respeitantes a esta nova estirpe “ainda não são fortes” e que os dados são ainda “incertos”, o especialista adiantou que esta variante não apresenta quaisquer diferenças ao nível da distribuição etária, sendo assim semelhante à estirpe original nesse sentido.

Patrick Vallance acrescentou ainda, neste contexto, que começam a surgir provas, de fontes distintas, que comprovam a eficácia das vacinas contra a Covid-19 no combate a esta nova estirpe, existindo, no entanto, uma maior preocupação acerca desse sucesso em relação às variantes sul-africana e brasileira do coronavírus.

Estes dados foram divulgados numa altura em que, de acordo com o especialista, se sabe já que a estirpe britânica do vírus parece deter uma facilidade de propagação que é superior entre 30% e 70%, quando comparada com a antiga variante.

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Banco de Portugal e Ministério Público recorrem de absolvição da KPMG no caso BES

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2021

Tribunal da Concorrência absolveu a auditora no caso BES, mas o supervisor e o Ministério Público recorreram, como o ECO já tinha avançado em primeira mão.

O Banco de Portugal e o Ministério Público recorreram da sentença do Tribunal da Concorrência que absolveu a auditora KPMG e cinco dos seus associados de coimas de perto de cinco milhões de euros, uma notícia que o ECO já tinha avançado em primeira mão.

Em resposta à Lusa, o Banco de Portugal (BdP) afirma que interpôs na quinta-feira “recurso para o Tribunal da Relação quanto à sentença proferida pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão no processo n.º 80/19.5YUSTR, que absolveu a KPMG Portugal e cinco dos seus auditores da decisão condenatória proferida pelo Banco de Portugal no processo de contraordenação n.º 100/14/CO”.

Fonte judicial disse à Lusa que também o Ministério Público interpôs recurso na quinta-feira, decorrendo agora um prazo de 20 dias para contestação por parte da KPMG e dos seus associados.

Na decisão proferida no passado dia 15 de dezembro, o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS) julgou “totalmente procedente” a impugnação judicial, revogou a decisão administrativa e absolveu todos os requerentes.

Em causa no processo estão as coimas de perto de cinco milhões de euros aplicadas pelo Banco de Portugal, em junho de 2019, por violação de normas que deveriam ter levado a KPMG a emitir reservas às contas consolidadas do Banco Espírito Santo (BES).

Na sua sentença, a juíza do TCRS Vanda Miguel considerou que o entendimento do BdP sobre a alínea c) do n.º 1 do artigo 121º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), relativo ao momento em que devem ser comunicados factos suscetíveis de gerarem reservas às contas de uma instituição financeira, “não está de acordo com as ‘legis artis’ e com aquilo que é o normal na vida de auditoria”.

Vanda Miguel afirmou mesmo ter ficado em “sobressalto” com a resposta “vaga” do BdP ao ofício que o TCRS lhe endereçou para saber quantas comunicações de potenciais incumprimentos tinham sido feitas ao supervisor em fase interina de uma auditoria, sublinhando que apontar um número concreto em nada “colidiria” com o “segredo bancário” invocado pelo supervisor.

Declarou ainda “estranhar” que o supervisor tenha afirmado não ter qualquer outro processo contraordenacional sobre esta matéria, dado o entendimento generalizado de auditores e auditados ouvidos em julgamento contrário ao do BdP.

Concluindo pela correção do trabalho realizado pelos auditores externos do BESA e do BES (KPMG Angola e KPMG Portugal), perante a informação de que dispunham, Vanda Miguel fez uma análise exaustiva a factos que pesaram na decisão administrativa, como os relativos ao conhecimento das atas das duas sessões da assembleia-geral do BES Angola, realizadas em 03 e em 21 de outubro de 2013, e nas quais esteve presente Ricardo Salgado, e sobre a emissão da garantia soberana do Estado angolano, em 31 de dezembro de 2013, para cobrir eventuais incumprimentos da carteira de crédito do banco.

Para Vanda Miguel, o que é relatado nas atas da assembleia-geral do BESA de outubro de 2013 “é um mero pedaço de vida” do banco, “que não tem a virtualidade de poder servir para afirmar que não existia informação suficiente (…) para que pudesse ser realizada uma auditoria externa conscienciosa” nos exercícios de 2011 e 2012.

Sublinhando que existiram outras auditorias/inspeções feitas ao BESA por outras entidades, “que nunca apontaram a existência de falta de informação relevante”, a juíza refere a “ironia” de “a única entidade que colocou reservas”, por “não conseguir contabilizar as provisões para efeitos locais”, ter sido “precisamente a KPMG Angola”.

A sentença aponta ainda a “estreita ligação” entre as entidades de supervisão portuguesa e angolana, frisando que nunca o Banco Nacional de Angola (BNA) reportou ao BdP “qualquer problema grave na carteira de crédito do BESA”.

Segundo o tribunal, é o próprio BNA que declara que esta contém essencialmente créditos concedidos ao Estado e a empresas públicas angolanas, motivo pelo qual o crédito vencido “era pouco significativo e as provisões adequadas”.

No julgamento estiveram em causa os pedidos de impugnação apresentados pela KPMG (condenada pelo BdP ao pagamento de uma coima de três milhões de euros), o seu presidente, Sikander Sattar (450.000 euros), Inês Viegas (425.000 euros), Fernando Antunes (400.000 euros), Inês Filipe (375.000 euros) e Sílvia Gomes (225.000 euros).

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