Testes rápidos de antigénio voltam a ser gratuitos a partir desta sexta-feira

  • Lusa
  • 18 Novembro 2021

Comparticipação continua a ser limitada ao máximo de quatro testes por mês e por utente.

Os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação vão voltar a ser gratuitos a partir de sexta-feira, anunciou o Ministério da Saúde.

A portaria que prorroga o regime aprovado em junho é publicada, esta quinta-feira, em Diário da República, adianta o Ministério numa nota enviada à agência Lusa.

A comparticipação continua a ser limitada ao máximo de quatro testes por mês e por utente.

O Ministério da Saúde justifica esta renovação do regime tendo em conta a atual situação epidemiológica e a importância de voltar a intensificar a realização de testes para deteção do SARS-CoV-2 de forma progressiva e proporcionada ao risco, que contribuam para o reforço do controlo da pandemia.

Segundo os últimos dados divulgados pela Task Force para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem para SARS-CoV-2, já foram feitos em Portugal mais de 20 milhões de testes de diagnóstico à Covid-19 desde o início da pandemia em março de 2020.

Este ano foram efetuados cerca de 48 mil testes por dia, em média, mais de 70% do total de testes de diagnóstico realizados desde o início da pandemia, adiantam os dados divulgados a 06 de novembro.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.283 pessoas e foram contabilizados 1.112.682 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

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5 coisas que vão marcar o dia

É dia de os contabilistas certificados irem a votos para eleger o bastonário para os próximos quatro anos. Banca debate o futuro do setor.

As eleições na Ordem dos Contabilistas e o debate sobre o futuro da banca prometem marcar o dia desta quinta-feira. Destaque também para a publicação dos dados relativos à qualidade de vida e das contas nacionais trimestrais dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). É dia também de discutir o seguinte mote: “Com que tipo de Europa sonha?”

Ordem dos Contabilistas vai a votos

Está marcada para esta quinta-feira a votação presencial para a eleição dos órgãos sociais da Ordem dos Contabilistas Certificados, para o mandato de 2022-2025. Estão em cima da mesa duas listas: a lista A liderada por Paula Franco, atual bastonária e a lista B, encabeçada por José Araújo, que também entrou na corrida no último ato eleitoral. De acordo com a OCC, até esta quarta-feira, já tinham sido recebidos mais de 21 mil votos, o que “antecipadamente garante que esta vai ser a eleição mais participada da história” da Ordem.

Debate-se a banca do futuro

O futuro da banca estará, esta quinta-feira, em discussão, num “grande encontro”, cuja abertura estará a cargo do atual governador do Banco de Portugal (e ex-ministro das Finanças de António Costa), Mário Centeno. Participarão também Norberto Rosa, secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos, António Ramalho, presidente da comissão executiva do Novo Banco, João Pedro Oliveira e Costa, presidente da comissão executiva do BPI, Miguel Maya, presidente da comissão executiva do Millennium BCP, Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, e Pedro Castro e Almeida, presidente da comissão executiva do Santander Portugal. O encerramento estará a cargo de António Horta Osório, presidente do conselho de administração do Crédit Suisse.

Como está a evoluir qualidade de vida?

O gabinete de estatística da União Europeia divulga, esta quinta-feira, os dados que refletem a evolução da qualidade de vida relativos a 2020. De notar que esse foi um ano marcado pela crise pandémica e, consequentemente, pela aplicação, sem precedentes, de restrições à mobilidade e à atividade económica, o que impactou a economia, mas também a vida dos europeus, tal como deverá refletir a nota do Eurostat que será divulgada esta quinta-feira.

OCDE divulga contas nacionais trimestrais

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico divulga, esta quinta-feira, as contas nacionais trimestrais, isto é, o crescimento do produto interno bruto dos vários países. Ainda na semana passada, a OCDE deu conta de que, no segundo trimestre do ano, o rendimento familiar real per capita caiu 3,8%, na média dos países que compõem esta organização. Esta evolução deverá ter sido justificada por uma “queda acentuada” no rendimento nos Estados Unidos da América.

“Com que tipo de Europa sonha?”

Arranca esta quinta-feira o semintário anual de Comunicação da Sociedade Civil promovido pelo Comité Económico e Social Europeu em colaboração com o Conselho Económico e Social de Portugal. “Com que tipo de Europa sonha?” é o mote da edição deste ano, que contará com a presença de Christa Schweng e Francisco Assis, presidentes dos órgãos referidos, respetivamente. O seminário terá três grandes painéis: um sobre a crise sanitária e o seu impacto no futuro da Europa, outro sobre o papel da UE numa economia “mais forte” e ainda um outro sobre a liberdade de imprensa na Europa.

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Infetados, mortes e UCI ainda não fazem soar alarmes do Estado de Emergência

O número de casos de infeção em Portugal está a aumentar, contudo, o Governo descarta um regresso ao Estado de Emergência. Mas, afinal, em que situação estava o país quando este regime foi decretado?

A pandemia está a agravar-se em Portugal, com o número de infeções a registar uma tendência crescente. O Governo garante que está a acompanhar a situação e que tomará medidas, se necessário. Contudo, descarta um eventual regresso ao Estado de Emergência. Mas, afinal, em que situação estava o país quando este regime foi decretado?

Desde o início de outubro, Portugal vive sob um alívio de medidas de contenção da Covid-19, onde a responsabilidade individual e a avaliação do risco são determinantes no combate à pandemia. Mas face à tendência crescente do número de infeções, o primeiro-ministro decidiu convocar uma nova reunião no Infarmed para ouvir os especialistas.

Com o agravamento da pandemia, o Executivo já avisou que não se pode “estar a descansar à sombra da vacinação” e que não se pode “baixar a guarda”, mas rejeita, para já, qualquer medida que implique decretar o Estado de Emergência. Também o Presidente da República veio garantir que essa possibilidade “não está em cima da mesa”.

Desde que a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março de 2020, o país já enfrentou mais de dez estados de exceção, sendo que a maioria deles foram renovações e, em apenas duas situações, o Presidente da República teve que intervir e propor o seu decreto: a 18 de março de 2020 e a 6 de novembro de 2020.

Mas, afinal, qual era a situação pandémica em Portugal em março de 2020 e em novembro de 2020 face à situação em que estamos hoje? Uma das grandes diferenças está obviamente relacionada com o efeito da vacinação, que tem uma forte influência ao nível da doença grave e morte. Mas vamos a números.

A 18 de março de 2020 e face a uma ameaça desconhecida, pelas 20h, o Presidente da República falava ao país para anunciar que Portugal iria entrar em Estado de Emergência. O anúncio foi feito depois do parecer favorável da Assembleia da República, sem nenhum voto contra, ao contrário do que aconteceu nas sucessivas renovações.

Os primeiros dois casos de Covid tinham sido detetados a 2 de março e, desde então e até ao dia anterior ao decreto do primeiro Estado de Emergência, o país contava apenas com 448 acumulados (cerca de 28 casos por dia) e uma morte (declarada a 17 de março de 2020) por Covid-19. Depois disso, quinzenalmente, seguiram-se sucessivas renovações até ao início de maio.

Com a primavera e o Verão a situação continuou estabilizada, contudo, no início de novembro de 2020 o aumento de infeções voltou a não dar tréguas e o Presidente da República interveio e propôs um novo Estado de Emergência “muito limitado e largamente preventivo”.

Um mês antes desta decisão, isto é entre 5 de outubro a 5 de novembro de 2020, o país contava com 84.179 casos acumulados (cerca de 2.551 casos por dia) e 735 óbitos (cerca de 23 mortes por dia). Nessa altura, o país vivia o “pico” da segunda vaga e dado que as vacinas ainda não tinham começado a ser administradas, o número de internamentos chegou a passar a barreira dos dois mil e as unidades de cuidados intensivos os 300.

E este ano, com 87% da população vacinada? Se desde finais de outubro deste ano o número de casos de infeção está a crescer, a verdade é que a elevada taxa de cobertura vacinal está a refletir-se especialmente no número de óbitos, internamentos e em UCI. No último mês, foram registados 33.341 casos de infeção (cerca de 1.042 por dia) e 195 óbitos, isto é, cerca de seis por dia. Trata-se, portanto, de um número três vezes inferior face a novembro de 2020.

Quanto aos internamentos, entre 17 de outubro e até esta quinta-feira, Portugal teve, em média, 351 internados, dos quais cerca de 64 em unidades de cuidados intensivos.

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Um em cada dez trabalhadores ainda estava em teletrabalho no terceiro trimestre

Mais de um em cada dez trabalhadores ainda estava a trabalhar em casa no final de setembro, mesmo antes de o teletrabalho deixar de ser recomendado.

O tema está em cima da mesa: perante o agravamento da pandemia em Portugal nas últimas duas semanas, o Governo decidiu marcar uma nova reunião no Infarmed com os especialistas e já se especula se o teletrabalho pode voltar a ser recomendado, depois de essa recomendação ter caído em outubro. Mas quantas pessoas é que ainda estão nessa situação? E quanto poderão vir a estar caso seja recomendado?

Não existe uma estimativa de quantas pessoas estão em teletrabalho neste momento, após ter caído a recomendação em outubro. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referem-se ao terceiro trimestre, um período marcado pelo verão, pela redução progressivas das restrições e pelo fim da obrigatoriedade do teletrabalho a partir de 1 de agosto.

Ao todo, entre julho e setembro, havia 617,6 mil trabalhadores (12,7% da população empregada) a trabalhar a partir de casa. Este é o segundo valor mais baixo de teletrabalho desde que a pandemia começou, apenas superado pelo quarto trimestre de 2020 (597,5 mil/12,3%) — este período ficou marcado pelo regresso do estado de emergência e do teletrabalho obrigatório.

No início da pandemia havia um milhão de trabalhadores em teletrabalho

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Recuemos cerca de dois anos. O pico do teletrabalho em Portugal registou-se logo no início da pandemia, no segundo trimestre de 2020, quando mais de um milhão de trabalhadores (um milhão e 94 mil), o equivalente a 23,1% da população empregada, trabalhou a partir de casa. Este foi o período de maior incerteza dado que se desconhecia a Covid-19, nem havia vacinas ou tratamentos disponíveis.

Esses números de teletrabalho não se repetiram mais, nem quando o país entrou novamente em confinamento. No segundo “lockdown”, no primeiro trimestre de 2021, quando Portugal era o país com a situação pandémica mais grave de todo o mundo, 967,7 mil trabalhadores ficaram a trabalhar a partir de casa, o equivalente a 20,7% da força de trabalho.

O recurso ao teletrabalho baixou progressivamente nos meses seguintes, tendo o estado de emergência terminado no final de abril. No segundo trimestre de 2021, num período em que o teletrabalho passou a ser obrigatório apenas nos concelhos mais afetados pela pandemia (sendo recomendado nos restantes), havia 717 mil trabalhadores neste situação, o equivalente a 14,9% da população empregada.

No início de agosto, com o processo de vacinação a todo o gás e grande parte da população já inoculada, o Governo deixou cair totalmente a obrigação do teletrabalho, mantendo, no entanto, a recomendação e a obrigação de manter as equipas em espelho e horários desfasados no caso de empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores. Além disso, passou a existir testagem frequente em algumas empresas.

A recomendação do teletrabalho viria a cair em outubro com a fase final do desconfinamento em Portugal, restando apenas algumas restrições como o uso de máscara em espaços fechados públicos. Desde então o número de trabalhadores a partir de casa deve ter caído, podendo estar em níveis semelhantes ou até inferiores aos registados no quarto trimestre de 2020. Estes dados só serão divulgados pelo INE no início do próximo ano.

A queda esperada para o recurso ao teletrabalho no quarto trimestre deste ano pode ser invertida caso o Governo decida voltar a recomendar o teletrabalho –– ou até torná-lo obrigatório –, após a reunião com os especialistas de saúde pública na sexta-feira. Tendo como referência os números do confinamento do início do ano, ainda que não seja expectável que se chegue a essa situação, pode haver mais 300 mil trabalhadores a ir para trabalho remoto. Já se se voltar à situação do segundo trimestre deste ano, a diferença face ao terceiro trimestre é de 100 mil trabalhadores.

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Há novas regras a cumprir caso teletrabalho obrigatório regresse

As regras do teletrabalho aprovadas pelo Parlamento poderão aplicar-se caso a pandemia dite um regresso ao trabalho remoto obrigatório. Possível aumento dos custos das empresas não sustenta recusa.

Com o agudizar da situação epidemiológica em Portugal, cresce, neste momento, a discussão sobre a possibilidade de regressar a obrigação (ou, pelo menos, a recomendação) de adotar o teletrabalho. A confirmar-se, desta vez, deverão ser aplicadas regras diferentes das que tiveram de ser cumpridas no último ano e meio. É que, depois da pandemia ter levado a um aumento do número de pessoas a trabalhar a partir de casa, o Parlamento decidiu densificar e alterar algumas das normas previstas no Código do Trabalho. Estas mudanças estão, contudo, ainda dependentes de um “sim” do Chefe de Estado.

Foi no início do mês que o Parlamento aprovou várias alterações às regras do teletrabalho, nomeadamente no que diz ao pagamento das despesas e aos contactos presenciais entre os teletrabalhadores e as chefias. Falta ainda, no entanto, a promulgação do diploma pelo Presidente da República, e a consequente publicação em Diário da República. “O diploma que introduz alterações ao regime do teletrabalho entrará em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação“, começa por apontar André David, Associado Sénior da Antas da Cunha Ecija & Associados, em declarações ao ECO.

Numa altura em que, à boleia da tendência crescente da atividade pandémica, já se fala num regresso ao teletrabalho obrigatório — o Governo diz que tal dependerá da evolução da crise sanitária –, é, pois, importante perceber se essas novas regras terão ou não de ser cumpridas, mesmo neste contexto excecional. Questionado, André David explica que, se já estiverem em vigor “no momento em que eventualmente se volte a decretar a adoção obrigatória de teletrabalho, as novas disposições do regime do teletrabalho (a maior parte incluídas no Código do Trabalho), que não dependam de acordo das partes, terão de ser cumpridas, salvo se o diploma que venha a decretar a adoção obrigatória de teletrabalho dispuser em sentido contrário”.

Já Hugo Martins Braz, advogado e sócio da Valadas Coriel & Associados, sublinha, em declarações ao ECO, que “se, no âmbito do contexto Covid-19, for novamente aprovada legislação especial relativamente ao teletrabalho (como ocorreu por diversas vezes desde o início desta pandemia) esta prevalecerá, durante a sua vigência, face à legislação geral que, nesse momento, se encontrar em vigor (seja a atual ou a que venha a ser promulgada pelo Presidente da República)”. Isto ocorrerá, no entanto, “sem prejuízo das remissões que a legislação especial possa fazer para a lei geral e das eventuais lacunas que venham a existir nessa legislação especial e que tenham que ser colmatadas pela recurso à legislação geral”, acrescenta.

Ainda é incerto se irá voltar a recomendação ou obrigação de aplicar o teletrabalho, sendo que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse que tal dependerá do agravamento das infeções por Covid-19, garantindo que o Governo está a acompanhar a evolução pandémica. Por um lado, a incidência e o índice de transmissibilidade do vírus têm vindo a aumentar, mas Portugal regista também uma taxa de vacinação elevada. A já famosa reunião do Infarmed vai voltar, esta sexta-feira, para discutir a evolução da pandemia, e esta poderá ser uma das medidas em cima da mesa.

Mas, afinal, quais são, então, as mudanças às regras do teletrabalho que poderão já ser aplicadas, caso regresse a imposição deste regime? Ora, o diploma aprovado pelos deputados define, quanto às despesas adicionais implicadas no trabalho à distância, que devem ser “integralmente compensadas pelo empregador“, na medida em que o trabalhador as comprove. Tal inclui os acréscimos dos custos de energia e dos custos da internet. Além disso, os equipamentos e os sistemas necessários à realização do trabalho e à interação entre o trabalhador e o empregador devem ser garantidos pela empresa.

Nas novas regras, as empresas têm também de promover os contactos presenciais entre os teletrabalhadores e as chefias e os demais trabalhadores a cada, pelo menos, dois meses. Foi ainda aprovado o dever de o empregador se abster de contactar o trabalhador no período de descanso, exceto em situações de força maior (acidentes ou incêndios, por exemplo). Este dever aplica-se, de resto, tanto a teletrabalhadores como a trabalhadores presenciais.

Aumento de despesas das empresas não deverá servir para recusar teletrabalho

Tendo em conta as novas regras, o teletrabalho poderá implicar, em alguns casos, um aumento das despesas dos empregadores. No entanto, tal não deverá ser um “fundamento válido” para recusar a aplicação do regime de teletrabalho, caso venha a ser imposto ou recomendado pelas autoridades devido à pandemia.

“Se o regime de teletrabalho voltar a tornar-se obrigatório por razões de saúde pública e se a lei vigente obrigar, já nesse momento, ao pagamento das despesas adicionais por parte do empregador, esse argumento não será, em princípio, um fundamento válido, por si só, de recusa para adoção do teletrabalho (seja obrigatório ou apenas recomendado), podendo constituir, quando muito, um motivo acrescido para os empregadores argumentarem a falta de meios ou instrumentos para implementarem o regime”, reitera André David.

A questão também vai depender, “em grande medida, da redação que for dada no âmbito da legislação especial que venha a ser aprovada em contexto Covid-19″, ressalva Hugo Martins Braz. “No entanto, atendendo aos regimes especiais anteriores que estiveram em vigor, parece-nos que o acréscimo de despesas por parte do empregador não poderá ser utilizado como argumento imediato para evitar o recurso a um eventual regime de teletrabalho obrigatório”, admite.

Ainda assim, se o “empregador demonstrar que esse acréscimo de despesas lhe é especialmente penoso ou que, inclusive, coloca em causa a solvabilidade da empresa”, tal recusa “poderá ser legitima”, entende o advogado.

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Fundos e apartamentos turísticos usados para contornar travão aos vistos gold

A lei vai mudar a 1 de janeiro e nas cidades do litoral a compra de habitação deixa de dar direito a um visto gold. Mas o setor já encontrou forma de contornar o problema.

A partir de janeiro, obter um visto gold passará a ser mais difícil para os investidores estrangeiros. O Governo colocou um travão a este regime, acabando com a possibilidade de adquirir um imóvel de habitação nas cidades do litoral. Mas como apartamentos e cidades como Porto e Lisboa eram os mais procurados, os promotores imobiliários encontraram formas de continuar a permitir que os investidores adquiram um golden visa nestes moldes.

O programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) vai mudar a 1 de janeiro de 2022, com o objetivo de tentar canalizar investimento estrangeiro para o interior do país. Assim, de forma a dar “prioridade aos territórios mais vulneráveis”, comprar uma habitação numa das cidades do litoral deixa de dar acesso a um visto gold e o investimento mínimo feito na criação de uma empresa ou fundo de investimento aumenta.

Ora, a maioria dos vistos concedidos foi através da aquisição de imóveis residenciais nas principais cidades do país. E como isso deixa de ser possível em 2022, (continua a ser possível adquirir um escritório, por exemplo, no Porto ou em Lisboa) foi nos fundos de investimento que os promotores encontraram uma forma de contornar este travão imposto pelo Governo.

“As pessoas têm readequado a forma de investir e fazem-no através de fundos de investimento”, explucou ao ECO Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII). “Houve muitos promotores a criarem fundos de investimento, de private equity, que permitem ao investidor continuar a investir onde quiser”, continua.

Como é que isto funciona? Os promotores imobiliários constituem estes fundos de investimento, colocando na carteira imóveis. Isto permite que um investidor estrangeiro subscreva unidades de participação (UP) deste fundo, por um mínimo de 500 mil euros e obtenha um visto gold.

A lei já permitia que um investidor obtivesse um golden visa através de um fundo de investimento, mas a opção mais procurada era sempre a compra direta de um imóvel. Mesmo com este travão à lei, os fundos continuam a ser permitidos, embora o montante mínimo de investimento tenha passado de 350 mil para 500 euros.

Hugo Santos Ferreira adianta que há cerca de uma dezena de promotores a optarem por este caminho, colocando nestes fundos sobretudo imóveis residenciais, uma vez que é aqui que o travão do Governo atua. Ainda assim, nem tudo é perfeito, pelo menos como até aqui. “A desvantagem é que, no fundo, o investidor não compra a propriedade direta [do imóvel], mas sim uma UP. Não há uma compra direta do imóvel, nem é propriedade plena, mas acaba por ser proprietário de um imóvel”, explica o presidente da APPII.

Apartamentos turísticos também são um escape

Mas há mais formas de contornar a nova lei, como por exemplo recorrendo aos apartamentos turísticos. “Muitos imóveis de alojamento local, que eram considerados habitação, foram transformados em apartamentos turísticos“, explicou uma fonte do mercado imobiliário ao ECO, referindo que esta modalidade não se insere no residencial e continua a dar acesso a um visto.

Os apartamentos turísticos são uma modalidade que permite ao comprador adquirir um imóvel, do ponto de vista do investimento, e passar duas ou três semanas por ano lá, sendo que no resto do tempo este é arrendado para fins turísticos.

Apesar destas alternativas, que “continuam a complicar um bocado”, o presidente da APPII nota que o ideal seria que tudo se mantivesse como até aqui. “O ideal era que o bom senso imperasse e que, a bem da recuperação económica, voltássemos a ter um dos principais instrumentos de captação de investimento estrangeiro no nosso país”, diz Hugo Santos Ferreira.

O mesmo lamenta Miguel Poisson, CEO da Portugal Sotheby’s International Realty, que nota que este travão é uma “medida negativa para o país” e que muitos investidores têm pedido mais celeridade na entrada dos processos. “Os golden visa não trazem nenhum prejuízo para o Estado. É uma pena estar a discriminar negativamente o regime”, diz.

O responsável da imobiliária acredita que, com isto, o Governo “está a bloquear a entrada dos investidores”. “Queremos tanto levar os investidores para o interior que estes acabam por ir para Espanha e para outros países europeus“, afirma.

O programa ARI foi criado em 2012 para captar investimento estrangeiro para Portugal. Desde então, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e até julho foram captados 5.934 milhões de euros, a maioria através da compra de imóveis, num total de 9.875 vistos. Em 2020, mesmo em ano de pandemia, os golden visa captaram 370 milhões de euros de investimento internacional.

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Ações da Visa afundam 5% e pressionam Dow Jones

Bolsas de Nova Iorque caíram esta quarta-feira com investidores a anteciparem uma subida dos juros pela Fed. Visa cedeu 5% depois de Amazon deixar de aceitar os seus cartões no Reino Unido.

Os principais índices acionistas de Wall Street fecharam a sessão desta quarta-feira em baixa, com os investidores a anteciparem uma subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana.

O S&P 500 perdeu 0,26% para 4.688,71 pontos e o Dow Jones caiu 0,58%, tendo sido penalizado pelas ações da Visa (-4,70%) depois de a Amazon ter anunciado que vai deixar de aceitar os seus cartões no Reino Unido devido às elevadas comissões que cobra nas transações. O tecnológico Nasdaq cedeu 0,33%.

A Target também caiu em força: as ações cederam 4,73% com os investidores a penalizarem a retalhista por causa da margem do terceiro trimestre, impactada pelos problemas nas cadeias de distribuição. Ainda assim, a empresa reviu em alta as perspetivas para as vendas deste ano.

Ainda no setor do retalho, a Lowe’s avançou 0,4% perante a melhoria das previsões para a faturação este ano, devido à procura dos construtores e empreiteiros e à alta do mercado imobiliário.

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Petróleo cai mais de 2% perante sinais de excesso de oferta

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Barril de petróleo desvaloriza para mínimos do início de outubro perante os sinais de iminência de excesso de oferta no mercado e o agravamento da pandemia na Europa.

Os preços do petróleo estão sob pressão, estando a recuar mais de 2% para mínimos desde o início de outubro, depois de a OPEP e a Agência Internacional de Energia (EIA, sigla em inglês) terem alertado para a iminência de excesso de oferta de barris no mercado e perante o agravamento da pandemia na Europa, que pode baixar a procura.

O barril de Brent para entrega a 30 de novembro desvaloriza 2,18% para 80,28 dólares, em Londres. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o contrato de crude que expira a 19 de novembro cai 2,7% para 80,28 dólares.

Para os analistas, esta evolução sugere que os fundos estão já a preparar-se para um cenário em que a oferta vai começar a superar a procura nos próximos meses, depois da alta dos preços que foi provocada pela incapacidade dos produtores para responder ao aumento do consumo, após a pandemia.

Petróleo sob pressão

A OPEP e a EIA disseram recentemente que poderá haver um reforço da oferta nos próximos meses. A OPEP e os seus aliados (OPEP +) mantêm em vigor o acordo para aumentar a produção em 400 mil barris diários por mês, para não sobrecarregar o mercado de um momento para o outro.

O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, adiantou esta terça-feira que o cartel já vislumbra sinais de um excesso de petróleo no próximo mês e alertou os membros e aliados a serem “muito, muito prudentes”.

Além disso, a administração Biden também também pediu aos maiores consumidores mundiais de petróleo para libertarem reservas num esforço coordenado para aliviar os preços e estimular a recuperação da economia, de acordo com a agência Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). Entre os países abordados pelos EUA estão o Japão, Coreia do Sul, Índia e também a China.

Por outro lado, a Europa assiste a novas ondas de casos de Covid-19, obrigando alguns governos a voltar a impor restrições, como a Áustria, que ordenou o confinamento para os cidadãos que não foram vacinados. São medidas que poderão condicionar a procura, pressionando assim os preços em baixa.

(Notícia atualizada às 21h49)

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Rio diz que atitude do Chega prova importância de “voto útil” no PSD

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A nível nacional, o presidente do PSD diz que “há uma incompatibilidade” com o Chega. "À primeira oportunidade, criam logo instabilidade”, criticou.

O presidente do PSD recusou esta quarta-feira interferir numa eventual crise no Governo Regional dos Açores causada pela retirada do apoio do Chega, mas salientou que esta atitude mostra a necessidade do “voto útil” no PSD nas legislativas.

No final da apresentação de um livro organizado pelo Conselho Estratégico Nacional do PSD sobre reforma fiscal, Rio foi questionado sobre o anúncio feito pela direção nacional do Chega de que pediu ao Chega Açores para retirar o apoio ao Governo regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar, em resposta à rejeição pelo presidente do PSD de acordos pós-eleitorais a nível nacional com o partido.

O que existe nos Açores é um acordo regional, não tem nada a ver com a escala nacional. Eu não me misturo nisso, é uma matéria que vai ser decidida pelas autoridades regionais”, afirmou.

Rui Rio afirmou não ter falado com o líder do Chega, André Ventura, mas apenas com o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, que disse estar “apesar de tudo confiante” na resolução da crise.

O presidente do PSD reiterou que, a nível nacional, tem rejeitado quaisquer coligações com o Chega pré ou pós-eleitorais e, uma vez que André Ventura só admite acordos com o partido no Governo, “há uma incompatibilidade”.

“A conclusão que posso tirar é que isto vai ter de se resolver nas eleições de 30 de janeiro: ou há uma concentração de voto no PSD, que é útil para a estabilidade do país, ou se houver uma grande fragmentação o país fica em situação de governabilidade difícil”, alertou.

“À primeira oportunidade, criam logo instabilidade”, afirmou. Questionado se se está perto de uma queda do Governo Regional dos Açores, Rio respondeu: “A informação que tenho é que não”.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados: 25 do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

No arquipélago, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.

A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL. O deputado não inscrito Carlos Furtado manteve o apoio ao Governo dos Açores.

Se o deputado único do Chega, José Pacheco, deixar de apoiar o executivo, este passa a contar com o apoio de 28 deputados, insuficiente para garantir maioria absoluta no hemiciclo (29).

Além disso, o deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, revelou em 5 de novembro que o seu sentido de voto não está fechado, mesmo depois de o Governo Regional ter reduzido o nível de endividamento previsto no Orçamento e no Plano para 2022, tal como tinha exigido o parlamentar.

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Google Portugal ensina como conquistar e reter clientes nesta Black Friday

Da utilidade à transparência, a Google Portugal dá uma série de dicas e recomendações aos retalhistas para aproveitarem esta época de compras da melhor forma, conquistando e retendo clientes.

Com a temporada das compras do Natal a aproximar-se e as campanhas da Black Friday a dilatarem-se por todo o mês de novembro, milhões de portugueses vão percorrer as lojas físicas e virtuais à procura dos melhores descontos. Por isso, proporcionar uma experiência de compra agradável e sem fricções é essencial para conquistar e reter clientes. A Black Friday acontece este ano a 26 de novembro.

Depois de um 2020 marcado pelas restrições da Covid-19, a peak season de 2021 promete trazer novos e complexos desafios aos retalhistas — desde a escassez de matérias-primas e semicondutores, ao estrangulamento das cadeias de distribuição e de abastecimento.

“Ainda há muita incerteza sobre a próxima temporada de compras, desde possíveis atrasos nas entregas à escassez de stocks, até preocupações sobre a possibilidade de introdução de novas restrições”, diz ao ECO fonte oficial da Google Portugal, que deixou um conjunto de dicas para os retalhistas se prepararem melhor para o que aí vem: “Tudo isto torna mais importante do que nunca que os retalhistas proporcionem uma experiência clara e sem fricção durante todo o processo de compra, para que os clientes saibam o que esperar”, acrescenta a multinacional.

A primeira sugestão da empresa foca-se na “consistência”. A Google nota que “as pessoas estão a usar os canais digitais nesta época de compras”, mas “não compram apenas online. “As lojas físicas continuam a proporcionar valor, pois oferecem conveniência, rapidez, experiência pessoal e testes de produtos”, nota a mesma fonte.

Assim, recordando que “as compras convencionais não morreram”, a Google explica que “as pessoas querem, cada vez mais, as opções de compra online, em loja ou de forma híbrida”. “Os retalhistas precisam de disponibilizar consistência de marca e de produto entre o seu website, lojas e outros canais, para criarem uma experiência omnicanal contínua”, explica.

As compras convencionais não morreram. (…) Os retalhistas precisam de disponibilizar consistência de marca e de produto entre o seu website, lojas e outros canais, para criarem uma experiência omnicanal contínua.

Google Portugal

O segundo pilar é o da “utilidade”. A Google indica que “os retalhistas devem colocar-se no lugar dos seus clientes e pensar quais são as incertezas que podem levar ao abandono de uma compra”. “Se, por exemplo, um produto não estiver disponível devido à falta de stock, proponha recomendações e substituições relevantes que irão satisfazer os clientes”, recomenda.

Por fim, fonte oficial da Google aponta para a “transparência”. “Os retalhistas devem ser claros e diretos sobre uma possível escassez iminente de produtos ou de atrasos na entrega. Quando as pessoas sabem o que esperar, podem tomar uma decisão de compra informada. No entanto, se um produto atrasar ou ficar sem stock depois de o cliente já o ter comprado e pago, isso causará atrito e prejudicará a satisfação do cliente e a fidelidade à marca a longo prazo”, nota a empresa, salientando que isso “não estará certamente na lista de desejos de ninguém”.

A Black Friday acontece este ano a 26 de novembro, cerca de duas semanas depois do Dia dos Solteiros, a campanha de promoções e descontos da Ali Express. Devido às pressões inflacionárias que estão a ser observadas em todo o mundo, alguns retalhistas admitem que, este ano, as promoções poderão não ser tão apelativas.

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Governo diz que linha circular do metro de Lisboa “é para fazer até ao fim”

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Na sequência da aprovação da moção que trava a Linha Circular do Metro de Lisboa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática sublinha que o projeto "é para fazer até ao fim".

Em resposta à aprovação, na manhã desta quarta-feira, de uma moção que visa pressionar o Governo a travar o projeto da Linha Circular do Metro de Lisboa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática avisa a Câmara Municipal da capital que “tudo correu como tem de correr, e por isso, a Linha Circular é para fazer até ao fim“.

Surpreendido, João Pedro Matos Fernandes apontou ao Expresso as prioridades propostas pelo PCP – aprovadas com os votos a favor da vereação de Carlos Moedas (PSD e CDS) e do BE -, que ora estão em andamento, ora são “um topete”. O ministro lembrou que, para cada proposta, foram feitos “estudos claríssimos, apresentados, discutidos, [com uma] avaliação de impacte ambiental posterior”.

“O atraso [da CML a dar parecer sobre o projeto] é de poucos dias, mas é mesmo importante que a Câmara diga que concorda com aquilo que diz querer“, disse ainda Matos Fernandes, sublinhando que a obra, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, deverá estar pronta no final de 2025, “assim a Câmara de Lisboa a queira”.

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Rui Rio considera que IVAucher “não é eficaz” e tem “burocracia a mais”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2021

O líder do PSD considera o IVAucher, sobretudo no caso dos combustíveis, um "esquema burocrático", e garante que, sob Governo do PSD, a redução da carga fiscal do ISP será um objetivo.

O líder do PSD, Rui Rio, criticou esta quarta-feira o IVAucher, considerando-o ineficaz, burocrático e confuso, o que é “mais flagrante” no caso dos combustíveis, com o denominado Autovoucher.

Acho que não é eficaz. Acho que há burocracia a mais e, no caso dos combustíveis, então, isso é mais flagrante“, afirmou Rui Rio, em declarações transmitidas pela RTP3.

Abordando o caso do IVAucher para os restaurantes, o presidente do PSD disse que, dada a pandemia, ainda se compreende, mas, no caso dos combustíveis, “aí ninguém entende nada”. “Quer dizer, pagamos o imposto e depois o imposto é devolvido através de um esquema burocrático?“, apontou.

Nesse sentido, sugeriu uma solução “muito simples”, que não envolve os contribuintes: “Pura e simplesmente reduz-se o ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] relativamente àquilo que é o preço do petróleo neste momento. Quando o preço do petróleo baixar, pode o ISP subir outra vez”.

Rui Rio deixou ainda críticas diretamente ao Governo, considerando que o executivo implementou a medida em causa “justamente para ser tão confuso que os contribuintes acabam por não fazer e pagar o imposto”. E garantiu que, se o PSD for Governo, os portugueses vão contar “com o objetivo da redução da carga fiscal dos impostos sobre o produto”.

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