Grupo InterContinental Hotels passa de prejuízo a lucro de 41 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 10 Agosto 2021

O InterContinental Hotels Group teve um lucro de cerca de 41 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo de 179 milhões de euros no período homólogo.

O InterContinental Hotels Group teve um lucro de 48 milhões de dólares (cerca de 41 milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo de 210 milhões de dólares (179 milhões de euros) no ano anterior, anunciou esta terça-feira.

No primeiro semestre deste ano, o IHG, dono dos hotéis Holiday Inn, com atividade em Portugal, contabilizou um lucro operacional de 138 milhões de dólares (117,7 milhões de euros), face a um prejuízo operacional de 233 milhões de dólares no ano passado, refere o grupo IHG em comunicado.

“O negócio melhorou consideravelmente no primeiro semestre do ano, o que permitiu a retomada da rentabilidade”, referiu o grupo IHG, advertindo, no entanto, que decidiu “não pagar os dividendos provisórios” no exercício fiscal deste ano.

Apesar disso, com a retoma da rentabilidade registada na primeira metade do ano, a administração afirmou em comunicado que “está confiante” em que as características geradoras de tesouraria (fluxo de caixa) do seu modelo de negócios irão possibilitar “a retomada do pagamento de dividendos dentro do prazo”.

Apesar de as campanhas de vacinação e a redução gradual das restrições terem beneficiado o setor hoteleiro, a incerteza permanece devido à rápida expansão da variante Delta, muito contagiosa, avisa.

O IHG, que também gere as cadeias de hotéis Crowne Plaza, Regent e Hualuxeson disse ainda que a receita por quarto disponível (RevPAR) subiu 20% nos primeiros seis meses deste ano, face a igual período do ano anterior.

A recuperação foi “mais acentuada” na China e as reservas mantêm-se fortes nos Estados Unidos, o maior mercado do grupo, disse o presidente-executivo do grupo, Keith Barr, em comunicado, adiantando que o IHG está a recuperar ao nível das viagens de negócios.

Na primeira metade do ano, por sua vez, a taxa de ocupação por quarto disponível melhorou, sendo que quase metade de seus hotéis alcançarem um RevPAR em julho acima dos níveis pré-pandemia de Covid-19.

O IHG possui atualmente cerca de 6.000 hotéis em mais de 100 países, detendo em Portugal, entre outros, o InterContinental Hotels Cascais-Estoril, o Holiday Inn Express Aeroporto de Lisboa e o InterContinental Hotels Lisboa.

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Apple aposta em melhorias nas câmaras dos novos iPhones

Bloomberg noticia que novos iPhones vão ter funcionalidades mais avançadas nas câmaras, mas manterão as características de design introduzidas no ano passado com a gama do iPhone 12.

Os novos iPhones que a Apple vai lançar nas próximas semanas deverão incluir uma série de melhorias incrementais ao nível das câmaras. Mas o design dos telemóveis deverá ser semelhante ao das versões mais recentes.

A informação ainda não é oficial, mas foi avançada na Bloomberg (acesso condicionado) pelo jornalista Mark Gurman, conhecido pelas fontes que tem dentro da empresa. Ao nível da estrutura dos telemóveis, a característica mais distintiva vai ser o tamanho mais reduzido do entalhe do ecrã, a aba (conhecida por notch) onde se localiza a câmara das selfies.

Quanto às melhorias, os novos iPhones permitirão o uso do modo Profundidade durante a gravação de vídeos, que foi introduzido em 2016 e, atualmente, permite desfocar as partes de uma fotografia que estejam em segundo plano. Estão também na calha nos filtros para tornar as fotografias mais bonitas e interessantes.

As versões mais musculadas do novo telemóvel deverão ainda possibilitar a gravação de vídeos em HD e 4K num novo formato chamado ProRes. Este modo assegurará uma qualidade superior e dará aos utilizadores mais experientes um maior controlo sobre as definições da imagem.

Além destas novidades, a Bloomberg noticia que os próximos modelos do iPhone incluirão um processador A15 mais rápido e sofisticado, assim como uma nova tecnologia no ecrã, que dará uma maior sensação de suavidade à medida que se vai fazendo scroll no ecrã.

A par de tudo isto, os novos iPhones serão, naturalmente, alimentados pelo iOS 15, que ainda não foi lançado ao público, mas que a Apple já apresentou aos fãs. Esta versão do sistema operativo incluirá melhorias importantes no FaceTime e na Wallet e, em Portugal, o Apple Maps vai aproximar-se mais da qualidade e detalhe de informação que existe hoje na aplicação concorrente Google Maps, prometeu a empresa.

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Letónia declara estado de emergência na fronteira com Bielorrússia

  • Lusa
  • 10 Agosto 2021

A Letónia, tal como a vizinha Lituânia, tem enfrentado nos últimos meses um afluxo de imigrantes iraquianos através, sobretudo, dos 175 quilómetros da fronteira com a Bielorrússia.

A Letónia declarou esta terça-feira o estado de emergência na fronteira com a Bielorrússia, autorizando as forças de segurança a recorrer à força física para impedir a entrada de imigrantes ilegais.

A decisão do Governo estará em vigor até 10 de novembro, e permite às Forças Armadas e à polícia prestar assistência à Guarda de Fronteiras do Estado na prevenção da imigração ilegal. Atualmente, só os guardas fronteiriços podem patrulhar a fronteira.

A Letónia, tal como a vizinha Lituânia, tem enfrentado nos últimos meses um afluxo de imigrantes iraquianos, na sua maioria provenientes da Bielorrússia. As fronteiras da Letónia com a Bielorrússia, com quase 175 quilómetros de extensão, são também a fronteira externa da União Europeia (UE).

Desde sexta-feira, 283 pessoas foram detidas por atravessarem a fronteira a partir da Bielorrússia, elevando para 343 o total desde o início do ano, noticiou a agência Baltic News Service (BNS), citando dados oficiais.

O primeiro-ministro da Letónia, Krišjānis Kariņš, disse que esta decisão praticamente encerra a fronteira com a Bielorrússia, o que constitui um ponto de viragem muito importante, segundo a radiotelevisão pública.

A decisão pode ser revogada pelo Governo antes do prazo especificado, se a ameaça ao Estado tiver sido impedida ou resolvida.

O Governo também tem o direito, se necessário, de prorrogar o estado de emergência agora declarado por um período não superior a três meses, acrescentaram os ‘media’ locais.

A Letónia, a Lituânia e a Estónia, que integram a UE, acusaram o Governo do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de encorajar o fluxo migratório para retaliar sanções europeias contra Minsk, na sequência do desvio de um avião de passageiros para prender um jornalista dissidente.

A Polónia, outro membro da União Europeia que faz fronteira com a Bielorrússia, assinalou também um número crescente de migrantes iraquianos e afegãos a tentar entrar a partir daquele país, no que um funcionário do Governo chamou parte da “guerra híbrida” do regime de Minsk contra a UE.

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TAP com redução de 50% da capacidade nos meses de verão

A capacidade de transporte de passageiros da companhia aérea é metade da que existia em 2019, ainda assim uma forte melhoria face aos níveis registados no verão passado.

A TAP está a recuperar progressivamente a capacidade e aponta agora para uma redução de 50% nos meses de verão, face aos níveis registados no mesmo período de 2019. Um nível muito acima de 2020, mas aquém do que era estimado em maio.

“A atividade da TAP tem vindo a evoluir gradualmente, conforme previsto. A percentagem da capacidade (ASK) face a igual período de 2019 está a aumentar, sendo que a redução da capacidade já se situa em torno dos 50% durante os meses de julho, agosto e setembro, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA”, afirma a companhia aérea ao ECO.

O ASK (Available Seat Kilometer) multiplica os lugares disponíveis nos aviões em operação pelos quilómetros que podem ser percorridos. Daí que seja uma medida de oferta e não de procura. Ainda assim, ajuda a aferir a segunda, uma vez que por razões de custos a capacidade tem de estar ajustada à expectativa de ocupação das aeronaves.

A redução de 50% fica abaixo das perspetivas traçadas em maio pelo anterior CEO. Numa “newsletter” interna, a que Lusa teve acesso, Ramiro Sequeira (agora administrador executivo) previa que a capacidade viesse “a aumentar, gradualmente, para valores de 34% em maio, 49% em junho e 65% para os meses de julho, agosto e setembro”.

O número divulgado agora está, no entanto, em linha com os últimos dados partilhados pela nova CEO, Christine Ourmières-Widener. “Neste momento, estamos a retomar a nossa operação comercial com aproximadamente 50% da nossa capacidade, comparativamente aos níveis de 2019″, escreveu num texto enviado aos clientes da empresa no início de julho, pouco depois de assumir o cargo.

Os 50% representam, ainda assim, uma forte recuperação face ao verão de 2020, quando a TAP registou uma redução de capacidade de 88% em julho, de 75% em agosto e de 72% em setembro.

Os últimos dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) indicam uma redução de capacidade de 51,6% na indústria em junho. Nesse mês, a TAP transportou 424,9 mil passageiros, 16 vezes mais do que no mesmo mês do ano passado, mas menos 73% do que em junho de 2019.

O segundo trimestre já evidenciou uma forte recuperação do tráfego aéreo em Portugal. O último boletim estatístico da ANAC dá conta de 54 mil movimentos nos aeroportos nacionais, o dobro do registado entre janeiro e março e quase cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior.

A melhoria é evidente também nos 3,38 milhões de passageiros transportados entre abril e junho, mais 178% do que no primeiro trimestre e quase nove vezes mais do que nos meses homólogos. Uma evolução que a ANAC justifica com a redução dos números da pandemia. “No início de maio, Portugal ocupava a posição de país da UE com menos casos diários de infeção por SARS-CoV-2 e com menos mortes por milhão de habitantes, reunindo algumas condições para iniciar uma recuperação do turismo e, consequentemente, do setor da aviação”, escreve o regulador.

Ainda assim, “o enquadramento normativo aplicável ao transporte aéreo, designadamente as restrições impostas aos voos provenientes de países que não integram a UE, bem como a obrigatoriedade de apresentação de teste PCR negativo ou de Certificado Digital Covid, por parte dos passageiros, e as diferentes velocidades de implementação das mesmas na Europa”, acabaram por condicionar a recuperação do setor. Apesar da evolução positiva, quer os movimentos (-54%) quer o número de passageiros (-78%) continuam muito aquém dos níveis do segundo trimestre de 2019.

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Espanhola Azora compra terceiro hotel de luxo no Algarve

Vilalara Thalassa Resort, em Porches, é a terceira aquisição do fundo espanhol em Portugal na componente hoteleira.

O fundo espanhol Azora fechou a terceira operação hoteleira em território nacional. Depois de dois Tivoli, a empresa junta agora ao seu portefólio o Vilalara Thalassa Resort, uma unidade cinco estrelas em Porches. Desconhecem-se os valores, mas esta não foi, seguramente, a última operação em Portugal, diz a sócia-fundadora da empresa, citada pela imprensa espanhola.

Através do recente fundo criado para o efeito, o European Hotel & Lodging, a Azora acabou de fechar a compra do Vilalara Thalassa Resort, que pertencia a um fundo da Oxy Capital, apurou o ECO junto de fontes do mercado imobiliário.

Esta unidade de cinco estrelas está localizada acima da Praia das Gaivotas e conta com 118 quartos e suites. É considerado um dos melhores resorts do país devido à localização privilegiada e à qualidade dos serviços. Está atualmente a ser operado pela empresa Blue & Green.

Vilalara Thalassa Resort, em Porches.Vilalara Thalassa Resort/D..R.

O valor da operação não foi revelado. Concha Osácar, sócia cofundadora da Azora, citada pela imprensa espanhola, sublinha que esta aquisição “reforça a confiança” que a empresa tem na “recuperação do turismo da Europa” e no “posicionamento único do Algarve como protagonista desta recuperação”. “Continuamos convencidos da atratividade desta região e do mercado português e queremos continuar muito ativos”, acrescenta.

A compra do Vilalara Thalassa Resort é a terceira operação do fundo que a Azora criou. O primeiro investimento foi o Portefólio Semilla, composto por dez hotéis resort e quatro citadinos em toda a Europa, seguindo-se depois um hotel na Costa Brava. Em Portugal, comprou no mês passado o Tivoli Marina Vilamoura e o Tivoli Carvoeiro, no Algarve, por 148 milhões de euros.

Este novo fundo, criado em julho do ano passado, tem uma dotação de 1.500 milhões de euros para investir em oportunidades por toda a Europa, sobretudo ativos de sol e praia, diz a imprensa espanhola.

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Escritura de compra e venda da Coelima será entre 18 e 25 agosto

Está previsto que a nova dona da Coelima assine a escritura pública de compra e venda da têxtil entre 18 e 25 de agosto. "Se há processo limpo e transparente este é um deles", garante sindicato.

A escritura de compra e venda da insolvente Coelima, que foi vendida à Mabera, no final de junho por 3,7 milhões de euros, será entre 18 e 25 de agosto, revela ao ECO o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes.

“Está previsto entre o dia 18 e 25 de agosto ser feita a escritura pública de compra e venda da Coelima. Foi o gestor de insolvência, Pedro Pidwell, que me deu essa indicação esta segunda-feira”, adianta o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira.

O coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes explica ainda que esta “venda por transmissão terá de ser comunicada formalmente aos trabalhadores”. Francisco Vieira lembra ainda que existe a figura da oposição e que os trabalhadores podem opor-se à transferência da sua posição para a Mabera, mas que tinham de alegar e quantificar prejuízos sérios”. No entanto, está convicto que isso não vai acontecer. “Se há processo limpo e transparente este é um deles”, refere.

A Mabera, localizada em Vila Nova de Famalicão, ficou responsável oficialmente pela Coelima e pelos seus 250 trabalhadores no dia 1 de julho, que continuam a trabalhar na fábrica. Francisco Vieira garante que os “salários foram pagos” e que “não existe nada a apontar à nova dona da Coelima”.

Constituída em 1922, a Coelima chegou a ser uma das maiores produtoras de roupa de cama. Na ótica do sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes “agora é hora de recuperar o tempo perdido e os clientes”.

O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado em 22 de abril, com a empresa a apresentar um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no final de 2020.

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Vítor Gaspar defende aumento da progressividade nos impostos

  • Lusa
  • 10 Agosto 2021

O antigo ministro das Finanças defende o aumento da progressividade dos impostos para fazer face à pandemia de Covid-19. Sugere aos países "fortalecer os sistemas de impostos" para aumentar receita.

O diretor de Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Vítor Gaspar, defendeu esta terça-feira o aumento da progressividade dos impostos para fazer face à pandemia de Covid-19, num texto co-assinado com a economista-chefe da instituição.

Os governos mundiais devem “procurar melhorar a eficiência, simplificar os códigos fiscais, reduzir a evasão fiscal e aumentar a progressividade”, pode ler-se no texto publicado esta terça-feira juntamente com Gita Gopinath no blogue do FMI.

“Aumentar a capacidade do Estado de recolher impostos e alavancar o papel do setor privado também será chave”, defendem os economistas, advertindo que, enquanto a pandemia persistir, “a política orçamental deve permanecer ágil e pronta às circunstâncias em constante evolução”.

No texto publicado esta segunda-feira, o antigo ministro das Finanças português e a responsável do FMI advertem que os países “terão de ver como podem mobilizar recursos domésticos e aumentar a qualidade dos gastos”, podendo, por exemplo, “fortalecer os sistemas de impostos” para aumentar receita.

“Isto é especialmente desafiador dado que a concorrência fiscal, problemas na alocação da base contributiva e técnicas de planeamento fiscal agressivo colocaram a receita fiscal sob pressão”, alertam Gopinath e Gaspar.

No âmbito fiscal, ambos saudaram o “histórico acordo internacional sobre a taxação de empresas”, apoiado por mais de 130 países, considerando que “vai parar a ‘corrida para baixo'” na diminuição de taxas utilizadas como fator de concorrência entre países.

“É crucial desenvolver os detalhes para que o acordo possa ajudar a alocar recursos para investimentos cruciais na saúde, educação, infraestrutura e despesas sociais nos países em desenvolvimento”, pode ler-se no texto.

Na publicação, os autores começam por salientar que “as diferenças no acesso às vacinas e a capacidade para desenvolver apoios de políticas estão a criar uma divergência crescente entre as economias avançadas e muitas das economias de mercado emergentes e em desenvolvimento”.

“Sem medidas resolutas para abordar esta divisão crescente, a Covid-19 continuará a levar vidas e a destruir empregos, infligindo danos permanentes ao investimento, produtividade e crescimento nos países mais vulneráveis”, pode ler-se no texto assinado por Vítor Gaspar e Gita Gopinath.

Para os responsáveis da instituição sediada em Washington, encurtar o diferencial entre os grupos de países “requer ação coletiva para acelerar o acesso a vacinas, assegurar financiamento crítico e acelerar a transição para um mundo mais ‘verde’, digital e inclusivo”.

O FMI estima que as suas medidas de apoio de 117 mil milhões de dólares (99,6 mil milhões de euros) permitiram “gastos adicionais de cerca de 0,5% do PIB [Produto Interno Bruto] em economias de mercado emergentes e quase 1,0% do PIB em países em desenvolvimento”.

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Wall Street em alta à espera de “luz verde” ao plano de investimento em infraestruturas

As bolsas norte-americanas avançam em alta ligeira, com os investidores a aguardam com expectativa a votação de um pacote de investimento em infraestruturas.

Os principais índices norte-americanos abriram a sessão em alta ligeira, numa altura em que os investidores aguardam com expectativa a aprovação no Senado do plano de investimento em infraestruturas.

O índice de referência S&P 500 soma 0,08%, para 4.435,86 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,04%, para 35.115,08 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq avança 0,18%, para 14.887,10 pontos.

A Apple avança 0,18% para 146,35 dólares, enquanto a Amazon soma 0,13% para 3.346,18 dólares, enquanto a Alphabet, dona da Google, valoriza 0,19% para 2.765,27 dólares.

Em foco nesta sessão vai estar a votação no Senado de um novo um plano de investimento em infraestruturas nos EUA, que visa a remodelação de estradas, pontes, infraestrutura energética, transportes públicos e ferrovia. O plano, que está avaliado em um bilião de dólares, é considerado um dos maiores investimentos em infraestruturas nas últimas décadas.

Após esta votação, é esperado que o Senado comece a debater 3,5 biliões de dólares em investimentos adicionais para iniciar outros projetos de construção nos próximos cinco anos, bem como novos programas sociais ao longo da década, segundo a Reuters.

Além disso, os investidores continuam a aguardar números da inflação que serão divulgados no final desta semana, que poderão servir de base à política monetária da Fed.

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“Casa Aberta” vai vacinar maiores de 18 anos com primeiras doses

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Agosto 2021

"Casa Aberta" disponível a partir desta terça-feira para vacinar primeiras doses a pessoas de 18 anos, ou mais, que não tenham agendado a vacina nem tenham estado infetadas no último meio ano.

Pessoas com 18 ou mais anos de idade vão poder receber a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 na modalidade “Casa Aberta” a partir desta terça-feira, desde que não tenham agendado a toma da vacina nem tenham estado infetadas com Covid-19 nos últimos seis meses. Mas é preciso tirar senha no portal criado para o efeito.

O anúncio foi feito pela task force que coordena o plano de vacinação, depois de a Direção-Geral de Saúde (DGS) ter decidido que todos os jovens entre os 12 e 15 anos devem poder ser vacinados (ao invés de apenas aqueles com comorbilidades), e de ter anunciado que haverá um reforço da chegada de vacinas ao país.

Para usufruírem desta modalidade, as pessoas deverão tirar uma senha através do portal criado para o efeito no próprio dia em que pretendem ser vacinadas e agendar obrigatoriamente para um centro de vacinação localizado no seu concelho de residência. O número de senhas disponíveis está condicionado à disponibilidade de vacinas em cada centro de vacinação.

(Notícia atualizada às 15h11)

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86% gestores acredita que colaboradores vão tornar-se mais independentes e influentes no futuro

Um estudo recente da Deloitte, revela que 86% dos gestores de empresas acredita que, no futuro, os colaboradores serão mais independentes e mais influentes na relação com os seus empregadores.

Depois de meses com os colaboradores em casa a trabalhar remotamente e a desenvolver uma maior autonomia, as relações no seio de uma empresa poderão nunca mais ser as mesmas após a pandemia de Covid-19. Cerca de 86% dos gestores de empresas acredita que, no futuro, os colaboradores irão tornar-se mais independentes e mais influentes na relação com os seus empregadores, segundo o estudo “A relação disruptiva Colaborador-Empregador: se não somos uma família, o que somos?”, da Deloitte.

No futuro a relação entre colaboradores e empregadores passará pelo “planeamento do trabalho”, que será “a prioridade executiva mais urgente e isso afeta a forma como as organizações recrutam, capacitam, apoiam e interagem com os seus colaboradores”, defende Nuno Carvalho, partner da Deloitte, citado em comunicado.

À medida que as organizações implementam estratégias de regresso ao local de trabalho, devem tomar medidas deliberadas para definir e remodelar a relação colaborador-empregador, que foi permanentemente alterada pela pandemia.

Nuno Carvalho

Partner da Deloitte

“À medida que as organizações implementam estratégias de regresso ao local de trabalho, devem tomar medidas deliberadas para definir e remodelar a relação colaborador-empregador, que foi permanentemente alterada pela pandemia”, diz ainda.

Do outro lado do espetro, 63% dos colaboradores inquiridos acreditam que o relacionamento com os seus respetivos empregadores se fortalecerá ou permanecerá inalterado. “Enquanto os colaboradores reconsideram tudo, desde para quem querem trabalhar até ao papel que esperam que os empregadores desempenhem nas questões mais urgentes da sociedade, as organizações analisam como é que isso se cruza com o seu propósito e em como equilibrar as necessidades dos acionistas e diferentes stakeholders“, refere o estudo.

A investigação conduzida pela consultora revela também os próprios governos terão uma forte influência na futura relação entre colaboradores e empregadores.

“A ação dos governos terá impacto sobre os papéis de colaboradores e empregadores no novo mundo do trabalho. Políticas públicas e regulamentações que protegem empregos e salários, aumentando as redes de segurança social e benefícios, melhorando o acesso à educação ou investindo em requalificação podem diminuir a dependência dos colaboradores em relação aos seus empregadores“, sublinha o estudo.

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Empresas incubadas na Universidade do Porto “deram” quase 300 milhões ao PIB nacional

As empresas do UPTEC registaram, em 2019, um impacto económico de 284 milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) e foram responsáveis pela criação de 6.464 postos de trabalho.

As empresas do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) foram responsáveis, em 2019, por um impacto económico positivo de 284 milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) e pela criação de 6.464 postos de trabalho, segundo um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).

Os quase 300 milhões de euros foram alcançados pelo trabalho das 176 empresas em análise — 119 instaladas na UPTEC e 57 graduadas –, que geraram um volume de negócios na casa dos 135 milhões de euros. Desses, 74 milhões de euros vieram do campo das exportações, setor que tem um peso de 55% no volume total de negócios, avança o Portal de Notícias da Universidade do Porto.

“A UPTEC destaca-se como um importante agente de inovação, de empreendedorismo e de emprego qualificado na região Norte de Portugal e como interface entre o meio universitário e o meio empresarial”, sublinha o estudo, que estimou os efeitos diretos, indiretos e induzidos gerados sobre a economia ao nível do PIB, do emprego, das remunerações e das receitas fiscais, explica a incubadora.

Quanto a remunerações, os mais de 6.400 postos de trabalho auferiram de 253 milhões de euros em remunerações, contribuindo com 49 milhões de euros em receitas fiscais para o Estado.

Criada em 2007, a UPTEC já apoiou mais de 630 projetos e graduou 86 empresas, entre elas a Wisecrop, Coverflex, knok, Didimo, AddVolt, Everythink, Blip, entre outras.

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Mais 2.323 infeções e 17 mortes. Covid-19 já tirou 17.500 vidas em Portugal

  • ECO
  • 10 Agosto 2021

Desde o início da pandemia, o país já somou 990.293 casos e 17.502 mortes por Covid-19. Até ao momento, contam-se 929.547 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.232 novos casos de Covid-19, elevando para 990.293 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta terça-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 17 pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.502 óbitos.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a recuperar em casa, sendo que 829 (-28) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 186 (-3) nos cuidados intensivos. Há mais de 60 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

O número de recuperados está atualmente nos 929.547, mais 3.705 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 43.244 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 10 de agosto de 2021:

O Norte concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 2.232 novos casos registados nas últimas 24 horas em todo o país, 794 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 747.

(Notícia atualizada às 14h09 com mais informação)

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