Lisboa cai pela primeira vez esta semana, Europa segue perdas de Wall Street

EDP e EDP Renováveis cedem 2% e pressiona PSI, que regista primeira queda esta semana. Europa também abriu no vermelho, seguindo as perdas acentuadas dos índices americanos na véspera.

A bolsa de Lisboa recua esta quarta-feira pela primeira vez esta semana, pressionada sobretudo pelo setor da energia, onde a EDP e EDP Renováveis cedem 2%. As ações europeias também deslizam no arranque da sessão, acompanhando as perdas acentuadas de Wall Street na véspera.

O PSI cai 0,62% para 6.062,9 pontos, depois de duas sessões em alta. Das 15 cotadas que compõem agora o principal índice português, 13 estão em terreno negativo, com os investidores a castigarem mais as ações do setor da energia que se têm destacado pela positiva desde o início da guerra na Ucrânia, há mês e meio.

A EDP desvaloriza 1,95% para 4,526 euros e a sua subsidiária de energias limpas EDP Renováveis cai 1,97% para 24,24 euros. A Greenvolt recua 1,26% para 7,87 euros e a Galp perde 0,26% para 11,6 euros, num dia de avanços dos preços do petróleo. Ainda entre os pesos pesados, o BCP cai 0,36% para 0,166 euros.

EDP cai 2%

A Europa também abriu o dia a perder terreno, depois das quedas de mais de 1% registadas nas bolsas americanas e das perdas nos índices asiáticos, com os analistas a associarem a aversão ao risco dos investidores com os comentários da governadora da Reserva Federal Lael Brainard, que disse esperar uma mistura de subida de juros e de redução acelerada do balanço do banco central para trazer a política monetária para “uma posição mais neutra” até final do ano. Os comentários levaram a um sell-off nos mercados obrigacionistas.

Além disso, a Europa e os EUA preparam uma nova ronda de sanções contra a Rússia, que vão passar pela proibição de importação de carvão russo e de novos investimentos naquele país.

As perdas nos principais índices europeus são ligeiras, com o CAC-40 de Paris a cair 0,18% e o benchmark Stoxx 600 a ceder 0,14%.

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Custo de bens essenciais triplica face a aumento dos salários

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Desde que começou a guerra na Ucrânia, o cabaz de bens essenciais aumentou mais de 5%, contudo, o salário médio mensal cresceu apenas 1,7% em janeiro.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais ficou dez euros mais caro, isto é, um aumento de 5,44%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO). Contudo, em janeiro o salário médio nacional aumentou 1,7%, face ao período homólogo. Contas feitas, o preço do cabaz de bens essenciais subiu mais de três vezes face aos salários, noticia o Jornal de Notícias (acesso pago).

De acordo com os dados mensais da Segurança Social, em janeiro o salário médio dos portugueses aumentou 1,7%, face a igual período do ano anterior, para 1.303 euros euros, impulsionado pela subida do salário mínimo nacional (está nos 705 euros), bem como pelo aumento das remunerações da Função Pública. Contudo, os rendimentos dos portugueses estão a ser absorvidos pelo disparo da inflação, que atingiu 5,32% em março.

E as estimativas feitas pela DECO dão conta disso mesmo. Se a 23 de fevereiro, um cabaz de 63 produtos essenciais custava 183,63 euros, na passada quinta-feira o mesmo cabaz já custava 193,63 euros, o que representa um aumento de 5,44%. Entre os produtos que mais subiram na última semana, consta o óleo alimentar 100% vegetal (59%), os cereais de pequeno-almoço (12%), a batata (8%), o robalo (8%), o peru (7%) e a cenoura (6%).

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Hoje nas notícias: bens essenciais, ADSE e Zelensky

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Desde que começou a guerra na Ucrânia, o preço do cabaz de bens essenciais em Portugal subiu mais de três vezes do que os salários. O conselho diretivo da ADSE vai contratar uma consultora para verificar regularizações pedidas a privados. No plano político, o Presidente da República vai convidar Zelensky para discursar no Parlamento, logo que decisão seja aprovada pela Assembleia da República, enquanto Miguel Pinto Luz revela que não será candidato à liderança do PSD. Bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução diz que é “inevitável” incluir criptomoedas nas penhoras.

Custo de bens essenciais subiu três vezes mais do que salários

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais ficou dez euros mais caro, isto é, um aumento de 5,44%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO). Contudo, em janeiro o salário médio nacional aumentou 1,7% face ao período homólogo. Contas feitas, o preço do cabaz de bens essenciais subiu mais de três vezes face aos salários.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

ADSE põe consultora a verificar regularizações exigidas a privados

O conselho diretivo da ADSE vai contratar uma consultora para verificar o valor das regularizações que os hospitais privados terão de fazer e que já foram calculadas. O montante final ainda não é conhecido, contudo, os dados relativos à faturação entre 2015 e 2020 apontam que terão sido faturados cerca de 84 milhões de euros. Objetivo é concluir o processo ainda este ano.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Presidente da Ucrânia vai ser convidado para falar no Parlamento

O Presidente da República convidará imediatamente o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a discursar na Assembleia da República assim que haja “luz verde” do Parlamento português, o que deverá acontecer já esta quarta-feira, segundo o Público. O Chefe de Estado tem discursado em diversas “casas da democracia” dos países ocidentais, sendo que na terça-feira falou perante o Parlamento espanhol.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução abre a porta a penhora de criptomoedas

O bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução antecipa que os números de novos processos de cobranças de dívidas em tribunal deverão começar a aumentar, após ter estagnado durante a pandemia. Em entrevista ao Jornal de Negócios, Paulo Teixeira defende que é “inevitável” que as criptomoedas sejam consideradas nas penhoras, apesar de a lei ainda não o permitir. “A penhora de uma coisa que é virtual não é propriamente fácil. Não será fácil, mas estamos nesse caminho, julgo que é inevitável”, sinaliza.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Miguel Pinto Luz não será candidato à liderança do PSD

Depois de Paulo Rangel e de José Ribau Esteves, também Miguel Pinto Luz decidiu não se candidatar às eleições diretas do PSD. Em entrevista ao Observador, o vice-presidente da Câmara de Cascais diz que “este não era o momento” para avançar e avisa que o partido “não é eterno” e que de “taticismo em taticismo, está a depreciar o seu valor”. “Se correr mal a vida ao próximo líder, poderá correr mal a vida a todos nós”, alerta.

Leia a entrevista completa no Observador (acesso pago)

 

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Novas sanções à Rússia mantêm preços do petróleo em alta

Apesar dos sinais de enfraquecimento da procura, com o aumento de stocks nos EUA e o confinamento em Shanghai, preços do barril avançam à espera das sanções contra Moscovo.

Os preços do petróleo estão em alta ligeira esta quarta-feira, recuperando das quedas da última sessão, com a possibilidade de novas sanções contra a Rússia a levantar preocupações quanto ao fornecimento de barris ao mercado.

Esta terça, o barril desvalorizou quase 1%, perante os sinais de enfraquecimento da procura, depois de os EUA terem revelado um aumento dos stocks (sinalizando menor consumo) e de a China ter alargado o confinamento em Xanghai para combater a subida do número de casos de Covid-19.

A recuperar dessa queda, o Brent, referência para as importações nacionais, avança agora 0,44% para 107,11 dólares por barril em Londres, e o crude também valoriza 0,29% para 102,31 dólares por barril em Nova Iorque.

Preços sobem ligeiramente

A Europa e os EUA preparam-se para mais sanções contra Moscovo, na sequência da matança de civis no norte da Ucrânia, no que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky considerou tratar de crimes de guerra. O Kremlin rejeitou ter matado os civis.

Em cima da mesa, do lado da União Europeia, está a proibição de importação de carvão russo e a proibição de entrada nos portos comunitários de barcos russos. O Reino Unido pediu ao G7 e NATO para acordar um calendário com vista ao fim das importações do petróleo e gás da Rússia.

Por outro lado, o aumento dos inventários de crude na semana passada ajudou a aliviar a pressão sobre os preços. Os stocks aumentaram em 1,1 milhões de barris na semana que terminou a 1 de abril, quando os analistas esperavam uma queda de 2,1 milhões de barris. O aumento dos stocks sinaliza menor consumo.

Além disso, as autoridades chinesas alargaram o confinamento em Shanghai para o centro da cidade financeira com 26 milhões de pessoas.

“Um dólar forte, uma subida dos stocks de crude nos EUA e receios de menor procura na China devido ao confinamento em Xanghai adicionam pressão nos preços”, disse Hiroyuki Kikukawa, da Nissan Securities, citado pela Reuters.

“Os preços deverão manter-se à volta dos 100 dólares por barril durante algum tempo devido aos receios no lado da oferta e à expectativa de não haver conflitos no Médio Oriente durante o Ramadão, mas deverão voltar a subir depois disso”, acrescentou.

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Economia russa afundará 15% em 2022 e inflação está nos 200%, diz Casa Branca

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Ocidente vai reforçar sanções à Rússia. Estimativas da Casa Branca apontam para uma contração da economia russa entre 10% a 15% este ano.

Os Estados Unidos e aliados ocidentais vão impor sanções adicionais ao Kremlin, incluindo a proibição de qualquer novo investimento na Rússia, após alegações de crimes de guerra na Ucrânia, avançou a Casa Branca. As atrocidades cometidas em Bucha foram condenadas por toda a comunidade internacional e estão a gerar uma nova onda de sanções, mas também de expulsão de diplomatas russos. Portugal não é exceção.

Entre as medidas tomadas estão o alargamento de sanções contra instituições financeiras e empresas estatais russas e sanções contra funcionários do Governo e familiares, detalhou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. Segundo as estimativas avançadas pelo diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, a economia russa afundará 15% em 2022, sendo que a taxa de inflação disparou para os 200% em termos anuais.

No 42.º dia de guerra, as tropas russas levaram a cabo ataques aéreos e explosões, na região de Lviv e Dnipropetrovsk, no leste e no centro da Ucrânia, corroborando os receios de que estejam a concentrar-se para uma grande ofensiva a Leste. Na habitual intervenção na televisão, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, disse que a Ucrânia está ciente de que a Rússia está a reunir reforços para outra ofensiva e alertou que o país tem menos tropas e menos equipamento militar do que a Rússia. “Não temos escolha — o destino da nossa terra e do nosso povo está a ser decidido”, disse. “Sabemos por que estamos a lutar. E vamos fazer de tudo para vencer.”

Também esta quarta-feira, a UE aprovou um apoio de 3,5 mil milhões de dólares para os Estados-membros que acolham refugiados ucranianos. Siga o liveblog.

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Competências digitais aumentam em mais de 40% probabilidade de ter salário mais elevado

Combinar competências e atitudes é a chave para o futuro do trabalho, diz a McKinsey. Quanto maior for o domínio deste tipo de skills, maior é a empregabilidade e a mais altos são os salários.

À medida que surgem novas profissões e que o mercado de trabalho é cada vez mais digitalizado, é praticamente que as atuais competências dos profissionais sejam suficientes. Hoje é claro que as pessoas terão de adquirir novas skills. DELTAs, ou seja, elementos distintivos de talento que combinam as competências e atitudes das pessoas, serão a chave para o futuro do trabalho. Quanto maior for o domínio dos DELTAs, maior é a empregabilidade e a probabilidade de obter rendimentos mais elevados e realização profissional. As competências digitais e cognitivas, em específico, são as que ditarão os salários mais altos, aumentando a probabilidade em mais de 40%, revela a McKinsey & Company no recente estudo “Defining the skills citizens will need in the future world of work”.

“Num mercado de trabalho cada vez mais global, automatizado, digital e dinâmico, todos os cidadãos irão beneficiar se tiverem um conjunto de competências que lhes permita acrescentar valor, para além do que os sistemas automáticos e máquinas inteligentes possam fazer, operar num ambiente digital, e adaptar-se continuamente a novas formas de trabalhar e novas profissões”, afirma André Osório, manager do Client Capabilities Hub da McKinsey.

Desta forma, a necessidade de competências tecnológicas, sociais, emocionais e cognitivas mais elevadas irá crescer. Por outro lado, a procura por competências manuais, físicas e cognitivas básicas terá tendência a diminuir. Além disso, espera-se que a especialização se torne cada vez mais relevante.

Num mercado de trabalho cada vez mais global, automatizado, digital e dinâmico, todos os cidadãos irão beneficiar se tiverem um conjunto de competências que lhes permita acrescentar valor, para além do que os sistemas automáticos e máquinas inteligentes possam fazer, operar num ambiente digital, e adaptar-se continuamente a novas formas de trabalhar e novas profissões.

André Osório

Manager do client capabilities hub da McKinsey

À medida que surgem novas profissões, cerca de 700 mil trabalhadores em Portugal terão de alterar a sua ocupação ou adquirir novas competências até 2030, estimava já em 2019 um estudo publicado pela companhia.

Competências digitais aumentam mais de 40% probabilidade de obter salários altos

A obtenção de rendimentos superiores está, sobretudo, associada a competências na categoria digital e cognitiva, como é o caso da compreensão de sistemas digitais, utilização e desenvolvimento de software, planeamento e formas de trabalhar, bem como comunicação.

Um inquirido com maior proficiência em todos os DELTAs da categoria digital tem 41% mais probabilidade de obter rendimentos mais elevados. A comparação equivalente é de 30% para DELTAs cognitivos, 24% para DELTAs de auto-liderança e 14% para DELTAs interpessoais.

No entanto, ao mesmo tempo, a análise revelou que a capacidade dos inquiridos é de modo geral mais baixa precisamente ao nível das competências digitais.

Já no que diz respeito à empregabilidade, os três elementos distintivos com maior influência passam pela síntese de mensagens, capacidade de lidar com a incerteza e adaptabilidade. Por sua vez, a autoconfiança, gestão da incerteza, automotivação e bem-estar são alguns dos DELTAs que estão mais associados à realização profissional.

“O estudo da McKinsey demonstra que muitas das competências necessárias para o futuro do trabalho já revelam ser úteis no percurso profissional dos trabalhadores, o que reforça a importância de atualizar conhecimento, requalificar e aprofundar valências para manter a competitividade”, explica André Osório.

“Na McKinsey, por exemplo, além da importância que damos à aprendizagem contínua, temos vindo a apostar cada vez mais em perfis com competências especializadas para responder aos desafios deste novo contexto através da criação do Client Capabilities Hub, inaugurado em Lisboa no ano passado, que tem como objetivo ser um motor de inovação e criação de conhecimento especializado ao serviço dos nossos clientes.”

Profissionais com diploma universitário estão melhor preparados para mudanças

A educação provou ser um fator que influencia a capacidade em algumas competências. De modo geral, os inquiridos com formação universitária demonstraram ter níveis mais elevados nos DELTAs identificados pela consultora, sobretudo nas categorias cognitivas e digitais (como é o caso da literacia digital e programação), o que sugere que estarão melhor preparados para as mudanças no local de trabalho.

No entanto, o mesmo não se verifica em todos os DELTAs das categorias de auto-liderança e competências interpessoais, que serão cada vez mais críticos no futuro do trabalho ao viabilizar a adaptação e o crescimento contínuos. Nestes, um nível de educação superior não está associado a um maior domínio em elementos distintivos como a autoconfiança, coragem e capacidade de correr riscos, empatia, resolução de conflitos e gestão da incerteza.

Para impulsionar o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que permitam aos cidadãos evoluir e preparar-se para o futuro do trabalho, a investigação da McKinsey partiu de quatro categorias de competências: cognitivas, digitais, interpessoais e de auto-liderança. Adicionalmente, foram identificados 56 elementos distintivos de talento (DELTAs) dentro destas categorias.

Conheça a lista completa aqui.

“Os governos e organismos públicos querem apoiar os cidadãos no desenvolvimento de competências, mas é difícil conceber programas curriculares e as melhores estratégias de aprendizagem sem especificar as competências necessárias. Esta investigação ajuda a definir, de forma mais precisa, as competências relevantes para o futuro do trabalho, para que os trabalhadores se possam preparar em conformidade”, esclarece o responsável.

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5 coisas que vão marcar o dia

Portugal vai aos mercados. Fed divulga atas da última reunião. EDP promove assembleia geral. Estas são algumas das coisas que vão marcar o dia.

As negociações nos mercados de capitais vão estar condicionadas pela divulgação das atas da última reunião da Fed, na qual o banco central aprovou a primeira de várias subidas das taxas de juro que se esperam para este ano. No plano empresarial, é dia de reunião magna dos acionistas da EDP. Há ainda dados económicos para conhecer.

Investidores vão escrutinar atas da Fed

A Reserva Federal dos EUA publica hoje as atas da última reunião do comité responsável por definir a política monetária. Os documentos vão ser fortemente escrutinados pelos investidores, na medida em que esse foi o encontro em que a Fed decidiu subir os juros, a primeira de várias subidas que deverá realizar ao longo deste ano, para tentar controlar a inflação. O conteúdo das atas pode permitir perceber qual o entendimento dos vários responsáveis, incluindo a possibilidade de um aperto ainda maior da política monetária do banco central norte-americano.

Portugal realiza emissão sindicada a 10 anos

Portugal deverá voltar hoje aos mercados. Ontem foi tornado público que o IGCP contratou seis bancos para ajudarem na colocação de uma nova linha de obrigações do Tesouro a dez anos. A avaliar pelo historial deste tipo de operações, a emissão dos novos títulos deverá realizar-se esta quarta-feira. Cristina Casalinho, presidente do instituto que gere a dívida pública, volta assim a testar o apetite dos mercados, agora em condições bem mais turbulentas do que aquelas que encontrou no início do ano, quando realizou uma operação semelhante.

EDP reúne em assembleia geral

Hoje é dia de reunião magna dos acionistas da EDP. A assembleia geral é chamada a deliberar sobre as contas de 2021 e a proposta de distribuição de dividendos do Conselho de Administração. Na ordem de trabalhos está ainda a deliberação sobre uma autorização ao board para realizar aquisição de ações e obrigações próprias. Por fim, haverá deliberação sobre a eleição do vice-presidente da Mesa. O encontro está marcado para as 10h30, no auditório na sede da EDP, em Lisboa. À mesma hora, está marcada uma concentração de trabalhadores da EDP junto à sede. Protestam pelo aumento dos salários e valorização das carreiras.

INE publica dados sobre mercado imobiliário

O INE publica esta quarta-feira a atualização do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova referente a fevereiro de 2022. Em janeiro, o instituto indicou que o preço dos materiais, incluindo aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e derivados, disparou mais de 9%, assim como o custo da mão-de-obra. Em média, construir habitação nova nesse mês era 7,2% mais caro do que em janeiro de 2021.

Deloitte analisa Orçamento do Estado

Muita água correu por baixo da ponte desde que João Leão, então ministro das Finanças, apresentou a proposta de Orçamento do Estado, depois chumbada pela esquerda. Fernando Medina, o novo ministro das Finanças, terá pela frente a tarefa de adaptar o documento à nova conjuntura espoletada pela guerra na Ucrânia e agravamento da inflação. Uma equipa de fiscalistas da Deloitte promove uma sessão esta manhã para analisar o enquadramento macroeconómico e fiscal e o impacto de eventuais medidas para as empresas, famílias e cidadãos.

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Autovoucher só anula impacto da guerra para quem atesta até 75 litros de gasóleo por mês

Registaram-se aumentos de 17 cêntimos por litro na gasolina e 27 cêntimos no gasóleo desde o início da guerra. Efeito é compensado pelo Autovoucher para os consumos mais baixos.

Face ao aumento do preço dos combustíveis que já se verificava no final do ano passado, o Governo avançou com o Autovoucher, uma medida que dava um subsídio para compensar a subida na fatura. Entretanto, com o impacto da invasão russa da Ucrânia, este mecanismo foi reforçado, passando a dar um desconto de 20 euros por mês. Mesmo assim, este “bónus” só anula o efeito da guerra para quem atesta até 75 litros de gasóleo por mês, ou 115 de gasolina, segundo as contas do ECO.

Isto já que o preço dos combustíveis sofreu aumentos de 17 cêntimos na gasolina e 27 cêntimos no gasóleo desde o início da guerra, enquanto o desconto do Autovoucher é de 40 cêntimos por litro (por mês). O subsídio, como simplifica o Executivo, começou por ser de 10 cêntimos ao litro, até um máximo de 50 litros, o que correspondia a 5 euros por mês, mas foi reforçado para 20 euros por mês em março e prolongado para abril.

Se olharmos para o preço antes da guerra, o gasóleo estava a custar 1,656 euros por litro, segundo os preços médios semanais indicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), enquanto esta segunda-feira se fixava nos 1,927 euros. Assim, o aumento foi de 27 cêntimos, montante que apenas é coberto pelo Autovoucher se se atestar até 75 litros.

Já na gasolina 95, o preço antes da guerra era de 1,813 euros por litro, e fixa-se agora nos 1,989 euros, de acordo com os dados mais atuais da DGEG. Desta forma, o Autovoucher só compensa para quem atestar até 115 litros. Para quem atestar mais, o mecanismo já não anula o efeito da invasão nos combustíveis.

É ainda assim de ressalvar que existe também outra almofada a compensar os preços dos combustíveis: o corte no ISP que o Governo decidiu aplicar, que é proporcional ao aumento de receita que os cofres do Estado têm com o IVA dos combustíveis.

Segundo explicou o ministro das Finanças, Fernando Medina, entre a diminuição do imposto sobre gasóleo e gasolina, e a medida do Autovoucher, para um consumo de 50 litros por mês (que é um pouco abaixo da média, como admite) existe uma compensação de 26 cêntimos por litro. Tal é “o que neste momento o Estado consegue fazer para atenuar o preço dos combustíveis”, disse, em declarações transmitidas pelas televisões esta terça-feira.

O ministro admite que “não temos possibilidade, como nenhum país, de ter compensação total do que tem sido o aumento fortíssimo dos custos de energia”, sinalizando que uma “maior diminuição do ritmo dos preços só acontecerá no momento em que conflito terminar e os mercados se normalizarem relativamente a produtos energéticos”.

Esta semana, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) não mexeu, apesar de tal estar previsto na fórmula do Governo para o cálculo desta medida. As estimativas do Executivo apontavam para uma descida de 12 cêntimos no gasóleo e quatro cêntimos na gasolina nesta segunda-feira, mas mesmo assim a decisão acabou por ser de não subir o ISP.

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Este ano estou abrangida pelo IRS automático, mas o meu marido não. Como fazemos?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Este ano, estou abrangida pelo IRS automático, mas o meu marido não. Sempre entregámos o IRS em conjunto. Como fazemos agora?

Por defeito, o Fisco presume que a entrega de IRS é feita em separado. Estando casada, pode optar pela entrega conjunta. Simule para apurar a opção mais vantajosa. Se em conjunto for mais favorável, ignore a sua proposta de liquidação automática e entreguem uma única declaração dentro do prazo.

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Rússia arrefece negócio de esquentadores da Bosch em Aveiro

A Bosch Termotecnologia, que em 2021 foi o segundo maior exportador nacional para a Rússia, já está à procura de alternativas a um mercado que valia perto de 5% das exportações da fábrica aveirense.

Com a guerra na Ucrânia a arrastar-se e sem dar sinais de fim à vista, cada vez mais empresas refazem as contas do negócio e começam a assumir as perdas com o mercado russo. É o caso da Corticeira Amorim que está a tentar cobrar dívidas na Rússia, da Laskasas que fechou a loja de móveis em Moscovo, e também da Bosch Termotecnologia, que em 2021, de acordo com os dados fornecidos pelo INE, foi a segunda maior exportadora de mercadorias de Portugal para o país liderado por Vladimir Putin.

Em declarações ao ECO, o responsável da Bosch em Portugal, Carlos Ribas, contabiliza que o peso das exportações para a Rússia “andará entre os 4% e os 5% da atividade” desta unidade industrial, que produz também as marcas Vulcano e Junkers. “Não é assim tão impactante, mas afeta sempre. Vendemos para lá esquentadores, que são o produto que ainda mais fazemos em Aveiro. Vamos sentir algum impacto e, por isso, estamos neste momento à procura de [outros] mercados para tentar compensar” os prejuízos na Rússia, completa.

Para o grupo alemão, o impacto mais direto e imediato do conflito militar chega da fábrica de Aveiro, fornecedora de soluções de água quente através de esquentadores (elétricos e a gás), caldeiras e bombas de calor, que exportava diretamente para a Rússia. No entanto, o gestor da multinacional, que em Portugal tem também unidades industriais em Braga (multimédia automóvel) e em Ovar (sistemas de segurança), reconhece que “se a situação não se resolver rapidamente, é uma questão de tempo até todo o mercado ser afetado”.

Fábrica 2030 - Portugal e a Reindustrialização Europeia - 24NOV20
Carlos Ribas, CEO da Bosch PortugalHugo Amaral/ECO

“A Rússia é um consumidor de tudo o que se faz no resto do mundo. Portanto, todos os nossos mercados estão expostos, a médio e longo prazo. A fábrica de Braga fornece muito a indústria automóvel e se os automóveis não estão a ser vendidos na Rússia, muito provavelmente também vamos ser impactados. Sendo a Rússia um mercado muito grande e forte em todas as áreas, é uma questão de tempo e todas as indústrias vão ser afetadas. Umas mais do que outras”, resume Carlos Ribas.

A Bosch Termotecnologia foi uma das 600 empresas nacionais que exportaram para a Rússia entre janeiro e dezembro de 2021. Segundo dados preliminares do INE, Portugal vendeu à Rússia mercadorias no valor de 178,4 milhões de euros, o que significa uma taxa de cobertura pelas importações de 16,7%. Aliás, o desequilíbrio no comércio é visível noutro ranking: é o 13º maior fornecedor do país e apenas 37º principal cliente. Na lista dos bens mais vendidos para aquele destino destacam-se os produtos agrícolas e alimentares, a cortiça e a maquinaria industrial.

O volume de negócios da Bosch em Portugal caiu 10% para 1.600 milhões de euros em 2020, o primeiro ano da pandemia e o último para o qual a multinacional já divulgou os resultados financeiros relativos à operação portuguesa. Mais de 95% das vendas são feitas nos mercados internacionais. No final do ano passado, o grupo assegurava cerca de 6.000 postos de trabalho no país, dos quais mais de mil em funções de engenharia nos centros de investigação e desenvolvimento (I&D).

O plano de negócios desenhado no final do ano passado perspetivava “crescimentos entre o 10% e os 20%, dependendo das unidades de negócio”. Carlos Ribas reconhece que “algo vai mudar daqui por algum tempo”, quando o grupo fizer uma das habituais e periódicas análises internas sobre o andamento da atividade. “Obviamente que sim. Na próxima revisão, em função de como o mercado se comportar até lá, poderemos ter de fazer ajustes. Esperamos que não, mas neste momento ainda não conseguimos ter essa visão” sobre como vai evoluir o negócio, reforça.

“Medidas internas” para compensar subida dos custos

A conjuntura adversa pelo início de uma guerra na Europa segue-se à outra provocada pela pandemia de Covid-19. Se as fábricas de Aveiro e de Ovar até acabaram por bater recordes de vendas nos dois últimos exercícios, as quebras no “porta-aviões” que é a unidade de Braga interromperam o ciclo de crescimento da Bosch em Portugal. Em 2020 foi obrigada a parar a produção quando os clientes da indústria automóvel também o fizeram; e em 2021 “um bocadinho ainda devido à Covid, mas muito mais pela falta de semicondutores no mercado”, também falhou as metas de faturação.

Entre maio e setembro, durante vários períodos, a Bosch Car Multimedia foi obrigada a parar a produção e a recorrer ao lay-off devido à escassez de semicondutores no mercado. Passado quase um ano do início desses problemas, Carlos Ribas conta ao ECO que o problema “já não é comparável”, embora “ainda [haja] alguns fornecedores com limitações”. “Conseguimos algumas alternativas e também os fornecedores de chips aumentaram a capacidade e estão a conseguir abastecer o mercado de uma forma mais eficaz”, detalha.

O problema de escassez de semicondutores no mercado já não é comparável com o que era no ano passado [e que fez parar a produção], mas ainda temos alguns fornecedores com limitações.

Carlos Ribas

Responsável da Bosch em Portugal

Já sobre o aumento dos custos, tanto destes semicondutores como de outros materiais, como o aço ou o cobre, sublinha que o período mais crítico para a empresa foi entre o final do ano passado e o início deste ano, em que “os preços aumentaram 20% a 30% com muita facilidade – até mais do que isso”. Foi assim com os contentores marítimos, por exemplo, em que o preço chegou a triplicar durante o segundo semestre de 2021.

A escalada dos preços da energia é outra fonte de preocupação. “Pela mesma quantidade de energia consumida em 2020, em 2021 pagámos o dobro e continua a subir. Está com muitas oscilações neste momento. É realmente um fator que nos afeta bastante no resultado. A energia tem um contributo bastante significativo no processo produtivo de todas as nossas unidades”, resume o gestor.

Perante o aumento dos preços da energia e de todas as outras componentes, está a conseguir passar parte desses custos para os clientes, repartindo o esforço? “Não. Não é fácil. Estamos a tentar compensar com medidas internas, em cada uma das unidades produtivas. Os clientes, obviamente, tentam limitar o mais que podem ver refletido esse custo adicional nos produtos e nós estamos a tentar otimizar os nossos processos, reduzir o mais possível o consumo de energia e a tentar que o impacto nos afete o menos possível”, responde.

No caso dos esquentadores, que é aquele produto em que este fabricante de origem germânica está mais próximo do consumidor final, em termos de cadeia de distribuição, “até este momento ainda não fez refletir” a subida dos fatores de produção no preço de venda ao público destes artigos que comercializa com as marcas Bosch, Vulcano ou Junkers. “Durante quanto tempo é que isso irá ser possível, não lhe vou saber dizer”, conclui Carlos Ribas.

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Administração da Pharol abdica de até 20% do salário após despromoção na bolsa

Conselho de Administração liderado por Luís Palha da Silva decidiu reduzir em até 20% o seu próprio salário, depois de a Pharol ter sido despromovida do principal índice bolsista português.

O Conselho de Administração da Pharol decidiu abdicar de até 20% do seu próprio vencimento, depois de a empresa ter sido despromovida da primeira liga da bolsa de Lisboa, apurou o ECO junto de duas fontes familiarizadas com o assunto. A antiga holding da PT vai ainda mudar-se do edifício Amoreiras Square, em Lisboa, para uma localização financeiramente mais acessível, de forma a reduzir as despesas.

Estas informações foram comunicadas pelo presidente executivo da Pharol, Luís Palha da Silva, na última assembleia geral de acionistas da companhia, que decorreu em 25 de março, apurou o ECO. Duas semanas antes, a Euronext Lisbon confirmava que a Pharol era uma das quatro empresas que iriam deixar o PSI-20, a par da Ibersol, Ramada e Novabase. A saída efetivou-se em 21 de março, com a mudança de nome do índice para PSI, quatro dias antes da referida reunião de acionistas da Pharol.

Ora, nessa reunião, Palha da Silva informou os acionistas da decisão do Conselho de Administração de levar a cabo uma redução do próprio vencimento, no limite de 20%, de forma temporária. A administração entende que, apesar de os custos terem vindo a encolher nos últimos anos, ainda existe alguma margem de “compressibilidade”. A opção terá sido acompanhada pelos restantes órgãos sociais da Pharol, sendo que a empresa também tem vindo a reduzir o número de efetivos.

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Pharol respondeu que “é a convicção de todos os órgãos sociais de que é preciso um claro alinhamento com os interesses dos acionistas”. No ano passado, as ações da empresa desvalorizaram quase 40%, enquanto o índice de referência nacional subiu 13,7% no mesmo período.

Em 2021, Luís Palha da Silva recebeu 324.660 euros como CEO da Pharol em remuneração fixa e 64.729 euros em remuneração variável, de acordo com o último relatório de governo da sociedade. Os restantes administradores receberam 35 mil euros em remuneração fixa cada um, à exceção de Jorge Cardoso, que recebeu 8.750 euros, e da administradora que representa o Novobanco, Ana Ferreira Dias, pela qual a Pharol pagou 28.700 euros diretamente ao banco.

A Pharol resultou da queda da antiga Portugal Telecom, por causa da exposição ao Grupo Espírito Santo (GES). Já foi a maior acionista da Oi, a operadora brasileira que ficou com os ativos da Meo, vendidos em 2015 à Altice de Patrick Drahi. A posição da Pharol na Oi foi entretanto diluída para 5,28%.

Atualmente, além de gerir esta participação, a Pharol tenta recuperar o dinheiro investido pela PT em dívida da Rioforte, uma subsidiária do GES, no valor de 897 milhões de euros. Com mais de 16,5 milhões de euros em caixa no final de 2021, fechou o ano com um resultado líquido negativo de quase 2,4 milhões de euros. Gastou pouco mais de 1,3 milhões de euros em salários, uma redução de cerca de 10% face aos 1,45 milhões gastos em 2020.

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Receios com subida dos juros penaliza Wall Street

Membro da Fed disse que o banco central devia adotar uma postura mais rígida em relação aos juros, criando receios entre os investidores.

As bolsas de Nova Iorque encerraram em terreno negativo, com os investidores preocupados com os aumentos dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). Isto depois de uma responsável do banco central ter dado sinais de uma política mais agressiva.

O índice de referência financeiro, S&P 500, recuou 1,19% para 4.528 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que perdeu 0,8% para 34.641,18 pontos. Pelo mesmo caminho seguiu o tecnológico Nasdaq ao desvalorizar 2,26% para 14.204,17 pontos.

Esta terça-feira, Lael Brainard, considerada um dos membros mais dovish [de redução das taxas de juro] da Fed, ter afirmado que o banco central precisa de encolher o seu balanço “rapidamente” para reduzir a inflação. “A inflação está muito alta e está sujeita a riscos”, disse a responsável, citada pela CNBC, notando que a Fed também precisa de um ritmo constante de aumento de juros.
Depois destas declarações, os juros a dez anos saltaram para 2,56%, o nível mais alto desde maio de 2019.

A contribuir ainda mais para este cenário está a posição do Deutsche Bank, que se tornou no primeiro grande banco em Wall Street a prever uma recessão nos Estados Unidos. “A economia dos EUA deverá sofrer um grande impacto com o aperto da Fed até ao final do próximo ano e início de 2024”, disseram os economistas daquele banco, numa nota enviada aos clientes esta terça-feira.

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