Mais 50 civis retirados do complexo siderúrgico de Azovstal

Neste 72.º dia de guerra, a ONu e a Cruz Vermelha retiraram mais meia centena de civis de Azovstal, que continua a ser bombardeado pelos russos.

Neste 72.º dia de guerra, um novo comboio humanitário começou a evacuar civis ainda que o exército russo continue a bombardear Azovstal. Na sua já tradicional mensagem diária Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de destruir mais de 400 hospitais e centros de saúde e avisou que Mariupol era uma cidade destruída.

Estima-se que cerca de oito milhões de pessoas, das quais dois terços são crianças, estejam deslocadas internamente desde o início da guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa. Mais de 5,3 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia para procurar abrigo na UE e países vizinhos.

A Ucrânia está disposta a interromper imediatamente o trânsito do gás russo se a União Europeia (UE) decidir impor um embargo às importações de gás de Moscovo.

“Assim que os países europeus deixaram de comprar gás russo, vamos ficar felizes em suspender o trânsito”, disse o presidente da Comissão de Energia da Rada (parlamento ucraniano), Andriy Gerus, em declarações à agência de notícias Ukrinform.

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Coca-Cola. “Não vamos ser uma companhia 100% remota, mas vai haver um modelo flexível de trabalho”

A Coca-Cola vai implementar um modelo de trabalho flexível, em que o trabalho remoto é uma opção. No entanto, a companhia quer manter momentos presenciais para tomar decisões e debater ideias.

Há praticamente uma década que, na Coca-Cola, o trabalho autónomo, remoto e deslocalizado já era conhecido. Mas, com a pandemia da Covid-19, tudo acelerou. Depois do teletrabalho obrigatório e de uma fase de transição, o modelo de trabalho que será adotado pela empresa está agora mais claro: “A Coca-Cola confirmou-nos a todos que não vamos ser uma companhia de trabalho 100% remota”, avança José Antunes, diretor de estratégia, comunicação e experiência da Coca-Cola Company, com responsabilidades na América Latina. “Mas vai haver um modelo flexível de trabalho a partir de agora”, acrescenta, durante a talk “Criatividade sem Fronteiras”, organizada pela Nómada Digital, com Hugo Veiga, global chief creative officer da AKQA.

“A Coca-Cola não vai ser 100% digital exatamente por esse efeito humano. Sozinhos podemos ser brilhantes, todos juntos somos geniais. E todos juntos fisicamente, porque há uma implicação física que sabemos que impulsiona o trabalho de todos”, assegura José Antunes.

Precisamente por isso é que, mesmo durante a pandemia, a companhia implementou os “momentos críticos de decisão ou de cocriação”, em que, mediante protocolos de saúde, as equipas se reuniam no escritório para tomar decisões.

O que nós começámos a fazer no último ano aqui na Coca-Cola foi ter momentos críticos de decisão ou de cocriação juntos fisicamente. Não íamos todos os dias ao escritório, obviamente que não, nem íamos três vezes por semana, mas nos momentos críticos em que necessitávamos de inspiração ou de tomar decisões, combinávamos e estávamos todos reunidos para trabalhar juntos o dia inteiro”, recorda.

“Penso que isso vai continuar a acontecer, independentemente de a pandemia desaparecer ou não”, continua o diretor. “Vão haver pontos críticos em que nos vamos encontrar todos no escritório. Um, dois, três dias. O que não vai acontecer é ser todos os dias. Porque o resto do tempo, uns vão estar noutras cidades, noutras províncias…”

Já na agência de publicidade AKQA, planeia-se, neste momento, um regresso progressivo ao escritório de São Paulo, no Brasil. Mas dando a possibilidade de os colaboradores escolherem se querem continuar a trabalhar remotamente ou não, até porque há quem já tenha feito as malas e saído da cidade: “Algumas pessoas já saíram de São Paulo, foram para o Rio e para outras zonas. A essas não estamos a exigir que voltem”, esclarece o global chief creative officer da network do grupo WPP.

Entre as que ficaram, há quem esteja desejoso de voltar ao escritório. “A equipa em São Paulo tinha um ritual que quisemos mesmo fomentar, um ambiente de família. As pessoas sentiam-se em casa. Quem está em São Paulo quer voltar ao escritório”, descreve o criativo português, cofundador da filial da agência AKQA na cidade brasileira.

Trata-se, assim, de acomodar, as diferentes necessidades e desejos das pessoas. “O futuro vai ser uma equipa híbrida”, resume Hugo Veiga, e, ao mesmo tempo, antevê desafios. “É nossa responsabilidade criar as condições, o ambiente e os rituais para que as pessoas queiram ir para o escritório. Muitas vezes, as pessoas vão porque ao final do dia vai ter uma happy hour“, sugere o criativo.

É nossa responsabilidade criar as condições, o ambiente e os rituais para que as pessoas queiram ir para o escritório. Muitas vezes, as pessoas vão porque ao final do dia vai ter uma happy hour.

Hugo Veiga

Global chief creative officer da AKQA

Será também preciso assegurar questões mais logísticas — o que tem sido feito na AKQA com recurso a uma plataforma para reservar o espaço de trabalho — e a experiência de todos os colaboradores. “A pior coisa é entrar numa call quando há pessoas reunidas fisicamente numa sala. A partir do momento em que as pessoas na sala começam a falar umas com as outras, a experiência [de quem entra na reunião por videochamada] acaba”, afirma.

“Vai ser uma adaptação orgânica. Vai ser preciso perceber como é que as pessoas que estão remotas podem sentir-se mais incluídas. E isso pode passar por toda a gente entrar por videochamada, mesmo as que estão juntas presencialmente”, considera o criativo.

Da mostra de talento no America’s Got Talent à luta pelo talento no The Voice

Outros dos grandes desafios com que as empresas se deparam passa pelo recrutamento. “Houve uma mudança muito grande em termos de recrutamento”, defende o criativo, estabelecendo um paralelismo: “Foi quase uma mudança do America’s Got Talent para o The Voice”.

Enquanto antes, tal como no America’s Got Talent, a pessoa subia ao palco e tinha que provar o que valia, agora são os jurados a dizer ‘escolhe-me a mim, quero-te na minha equipa'”. Nas empresas, acontece o mesmo. A oferta apresentada deixou de se fazer valer apenas pela oportunidade em si, pelos projetos ou ambiente de trabalho. “Temos de pensar que outro tipo de experiência é que podemos proporcionar às pessoas que querem trabalhar connosco”, refere Hugo Veiga, coautor da multipremiada campanha Retratos da Beleza Real, para a Dove.

Eles [os candidatos] querem saber como é que tu [empresa] me vais deixar viver a minha vida, porque eles querem continuar a viver a sua vida, e daqui a seis meses a sua vida vai ser completamente diferente. Eles querem saber se a empresa está preparada para isso.

José Antunes

Diretor de estratégia, comunicação e experiência da Coca-Cola Company, com responsabilidades na América Latina

Os desafios de recrutar vão, agora, muito mais longe do que apenas pensar se a companhia ou o projeto agradam ou não ao talento que se está a recrutar. “É outro contraponto”, diz José Antunes, da Coca-Cola. “Eles [os candidatos] querem saber como é que tu [empresa] me vais deixar viver a minha vida, porque eles querem continuar a viver a sua vida, e daqui a seis meses a sua vida vai ser completamente diferente. Querem saber se a empresa está preparada para isso.” E isto já está a acontecer. Que o diga Hugo Veiga, que, em duas entrevistas de trabalho recentes que fez, encontrou os candidatos a fazer uma road trip.

“É muito importante que as organizações se consigam adaptar a este tipo de relação de trabalho, porque geralmente este tipo de talento são as pessoas mais ousadas, as têm sede de conhecer o novo, de fazer coisas diferentes. Quero trabalhar com essas pessoas”, assegura.

José Antunes está de acordo: “Precisamos desta frescura de gente que seja aventureira, pioneira”, diz. “Agora, há gerações que se dedicam a viajar pelo mundo. Eles criam o construem o seu próprio estilo de vida. Os legisladores de todo o mundo vão ter de se habituar a esta realidade de trabalho flexível.”

Assista à conversa completa aqui:

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PRR

Governo confiante que cumprirá metas do PRR para segunda tranche

Depois de ter reportado a Bruxelas atrasos na execução do PRR, o Governo diz que algumas dessas situações já estão ultrapassadas. O pedido para a 2.ª tranche no terceiro trimestre não está em causa.

O Governo está confiante de que cumprirá todas as metas e marcos previstos para o primeiro semestre deste ano para que peça a segunda tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A indicação é dada ao ECO pelo Ministério da Presidência, que agora tem a pasta dos fundos europeus, depois de se saber que o Programa Nacional de Reformas (PNR) entregue à Comissão Europeia dava conta de alguns atrasos.

É convicção do Governo que serão cumpridas todos os marcos e metas inscritos no PRR“, afirma o gabinete de Mariana Vieira da Silva, ao ECO notando que “alguns dos atrasos identificados nos investimentos já estão inclusivamente ultrapassados“. Na audição parlamentar no âmbito do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), a ministra também tinha afastado a existência de problemas.

O ponto de situação enviado no PNR faz parte da “monitorização recorrente” entre o Governo e a Comissão Europeia, permitindo a “antecipação de dificuldades e desvios à execução, por forma a se definirem medidas de mitigação que assegurem o cumprimento dos termos e prazos do PRR”, explica a mesma fonte. “Neste momento, cremos que os projetos estão em condições para cumprir as metas e os marcos com que estão comprometidos“, reforça o gabinete de Vieira da Silva.

A dúvida colocou-se quando esta semana o Jornal de Negócios noticiou que havia atrasos em oito das metas do PRR, o que poderia atrasar a chegada das verbas no calendário acordado em Portugal e a Comissão Europeia. Contudo, apesar de reconhecerem os atrasos, tanto o Ministério da Presidência como a Estrutura de Missão “Recuperar Portugal”, responsável pela gestão diária do PRR, rejeitam essa hipótese.

A monitorização feita a essa data, refletida no PNR, não se traduz em atrasos significativos, que coloquem em causa o calendário definido no Acordo Operacional, relativo à apresentação dos pedidos de reembolso, mantendo-se a boa execução de marcos e metas”, assegura ao ECO fonte oficial da Estrutura de Missão, afirmando que “mantém-se o objetivo de apresentar o segundo pedido de pagamento no terceiro trimestre, o qual abarca os marcos e metas do primeiro e segundo trimestre”.

A entidade liderada por Fernando Alfaiate explica que “o momento que releva para a avaliação do cumprimento de metas e marcos é o momento da submissão do pedido de desembolso“. Ou seja, o que interessa é que Portugal chegue ao momento do pedido com os marcos e as metas cumpridos, mesmo que o cumprimento não aconteça exatamente na data em que estava previsto.

Até ao terceiro trimestre, “todos os marcos e metas relativos ao primeiro e segundo trimestres de 2022 devem estar cumpridos“, garante ao ECO a Estrutura de Missão, explicando que o balanço que consta do Programa Nacional de Reformas está datado de novembro de 2021 e janeiro de 2022, sendo “relativo aos marcos e metas do 1º pedido de pagamento”, cuja verba deverá chegar muito em breve.

Isto é, tanto a resposta da Estrutura de Missão como a do Ministério da Presidência sinalizam que esse balanço está desatualizado e que alguns dos atrasos já foram ultrapassados, ainda que não especifiquem quais.

O primeiro pedido de Portugal ao abrigo do PRR tinha sido feito a 25 de janeiro, tendo o Governo garantido que cumpriu os 38 marcos e metas que estavam acordados com a Comissão Europeia. Mais tarde, o braço executivo da União Europeia adiantou que “as autoridades portuguesas apresentaram elementos de prova pormenorizados e completos que demonstram o cumprimento dos 38 marcos e metas”, garantindo que “avaliou exaustivamente estas informações antes de apresentar a sua avaliação preliminar positiva do pedido de pagamento”.

Em agosto do ano passado, a Comissão Europeia já tinha entregado 2,2 mil milhões de euros de pré-financiamento do PRR, cerca de 13% do total de 13,9 mil milhões de subvenções e 2,7 mil milhões de empréstimos que o país vai receber até 2026. A este valor vão acrescentar-se 1,6 mil milhões de euros, fruto de cálculos que ainda estavam em aberto relacionados com o PIB de 2021, que serão canalizados para as agendas mobilizadoras.

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Medidas do Governo contribuíram para menos carga fiscal em 2021, diz Centeno

A análise do Banco de Portugal aos dados da receita fiscal e contributiva conclui que as decisões do Governo contribuíram para haver menor carga fiscal no ano passado.

Nos últimos anos, o Governo PS tem sido criticado duramente pela oposição por aumentar a carga fiscal que incide sobre os contribuintes portugueses. Em 2021, esse indicador voltou a subir e a alcançar um novo recorde. Porém, uma análise do Banco de Portugal conclui que as medidas do Executivo até contribuíram para diminuir a carga fiscal, tendo sido outros fatores a levá-la para máximos.

“As medidas de política fiscal implementadas em 2021 geraram perda de receita (-0,3 pontos percentuais, pp)”, lê-se no boletim económico de maio, divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Na conferência de imprensa de apresentação, o governador Mário Centeno fez questão de sublinhar este aspeto, referindo que as “medidas de política fiscal” contribuíram para reduzir a carga fiscal “estrutural” no ano passado, o que contrasta com o que aconteceu em crises anteriores.

Assim sendo, o que é que fez a carga fiscal aumentar? “Este efeito decorre sobretudo do crescimento da massa salarial e do consumo privado“, explicam os economistas do banco central, sendo que “o crescimento da coleta do IVA explica uma parte importante do aumento da receita fiscal estrutural (0,5 pp do PIB potencial)”. Acresce que o “consumo privado cresceu acima do que se esperava dadas as suas elasticidades históricas, o que se traduz num efeito de composição também positivo”.

Porém, também se pode argumentar, como fazem alguns dos opositores ao Governo, de que a ação do Executivo podia ser maior para evitar que estes efeitos levassem a um aumento da carga fiscal.

Além de olharem para 2021, os economistas do banco central também fizeram uma avaliação sobre a diferente evolução da carga fiscal durante a crise pandémica, em comparação com crises anteriores.

“Em termos acumulados, em 2020 e 2021 a receita fiscal estrutural aumentou 1,6 pp”, concluem, explicando que “esta evolução é explicada por efeitos de composição positivos (em 1,2 pp), cujo impacto foi atenuado pela redução da receita decorrente das medidas de natureza fiscal (em -0,7 pp, em especial nos impostos diretos sobre empresas e famílias e no IVA)”. Os efeitos de composição estão relacionados com contribuições para a Segurança Social e IRS, o que reflete as medidas de apoio como o lay-off simplificado.

“Pelo contrário, durante as recessões mais recentes foram implementados aumentos de impostos muito significativos, com destaque para as alterações em sede de IRS e IVA durante o Programa de Assistência Económica e Financeira”, recorda o Banco de Portugal, argumentando que os “fatores explicativos da redução da receita fiscal estrutural são captados em larga medida na componente residual, cujo comportamento foi marcadamente pro-cíclico“. A parte residual é a que não é possível identificar.

Os economistas terminam dizendo que “o contributo dos efeitos de composição foi negligenciável, evidenciando que, na ausência de medidas que mitiguem o impacto dos choques sobre as bases macroeconómicas, estas apresentaram uma evolução compatível com as suas elasticidades médias”. Assim, foram as medidas de apoio introduzidas durante a pandemia que levaram à subida da carga fiscal, segundo esta análise do Banco de Portugal.

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ECO foi o meio português que mais escreveu sobre empresas em 2021

  • ECO
  • 6 Maio 2022

Estudo da Beta-i analisou as notícias publicadas pelos meios portugueses acerca de empresas e startups. ECO surge na primeira posição como o meio que mais artigos publicou na área "corporate".

O ECO foi o meio de comunicação social português que mais escreveu sobre empresas e o segundo que mais artigos publicou sobre startups em 2021, concluiu o estudo Inovação nos Media Portugueses, elaborado pela Beta-i, uma consultora.

A empresa monitorizou os artigos publicados por 31 meios entre 1 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro do mesmo ano, entre os quais o Público e o Expresso, separando-os em artigos sobre empresas (corporate) e sobre startups. O universo de conteúdos obtido foi de 5.363 artigos.

Na análise por meios de comunicação, na área corporate, o ECO surge em primeiro lugar do “top 10 por volume de artigos”, com 10,4% do total, seguido do Jornal Económico (8,6%) e Dinheiro Vivo (8,5%). Na área de startups, o “top 10” é encabeçado pela Link To Leaders (13,2%), seguindo-se o ECO (com 13%).

Fonte: Beta-i

De acordo com a Beta-i, “a distribuição de notícias é consistente ao longo do ano de 2021, com as notícias associadas a startups sempre em maior número relativamente às notícias corporate e sem oscilações significativas”. Só em novembro se registou um pico de crescimento nas notícias sobre startups, o que é justificado com a realização da Web Summit, que também “alavancou o volume de notícias corporate, embora de forma mais moderada”, refere o estudo.

Na análise por setor, no campo corporate, os serviços tecnológicos lideraram em volume, com 17%, seguindo-se a saúde (13%) e a energia (12%). No campo das startups, vencem também os serviços tecnológicos (26%), seguindo-se a categoria de banca e finança (15%) e a saúde (8%).

Segundo a consultora, “o segmento de economia e finanças é o que mais contribui para o volume de notícias analisadas”, particularmente na vertente das startups, onde é responsável por 63% do universo de artigos monitorizados. “Os fatores de inovação e apoio a novas formas de negócio e de utilização de tecnologias aplicadas à banca, criptomoedas, insurtech ou blockchain demonstram forte dinamismo”, remata a Beta-i.

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Quem é Mark Bourke e que desafios terá à frente do Novobanco<span class='tag--premium'>premium</span>

Irlandês chegou ao Novobanco em 2019 e fez questão de conhecer pessoalmente todos os trabalhadores com quem ia trabalhar diariamente. Bem humorado. Chega a CEO com a missão de vender o banco.

Em 2019, assim que assumiu o lugar de administrador financeiro no Novobanco, Mark Bourkefez questão de falar individualmente com todos os colaboradores dos departamentos que ia tutelar para os conhecer e perceber quais eram as suas expectativas. Tem bom trato. “É bem visto dentro do banco”, diz um diretor ao ECO. Passados três anos, o irlandês, prestes a completar 57 anos, chega a um dos cargos mais polémicos na banca nacional, alvo da ira política e da desconfiança da concorrência por causa do mesmo tema: as injeções milionárias que o Fundo de Resolução tem feito no que de bom sobrou do BES. Mark Bourke é bem-humorado. Gosta de golfe e de kitesurf. Entende melhor português do que fala, mas tem feito esforço para aprender a nossa língua. É um tradicional irlandês: descontraído e não

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Americanos da Haas aceleram moldes de Oliveira de Azeméis

Núcleo do centro de formação de metalurgia e metalomecânica de Oliveira de Azeméis vai receber primeiro centro Gene Haas em Portugal, num investimento de 1,5 milhões de euros.

Oliveira de Azeméis vai receber o primeiro centro de formação para a indústria em Portugal dos norte-americanos da Haas. O centro Gene Haas vai abrir portas em setembro, após as férias de verão, num investimento de 1,5 milhões de euros, indicou ao ECO fonte oficial da empresa de máquinas industriais.

O laboratório vai funcionar no núcleo de Oliveira de Azeméis do Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (Cenfim). A parceria servirá como uma “oportunidade única” para proporcionar as “melhores condições” na qualificação do setor dos moldes.

Os norte-americanos lembram também que a “capacitação da indústria não se faz apenas através de iniciativas formais de formação” e que são necessárias “ações técnicas complementares com as empresas, realizadas de modo regular, sublinhando as tendências técnicas e tecnológicas emergentes e as atuais transformações no paradigma industrial”.

Oliveira de Azeméis foi escolhida também pela proximidade a concelhos com forte pegada industrial, como Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Vale de Cambra, Arouca, Sever do Vouga, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Águeda, Aveiro e Viseu.

As novas instalações vão alargar a pegada da Haas em Portugal. Desde 2015 que está instalada em Vila do Conde a unidade de distribuição para a Península Ibérica de máquinas e equipamentos para a indústria metalomecânica.

A Haas tem uma equipa no campeonato do mundo de Fórmula 1 desde 2016. Na atual temporada, a escuderia equipada com motores Ferrari segue na oitava posição no mundial de construtores, com 15 pontos.

 

Simulação de centro Gene HaasDR

As instalações do Cenfim foram igualmente escolhidas devido às “condições físicas excecionais” e que estão a ser reforçadas com a construção de um anexo às oficinas. A abertura do centro Gene Haas é uma espécie de presente de aniversário para o núcleo de Oliveira de Azeméis do Cenfim. Aos 25 anos, este núcleo já formou mais de 25.600 profissionais.

O primeiro centro Gene Haas começou a funcionar nos Estados Unidos e no Canadá em 2014, com a criação de centros de formação em parceria com empresas que lidam com máquinas industrias computorizadas. A chegada à Europa deu-se em 2018, com a instalação de laboratórios em países como Espanha, França e Itália.

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Primark também vai aumentar preços em Portugal

Decisão é justificada com a "crescente" pressão inflacionista, que foi agravada pela guerra na Ucrânia, bem como devido ao "fortalecimento do dólar", confirmou fonte oficial da Primark, ao ECO.

A Primark também vai aumentar os preços de algumas peças de roupa da coleção outono/inverno em Portugal, confirmou fonte oficial da marca ao ECO. Decisão é justificada com a “crescente” pressão inflacionista, que foi agravada pela guerra na Ucrânia, bem como devido ao “fortalecimento do dólar”.

A Associated British Foods, dona da Primark, tinha alertado que ia aumentar “seletivamente os preços na cadeia de roupas de valor” na coleção outono/inverno, devido à inflação crescente no Reino Unido. Em comunicado, citado pela Bloomberg, o grupo garantia ainda que as coleções de primavera e verão vão manter os seus preços. E a subida de preços da próxima estação vai também refletir-se no mercado português.

Devido à pressão inflacionista crescente e ao fortalecimento do dólar, teremos de proceder a aumentos seletivos de preço em algum do stock da nossa coleção outono/inverno. No entanto, estamos empenhados em assegurar a nossa liderança em preços competitivos e acessíveis para o dia-a-dia”, confirmou fonte oficial da Primark, quando questionada pelo ECO sobre se o aumento de preços se estendia ao mercado português.

A empresa escusou-se, contudo, a adiantar a percentagem dos respetivos aumentos.

A posição da marca surge cerca de um mês depois de a Inditex, dona da Zara e Massimo Dutti, ter sinalizado que a situação atual vai obrigar o grupo a aumentar os dos preços da roupa que vende, em média, de 5% a nível mundial e de 2% em países como Espanha e Portugal na próxima estação. Não obstante, o presidente do grupo espanhol, Óscar García Maceiras, sublinhou que os preços para os consumidores finais “vão continuar estáveis”.

Em contrapartida, a concorrente Mango descartou, para já, aumentar os preços da roupa que vende. “Independente da situação atual, neste momento, a Mango não planeia passar nenhum potencial aumento de custos para o preço final dos consumidores”, assinalou fonte oficial da marca espanhola, em resposta ao ECO no final de março.

A invasão da Rússia à Ucrânia veio acelerar a escala de preços da energia e transporte, que já se vinha a assistir desde o início do ano, tendo obrigado várias empresas a aumentar os preços dos produtos que comercializam. Apesar do aumento dos custos ter um peso considerável no desempenho da Primark, a empresa espera ter uma margem operacional de 10% nas vendas globais este ano.

Recorde-se que a retalhista foi bastante mais penalizada pelo bloqueios e restrições aplicadas no âmbito da pandemia face aos concorrentes, dado que a cadeia não possui um negócio online. Face a esta situação, no início do ano a Primark já tinha manifestado a intenção de cortar cerca de 400 postos de trabalho para reduzir os custos.

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5 coisas que vão marcar o dia

O banco BPI vai divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2022. Numa assembleia-geral, os acionistas da Mota-Engil votarão uma autorização para emitir dívida de 400 milhões de euros.

Esta sexta-feira é dia de decisão sobre o rating de Portugal, se a Fitch se pronunciar. No Parlamento, os deputados continuam a ouvir os ministros sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). Na área da justiça, o destaque vai para a publicação da decisão instrutória sobre a distribuição manual do processo Operação Marquês.

BPI divulga resultados do 1.º trimestre

O BPI Caixa Bank apresenta esta sexta-feira, às 11h, os resultados relativos ao primeiro trimestre. Em 2021, o banco quase triplicou os lucros face a 2020 para os 307 milhões de euros, após ter lucrado 105 milhões de euros no ano da pandemia. Com base nesse resultado, o BPI decidiu distribuir ao acionista espanhol CaixaBank um dividendo de 194 milhões de euros.

Fitch divulga rating de Portugal

A Fitch tem esta sexta-feira uma oportunidade para se pronunciar sobre o rating da República Portuguesa. A última vez que o fez foi em novembro de 2021, altura em que manteve a notação financeira de Portugal em BBB, apesar da crise política que o país atravessava. A perspetiva continuou a ser estável, mas há a expectativa de que possa melhorar. Recentemente, o Ministério das Finanças tem mostrado que espera subidas do rating em 2022 e 2023.

Parlamento continua a ouvir ministros sobre o Orçamento para 2022

Esta sexta-feira continuam as audições dos ministros no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). De manhã será a vez da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, às 9h na Assembleia da República. De tarde será a vez do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro. Esta semana já foram ouvidas ministras como Mariana Vieira da Silva ou Ana Abrunhosa.

Publicação da decisão instrutória sobre a distribuição manual do processo Operação Marquês

Esta sexta-feira será divulgada a decisão instrutória sobre a distribuição manual do processo Operação Marquês. A abertura de instrução foi conhecida no dia 17 de fevereiro, resultando de um despacho de 11 de fevereiro do juiz desembargador Jorge Antunes, no qual confirmou a constituição do juiz Carlos Alexandre e da escrivã Maria Teresa Santos como arguidos no caso da distribuição manual do inquérito da Operação Marquês, realizada em 2014.

Acionistas da Mota-Engil decidem emissão de 400 milhões em dívida

Os acionistas da Mota-Engil, detida pela Família Mota (40%) e pelos chineses da China Communications Construction (32,4%), votarão a 6 de maio uma autorização para que a empresa se endivide em 400 milhões de euros. Na reunião magna serão ainda discutidos os documentos referentes aos resultados de 2021 e a proposta de dividendos, que a empresa já tinha divulgado, no dia 7 de abril.

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Gestores apontam políticos como principais focos de corrupção em Portugal

O barómetro ‘Corrupção e Transparência em Portugal’ aponta políticos, clubes desportivos e autarquias como principais promotores de corrupção. E apenas 11,4% acredita que PRR será bem executado.

Um estudo desenvolvido pelo Rep. Circle – The Reputation Platform, em conjunto com a Kepler, concluiu que a classe política (69,9%) é a principal promotora da corrupção em Portugal. Segundo o barómetro ‘Corrupção e Transparência em Portugal’, que contou com a participação de 123 lideranças de topo e primeiras linhas das principais empresas com atividade em Portugal, os clubes/instituições desportivas (64,2%) e os colaboradores municipais e de serviços públicos (54,5%) ocupam também o ‘top 3’.

Quem são os principais promotores da corrupção em Portugal?

A perceção de existência de corrupção ronda os 67,5% em Portugal e atravessa os setores público e privado. Apesar desta perceção, 65% diz desconhecer casos de corrupção na sua empresa. Já 87% dos gestores considera que os mecanismos legais disponíveis para fazer prova de corrupção não são suficientes, sendo importante alargar o tipo de registos a considerar como escutas privadas ou acesso a documentos decisivos.

No estudo que visa apurar qual o impacto da corrupção nas empresas portuguesas e qual a perceção dos gestores portugueses face à execução do atual Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 59,4% dos inquiridos afirmam que as suas empresas assumem um compromisso público de combate à corrupção, 56,9% que possuem um responsável pelo compliance e 73,2% afirma que existe um código de ética e conduta. Ainda assim, 45,5% não se pronuncia sobre a forma como as empresas abordam os casos identificados.

Considerando o panorama empresarial português, 78,86% dos inquiridos consideram o tráfico de influências muito prevalente nas empresas nacionais. Já operar de forma transparente pode beneficiar as empresas na sua reputação, confiança e vantagens competitivas.

Assinale a(s) forma(s) de corrupção da(s) qual/quais teve conhecimento na sua organização

Entre as principais consequências da corrupção para a economia do país apontadas pelos gestores está o favorecimento de grupos de interesse (79,7%), seguida da perda de competitividade (56,9%) e da concorrência desleal (46,3%). A lentidão e ineficiência da Administração Pública (36,6%) e a má aplicação de fundos comunitários (29,3%) são também apontadas.

A execução do PRR

Apenas 11,4% dos inquiridos esperam uma execução ética e transparente do PRR por parte do Governo, sendo que 32,5% deram uma resposta desfavorável. A fraca fiscalização, a corrupção na atribuição de fundos e favorecimento de grupos de interesse, e as regras e processos de candidatura complexos, não lineares e burocráticos foram algumas das más práticas apontadas pelos gestores nas candidaturas dos financiamentos.

Na sua opinião, a atribuição dos fundos comunitários por parte do Governo será feita de forma ética e transparente?

Neste cenário de recuperação económica, o país vai receber o maior pacote de ajuda financeira alguma vez concedido pela União Europeia aos Estados-membros. Na sua opinião, a atribuição dos fundos comunitários por parte do Governo será feita de forma ética e transparente?

74,8% acredita que uma má execução do PRR significa um atraso na implementação de reformas estruturais para o país. Já nas empresas o receio está na perda de competitividade.

“Se, por um lado, o PRR constitui uma ferramenta decisiva para a recuperação económica pós-pandemia, por outro, a memória dos gestores tem bem presente a execução de programas anteriores, marcados por uma distribuição indevida, arbitrária ou pouco transparente dos fundos. Embora o financiamento europeu tenha suportado importantes desenvolvimentos nalguns setores da nossa sociedade, esta perceção historicamente desfavorável ganha força quando se constata a fragilidade da economia portuguesa e a persistência de problemas estruturais que nenhum dos sucessivos programas — e respetivas execuções — conseguiram mitigar”, lê-se no documento.

Entre as principais lições que os inquiridos apontaram que podem ser retiradas da execução dos programas de execução anteriores está a melhoria do quadro regulatório e de controlo, dificuldades de acesso e complexidade, fraca comunicação dos resultados e transparência, ausência de visão estratégica ao longo alcance e fraca utilização e fraca execução.

Por fim, 30,9% dos inquiridos dizem não conhecer a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e 30,1% afirma que terá pouco impacto na redução deste fenómeno.

Recomendações

O barómetro ‘Corrupção e Transparência em Portugal’ apontou três recomendações para o futuro. A primeira prende-se com a cultura de transparência, incorporando assim na empresa valores como a “confiança”, “transparência” e “conduta ética”.

“Estes princípios tornam-se acionáveis quando materializados na comunicação interna, nos processos, no reporte e na relação com os diferentes grupos de interesse. A implementação de códigos de conduta e programas de whistleblowing, auditados por entidades independentes e alinhados com as especificidades do negócio, permitem definir uma matriz de comportamento esperado e respetivas consequências em caso de incumprimento. Do ponto de vista operacional, é igualmente importante que se externalize, tanto quanto possível, o acompanhamento de casos de corrupção na empresa, para garantir a eficiência dos canais de denúncia e a criação de um ambiente seguro para os denunciantes”, refere o estudo.

A segunda recomendação é a sensibilização e comunicação, uma vez que é necessário garantir que todos os intervenientes têm conhecimento das ferramentas disponíveis e que estão criadas as condições para as pôr em prática.

“Esta capacitação deve recorrer à discussão de casos concretos e, sempre que possível, a episódios identificados na própria organização (ainda que possam não ser identificados como tal). A este respeito, importa aplicar à formação o filtro da geografia e calibrar a mensagem em função do quadro de valores dos colaboradores que a estão a receber. […] é fundamental clarificar que tipo de iniciativas são consideradas irregulares e incentivar os colaboradores a reportá-las recorrendo, por exemplo, a canais de denúncia“, sublinham.

Por fim, “vencer a impunidade”. Ou seja, embora a corrupção seja um tema presente na agenda das empresas, muitas vezes ficam por conhecer os resultados das denúncias e restantes medidas de incentivo à transparência. “Paradoxalmente, prevalece a ideia de que é mais provável um denunciante sofrer represálias do que um prevaricador ser punido, círculo vicioso que pode estar a comprometer o sucesso da demanda. Assim, vencer este sentimento de impunidade passa, antes de mais, por um compromisso de rigor e idoneidade no apuramento destes delitos e respetiva responsabilização“, concluem.

Este estudo foi desenvolvido pelo Rep. Circle – The Reputation Platform, centro de conhecimento para a reputação corporativa fundado pela Lift, em conjunto com a Kepler Forensic Partners, empresa portuguesa dedicada à consultoria nas áreas da litigação, investigação forense, ética e compliance, e economics.

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Bolsas norte-americanas derrapam até 5% com receios de subida mais agressiva dos juros

Bolsas dos EUA afundaram até 5%, após os fortes ganhos registados na sessão anterior. Investidores estão preocupados com as medidas que possam ser tomadas para combater o aumento da inflação.

Depois da “euforia”, os principais índices norte-americanos afundaram até 5%, numa altura em que os investidores estão receosos de que o aumento das taxas de juro anunciado pela Fed possa não ser suficiente para controlar a inflação e que sejam necessárias medidas mais drásticas.

Na quarta-feira, a Fed anunciou uma subida dos juros em 50 pontos base, a maior desde 2000, para combater a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos, tal como esperavam os analistas e o que trouxe algum alívio aos mercados. Contudo, esse sentimento durou pouco e os investidores temem agora que os juros subam ainda mais para que se consiga controlar a escalada da inflação nos Estados Unidos, que está em máximos de 40 anos.

Neste contexto, o S&P 500 recuou 3,56% para 4,146.87 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cedeu 3,03% para 33.027.99 pontos. Enquanto isso, o tecnológico Nasdaq desvalorizou 5,06% para 12,850.553 pontos.

Nesta sessão, em foco estiveram também os dados relativos ao mercado laboral, com os pedidos de subsídio de desemprego a aumentar na última semana, e as empresas a aumentarem os salários, o que pode contribuir para o aumento da inflação. Na semana terminada a 30 de abril, houve um aumento de 19 mil pedidos, para 200 mil no total, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os economistas ouvidos pela Reuters apontavam para um total de 182 mil pedidos.

As cotadas ligadas ao setor tecnológico estiveram entre as mais penalizadas nesta sessão. As ações da Netflix desvalorizaram 7,69% para 188,32 dólares, enquanto os títulos da Meta, dona do Facebook, caíram 6,67 para 208,28 dólares. Já Apple recuou 5,57% para 156,77 dólares.

Em contrapartida, as ações do Twitter subiram 2,65% para 50,36 dólares, após Elon Musk ter anunciado que captou mais 7,1 mil milhões de dólares para financiar a sua proposta de aquisição da rede social.

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Rede Lojas de Cidadão reforçada este ano com mais seis lojas

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

"A rede Espaços Cidadão contará até 2026 com cerca de 300 novos espaços, a juntar aos 802 existentes em localizações já identificadas", disse Mário Campolargo.

O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa afirmou esta quinta-feira que a rede Lojas de Cidadão será reforçada este ano com seis novas unidades e a de Espaços do Cidadão contará até 2026 com mais 300 novos espaços.

Mário Campolargo falava na sua intervenção inicial na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças, Economia e Obras Públicas, Planeamento e Habitação, Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE22).

“A nossa rede de Lojas de Cidadão, que abrange neste momento uma população estimada de mais de quatro milhões de habitantes em 64 lojas espalhadas pelo país e que totaliza 181 milhões de atendimentos desde a abertura da primeira loja, será novamente reforçada este ano, com seis novas lojas”, afirmou o secretário de Estado.

Por sua vez, “a rede Espaços Cidadão contará até 2026 com cerca de 300 novos espaços, a juntar aos 802 existentes em localizações já identificadas, incluindo em municípios onde ainda não existem qualquer estrutura deste tipo”, acrescentou Mário Campolargo.

Tarifa social de Internet “não está a ter a adesão que gostaríamos”

O secretário de Estado afirmou também que a tarifa social de Internet “não está a ter a adesão” que gostaria, mas há empenho para que esta seja “o mais alargada possível”.

“De facto a tarifa social [de Internet] não está a ter a adesão que nós também gostaríamos”, admitiu Mário Campolargo, no seguimento da intervenção da deputada comunista Paula Santos, que abordou o tema. “Embora, como referiu, estamos no início”, acrescentou, aludindo ao facto da tarifa social de Internet ter entrado em vigor este ano.

Em 11 de abril, fonte da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) disse à Lusa que até aquela data tinham sido feitos “314 pedidos” da tarifa social de Internet, que tem como objetivo permitir às famílias com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais acederem a serviços de Internet em banda larga, fixa ou móvel.

“É uma responsabilidade que não é necessariamente do Governo, mas nós estamos tão preocupados e tão empenhados” como a deputada comunista mostrou “em garantir que a tarifa social de Internet seja o mais largada possível”, acrescentou Mário Campolargo.

O secretário de Estado lançou um repto aos deputados, dada a sua capilaridade, para que comuniquem a existência desta tarifa. “Se os senhores deputados pudessem ajudar na difusão e na comunicação, nós agradeceríamos”, disse, salientando que o Governo está empenhado em fazer isso “para fazer subir os números” de adesão que são “bastante baixos”.

Esta tarifa conta com cerca de 780 mil beneficiários potenciais, o universo da população que beneficia da tarifa social de eletricidade e da água. A tarifa entrou em vigor este ano e em 21 de fevereiro passado o regulador Anacom tinha anunciado que a mesma já podia ser subscrita.

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