Fundo de Estabilização da Segurança Social estava abaixo do objetivo de cobertura de pensões em 2021

O fundo para a sustentabilidade da Segurança Social necessita de 24 meses para garantir a estabilização financeira futura do sistema previdencial. Valor estava abaixo desta meta no final de 2021.

O valor do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social no final do ano passado era suficiente para satisfazer compromissos com pensões durante 18,2 meses, montante que fica abaixo dos 24 meses necessários, revela o Tribunal de Contas (TdC).

“O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, no final de 2021, valia 23.180 milhões de euros”, o que representa 11% do PIB, “valor suficiente para satisfazer compromissos com pensões exclusivamente do sistema previdencial-repartição (sistema da SS) durante 18,2 meses, mas ainda aquém dos 24 meses identificados como necessários para garantir a estabilização financeira futura do sistema previdencial”, lê-se no Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2021 entregue no Parlamento esta terça-feira.

O valor do fundo cresceu 6,5%, sendo que os ganhos obtidos nas aplicações financeiras deram o maior contributo para esta evolução. Já as entradas de capital “essencialmente, de transferência de saldo do sistema previdencial-repartição (581 milhões de euros) e de receita fiscal consignada do adicional de solidariedade sobre o setor bancário (34 milhões)” deram a restante fatia (43,4%). É de salientar que em 2021 “as receitas de Adicional ao IMI e de IRC consignadas ao FEFSS foram, excecionalmente, afetas ao sistema previdencial-repartição”.

O fundo tem valorizado, apesar de ainda estar abaixo do objetivo. Este crescimento do valor do fundo, criado em 1989 com o objetivo de contribuir para a estabilização financeira futura do sistema previdencial e gerido pelo IGFCSS em regime de capitalização, foi ainda assim “superior ao crescimento verificado na despesa com pensões em pagamento (3,5%)“.

Já se forem considerados “todos os sistemas da SS e ainda a Caixa Geral de Aposentações, o valor da despesa com pensões e complementos ascendeu a 28.935 milhões de euros”. O TdC indica que “quase dois terços deste valor (65,5%) foram financiados por contribuições e quotizações de beneficiários ativos e contribuições das entidades empregadoras (+6,4% do que em 2020) e 33,0% pelo OE (um esforço 4,4% inferior ao verificado em 2020)”.

Neste parecer, uma das recomendações do TdC é que o Governo “promova a revisão da norma que determina a afetação ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social de parte da receita de IRC, no sentido de assegurar a sua clareza e exequibilidade, quanto às taxas a considerar, e que equacione a sua simplificação, designadamente através da eliminação da parcela do adiantamento”.

A sustentabilidade da Segurança Social tem marcado a agenda política, nomeadamente depois do Governo decidir antecipar meia pensão este ano para apoiar os reformados a lidar com os impactos da inflação, valor que fazia parte do aumento previsto para o próximo ano. Levantaram-se preocupações sobre o efeito que a alteração da base de cálculo teria nos aumentos de 2024, questão ainda por esclarecer.

Perante as críticas, o primeiro-ministro justificou os aumentos mais baixos nas pensões com a garantia de sustentabilidade da Segurança Social, impedindo que o aumento extraordinário da inflação se tornasse num peso permanente nas contas da Segurança Social.

De acordo com as contas do Conselho de Finanças Públicas (CFP), feitas “com muita cautela” e “em termos brutos”, ou seja, sem considerar a incidência de IRS, se as pensões fossem atualizadas de acordo com a inflação em 2023, a despesa seria “1.300 milhões de euros, sensivelmente, mais elevada”, tendo já em conta os novos pensionistas, disse a responsável. Em 2024, a despesa aumentaria em 1.400 milhões de euros.

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BES/Novobanco recebeu quase 40% do dinheiro injetado pelo Estado na banca desde 2008

BES/Novobanco foi a “instituição financeira que mais beneficiou dos apoios públicos” desde 2008, tendo já recebido 8,3 mil milhões de euros dos contribuintes, aponta o Tribunal de Contas.

O BES/Novobanco foi a “instituição financeira que mais beneficiou dos apoios públicos” desde 2008, tendo recebido do Estado cerca de 8,3 mil milhões de euros, quase 40% do total que os contribuintes gastaram com ajudas à banca nos últimos anos, de acordo com o Tribunal de Contas.

Na semana passada, o tribunal avisou que a fatura do Estado com o Novobanco não está fechada, tendo em conta a existência de um mecanismo de capital adicional (capital backstop) até 1.600 milhões de euros e os litígios entre o Fundo de Resolução e o banco no tribunal arbitral.

A seguir ao BES/Novobanco surge o BPN, nacionalizado em 2008, que recebeu 27,9% do total dos apoios públicos, num total de 6,15 mil milhões de euros, e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que já custou 5,5 mil milhões, cerca de 25% do total.

De 2008 a 2021, as despesas suportadas pelo Estado com a banca atingiram os 29,6 mil milhões de euros, enquanto as receitas ascenderam a 7,5 mil milhões, “originando um saldo desfavorável para os contribuintes de 22,05 mil milhões”, calcula o Tribunal de Contas no parecer da conta geral do Estado entregue esta terça-feira ao Parlamento e do qual constam 49 recomendações ao Governo e à Assembleia da República.

A lista de bancos que tiveram de ser ajudados pelo Estado conta ainda com mais quatro instituições, sendo que o Banif (resolvido em 2015) já custou quase três mil milhões e o BPP (banco fundado por João Rendeiro) custou 268 milhões, enquanto as ajudas ao BCP e BPI geraram lucro para o contribuinte de 919 milhões e 168 milhões, respetivamente, por conta dos chamados Cocos (obrigações de capital contingente que tinha um juro elevado) subscritos pelo Estado durante a troika.

O tribunal adianta que a expectativa de recuperação do dinheiro injetado pelo Estado na banca é “bastante limitada”, “especialmente” os mais de três mil milhões de euros que foram injetados pelo Fundo de Resolução no Novobanco nos últimos anos por via do mecanismo de capital contingente.

Estado teve a menor despesa desde 2011

No ano passado, o Estado gastou 432 milhões de euros com apoios à banca, o valor mais baixo desde 2011. Este montante diz sobretudo respeito aos 429 milhões injetados pelo Fundo de Resolução no Novobanco ao abrigo do acordo de capital contingente. Outros dois milhões foram gastos com a reprivatização do BPN e um milhão teve a ver com o Fundo de Recuperação de Crédito dos Investidores.

Já as receitas ascenderam a 219 milhões de euros, provenientes da recuperação de créditos garantidos no BPP, Parvalorem e Parups (164 milhões de euros), dividendos da Caixa Geral de Depósitos (51 milhões) e reembolso de um empréstimo pela Parvalorem (33 milhões).

O Tribunal de Contas adianta ainda que as responsabilidades contingentes do Estado associadas aos apoios ao setor financeiro diminuíram 161 milhões de euros em resultado da amortização de dívida financeira da Oitante que estava garantida pelo Estado, fixando-se em 39 milhões no final do ano passado.

(Notícia atualizada às 15h21)

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Associação Comercial de Barcelos aposta na compra coletiva de gás e energia

  • ECO e Lusa
  • 4 Outubro 2022

Associação Comercial e Industrial de Barcelos quer avançar com compra coletiva de gás e de energia elétrica para ajudar as empresas a ultrapassarem o problema do aumento dos custos.

A Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) avançou que está a dinamizar projetos na área da compra coletiva de gás e de energia elétrica para ajudar as empresas a ultrapassarem o problema do aumento dos custos energéticos. O presidente da ACIB, João Albuquerque, referiu ainda que a associação vai apostar na implementação de painéis fotovoltaicos “sem investimento por parte das empresas”.

João Albuquerque quer “chegar ao maior número de empresas da região, para lhes resolver, de forma muto direta, o problema da energia”. Está, por isso, convicto de que a associação vai “dar um bom contributo”. O responsável adiantou ainda que a ACIB vai assinar, no dia 11, os protocolos de cooperação que abrirão caminho à implementação daquelas medidas.

As empresas estão com uma faca ao pescoço do ponto de vista energético. Nós respondemos com o que é possível, mas são necessárias medidas políticas concretas, rápidas e muito fortes para o controlo do preço da energia, porque isto é pura e simplesmente especulação”, sublinhou.

Segundo o responsável, ainda não há na região empresas que tenham fechado portas por causa do aumento dos custos da energia, mas há muitas que já vivem “um caos em termos de gestão”. João Albuquerque falava em Barcelos, à margem da apresentação da Grow Your Skills Up – 1.ª Feira de Emprego e Formação, que vai decorrer naquele concelho esta sexta-feira e nos dias 10 e 11 de outubro.

Promovida numa parceria entre a Câmara Municipal, a ACIB e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave, a feira vai contar com a presença de cerca de 70 empresas, todas com propostas de estágios profissionais ou de emprego.

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FMI alerta investidores para riscos dos fundos de investimento

O risco é particularmente maior no caso dos fundos de obrigações, que numa situação de quebra de liquidez para os níveis de março de 2020, pode provocar um aumento de 20% da volatilidade dos ativos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está preocupado com os potenciais danos que os fundos de investimento menos líquidos podem gerar na economia mundial. No capítulo 3 do do mais recente Global Financial Stability Report, os especialistas do FMI revelam que os fundos que permitem resgates diários e têm nas suas carteiras ativos pouco líquidos são um sério risco à estabilidade dos mercados.

Segundo o FMI, os fundos com estas características são um íman para amplificar os episódios de correção dos mercados porque, durante estes períodos, os investidores são tentados a desfazerem-se rapidamente dos ativos do mercado a qualquer custo. “Essas preocupações são particularmente pertinentes agora, à medida que os bancos centrais normalizam a política monetária no meio de uma incerteza quanto ao futuro da economia”, lê-se no documento publicado esta terça-feira.

Entre os ativos mais penalizados estão as obrigações, que tradicionalmente são ativos menos líquidos do que as ações, por exemplo. Nas contas do FMI, “um declínio significativo na liquidez dos fundos [de obrigações], tal como o observado durante a turbulência do mercado em março de 2020, pode aumentar a volatilidade do retorno das obrigações em mais de 20%.”

Para evitar mais ruído nos mercados, o FMI salienta a necessidade de os reguladores estarem particularmente atentos aos níveis de liquidez dos fundos. Além disso, chamam a atenção para a necessidade de os gestores dos fundos de investimento terem o cuidado de recorrerem a instrumentos e a estratégias que possibilitam reduzir o risco dos investidores durante períodos de maior pressão nos mercados.

Desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, a 24 de fevereiro, a volatilidade dos mercados agravou-se consideravelmente. Na semana passada, o mercado obrigacionista chegou a atingir um dos níveis de volatilidade mais elevada desde a crise financeira de 2008.

A incerteza quanto ao futuro e o medo entre os investidores instalou-se, levando a que muitos tenham procurado desfazer-se das suas posições a qualquer custo. Este comportamento tem provocado picos de queda bastante acentuados em alguns ativos, particularmente junto daqueles com menor liquidez, como são algumas obrigações e fundos de obrigações.

Para os pequenos investidores fica o alerta: por mais fantástico que aparenta ser um fundo ou outro qualquer ativo financeiro, é imperativo garantir que quando necessitar de o vender não terá de o fazer a qualquer custo e a qualquer preço.

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AICEP abre delegação em Chicago para captar investimento no Midwest americano

Após Nova Iorque e São Francisco, AICEP inaugura escritório numa região onde Brisa, Amorim, EDP Renováveis, Logoplaste e Sodecia têm investimentos e que é "berço" da Abbott, Baxter ou BorgWarner.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) tem uma nova delegação nos Estados Unidos, o quarto maior cliente para as exportações nacionais e o oitavo maior emissor de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no país. Com esta abertura em Chicago, o organismo público liderado por Luís Castro Henriques passa a ter três localizações espalhadas pelo território da maior economia do mundo – as outras estruturas funcionam em Nova Iorque e em São Francisco.

Aprofundar as relações económicas bilaterais, estabelecer novas parcerias e potenciar novos projetos de investimento para Portugal, dada a importância estratégica e geográfica de Chicago. São estes os objetivos traçados pela agência para esta nova estrutura, que vai ser inaugurada esta terça-feira na presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, ou do embaixador de Portugal nos EUA, Francisco Duarte Lopes, além das autoridades locais.

As exportações de Portugal para o Estado do Illinois, que tem a cidade de Chicago como capital, mais do que duplicaram entre 2014 e 2021, totalizando 184 milhões de dólares (186 milhões de euros). Segundo dados oficiais, naquela região, as empresas nacionais vendem principalmente produtos farmacêuticos e equipamentos e componentes industriais, com destaque para as ferramentas e para os artigos de cutelaria em metal. Automóvel, agroalimentar e tecnologias da informação são outras indústrias com potencial de crescimento.

Alargando a análise aos 13 estados que compõem o chamado Midwest, as exportações nacionais para aquela região valem 21,4% do total nacional. A-to-Be (Brisa), Amorim, EDP Renováveis, Logoplaste e Sodecia são os principais grupos portugueses com interesses naquela zona dos EUA — com destaque para os clusters da energia, ciências da vida, infraestruturas, logística e novos conceitos industriais, e tecnologias de informação. Por outro lado, é ali que está a origem de alguns dos mais conhecidos investidores americanos em Portugal, como é o caso da Abbott, Baxter, BorgWarner, GE Healthcare ou Medtronic.

Os EUA são um bom mercado de diversificação para as exportações portuguesas. (…) Além disso, Portugal tem assistido nos últimos anos a um crescimento sem precedentes de investimento estrangeiro na área tecnológica, em especial proveniente dos EUA.

Luís Castro Henriques

Presidente da AICEP

No ano passado, o stock de IDE dos EUA em Portugal superou os 2.000 milhões de dólares (2.022 milhões de euros, ao câmbio atual). No entanto, a AICEP ressalva, num comunicado enviado às redações, que “existe muito mais investimento em Portugal do que o registado estatisticamente, pois muitas holdings americanas estão sediadas noutras capitais europeias”. A Câmara do Comércio Americana (AmCham) identifica cerca de 1.000 empresas com capital maioritariamente americano em Portugal.

“Os EUA são um bom mercado de diversificação e, apesar da sua complexidade e dimensão, temos confiança na oferta portuguesa e acreditamos existirem [ali] boas oportunidades. Além disso, Portugal tem assistido nos últimos anos a um crescimento sem precedentes de investimento estrangeiro na área tecnológica, em especial proveniente dos EUA. Com a abertura de uma nova delegação da AICEP, localizada estrategicamente em Chicago, queremos potenciar os negócios das empresas portuguesas nos EUA e atrair mais investimento para Portugal”, resume Luís Castro Henriques.

Nesta missão aos EUA, o ainda presidente da AICEP – termina o mandato no final deste ano e não se vai manter em funções, como ECO noticiou – tem na agenda vários contactos com investidores para promover Portugal como destino de investimento, assim como o “Portugal Economic Forum 2022”, em Nova Iorque, focado na promoção do país como destino de investimento tecnológico para as empresas americanas. O evento está agendado para 6 de outubro e conta com a participação de empreendedores como Diogo Mónica (Anchorage Digital), Marcelo Lebre (Remote) ou Nuno Sebastião (Feedzai), Daniela Braga (Defined.Ai) ou Vasco Pedro (Unbabel).

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Parlamento Europeu aprova carregador único para telemóveis, tablets e câmaras

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Outubro 2022

A Apple deverá ser o fabricante mais afetado, tendo em conta que os iPhones e outros dispositivos da marca são carregados por um cabo chamado lightning e não por um modelo USB-C.

O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira as novas regras que irão introduzir na União Europeia (UE), a partir do outono de 2024, um carregador universal para telemóveis, tablets e câmaras, avança a Reuters (acesso pago). Com esta medida, a Apple vai ter de adaptar os seus cabos para o modelo USB-C, à semelhança dos Androids.

A proposta, que recebeu 602 votos a favor e 13 contra, confirma o acordo alcançado em junho entre os eurodeputados e os 27 Estados-membros da UE, segundo o qual os consumidores deixarão de precisar de carregadores e cabos diferentes para os vários aparelhos eletrónicos portáteis de pequena e média dimensão.

Ou seja, telemóveis, tablets, leitores eletrónicos, auriculares, câmaras digitais, auscultadores, consolas de videojogos portáteis e altifalantes portáteis recarregáveis através de um cabo com fios terão de estar equipados com uma porta USB-C, independentemente do seu fabricante.

Com esta medida, a Apple deverá ser o fabricante mais afetado, tendo em conta que os iPhones e outros dispositivos da gigante tecnológica norte-americana são carregados a partir de um cabo/ficha proprietária chamada Lightning. Os dispositivos baseados no sistema Android, como os da Samsung e da Huawei, já são alimentados por cabo USB-C.

De acordo com a Comissão Europeia, o carregador universal permitirá poupar cerca de 250 milhões de euros aos consumidores.

Agora, falta apenas o Conselho da UE dar “luz verde” ao acordo antes de este ser publicado no Jornal Oficial da UE. O acordo entrará em vigor 20 dias após a sua publicação e as suas disposições começarão a ser aplicadas após 24 meses, no outono de 2024. As novas regras não se aplicarão aos produtos colocados no mercado antes da data de aplicação.

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Dos combustíveis à manutenção, Bolt cria clube com vantagens exclusivas para motoristas

A operadora estabeleceu parcerias com marcas de setores que vão da energia à reparação automóvel ou aos combustíveis. O objetivo é, no futuro, abranger outras áreas, como seguros e telecomunicações.

A Bolt decidiu criar um marketplace a nível nacional para condutores e gestores de frotas TVDE, com a missão de zelar pelos interesses de quem conduz na plataforma. O Bolt Club reúne uma série de parcerias que a operadora estabeleceu com algumas das maiores marcas em setores que vão da energia à reparação automóvel e ainda aos combustíveis.

“O objetivo deste ‘clube’ é claro: acima de tudo, fazer passar a mensagem aos motoristas de que os ouvimos, e que trabalhamos todos os dias para que a sua atividade profissional seja o mais proveitosa possível. Este é um passo que queríamos materializar há muito e que, graças às parcerias agora estabelecidas, nos foi finalmente possível fazê-lo”, esclarece Nuno Inácio, responsável de ride-hailing da Bolt em Portugal.

“A nossa visão é continuar a impulsionar este marketplace no sentido de uma evolução concordante com as necessidades e desafios, tanto do setor como dos motoristas. Algumas áreas que pretendemos abranger num futuro próximo incluem as das telecomunicações e seguros, por exemplo”, acrescenta, em comunicado.

Mais que um programa de lealdade ou recompensas, a operadora estoniana procura que o Bolt Club seja o próximo passo na construção de uma comunidade TVDE dentro da sua plataforma, dinamizando assim o progresso e inovação dentro deste setor no país.

Os que já investiram na transição energética do seu veículo, por exemplo, podem contar agora com benefícios por carregarem com o cartão EDP Charge. Já a MForce vai apoiar, com vantagens exclusivas, a manutenção da frota de todos os membros do Bolt Club.

 

Por fim, e como uma das necessidades mais prementes de quem faz do transporte de passageiros vida é o combustível, a Bolt estabeleceu também uma parceria com a Prio. RODRIGO ANTUNES/LUSA

 

A Bolt começou a operar em Portugal em 2018. Atualmente, o serviço TVDE já cobre todo o território nacional. No que toca à micromobilidade – trotinetes e bicicletas elétricas – está presente em 15 cidades de norte a sul do país. Outros produtos incluem ainda o serviço Bolt Food, atualmente presente na Grande Lisboa, Porto, Coimbra e Braga, e a Bolt Market, um serviço de entrega de mercearias lançado em Portugal em novembro de 2021 e que serve a cidade de Lisboa.

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DGS prevê subida de casos de Covid-19 no inverno, mas com “baixo impacto” no SNS

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

Apesar de prever um maior número de contágios com SARS-CoV-2 no inverno, Graça Freitas considera que a população "está pronta" para medidas como o fim do isolamento obrigatório de casos positivos.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu esta terça-feira que se prevê que o número de casos de Covid-19 aumente no inverno, ainda que com um “baixo impacto” no Serviço Nacional de Saúde, noticia a TSF (acesso livre). Porém, ressalva que “se houver algum sinal de alerta” a DGS está disponível “para rever a estratégia em curso”.

Segundo Graça Freitas, a vacinação contra o coronavírus “tem permitido controlar a doença para níveis aceitáveis”, pelo que é possível confiar na “capacidade das pessoas de gerir a sua situação clínica e a sua vida social” depois de o Governo ter decretado o fim da obrigatoriedade de isolamento para casos positivos. “A sociedade está pronta para este tipo de medidas”, defende.

Lembrando que a população tem “uma obrigação social de proteger os mais vulneráveis e os outros” em relação às doenças que se transmitem, a responsável da DGS aponta que, “de acordo com a sua condição de doença, as pessoas devem decidir elas próprias se ficam mais isoladas”. Caso contrário, aconselha a que limitem o contacto com pessoas mais vulneráveis e recorram ao uso de máscara e a medidas de etiqueta respiratória.

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Margarida Lima Rego é a nova diretora da Nova School of Law

Para os próximos quatro anos, Margarida Lima Rego elegeu como prioridades a afirmação da investigação e do perfil internacional da faculdade.

Margarida Lima Rego foi eleita diretora da Nova School of Law pelo conselho de faculdade, para o quadriénio 2022-2026. Para os próximos quatro anos, Margarida Lima Rego elegeu como prioridades a afirmação da investigação levada a cabo pela escola, que será reforçada, assim como a afirmação do perfil internacional da faculdade.

“Ao longo dos últimos anos, a Nova School of Law tem vindo a afirmar-se no ensino do Direito em Portugal e é, hoje, a faculdade de direito mais procurada no concurso nacional de acesso ao ensino superior, o que reflete de forma positiva o trabalho desenvolvido”, começa por dizer Margarida Lima Rego.

Margarida Lima Rego em entrevista ao ECOSeguros - 23JUL19

“Para o futuro pretendemos dar continuidade ao que alcançámos e continuar a afirmar o caráter disruptivo que faz parte da nossa génese. Queremos formar melhores juristas, capazes de responder aos desafios do futuro”, acrescenta, em comunicado.

Integram ainda a sua equipa, como subdiretores, Jorge Morais Carvalho, que já integrava a anterior direção, juntando-se, agora, Claire Bright e Joana Farrajota.

Margarida Lima Rego é professora associada com agregação na Nova School of Law, onde leciona regularmente desde 2005. Exercia o cargo de subdiretora desde 2018. Coordena o Nova Knowledge Centre for Data-Driven Law e o programa de doutoramento em Direito. Atualmente, rege as disciplinas de Direito das Obrigações e de Casos Difíceis, na licenciatura, é titular de um módulo Jean Monnet em EU Insurance Law, no mestrado, e no doutoramento assume a regência de Private Law.

A tomada de posse da nova direção está marcada para o próximo dia 20 de outubro.

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União Europeia aprova em definitivo lei sobre salários mínimos adequados

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Conselho da União Europeia deu esta terça-feira "luz verde" definitiva à nova lei sobre “salários mínimos adequados” em todo o bloco comunitário.

O Conselho da União Europeia deu esta terça-feira “luz verde” definitiva à nova lei sobre “salários mínimos adequados” em todo o bloco comunitário, com a qual espera ajudar a garantir condições de trabalho e de vida dignas para os trabalhadores na Europa.

O aval dos 27 ocorre depois de, em 14 de setembro passado, o Parlamento Europeu ter aprovado em Estrasburgo por larga maioria (505 votos a favor, 92 contra e 44 abstenções) a nova legislação, que os Estados-membros terão agora dois anos para transpor para o direito nacional.

A diretiva estabelece procedimentos para a adequação dos salários mínimos nacionais, promove a negociação coletiva em matéria de fixação de salários e melhora o acesso efetivo à proteção salarial mínima para os trabalhadores que têm direito a um salário mínimo nos termos da legislação nacional, por exemplo, por meio de um salário mínimo nacional ou de convenções coletivas.

Os Estados-membros que dispõem de salários mínimos nacionais devem estabelecer um quadro processual para a fixação e atualização desses salários mínimos de acordo com um conjunto de critérios claros.

O Conselho e o Parlamento Europeu tinham já concordado que as atualizações dos salários mínimos nacionais terão lugar pelo menos de dois em dois anos (ou, no máximo, de quatro em quatro anos, no caso dos países que utilizam um mecanismo automático de indexação), prevendo que os parceiros sociais participem nos procedimentos de fixação e atualização dos salários mínimos nacionais.

“Quando as pessoas têm de contar os cêntimos por causa da crise energética, esta lei é uma mensagem de esperança. Os salários mínimos e a fixação coletiva de salários são instrumentos poderosos que podem ser utilizados para garantir que todos os trabalhadores ganhem salários que permitam um nível de vida decente”, comentou hoje a atual presidência checa do Conselho da UE.

Esta legislação foi inicialmente proposta pela Comissão Europeia em outubro de 2020, e o princípio de salários mínimos adequados está contemplado no plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, adotado em maio do ano passado durante a cimeira do Porto, no quadro da presidência portuguesa do Conselho da UE no primeiro semestre de 2021.

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Novobanco prepara “reestruturações e vendas” para baixar crédito malparado

Mark Bourke aponta à redução do rácio de créditos sem desempenho, combinando "reestruturações e vendas”. Sucessor de Ramalho quer “ter o banco em boa forma”, enquanto Lone Star procura comprador.

Está “a muito curta distância” a meta de 5% para o crédito malparado fixada pelo Novobanco, que deve ser atingida ainda este ano. A garantia foi dada pelo novo CEO, Mark Bourke, que projeta já a fase seguinte de redução do rácio para um valor entre 3% a 4%, “em dois a três anos”, através de uma “combinação de reestruturações individuais e vendas do portefólio”.

As declarações do sucessor de António Ramalho foram feitas numa entrevista à Bloomberg TV realizada esta terça-feira. A 30 de junho, no final de um semestre em que os lucros aumentaram 94% em termos homólogos, o rácio de créditos sem desempenho (NPL na sigla inglesa) era de 5,4% (isto é, abaixo dos 5,7% de dezembro de 2021 e dos 7,3% do final dos primeiros seis meses do ano passado).

Questionado sobre os efeitos que a atual conjuntura já estão a ter sobre esse indicador, com destaque para a subida acentuada das taxas de juro e a instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia, o gestor respondeu que, seja sob o ponto de vista do banco ou da economia portuguesa, “não [vê] um aumento significativo do stress na formação de NPL” — que, a acontecer, seria “uma experiência partilhada entre os bancos”.

Outra das principais missões que o gestor irlandês tem pela frente é preparar a venda do banco. A Lone Star empregou 1.000 milhões de euros no Novobanco para ficar com uma participação de 75% em 2017, e pretende recuperar o dinheiro investido. O Fundo de Resolução e também o Governo são partes interessadas devido às participações de 23,4% e 1,6% que também detêm na instituição financeira.

Acompanha os contactos dos acionistas americanos, sendo uma sociedade de private equity, com potenciais compradores? “Não, absolutamente”, respondeu Mark Bourke na mesma entrevista. O CEO sublinha que a missão da equipa de gestão que lidera é “preparar o banco e assegurar que o [tem] em boa forma para o que vier a acontecer”, enquanto “os acionistas falam com muitas pessoas”. “Do nosso ponto de vista, o importante é sermos independentes, sustentáveis e competitivos, pois é isso que faz com que possamos ter o destino nas nossas próprias mãos”, ilustrou.

2021 já tinha marcado o virar de página para o Novobanco, depois de milhões e milhões de euros de prejuízos. No ano passado, a instituição financeira registou um lucro de 184,5 milhões de euros. Ainda assim, uma gota no oceano de perdas acumuladas desde a resolução do BES. Depois desse primeiro resultado positivo em 2021, somou um lucro de 140 milhões no primeiro trimestre deste ano, tendo mantido a tendência de crescimento nos três meses até junho.

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MRM torna-se líder global em soluções comerciais de ponta a ponta

  • Servimedia
  • 4 Outubro 2022

A MRM está posicionada como líder global em soluções comerciais de ponta a ponta. Este destaque aconteceu depois de o Interpublic Group (IPG) ter adquirido a RafterOne.

O InterpublicGroup (IPG) adquiriu a RafterOne, fornecedor líder de soluções comerciais multi-cloud na plataforma Salesforce. Nesta aquisição, a MRM será responsável pelo processo de alinhamento dos negócios entre as duas empresas – RafterOne e IPG -, o que a torna na primeira agência digital do Grupo Interpublic e de experiência do cliente além de a posicionar como líder mundial em soluções comerciais de ponta a ponta, noticia a Servimedia.

Este processo dá, também, um impulso ao Centro de Experiência de Salesforce da MRM, que opera a nível mundial a partir de Madrid. Este centro vai desempenhar um papel fundamental no processo de alinhamento dos negócios da RafterOne com o IPG.

Marina Specht, CEO da MRM e do McCann Worldgroup, afirmou, por isso, que este papel “reforça a posição da MRM como fornecedor líder de soluções de transformação e automação em ambientes Salesforce”.

“Este alinhamento melhora ainda mais a nossa experiência multi-cloud e multiplica a nossa escala ao acrescentar 775 certificações que funcionarão em conjunto com o nosso centro de excelência em Madrid”, acrescentou Maria Martinez, CEO da MRM Espanha.

A aquisição da RafterOne eleva as capacidades da força de vendas da IPG e expande a oportunidade de mercado da empresa. As capacidades adicionais deste processo irão criar uma prática comercial líder na indústria.

A RafterOne trabalha com marcas para conceber e implementar soluções Salesforce que ligam as marcas aos clientes através de experiências comerciais de ponta a ponta e multi-cloud. A empresa tem uma equipa global de mais de 500 pessoas.

Com esta aquisição, a RafterOne juntar-se-á à lista do IPG de marcas de agências de topo. A oferta combinada irá potenciar as soluções da plataforma Salesforce em toda a rede da holding e permitir à RafterOne colaborar com os líderes mundiais de marketing para impulsionar o crescimento e a escala através do comércio conectado.

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