Ministério Público recusa reabrir inquérito ao caso do “apagão fiscal”

  • ECO
  • 18 Maio 2023

Ex-eurodeputada Ana Gomes pediu reabertura do caso das transferências bancárias para offshores não comunicadas ao Fisco, mas a procuradora disse serem “suspeições sem qualquer suporte em factos".

O Ministério Público (MP) negou o pedido de reabertura do inquérito ao caso do “apagão fiscal”, que tinha sido feito pela antiga eurodeputada Ana Gomes, com o objetivo de serem feitas mais diligências probatórias. Segundo noticia o Expresso, a procuradora Lígia Fernandes considerou serem “inúteis e sem pertinência” e que na fundamentação da histórica do PS há “suspeições sem qualquer suporte em factos”.

Em março, ao fim de quase seis anos, o Ministério Público tinha decidido arquivar o inquérito ao caso relativo à origem do erro de processamento das declarações bancárias sobre transferências para offshores entre 2011 e 2014, em que grande parte das operações comunicadas à administração tributária não passou para a base de dados do Fisco. Neste período, dos 18.200 milhões movimentados, mais de 10.000 milhões não ficaram registados, apesar de terem sido declarados pelas instituições financeiras.

Segundo a procuradora Helena Almeida, que ilibou também de qualquer responsabilidade Paulo Núncio, que era à data secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no Governo de coligação PSD/CDS, não houve intervenção humana na falha de transmissão ao Fisco dos dados bancários relativos a estas transferências para paraísos fiscais. A magistrada lembrou então que, à luz do artigo 283.ª do Código do Processo Penal, o Ministério Público deduz acusação se tiver recolhido indícios suficientes de um crime e de quem foi o seu agente.

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Porbatata recorre à “lógica da batata” para promover o consumo nacional

A Porbatata tem como meta aumentar o consumo de batata portuguesa em 10% nos próximos dois anos. A campanha foi desenvolvida pela agência Evaristo. 

 

“Consumir nacional é a lógica da Batata! é o mote da campanha que a Porbatata, Associação da Batata de Portugal, vai lançar esta quinta-feira para promover o consumo de batata portuguesa. “Este ano vamos desafiar os consumidores a fazerem uma escolha lógica: consumir batata nacional, consumir um alimento saudável, sustentável e económico. O mote da campanha é mesmo “A lógica da batata!” e pretendemos aumentar o consumo da batata portuguesa, no seu período de colheita, que decorre entre finais de maio e setembro”, explica ao +M Sérgio Ferreira, presidente da Porbatata.

O objetivo, prossegue o responsável, passa também por fortalecer a relação com parceiros do retalho alimentar, para que a batata portuguesa tenha visibilidade na prateleira. Para tal, a Porbatata conta com o apoio da APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) e a adesão das principais cadeias de distribuição, prossegue.

A associação pretende também reforçar a divulgação da marca coletiva, a Miss Tata, criada em 2020. “Queremos ver visível nas embalagens da batata nacional”, acrescenta Sérgio Ferreira.

A campanha, desenvolvida pela agência Evaristo e apresentada esta quinta-feira em Salvaterra de Magos, vai estar presente nas redes sociais e nos suportes de comunicação das cadeias de grande distribuição que aderiram à iniciativa. “O investimento não é avultado e é todo feito pelos associados da Porbatata. A grande distribuição colabora – de forma gratuita – divulgando o selo Miss Tata nas suas plataformas de comunicação Queremos fazer mais e melhor, mas precisamos de financiamento para continuar e incrementar o trabalho de comunicação desenvolvido“, comenta o presidente da associação.

Em 2022, de acordo com a Porbatata, as exportações de batata aumentaram 23%, para 24,6 milhões de euros. Em quantidade, as vendas para os mercados internacionais cresceram 56% (para mais de 81 milhões de quilos). O maior comprador de batata portuguesa é Espanha, que representa 67% do valor total das exportações. “A produção nacional representa atualmente cerca de 45 a 50% do consumo interno, o que significa que, para além da comunicação, é fundamental trabalhar no aumento da capacidade produtiva“, prossegue Sérgio Ferreira. Uma meta que gostaríamos de alcançar é aumentar o consumo de batata portuguesa em 10% nos próximos 2 anos”, adianta. No entanto, reforça, “o setor precisa de mais incentivos à produção para aumentar a sua capacidade e satisfazer as necessidades de consumo”.

O presidente da Porbatata acredita que os consumidores estão mais despertos para consumir nacional. “Mas é preciso que a produção e a distribuição também façam o seu papel de promoção. A origem da batata nem sempre é clara e foi por esse motivo que lançámos a Miss Tata, para que esta marca, e este selo, estivesse visível nas embalagens dos nossos associados que aderiram à iniciativa“, acrescenta. “Quanto mais valorizarmos a produção nacional, mais os consumidores também vão valorizar”, resume.

A produção de batata em Portugal ocupa uma superfície agrícola de 16 804 hectares. Os dados mais recentes do INE indicam que a produção ultrapassou as 413 mil toneladas em 2021, descreve a associação.

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Novo administrador executivo do Banco de Fomento iniciou hoje funções

Processo de fit and proper deu entrada no Banco de Portugal no fim de março e só com luz verde do regulador era possível que Hugo Roxo, antigo diretor comercial do Bankinter, iniciasse funções no BPF.

Hugo Roxo, o administrador executivo que foi substituir Tiago Simões de Almeida, que renunciou ao cargo, iniciou oficialmente funções no Banco Português de Fomento, apurou o ECO.

O processo de fit and proper deu entrada no Banco de Portugal no final de março e só com a luz verde do regulador era possível que o antigo diretor comercial do Bankinter desde 2018, com reporte direto à administração daquele banco, iniciasse funções no banco promocional nacional, liderado por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

A escolha do gestor, que fez carreira na área da banca, tendo passado antes pelo Barclays (2008-2016) e pelo grupo Santander (1999-2008), surge depois de Tiago Simões de Almeida ter decidido abandonar o projeto por já não se rever no mesmo, como contou ao ECO o próprio, no final de março.

“O projeto é diferente daquilo que estava à espera. Não concordo muito com algumas coisas que se dizem. Temos de manter coisas no mercado, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance e ser um banco. Fazer estas coisas em conjunto”, explicou o responsável que ainda se manteve em funções apesar da demissão.

“Se não é esse o caminho que queremos seguir, prefiro seguir outro”, sublinhou ainda o antigo administrador, detalhando que vai regressar ao BPI, de onde saiu um com uma licença sem vencimento para desempenhar novas funções.

Mas Tiago Simões de Almeida não foi o único a deixar a administração do BPF. Também o então presidente da comissão de auditoria, António Joaquim Andrade Gonçalves, apresentou a demissão por distanciamento face aos novos elementos da comissão executiva, ao que o ECO apurou.

A nova presidente executiva do Banco de Fomento no primeiro balanço da atividade do banco no Parlamento, sublinhou que só em janeiro a equipa tinha ficado completa e por isso, de alguma forma, a atividade da instituição ressentia-se. “A estrutura de gestão societária do BPF está, neste momento, pela primeira vez, completa. Estava prevista a existência até 11 administradores e uma segregação entre a chairman e CEO, mas isso não tinha sido alcançado. Neste novo mandato, desde 14 de novembro, essa situação está ultimada”, disse Ana Carvalho na Comissão de Economia e Obras Públicas, a 11 de janeiro, numa referência à escolha de Celeste Hagatong, selecionada para chairman do Banco de Fomento, por oposição ao acumular de funções que Beatriz Freitas teve de aceitar (CEO e chairman), depois de Vítor Fernandes ter sido preterido na sequência do seu envolvimento na Operação Cartão Vermelho.

O ECO contactou oficialmente o Banco de Fomento, mas até à publicação deste artigo não obteve resposta.

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Uso do euro para pagamentos internacionais toca mínimo de três anos

  • ECO
  • 18 Maio 2023

Dados do sistema SWIFT revelam que a quota de transações internacionais que envolvem a moeda única da União Europeia caiu para 31,74% em abril, face aos 32,64% registados em março.

Em abril, a utilização do euro para pagamentos internacionais caiu para o nível mais baixo em cerca de três anos, numa altura em que aumentam as transações em dólares e a utilização da moeda chinesa tocou máximos de cinco meses.

Os dados do sistema SWIFT, sistema de mensagens financeiras dominante no mundo, revelam que a quota de transações internacionais que envolvem a moeda única da União Europeia (UE) caiu para 31,74% em abril, face aos 32,64% registados em março, segundo a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Já o uso do dólar aumentou de 41,74%., em março, para 42,71%, em abril, o que indica que a utilização da moeda norte-americana continuou a crescer, apesar da crise bancária nos Estados Unidos e dos receios relativos em torno do Credit Suisse, que acabou por ser adquirido pelo UBS.

Ainda assim, o euro continua a ser a segunda moeda mais utilizada a nível mundial no que toca aos pagamentos através do sistema SWIFT. Ao mesmo tempo, a utilização da moeda chinesa, o yuan, cresceu 3,51% em abril, contra os 4,78% registados no mês anterior.

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Amorim vale mais de metade das vendas do setor da cortiça em Portugal

Indústria corticeira faturou 2.010 milhões de euros em 2022, dos quais 1.095 milhões no fabrico de rolhas, a que se dedicam seis em cada dez empresas de um setor que emprega mais de 8.300 pessoas.

A indústria da cortiça em Portugal gerou um volume de faturação de 2.010 milhões de euros em 2022, um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. A Corticeira Amorim continua a ser o porta-aviões deste setor, com a empresa que lidera o mercado a nível mundial a pesar mais de metade das vendas, com um total de 1.021 milhões de euros.

De acordo com a análise setorial divulgada esta quinta-feira pela consultora Informa D&B, a fabricação de rolhas foi a atividade com melhor desempenho do setor: alcançou um valor de 1.095 milhões de euros (+20% em termos homólogos). Seis em cada dez empresas – o efetivo ronda as 800 empresas – dedicam-se à produção de rolhas, com 30% focadas na preparação da cortiça e as restantes 12% a outro tipo de produtos.

Com 8.343 trabalhadores (dados de 2020) e concentrada sobretudo na região norte do país, onde estão sediados 84% dos operadores, a indústria corticeira exportou 1,2 mil milhões de euros no ano passado, 8% acima do exercício anterior. França (20%), Espanha (16%) e Itália (11%) foram os principais destinos das mercadorias que ultrapassaram as fronteiras em 2022, com as rolhas de cortiça natural cilíndricas a serem o produto mais exportado pelas empresas nacionais (cerca de 37% do valor total).

Com alguns mercados da gigante da cortiça a atravessarem “uma fase menos favorável”, o presidente da Corticeira Amorim antecipa um “crescimento moderado da faturação” em 2023. Em declarações ao ECO, António Rios de Amorim assegurou que a empresa de Mozelos (Santa Maria da Feira) continuará “atenta a oportunidades” e “não [exclui] a possibilidade de realizar aquisições este ano”.

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Nova SBE e Cunha Vaz juntas para ensinar líderes a comunicar em crises

Com arranque em outubro, o curso "Leadership and Crisis Management" destina-se a líderes de C-level que pretendam aprofundar a sua capacidade de comunicar em contextos de situações de crise. 

A Formação de Executivos da Nova School of Business & Economics (Nova SBE) e a Cunha Vaz & Associados (CV&A) juntaram-se para criar uma nova formação de executivos focada em gestão de crise. Com arranque em outubro, o curso “Leadership and Crisis Management” destina-se a líderes de C-level que pretendam aprofundar a sua capacidade de comunicar em contextos de situações de crise.

“Aos olhos da sociedade, a responsabilidade dos líderes das grandes empresas vai muito para além da criação de valor para o acionista. Os desafios sociais, políticos e ambientais fazem hoje parte da equação das lideranças, e é por isso que, em conjunto com a CV&A, acreditamos que este programa fará a diferença para todos os participantes”, comenta Pedro Brito, associate dean para formação de executivos e business transformation na Nova SBE, citado em comunicado.

“As lições retiradas da recente história política, económica e social mostram bem a importância que qualquer líder empresarial deve dar aos momentos a que chamamos crise. Até porque eles também são conhecidos por serem novas oportunidades. É, pois, com sentido de cumprimento de um dever que nos cabe e com orgulho que, em parceria com a Nova SBE, criamos esta formação executiva que será uma mais-valia para todos os participantes”, afirma António Cunha Vaz, CEO da CV&A.

O programa será composto por quatro módulos diferentes, com sessões que serão guiadas pelo corpo docente de excelência da Nova SBE e por líderes empresariais e de comunicação. Assentes em estudos de caso, os quatro módulos irão focar os riscos e as situações de crise; métodos e ferramentas para lidar ativamente com uma situação de crise; liderança em situações de crise; como reinventar uma organização após uma crise.

O objetivo da formação “Leadership and Crisis Management” é promover a capacidade de prever e preparar a futura situação de crise, desenvolvendo estratégias individuais e comuns para agir antes, durante e depois da crise; bem como preparar os gestores de topo para se dirigirem aos diferentes intervenientes, dotando-os com uma melhor compreensão dos fatores que podem desencadear uma crise de reputação.

A nível empresarial, a meta é fornecer um conjunto de ferramentas para construir um negócio mais resiliente através de uma organização preparada para uma situação de crise.

Esta formação executiva, será lecionada em regime presencial, no campus da Nova SBE, em Carcavelos, em horário pós-laboral.

As inscrições já se encontram abertas e pode consultar toda a informação neste link.

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Dourogás importou e injetou 1 GWh de biometano na rede de gás

Nuno Moreira revela que, em março, foi importado e injetado na rede nacional 1 GWh de biometano via Espanha. Até ao final do ano, empresa quer operar na mobilidade com uma base 100% renovável.

A Dourogás importou e injetou 1 gigawatt/hora (GWh) de biometano, um gás produzido a partir de fonte renovável que pode substituir o gás natural, na rede nacional de gás, no passado dia 30 de março.

Este combustível adquirido, em várias fontes da Europa, chegou ao país através das interligações com Espanha e teve como destino os clientes de mobilidade pesada da empresa. De acordo com o CEO da Dourogás, Nuno Moreira, a empresa abastece “mil camiões todos os dias e, portanto, naquele dia todos os camiões foram abastecidos com gás 100% renovável”.

A revelação foi feita esta quinta-feira, no âmbito da Green Gas Summit, uma conferência organizada pela Dourogás, Sonargás e a Internacional Gas Union (IGU), em Lisboa. Para Moreira, depois desta injeção, “a rede de gás natural [em Portugal] mudou de nome e passou a ser uma rede de gás”, considerando que a injeção desta “quantidade significativa” de biometano na rede foi “um ato histórico”.

Ao ECO/Capital Verde, Nuno Moreira revela que a expectativa é de que no segundo semestre seja injetada “uma quantidade ainda maior” e até ao final do ano 100% da atividade de mobilidade da Dourogás seja à base de gases renováveis.

Este biometano injetado na rede, no passado dia 30 de março, teve origem fora de Portugal, explicou o CEO, mas a ideia é a que as duas unidades de produção em Mirandela e em Frielas consigam contribuir para este fim. Neste momento, estas duas unidades produzem cerca de 30 GWh de biometano por ano, mas esse valor deverá aumentar nos próximos dois anos, uma vez que a Dourogás tem em desenvolvimento mais seis projetos para esse fim.

“Esperamos muito em breve poder injetar e dessa forma fazer a produção endógena de biometano. Temos uma obrigação perante os nosso clientes, independentemente de lutarmos para produzir em Portugal, queremos dar uma alternativa sustentável aos nossos clientes da mobilidade para poderem afirmar que têm um consumo descarbonizado”, explicou em declarações aos jornalistas à margem da conferência.

Em junho, indica o CEO, a expectativa será de fazer uma nova importação, mas de volumes superiores, através das mesmas interligações com Espanha. Nuno Moreira espera que até ao final do ano “toda a operação de mobilidade seja movida 100% a partir de gás natural renovável”.

Biometano desempenha papel importante na descarbonização

O ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) presidiu a abertura da conferência, salientando que o biometano e o hidrogénio são dois combustíveis que irão ajudar Portugal a atingir as metas de descarbonização.

O biometano e o hidrogénio são absolutamente estratégicos para alcançar objetivos“, referiu Duarte Cordeiro durante a sua intervenção, esta quinta-feira, acrescentando que a produção destes dois gases poderá contribuir, também, para a descentralização do país.

“Temos a vantagem de poder produzir de forma descentralizada estes dois gases. Parte desta riqueza pode ser distribuída pelo nosso território“, disse.

Neste momento, recordou Duarte Cordeiro, Portugal tem 25 contratos assinados para a produção de biometano e hidrogenio a nível nacional e um montante de 100 milhões de euros em apoios para produzir até ao final do ano 113 megawatts de gás renovável.

Quanto ao hidrogénio, o novo Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), que está em processo revisão e deverá ser apresentado até junho, a pedido da Comissão Europeia, prevê que sejam instalados 2,5 GW de eletrolise em Portugal para a produção de hidrogénio verde. Além disso estão alocados nove mil milhões de euros em investimento em novos projetos nestes setores.

“A produção de hidrogénio verde e produtos associados — amoníaco verde, metanol verde, aço verde, combustíveis sintéticos — a preços competitivos pode constituir a base para um reforço de mercado europeu de energia, com Portugal a passar da posição de importador de combustíveis para a posição de exportador europeu de referencia”, reforçou o ministro.

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João Gutierres integra Cerejeira Namora, Marinho Falcão

O novo associado sénior da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, João Gutierres, reforçou a equipa de Corporate. O advogado transita da Andersen.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão reforçou a sua equipa de Corporate com a integração de João Gutierres, enquanto associado sénior. O advogado transita da Andersen.

“Esta é mais uma aposta ambiciosa, que procura dar resposta às necessidades sentidas pelo mercado internacional, numa área de prática prioritária para a organização”, sublinhou Pedro Marinho Falcão, sócio fundador.

João Gutierres transita da Andersen, após 15 anos, onde exerceu como advogado nas áreas de Direito Comercial e Societário com especial incidência em assuntos internacionais e onde assumiu também a coordenação do Contencioso Civil e Comercial.

“O João representa uma aposta ganha pela experiência e qualidade técnica espelhados no seu percurso profissional. Percebemos de imediato que partilhava os nossos valores e ADN, o que tornou a integração célere e simples”, sublinhou Nuno Cerejeira Namora.

Segundo o sócio fundador, este é “mais um sinal da energia e vontade de crescimento sustentado”. Desde o início do ano, o escritório integrou as associadas Regina Gonçalves, Joana Couto e Sousa, Rita Coelho Lima e Catarina S. Silva Martins.

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Analistas acreditam que Moody’s vai subir rating de Portugal

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

Os resultados orçamentais de Portugal deverão levar a agência de notação financeira Moody's a subir, na sexta-feira, a notação de de Portugal.

Os resultados orçamentais de Portugal deverão levar a agência de notação financeira Moody’s a subir, na sexta-feira, o rating de Portugal, segundo os analistas consultados pela Lusa.

A Moody’s, que avalia atualmente o rating de Portugal em “Baa2”, com perspetiva estável, tem prevista uma avaliação à dívida soberana portuguesa.

Os analistas consultados pela Lusa antecipam uma melhoria da classificação de Portugal, devido sobretudo à trajetória descendente do rácio da dívida pública face ao PIB.

“Tendo em conta as recentes revisões em alta para o crescimento deste ano e em baixa para o défice orçamental e dívida pública, a Moody’s poderá subir a notação da dívida de ‘Baa2’ para ‘Baa1′”, refere Filipe Garcia, presidente da IMF, Informação de Mercados Financeiros.

O analista destaca, contudo: “contra esta possibilidade, considero estarem a instabilidade política recente e o facto de, quer as taxas de juro, quer o spread vs benchmark estarem acima dos níveis que se observavam em setembro de 2021, aquando da subida de notação anterior pela Moody’s”.

Contudo, acredita que “o facto de as previsões para o rácio de dívida mostrarem tendência de baixa poderá ser suficiente para garantir uma subida da notação”.

Também Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, antecipa a melhoria da notação da dívida portuguesa, sublinhando que “Portugal continua a viver um bom momento da sua economia“.

“Apesar de termos inflação e taxas de juro mais elevadas, a economia tem conseguido mostrar a sua resiliência, com vários setores a terem recuperações muito fortes. O nosso rácio de divida sobre o PIB tem vindo a descer, tendência que se espera que se mantenha“, enumera.

Para o analista do Banco Carregosa, “estes fatores têm contribuído para que Portugal seja, dos países da periferia, o que apresenta menor spread vs a Alemanha, 79,18 pontos base”.

“A prazo, poderemos ver um abrandamento da economia, por força de uma possível desaceleração no consumo, que as taxas elevadas podem vir a provocar, no entanto não deverão ser suficientes para colocar a economia numa recessão“, acrescenta.

A Moody’s optou por não se pronunciar sobre Portugal no ano passado, datando a última avaliação de 17 de setembro de 2021, quando fixou o rating em “Baa2”, com perspetiva estável.

No segundo semestre, a DBRS será novamente ser a primeira a pronunciar-se, em 21 de julho.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

Os calendários das agências de rating são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não se pronunciarem nas datas previstas ou avançarem com uma avaliação não calendarizada.

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dNovo quer apoiar mais de 500 profissionais acima dos 50 anos a voltar ao mercado de trabalho até 2025

Em 2022, a associação acompanhou 176 profissionais qualificados, em situação de desemprego, na transição para um novo projeto profissional, dos quais 23% já regressaram ao mercado de trabalho.

A dNovo pretende triplicar o número de pessoas com mais de 50 anos, com elevada qualificação e experiência profissional, em situação de desemprego, apoiadas pela associação, até 2025. O objetivo é promover o seu regresso ao mercado de trabalho, sensibilizando para o aproveitamento de competências seniores nas empresas. Em 2022, a associação acompanhou 176 profissionais qualificados desempregos na transição para um novo projeto profissional, 23% já regressaram ao mercado de trabalho.

“O desemprego sénior qualificado é um fator generalizado de preocupação, não só pelo impacto social que tem nas pessoas afetadas, mas também pelo desperdício de recursos humanos qualificados e de talento desaproveitado. A exclusão deste segmento na atividade laboral representa custos elevadíssimos para o nosso país, um cenário que a dNovo quer ajudar a inverter, valorizando o seu conhecimento e experiências e, ao mesmo tempo, sensibilizando o mercado para o valor destes profissionais”, afirma João Castello Branco, presidente do conselho de administração da dNovo, em comunicado.

em 2023, a associação tem como meta acelerar o crescimento do projeto, duplicando o número de profissionais apoiados e aumentando a percentagem dos que regressam ao mercado de trabalho. “Para alcançar este objetivo, será imprescindível uma maior participação do tecido empresarial, pelo que a associação está a desenvolver um novo modelo de envolvimento de empresas, particularmente PME”, adianta a associação.

Para além do efeito direto nos profissionais apoiados, a intervenção a que a dNovo se propõe tem um “impacto direto na economia, nomeadamente pelo aproveitamento de competências seniores nas empresas, colmatando a falta de talento em algumas áreas, e com largos benefícios para a sociedade“.

Os primeiros resultados do projeto de empregabilidade sénior da dNovo serão apresentados esta quinta-feira num evento no Campus de Carcavelos da Nova SBE, no dia 18 de maio.

A dNovo iniciou o seu projeto em 2019 com a missão de ajudar estes profissionais a reintegrar-se no mercado de trabalho e as empresas a valorizar as suas valências. A Semapa, o Santander e a EDP estão entre as empresas fundadoras da associação, que conta com diversos parceiros institucionais, promotores e afiliados.

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Encontro exclusivo de Bilderberg começa hoje em Lisboa. Conheça alguns dos participantes

  • Lusa
  • 18 Maio 2023

O secretário-geral da NATO, a presidente do Parlamento Europeu e os chefes da diplomacia ucraniana e europeia estão entre os participantes do encontro do grupo Bilderberg, a ter lugar em Lisboa.

O secretário-geral da NATO, a presidente do Parlamento Europeu e os chefes da diplomacia ucraniana e europeia estão entre os participantes do encontro anual promovido pelo exclusivo grupo Bilderberg que começa nesta quinta-feira em Lisboa, divulgou a organização.

Jens Stoltenberg, Roberta Metsola, Dmytro Kuleba e Josep Borrell, respetivamente, constam da lista de participantes do encontro, que decorre até domingo em Lisboa, à porta fechada e sem cobertura jornalística, num local não especificado pelos organizadores.

Alguns meios têm referido, no entanto, que os trabalhos da reunião irão decorrer num hotel na zona do Alto de Santo Amaro. Também o Presidente da República e o primeiro-ministro vão marcar presença na reunião que se prolongará até domingo, disse à agência Lusa fonte da organização.

Está previsto que Marcelo Rebelo Sousa ofereça um jantar aos cerca de 130 membros que se reunirão por estes dias na capital portuguesa, ao passo que o primeiro-ministro António Costa deverá mesmo participar em parte do programa.

No encontro – o 69.º desde a fundação do grupo, em 1954 – está também prevista uma homenagem especial a Henry Kissinger, o ex-secretário de Estado americano que faz este mês 100 anos e que estará presente no encontro.

Num comunicado disponível na página na Internet do restrito grupo, cuja existência está envolta num ambiente de secretismo, os organizadores apontam que a 69.ª edição deste encontro anual conta com cerca de 130 participantes de 23 países, incluindo de Portugal.

“Como sempre, um grupo diversificado de líderes políticos e especialistas dos setores da indústria, finanças, académico, trabalho e dos media foi convidado”, referem os organizadores, avançando ainda os 13 tópicos que vão marcar as discussões este ano.

Entre os temas em debate constam as ameaças transnacionais, a Ucrânia, a Rússia, a China, a Europa, a Índia e a liderança dos Estados Unidos. A Inteligência Artificial, a transição energética, a política industrial e comércio, os desafios fiscais e o sistema bancário são outros dos tópicos da agenda do encontro.

Na lista de participantes divulgada pelo clube Bilderberg constam alguns nomes portugueses, incluindo o do ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso, e o do empresário e político Francisco Pinto Balsemão, dois representantes que pertencem ou já pertenceram ao comité de direção do Clube de Bilderberg.

Mas existem mais participantes nacionais, como é o caso do advogado José Luís Arnaut e de vários diretores executivos de empresas (Feedzai, Galp, EDP). Ainda na lista de participantes constam os nomes do primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, do ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, e da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen.

O grupo ou clube Bilderberg foi fundado em 1954 com o intuito de “promover o diálogo entre a Europa e a América do Norte” e tem o nome do hotel (nos Países Baixos) onde decorreu a primeira reunião. Todas as reuniões Bilderberg seguem a chamada ‘Chatham House Rule’, ou seja, uma regra segundo a qual quem assistir aos encontros pode falar das ideias partilhadas nos encontros, desde que não identifique quem é que as expressou.

Os organizadores apontam que cerca de dois terços dos participantes são oriundos da Europa e os restantes da América do Norte.

Ao longo dos anos, vários portugueses passaram por estes encontros: Francisco Pinto Balsemão (que deixou o conselho diretor do grupo em 2015 passando a sua pasta a Durão Barroso), António Costa, Jorge Sampaio, Vítor Constâncio, António Guterres, Pedro Santana Lopes, José Sócrates, António José Seguro, Paulo Portas, Fernando Medina ou Maria Luís Albuquerque.

Em junho de 1999, a vila de Sintra recebeu uma reunião do Grupo Bilderberg. A última edição desta reunião decorreu em Washington em junho passado.

(atualizado às 16h02 com mais informação)

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Nos à procura de jovens talentos. Tem 50 vagas

A decorrer desde 2015, o programa Alfa regista uma taxa de integração na operadora de 90%. Candidaturas decorrem até julho.

A Nos quer recrutar 50 jovens finalistas de mestrado para o programa Nos Alfa. As candidaturas decorrem até julho, com o programa a arrancar em outubro. Desde a criação, o programa regista uma taxa de integração na empresa de 90%.

Com duração de 12 meses, o programa conta com uma “componente de mentoring, com acompanhamento de um elemento experiente da empresa, aliada a uma formação desenhada à medida e focada no seu crescimento profissional e pessoal. Inclui a rotação por duas áreas de negócio distintas e o desenvolvimento de dois projetos de forte impacto para a organização”, descreve a operadora em comunicado.

O programa, que decorre desde 2015, dirige-se a “finalistas de mestrado ou jovens recém-graduados, com experiência profissional máxima de um ano, e background em áreas de engenharia, gestão, economia ou outras similares”.

O Alfa declina em três vertentes — Alfa Tech, Alfa Biz e Alfa Data — que correspondem a perfis especializados.

O programa representa “uma fonte de contratação com um peso significativo na NOS”, registando uma “taxa de integração na empresa de 90% desde a sua criação, em 2015.”

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