Comissão Europeia investiga marca de roupa Guess

Uma restrição alegadamente imposta pela Guess limita a capacidade dos retalhistas de vender online aos consumidores de outros Estados-membros. A Comissão abriu investigação formal esta terça-feira.

A Comissão Europeia abriu esta terça-feira uma investigação formal às práticas de distribuição usadas pela marca de roupa norte-americana Guess. Em causa está uma alegada prática ilegal em que a Guess restringe os retalhistas de venderem as peças de roupa para vários Estados-membros dentro do mercado único europeu. Uma das premissas introduzidas pelas regras europeias de concorrência passa pelo direito dos consumidores à liberdade de comprarem produtos em qualquer país da União Europeia.

A Comissão tem informação a indicar que a Guess, nos seus acordos de distribuição, pode banir as vendas aos consumidores entre fronteiras“, denunciou esta terça-feira a comissária responsável pela concorrência. Margrethe Vestager avançou que a Comissão Europeia irá investigar as práticas da Guess para “assegurar que está a jogar segundo as regras e não está a impedir os consumidores de adquirirem produtos além-fronteiras”, dentro do mercado único europeu.

“Um dos grandes benefícios do mercado único da União Europeia é que os consumidores podem fazer compras onde quiserem, à procura do melhor negócio”, explicou Vestager, apesar de cada empresa ter liberdade para montar o sistema de distribuição que melhor lhe serve, mas que não comprometa esse direito dos consumidores europeus.

Nesse sentido, a investigação terá como foco a venda online feita aos consumidores ou a outros retalhistas dos Estados-membros. Além disso, a Comissão irá investigar se a Guess restringe os grossistas de venderem aos retalhistas de outros Estados-membros.

Segundo um relatório recente sobre o setor do comércio online, um em cada dez retalhistas já enfrentou problemas relacionados com esta restrição imposta em alguns acordos com marcas. Essas restrições limitam a capacidade dessas empresas de vender online aos consumidores de outros Estados-membros.

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Bruxelas diz que Altice comprou PT Portugal antes de obter aprovação

A Comissão Europeia acusou a Altice de ter incorporado a PT Portugal antes da aprovação dos reguladores europeus, acusações que o grupo já contestou na íntegra. Negócio não está em causa.

A PT Portugal foi comprada pelo grupo francês Altice em 2015.Thomas Meyer/Bloomberg

A Comissão Europeia (CE) enviou uma comunicação de objeções à Altice, acusando o grupo de implementar a aquisição da PT Portugal antes de obter luz verde por parte de Bruxelas. Em causa está o negócio da compra da dona da Meo por parte da empresa com sede na Holanda, cuja intenção foi comunicada à CE a 25 de fevereiro de 2015.

Bruxelas reconhece que, a 20 de abril do mesmo ano, considerou que o negócio era compatível com as regras do mercado comum, salvo algumas condições. No entanto, na perspetiva “preliminar” dos comissários, a Altice incorporou a empresa portuguesa antes de obter essa autorização.

“Em particular, a Comissão considera que o acordo de compra entre as duas empresas pôs a Altice numa posição de exercer influência decisiva sobre a PT Portugal antes da notificação ou aprovação da transação, e em algumas instâncias a Altice exerceu mesmo uma influência decisiva sobre a PT Portugal“, defende a CE num comunicado.

As regras da União Europeia obrigam as empresas a notificarem a Comissão antes de implementarem essas aquisições. “Obedecer a estas obrigações é essencial para a certeza legal, permite à Comissão conduzir uma análise correta do impacto das fusões no mercado e previne o potencial impacto prejudicial das transações na estrutura competitiva do mercado. Desta forma, as forças de mercado atuam em benefício dos consumidores”, lê-se no mesmo comunicado.

Sobre o caso, a comissária europeia com a pasta da concorrência, Margrethe Vestager, disse: “Se as empresas se antecipam ao implementar fusões antes da notificação ou aprovação, estão a pôr em causa o funcionamento eficaz do sistema europeu de controlo de fusões. A comunicação de objeções enviada à Altice mostra o quão sério a Comissão leva estas infrações das regras desenhadas para proteger o sistema de controlo de fusões.”

Altice contesta todas as objeções

A Altice já reagiu a esta decisão, dizendo que não concorda com as conclusões preliminares de Bruxelas. A empresa garante que vai submeter uma resposta à União Europeia e destaca que a comunicação de objeções enviada não prejudica o resultado final da investigação. Além disso, a empresa considera que a investigação não afeta a aprovação garantida em abril de 2015 pelos reguladores aquando da aquisição da PT Portugal, ponto também sublinhado pela Comissão.

"A Altice não concorda com as conclusões preliminares da Comissão Europeia e vai submeter uma resposta completa à comunicação de objeções e contestar todas essas objeções.”

Altice

em comunicado

O comunicado enviado esta quinta-feira à Altice é um passo formal no início de uma investigação à empresa. A Altice terá oportunidade, nesta primeira fase de inquérito, de prestar justificações à Comissão Europeia, nomeadamente no que toca à acusação formal de que incorporou a PT Portugal antes da notificação de aprovação dos reguladores europeus.

Bruxelas recorda ainda que a Altice chegou a um acordo com a operadora brasileira Oi a 9 de dezembro de 2014, na perspetiva de adquirir o controlo da PT Portugal. A notificação formal dessa intenção chegou à Comissão a 25 de fevereiro de 2015. A 20 de abril, os reguladores deram luz verde ao negócio.

No entanto, nessa altura, a Oni e a Cabovisão (agora, Nowo), eram subsidiárias da Altice em Portugal e, simultaneamente, concorrentes da dona da Meo. Bruxelas receava que a compra da PT Portugal pudesse distorcer o mercado ao nível da concorrência nas telecomunicações fixas, resultando, em última instância, num “aumento dos preços para os clientes”. A compra da PT Portugal estava, assim, sujeita à saída da Altice do capital de ambas as operadoras concorrentes. Em setembro de 2015, o grupo Altice anunciou a venda da Oni e da Cabovisão ao fundo Apax França.

(Notícia atualizada às 8h44 com mais informações)

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CGD: Bruxelas e Governo em contacto

A comissária europeia Margrethe Vestager está confiante que a Caixa vai "avançar" depois da injecção de capital do acionista Estado.

“Sim. Fomos informados da mudança na administração da Caixa Geral de Depósitos”, disse esta quarta-feira a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.

A responsável avançou que Bruxelas e o Governo português estão “na troca normal de contactos. No briefing do meio-dia acrescentou que tanto o Executivo português como a nova administração da Caixa vão explicar quais os próximos passos deste processo.

A comissária sublinha ainda que “obviamente, é de esperar que com a injeção de capital do acionista, neste caso o Estado, o banco poderá seguir em frente”.

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Microsoft comprou LinkedIn. E a Comissão aprovou

A comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, afirmou que "esta decisão assegura que os europeus vão continuar a ter liberdade de escolha entre as redes sociais para profissionais".

A Microsoft cedeu algumas concessões às autoridades europeias e a Comissão Europeia (CE) aprovou, com condições, a fusão da empresa com o LinkedIn. Apesar de esta aprovação implicar várias condicionantes, a empresa norte-americana já tem luz verde para adquirir a rede social para profissionais por cerca de 24,5 mil milhões de euros (o equivalente a 26,2 mil milhões de dólares).

A decisão está condicionada pelo cumprimento de uma série de compromissos destinados a preservar a concorrência entre as redes sociais para profissionais na Europa“, escreve a Comissão Europeia no comunicado divulgado esta terça-feira onde aprova a aquisição. A comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, afirmou que “esta decisão assegura que os europeus vão continuar a ter liberdade de escolha entre as redes sociais para profissionais”.

No entendimento da Comissão Europeia, as duas empresas tecnológicas atuam em áreas de negócio “complementares”, “exceto em pequenas sobreposições relativas à publicidade online”. Em perigo estava a incorporação do LinkedIn nos softwares da Microsoft, impedindo ou restringindo a utilização de outras redes sociais do mesmo tipo. A CE chega mesmo a dar o exemplo da Áustria, Alemanha ou Polónia onde existem redes sociais para profissionais já implementadas e onde a hegemonia o LinkedIn iria prejudicar os negócios dos Estados-membros.

Da investigação que fez, a Comissão concluiu que apesar da base de utilizadores das duas empresas “sobrepõe-se”, o produto oferecido pelo LinkedIn é “um de muitos no mercado”. Além isso, a CE “descobriu que o acesso à base de dados total do LinkedIn não é essencial para competir neste mercado”.

As conclusões da investigação levaram a Comissão Europeia a considerar que a aquisição não vai prejudicar a concorrência das empresas que atuam no mercado concorrencial europeu. Apesar disso, a CE exigiu que a Microsoft cumprisse três condições:

  1. As empresas que desenvolvem computadores têm de poder não instalar a aplicação do LinkedIn para o Windows 10 e, além disso, caso o façam, tem de existir a possibilidade de remover esse programa;
  2. A Microsoft tem de permitir que as restantes redes sociais para profissionais funcionem e sejam compatíveis com os interfaces dos softwares da empresa, nomeadamente o Office e as suas ramificações online;
  3. Essas mesmas empresas concorrenciais ao LinkedIn podem ter acesso ao Microsoft Graph, um gateway para programadores que desenvolvem softwares. Esta ferramenta é utilizada para construir aplicações interligados com a cloud da Microsoft para aceder a informação como mail, calendário, dados pessoais, entre outros.

O compromisso terá a duração de cinco anos e será monitorizado pela Comissão Europeia.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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TAP arrisca multa de 240 milhões de euros por acordo “anticoncorrencial” com a Brussels Airlines

TAP assinou acordo com a Brussels Airlines que terá limitado a concorrência, acredita a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia suspeita que um acordo de code-sharing entre a TAP e a Brussels Airlines, estabelecido em 2009, terá limitado a concorrência no setor, aumentando os preços e reduzindo o número de lugares disponíveis. Agora, as duas companhias aéreas arriscam pagar multas de até 10% das receitas anuais.

As conclusões surgem depois de uma investigação levada a cabo pela Comissão Europeia e constam de um documento enviado à TAP e à Brussels Airlines, a que a Bloomberg teve acesso.

A TAP e a Brussels Airlines poderão ter usado o code-sharing para limitar a concorrência e prejudicar os interesses dos passageiros da rota Bruxelas/Lisboa.

Margrethe Vestager

Comissária europeia para a Concorrência

Em causa está um acordo de code-sharing, um tipo de acordo de cooperação através do qual uma companhia aérea pode transportar passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra companhia aérea. Este acordo, que foi assinado em 2009 e que desde o início teve a oposição da Comissão Europeia, permitia que, nos três primeiros anos após a assinatura, a TAP e a Brussels Airlines pudessem vender lugares ilimitados para os voos Bruxelas/Lisboa uma da outra.

Em 2009, a TAP e a Brussels Airlines eram as únicas companhias aéreas a operar essa rota. A Comissão Europeia acredita, por isso, que o acordo poderá ter contribuído para subir os preços, ao mesmo tempo que reduzia o número de lugares disponíveis.

“O code-sharing entre companhias aéreas pode trazer benefícios para os passageiros no que toca ao aumento das rotas cobertas e às melhorias nas ligações aéreas”, referiu a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, citada pela Bloomberg. O problema é que, neste caso, “a TAP e a Brussels Airlines poderão ter usado o code-sharing para limitar a concorrência e prejudicar os interesses dos passageiros da rota Bruxelas/Lisboa”.

A TAP e a Brussels Airlines arriscam agora pagar uma multa que pode ascender a até 10% das receitas anuais. No caso da TAP, isso significaria uma multa de 239,8 milhões de euros, tendo em conta as receitas de 2.398 milhões de euros no ano de 2015. As duas companhias têm agora dois meses para apresentar a sua defesa. A Comissão Europeia, por seu lado, pode optar por dar continuação ao processo ou arquivá-lo.

Na reação às conclusões preliminares da investigação de Bruxelas, a TAP refere que tem colaborado “plenamente” com as autoridades. “Ao longo dos mais de cinco anos em que tem decorrido esta investigação, a TAP tem sempre colaborado plenamente com a Comissão Europeia, fornecendo toda a documentação e informação que lhe foram solicitadas”, diz a companhia aérea, em comunicado.

Por outro lado, este é um “mero passo processual“, sublinha a TAP. “Não é uma decisão final nem prejudica a decisão final que a Comissão venha eventualmente a adotar. A TAP irá serenamente preparar a sua resposta e continuará a colaborar plenamente com a Comissão Europeia como tem feito até agora”, garante.

(Notícia atualizada às 12h33 com reação da TAP)

 

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Ajudas de Estado: compra de autocarros não viola as regras

  • ECO
  • 24 Outubro 2016

Bruxelas aprova apoio público de 60 milhões de euros para compra de autocarros amigos do ambiente nas zonas urbanas.

A Comissão Europeia considerou que o projeto português, que visa apoiar a compra de autocarros com baixo nível de emissões para infraestruturas públicas nas zonas urbanas respeita as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais, anunciou hoje a Comissão, em comunicado. A medida contribui para a redução das emissões de CO2, limitando, ao mesmo tempo, as distorções da concorrência no mercado único.

“Esta medida permitirá melhorar a qualidade do ar em Portugal e está em consonância com o objetivo europeu de redução das emissões. Contribui para a transição para transportes públicos mais ecológicos nas zonas urbanas, sem distorcer a concorrência”, disse a comissária responsável pela política da concorrência, Margrethe Vestager, citada no mesmo comunicado.

Em junho de 2016, Portugal notificou um regime de 60 milhões de euros destinado a apoiar a substituição dos antigos autocarros de propulsão convencional por novos autocarros com baixo nível de emissões, assim como das infraestruturas conexas de reabastecimento/recarga. O objetivo desta medida é que, cada autocarro gere uma redução das emissões de gases com efeito de estufa de, pelo menos, 15 % em relação às normas europeias em vigor.

Transportes Autocarros Bus

A Comissão Europeia especificou que a medida será aplicável a todas as tecnologias verdes atualmente disponíveis, ou seja, autocarros aos a gás natural comprimido ou a gás natural liquefeito; aos autocarros elétricos ou híbridos; e aos autocarros a hidrogénio.

O Governo português suportará 85% dos custos elegíveis através do financiamento do Fundo de Coesão. Os operadores de autocarros suportarão o remanescente.

Bruxelas deu luz verde por considerar que os autocarros com baixo nível de emissões são pouco utilizados em Portugal, devido ao seu custo elevado em comparação com os autocarros convencionais. Os operadores privados mostram-se relutantes em investir em infraestruturas de reabastecimento/recarga para autocarros com baixo nível de emissões o que, por sua vez, torna mais difícil para os operadores a mudança para este tipo de autocarros.

Por isso, o apoio público é considerado justificado. É necessário incentivar os operadores de autocarros a adquirirem autocarros com baixo nível de emissões que vão para além das normas europeias em vigor. Além disso, o auxílio é limitado e proporcionado, uma vez que os beneficiários serão selecionados através de um procedimento de concurso público. Os beneficiários do regime são os operadores de transporte e as autoridades responsáveis pelo transporte urbano de passageiros em Portugal.

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Fusão entre Deutsche Börse e LSE motiva investigação aprofundada de Bruxelas

Fusão da Deutsche Börse com London Stock Exchange enfrenta um intenso escrutínio da Comissão, que vai iniciar investigação aprofundada ao negócio que cria a maior bolsa da Europa.

As autoridades da concorrência da Comissão Europeia iniciaram uma investigação aprofundada à fusão entre a Deutsche Börse e a London Stock Exchange (LSE) por considerar que pode estar em risco a liberdade de escolha perante um negócio que cria o maior operador bolsista da Europa.

Dando início a uma ampla investigação à operação, Bruxelas estabeleceu o dia 13 de fevereiro como a data limite para proceder a uma avaliação exaustiva da operação para perceber se ameaça a concorrência no mercado e se limita seriamente as opções dos consumidores, revelou a instituição num comunicado publicado esta quarta-feira.

A possível fusão entre as duas empresas já tinha merecido reparos devido a questões de concentração de mercado. É a terceira vez desde 2000 que o grupo bolsista alemão tenta comprar a LSE. Já em 2012, a Deutsche Börse avançou para a aquisição da NYSE Euronext para criar a maior bolsa do mundo. Na altura, os reguladores bloquearam a operação porque iria criar um regime de quase monopólio no segmento de derivados na Europa.

“Temos de assegurar que os participantes do mercado continuem a ter acesso de forma competitiva à estrutura de mercado financeiro”, afirmou a comissária da Concorrência Margrethe Vestager no comunicado.

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