Costa desliga capitalização da CGD em 2017 de questões orçamentais em 2016

  • Lusa
  • 24 Novembro 2016

António Costa rejeitou a ideia de que o Governo empurrou a recapitalização da CGD para 2017 por causa de questões orçamentais. O primeiro-ministro justifica o adiamento com timings dos mercados.

O primeiro-ministro rejeita que a injeção financeira do Estado na CGD se realize em 2017 para evitar problemas orçamentais já este ano, alegando que o plano aprovado por Bruxelas estipula primeiro uma emissão de obrigações em mercado.

“Não tem nada a ver com a questão orçamental. O plano de capitalização aprovado por Bruxelas prevê que haja a necessidade de haver um teste de mercado através da emissão de obrigações e só depois haver a capitalização por parte da injeção de dinheiro público na Caixa Geral de Depósitos”, declarou António Costa em entrevista à agência Lusa, que será divulgada na íntegra na sexta-feira.

De acordo com o primeiro-ministro, avaliada a situação financeira da CGD, “há o calendário de encerramento dos mercados, o que acontece a 15 dezembro”.

“Por isso, tudo foi ajustado em função do calendário próprio de abertura e fecho de mercados e de apuramento da situação financeira da CGD, porque é necessário dar informação transparente ao mercado para se poder lançar as operações. Foi isso que fez com que fosse ajustado o calendário de recapitalização”, justificou o primeiro-ministro.

Da parte do Estado, segundo António Costa, há a “disponibilidade financeira necessária” para a capitalização “assim que houver luz verde para a fazer”.

CGD: Costa acusa PSD de “inventar” polémicas para travar plano de capitalização

O primeiro-ministro acusa o PSD de “inventar” polémicas para impedir a capitalização da CGD e defende que o presidente, António Domingues, tinha de verificar previamente se havia “luz verde” de Bruxelas para o novo plano.

Interrogado sobre a sucessão de polémicas que têm envolvido a administração da CGD – a última relacionada com um eventual conflito de interesses do atual presidente, António Domingues, que participou em reuniões sobre o futuro do banco público meses antes de exercer formalmente funções na Caixa -, António Costa advogou que a opção “fundamental” do Governo passou por “despolitizar e despartidarizar de uma vez por todas a administração da CGD e fazer da Caixa aquilo que deve ser, uma empresa gerida profissionalmente”.

Estas posições sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) foram assumidas por António Costa em entrevista à agência Lusa, que será divulgada na íntegra esta sexta-feira.

Neste contexto, sustenta António Costa, não fazia sentido António Domingues aceitar ir para presidente da CGD “sem que o acionista aprovasse o seu plano de trabalho, e nem fazia sentido o acionista nomear uma pessoa para a Caixa (por muito brilhante que seja) se não concordasse com o seu programa de trabalho”.

“É natural que o dr. António Domingues tenha discutido com o Governo aquilo que se propunha fazer e que o Governo tenha aprovado aquilo que ele se propunha fazer. Mas, como parte daquilo que ele pretendia fazer dependia de autorização da Comissão Europeia, seria absurdo e uma irresponsabilidade, quer da nossa parte, quer da parte do próprio [António Domingues], se não tivéssemos tido o cuidado de verificar previamente junto da Comissão Europeia se havia ou não luz verde para a execução do plano. Obviamente, esse trabalho foi feito”, defendeu o primeiro-ministro.

Para o primeiro-ministro, “o que é absolutamente irresponsável, é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro”.

“Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o Banco Espírito Santo (BES), conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif, e se não tivesse mudado o Governo gostava de saber quantos mais bancos teriam sido destruídos. Há um seguramente que teria sido destruído, a CGD, ou, pelo menos, teria sido empurrado para uma privatização que privaria os portugueses de terem um instrumentos fundamental ao serviço da economia”, acusou.

Mas António Costa foi ainda mais longe nas críticas aos sociais-democratas, dizendo que o PSD, “não contente com o seu passado de Governo na gestão do sistema financeiro, comporta-se agora na oposição com uma irresponsabilidade total, inventando casos sobre casos, falsas polémicas sobre falsas polémicas, com um único objetivo, que é ver se evita a concretização dos programas de capitalização e de reestruturação da Caixa e a execução do novo plano de negócios”.

Questionado se agradeceria à administração da CGD se acabasse com este conjunto de problemas rapidamente, o primeiro-ministro contrapôs: “Agradecerei à equipa da CGD quando ela, no final do seu mandato, tiver dado plena execução ao plano de atividades para a qual foi nomeada e em cuja execução tem de se concentrar”. “O resto são questões laterais”, acrescentou.

Na perspetiva do primeiro-ministro, “o que era essencial fazer na CGD passava por assegurar aos portugueses que se conseguiria recapitalizar a Caixa, de forma a mantê-la 100% pública, com autorização das instituições europeias, assegurando que continuaria a ser o grande referencial de estabilidade do nosso sistema financeiro, a garantia das poupanças das famílias portuguesas e um instrumento ao serviço da economia”.

Esses objetivos traçados pelo Governo, de acordo com António Costa, não foram de escassa ambição, “porque ainda no ano passado o anterior executivo [PSD/CDS-PP] dizia que não era possível capitalizar a CGD com dinheiro público e que tinha de ser parcialmente privatizada, porque a União Europeia nunca autorizaria a recapitalização pública”.

“Dizia mais: Que não havia dinheiro do Estado para capitalizar a CGD. Ora, aquilo que este Governo se concentrou em fazer foi o que era necessário”. “Este Governo concentrou-se em dotar a CGD com um plano de negócios, com um plano de reestruturação, com um plano de capitalização e uma administração capaz de dar execução a estes problemas”, acrescentou.

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Hospitais aumentam volume de pagamentos em atraso

Em outubro de 2015 havia menos 312 milhões de pagamentos em atraso no setor da saúde. De setembro para outubro deste ano, os hospitais acrescentaram mais 47 milhões de euros em atraso.

Os hospitais que pertencem ao Estado continuam a aumentar o volume total de dívidas por pagar há mais de 90 dias, ou seja, pagamentos em atraso. As entidades públicas do Serviço Nacional de Saúde agravaram em 50 milhões o valor de pagamentos em atraso do SNS de setembro para outubro. O valor consta do relatório de Síntese de Execução Orçamental relativo a outubro de 2016 divulgado esta quinta-feira pela Direção Geral do Orçamento (DGO).

“Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 1.161 milhões de euros no final de outubro, representando um aumento de 13 milhões de euros face ao mês anterior. Esta evolução é essencialmente explicada pelo aumento no SNS (50 milhões de euros), em parte compensado pela diminuição na Administração Local (-39 milhões de euros)”, refere a DGO no secção do relatório dedicado aos pagamentos em atraso.

Dos 50 milhões de euros, 47 milhões referem-se a um agravamento dos pagamentos em atraso, de setembro para outubro, nos hospitais do setor empresarial do Estado (Hospitais EPE). Os restantes três milhões são relativos ao subsetor da saúde.

No total do ano até outubro, os pagamentos em atraso chegaram aos 758 milhões de euros. Em 2015, também até outubro, o valor era de 451 milhões de euros. Ou seja, a execução orçamental do presente Governo agravou os pagamentos em atraso na saúde em 312 milhões de euros.

Apesar de os números serem negativos para o setor da saúde, o valor global de pagamentos em atraso até outubro é de 1.161 milhões de euros. Em relação a 2015, o volume total 147 milhões de euros, beneficiando dos contributos positivos de menos pagamentos em atraso da administração local, como explicava a nota da DGO.

Segundo a DGO, o conceito de pagamentos em atraso refere-se a “contas por pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à data de vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou documentos equivalentes”.

Em agosto, por causa da execução orçamental até julho, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apesar de ter reconhecido que o stock de pagamentos em atraso tinha aumentado, argumentou que a comparação homóloga encontra-se influenciada pelas sucessivas injeções extraordinárias de fundos realizadas em 2015, as quais atingiram ao longo do ano cerca de 403 milhões de euros.

Na mesma nota, a ACSS afirmava que a despesa estava controlada nas aquisições de bens e serviços, assim como nos encargos com pessoal.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Os números estão todos ao lado, mas o défice continua a baixar

  • Margarida Peixoto
  • 24 Novembro 2016

As principais metas da execução orçamental estão todas aquém. Contudo, o valor do défice está mais baixo que em 2015. Contribuintes já pagaram mais 1.279 milhões de euros em impostos indiretos.

A dois meses do final do ano, o ministro das Finanças, Mário Centeno, não cumpre nenhuma das metas fundamentais que compõem a execução orçamental. A receita e a despesa totais ficam aquém do esperado, os gastos com pessoal sobem acima do previsto, o IVA devolve menos que o antecipado, as receitas fiscais desiludem. Mesmo assim, Centeno candidata-se a fechar 2016 com um défice abaixo do limite definido por Bruxelas. As contas não têm nada que ver com o que foi projetado no Orçamento do Estado para este ano mas, por enquanto, o saldo final continua a bater certo.

Os dados revelados esta quinta-feira pela Direção-geral do Orçamento mostram que o défice das administrações públicas, registado em contabilidade de caixa (a ótica do Orçamento aprovado na Assembleia da República), ficou em 4.430,4 milhões de euros em outubro.

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O número fica 356,9 milhões de euros abaixo do registado no mesmo período de 2015 e permite ainda uma margem de mil milhões face à estimativa implícita no Orçamento do Estado para este ano, que corresponde a uma meta de 2,2% em contabilidade nacional, a que importa para a Comissão Europeia. Entretanto, o Executivo já reviu a meta, projetando agora o défice nos 2,4%, uma décima a menos do que a meta definida por Bruxelas em julho. Mas o boletim da DGO não atualizou os números tendo em conta o pressuposto da nova meta.

Ainda assim, a informação disponível permite verificar que face às metas iniciais, as principais rubricas da execução orçamental (e as que dependem da decisão direta do Governo) ficam todas aquém. Do lado da receita o efeito para a melhoria do défice orçamental é negativo, do lado da despesa é positivo.

Principais indicadores da execução orçamental

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Fonte: DGO

Impostos indiretos seguram receita fiscal

Os números da DGO mostram que a receita total está a crescer 1,7% quando deveria aumentar 5%. Para este resultado contribui, em parte, o comportamento aquém do esperado da receita fiscal. E aqui, são os impostos indiretos que estão a salvar a execução: até outubro os contribuintes pagaram mais 1.279,2 milhões de euros só por esta via, ao Estado. Enquanto o IRS e o IRC caem a pique, os impostos sobre os combustíveis, o tabaco, o imposto de selo, o imposto sobre veículos têm um comportamento positivo.

De entre os impostos indiretos que mais contribuíram para a receita fiscal até agora destacam-se os impostos sobre os combustíveis, que permitiu arrecadar 852 milhões de euros a mais, e sobre o tabaco, que rendeu mais 241 milhões de euros.

As contas da DGO permitem ver que, do lado dos impostos diretos, a redução da sobretaxa verificada já em 2016 permitiu poupar 281,1 milhões de euros aos bolsos dos contribuintes. Já a revogação do regime dos fundos de investimento, decidida no ano passado mas com impacto nas contas deste ano, tirou 270 milhões de euros ao orçamento.

Em contrapartida, as contribuições extraordinárias pedidas à banca e ao setor energético permitiram compor os cofres públicos. A contribuição das energéticas arrecadada até outubro foi de 87,5 milhões de euros (por comparação com os 53,6 milhões registados em igual período de 2015) e a contribuição extra pedida aos bancos atingiu 204,1 milhões de euros (o que compara com 182,2 milhões até outubro do ano passado).

Este ano, o IVA, o imposto com mais peso, está a ter um contributo discreto: estagnou face a 2015. Contudo, aqui importa frisar que a comparação está influenciada por um nível anormalmente baixo de reembolsos efetuados no primeiro semestre do ano passado, devido à entrada de legislação nova para combater a fraude. Por outro lado, o efeito da redução da taxa dos 23% para 13% na restauração ainda só deverá ser sentido na totalidade em novembro, quando as empresas que se encontram no regime trimestral efetuam pagamentos ao Estado.

Despesa cai com corte no investimento

Para compensar uma receita aquém do esperado, a despesa também tem ficado abaixo do previsto. A contribuir para este desempenho continua o baixo nível de investimento público. O boletim da DGO explica que a queda de 12,7% se deveu sobretudo ao corte do investimento “no âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva pela EDIA, que se concentrou na vigência do quadro financeiro plurianual da União Europeia para o período de 2007-2013, bem como o efeito de base associado ao investimento com a construção do Túnel do Marão em 2015”.

Face ao valor que tinha sido registado até setembro, a queda ainda mais abrupta do investimento agora explica-se pela “desaceleração dos encargos com concessões e subconcessões de infraestruturas rodoviárias, os quais têm associada uma cadência de pagamentos própria resultante dos respetivos contratos”, adianta ainda o boletim.

Nos resultados deste mês a despesa com a aquisição de bens e serviços também contribuiu para a diminuição da despesa, mas a DGO explica que se trata sobretudo de um efeito de base, provocado pelo pagamento da ADSE de verbas à Madeira.

Do lado das prestações sociais, a diminuição dos encargos com prestações de desemprego, a par da melhoria do mercado de trabalho, continua a ser outro contributo relevante: estes gastos caíram.

Contudo, o desempenho da despesa poderia ser ainda melhor, não fossem os gastos com pessoal estarem a crescer a cima da meta. É que não é só o efeito da reposição dos salários aos funcionários públicos que se está a verificar. Tal como explica a DGO, há outra razão que está a fazer a despesa crescer: a admissão de novos funcionários, “designadamente o aumento do número de efetivos no Serviço Nacional de Saúde”, bem como “o impacto associado da decisão do Tribunal Arbitral quanto aos concursos de 2004 do IEFP.” A estes fatores soma-se ainda o “efeito associado ao pagamento das compensações por caducidade do contrato do pessoal docente contratado, que passaram a ser devidas em 2016”, lembra a DGO.

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Invasão de hackers faz ATMs cuspirem notas em Espanha

Piratas informáticos terão conseguido invadir caixas ATM, comandando-as para expulsarem dinheiro de forma descontrolada. A burla já foi registada em vários países europeus, incluindo Espanha.

Uma falha de segurança em caixas ATM está a permitir que piratas informáticos consigam pôr as máquinas a expulsarem dinheiro de forma descontrolada. Segundo avança a espanhola Cadena Ser, o problema tem sido registado em diversos países, na grande maioria europeus — Espanha incluída.

De acordo com informações da empresa de segurança Group IB, citadas pela publicação espanhola, os hackers terão conseguido invadir parte da rede interna dos ATMs, enviando um comando para que as caixas extraiam as notas. A vantagem para os burlões é a de que esse comando pode ser enviado a qualquer hora e para vários equipamentos em simultâneo, permitindo, de acordo com a publicação espanhola, organizar um plano para recolher o dinheiro roubado.

Suspeita-se de que, para comprometer as redes em causa, os burlões terão usado ficheiros informáticos infetados, enviados por e-mail para responsáveis dos grupos bancários. Terão sido esses ficheiros executáveis a verdadeira porta de entrada para as redes, de acordo com a Cadena Ser. Além disso, o facto de estarem remotamente ligados aos servidores ter-lhes-á permitido apagar os registos dos roubos.

Para além de Espanha, houve registo de ataques deste género na Arménia, Bulgária, Holanda, Polónia, Reino Unido e mesmo na Rússia. Desconhece-se a real dimensão desta ameaça e a quantidade de dinheiro que já foi roubada pelos piratas. Também não há lista oficial das instituições bancárias afetadas pelo problema.

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Wattway, uma estrada feita de painéis solares

A Colas é uma empresa francesa que quer revestir as estradas de painéis solares e injetar a energia diretamente na rede elétrica. A tecnologia "Wattway" pode chegar já em 2018.

Nos telhados e, em breve, na via pública. Uma empresa francesa quer substituir o asfalto por vidro, cobrindo as estradas de painéis solares fotovoltaicos. Quase cinco anos de desenvolvimento no projeto “Wattway” resultaram numa nova superfície resistente, capaz de aguentar enormes quantidades de peso, indica a agência Bloomberg.

A empresa, Colas SA, é uma subsidiária do grupo Bouygues e vai avançar com a instalação da infraestrutura em 100 pontos de teste. Em Tourouvre (França), isso já começou a ser feito ao longo de um quilómetro de extensão. No total são 2.800 metros quadrados de painéis solares que, no pico máximo, deverão produzir eletricidade suficiente para alimentar a iluminação pública de uma pequena cidade por um ano, garante a companhia.

A ideia é que, numa instalação normal, a energia gerada pelos painéis seja diretamente injetada na rede elétrica e a empresa prevê comercializar a tecnologia já em 2018. O equipamento não é mais do que painéis fotovoltaicos revestidos por múltiplas camadas de plástico (para aumentar a resistência), sobrepostos por uma camada de vidro martelado antiderrapante.

“Quisemos encontrar uma segunda vida para as estradas. As instalações de painéis solares ocupam terreno que, de outra forma, poderia ser usado para a agricultura”, disse à Bloomberg Philippe Harelle, executivo da firma responsável pela tecnologia. “Enquanto isso, as estradas estão livres”, frisou.

Para já, o principal desafio é mesmo o custo dos materiais. Cada metro quadrado de painel solar deverá custar entre 2.000 e 2.500 euros, mas a empresa espera tornar o preço mais competitivo até ao final da década. O custo deste tipo de tecnologias tem vindo a decrescer ao longo do tempo e a aposta nesta solução é cada vez mais valorizada por particulares e empresas.

O facto de a energia solar ser amiga do ambiente também já atraiu empresas como a Tesla Motors, que revestiu de unidades fotovoltaicos a mega fábrica que construiu no Nevada — algo que também poderá fazer na fábrica gigante que deverá construir na Europa nos próximos anos, e onde Portugal é um destino em cima da mesa. Além disso, a empresa liderada por Elon Musk revelou recentemente um novo tipo de telha que também gera energia a partir da luz do sol.

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Combustíveis vão subir. Vai gastar mais três cêntimos

O petróleo subiu com a expectativa em torno de um corte de produção da OPEP. Além disso, o euro afundou para mínimos contra o dólar. Os condutores vão pagar a fatura já no arranque da próxima semana.

Se precisa de abastecer, despache-se. É que os preços vão subir. Depois do alívio recente, incluindo a redução no valor do Imposto Sobre os produtos Petrolíferos (ISP) do gasóleo, a próxima semana traz aumentos expressivos no valor de venda dos combustíveis. A subida do petróleo juntamente com a queda do euro vão ditar o maior aumento desde julho.

Tanto a gasolina como o gasóleo deverão sofrer aumentos de três cêntimos por litro, de acordo com as contas do ECO com base nas cotações da Bloomberg. Este aumento vai anular as descidas recentes, levando o preço médio de venda da gasolina novamente a superar a fasquia dos 1,40 euros. O diesel vai passar a custar mais de 1,17euros, em média.

O aumento que deverá começar a fazer-se sentir no arranque da próxima semana — aproveite para atestar durante o fim de semana — será o mais expressivo desde o verão. É preciso recuar a julho para encontrar variações tão expressivas nos valores médios semanais das cotações da gasolina e do gasóleo nos mercado internacionais. E a culpa é, em parte, do euro.

O petróleo subiu perante a aproximação da reunião em que poderá ser acordado um corte na oferta da OPEP. Essa expectativa levou os preços dos derivados a valorizarem nos mercados internacionais, sendo que o aumento foi mais acentuado em euros numa altura em que a moeda única está a tocar mínimos de 20 meses. Em euros, a gasolina subiu 8,38% em euros (7,4% em dólares), já o diesel aumentou 7,88% em euros.

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Passagem de Montepio a sociedade anónima adiada para dia 13

A assembleia geral do Montepio onde ia ser aprovada a passagem a sociedade anónima foi suspensa. A próxima reunião está agendada para 13 de dezembro.

A passagem do Montepio a sociedade anónima segue dentro de momentos. Agendada para 22 de novembro, só esta quinta-feira foram conhecidas as deliberações finais da reunião magna de acionistas, ficando a saber-se que a decisão foi adiada para 13 de dezembro, data em que serão retomados os trabalhos da assembleia geral.

Em comunicado enviado à CMVM a instituição liderada por Félix Morgado adianta que “aprovado, por maioria, ao abrigo do disposto no artigo 6º do decreto-lei nº190/2015 de 10 de setembro, a aceitação da transformação imposta nos termos legais, da Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, em sociedade anónima, bem como o respetivo projeto de Estatutos”.

Ainda segundo o comunicado, “o projeto de estatutos foi aprovado na globalidade, com 2 votos contra e uma abstenção, sem prejuízo de serem reconsideradas algumas matérias em função de recomendações ou decisões que resultarem de comunicação dos supervisores”.

O Montepio adianta ainda que “tornando-se necessário para a conclusão dos trabalhos desta assembleia tomar conhecimento das referidas recomendações ou decisões, suspenderam-se os trabalhos que serão retomados na próxima sessão a realizar a 13 de dezembro”.

Estas deliberações do Montepio são conhecidas um dia depois de se ter ficado a saber que a instituição pediu estatuto de empresa em reestruturação e prevê mais saídas de trabalhadores.

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Oposição angolana demarca-se de manifestação contra Isabel dos Santos na Sonangol

  • Lusa
  • 24 Novembro 2016

UNITA e CASA-CE, demarcaram-se de participar na manifestação prevista para sábado, em Luanda, contra a nomeação de Isabel dos Santos para a administração da Sonangol.

As duas principais forças políticas da oposição angolana, UNITA e CASA-CE, demarcaram-se de participar na manifestação prevista para sábado, em Luanda, contra a nomeação de Isabel dos Santos, para a direção da petrolífera estatal Sonangol.

A manifestação pretende protestar contra a falta de decisão do Tribunal Supremo sobre a providência cautelar interposta por vários advogados angolanos, pedindo a suspensão da nomeação de Isabel dos Santos, pelo seu pai e Presidente da República, José Eduardo dos Santos, por alegada violação da Lei da Probidade Pública.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Alcides Sakala, disse que manifestação é um direito dos cidadãos consagrado na Constituição, por isso aquela força política encoraja e apoio os seus organizadores.

Nós analisamos esta questão e a nossa posição é de encorajamento, porque é um direito que cabe aos angolanos, consagrado constitucionalmente. A UNITA não só apoia como também encoraja a sua organização, mas não vamos participar.

Alcides Sakala

UNITA

O vice-presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, disse que foi refletida a questão por aquela força política, sublinhando que é legítimo os seus promotores poderem realizá-la”.

“Só temos um senão da nossa participação, na medida em que não fomos tidos no momento da conceção e também por outro lado o processo em causa foi despoletado por um grupo de advogados, que entende que está haver oportunismo de uma das partes promotora dessa manifestação, porquanto são eles que tomaram a iniciativa e entendem que não tinha que ser um outro órgão a promover a manifestação”, explicou Manuel Fernandes.

“Havendo essa dicotomia, do ponto de vista de consenso, entendemos ponderar a participação como instituição, como organização, mas é claro que os dirigentes e militantes que acharem que devem participar por si vão fazê-lo, só para ver que um dos vice-presidente é um dos promotores da marcha, mas nós não entendemos fazer parte como instituição CASA-CE”, disse.

Manuel Fernandes avançou que, por outro lado, como força política, ao participar numa manifestação teria de fazer parte da organização da mesma.

“Vai ser bom acompanharmos e demos força aos organizadores, é legítimo, defendemos que ela se realize, mas a nossa participação como instituição não vai ser efetivada”, frisou.

Isabel dos Santos foi nomeada em junho, no âmbito da reestruturação da maior empresa de Angola e em causa está o facto de a empresária ter sido nomeada presidente do conselho da administração da Sonangol, pelo pai e chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, levando os contestatários da nomeação a alegar uma violação da Lei da Probidade Pública.

Os promotores da manifestação admitem ainda que a empresária angolana pode estar impedida de exercer aquelas funções, pelas posições que detém noutras empresas.

Em comunicado emitido no sábado, os promotores da manifestação, entre os quais o antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco e o ‘rapper’ e ativista Luaty Beirão, informaram que pediram a Isabel dos Santos uma lista com as empresas de que é sócia e “que, direta ou indiretamente, partilham negócios com o grupo Sonangol e suas associadas”.

O responsável pela comunicação institucional do Governo angolano disse, a 16 de novembro, que esta manifestação é uma “pressão” sobre a justiça.

Manuel Rabelais, diretor do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação e Marketing da Administração (GRECIMA), afirmou, numa declaração lida na sede daquele órgão, que se deveria “aguardar serenamente pelo pronunciamento do Tribunal Supremo” sobre o caso.

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Portugal é dos que menos gasta com a saúde

  • Ana Luísa Alves e Leonor Rodrigues
  • 24 Novembro 2016

Estudo da Comissão Europeia mostra que embora os europeus estejam a viver mais anos, nem sempre esses anos são vividos da melhor maneira.

Já pensou em quanto custam as doenças aos países da Europa? Ou se os números da obesidade infantil são muito diferentes dos demais valores noutros países? O relatório elaborado entre a Comissão Europeia e a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos) Health at a Glance: Europe 2016 faz um balanço sobre a saúde europeia, com base nestes e noutros indicadores.

Esperança Média de Vida

Embora os europeus venham a viver cada vez mais, e a esperança média de vida tenha passado dos 74,2 anos, em 1990, para os 80,2 anos, em 2014, os anos vividos a mais não têm sido desfrutados da melhor maneira. No entanto, há desigualdades a registar entre os 28 Estados membros. Na Europa Ocidental a esperança média de vida é mais alta oito anos do que na Europa Oriental e Central. Os níveis de escolaridade e de rendimentos também fazem variar este indicador.

Em Portugal esperança média de vida é de 81,3 anos
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As doenças da Europa

O cancro da mama é o que mais afeta as mulheres europeias: uma em cada nove vai desenvolver este tipo de cancro e uma em cada trinta morre vítima dele.

Os números são assustadores, mas é importante saber que a probabilidade de uma pessoa desenvolver a doença varia consoante a idade, historial, predisposição genética e estilo de vida, entre muitos outros fatores. Além disso, o diagnóstico precoce faz toda a diferença, e nisso Portugal está à frente: 80% dos cancros da mama são detetados numa fase inicial, acima da média europeia, de 63%, quase mais 10% do que há dez anos.

Relativamente a outras doenças, a vacinação é o fator chave da prevenção. Embora todos os países europeus tenham adotado programas de vacinação e 96% das crianças sejam vacinadas, Portugal encontra-se acima da média europeia na prevenção da hepatite B, sarampo, difteria, tétano e tosse convulsa, com 98% das crianças a receberem vacinas contra estas doenças.

Ainda no que toca à prevenção da gripe em idosos, um dos grupos de risco, Portugal registou melhorias significativas: entre 2004 e 2014, o país aumentou a sua taxa de vacinação em 30% para os 58,6%, acima da média europeia que é de 49,5%.

A saúde das finanças

De acordo com o estudo, os gastos em cuidados de saúdes estão diretamente relacionados com os rendimentos dos cidadãos. Em países com salários elevados, como o Luxemburgo, registou-se um grande aumento da despesa no setor em 2015: os luxemburgueses gastaram cerca de 6.000 euros por pessoa, enquanto os gregos foram os que menos gastaram.

Portugal foge à tendência europeia, que é de crescimento. No mesmo ano, os portugueses gastaram o mínimo possível em cuidados de saúde: pouco mais de 1.960 euros por pessoa, menos que isto só nos anos da crise económica, entre 2010 e 2013.

Portugal gasta 1.960 euros por pessoa com saúde

Fonte: OCDE (Valores em euros)
Fonte: OCDE (Valores em euros)

Nos restantes países europeus os serviços de saúde são financiados em grande parte pelo Estado, uns mais que outros. Na Dinamarca, Suécia e Reino Unido, 80% das despesas médicas dos cidadãos são suportadas pelo Governo. Depois, existem ainda os serviços de saúde privados que, na Irlanda, Portugal e em Espanha, são uma alternativa quando o setor público funciona menos bem. Em Portugal, 22,3% das despesas médicas em hospitais e clínicas privadas são pagas pelo Estado, um valor que tem vindo a aumentar desde 2005.

Mortalidade e obesidade infantil

A mortalidade infantil — crianças que morrem antes de terem um ano de idade — reflete os efeitos das condições económicas e sociais das famílias e dos países. Os cuidados de saúde nas primeiras quatro semanas de vida são, segundo o relatório, determinantes. Em Portugal, a mortalidade infantil desceu das 80 mortes em cada 100 000, nos anos 70 (na altura um dos valores mais altos na Europa), para 12 por cada 100 000 crianças, em 2013.

Já o excesso de peso e à obesidade infantil afetam quase 30% das raparigas portuguesas entre os três e os dez anos, e 25% dos rapazes, no mesmo intervalo de idades. Nos restantes países as taxas são idênticas, mas para faixas etárias mais avançadas, o que significa que em Portugal se registam as maiores taxas de obesidade nas crianças mais novas. A média na Europa está nos 20% para as meninas e 25% para os meninos.

Quanto custam as doenças crónicas?

As doenças crónicas, além de causarem mortes precoces, limitam a capacidade de trabalho ainda em idade ativa. Em Portugal 9.897 pessoas morreram prematuramente devido a doenças crónicas entre os 25 e os 64 anos, o que corresponde a 170% por cada 100 000 habitantes. Este não é, contudo, o valor mais alto entre os 28 estados-membro. A Hungria tem uma percentagem muito maior, de 411% pelo mesmo número de habitantes. Na União Europeia, cerca de 55.000 pessoas, entre os 25 e os 64 anos, morreram devido doenças crónicas, onde se incluem o cancro, as doenças respiratórias e a diabetes, em 2013.

Cerca de 50 milhões de pessoas na UE sofrem de várias doenças crónicas e mais de meio milhão de pessoas em idade ativa morre todos os anos dessas doenças, representando um custo anual de cerca de 115 mil milhões de euros para as economias da UE.

Mais médicos e menos enfermeiros

Em Portugal, entre o ano 2000 e 2014, o número de médicos por cada mil habitantes cresceu, sendo que, em 2014, era de 4,4 e a média europeia situava-se nos 3,5. Já o rácio de enfermeiros pelo mesmo número de habitantes era de 6,1, abaixo da média da Europa, que era de 8,4.

As longas listas de espera para cirurgias não urgentes são um problema nos países europeus, apontado pela organização. Para cirurgias às cataratas, por exemplo, atualmente, em Portugal, um paciente tem de esperar em média 100 dias, um número elevado comparado ao da Holanda: 40 dias. Ainda assim, há pior. Na Polónia, o tempo de espera supera os 400 dias.

A conclusão do estudo é uma: as políticas destinadas a prevenir a saúde e as doenças podem salvar vidas e poupar milhares de milhões de euros na União Europeia.

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Euro recua face ao dólar. Papeleiras é que ganham

As papeleiras lideraram num dia de ganhos na bolsa nacional marcado pelo alívio das yields soberanas portuguesas. O recuo do euro para novos mínimos de ano e meio catapultou o setor do papel.

O mercado atribui uma probabilidade de 100% a uma subida dos juros nos EUA, em dezembro. Esta expectativa está a pressionar o euro que se aproxima cada vez mais da paridade face ao dólar. A Navigator a Altri figuram entre as empresas que mais partido podem tirar do reforço do valor da nota verde que atingiu um novo máximo de ano e meio face à divisa comunitária. As duas papeleiras lideraram subidas do PSI-20 num dia em que o índice luso se destacou entre os melhores registos da Europa: somou 0,39%.

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PS recua: olímpicos e paralímpicos são iguais

A proposta do PCP foi aprovada na votação em especialidade da Comissão de Orçamento e Finanças (COFMA). Partido Socialista tinha sido o único a votar contra, mas mudou a intenção de voto.

O Partido Socialista tinha sido o único a votar contra a proposta do PCP para equiparar os prémios de mérito desportivo nas provas paralímpicas aos atribuídos nas provas olímpicas, mas recuou no final da reunião da COFMA. O grupo parlamentar socialista pediu para rever o sentido de voto, alterando o “não” para “sim”. Na primeira ronda de votos a proposta dos comunistas tinha sido aprovada pelo PCP, BE, PSD e CDS.

A proposta do PCP foi aprovada na votação em especialidade da Comissão de Orçamento e Finanças (COFMA), esta quinta-feira de tarde, em relação às propostas de alteração à proposta de Orçamento do Estado para 2017 apresentada pelo Governo a 14 de outubro.

Em causa estão os montantes dos prémios dados aos atletas em reconhecimento do valor e mérito dos êxitos desportivos. A proposta dos comunistas quer, “sem prejuízo da necessidade de promover uma política integrada de acesso à prática desportiva”, equiparar os valores atribuídos “nas provas paralímpicas aos atribuídos nas provas olímpicas”.

Na proposta, o PCP ressalva que essa equiparação tem de garantir que não há redução dos montantes atribuídos. Eis os valores em questão praticados atualmente segundo a Portaria n.º 103/2014, de 15 de maio, que o Partido Comunista Português cita:

portaria

(Notícia atualizada às 18h45 com alteração do sentido de voto do PS no final da reunião da COFMA)

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Damásio substitui Guterres no Conselho de Estado

  • Lusa
  • 24 Novembro 2016

António Guterres renunciou ao seu mandato no Conselho de Estado, por incompatibilidade com o cargo de secretário-geral da ONU, e Marcelo designou o neurocientista António Damásio para o substituir.

A renúncia de António Guterres e a designação de António Damásio foram anunciadas hoje através de duas notas colocadas na página da Presidência da República na Internet.

“O senhor engenheiro António Guterres renunciou ao mandato de membro do Conselho de Estado, por incompatibilidade com o cargo de secretário-geral das Nações Unidas. O Presidente da República lamenta a perda para o Conselho de Estado e reitera o orgulho nacional pela designação para aquele relevante cargo”, refere uma das notas.

Na outra nota, lê-se que “o Presidente da República designou conselheiro de Estado o sr. professor doutor António Rosa Damásio”.

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