Números do PIB são bons? Marcelo diz que sim, mas é preciso “um bocadinho mais” para baixar dívida

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

O Presidente da República disse que os dados do crescimento económico divulgados pelo INE mostram "uma trajetória positiva". Mas pede "um bocadinho" mais.

O Presidente da República considerou esta terça-feira que os dados do crescimento económico divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram “uma trajetória positiva”, mas que Portugal tem de “crescer um bocadinho mais” para reduzir a dívida.

“Eu diria que é uma trajetória positiva, que ainda não é suficiente para o grande objetivo de que falava ontem [segunda-feira] o ministro das Finanças, que é conseguirmos ir reduzindo claramente a nossa dívida pública. Temos de crescer um bocadinho mais”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o chefe de Estado, que falava aos jornalistas, no final de uma visita à Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em Lisboa, os dados do INE indicam que “a trajetória mantém-se”, mas dão “sinais que são mistos”.

“Relativamente ao trimestre anterior, há um sinal positivo, porque tinha-se crescido 0,3%, agora cresce-se 0,5%. Relativamente ao ano anterior, em que tinha havido um crescimento muito grande, como se lembram, na ponta final do ano, aí o crescimento continua a ser bom, 2,5%, mas queremos mais”, declarou.

O Presidente da República reforçou esta mensagem, acrescentando: “Queremos mais, eu quero mais. Vamos ver se é possível mais, porque depende também um bocadinho do crescimento da Europa e do crescimento à escala mundial”.

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Investidores têm expectativas irrealistas face aos retornos

Estudo da Schroders mostra que os investidores esperam obter nos próximos cinco anos retornos superiores àqueles que a história demonstra.

“Mais olhos do que barriga”. Esta poderá ser uma boa expressão para descrever a expectativa que os investidores têm relativamente aos retornos que poderão conseguir no futuro, uma situação que também caracteriza os investidores portugueses. Esta é uma das conclusões possíveis de retirar de um estudo da Schroders que pretendeu analisar a forma como os investidores se posicionam perante as diferentes categorias de investimento.

Neste estudo realizado junto de mais de 22 mil investidores de 30 países, incluindo Portugal, mostra que nos próximos cinco anos, os investidores portugueses esperam obter um retorno médio anual de 9,4%. Este valor supera o retorno médio de 8,7% esperado pelos investidores europeus, mas fica um pouco aquém dos 10,2% de taxa de retorno anual esperada em média pelos investidores a nível global.

Contudo, a expectativa dos investidores de qualquer destes universos supera aquilo que a história tem revelado em termos de retornos. O índice global MSCI apresenta um retorno anual de 7,2% ao longo dos últimos 30 anos.

“As pessoas estão a ter uma expectativa irrealista do retorno elevado dos investimentos, evidenciando algum desconhecimento do processo de investimento”, conclui o estudo da Schroders.

No universo dos investidores nacionais, mais de metade dos inquiridos — 58% — anteciparam mesmo conseguir um retorno superior a 10% ao ano, enquanto 38% revelaram esperar um retorno mínimo de 10%.

Apesar dessas expectativas elevadas, o estudo do banco de investimento britânico salienta um aspeto positivo, que é o facto de ter notado uma preocupação crescente dos investidores em aprender como se deve investir. “É encorajador que 88% dos investidores globais e 91% dos investidores portugueses queiram aprofundar os seus conhecimentos sobre investimento”, diz a Schroders.

No caso dos investidores portugueses, as áreas onde revelaram pretender obter mais informações foi sobre investimentos com impostos favoráveis (40%), seguindo-se investimentos com potencial positivo (por exemplo, impacto ambiental/na sociedade) (33%), classes de ativos e o seu posicionamento numa carteira de investimentos (29%).

Portugueses continuam a ser conservadores nos investimentos

Apesar da curiosidade demonstrada em enriquecer os seus conhecimentos sobre o universo dos investimentos, os portugueses continuam a preferir colocar o seu dinheiro em produtos conservadores: especificamente em depósitos. Apesar da quebra para mínimos históricos da remuneração oferecida por estes produtos, 29% dos inquiridos afirmaram preferir colocar o dinheiro em depósitos bancários.

“É surpreendente, dadas as baixas taxas de juro em toda a Europa. Esta percentagem é a mais elevada em todo o mundo”, referem os autores do estudo. A nível global, apenas 16% dos investidores revelaram a intenção de apostar nesta classe de ativos, atrás da aposta em ações, obrigações e commodities (23%).

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Desenvolvimento rural: Processo de programação é demasiado moroso e complexo

Tribunal de Contas Europeu alerta que a execução da despesa no Programa de Desenvolvimento Rural começou ainda "mais lentamente" neste quadro comunitário do que no anterior. A culpa é da complexidade.

A intensão era boa, mas não resultou. A Comissão Europeia gostaria que a execução do Programa de Desenvolvimento Rural, para 2014-2020, tivesse arrancado mais depressa do que no quadro anterior, mas “o novo processo de programação das despesas” neste domínio “é demasiado moroso e complexo”, por isso, a execução da despesa começou ainda “mais lentamente”, conclui o relatório do Tribunal de Contas Europeu divulgado esta terça-feira.

Os auditores são duros na avaliação que fazem. Apesar de elogiarem o objetivo do quadro de assentar numa “abordagem baseada nos resultados”, a realidade é que “os programas aprovados são documentos longos e complexos com insuficiências que irão prejudicar uma ênfase no desempenho e nos resultados”, pode ler-se no documento.

“O planeamento de um novo período depara-se sempre com o problema de ter início antes de ser disponibilizada a informação adequada e pertinente relativa a períodos anteriores”, disse Janusz Wojciechowski, o membro do Tribunal de Contas responsável pelo relatório. “Constatámos que os documentos de programação são demasiado complexos, volumosos e ainda não colocam uma ênfase suficiente nos resultados esperados”, acrescentou o responsável citado num comunicado.

Constatámos que os documentos de programação são demasiado complexos, volumosos e ainda não colocam uma ênfase suficiente nos resultados esperados.

Janusz Wojciechowski

Membro do Tribunal de Contas Europeu

A política de desenvolvimento rural tem por meta tornar a agricultura mais competitiva, assegurar a gestão sustentável dos recursos naturais e alcançar um desenvolvimento equilibrado das economias e comunidades rurais, explica o tribunal. A UE tenciona gastar quase 100 mil milhões de euros neste domínio no período de 2014-2020.

Em Portugal, por exemplo, o PDR tem uma dotação e 4,05 mil milhões de euros e já tem 285 mil candidaturas aprovadas, que implicam um investimento total de 4,54 mil milhões de euros, que será apoiado por 2,85 mil milhões de fundos comunitários. A 30 de setembro, o Programa de Desenvolvimento Rural contava já com uma taxa de compromisso (verbas já comprometidas) de 70% e a taxa de execução era de 32%. A taxa de execução refere-se às despesas já pagas e certificadas pela Comissão Europeia.

Para melhorar o processo de execução das verbas, os auditores do Tribunal de Constas Europeu recomendam que, no futuro, a Comissão:

  • Assegure que as suas propostas desenvolvem a coerência entre cada programa;
  • Simplifique os documentos de programação e reduza o número de requisitos;
  • Colabore com os Estados membros para assegurar que os relatórios de 2019 fornecem informações claras e abrangentes;
  • Defina com maior precisão os vários tipos de indicadores;
  • Efetue o balanço da experiência adquirida com o atual regime;
  • Apresente as suas propostas para a política de desenvolvimento rural pós-2020 em tempo oportuno.

Os auditores recomendam ainda que “o Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão ponderem harmonizar a estratégia a longo prazo com o ciclo orçamental da UE e realizar uma análise exaustiva das despesas antes da definição de um novo orçamento a longo prazo”, lê-se no documento.

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Ordem dos Advogados contra a solução admitida pelo Governo para corrigir regime simplificado

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Novembro 2017

Representante da Ordem diz que a possibilidade de declarar despesas consideradas mistas não resolve o problema e é contraditória com a ideia deixada no Parlamento.

A Ordem dos Advogados (OA) critica a solução que está a ser estudada pelo Governo para tentar responder aos problemas apontados ao novo regime simplificado de IRS.

Esta segunda-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, afirmou que o Governo está a estudar a possibilidade de estes contribuintes declararem despesas de caráter misto (profissional e pessoal), caso em que 25% destes gastos passam a ser considerados como profissionais.

António Schwalbach, representante da Ordem dos Advogados, diz esperar que esta “não seja a solução final, porque seria contraditória” com o que foi transmitido no Parlamento. A Ordem reuniu-se com os vários grupos parlamentares e o PS deixou a ideia de que “seria adotada uma solução que não lesaria os contribuintes do regime simplificado”, mas “esta solução claramente vai prejudicar”, afirma António Schwalbach ao ECO.

O primeiro-ministro, António Costa, já reconheceu que há um “problema” com as alterações propostas ao regime simplificado, e também já disse que o Governo está disponível para introduzir clarificações em sede de especialidade.

Mas se avançar a solução divulgada esta segunda-feira por Mendonça Mendes, a OA mantém as críticas anteriores e fala em inconstitucionalidade. Com a medida em estudo, “os verdadeiros recibos verdes certamente no próximo ano vão começar a impugnar as liquidações de IRS pelo facto de elas impedirem uma dedução de custos que exceda os 25% e aqui o argumento é simples: a violação do princípio constitucional da tributação pelo rendimento real“, diz.

Já no caso de falsos recibos verdes, fica o alerta: “teremos contribuintes a pretender deduzir como despesas profissionais ou mistas gastos que não têm conexão mínima com a atividade e, por outro lado, acreditamos que possa haver o risco de existirem contribuintes que, perante um tamanho esforço de obtenção de faturas, optem pelo caminho mais fácil que é não declarar o rendimento”, adianta ainda.

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Banca multiplica lucros. Só a CGD continua no vermelho

  • Rita Atalaia
  • 14 Novembro 2017

Os bancos conseguiram multiplicar por 12 os lucros até setembro. Só o banco público continua com prejuízo, o que deve mudar já em 2018. As imparidades continuam a cair e os rácios estão mais fortes.

Nuno Amado (BCP); Pablo Forero (BPI); António Vieira Monteiro (Santander Totta); Paulo Macedo (CGD).

Cortar, cortar, cortar… Os esforços dos bancos portugueses para recuperarem da crise e regressarem à rentabilidade estão a dar frutos. BPI, Santander Totta e BCP conseguiram multiplicar por 12 os lucros nos primeiros nove meses deste ano. Isto em comparação com o mesmo período do ano passado — e excluindo o Novo Banco, que ainda não apresentou as contas. Apenas a Caixa Geral de Depósitos (CGD) continua com prejuízos. Mas Paulo Macedo, presidente do banco público, já disse que a instituição deve entrar no verde já no próximo ano.

Olhando para o ‘bolo’ de 440 milhões de euros — que compara com os 36 milhões registados nos primeiros nove meses de 2016 já que tanto CGD como BCP tinham prejuízos avultados —, o Santander Totta é o responsável pela maior ‘fatia’ dos lucros na banca. São 331,9 milhões de euros até setembro, graças a uma quebra dos custos e das imparidades e provisões.

“Estes bons resultados decorrem do crescimento orgânico da nossa atividade, e do controlo de custos e do risco de crédito”, afirmou o presidente do Totta, António Vieira Monteiro, na apresentação dos resultados para os primeiros nove meses do ano. E ainda sem a integração do Popular — faltam ainda duas autorizações para concluir este processo.

Em segundo lugar neste top dos lucros surge o BCP, que no ano passado tinha prejuízos de 251,1 milhões. O banco liderado por Nuno Amado conseguiu passar de prejuízo a lucros até setembro. Foram 133,3 milhões de euros, beneficiando da “expansão contínua do resultado core“. Já o BPI é o “mais pequeno” em termos dos lucros, mas há um motivo: o Banco Fomento de Angola. O banco liderado por Pablo Forero fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 23 milhões de euro fruto da desconsolidação do BFA, mas também por custos de reestruturação.

CGD vai voltar aos lucros em 2018? “É este o cenário que temos, [reforçado pelos resultados dos últimos trimestres]”.

Paulo Macedo

Presidente executivo da CGD

No vermelho está ainda a CGD. Mas será uma situação temporária, segundo o presidente do banco estatal. Na apresentação das contas, Paulo Macedo voltou a reforçar a ideia de que o regresso aos resultados positivos na atividade doméstico deve acontecer já no próximo ano. “É este o cenário que temos”, reforçado pelos resultados dos últimos trimestres, referiu o presidente do banco estatal. A instituição financeira — que foi alvo de uma profunda reestruturação — tem sido capaz de melhorar as contas trimestre a trimestre, graças sobretudo à diminuição das provisões.

Malparado pesa, mas muito menos

Apesar de os bancos continuarem a debater-se com o problema do malparado, estes créditos tóxicos pesam agora menos na rentabilidade das instituições financeiras. BPI, Totta, CGD e BCP diminuíram para metade as provisões e imparidades para o crédito: o bolo passou de 1.397 milhões para 592,2 milhões de euros, segundo cálculos do ECO com base nas contas dos bancos. É que a “limpeza” no setor foi feita sobretudo no ano passado. Só o banco estatal fechou 2016 com uma fatura de mais de três mil milhões de euros com o reconhecimento das imparidades.

No BCP, apesar de o montante para provisões ainda ser elevado, também caiu para quase metade: de 870 para 458 milhões nos primeiros nove meses deste ano. A CGD reconheceu mais 81 milhões de perdas com o crédito em incumprimento.

Rácios de capital? Ainda mais fortes

Se há um indicador que tem vindo a dar sinais de melhoria são os rácios de capital. Mas o que é que isto significa na prática? São estes os rácios que as autoridades analisam para aferir a robustez de uma instituição num cenário de adversidade económica. Quanto mais baixo estiver o rácio, mais desprotegido está o banco.

Olhando para os bancos nacionais, há agora uma situação completamente diferente do que há um ano… para melhor. O Santander Totta é o que apresenta rácios mais elevados (CET1 de 16,6% e 16,5% no faseado e no totalmente implementado, respetivamente), mas o BCP e a CGD são os que revelam melhorias mais significativas deste indicador. E isto explica-se pelos aumentos de capital realizados por ambas as instituições.

O banco liderado por Nuno Amado realizou um aumento de capital de 1.330 milhões de euros para reforçar os rácios. E o resultado está à vista: tem agora um rácio CET1 (faseado) de 13,2% e um rácio CET1 (totalmente implementado) de 11,70%. Antes, eram de 12,20% e 9,5%, respetivamente. O mesmo acontece na CGD, mas aqui o apoio do Estado foi essencial para a manutenção de níveis acima dos 13%. Uma ajuda que ficaria acima dos cinco mil milhões, mas baixou ligeiramente.

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Cuatrecasas celebra um ano e meio de presença no México

  • ADVOCATUS
  • 14 Novembro 2017

A cerimónia contou com um painel composto pelo ex-presidente mexicano Felipe Calderón, o sócio António Vitorino, e os embaixadores de Portugal e Espanha no país.

Um ano e meio após a abertura do primeiro escritório no México, a Cuatrecasas organizou uma cerimónia na capital do país. O evento contou com António Vitorino, sócio da Cuatrecasas, o ex-presidente mexicano Felipe de Jesús Calderón Hinojosa e com os embaixadores de Portugal e de Espanha no México. O evento decorreu no Museu Tamayo, na Cidade do México, e reuniu 300 convidados.

No encontro os membros do painel debateram o futuro das relações entre México e a União Europeia. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores espanhol, a UE é a segunda fonte de investimento estrangeiro do México, com um total de cerca de 138.000 milhões de euros nos últimos 17 anos.

Espanha é o país que mais investe no México. O país americano conta com a presença de 5.700 empresas espanholas, num total de 130.000 postos de trabalho. Já a presença portuguesa passa por 162 empresas, e um crescimento acumulado do comércio entre os dois países de 152% desde 1999, disse Alfredo Pérez Bravo, embaixador do México em Portugal.

Para Rafael Fontana, presidente executivo da Cuatrecasas, “o escritório mexicano representa o nosso espírito global“. “O seu crescimento é o reflexo do desenvolvimento económico de um país que está hoje, mais do que nunca, aberto ao investimento, à atração de negócio e com um enorme potencial de crescimento”, acrescenta.

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PSI-20 brilha na Europa. Jerónimo Martins puxa por Lisboa

O grupo de Soares dos Santos conseguiu valorizar mais de 2. O PSI-20 aguentou assim as perdas do BCP, Galp e CTT, contrariando as quedas nos restantes mercados da Europa.

A praça nacional destacou-se a verde entre o vermelho das praças europeias. O PSI-20 subiu com o empurrão da Jerónimo Martins, que acelerou acima dos 2%. A bolsa portuguesa resistiu, assim, às quebras da Galp e do BCP.

O PSI-20 fechou esta terça-feira com uma subida de 0,20% para os 5.268,66 pontos. A bolsa lisboeta entrou em contraciclo com a Europa, cujo principal índice, o Stoxx 600, caiu 0,59%. Uma queda igual à registada no Ibex-35, da vizinha Espanha. Também a bolsa alemã caiu 0,31% e a britânica ficou ligeiramente abaixo da linha de água, nos 0,01%.

Na praça nacional, a Jerónimo Martins foi a que mais puxou pelo índice, com uma subida de 2,26% para os 15,85 euros. O retalhista recuperou depois de quebras de 1,56% e 1,87% nas últimas duas sessões.

A contribuir para o desempenho positivo da bolsa nacional estiveram também a Nos e a EDP. A empresa liderada por Miguel Almeida encerrou a sessão a valorizar 2,09% para 5,27 euros, já a EDP somou 0,47% no dia em que regressou aos mercados. A elétrica emitiu 500 milhões de euros em títulos de dívida a dez anos. A taxa da emissão foi de apenas 1,6%.

Enquanto a EDP subiu, a EDP Renováveis caiu, assim como a Galp Energia. A empresa de energias verdes recuou 0,2% para fechar a cotar nos 6,938 euros enquanto a Galp desceu quase 1% para os 16,13 euros numa sessão de quedas acentuadas dos preços do petróleo depois de a AIE ter revisto em baixa as previsões da procura global de petróleo em 2017 e 2018. Os CTT também reforçaram as perdas, com uma queda de 2,29% para os 3,161 euros, um novo mínimo histórico.

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S&P baixa rating da Venezuela para ‘default’ seletivo

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

A agência de rating S&P baixou a classificação do país de Nicolás Maduro para default (incumprimento seletivo), devido à falta de pagamento de 200 milhões de dólares de títulos de dívida.

A agência de rating Standard & Por’s (S&P) baixou esta terça-feira a classificação da Venezuela, a longo e curto prazo, em moeda estrangeira, de “CC/C”, moratória com pequena expectativa de recuperação, para “SD/D”, default ou incumprimento seletivo.

A medida, segundo a S&P, deve-se à falta de pagamento de 200 milhões de dólares (172,41 milhões de euros) de títulos globais, uma vez vencido o período de graça de 30 dias, o que poderá desencadear um incumprimento nos pagamentos da sua dívida externa, nos próximos três meses.

Baixamos duas classificações a ‘D’ (default) e baixamos a classificação da dívida soberana em moeda estrangeira a longo prazo para ‘SD‘ (default parcial)”, lê-se num comunicado da S&P.

Segundo a agência de rating, se o Governo venezuelano “remediar o default nos pagamentos vencidos e continuar a realizar oportunamente outros pagamentos, antes de completar a operação de reestruturação da dívida, a classificação soberana dos títulos a longo prazo, em moeda estrangeira, será elevada para ‘CC’ (moratória com expectativa de recuperação)”.

A queda na classificação ocorre depois de o Governo venezuelano convocar os detentores de títulos de dívida do Estado e da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA), para uma reunião com o propósito de reestruturar e refinanciar a dívida. Na reunião, realizada segunda-feira em Caracas, participaram uma centena de credores, segundo a imprensa venezuelana.

Teve uma duração de apenas 30 minutos e concluiu sem a apresentação de propostas de reestruturação e refinanciamento dos títulos de dívida venezuelanos e sem que os participantes tivessem tido a oportunidade de fazer perguntas. Na reunião, o vice-Presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, acusou o Escritório de Controlo de Ativos Estrangeiros (Ofac) do Departamento de Estado dos Estados Unidos de atuar como “um tribunal da inquisição”, de bloquear e fazer um cerco financeiro ao seu país.

E, acrescentou o vice-Presidente venezuelano, “acabou com as poucas vias que ainda permitiam que a Venezuela se desenvolvesse amplamente no mercado financeiro internacional”. Tareck El Aissami, que também preside à Comissão Presidencial para renegociar os termos da dívida externa e da petrolífera venezuelana, insistiu que a reestruturação convocada pelo Presidente Nicolás Maduro, tinha como propósito superar as “agressões financeiras norte-americanas” e “garantir atenção social ao povo venezuelano”.

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PSD propõe travão a cativações de Centeno no Orçamento

PSD apresentou 75 propostas de alteração para o OE2018. Entre as medidas está uma norma travão que limita o montante das cativações de Mário Centeno.

O PSD propõe travar o nível de cativações de Mário Centeno impondo um limite ao montante total das cativações iniciais do Orçamento. O principal partido da oposição quer ainda extinguir o adicional do IMI — batizado de ‘imposto Mortágua’ –, mas pretende agravar a taxa aplicada aos imóveis detidos por sociedade residentes em territórios offshore de 7,5% para 12,5%. O PSD apresentou esta terça-feira, em conferência de imprensa no Parlamento, 75 propostas de alteração para o Orçamento do Estado para 2018.

“As cativações deixaram de ser um instrumento de gestão orçamental e passaram a ser um instrumento de política orçamental”, criticou Maria Luís Albuquerque, anunciado que o PSD propõe que se passe a limitar o montante das cativações na administração pública. A medida passa por criar uma norma travão na lei orçamental que limite as cativações a 1,5% da despesa efetiva orçamentada — o CDS tinha ameaçado apresentar esta proposta em outubro. Além disso, o PSD quer obrigar o Governo a entregar detalhes sobre as cativações iniciais, incluindo o nível de descativações realizadas, na síntese de execução orçamental divulgada mensalmente pela Direção-Geral do Orçamento. No caso do OE2018, as contas do ECO apontam para um limite de cerca de 1,3 mil milhões de euros, que compara com os cerca de 1,8 mil milhões de euros de cativações estimados pela UTAO para 2018.

A proposta do Orçamentou do Estado para 2018 “não permite a Portugal aproveitar as circunstâncias favoráveis do presente”, criticou a ex-ministra das Finanças, referindo que não é possível mudar as questões estruturais do OE com propostas de alteração. “À medida que o tempo passa, o país sofre cada vez mais com a incapacidade reformista deste Governo”, completou António Leitão Amaro, deputado do PSD, criticando o Executivo por “nada fazer para a criação sustentada de riqueza”. Ainda assim, o PSD apresentou uma série de propostas para reforçar o investimento, a poupança e as exportações.

Esta terça-feira o ECO avançou que o partido vai propor nove medidas para apoiar as empresas. As propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2018 dividem-se entre as exportações, as fusões das PME e ainda duas medidas do Programa Capitalizar que a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) relembrou recentemente. Além disso, os social-democratas querem que o IRC baixe para 19% no próximo ano, acompanhando as propostas do CDS e da CIP e pretendem aumentar o montante de lucros que são taxados a 17% para as PME para 50 mil euros.

Na área das exportações, destaca-se uma proposta que pretende beneficiar as empresas com perfil exportador. O PSD quer alargar a aplicação da taxa reduzida de IRC às micro e pequenas empresas (volume de negócios até dois milhões de euros), cujo volume de exportações superior a 50% do volume de negócios.

Na área social, o PSD critica a opção do Executivo de eliminar os vales de educação tendo em conta apenas “casos pontuais”. “Havendo algumas queixas de utilização indevida, propõe-se que o Governo, através da Autoridade Tributária, promova a fiscalização do adequado uso destes vales de educação”, propõem os social-democratas. Além disso, tal como já tinha anunciado, o PSD vai propor a eliminação da alteração no regime simplificado dos recibos verdes, deixando de fora a aplicação do mínimo de existência.

Os social-democratas revelaram ainda que são contra a criação de um novo imposto para os alimentos com elevado teor de sal. Questionada pelo ECO, Maria Luís Albuquerque criticou a “proliferação” de impostos indiretos para a “captação de receita adicional, ainda que sejam vendidos com argumentos mais bondosos de desincentivos do consumo”. A ex-ministra das Finanças considerou que “há outras formas de conseguir a melhoria de comportamentos”.

Em reação aos dados revelados esta terça-feira pelo INE que mostram uma desaceleração do PIB no terceiro trimestre, Maria Luís Albuquerque considerou que o PIB podia estar num ritmo de aceleração, caso as “questões políticas de fundo” fossem diferentes, incluindo as propostas apresentadas pelo PSD para as empresas. A deputada do PSD afirmou que é necessária uma “convergência real” com a União Europeia e uma perspetiva de “aceleração do crescimento”.

Um resumo das 75 propostas do PSD

  • Reduzir gradualmente o IRC de 21% para 19% em 2018 e 17% em 2019;
  • Alargar o período de reporte dos prejuízos das empresas para doze anos;
  • Elevar para 50 mil euros o limite para a matéria coletável das PME que beneficiam de taxa reduzida de IRC;
  • Eliminação do Adicional ao IMI e agravar a taxa aplicada a imóveis detidos por sociedade residentes em paraísos fiscais de 7,5% para 12,5%;
  • Redução em 30% das dívidas e dos pagamentos em atraso das administrações públicas;
  • Impedir o Governo de invocar a excecionalidade (conjuntura económica) para não realizar a transferência para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social de, pelo menos, dois pontos percentuais do valor percentual correspondentes às quotizações dos trabalhadores por conta de outrem;
  • Manter os vales de educação e aumentar os limites para as deduções de IRS com as despesas de educação, formação e saúde;
  • Majoração da dedução em IRS para 20% com limite de 750 euros para os contratos de arrendamento celebrados por jovens até aos 30 anos e aumentar a dotação orçamental para o programa de apoio ao arrendamento jovem, o Porta 65;
  • Promover a revisão do regime fiscal de IRS para residentes não habituais – com taxas favoráveis por 10 anos – de modo a garantir que pode ser utilizado por portugueses emigrantes que regressem a Portugal;
  • No pacote de apoio aos territórios afetados pelos incêndios, os social-democratas pedem a isenção para as empresas das contribuições para a segurança social, a isenção do pagamento do IMI e um alívio de IRC para as empresas afetadas, além de várias outras propostas;
  • Redução da taxa de juro do empréstimo do Estado à Região Autónoma da Madeira por equiparação atualizada aos custos de financiamento da República;
  • Diminuição da dotação para o Metro do Porto, Metro de Lisboa e Pólis da Caparica, de forma a reforçar a dotação para a fiscalização e combate à poluição e proteção ambiental, além de financiar projetos no interior, nas regiões autónomas e nas zonas afetadas pelos incêndios;
  • Eliminação da alteração ao regime simplificado dos recibos verdes, excluindo a aplicação do mínimo de existência;
  • Limitar o montante das cativações iniciais para 1,5% da despesa efetiva orçamentada, reforçando a transparência deste instrumento de diversas formas;
  • Utilizar o montante de despesa já prevista para aumentar todos os pensionistas, incluindo as pensões mínimas, em montantes iguais, desde janeiro de 2018, ao invés de aplicar um aumento extraordinário em agosto;
  • Reduzir em 12 milhões de euros a despesa dos gabinetes dos membros do Governo;
  • Obrigar a divulgação trimestral, por todos os organismos da administração pública, da listagem de trabalhadores sem vínculo definitivo (precários).

Os partidos têm até esta sexta-feira, às 21h00, para apresentar as propostas de alteração à proposta do Orçamento do Estado para 2018. Leia aqui as propostas dos restantes partidos.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h05)

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Fenprof: “Ou há um compromisso assinado ou vamos ter uma enorme greve”

Sindicatos dos professores reúnem-se esta tarde com o Governo. Fenprof não se mostra confiante em chegar a um acordo mas diz que greve é desconvocável.

Momentos antes da reunião entre os dois maiores sindicatos dos professores e o Ministério da Educação, a Fenprof disse não estar confiante num acordo que beneficie ambas as partes e acredita que, se o Governo quisesse realmente chegar a um acordo, não esperaria pela véspera da greve para convocar os sindicatos.

Em causa está a proposta de não contagem do tempo de serviço destes profissionais, prevista na proposta do Orçamento de Estado para 2018 e que será debatida esta quarta-feira no Parlamento. Momentos antes da reunião, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse aos jornalistas que “as expectativas são muito baixas” em relação a um acordo com o Ministério da Educação.

"A nós parece-nos que, se houvesse da parte do Governo a intenção de fazer uma negociação séria sobre o descongelamento das carreiras, ela [a reunião] já deveria ter acontecido.”

Mário Nogueira

Secretário-Geral da Fenprof

Esta reunião com o Ministro da Educação já tinha sido pedida a 12 de outubro, no entanto, apenas foi convocada esta terça-feira, na véspera da greve marcada pelos sindicatos dos professores, descrita pelos mesmos como a maior da década. Além disso, a reunião será apenas com duas secretárias de Estado, o que, para os sindicatos, vem salientar a pouca importância que o Governo dá a esta causa.

Mário Nogueira acrescentou ainda que “a greve é desconvocável até ao momento em que ela começa”, mas não acredita que será possível chegar a um acordo. “Das duas uma: ou hoje há aqui um compromisso claro, inequívoco, escrito e assinado de que o tempo de serviço dos utentes é recuperado, ou amanhã vamos ter uma enorme greve de professores porque não admitimos este desrespeito, esta falta de consideração e esta falta de estima pelos professores ao não quererem contar o tempo que as pessoas cumpriram”, garantiu.

O representante da Fenprof diz ter consciência do esforço orçamental a que esta medida obriga, mas estão “disponíveis para encontrar uma forma faseada no tempo de fazer esta recuperação”.

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Sete novos advogados associados na MLGTS

Alejandra Velásquez Tadeu, Daniela Sousa Marques, Francisca Robalo Cordeiro, Madalena Rocha e Melo, Mara Rupia Lopes, Margarida Pinto Duarte e Nuno Igreja Matos são os novos associados.

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) promoveu recentemente a associados sete advogados estagiários.

Alejandra Velásquez Tadeu, Daniela Sousa Marques, Francisca Robalo Cordeiro, Madalena Rocha e Melo, Mara Rupia Lopes, Margarida Pinto Duarte e Nuno Igreja Matos são os novos associados, tendo integrado as áreas de administrativo e contratação pública, contencioso e arbitragem e trabalho e segurança social.

A MLGTS conta agora com 208 advogados, 58 dos quais sócios. Desde o início do ano, foram promovidos 20 estagiários a associados.

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Oi já negociou 51 milhões de euros de dívida com 27.000 credores no Brasil

Numa conferência telefónica com analistas, a Oi avançou que já chegou a um acordo com 27.000 credores no Brasil, num montante total de cerca de 51 milhões de euros de dívida.

A operadora brasileira Oi já conseguiu chegar a um acordo com “mais de 27.000 credores no Brasil”, num montante total de “aproximadamente 196 milhões de reais”, ou cerca de 51 milhões de euros. A informação foi avançada por Carlos Brandão, diretor financeiro da empresa desde outubro, numa conferência telefónica com analistas.

“Até ao momento, fomos capazes de negociar um crédito total de aproximadamente 196 milhões de reais com mais de 27.000 credores no Brasil”, disse o executivo esta terça-feira, por ocasião da apresentação de resultados trimestrais da empresa.

A Oi encontra-se ao abrigo de um processo de recuperação judicial no Brasil, com vista a evitar a falência daquela que é a maior operadora do país. A empresa acumula dívidas avultadas a cerca de 55.000 pessoas e entidades, incluindo a Anatel, o regulador brasileiro das telecomunicações. Em causa, uma dívida acumulada que rondará os 18 mil milhões de euros.

A empresa lançou um plano para liquidar dívidas até 50.000 reais, ou pouco mais de 13.400 euros. Desse valor, 90% é ressarcido com a assinatura do acordo. A restante parcela é paga após aprovação do plano de recuperação em assembleia geral de credores, que tem vindo a ser sucessivamente adiada e cuja data está agora marcada para 7 de dezembro. O programa já foi alargado também aos obrigacionistas portugueses e, após alguns problemas, a empresa anunciou, no final de outubro, já ter chegado a acordo com pelo menos 500 credores em Portugal.

Por sua vez, na conferência com os analistas, o líder da operadora, Marco Norci Schroeder, disse: “Continuaremos focados nas nossas estratégias com melhorias operacionais que preparem a companhia para um novo ciclo de crescimento. O interesse que grandes investidores têm mostrado na Oi, e o sentido de constituírem uma possível parceria estratégica, mostra a relevância que a Oi tem no mercado face ao seu potencial para gerar valor.”

Esta terça-feira, a Oi anunciou ter alcançado um lucro de 217,5 milhões de reais no terceiro trimestre, ou cerca de 56,8 milhões de euros. Foi o primeiro resultado positivo da empresa desde 2015. A portuguesa Pharol é a principal acionista da Oi, com cerca de 27% da empresa. As ações da Pharol valorizavam 0,82% para 36,8 cêntimos.

(Notícia atualizada às 16h19 com mais informação)

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