BCE dá luz verde a Forero na liderança do BPI

  • ECO
  • 25 Julho 2017

O 'ok' do supervisor europeu era o único passo formal que faltava. Apresentação de resultados semestrais, esta terça-feira, já vai ser feita por Pablo Forero.

O Banco Central Europeu já deu luz verde à nomeação do espanhol Pablo Forero como presidente executivo do BPI, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Assim, a apresentação de resultados semestrais do banco esta terça-feira já vai ser feita pelo novo responsável que veio substituir Fernando Ulrich aos comandos da instituição.

Aprovar a nomeação do novo conselho de administração, escolhido pelo CaixaBank, o grupo que tem a maioria do capital do BPI, foi algo de demorou mais de cinco meses, tendo em conta que o nome de Forero foi anunciado em fevereiro e foi feito também nessa data o pedido de registo da nova equipa junto do BCE. A aprovação em assembleia-geral da nova equipa foi feita em abril e o ok do supervisor europeu surge agora.

Apesar de, formalmente, a mudança só produzir efeitos agora, na prática, os gestores indicados pela instituição catalã já dirigem os destinos do BPI desde que foram aprovados pelos acionistas.

O BPI apresenta esta terça-feira resultados semestrais e segundo as previsões dos analistas do CaixaBI, o banco terá registado prejuízos de 47 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, uma estimativa que não inclui o impacto da redução de quadros.

 

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Incêndios: Costa tem poder para exigir divulgação da lista

  • ECO
  • 25 Julho 2017

Especialistas garantem que o primeiro-ministro tem o poder de exigir a divulgação da lista. Contudo, António Costa deixa a decisão para o Ministério Público.

As opiniões dividem-se: deve ou não manter-se o segredo de justiça quanto à identidade das vítimas mortais dos incêndios no centro do país? Rogério Alves, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, defende que os nomes devem saber-se e outros especialistas apoiam esta posição a bem da “tranquilidade pública”. Há quem se oponha defendendo o direito à privacidade das vítimas. O facto é que António Costa poderia levantar o segredo, mas deixa a decisão nas mãos do Ministério Público.

Foi o PSD que levantou a questão, face à suspeita de um número de vítimas superior às 64 contabilizadas inicialmente. O partido da oposição exige saber não só os nomes como também os critérios utilizados para definir o número de pessoas que morreram na sequência do incêndio de Pedrógão Grande. O Jornal i publicou esta segunda-feira uma lista de 73 vítimas baseada no levantamento de uma empresária lisboeta. Também o Expresso e o Correio da Manhã já apresentaram 65 nomes que integram a lista do Ministério Público, apesar de esta estar sob segredo de Justiça. Por isso, o primeiro-ministro, defendeu, numa nota enviada às redações, que deverá ser o Ministério Público a revelar a lista das vítimas “se e quando o considerar adequado”.

Nestes casos, o segredo de justiça serve para apurar culpados, não para se aplicar a vítimas” defende Rogério Alves em entrevista ao Jornal i. Especialistas consultados pelo Público (acesso condicionado), dizem que embora o segredo de justiça exista para “salvaguardar a integridade do inquérito” pode ser levantado se “conveniente ao esclarecimento da verdade” ou “indispensável ao exercício de direitos pelos interessados“, desde que não prejudique a investigação.

Pedro Garcia Marques, assistente da Faculdade de Direito da Universidade Católica defende que neste caso, “a divulgação dos nomes não põe em causa a questão da responsabilidade criminal” e vê interesse na divulgação a bem da “tranquilidade pública”. Também Jorge Abreu, presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, e Fernando Lopes, presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pêra, partilham da mesma posição.

Já o penalista Pedro Saragoça da Mata acredita que o número de vítimas “não tem qualquer impacto na paz social” pelo que compreende as razões do Governo. André Lamas, professor de Direito na Faculdade do Porto, salienta o direito à privacidade que as famílias e próprias vítimas possuem e que não deve ser violado.

As seguradoras também acusam dificuldades em obter informações sobre as vítimas do incêndio, dificultando a atribuição dos 2,5 milhões do fundo solidário da Associação Portuguesa de Seguradoras. A ministra da Administração Interna esclarece que a lista que conta com 64 nomes inclui as pessoas que morreram de “qualquer lesão em consequência direta do fogo”, isto é, inalação de fumo ou queimaduras.

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EDP e Galp dão energia à bolsa

Arranque de sessão positivo na bolsa graças à energia da EDP e Galp. São estes dois pesos pesados do setor energético que colocam Lisboa em sintonia com a Europa.

EDP e Galp avançam no arranque de sessão desta terça-feira e a sua energia contagia a bolsa nacional. Lisboa avança timidamente e coloca-se em sintonia com a Europa. Temporada de resultados na praça nacional deverá marcar o rumo dos acontecimentos nas próximas duas semanas.

O PSI-20, o principal índice português, soma 0,23% para 5.275,57 pontos. Tanto as ações da elétrica nacional como da petrolífera valorizam em torno de 0,5% para 2,98 euros e 13,38 euros, respetivamente. No caso da EDP, há dois temas importantes: a Oferta Pública de Aquisição que lançou sobre a EDP Renováveis e ainda os resultados trimestrais que apresenta na quinta-feira — os analistas esperam uma subida do lucro para 213 milhões de euros, acima do mesmo período do ano passado.

“O PSI-20 deverá ter uma abertura tranquila, com os investidores nacionais a procurarem no comportamento dos mercados internacionais indícios sobre a possível tendência da bolsa portuguesa”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. “A época de resultados em Portugal irá ganhar uma maior intensidade durante esta semana. Após o fecho do mercado será a vez de o BPI reportar as suas contas trimestrais”, indicam ainda.

São oito as cotadas que se apresentam em alta na abertura da bolsa. Além de EDP e Galp, destaque para a Jerónimo Martins. Este peso pesado valoriza 0,67% para 17,38 euros e cimentam os ganhos do benchmark nacional.

Lisboa acompanha o sentimento positivo nas restantes praças europeias. Frankfurt, Paris, Milão e Madrid observam ganhos que não excedem os 0,5%, tal como acontece com o PSI-20.

O BPI diz que o setor automóvel vai continuar a centrar atenções dos investidores, depois do caso de conluio e prática anticoncorrencial entre os principais fabricantes na Alemanha (Volkswagen, Daimler e BMW) que as autoridades alemãs estão a investigar.

(Notícia atualizada às 8h21)

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Governo classifica fogos de junho como catástrofe natural e ativa apoio de dez milhões

  • Lusa
  • 25 Julho 2017

O Governo ativou um apoio não reembolsável de dez milhões de euros para restabelecer o potencial produtivo. Candidaturas ao Portugal 2020 podem ser entregues a partir de amanhã.

O Governo classificou os incêndios que atingiram o centro do país em junho como uma catástrofe natural, e ativou um apoio de dez milhões de euros, segundo um despacho suplementar do Diário da República, publicado na segunda-feira.

O despacho do gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural “reconhece como catástrofe natural (…) o conjunto de incêndios deflagrados no mês de junho de 2017 nas freguesias da região centro do país”.

“Os incêndios florestais, cujo início se registou no passado dia 17 de junho de 2017, desencadearam uma série de danos e prejuízos em áreas localizadas nos concelhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã. A dimensão e gravidade dos danos e prejuízos causados pelos mencionados incêndios florestais reconduzem à qualificação desta situação como ‘catástrofe natural’”, pode ler-se.

Além do reconhecimento oficial da catástrofe natural, o despacho visa acionar a aplicação do apoio para ‘restabelecimento do potencial produtivo’.

É concedido um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas danificadas, por efeito da catástrofe natural reconhecida no número anterior, nos ativos fixos tangíveis e ativos biológicos do seu capital produtivo, correspondente a animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola”, indica o despacho.

O montante global do apoio disponível é de 10.000.000 (dez milhões de euros)”, concedido sob a forma de subvenção não reembolsável.

Há vários tipos de apoio, segundo o despacho. É coberta 100% da despesa, quando inferior a 5.000 euros e 50% da restante despesa no caso de beneficiários que tenham recebido pagamentos diretos de valor igual ou inferior a 5.000 euros no ano anterior e tenham tido prejuízos superiores a 80% do potencial agrícola.

O apoio cobre 50% da despesa “no caso das restantes explorações agrícolas”. O montante mínimo de investimento é de mil euros.

O despacho informa que é necessário apresentar candidatura ao apoio através de formulário eletrónico disponível no Portal do Portugal 2020, devendo ser submetidos entre quarta-feira e dia 8 de agosto. Só serão apoiadas as candidaturas aprovadas, mas os beneficiários podem iniciar os investimentos antes da verificação e validação, desde que comuniquem o início dos trabalhos à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, com uma antecedência mínima de 72 horas.

No entanto, só são admitidas candidaturas apresentadas na sequência das declarações de prejuízos apresentadas na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro até 15 de julho.

O despacho indica ainda que só é possível apresentar uma candidatura por beneficiário e que será “dada prioridade às candidaturas em que a dimensão relativa do dano sofrido seja mais elevada”.

O incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

 

A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

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“Profunda reestruturação” leva Orey de volta aos lucros

Uma "profunda reestruturação" na holding, que passou pela redução de custos, permitiu um primeiro semestre de 2017 com lucros. Uma renegociação da dívida permitiu folga no custo com juros.

A holding centrada no setor financeiro atingiu um resultado líquido positivo de 148 mil euros nos primeiros seis meses de 2017. Este resultado compara com os quase três milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre do ano passado. A empresa justifica a melhoria dos resultados com uma “profunda reestruturação” que incluiu um corte de custos, mas também uma renegociação da dívida que permitiu reduzir a fatura dos juros para metade.

Este resultado, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, reflete os resultados da profunda reestruturação feita em 2016“, explica a holding em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O grupo revela que desalavancou o balanço, reduziu a dívida, a fatura dos juros e implementou uma “forte redução de custos”, o que permitiu este resultado.

Um dos principais cortes identificados pela Orey no comunicado é a “significativa redução dos juros em cerca de 50%”, diminuindo a fatura com juros dos 2,36 milhões de euros para os 1,18 milhões de euros. A holding refere ainda que reduziu a dívida bancária e que renegociou o custo de alguma dívida.

“A divida financeira caiu 5,5%, de 63,95 milhões de euros para 60,44 milhões de euros no primeiro semestre”, refere o comunicado, assinalando que o “passivo financeiro bancário foi reduzido em 10,5% no primeiro semestre de 2017 para 20,09 milhões de euros”.

A Orey refere ainda que a sua base de cliente aumentou 6,1% em Espanha. “Este desempenho demonstra ainda que a aposta estratégica de continuar a desenvolver a atividade financeira em Espanha está a dar frutos, sendo que o Grupo continua a considerar este um mercado de elevado potencial de crescimento”, afirma a holding.

A última vez que as ações da empresa negociaram em bolsa foi na passada sexta-feira, tendo na altura fechado a perder 3,17% para 0,61 euros.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Aqui e lá fora, é dia de prestar contas. Por cá, é o BPI quem apresenta os resultados do primeiro semestre, depois de ter reportado prejuízos de 122 milhões no primeiro trimestre.

O BPI inaugura a época de apresentação dos resultados semestrais por parte dos bancos, depois de ter reportado prejuízos no primeiro trimestre. Lá fora, as grandes empresas também prestam contas e a Reserva Federal norte-americana dá início a mais uma reunião de política monetária.

BPI apresenta resultados

O BPI apresenta, esta tarde, os resultados do primeiro semestre deste ano. No primeiro trimestre, o banco agora sob a liderança do CaixaBank reportou prejuízos de 122,3 milhões de euros, resultado que refletiu o impacto da venda de 2% do Banco de Fomento Angola. Sem esta venda, o BPI teria registado lucros de 90 milhões de euros. Os analistas antecipam que o banco volte a apresentar lucros no segundo trimestre, mas o resultado não será suficiente para o conjunto do primeiro semestre. O Caixa BI aponta para que o BPI reporte lucros de 75 milhões no segundo trimestre e prejuízos de 47 milhões no semestre.

Como vai o sentimento da maior economia europeia?

O Ifo Institute publica o índice de confiança das empresas alemãs, que tem estado nos níveis mais elevados da última década. Depois de o índice ZEW, publicado na semana passada, ter revelado uma melhoria do sentimento económico por parte dos analistas, agora será a vez de medir a confiança do setor empresarial, no mês de julho. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam uma desaceleração deste índice, depois dos máximos alcançados nos últimos meses.

Grandes empresas prestam contas

Lá fora também é época de apresentação de resultados e esta terça-feira foi o dia marcado por algumas das maiores empresas norte-americanas. AT&T, McDonald’s e General Motors são algumas das empresas que vão prestar as contas do primeiro semestre do ano.

Novas pistas sobre rumo da política monetária

Esta terça-feira será também dia de novas pistas sobre o rumo da política monetária mundial. O Banco do Japão divulga as minutas relativas ao encontro que decorreu nos dias 15 e 16 de junho, enquanto a Reserva Federal norte-americana começa mais uma reunião de política monetária. A reunião da Fed, que termina na quarta-feira, não deverá trazer novidades quanto a uma subida da taxa de juro, atualmente fixada entre 1% e 1,25%, mas Janet Yellen deverá deverá deixar novas pistas sobre uma futura subida dos juros, que deverá ser decidida em setembro.

Novos dados sobre o petróleo

O American Petroleum Institute divulga informação sobre as reservas norte-americanas, depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo se terem reunido com a Rússia para monitorizar o cumprimento dos cortes na produção acordados no ano passado.

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FMI mostrou “pouco interesse” no impacto social das medidas em Portugal

A entidade independente que avalia o FMI diz que as autoridades portuguesas queixaram-se da ausência de preocupação do Fundo com as questões sociais durante o programa da troika.

A análise do Gabinete de Avaliação Independente do Fundo Monetário Internacional revela que as autoridades portuguesas queixam-se que a equipa do FMI demonstrou “pouco interesse” no impacto social das reformas. O relatório publicado esta terça-feira considera que o desempenho do fundo foi positivo, mas assinala as queixas deixadas pelos Estados onde o FMI interveio. O documento deixa ainda cinco recomendações.

De acordo com as autoridades portuguesas entrevistadas para esta avaliação, a equipa do FMI estava principalmente focada na consolidação orçamental durante o programa [de assistência financeira] e evidenciou pouco interesse no impacto social das medidas reformadoras, preferindo deixar tais assuntos para as instituições europeias“, lê-se no relatório do Gabinete de Avaliação Independente. Já as autoridades da Grécia — onde o FMI ainda continua presente — criticaram o FMI por não compreender o sistema de proteção social do país.

Recorde-se que em setembro do ano passado o Ministério das Finanças português criticou duramente o FMI. “Quando o FMI [Fundo Monetário Internacional] classifica o Programa [implementado entre 2011 e 2014] como um ‘sucesso qualificado’, o Governo opta antes por promover uma avaliação mais detalhada do Programa”, escreveu o gabinete de Mário Centeno, acusando o Fundo de aplicar medidas que resultaram num “enorme custo social”.

Contudo, é preciso ressalvar que este estudo não incidiu sobre o impacto da intervenção do FMI na proteção dos mais pobres. Este estudo tinha como objetivo avaliar a perceção das autoridades da utilidade dos conselhos do Fundo para a proteção social.

Mais à frente no relatório, a análise Gabinete de Avaliação Independente revela que, nos programas de ajustamento, o papel do FMI foi mais de suporte do que de destaque nos esforços para minimizar os “custos sociais do ajustamento [orçamental]”. “Os comunicados de imprensa do FMI para os programas da Grécia, Irlanda, Portugal e Chipre enfatizaram a necessidade de proteger os grupos vulneráveis e/ou reforçar os sistemas de segurança social”, refere o relatório.

A análise geral ao desempenho do FMI conclui que “tradicionalmente” o papel do FMI na proteção social era “limitado”, dado que o foco estava no campo orçamental. No entanto, o Gabinete refere que o Fundo tem mudado essa atitude, dando mais atenção a esse campo. “Reconhecendo o aumento global da atenção aos assuntos relativos à proteção social, a avaliação encontrou níveis diferentes de envolvimento do FMI entre os países e ao longo do tempo”, analisa o relatório.

O próprio Gabinete de Avaliação Independente admite que “avaliar o envolvimento do FMI na proteção social é complicado pelo facto de que não existe uma definição standard para ‘proteção social'”, referindo que há “fatores idiossincráticos” a perturbar a análise: “a equipa [do FMI] tinha diferentes opiniões sobre o que esperavam do seu trabalho nesta área específica e no papel específico do FMI“. Esta dificuldade resultou numa das conclusões do trabalho, a de que as autoridades dos países notaram frequentemente que os conselhos do FMI eram genéricos e não tinham em conta as circunstâncias nacionais.

Como resolver este problema?

Identificado o problema, a equipa deixa cinco recomendações:

  1. O FMI devia estabelecer uma estratégia clara e estruturada para guiar o seu envolvimento na proteção social entre as várias prioridades que existem;
  2. O Fundo deveria sugerir polícias desenhadas à medida das necessidades e da situação do país em concreto, aproveitando o trabalho já feito pelas autoridades nacionais ou outro tipo de parceiros como o Banco Mundial ou a OCDE;
  3. O FMI necessita de encontrar abordagens mais realistas e eficientes no desenho dos programas para assegurar que os impactos adversos das medidas nos mais vulneráveis sejam mitigados;
  4. Em termos de comunicação externa, o FMI deveria explicar de forma realista a sua abordagem aos temas da proteção social, e o que consegue ou não fazer nesse assunto, tendo em conta o seu mandato e os seus recursos limitados;
  5. O Fundo deveria empenhar-se em cooperar com outras instituições na proteção social para encontrar formas de trabalhar construtivamente.

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O calendário da operação de troca de dívida do Novo Banco

As datas mais relevantes de um negócio que arranca esta terça-feira e, em caso de sucesso, termina a 4 de outubro.

O Novo Banco já apresentou aos obrigacionistas seniores a proposta de troca de dívida para que a instituição possa conseguir uma almofada adicional de capital, de 500 milhões de euros.

Ao contrário do que chegou a ser avançado, não haverá uma troca de obrigações por outras (de menor valor, ou menor cupão), mas sim por dinheiro. Ou seja, os obrigacionistas vão receber cash em troca da dívida detida, sendo que as obrigações serão avaliadas ao preço a que estão no mercado.

“A oferta prevê a compra de todas as obrigações referentes a 36 emissões do Novo Banco, é uma oferta com contrapartida em cash, proporcionará aos seus detentores um preço alinhado com o mercado e é acompanhada por uma operação de solicitação de consentimento de reembolso antecipado (consent solicitation)“, diz o banco em comunicado.

A oferta arranca esta terça-feira e termina a 2 de outubro de 2017, com liquidação prevista a 4 de outubro de 2017.

No Memorando da Oferta enviado à CMVM, o Novo Banco destaca as principais datas da operação:

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Clientes do Novo Banco podem trocar obrigações por depósitos

Os clientes do Novo Banco que têm obrigações seniores podem converter as suas obrigações num depósito a prazo, de 3 a 5 anos.

O Novo Banco já apresentou aos obrigacionistas seniores a proposta de troca de dívida para que a instituição possa conseguir uma almofada adicional de capital, de 500 milhões de euros.

Ao contrário do que chegou a ser aventado, não haverá uma troca de obrigações por outras (de menor valor, ou menor cupão), mas sim por dinheiro. Ou seja, os obrigacionistas vão receber cash em troca da dívida detida, sendo que as obrigações serão avaliadas ao preço a que estão no mercado.

Em comunicado, o banco diz que “a opção pela solução em ‘cash’ torna mais simples e percetível a contrapartida e mais ajustada aos investidores institucionais e de retalho”. E acrescenta uma novidade: “para os clientes do banco que optem pela venda ou que sejam reembolsados serão disponibilizados depósitos a prazo com condições específicas”. Ou seja, o dinheiro da venda das obrigações pode ser transformado num depósito a prazo.

No Memorando a Oferta, o Novo Banco explica esta operação que está pensada sobretudo para os clientes de retalho. A instituição diz que “cada depósito renderá juros a uma taxa fixa por um período determinado de tempo, que irá variar de 3 a 5 anos”, sendo que a remuneração dependerá da série de obrigação detida pelo credor. Esta remuneração permitirá aos clientes recuperar mais dinheiro do que aquele que lhe é oferecido na operação de troca que foi anunciada esta segunda-feira à noite.

O banco afirma que os depósitos a prazo estarão disponíveis “por um período de duas semanas após a data de liquidação”, sendo que os clientes de retalho “devem contactar o seu gestor de conta”, aconselha a instituição num comunicado enviado à CMVM.

A oferta arranca esta terça-feira e termina a 2 de outubro de 2017, com liquidação prevista a 4 de outubro de 2017.

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E se a oferta falha? Vem uma nova resolução ou a liquidação

A proposta de troca de obrigações do Novo Banco por dinheiro vem acompanhada de um recado: se a oferta falhar, está em causa a “continuidade” do banco. A instituição fala em resolução ou liquidação.

O Novo Banco já apresentou aos obrigacionistas seniores a proposta de troca de dívida para que o banco possa conseguir uma almofada adicional de capital, de 500 milhões de euros.

Ao contrário do que chegou a ser avançado, não haverá uma troca de obrigações por outras (de menor valor, ou menor cupão), mas sim por dinheiro. Ou seja, os obrigacionistas vão receber cash em troca da dívida detida, sendo que as obrigações serão avaliadas ao preço a que estão no mercado.

A oferta é voluntária, mas no Memorando publicado no site da CMVM, o Novo Banco explica quais poderão ser as consequências caso os obrigacionistas rejeitem a proposta em cima da mesa.

Em caso de insucesso da oferta, o Novo Banco diz que “o investimento da Lone Star não será concretizado.” E mais à frente reforça que se a venda ao Lone Star não se concretizar, “quer devido à não verificação da Condição de Participação Mínima ou de outras das condições precedentes à transação ou por outra qualquer razão, o Novo Banco não receberá a injeção de capital”.

Recorde-se que o Lone Star prometeu injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco (incluindo 750 milhões de euros no momento da conclusão da operação e 250 milhões de euros no prazo de até 3 anos). E com a proposta de recompra de dívida pretende-se poupar mais 500 milhões de euros de capital, sendo que a transação com os norte-americanos prevê ainda um mecanismo de capitalização contingente, em que o Fundo de Resolução se compromete dar uma garantia de até 3,9 mil milhões de euros pelo impacto que a desvalorização dos ativos alienados do “side bank” terá nos rácios de capital da instituição.

Sem a injeção de capital, o Novo Banco não cumprirá os requisitos mínimos regulatórios de capital, e não terá capacidade de se manter em continuidade”, diz o Novo Banco no comunicado que enviou à CMVM.

Resolução ou mesmo liquidação

Ou seja, a oferta é voluntária, mas o Novo Banco faz questão de avisar que se falhar poderá comprometer o futuro do banco, o que para os obrigacionistas poderá significar perdas ainda maiores.

No cenário de não cumprir os rácios de capital, o Novo Banco diz que “poderá ficar sujeito ao mecanismo de resolução, sendo que esse mecanismo prevê um bail-in, e que as autoridades podem obrigar a conversão de dívida em capital”, ou simplesmente “reduzir o seu valor nominal”.

Recorde-se que o Novo Banco já nasceu da resolução do antigo Banco Espírito Santo (BES) e poderá, segundo este cenário traçado, sofrer ele próprio uma medida de resolução.

Isto tudo para concluir que um bail-in “pode dar azo num resultado final para os detentores [de obrigações] significativamente mais adverso do que os termos” da oferta colocada esta segunda-feira em cima da mesa.

Recorde-se que a oferta arranca esta terça-feira e termina a 2 de outubro de 2017, com liquidação prevista a 4 de outubro de 2017.

Mais à frente, o banco diz ainda que se a venda falhar, os compromissos assumidos por Portugal com a Comissão Europeia poderão “reintroduzir o tema da liquidação do Novo Banco”.

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Administração da TAP aprova plano estratégico a dez anos

  • Lusa
  • 25 Julho 2017

Depois da eleição do novo conselho de administração, a TAP já tem agora um novo plano estratégico.

O conselho de administração da TAP aprovou esta segunda-feira o Plano Estratégico da companhia a 10 anos, que tinha ‘luz verde’ dos acionistas privados, nomeadamente para a expansão da rede, e procedeu a mudanças nos órgãos da empresa.

Numa comunicação interna aos colaboradores, a que a agência Lusa teve acesso, a TAP diz que “para a comissão executiva e, consequentemente, para o Conselho de Administração, entra no lugar de Trey Urbahn, Antonoaldo Neves”. Este gestor é, segundo a nota da TAP, “um executivo de perfil internacional ligado ao setor da aviação há mais de 15 anos, tendo concluído com sucesso, no passado mês de abril, o projeto de colocação na Bolsa de NY [Nova Iorque] e de SP [São Paulo] da Azul Linhas Aéreas, no que foi o primeiro IPO [Oferta Pública Inicial, em português] ‘dual list’ (Eua e Brasil) desde 2009”.

Antonoaldo Neves foi até agora presidente da Azul Linhas Aéreas, também controlada por David Neeleman, “companhia que ajudou a consolidar com a fusão com a Trip, em conjunto com David Neeleman” – acionista privado da TAP – e que, segundo a empresa, “teve um papel fundamental na expansão internacional daquela companhia”.
Antes, trabalhou como consultor e sócio da consultora McKinsey.

O conselho de administração da TAP deliberou também “transmitir orientações à TAPGER – Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. no sentido de esta sociedade submeter às assembleias-gerais das associadas do Grupo TAP, de que é acionista direto”, propostas de eleição de membros dos respetivos Órgãos Sociais.

Assim, para a Cateringpor – Catering de Portugal, S.A., cujos membros dos Órgãos Sociais são indicados pelo acionista TAPGER (nos termos do Acordo Parassocial entre a TAPGER e a LSG), é proposto, para o triénio 2017-2019, para presidente do conselho de administração Abílio Martins e para vogal Mário José Matos.

Para a Megasis – Sociedade de Serviços e Engenharia Informática (órgãos sociais a indicar também pelo acionista único TAPGER, para o triénio 2017-2019), propõe-se Fernando Pinto para presidente do conselho de administração e Eduardo Dias Rodrigues e Abílio Martins para vogais.

Já para, a UCS- Cuidados Integrados de Saúde, S.A – cujos membros dos órgãos sociais são também indicados pelo acionista único TAPGER, para completarem o atual mandato referente ao quadriénio 2015-2018 -, na decorrência das renúncias apresentadas por dois membros dos órgãos sociais, Anabela Resende Jorge deverá entrar como vogal do conselho de administração, em substituição de Orlanda do Céu Silva Sampaio Pimenta d’Aguiar, que apresentou renúncia ao cargo em 17 de julho de 2017.

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Moody’s: vem aí mais crédito ao consumo

  • Margarida Peixoto
  • 25 Julho 2017

A agência de notação de rating diz que a performance do crédito ao consumo vai melhorar e que o interesse em conceder crédito é maior. Mas avisa que ainda há vulnerabilidades na banca.

Vem aí mais crédito ao consumo. Nos próximos 12 a 18 meses as instituições financeiras poderão esperar um retorno melhor deste tipo de operações e, por isso, a disponibilidade para emprestar será maior. A análise consta de um relatório da agência de notação financeira Moody’s, divulgado esta terça-feira.

“As instituições financeiras estão mais disponíveis para conceder crédito,” lê-se no relatório da Moody’s sobre a performance do crédito ao consumo, em Portugal. A agência — que ainda considera o investimento em Obrigações do Tesouro português como especulativo — explica que a recuperação da confiança dos consumidores deu um novo alento à concessão de crédito.

O próprio consumo privado recuperou, com a ajuda do aumento do salário mínimo, “que excedeu tanto a inflação, como a produtividade do trabalho”, lê-se no relatório. Aliás, conjugado com a reposição dos salários integrais na função pública, a subida do salário mínimo fez com que, pela primeira vez desde a crise financeira, os salários nominais tenham registado um crescimento positivo, nota a agência.

As instituições financeiras estão mais disponíveis para conceder crédito, com a recuperação na confiança dos consumidores.

Moody's

Cross-sector Portugal

São estes fatores, juntamente com uma melhoria do crescimento económico — “o PIB real deverá fortalecer-se no final de 2017,” antecipa a Moody’s — e com a redução do malparado nos empréstimos à habitação e ao consumo que fazem com que a performance deste tipo de produtos deva melhorar no curto prazo.

Mais: a Moody’s frisa que Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo e que, nesta nova condição perante as autoridades comunitárias, poderá submeter um pedido para se desviar da consolidação orçamental e aplicar essa margem em reformas estruturais e investimento. “Se aplicadas, tais reformas podem suportar o crescimento,” defende a agência.

Por fim, a agência nota ainda como positiva a diversificação de financiamento verificada este ano e lembra o lançamento de dois produtos de securitização baseados em empréstimos ao consumo (o Ulisses Finance No.1, do 321 Crédito, e o Aqua Finance No. 4, do Montepio Crédito), bem como dois programas de emissão de obrigações, um do Santander Totta e outro do BCP.

Apesar das expectativas positivas, a agência deixa sinais de alerta. Desde logo, a melhoria do retorno do crédito ao consumo está a ser travada pelo desemprego de longa duração e pelo desemprego jovem. É verdade que a taxa de desemprego total ficou em abril muito abaixo do máximo histórico atingido durante a crise (9,5%, contra 16,9% no início de 2013). Mas o peso dos desempregados de longa duração (52% do total) ainda preocupa, bem como o dos desempregados jovens (24% do total).

Vulnerabilidades do financiamento da banca mantêm-se

Ainda assim, a Moody’s avisa que a banca portuguesa continua a demonstrar vulnerabilidades no acesso ao financiamento interbancário. A agência sublinha que “a diminuição dos balanços [dos bancos] e a resiliência dos depósitos resultaram numa redução de 107% do gap comercial (a diferença entre empréstimos e depósitos) entre junho de 2010 e dezembro de 2016.”

Continuamos preocupados com o risco de que alguns bancos portugueses possam ter um acesso restrito, ou enfrentem custos muito elevados, no recurso ao mercado interbancário, em caso de necessidade.

Moody's

Cross-sector Portugal

Contudo, o alerta sobre o acesso a financiamento mantém-se: “Continuamos preocupados com o risco de que alguns bancos portugueses possam ter um acesso restrito, ou enfrentem custos muito elevados, no recurso ao mercado interbancário, em caso de necessidade,” lê-se no documento.

A justificar esta vulnerabilidade estão vários fatores: os seus fundamentais ainda estão fracos, os maiores bancos do país ainda enfrentam desafios — como é o caso da Caixa Geral de Depósitos — e persiste volatilidade nos mercados por razões “sistémicas e exógenas”. A Moody’s dá como exemplo a transferência de obrigações séniores do Novo Banco para o Banco Espírito Santo, que “expôs os obrigacionistas a perdas significativas.” As obrigações em causa estavam avaliadas em 2,2 mil milhões de euros.

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