Nenhum banco quer fazer negócios com os acionistas chineses da TAP

Nem Citigroup, nem Morgan Stanley nem Bank of America. Chineses da HNA, que estão no capital da TAP, estão a ter vida difícil em Wall Street. São cada vez maiores os receios com a elevada dívida.

Os acionistas chineses da TAP estão a ter vida difícil para fazer negócio com os bancos norte-americanos. Desta vez é o Bank of America que está a avisar os banqueiros de investimento para deixarem de apoiar transações do grupo HNA por agora, seguindo a política de outras grandes instituições financeiras como o Citigroup ou Morgan Stanley. Isto numa altura em que crescem os receios em torno dos investimentos chineses fora de portas que também levou o Banco Central Europeu a lançar uma investigação à legitimidade da presença do HNA no capital do Deutsche Bank.

Em Wall Street, são vários os bancos de investimentos que estão a evitar o aconselhamento e financiamento de operações do HNA, simplesmente porque não conseguem obter aprovação interna por parte dos comités que estão responsáveis por avalizar negócios com entidades, adianta a Bloomberg.

Na unidade de investimento Bank of America Merrill Lynch, os responsáveis comunicaram internamente no último mês que os banqueiros devem deixar de tentar prestar apoio em novas aquisições e levantamentos de capitais. O New York Times noticiou recentemente que foi o próprio Bank of America a autoexcluir-se do envolvimento em transações do HNA.

O escrutínio de empresas chinesas aumentou bastante nas últimas semanas depois de revelados os planos do governo da Pequim para travar o investimento no estrangeiro. Entre os conglomerados chineses visados pelas autoridades estão grupos como a Dalian Wanda e a Fosun, acionista do BCP e dona da seguradora Fidelidade.

No caso da HNA, que está no capital da transportadora aérea portuguesa por via de uma participação na Azul, o grupo chinês foi aconselhado pelo Bank of America em vários negócios nos últimos anos. Várias operações entre as duas entidades foram afetadas por este maior sentido de escrutínio dentro do banco, incluindo uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na HNA Commercial REIT, em Singapura.

Uma fonte citada pela Bloomberg lembrou que a HNA não pagou comissões ao Bank of America nos últimos meses no âmbito da assistência prestada pelo banco na realização de algumas transações do grupo chinês.

Enquanto isso, os comités internos do Citigroup e Morgan Stanley, dois dos maiores bancos mundiais, têm manifestado alguma preocupação pela falta de transparência em relação à origem do financiamento e à estrutura acionista do HNA. E por essa razão tem evitado ajudar o grupo em algumas transações durante algum tempo, ainda que algumas unidades de investimento dentro dos próprios bancos tenham mantido a sua relação com o HNA, como aconteceu no financiamento de 8,5 mil milhões de dólares à Avolon na compra do negócio de transporte aéreo à CIT Group.

Este ano, o HNA também foi apoiado por um sindicato composto pelo JPMorgan Chase e UBS na aquisição de uma posição de 25% na cadeia de hotéis Hilton por 6,5 mil milhões de dólares e de uma participação de quase 10% no Deutsche Bank. De resto, a presença chinesa neste banco alemão também está a merecer a atenção especial por parte do BCE, pretendendo saber se o investidor é ou não credível e financeiramente robusto, perceber qual a origem do dinheiro usado para o investimento, e analisar registos criminais no sentido de afastar qualquer ilegalidade do acionista com lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxas do crédito à habitação voltam a cair. Prestações não

Depois de um pausa, as taxas do crédito à habitação voltaram a cair em junho. Ficaram mais perto de 1%. Ainda assim, a prestação média ficou inalterada.

A taxa de juro implícita no conjunto dos créditos à habitação voltou a ceder. Depois de ter interrompido a tendência de queda ao fim de três anos, desceu novamente em junho, recuando para 1,007%. A taxa dos créditos para a compra de casa também baixou, enquanto a prestação média estabilizou.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu de 1,012% em maio, para 1,007% em junho. Em maio tinha ficado inalterada pela primeira vez em três anos, fruto de um travão na descida dos indexantes de crédito por excelência, as Euribor.

“Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,027%, valor 0,3 pontos base inferior ao observado no mês anterior (1,030%)”, refere o INE.

Apesar da queda nas taxas, o “valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos manteve-se em 237 euros pelo décimo mês consecutivo”, salienta o INE, acrescentando que esta mensalidade paga pelas famílias aos bancos tem por base um capital médio em dívida de 51.532 euros. Registou-se uma diminuição de três euros face ao mês anterior neste saldo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal no pódio da dívida pública: é a terceira maior da zona euro

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

Tanto na comparação homóloga como na trimestral, Portugal registou um aumento da dívida pública. Excede o limite em mais do dobro.

A dívida pública recuou, em termos homólogos, na zona euro e na União Europeia (UE), no primeiro trimestre, tendo Portugal registado a terceira maior dos 28 (130,5%), depois da Grécia e de Itália, divulgou o Eurostat.

A dívida pública em Portugal aumentou, quer na comparação homóloga (128,9%), quer na trimestral (130,3%), e é mais do dobro do limite fixado de 60% do Produto Interno Bruto (PIB). Na zona euro, a dívida pública foi, entre janeiro e março, de 89,5% do PIB, abaixo dos 91,2% homólogos, mas acima dos 89,2% registados no último trimestre de 2016.

Também na UE, a dívida caiu em termos homólogos (de 84,3% para 84,1% do PIB), mas subiu face aos 83,6% registados entre outubro e dezembro últimos. No primeiro trimestre do ano, os maiores pesos da dívida em relação ao PIB foram registados na Grécia (176,2%), em Itália (134,7%) e em Portugal (130,5%), enquanto os menores se observaram na Estónia (9,2%), no Luxemburgo (23,0%) e na Bulgária (28,6%).

Outros 15 Estados-membros ultrapassaram o limite de 60% do PIB no primeiro trimestre de 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Milhares de acionistas minoritários do Popular juntaram-se para processarem o banco. O preço das casas de luxo está a cair no Reino Unido. E um ataque informático que rendeu milhões.

Uma ação conjunta contra o Popular, a queda nos preços das habitações de luxo no Reino Unido ou um roubo de uma das mais valiosas moedas virtuais que terá rendido milhões. Estes são alguns dos temas que estão a ser notícia a nível internacional.

Expansión

Quase 10.000 acionistas do Popular insurgem-se contra o banco

Cerca de 10.000 pequenos acionistas do banco espanhol Popular juntaram-se às várias instituições e outros grandes acionistas num processo judicial contra os anteriores gestores. A associação Asufin já tinha processado a administração de Ángel Ron e Emilio Saracho, bem como a consultora PwC, alegando fraude, falsificação de contas, gestão danosa e crime contra o Tesouro. A este processo, juntam-se outros cinco de acionistas minoritários escritórios de advogados e grandes acionistas, que alegam que a natureza da oferta do Santander pelo Popular é “mais uma prova de que houve irregularidades na gestão” do banco. Leia a notícia completa no Expansión [acesso gratuito / conteúdo em espanhol].

Bloomberg

Casas de luxo estão cada vez mais baratas no Reino Unido

O preço do imobiliário no Reino Unido está em queda e o fenómeno está a afetar também o mercado das habitações de luxo. Considerando as casas avaliadas entre dois milhões de libras (2,26 milhões de euros) e cinco milhões de libras (5,64 milhões de euros), o valor das vendas por metro quadrado caiu 8,4% no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano anterior. Mesmo acima dos cinco milhões de libras, a queda é de 3,2%. Leia a notícia completa na Bloomberg [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Financial Times

Visitar Donald Trump é o que está a dar nos mercados

É um dado curioso. Em média, as empresas cujos presidentes executivos reuniram com Donald Trump na Casa Branca aumentaram o valor de mercado na ordem dos 170 milhões de dólares. É um fenómeno de influência sobre os mercados já se tinha verificado durante a presidência de Barack Obama, de acordo com dois professores de economia, Jeffrey Brown e Jiekun Huang. Leia a notícia completa no Financial Times [conteúdo em inglês / acesso condicionado].

Reuters

John McCain diagnosticado com um tumor cerebral

É uma notícia que está a fazer manchetes nos Estados Unidos. Aos 80 anos, o senador John McCain acaba de ser diagnosticado com um grave tumor cerebral. O republicano foi recentemente sujeito a uma cirurgia para remover um coágulo do olho esquerdo. Mas a análise ao tecido removido pôs a descoberto um problema oncológico maior. John McCain deverá agora ser submetido a um tratamento de quimioterapia. Leia a notícia completa na Reuters [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Gizmodo

Hackers roubam 37 milhões de dólares em moeda virtual

Criminosos ainda não identificados terão conseguido roubar 32 milhões de dólares na moeda virtual Ether, uma das mais populares e valiosas e que é vista como uma forte concorrente da bitcoin. Os piratas informáticos exploraram uma vulnerabilidade no serviço Parity Wallet, que aloja inúmeras carteiras desta moeda virtual — semelhantes a contas bancárias. O ataque poderia ter sido muito maior, na medida em que foi interrompido por outro coletivo de hackers que se dedica a corrigir problemas em sistemas informáticos. Estes terão conseguido proteger outros 75 milhões de dólares naquela moeda. Leia a notícia completa no Gizmodo [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurostat decide impacto da Caixa no défice em setembro

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

O défice da zona euro baixou para 0,9% no primeiro trimestre. Em Portugal é de 0,5% mas não inclui o impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. A decisão chega em setembro.

O défice na zona euro baixou para 0,9% do PIB no primeiro trimestre, segundo o Eurostat. Os dados para Portugal apontam para um défice de 0,5%, mas sem o impacto da recapitalização da Caixa. O organismo de estatísticas de Bruxelas espera concluir a avaliação em setembro.

Em Portugal, e segundo dados que o Eurostat indica serem provisórios, o défice público foi de 0,5% do PIB, abaixo dos 1,6% homólogos, mas acima dos 0,7% do último trimestre de 2016. O Eurostat nota que os dados do défice para Portugal para o primeiro trimestre de 2017 “não incluem qualquer impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD)”.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), “a recapitalização da CGD deverá ascender a 4.874 milhões de euros (4.444 milhões ocorridos no primeiro trimestre 2017), dos quais 3.944 milhões de euros assegurados pelo Estado Português, o que representa 2,1% PIB anual esperado”. “Dada a complexidade desta operação, um diálogo contínuo e troca de informações ocorre entre o Serviço de Estatística de Portugal e a Comissão Europeia (Eurostat) sobre o seu registo nas contas nacionais. Essa discussão deve ser concluída em setembro de 2017”, estima o Eurostat.

O défice de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro compara-se com os 1,7% homólogos e os 1,1% do último trimestre de 2016. No conjunto dos 28 Estados-membros da UE, o défice púbico recuou para os 1,0% do PIB, valor que se compara com os 2,0% do trimestre homólogo e com os 1,2% entre outubro e dezembro de 2016.

A França é o país com maior défice entre janeiro e março (3,3%, acima do limite dos 3% imposto por Bruxelas), seguindo-se a Roménia (3,2%). Malta, por seu lado, tem um excedente orçamental de 3,5%, seguindo-se a Alemanha e a Holanda (1,5% cada).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aumentar a cotação em bolsa? Uma visita a Trump pode bastar

Os executivos que visitaram o presidente Trump na Casa Branca viram o valor de mercado das suas empresas a aumentar, em média, 170 milhões de dólares.

No dia, uns dias antes e também uns dias depois: uma audiência com o presidente Trump rende em média 170 milhões em bolsa às empresas que o visitam. Os investidores prolongam assim a tendência que já se tinha verificado com Obama.

Foram os mesmos analistas a detetar o padrão. Jeffrey Brown e Jiekun Huang, dois professores de finanças, já tinham revelado oscilações semelhantes no preço das ações durante o mandato de Barack Obama, mas estenderam agora a análise a Trump — e a conclusão mantém-se: quando os executivos visitam os presidentes, os valores das suas ações em bolsa aumentam.

A diferença está no número de executivos que visitou ambos os presidentes. Donald Trump já recebeu mais grandes empresários do que Barack Obama durante o mesmo período. Nos cinco primeiros meses a seguir à eleição, Trump recebeu três vezes mais executivos. Foram 75, num total de 106 visitas. Barack Obama abriu as portas da Casa Branca a apenas 24 executivos, que se sentaram com o presidente em 38 visitas, conta o Financial Times.

Contudo, Trump já regista também algumas incompatibilidades com gestores de peso em Wall Street. Um exemplo é Elon Musk, o CEO da Tesla, que assumiu o compromisso de se retirar do Conselho de Trump no caso de este desistir do Acordo de Paris — opção que o presidente americano manteve.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PT obrigada a pagar complementos salariais que não tem pago

  • ECO
  • 20 Julho 2017

A PT está a ser obrigada pela Justiça a pagar complementos salariais a que muitos trabalhadores dizem ter direito. Empresa vai recorrendo e só o faz no final dos processos. Problema já tem seis anos.

Será cerca de uma centena o número de trabalhadores da PT que estarão a recorrer aos tribunais para reclamar o pagamento de complementos salariais a que dizem ter direito. E muitos estarão a sair-se vitoriosos nessa cruzada.

A notícia é avançada pelo Público (acesso condicionado), que acrescenta ainda um pormenor: são complementos que a empresa não estará a pagar e vai recorrendo das sentenças até ao momento em que é liminarmente obrigada a pela Justiça a fazê-lo, sublinha o jornal.

De acordo com fontes ouvidas pelo diário, serão cerca de 3.000 os trabalhadores da empresa com direito a compensações que a operadora não estará a pagar, mas a PT não terá intenções de corrigir a situação e obriga a que estes trabalhadores partam para a litigância para receberem os valores devidos. Ao jornal, a PT não terá esclarecido a situação.

Os complementos salariais em causa são aqueles em que os tribunais podem dar como provado que tenham “natureza retributiva”, isto é, que sejam pagos “de forma permanente e constante”. Estes processos estarão a ser assessorados pelos sindicatos afetos à PT e por diversos escritórios de advogados.

Os complementos salariais dos trabalhadores são remunerações variáveis que estes recebem por diversos motivos. Segundo o Público, a PT ajusta a “organização do trabalho” quando pretende “reduzir a necessidade de pagar alguns complementos aos trabalhadores”.

No final do ano passado, por exemplo, a PT cortou nestas remunerações a 600 trabalhadores como aquilo que disse ser uma medida de “reequilíbrio salarial”, e cortou a função de chefia a 19 chefias da área operacional, deixando naturalmente de pagar os complementos equivalentes a essas funções”, como avançou o ECO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP e Galp cortam investimento no gás natural

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

A EDP é a empresa que apresenta reduções mais significativas no investimento. Sonorgás e Tagusgás contrariam esta tendência.

A EDP e a Galp vão reduzir o investimento nas redes de distribuição de gás natural nos próximos cinco anos, com uma diminuição de 14,5% e 7,5%, respetivamente, para os cerca de 109 milhões de euros cada.

De acordo com o parecer às propostas de investimento das redes de distribuição de gás natural para o período 2017-2021, a EDP Gás Distribuição protagoniza a maior redução, de 14,5% para os 109,9 milhões de euros, mas prevê continuar a penetração do gás natural na sua área de concessão, com o abastecimento a um novo concelho, Caminha.

Em contraste, as empresas do grupo Galp, à semelhança do ocorrido na anterior proposta, não preveem nenhum projeto de expansão a novos concelhos das áreas de influência das concessões, nem a quaisquer novos abastecimentos dentro dos atuais concelhos a clientes que não sejam de baixa pressão, com o investimento previsto a diminuir em cerca de 7,5%, para 109,8 milhões de euros, face ao proposto em 2014, com destaque para a queda de 20% da Lisboagás (de cerca de 52 para os 41,6 milhões de euros).

Segundo o parecer da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) às propostas das empresas, o esforço de investimento dos operadores do grupo Galp – que desde final de 2016 está no negócio em parceria com os japoneses da Marubeni – “é comparativamente mais reduzido ao dos períodos anteriores apesar de alguns concelhos da concessão ainda não terem acesso ao gás natural e de haver um potencial de desenvolvimento maior que o assumido nos objetivos do plano“.

Esta orientação, adiantam esses operadores de rede de distribuição, “é norteada por princípios de racionalidade do investimento e de prudência” e o esforço de investimento será feito sobretudo em concelhos já “gaseificados” ou próximos da rede de distribuição existente.

Apesar da diminuição do nível de investimento proposto pelos operadores de redes dos dois maiores grupos económicos, EDP e Galp, o investimento total de todas as propostas de 2016 é ligeiramente superior ao proposto nas anteriores propostas, em cerca de 2,5%, atingindo os 274,2 milhões de euros.

Este aumento do valor dos investimentos totais deve-se às propostas de investimento apresentadas pela Tagusgás, de 38,2% para os 15,8 milhões de euros, e, principalmente, pela Sonorgás – Sociedade de Gás do Norte relativo aos 18 novos polos de consumo (no montante de 36,77 milhões de euros), atribuídos em 4 de setembro de 2015 pelo Governo. Se o investimento previsto pela Sonorgás para os novos polos não fosse considerado, o montante total de investimento para o período de 2017 a 2021 registaria uma redução de 11,22% face ao período anterior (2015-2019).

Atualmente existem em Portugal 11 operadores de redes de gás natural, que abastecem cerca de 1,4 milhões de consumidores, sendo 7% do consumo residencial. O processo de definição e de aprovação dos Planos de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Distribuição de Gás Natural para o período 2017-2021, que agora é encaminhado para o Governo, é o segundo exercício executado para as redes de distribuição de gás natural.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prepare mais de 100 euros para os livros escolares

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

O cabaz médio dos manuais escolares para o próximo ano letivo custa 112,5 euros.

O cabaz médio dos manuais escolares para o próximo ano letivo custa 112,5 euros e o ano escolar mais caro é o 11.º, onde o valor chega quase aos 200 euros, segundo a associação de editores e livreiros.

De acordo com as contas da Comissão do Livro Escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), o cabaz médio do ensino secundário para o ano letivo 2017/2018 é o mais caro, com um valor a rondar os 173,6 euros, sendo que no 11.º ano os pais chegam a gastar 196 euros nos seis manuais necessários.

No 1.º ciclo (do 1.º ao 4.º ano letivo) os alunos precisam apenas de quatro manuais e o valor médio do cabaz anual ronda os 35 euros, sendo que o custo vai subindo e o ano escolar mais caro em livros é o 4.º ano, com um custo de 45,2 euros.

Já no 2.º ciclo (5.º e 6.º anos de escolaridade) o valor médio do cabaz é de 97,2 euros. O ano mais caro é o 6.º, onde os cinco manuais escolares custam 99,5 euros.

Os custos continuam a subir e no 3.º ciclo (do 7.º ao 9.º ano de escolaridade) o cabaz médio ronda os 162 euros, sendo que o mais caro é o 7.º ano, com um custo total de 174,8 para os oito manuais necessários.

As contas da APEL indicam ainda que no ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) o valor médio do cabaz ronda os 176,3 euros e aqui o ano escolar mais caro em livros é o 11.º, com um valor de 196 euros para os seis manuais.

Estes valores foram calculados com base nos preços de venda ao público (incluindo IVA) dos manuais escolares dos diferentes anos de escolaridade, definidos através da Convenção de Preços em Vigor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CGD pode entrar no fundo soberano de Cabo Verde

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

"Tem havido conversas com a CGD, vamos aprofundar essas conversas" diz Olavo Correia, o ministro das Finanças cabo verdiano.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode vir a participar na criação do Fundo Soberano de 100 milhões que Cabo Verde quer criar para apoiar o setor privado, disse à agência Lusa o ministro das Finanças, Olavo Correia.

O Fundo Soberano de Garantia de Investimentos Privados, dotado de um capital inicial de 100 milhões de euros, visa permitir que as empresas tenham acesso ao mercado externo bancário e de capitais para financiarem investimentos de maior envergadura. A criação de um Fundo foi anunciada pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, mas pormenores sobre a forma de capitalização e as condições para acesso a garantias do referido fundo não foram divulgados.

Em entrevista à Lusa, Olavo Correia admite a possibilidade de a Caixa Geral de Depósitos poder participar na operação de capitalização, mas escusa-se a revelar mais dados, remetendo para breve a divulgação de toda a informação sobre o referido fundo.

“A Caixa Geral de Depósitos pode vir a participar do fundo que vamos criar. Tem havido conversas com a CGD, vamos aprofundar essas conversas. A criação do Fundo não está dependente da decisão da CGD, mas o apoio da Caixa é sempre bem-vindo para podermos ter um fundo com mais capital e criar as condições, quer para as empresas cabo-verdianas, quer para as empresas portuguesas que intervêm e atuam em Cabo Verde”, disse.

Olavo Correia adiantou que a solução de capitalização do Fundo está a ser ultimada e envolve o capital do trust fund atualmente existente. “Temos soluções ao nível do trust fund que tínhamos criado e cujo capital é propriedade do Estado cabo-verdiano e podemos, ao nível de um acordo que podemos estabelecer, afetar parte desse capital a esse fundo soberano”, adiantou Olavo Correia.

Assegurou que o Estado tem capital para afetar ao Fundo e sublinhou a importância de avançar com a criação de um mecanismo que servirá de garantia ao financiamento bancário ao setor privado. “O que importa é começar com um capital necessário para credibilizar o próprio fundo soberano. Estamos a ultimar os regulamentos, mas vamos ser altamente criteriosos em matéria de condições de acesso porque temos que garantir a perpetuidade do capital”, disse.

Segundo Olavo Correia, com a criação do Fundo será possível “alavancar a economia cabo-verdiana e partilhar os riscos com o sistema bancário, mas nunca substituir o sistema bancário“.

O Fundo Soberano de Garantia de Investimentos Privados é um dos instrumentos de partilha de risco com o setor financeiro e de estímulo ao financiamento que o Governo pretende implementar e que será complementado com um Fundo de Garantia de Apoio às pequenas e médias empresas, linhas de crédito às instituições de microfinanças, bem como a atração de instituições de financiamento internacionais para financiamento às grandes empresas cabo-verdianas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hugo Soares: fenómeno da CGD “não é muito diferente” do BES

  • ECO
  • 20 Julho 2017

O novo líder parlamentar do PSD vê semelhanças entre a CGD e o BES na maquilhagem das contas, na ocultação das imparidades e na concessão de crédito.

Hugo Soares aponta as semelhanças entre o caso do BES e do banco do Estado, realçando a necessidade de “apurar responsabilidades”. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), diz que o PSD “não coloca de parte” a hipótese de pedir uma terceira comissão de inquérito, mas uma alteração do regime de inquérito parlamentar também está em cima da mesa.

Esconder as contas, maquilhar as contas, não é diferente do que aconteceu no BES. E portanto era preciso apurar responsabilidades“, afirma Hugo Soares. Confia no Ministério Público para o efeito, mas aponta o dedo à comissão de inquérito porque “fecha as portas aos tribunais”. “Isto serve para esconder o que verdadeiramente aconteceu na CGD”, insiste.

Esta quarta-feira o PSD chumbou o relatório final através de uma votação nominal, um “pseudo-relatório” de acordo com Luís Montenegro, uma vez que os deputados não tiveram acesso à documentação. “Não há memória [no Parlamento] de um tal branqueamento de uma investigação que devia ser feita”, repete Hugo Soares, ecoando a posição do partido.

Hugo Soares critica ainda o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, porque “Tem tido um conjunto de posições que são claramente partidárias. E creio que um presidente que deve ser de todos os deputados não as pode ter”. Hugo Soares refere-se à constituição de uma comissão técnica independente para “apurar a verdade dos factos” no combate aos incêndios, acusando o presidente de “desdenhar de forma absolutamente inacreditável” esta proposta.

Em relação às autárquicas, quando questionado acerca do próximo líder do partido — se Rui Rio ou Luís Montenegro — Hugo Soares não tem dúvidas: “Tudo farei para que Passos Coelho volte a ser primeiro-ministro. No PSD não há ninguém melhor preparado para liderar o partido” e “também não há no país” reforça ainda.

Quanto às próprias funções, assume como prioridade “continuar a fazer oposição a um Governo que merece ser combatido”. Acredita que o PSD não está pior, ao contrário do que defendeu Rui Rio. Que pelo contrário, tem “feito o seu combate político” e “apresentado o seu projeto alternativo”.

Nas autárquicas, reconhece que “em 2013 fomos copiosamente derrotados” e portanto, este ano “é difícil”. “Conto ganhar mais câmaras do que ganhei em 2013“, afirma, reformulando o conceito de vitória nas autárquicas olhando para os próprios resultados ao invés de comparar os seus números aos do PS. Quanto ao polémico candidato de Loures, André Ventura, Hugo Soares confessa não ter lido a entrevista que o pôs em foco, mas confirma que o PSD continuará a apoiar o candidato que considerou “o melhor para o concelho de Loures“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lesados: “Cumpri mais uma missão”, diz Diogo Lacerda Machado

  • ECO
  • 20 Julho 2017

O gestor que representou o Governo no grupo de trabalho dos lesados do BES está satisfeito com a aprovação do regime jurídico que viabiliza a solução. "Cumpri mais uma missão que me foi pedida", diz.

Diogo Lacerda Machado foi o escolhido por António Costa para representar o Governo no grupo de trabalho que tinha como finalidade encontrar uma solução para os lesados do BES. Agora, com o novo regime jurídico que viabiliza essa solução a receber luz verde no Parlamento, o gestor mostra-se satisfeito com o trabalho realizado.

Numa entrevista ao Jornal Económico, Lacerda Machado defende que a aprovação do regime representou “um dia importante nesta caminhada para encontrar uma solução para os lesados do papel comercial”, assim como “um dia importante para a CMVM, Banco de Portugal, comissão liquidatária do BES e associação de lesados, que trabalharam laboriosamente e mais do que se esperava”. “Veem o seu esforço ser devidamente apreciado e aprovado”, garante.

Primeiro-ministro “cumpre a sua palavra e compromisso”

Lacerda Machado ficou conhecido pelos estritos laços de amizade para com o primeiro-ministro. E não esconde isso. Para o gestor, este foi um passo igualmente importante “para o senhor primeiro-ministro, que cumpre a sua palavra e compromisso e para os lesados do BES porque completou-se o conjunto das manifestações de sustentação política da solução”. “Cumpri mais uma missão que me foi pedida”, acrescenta.

O regime jurídico aprovado esta quarta-feira viabiliza o mecanismo que se espera que compense cerca de 2.000 clientes do antigo BES que, aos balcões do banco e outras subsidiárias, aplicaram — e, depois, perderam — 434 milhões de euros em papel comercial de empresas ligadas ao Grupo Espírito Santo.

"Cumpri mais uma missão que me foi pedida.”

Diogo Lacerda Machado

Espera-se que os lesados do BES consigam recuperar ente 50% e 75% do capital investido, num financiamento que terá garantia do Estado. Apesar de aprovada, a solução mereceu votos negativos da generalidade do PSD e abstenção de todos os demais partidos, à exceção do PS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.