Estudar em Harvard a partir de casa? Sim, é possível

A Escola de Negócios de Harvard permite aos alunos assistirem às aulas a partir de casa e interagir, ao mesmo tempo, com o professor. A ideia já está a ser seguida por outras instituições.

A Universidade de Harvard volta a ser tema de conversa. Aquela que é uma das mais conceituadas universidades do mundo e que ocupa os melhores lugares nos rankings, fez um esforço para conseguir chegar até mais alunos, sem os fazer sair de casa. Não percebeu? Nós explicamos.

A Escola de Negócios de Harvard – Harvard Business School (HBX) tem sido responsável pela formação de grandes nomes do mundo empresarial ao longo dos anos. Movida pela vontade de ser líder no ensino através das novas tecnologias de comunicação, a faculdade decidiu apostar em aulas virtuais, nas quais o aluno consegue ver o professor a dar a aula, a partir de qualquer parte do mundo, como se estivesse na HBX.

Na Escola de Negócios de Harvard os alunos podem assistir às aulas a partir de casa e interagir com o professor.

Na sala de aula está o professor, acompanhado por vários câmaras e um operador de câmara, que filma tudo em direto para os alunos, um máximo de 60, que estão em casa a assistir. A particularidade é que o professor também consegue ver os alunos — através de uma espécie de videowall, com imagens em alta resolução — e pode interagir com eles, proporcionando uma experiência quase tão real como se a aula fosse dada de forma presencial.

Com o objetivo de melhorar a qualidade de transmissão das aulas, a Escola de Negócios conta com a parceria de especialistas em transmissões desportivas do canal NBC. A ideia das aulas a partir de casa já está a ser seguida por outras instituições, que acreditam da mesma forma que o futuro passa por este tipo de aulas. Assim acredita Elizabeth Hess, diretora da HBX: “Gostaria de ver este tipo de ambiente educativo adaptado e utilizado por outras escolas”.

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Caixabank confirma que vai mudar sede para Valência

  • ECO
  • 6 Outubro 2017

De acordo com informações mais recentes, a Caixabank esqueceu Palma e vai mudar a sua sede para Valencia.

Mais um de saída da Catalunha. Depois da reunião desta manhã com o conselho de administração para retirar a sede social do banco da Catalunha, Palma de Maiorca foi a primeira cidade escolhida para a nova localização, segundo avançou o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol). No entanto, ao fim da tarde, Palma de Maiorca foi posta de parte e Valência foi a cidade escolhida para a nova sede da entidade bancária.

Segundo informações avançadas ao final da tarde, a ideia de mudar a sede para Palma de Maiorca foi esquecida e Valência será a nova localização do CaixaBank. De acordo com o comunicado enviado pela instituição, esta decisão pretende “proteger os seus clientes, acionistas e empregados”.

A decisão não era unânime já que, dentro do banco, havia quem defendesse que Madrid seria a melhor opção, até porque a instituição já lá tem a filial MicroBank. A opção Palma de Maiorca justificava-se mais do ponto de vista político, porque a escolha pela capital espanhola poderia ser interpretada como uma mensagem muito dura, e também porque está ligada às origens do banco — em 1904 foi criada a Caja de Ahorros y Pensiones de Cataluña y Baleares — e ao facto de as ilhas estarem no âmbito cultural e linguístico catalão.

O banco liderado por Jordi Gual vai utilizar o decreto-lei com caráter de urgência, que permite às administrações das empresas com sede em Barcelona uma decisão de mudança de sede sem a obrigação de consulta dos acionistas.

O CaixaBank, o terceiro maior banco de Espanha, decidiu assim pôr um ponto final na incerteza e desconforto que o processo independentista da Catalunha está a gerar entre os seus clientes, dentro e fora da Catalunha, e que levou mesmo alguns aforradores a resgatar parte dos depósitos. O banco garante que são “valores geríveis”, diz o El País.

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Da banca às farmacêuticas, quais as empresas que vão abandonar a Catalunha?

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Outubro 2017

Com a independência da Catalunha a avistar-se, as empresas que têm sede social na região estão a repensar a sua posição. É o caso do Sabadell e da Oryzon, mas poderá ser o de muitas outras.

Com a independência da Catalunha a parecer cada vez mais uma certeza, as empresas que têm sede social na região estão a repensar a sua posição. É o caso dos bancos Sabadell e CaixaBank ou da biofarmacêutica Oryzon, que já anunciaram que se vão mudar de Barcelona para outros pontos do país, mas poderá ser o de muitas mais empresas ao longo do tempo.

À luz desta necessidade, o Governo espanhol aprovou um decreto urgente que facilita a saída das empresas da Catalunha, sem terem de submeter esta decisão aos seus acionistas, ou seja, apenas com a decisão do Conselho de Administração. Assim, quais foram as empresas que já decidiram dizer adeus à Catalunha?

Oryzon

A biofarmacêutica Oryzon foi a primeira a anunciar a transferência de sede. Na passada quarta-feira, a empresa afirmou que ia sair de Cornellà de Llobregat, uma cidade nos arredores de Barcelona, para a capital espanhola, Madrid. A empresa não ligou a decisão ao desfecho do referendo ou à declaração unilateral de independência, tendo apenas avançado como justificação a otimização das operações e a relação com os investidores.

Sabadell

O Banco Sabadell anunciou na quinta-feira que vai mudar a sua sede de Barcelona para Alicante. No comunicado à imprensa, a instituição afirmou que na base da sua decisão está “a proteção dos interesses dos nossos clientes, investidores e trabalhadores”. Em cima da mesa esteve também a opção de mudar as instalações para Madrid, mas foi a cidade do norte do país que acabou por ser a escolhida.

CaixaBank

O dono do BPI, o CaixaBank, já decidiu. Depois da reunião de emergência esta sexta-feira para retirar a sede social da Catalunha, Valência foi a cidade escolhida para a nova localização. A decisão justifica-se de um ponto de vista político, uma vez que a escolha de Madrid poderia ser interpretada como uma mensagem muito dura.

Já este sábado, a Fundación Bancaria La Caixa, acionista maioritária do CaixaBank, anunciou que decidiu transferir a sede da Catalunha para Palma de Mallorca. A decisão abrange também o Criteria Caixa, holding industrial do grupo.

Banco Mediolanum

O Banco Mediolanum segue as pisadas dos seus pares e anunciou que se vai mudar para Valência. Ainda assim, este não vai de malas de bagagens, visto que vai manter os centros operativos em Barcelona. Com esta operação, um dos responsáveis do banco afirmou que este conseguirá “manter os níveis de proteção” dos créditos e depósitos.

Gas Natural Fenosa

Os administradores da energética já decidiram o futuro da empresa e este passa pela mudança de Barcelona para Madrid. A Gas Natural Fenosa é uma das maiores empresas com sede na Catalunha e também um dos pesos pesados do IBEX e evoca a “insegurança jurídica” como o principal motivo que levou a esta decisão.

Podemos falar em Catalexit?

Este processo está a ser comparado por muitos com o Brexit, visto que muitas empresas decidiram abandonar Londres antes de serem conhecidos os trâmites finais da saída do Reino Unido da União Europeia. A desvalorização da libra, as quedas dos índices bolsistas britânicos e as dúvidas em torno das regras comerciais levaram várias empresas, desde o setor da banca aos fundos de investimento, a abandonarem a capital londrina.

Após serem conhecidos os resultados do referendo separatista, que decorreu com muitos percalços no último domingo, o principal índice espanhol, o IBEX, tocou mínimos de março de 2015 e os juros da dívida subiram a pique. Ainda que as consecutivas decisões para mudarem as sedes de cidade tenham feito abrandar as perdas do índice, este continua a negociar em terreno negativo.

As empresas portuguesas estão a ver estes acontecimentos com “alguma inquietude e alguma angústia”, como afirmou António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal em declarações aos jornalistas citadas pela agência Lusa, visto que o mercado espanhol é um dos “mercados preferenciais” destas. “Obviamente que tudo aquilo que perturbe o mercado espanhol terá reflexos, positivos ou negativos, na economia portuguesa”, admitiu.

(Lista de empresas em atualização)

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Governo tem intenção de reduzir prazo de faseamento das progressões nas carreiras

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

Presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado disse que o Governo manifestou a intenção de reduzir o período de faseamento das progressões da administração pública a menos de quatro anos.

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse esta sexta-feira que o Governo manifestou a intenção de reduzir o período de faseamento das progressões nas carreiras da administração pública a menos de quatro anos, mas não deu garantias.

“O que o Governo diz é que tudo fará para encurtar o prazo de quatro anos. É uma intenção. Não houve garantia de que seja menos de quatro” anos, disse aos jornalistas Helena Rodrigues, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças com os secretários de Estado do Emprego Público, Fátima Fonseca, e do Orçamento, João Leão.

“Não conseguimos saber se são três [anos] em vez de quatro ou dois em vez de quatro”, afirmou a dirigente sindical, revelando que há nova reunião marcada para a próxima quinta-feira.

Helena Rodrigues disse ainda que ficou sem saber “quem vai ter esse faseamento” e também “o que vai representar no bolso de cada um” dos trabalhadores.

Segundo contou, na reunião o secretário de Estado do Orçamento reafirmou que o encargo anual previsto com o descongelamento é de 200 milhões, valor que não tem em consideração as contribuições e os impostos que os trabalhadores vão pagar.

“Em termos líquidos, o descongelamento representará um encargo de 100 milhões” para 450 mil trabalhadores, segundo as contas do STE, acrescentou Helena Rodrigues.

“Temos o compromisso do Governo que de que irá estudar e apurar as contas para dizer qual é o período de faseamento”, sublinhou a sindicalista, para quem “há coisas que não estão a ser ditas”.

Os sindicatos da administração pública estão esta tarde a ser novamente ouvidos pela equipa do Ministério das Finanças. Após o STE, será a vez da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e da Frente Comum.

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Rui Rio anuncia quarta-feira candidatura à liderança do PSD

O autarca do Porto anunciou que vai avançar com a sua candidatura à presidência do PSD, dois dias depois da reunião do Conselho Nacional do partido. Até agora, tudo indica que vai concorrer sozinho.

Rui Rio vai avançar com a sua candidatura à presidência do PSD já na próxima quarta-feira, segundo informação avançada pela Antena 1. O antigo autarca do Porto escolheu Coimbra para formalizar a candidatura, que acontece dois dias depois da reunião do Conselho Nacional do PSD para marcação da data das eleições diretas no partido.

Para já, tudo indica que o autarca do Porto vai concorrer sozinho ao cargo ocupado atualmente por Pedro Passos Coelho, depois de Luís Montenegro e Paulo Rangel se terem afastado da batalha eleitoral. No entanto, Santana Lopes é outro nome que está em aberto, estando a preparar o seu programa para uma possível candidatura à liderança do PSD, ainda não confirmada oficialmente.

Esta sexta-feira, Paulo Rangel anunciou que se afastará do cargo por “razões de ordem familiar” e advertindo que o partido tem outros candidatos com “melhores condições políticas” do que as suas.

"Na certeza de que o meu partido dispõe de quadros que, tendo até melhores condições políticas do que aquelas que eventualmente eu seria capaz de reunir, podem assegurar uma pluralidade de opções para o seu futuro, declaro que não sou candidato à liderança do PSD.”

Paulo Rangel

Quem lhe seguiu os passos foi Luís Montenegro que, dois dias depois de Pedro Passos Coelho ter anunciado que não voltaria a candidatar-se à presidência do PSD, decidiu retirar-se de cena, por entender que “não estão reunidas as condições” para o fazer.

"Após a reflexão que fiz entendo que, por razões pessoais e políticas, não estão reunidas as condições para, neste momento, exercer esse direito.”

Luís Montenegro

Por norma, as eleições no Partido Social Democrata deveriam realizar-se no início do próximo ano. No entanto, houve uma mudança de planos depois dos resultados das autárquicas terem “afundado” o PSD. O líder do partido, Passos Coelho, anunciou que iria afastar-se da corrida à presidência do partido, não apresentando novamente a sua candidatura, ditando, desta forma, a antecipação das eleições. Os sociais-democratas vão então reunir-se na próxima segunda-feira em Conselho Nacional para marcar a data das eleições antecipadas para a liderança do partido.

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Tensões na Catalunha podem pesar no investimento em Espanha, avisa o FMI

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

Embora as perspetivas para o crescimento económico espanhol sejam "boas", o FMI alerta para riscos que podem minar a confiança e o investimento.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu esta sexta-feira para o facto de que uma “incerteza prolongada” na Catalunha “poderia pesar sobre a confiança e as decisões de investimento” na Espanha.

O FMI, apesar de alertar para esta situação, entende que a Espanha tem “fortes perspetivas” de um crescimento robusto da sua economia.

E prossegue: “Já que as nossas perspetivas para a economia espanhola são boas, prolongadas tensões e incerteza em relação à Catalunha poderiam pesar sobre a confiança e as decisões de investimento”, disse Andrea Schaechter, chefe da missão do FMI para a Espanha, numa teleconferência para apresentar o relatório anual sobre a economia espanhola.

Estas foram as únicas palavras que Schaechter proferiu sobre a tensão política que se vive em Espanha, depois de o referendo sobre a independência realizado na Catalunha no domingo passado, que as autoridades espanholas consideraram de ilegal.

Na ocasião, o FMI apresentou o relatório anual sobre a economia espanhola, conhecido como “Artigo IV”, onde já destacou as boas perspetivas, que permitiram três anos de crescimento sustentado e acima dos 3%.

No entanto, há que esperar pela próxima semana, 10 de outubro, dia em que a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde apresentará as novas previsões para o crescimento da economia global, para ver se a incerteza política na Catalunha afetou as perspetivas para Espanha.

Em julho, o FMI avançou com a previsão de que a economia espanhola cresceria 3,1% em 2017 e 2,4% em 2018.

A economista Andrea Schaechter falou também do “sucesso da recuperação” da economia espanhola, depois da profunda recessão e indicou que o produto interno bruto (PIB) regressou “na primeira metade de 2017” aos níveis anteriores à crise.

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EDP derrapa 3% e arrasta Lisboa para perdas

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Outubro 2017

A elétrica nacional viu o seu preço alvo reduzido em 40 cêntimos, levando as ações a tocar mínimos de julho. O setor energético acompanhou e passou uma rasteira ao PSI-20.

O principal índice bolsista nacional terminou a semana em terreno negativo, pressionado pela EDP. A elétrica nacional derrapou 3% e o setor energético acompanhou a descida, num dia em que apenas sete cotadas se mantiveram acima da linha de água.

A energética viu o seu preço alvo ser cortado pelo Credit Suisse em 40 cêntimos, passando assim de 3,10 euros para 2,70 euros. Stefano Bezzato, analista do banco suíço responsável pela decisão, espera que Portugal seja um dos países do sul da Europa que irá introduzir alterações regulamentais “significativas” no setor energético entre 2018 e 2020.

Para além da EDP, que perdeu 2,74% para 3,02 euros, atingindo assim mínimos de julho deste ano, o setor terminou o dia tingido de vermelho. A EDP Renováveis caiu 1,01% para 7,08 euros, a Galp Energia desvalorizou 1,28% para 15 euros e a REN derrapou 0,18% para 2,73 euros.

EDP renova mínimos de julho

No outro prato da balança, a Mota Engil e a Nos avançaram mais de 1%, o que não foi suficiente para conter as perdas no índice. A construtora ganhou 1,56% para 3,32 euros, enquanto a operadora subiu 1,34% para os 5,38 euros.

Com as transações fechadas, o principal índice bolsista português perdeu 0,60% nesta sessão. Ainda assim, seguiu a trajetória das restantes praças europeias que, pressionadas pela situação na Catalunha, também terminaram a semana em terreno negativo. O principal destaque vai para o espanhol IBEX-35, que registou perdas de 0,29%.

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Bruxelas diz que é preciso compensar em 2018 custo com reformas antecipadas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Outubro 2017

Comissão Europeia diz que fontes de financiamento alternativas em análise parecem ser limitadas. Mas pede soluções no próximo Orçamento do Estado.

O Governo quer continuar a introduzir mudanças no regime de reformas antecipadas mas as alterações vão exigir medidas compensatórias que têm de ser encontradas já no processo orçamental de 2018, defende Bruxelas. O Governo já se comprometeu a compensar a despesa mas as fontes de financiamento alternativas em análise parecem limitadas, alerta a Comissão.

A primeira fase do novo regime de reformas antecipadas permite que os trabalhadores com carreiras contributivas muito longas possam abandonar o mercado de trabalho sem penalizações no valor da sua reforma — o diploma aguarda publicação em Diário da República mas produz efeitos a 1 de outubro. Mas no futuro é de esperar que as mudanças — que reduzem ou eliminam cortes em condições concretas, ainda que devam apertar o acesso à reforma antecipada — se tornem mais abrangentes.

Aliás, no sexto relatório de avaliação pós-programa de ajustamento português, a Comissão Europeia até indica um calendário provisório para as duas fases que faltam para completar a reforma: em 2018, as novas regras devem abranger trabalhadores com mais de 63 anos de idade e, em 2019, pessoas com mais de 60 anos, indica Bruxelas.

“A compensação pelo impacto financeiro das novas regras terá de ser encontrado no processo orçamental de 2018”, diz a Comissão. O Governo já vincou o compromisso de “compensar totalmente o impacto financeiro das mudanças da reforma antecipada para manter o nível alcançado de sustentabilidade financeira do sistema de pensões”, acrescenta ainda. No entanto as alternativas estudadas parecem limitadas, diz Bruxelas. E aqui são apresentados exemplos que passam pela condição de recursos, a revisão de isenções ou reduções contributivas ou a revisão do regime de trabalhadores independentes. Fontes alternativas que “a priori pareceriam limitadas”, até porque já foram estudadas noutras ocasiões, conclui.

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Empreendedorismo, um ecossistema com mais de 2400 startups

  • ECO + PT EMPRESAS
  • 6 Outubro 2017

Investimento público, boas condições de vida e um ambiente entusiasmante. Será isto que faz do ecossistema empreendedor português um dos melhores do mundo?

É já sabido e partilhado aquém e além mar que se tem desenvolvido em Portugal uma atmosfera propícia para os novos empresários, aqueles que trocaram os escritórios pelos espaços de cowork e os sapatos de verniz pelas sapatilhas. E se as palavras valem muito, os dados valem mais e corroboram tais dizeres: o ecossistema de startups português está a florescer alicerçado em casos reais e numa inequívoca capacidade para atrair talento.

O choque que este novo ecossistema está a gerar no próprio tecido empresarial dito “standard” não é desprezível bem como a contribuição para uma crescente cultura de transformação digital no contexto económico português.

Segundo dados da Startup Portugal, nos últimos 12 meses foram criadas 584 novas startups sendo que, não é por serem novas que não geram empregos. Cada startup, no seu primeiro ano de vida, cria em média 2,2 postos de trabalho. O peso dos novos empregos no total nacional é cada vez mais alto, ao mesmo tempo que a taxa de desemprego retrai e se fixa em valores abaixo de 10%. De acordo com a mesma informação, 46% dos novos empregos foram gerados por empresas com menos de cinco anos. Por outro lado, ao nível das startups assiste-se à utilização cada mais otimizada de serviços de outsourcing, data center e de soluções que facilitam o desenvolvimento do quotidiano dos negócios.

 

E não será apenas pelo sol e pela boa comida que os empreendedores se querem fixar no nosso país: para além dos vários programas privados de aceleração e incubação, já foram investidos mais de 140 milhões de euros de fundos públicos, em parcerias com venture capitalists e business angels.

A tudo isto acresce uma oferta de serviços crescentemente sofisticada assente em tecnologia Machine to Machine (ou M2M, trata-se de uma solução que permite a comunicação entre máquinas sem intervenção humana) e Internet of Things (ou IoT, diz respeito a uma rede que reúne e processa informação que permite gerar grande quantidade de dados). Estas duas tecnologias constituem como factores aceleradores de crescimento e sucesso dos novos negócios e das novas estruturas empresariais.

É o caso do StartUP Voucher, um programa de apoio à incubação de empresas que funciona como crédito a gastar para a contratação de serviços que já foi pedido por cerca de 500 projetos. Entre estes, foram aprovados 245. O mesmo acontece com o StartUP Vale Incubação, um apoio à incubação de novos projetos que, das 115 candidaturas, deu luz verde a 93.

 

92.090 km2 de oportunidades

Os 92.090 km2 que constituem o nosso país albergam 121 redes nacionais de incubadoras e mais de 2.300 startups incubadas. E não se pense que é só na capital que se expande o ecossistema português. Dos 409 empreendedores que receberam o apoio da StartUP Voucher, 170 eram da região Norte, 116 da região Centro e 94 de Lisboa e Vale do Tejo.

Estes tipos de investimentos locais no empreendedorismo são muito bons de ver porque não vemos muitos sítios da Europa a atrair tal número de projetos e entusiasmo.

Anand Kulkarni

Empreendedor e mentor da European Innovation Academy

Para além disto, e segundo dados do Startup Europe Partnership, o ecossistema empreendedor português cresce o dobro da média europeia, visto que, no ano passado, foram captados mais de 350 milhões de dólares em financiamento, um aumento de 38% face ao ano anterior.

Em entrevista ao ECO, Anand Kulkarni, fundador de duas empresas e mentor da European Innovation Academy, afirmou-se curioso com o surgimento deste novo ecossistema, garantindo que há poucos que se assemelhem. “Estes tipos de investimentos locais no empreendedorismo são muito bons de ver porque não vemos muitos sítios da Europa a atrair tal número de projetos e entusiasmo”, clarifica Kulkarni. “Assim, vamos começar a ver grandes projetos a crescer a partir do ecossistema e isso demora mas, ao mesmo tempo, funciona como um catalisador para outros empreendedores.”

É sobre estes solos férteis que se tem desenvolvido o ecossistema empreendedor português, com certezas de que os frutos não ficarão por aqui.

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OE 2018: Empresários pedem menos IRC e mais acesso a crédito

  • Lusa
  • 6 Outubro 2017

Num total de 14 propostas, os empresários voltam a pedir uma redução do IRC e uma resolução do crédito mal parado. Pretendem um alívio financeiro nas empresas e mais investimento.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu esta sexta-feira, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), a resolução do problema da “desalavancagem da banca”, para garantir sustentabilidade económica, e a redução do IRC como “sinal positivo” ao investimento.

Num conjunto de 14 propostas apresentadas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma delas visa a resolução do crédito malparado para “salvar empresas que, sendo economicamente viáveis, estão estranguladas financeiramente, atalhando este enorme problema que tem sido a desalavancagem da banca à economia”, segundo o presidente da CIP, António Saraiva.

O responsável, que falava no Palácio de Belém, detalhou que, “de dezembro de 2012 até agora, houve uma redução do crédito às empresas na ordem do 24 mil milhões de euros”, 1,8 mil milhões de euros dos quais referentes ao primeiro semestre de 2017.

“Esta redução de crédito faz com que a banca não seja hoje um parceiro de risco das nossas empresas e as nossas empresas ainda necessitam de ter na banca um parceiro de risco, embora necessitem, igualmente, de encontrar novos mecanismos de financiamento […] e de requalificação das suas estruturas de balanço”, vincou.

Em termos fiscais, a CIP reiterou o pedido de redução do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), salientando que, a concretizar-se, este seria “um sinal positivo ao investimento”.

A confederação empresarial solicitou também o alargamento para 50 mil euros do teto máximo da taxa reduzida de 17% de IRC, que se situa em 12.500 euros.

Uma vez que “a maioria das empresas são micro e pequenas empresas”, este alargamento “ajudaria o tecido empresarial a ter algum estímulo aos seus investimentos”, observou António Saraiva.

Outro dos eixos enumerados centra-se na qualificação, área na qual a CIP propôs “majorar em 150%, em sede de IRC, aquilo que for destinado à requalificação dos recursos humanos”.

“A batalha dos recursos humanos e da sua qualificação, e da requalificação daqueles que estão hoje desempregados, é fundamental”, assinalou.

Isso permitiria, a seu ver, criar novos postos de trabalhar e formar profissionais já empregados, nomeadamente em setores de atividade com “significativas necessidades” como o metalúrgico e o elétrico e eletrónico, nos quais faltam, respetivamente, 28.000 e 2.500 postos de trabalho por preencher.

Questionado pelos jornalistas sobre um eventual aumento do salário mínimo, o presidente da CIP sustentou que só melhorando o panorama económico para as empresas e reduzindo de contexto é que se criarão “condições” para isso acontecer.

Contudo, reiterou que isso deve ser “anexado à produtividade”.

Já relativamente a um possível acréscimo da taxa de derrama estadual, António Saraiva disse que, em vez disso, “o caminho deve ser feito” pela descida do IRC, “nem que seja um ponto percentual”.

Marcelo Rebelo de Sousa começou a receber esta sexta-feira os parceiros económicos e sociais no Palácio de Belém sobre o Orçamento do Estado para 2018, depois de ter ouvido os sete partidos com assento parlamentar.

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Finanças enganaram-se. Achavam que Comissão tinha melhorado projeção do PIB

  • Margarida Peixoto
  • 6 Outubro 2017

O Ministério das Finanças enganou-se sobre as conclusões da Comissão Europeia. Numa primeira reação, sublinhava que a projeção do PIB para 2017 tinha sido revista em alta para 2,8%.

“A Comissão confirma o reforço do crescimento económico, assente na aceleração das exportações e do investimento, revendo em alta (mais 1,2 pontos percentuais) a sua projeção do crescimento para 2017, situando-o agora nos 2,8%,” lê-se no comunicado do Ministério das Finanças sobre o relatório de Bruxelas com as conclusões da sexta avaliação pós-programa de ajustamento. Só que não: Bruxelas não reviu em alta projeção nenhuma. O Ministério das Finanças enganou-se, confirmou fonte oficial ao ECO. A versão corrigida do comunicado já foi entretanto enviada às redações.

No relatório sobre a visita feita pelos peritos europeus a Lisboa, que decorreu entre 26 de junho e 4 de julho, a Comissão Europeia opta por não atualizar estimativas e utiliza os números das Projeções de Primavera, publicadas em maio. Aliás, no anexo com as previsões indica isso mesmo.

Deste modo, a projeção de crescimento do PIB para 2017 mantém-se nos 1,8% — não porque a situação tenha sido reavaliada e o número se mantenha inalterado, mas antes porque as projeções não foram simplesmente atualizadas.

O mesmo acontece em relação ao défice, cuja projeção se mantém nos 1,8% do PIB, acima da meta de 1,5% definida pelo Governo, porque não foi atualizada. Pelo contrário, o primeiro comunicado das Finanças indicava que “a Comissão reviu em baixa a sua projeção para o défice de 2017”.

A próxima vez que a Comissão se vai pronunciar sobre os planos portugueses será em novembro, aquando da avaliação do esboço de Orçamento do Estado que o Executivo socialista tem de enviar até 15 de outubro para a Comissão. Nessa altura, os compromissos assumidos pelo Governo serão reavaliados à luz de informação atualizada sobre 2017, tanto em termos de execução orçamental, como da própria economia. É nesse momento que é de esperar a atualização das projeções económicas.

Na versão corrigida do comunicado, o Ministério das Finanças argumenta que Bruxelas “confirma que a dinâmica de crescimento económico recente, assente na aceleração das exportações e do investimento, supera as atuais projeções da Comissão” e defende que “o esforço de reformas do Governo está em linha com a ênfase colocada pela Comissão Europeia.”

“Os avanços reconhecidos pela Comissão decorrem da estratégia de equilíbrio seguida pelo Governo, desde o início da legislatura, que alia o rigor na gestão das contas públicas com a recuperação da economia,” frisa o Governo.

(Notícia atualizada às 16h36)

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Ryanair com medo promete aumentos salariais aos pilotos

Depois do cancelamento de milhares de voos, os pilotos da Ryanair juntaram-se a sindicatos. A companhia avança agora com uma carta onde promete melhores condições salariais e alterações na empresa.

A onda de cancelamentos de voos por parte da Ryanair afetou milhares de passageiros mas as consequências não ficaram por aqui. Também os pilotos se mostraram descontentes com a situação e, com medo, a companhia irlandesa promete agora mudanças significativas na empresa, tais como bónus de fidelidade e aumentos salariais.

Não está a ser um período fácil para a companhia low-cost. Depois de terem sido cancelados milhares de voos nas últimas semanas, os pilotos da Ryanair, descontentes com a situação, juntaram-se a alguns sindicatos. Face a isto, a empresa agiu e avançou com promessas de melhores condições de trabalho.

Esta quinta-feira, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, enviou uma carta aos seus mais de quatro mil pilotos, à qual o jornal irlandês Independent teve acesso [acesso livre, conteúdo em inglês], a pedir para ficarem na Ryanair, “para um futuro melhor“.

São prometidos aumentos salariais entre os cinco e os dez mil euros por ano, bónus de fidelidade entre os seis e os 12 mil euros, rotas melhoradas e compensações para os pilotos que operem longe da cidade natal. Foi ainda prometido que os “dias de folga serão realmente dias de folga“.

O’Leary sublinhou ainda que a Ryanair é um “empregador muito seguro”, realçando que os seus pilotos “são os melhores do mercado, trabalham muito e são extremamente profissionais”.

A empresa pediu ainda para não ser trocada pelas companhias aéreas concorrentes, como a Norwegian Airlines ou empresas que possam vir a ser afetadas pelo Brexit. Há ainda um destaque para as “falências recentes da Air Berlin, Alitalia e Monarch”.

No início de setembro a companhia irlandesa anunciou a primeira ronda de cancelamentos. No entanto, no final do mês, anunciou o cancelamento de mais 18 mil voos até final de março, afetando 700 mil passageiros. Como justificação, a Ryanair alegou uma má gestão na distribuição das férias dos pilotos, bem como o número insuficiente destes profissionais para garantir as suas operações.

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