Sete frases para entender o Nobel da Economia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Outubro 2017

Thaler considera que as pessoas podem melhorar comportamentos ou entender melhor os assuntos se levarem um 'empurrãozinho'. Mas este não tem de ser físico. Sete citações podem bastar.

Richard H. Thaler tornou-se, esta segunda-feira, o 79.º laureado com o Nobel da Economia. Considerado o pai da “economia comportamental”, um ramo da economia que não ignora o lado humano do ser humano, aquele que é sentimental, irracional, egoísta e mesmo materialista.

Através da teoria do nudge, ou como quem diz do ‘empurrãozinho’, este afirma que as organizações são capazes de ajudar as pessoas a decidirem melhor. Basta apenas influenciar o comportamento sem recurso à coação, punição ou qualquer obrigação.

O ECO reuniu assim sete citações das suas obras mais aclamadas, sendo elas “Nudge: O Empurrão para a Escolha Certa” e “Comportamento Inadequado: A Construção da Economia Comportamental”, para lhe dar um empurrãozinho na teoria da economia comportamental

  1. "Primeiro, nunca subestime o poder da inércia. Segundo, esse poder pode ser aproveitado.”

    Richard Thaler
  2. "Se quer encorajar alguém a fazer alguma coisa, faça com que seja simples.”

    Richard Thaler
  3. "A maior lição é que, assim que se percebe um problema comportamental, é possível inventar uma solução comportamental para ele.”

    Richard Thaler
  4. "As pessoas pensam na vida em termos de mudanças e não de níveis. Podem ser mudanças de status quo ou de expectativas, mas qualquer que seja a forma, são as mudanças que nos fazem felizes ou miseráveis.”

    Richard Thaler
  5. "Lembre-se que as pessoas gostam de fazer o que a maioria pensa que é certo. Lembre-se também que as pessoas gostam de fazer o que a maioria realmente faz.”

    Richard Thaler
  6. "Não há melhor maneira de construir confiança em torno de uma teoria do que acreditar que não é testável.”

    Richard Thaler
  7. "Ao desenvolvermos propriamente os incentivos e os empurrões, podemos melhorar a nossa capacidade de tornar a vida dos outros melhor e ajudar a resolver muitos dos maiores problemas da sociedade. E conseguimos fazer isto protegendo o direito de escolha de todos.”

    Richard Thaler

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Marcelo quer um “Governo reformista” e uma “oposição forte”

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

"Um poder político forte" contrabalançado por uma "oposição igualmente forte" foi o apelo dado pelo Presidente da República.

O Presidente da República afirmou esta segunda-feira que espera que a legislatura se cumpra até ao fim, com um Governo reformista e uma oposição forte, capaz de o substituir, se os portugueses assim decidirem, em 2019.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia no Museu João de Deus, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar diretamente os resultados das eleições autárquicas e a situação do PSD, após o anúncio da saída de Pedro Passos Coelho.

Contudo, defendeu que é importante, “e agora mais do que nunca, que a legislatura se cumpra, que o Governo seja forte e mude aquilo que tem de mudar, isto é, tenha um espírito reformista, e que a oposição seja forte e se constitua como alternativa de Governo”.

O chefe de Estado reforçou esta mensagem, afirmando que deve haver, “de um lado, um poder político forte e, do outro lado, uma oposição igualmente forte, em condições de poder substituir, se for essa a vontade dos portugueses, quem está no Governo em 2019″.

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ERSE passa fatura de 650 milhões às ações da EDP

EDP continua sob pressão dos investidores depois de o regulador de energia ter anunciado que pretende cortar as rendas à elétrica nacional. Ações perdem mais de 5% desde o início do mês.

A EDP já perdeu 650 milhões de euros na bolsa desde que a ERSE anunciou que pretende cortar as rendas atribuídas à elétrica nacional liderada por António Mexia.

As ações da cotada voltaram a ceder esta segunda-feira: caíram 0,3% para 3,01 euros. Acumula já cinco sessões em perda (de um total de seis sessões já realizadas) desde que o regulador revelou a 29 de outubro que pode rever os contratos energéticos conhecidos como CMEC. De acordo com a proposta enviada ao Governo, o valor a pagar ao longo dos próximos dez anos implica um corte de 167,1 milhões de euros por ano face ao montante desembolsado entre 2007 e 2017.

Este corte das rendas está a pesar no sentimento dos investidores. A EDP fechou hoje com um valor de 10,99 mil milhões de euros, menos 654 milhões face ao valor de fecho do dia 29 de outubro. Isto corresponde a uma desvalorização 5,6%, atirando a ação para mínimos desde início de agosto.

Esta evolução negativa surge ainda num contexto de incerteza quanto ao futuro da liderança da EDP. O mandato de António Mexia termina no final do ano. E já há nomes em vista de acordo com a imprensa: Francisco Lacerda (CEO dos CTT) e Lacerda Machado já foram apontados para o cargo. Este último confidenciou ao ECO que “não tem perfil para ser CEO da EDP”.

Ainda que o mau desempenho deste peso-pesado tenha condicionado a negociação em Lisboa, o PSI-20 conseguiu fechar o dia em alta. O principal índice português somou 0,3% para 5.411,5 pontos.

Destaques positivos: o BCP somou 1,52% para 0,2479 euros; a Galp avançou 0,57% para 15,09 euros; e a melhor performance do dia foi para a Altri, que fechou em alta de 3,09% para 5,3 euros.

Lá por fora o dia também foi positivo. Apenas Milão caiu 0,2%. Os ganhos em Madrid, Frankfurt, Paris e Londres foram modestos: situaram-se entre os 0,1% e 0,5%.

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Santana Lopes reuniu com Marcelo Rebelo de Sousa

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

Pedro Santana Lopes foi visto a sair do Palácio de Belém ao início da tarde desta segunda-feira, segundo a SIC.

Pedro Santana Lopes e Marcelo Rebelo de Sousa reuniram esta segunda-feira em Belém. O potencial candidato à presidência do PSD saiu da residência do Presidente da República depois das 14h, avança a SIC Notícias. O Provedor da Santa Casa Misericórdia já tinha dado indicações de poder concorrer à liderança do PSD na semana passada.

Rui Rio também se encontra na corrida. O antigo autarca do Porto irá apresentar a sua candidatura em Aveiro, esta quarta-feira. O anúncio será feito no hotel Melia Ria, pelas 18h30.

Luís Montenegro e Paulo Rangel estão fora da corrida social-democrata. “Após a reflexão que fiz entendo que, por razões pessoais e políticas, não estão reunidas as condições para, neste momento, exercer esse direito”, disse Luís Montenegro. Já Paulo Rangel considera que a sua candidatura seria “inviável” e que nunca houve “qualquer manifestação de disponibilidade”.

(Notícia atualizada às 16h58)

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E se a Siri lhe lesse a mente? O Facebook quer que o faça

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

Para promover o uso em público dos assistentes digitais e proteger a privacidade dos utilizadores, o Facebook sugere dar-lhes livre acesso às mentes de quem os usa. Arriscaria?

Quantas vezes já colocou questões à Siri ou à Cortana? Quantas dessas vezes o fez em público? Não se preocupe, não está sozinho se não se sente confortável ao ponto de o fazer. Apenas 3% dos utilizadores deste tipo de assistentes pessoais digitais arriscam usá-los na companhia de estranhos. A conclusão é do Facebook, que aponta a privacidade como causa e o livre acesso destes assistentes à mente de quem os usa como solução.

“A proposta de valor é, essencialmente, dar [ao utilizador] a velocidade e flexibilidade que esperamos deste tipo de interfaces ativadas por voz, mas com a privacidade que esperamos das mensagens de texto”, avançou Mark Chevillet, líder da Building 8’s Projects, a divisão responsável pelos projetos mais disruptivos da empresa de Zuckerberg.

Na conferência sobre tecnologias wearable da ApplySci, o representante do Facebook apresentou o sonho de uma assistente digital que consiga ler os pensamentos, em qualquer lugar e a qualquer momento, dos seus utilizadores. Chevillet acabou mesmo por adiantar que o projeto está agora a terminar o seu primeiro ano — está, portanto, ainda na fase do “será isto sequer possível?” — e que só deverá chegar aos mãos — ou melhor, às cabeças — dos consumidores daqui a dez anos ou até mais.

O objetivo do Facebook é conseguir a transformação silenciosa de pensamentos em texto de 100 palavras por minuto. Uma ideia atrativa para quem repudia ter de admitir sonoramente o uso deste tipo assistentes, mas que, para ser bem-sucedida, deverá passar pela construção de uma interface não invasiva (isto é, que não envolva qualquer intervenção no corpo dos utilizadores).

No Building 8’s Projetcs estão também envolvidas 17 universidades, nomeadamente Stanford, Harvad e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

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Prodsmart quer dia da Manufatura em Portugal. E já tem apoio do Governo

Decretado a 2 de outubro de 2014 por Barack Obama, nos EUA, o dia Nacional da Manufactura tem como objetivo homenagear os "soldados desconhecidos" que picam o ponto para que "nada falte".

Se Gonçalo Fortes pudesse decretar um dia a nível nacional, seria o da Manufatura. O fundador e CEO da Prodsmart quer seguir o exemplo de Barack Obama e criar um dia que sirva de homenagem “aos soldados desconhecidos” que todos os dias picam o ponto “para que nunca nos falte nada”, explica, em comunicado. E já esteve mais longe de conseguir concretizar o desejo.

A iniciativa, anunciada na semana passada, já conta com apoio de membros do Governo — como a secretária de Estado da Indústria Ana Lehmann. “Portugal sempre foi um país de tradição e vocação industrial. Há que celebrar e prestigiar a indústria todos os dias, daí que manifesto o meu apoio e patrocínio à iniciativa do Dia da Manufatura. Uma iniciativa perfeitamente coerente com as políticas que estamos a lançar na Secretaria de Estado da Indústria […]. Porque a indústria é sexy. E sem indústria não há economia”, declara Ana Lehmann, secretária de Estado da Indústria.

"A indústria é sexy. E sem indústria não há economia”

Ana Lehmann

Secretária de Estado da Indústria

A edição norte-americana do Dia Nacional da Indústria decorreu este ano a 6 de outubro e contou com mais de 2.500 eventos em todo o território norte-americano. Nos planos de Gonçalo Fortes está a implementação desta iniciativa já a partir de 2018. Para ajudar a acelerar o processo, a equipa criou o site Dia Nacional da Manufatura, que já apresenta uma contagem decrescente dos dias que faltam para o evento.

“Porquê cá? Porque Portugal tem excelentes produtos e fabricantes, produzimos para marcas de renome, mas quem trabalha nessas marcas é desconhecido. O que pretendemos é dar a conhecer essas caras, essas empresas e esses produtos. Queremos reforçar também a ligação das universidades e escolas à indústria, promovendo as visitas nesse dia, para que a indústria seja percebida como uma carreira viável e atrativa”, explica Gonçalo Fortes, ao ECO.

Além da secretaria de Estado da Indústria, já se associaram à iniciativa Pedro Matias, CEO do Grupo ISQ, José Rui Felizardo, CEO do CEiiA, João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, e Francisco Almada-Lobo, CEO da Critical Manufacturing.

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Schäuble ilustra final feliz da sua passagem pelo Eurogrupo com êxito português

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

"Portugal é uma vez mais a prova de que a nossa política de estabilização do euro foi um sucesso, e de que fomos bem-sucedidos na defesa de um euro estável", afirmou o ministro de saída.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que participa hoje no Luxemburgo na sua última reunião do Eurogrupo, apontou Portugal como “prova” do sucesso da política de estabilização do euro e a ilustração de um “final feliz”.

À entrada para aquela que é, ao cabo de oito anos, a sua derradeira participação no fórum de ministros das Finanças da zona euro, Schäuble apontou que um dos pontos em agenda é a apreciação da sexta missão de vigilância pós-programa a Portugal, que voltou a apontar como um exemplo de sucesso.

“Portugal é uma vez mais a prova de que a nossa política de estabilização do euro foi um sucesso, e de que fomos bem-sucedidos na defesa de um euro estável nos oito anos de crise do euro, contra algumas dúvidas”, declarou o ainda ministro das Finanças alemão.

“Nesse sentido, é para mim um bom final, após um período de oito anos dos quais não me despeço com facilidade. Mas oito anos são o suficiente“, concluiu Schäuble, que, na sequência das recentes eleições na Alemanha, vai passar a presidir ao Bundestag, o parlamento federal alemão.

Visto por muitos na Europa como rosto da ortodoxia e inflexibilidade de Berlim em matéria de finanças públicas, Schäuble, cujas posições foram particularmente duras durante a crise grega, por diversas vezes fez também reparos às opções orçamentais tomadas pelo Governo português.

Por ocasião de uma deslocação a Bruxelas em 27 de setembro passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, comentou que “é evidente para todos, todos que leem jornais, que (Schäuble) começou por exprimir desconfiança em relação a este Governo, e é claro para todos que terminou, ou terminará, o seu mandato como ministro das Finanças da Alemanha apresentando Portugal como um exemplo de como as coisas devem ser feitas”.

Além de uma discussão sobre possíveis papéis futuros do Mecanismo Europeu de Estabilidade – o fundo permanente de resgate da zona euro que muitos, entre os quais o Governo português, desejam que evolua progressivamente para um Fundo Monetário Europeu -, os ministros serão informados sobre os resultados da sexta missão de vigilância pós-programa a Portugal, realizada entre 26 de junho e 4 de julho.

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Abreu Advogados com nova sede de 13 milhões de euros

A nova sede, localizada na Avenida Infante D. Henrique, conta com dois pisos, 4.200m² de área do terreno e 7.400m² de área bruta de construção e custou 13 milhões de euros

A Abreu Advogados inaugurou oficialmente a sua nova sede, na zona ribeirinha da cidade de Lisboa na passada terça feira, dia 3 de outubro.

A cerimónia foi presidida por Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e por Guilherme Figueiredo, Bastonário da Ordem dos Advogados.

“Situado numa das artérias principais da capital, o novo espaço funde um conceito moderno de arquitectura corporativa com um edifício que preservou a história da expansão portuguesa para o mundo, os Arquivos Gerais da Administração do Porto de Lisboa”, informou a sociedade, em comunicado.

A nova sede, localizada na Avenida Infante D. Henrique, conta com dois pisos, 4.200m² de área do terreno e 7.400m² de área bruta de construção. O novo espaço dispõe de 14 salas de reunião para clientes e cinco internas, um auditório com capacidade para 100 pessoas, uma área de refeição (Foodcourt), com capacidade para 70 pessoas e, ainda, espaços de lazer e ao ar livre, como um pequeno jardim interior e um terraço interno, bem como uma área de balneários para os colaboradores desportistas.

Com uma fachada de 100 metros virada para o rio, a Abreu Advogados tem agora toda a equipa reunida sob o mesmo tecto e num só piso.

Este projecto foi desenvolvido em parceria com a Fidelidade Property e a OpenBook (projectista) tendo um investimento global de 13 milhões de euros.

“Enquanto sociedade de advogados disruptiva e inovadora, a Abreu Advogados escolheu um projecto de reabilitação urbana onde se fundiu um conceito moderno de arquitectura corporativa com um edifício que preservou a história da expansão portuguesa para o mundo. Um compromisso com a recuperação do património histórico e que demonstra a pertinência de contrariar a tendência de desertificação e de desvio dos bairros históricos e tradicionais lisboetas“, explicou na altura Duarte de Athayde, managing partner da Abreu Advogados.

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O que fazer com alguém irracional e sentimental? Dê-lhe um Nudge

A ideia de que os humanos nem sempre são racionais (e que, ainda assim, é possível antecipar-lhes o comportamento) rendeu um Nobel da Economia a Richard H. Thaler, o pai da economia comportamental.

Pouco passaria das quatro da manhã em New Jersey quando o economista norte-americano Richard H. Thaler recebeu um telefonema — do outro lado, o secretário-geral da Royal Swedish Academy of Sciences. Desconhece-se o conteúdo da conversa, mas a conclusão é agora bem conhecida: dentro de uma hora, Thaler seria oficialmente laureado com o Nobel da Economia e automaticamente catapultado para o estrelato mundial.

Richard H. Thaler não é propriamente desconhecido no mundo da economia. É considerado um dos pais da “economia comportamental”, uma ciência que olha para os agentes económicos — as pessoas — da forma como estes realmente são: por vezes irracionais, sentimentais até, ao invés de puramente racionais, egoístas ou mesmo materialistas, como foi standard na maioria das teorias económicas do século XX.

Este economista trouxe humanidade às ciências económicas. E, na conferência de imprensa que decorreu esta segunda-feira, um dos responsáveis da academia reconheceu isso mesmo: Richard H. Thaler “tornou a economia mais humana”, disse, assumindo-o como “um pioneiro em integrar psicologia e economia” na mesma equação. Graças às suas “contribuições para a economia comportamental”, a academia não teve dúvidas em escolhê-lo como o vencedor do Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, vulgo Nobel da Economia.

Richard H. Thaler, o novo Nobel da EconomiaWikimedia Commons

Quem é Richard H. Thaler?

Trata-se de um investigador, economista e professor de 72 anos, que leciona na Universidade de Chicago praticamente desde 1995. É ainda coautor da popular obra Nudge, cuja melhor tradução para português será qualquer coisa como “empurrãozinho”. O livro, escrito com Cass Sustein, foi publicado em 2008 e cedo alcançou o sucesso, convencendo o público e a crítica. Aborda como as organizações podem ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões através da prática do nudging: influenciar o comportamento humano num melhor sentido, sem recurso à coação, a banimentos ou a outro tipo de obrigação, mas com recurso a pequenos estímulos.

O termo não era novo, mas Thaler teve muita culpa em o trazer ao mundo mainstream. Numa chamada telefónica durante a conferência de imprensa, uma hora depois de ter sido acordado pelo secretário-geral da academia, explicou que “para se fazer boa economia, não se pode esquecer que as pessoas são humanas”.

Para se fazer boa economia, não se pode esquecer que as pessoas são humanas.

Richard H. Thaler

Nobel da Economia

Outro campo de relevo no seu trabalho inclui a ideia de que as pessoas dão mais valor a um mesmo item se o possuírem. É o caso de uma ação de uma empresa, como foi explicado na conferência. Se o seu valor de mercado estiver a cair, um investidor humano tem tendência em não a vender e esperar que essa ação recupere o seu valor.

Como explica o The New York Times [acesso condicionado], Thaler tem ainda o mérito de pôr os economistas a olharem para as pessoas da forma como elas são: humanas, sujeitas a inúmeras variáveis. Mas não se limitou a apontar para a irracionalidade dos humanos. Mostrou que as pessoas, que são os agentes económicos, afastam-se da racionalidade de forma consistente — ou seja, por outras palavras, continua a ser possível antecipar o seu comportamento.

A par disso, descobriu que uma dessas variáveis, que molda profundamente as decisões tomadas por pessoas, é a noção de justo e não justo. Uma loja de chapéus-de-chuva pode não aumentar demasiadamente os preços no período de chuva por saber que, provavelmente, as pessoas irão preferir andar à chuva do que recorrerem a uma loja careira.

Em entrevista à revista Exame em 2009, recuperada agora pelo Expresso [acesso condicionado], disse: “Não somos infinitamente inteligentes, nem possuímos um autodomínio perfeito. Somos mais parecidos com Homer Simpson do que com Albert Einstein.”

Não somos infinitamente inteligentes, nem possuímos um autodomínio perfeito. Somos mais parecidos com Homer Simpson do que com Albert Einstein.

Richard H. Thaler

Economista

É com todo este trabalho que Richard H. Thaler conquista o prémio Nobel da Economia, carimbado pelo Banco da Suécia. O valor do prémio rondará o milhão de euros, ou nove milhões de coroas suecas. Na conferência de imprensa, foi questionado sobre como iria gastar o dinheiro. Respondeu, entre risos: “É uma questão divertida. Vou tentar gastá-lo da maneira mais irracional possível.”

E o que faz Thaler nos tempos livres? No seu perfil na Universidade de Chicago, assume-se como interessado em golfe e bom vinho. É ainda um utilizador bastante ativo no Twitter, onde partilha ideias sobre diferentes temas da sociedade e da economia. Por exemplo, em meados de setembro, quando Londres decidiu não renovar a licença da Uber, o Nobel da Economia escreveu num comentário a um tweet contra a decisão: “Concordo. Vou sentir falta da Uber lá. Mas é por isso que é mau para os negócios ter uma filosofia empresarial de mostrar o dedo do meio.”

Richard H. Thaler tornou-se esta segunda-feira o 79.º laureado com o Nobel da Economia em 49 edições. O prémio existe desde 1968 e, apesar do nome, não é atribuído pela Fundação Nobel, como é o caso dos prémios nas áreas da Literatura ou da Paz.

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BE exige descongelamento total das carreiras até 2019

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

O Bloco de Esquerda exigiu esta segunda-feira que o Governo aplique o descongelamento total das carreiras da função pública até 2019. Ou seja, o final da legislatura.

coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lembrou esta segunda-feira que uma das premissas dos acordos de viabilização do Governo passa pelo descongelamento de carreiras, dossiê que o executivo socialista “empurrou” até agora, mas tem de ficar fechado nesta legislatura.

“Para o BE é essencial que o descongelamento de carreiras seja feito no período desta legislatura”, sublinhou Catarina Martins, sinalizando que há “apenas dois Orçamentos” do Estado para o fazer.

Para a bloquista, o Governo “empurrou o dossiê do descongelamento das carreiras até agora” e não faz sentido um plano de descongelamento onde seja dito aos trabalhadores que o mesmo só será efetivado “quando este Governo já não for Governo”, ou seja, num prazo superior a dois anos.

A líder do BE falava aos jornalistas em Lisboa, à margem de uma passagem pelo protesto das estruturas representativas dos funcionários da PT/Meo, que convocaram para hoje uma concentração de trabalhadores em frente à sede, exigindo “posições firmes e duras contra a gestão da Altice”.

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Wall Street abre em alta no dia de Colombo

Esta segunda-feira os norte-americanos celebram a chegada de Cristóvão Colombo à América. Parte dos mercados está fechada, mas a bolsa continua a mexer. Wall Street abriu em alta.

O mercado de dívida está fechado, mas o mercado de ações continua a negociar mesmo com os norte-americanos a celebrar o feriado. Esta semana os investidores aguardam a divulgação das minutas da Fed e os desenvolvimentos da reforma fiscal anunciada pela Casa Branca. Wall Street inicia a semana otimista.

Por causa do feriado que se celebra nos Estados Unidos, espera-se que este seja um dia com pouco volume de negociação. Ainda assim, os três principais índices norte-americanos estão a valorizar esta segunda-feira. O Dow Jones sobe 0,05% para os 22.784,20 pontos. O S&P 500 abriu a valorizar 0,08% para os 2.551,40 pontos e o Nasdaq avança 0,08% para os 6.595,74 pontos.

Uma das estrelas do início da sessão é a Disney cujas ações estão a valorizar 0,66% para os 100,72 dólares. Segundo a Market Watch, os analistas olham para a empresa como uma das que tem mais potencial no setor dos media. Em causa está a aposta da Walt Disney na oferta direta ao consumidor, onde se inclui o plano de deixar de oferecer os seus conteúdos na Netflix.

Por outro lado, a própria Netflix e outras tecnológicas, como é o caso da Apple, estão a avançar em terreno positivo. A plataforma de streaming aumentou os preços dos seus pacotes em dólares na semana passada: na primeira sessão desta semana as ações estão a subir 0,07% para os 198,15 dólares, valor próximo de um máximo histórico, segundo a CNBC.

No final da semana, espera-se que os investidores fiquem com os olhos postos na época de divulgação de resultados no setor bancário. Antes disso, a Fed revela as minutas da última reunião esta quarta-feira. Além disso, alguns responsáveis da Reserva Federal têm discursos marcados durante esta semana, onde podem ser dadas mais pistas sobre os planos de Janet Yellen para o aumento a taxa de juro até ao final do ano.

Na passada sexta-feira, os dados do Departamento do Trabalho do Governo norte-americano revelou que as últimas catástrofes naturais custaram ao país 33 mil postos de trabalho. Contudo, durante a semana passada, foram divulgados vários indicadores económicos positivos, o que levou Wall Street a registar novos máximos.

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May publica guia legislativo para o pós-Brexit

  • ECO
  • 9 Outubro 2017

Negociações sobre comércio e relações comerciais do Reino Unido com a União Europeia ainda não arrancaram, mas May já lançou os traços-gerais do que será a legislação britânica depois da saída.

Theresa May já disse que quer uma parceria criativa e ambiciosa com a União Europeia; já disse que está a preparar o Reino Unido para qualquer eventualidade (mesmo para um hard Brexit); já disse que a sua é uma liderança calma e totalmente suportada pela sua equipa ministerial. Agora, a primeira-ministra britânica troca as palavras por ações e lança, em traços gerais, a legislação que será adotada pelo Reino Unido depois da saída da União Europeia. O livro branco – documento oficial que serve de guia para enfrentar uma determinada situação – tem uma área de ação clara: as relações alfandegárias e comerciais das ilhas com o continente.

A publicação, relata o The Telegraph, pretende clarificar as expectativas do Governo britânico relativamente a estes temas, ainda antes das negociações com Bruexlas começarem. Os responsáveis europeus têm-se recusado a conversar sobre estas matérias, dando prioridade à discussão sobre quanto vai custar este divórcio ao Reino Unido. A frustração e a pressão sobre a chefe do Governo britânico não para, por isso, de subir.

Com esta decisão, Theresa May confirma que o Reino Unido está a avançar, efetivamente, com a preparação para o Brexit, sobretudo porque as conversações não estão a ter os progressos desejados. “Esperamos que isto faça Bruxelas focar-se no facto de que estamos a prosseguir com os nossos preparativos mesmo que a UE se recuse a começar as negociações para o acordo comercial“, sublinhou uma fonte governamental ao mesmo jornal.

A divulgação deste livro branco põe em marcha o processo legislativo formal. Antes de ser votado pelos deputados, o documento deverá, contudo, sofrer diversas alterações. Ainda que não finalizado, este diploma deverá ser interpretado pelos responsáveis europeus como uma declaração evidente da preparação do Reino Unido para uma saída sem acordo.

Boris por um fio?

Esta é a mais recente das tentativas de May para consolidar a sua liderança, depois de, na semana passada, ter sido alvo de uma partida durante o seu discurso, na conferência do Partido Conservador, em Manchester, e de um rumor interno de que pelo menos três dezenas de deputados desejavam a sua demissão.

A somar às peripécias que têm enfraquecido este Governo — como a convocação de eleições antecipadas, o que acabou por representar a perda da maioria conservadora — está a deflação crescente da popularidade do seu ministro dos Negócios Estrangeiros motivada pelas suas posições relativas ao Brexit. Este domingo, em entrevista ao The Sunday Times, Theresa May admitiu remodelar a sua equipa e afastar Boris Johnson, mas fontes próximas já adiantaram que a primeira-ministra mantém “confiança total” no ex-mayor de Londres.

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