Reclamações aumentaram. Vão poder fazer-se online

  • Lusa
  • 7 Março 2017

O Livro de Reclamações vai estar disponível na internet a partir de 1 de julho. Em 2016, os consumidores apresentaram mais 7% de reclamações do que no ano anterior.

O Livro de Reclamações vai passar a estar disponível na internet a partir do dia 1 de julho nos serviços públicos essenciais e mais tarde alargado a toda a atividade económica, disse uma fonte do Governo.

Em declarações hoje à Lusa, a propósito das comemorações do Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores que se assinala no dia 15 de março, o secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, sublinhou que o objetivo do Governo é ter respostas para as reclamações por via eletrónica num prazo máximo de 15 dias úteis, sendo que anteriormente não existia prazo máximo de resposta.

“Na próxima semana vamos lançar o livro de reclamações ‘online’ para marcar o dia Mundial dos Direitos do consumidor. A partir de 1 de julho vai existir mais um meio a partir do qual o consumidor pode exercer o seu direito e também de cidadania a reclamar. O Governo, dessa forma, está a contribuir para que os direitos possam ser exercidos de forma mais simples, rápida e acessível”, adiantou.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e do Comércio, inicialmente o livro de reclamações online será implementado aos serviços públicos essenciais (como por exemplo água, energia elétrica, gás) e mais tarde a todos os setores de atividade económica.

Reclamações aumentaram 7% em 2016

Os consumidores apresentaram no ano passado no Livro de Reclamações 325.586 queixas, um aumento de 7% face ao ano de 2015, sendo que maior fatia foi dirigida à ASAE, segundo dados do Ministério da Economia.

Os dados do Ministério da Economia, a que a agência Lusa teve acesso, indicam que depois da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) com 158.211 reclamações, a Entidade Reguladora da Saúde foi a segunda entidade com mais queixas, 57.983.

O secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, disse que o aumento das reclamações está relacionado com o facto de os consumidores estarem mais conscientes dos seus direitos e da importância de exercê-los. De acordo com o governante, o aumento pode estar também relacionado com o incremento daquilo que foi a atividade económica em Portugal em 2016.

Os dados apontam também para um aumento das reclamações desde 2012. As reclamações aumentaram 8% entre 2012 e 2013, 13% entre 2013 e 2014 e 21% entre 2014 e 2015, ano em que foram recebidas 303.548.

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Velar aquece a concorrência nos SUV de luxo

Vem ocupar o vazio entre o Range Rover Evoque e o Range Rover Sport. E promete ser uma dor de cabeça para os concorrentes, tanto pelo estilo como pelas inovações que trás.

Depois de um teaser, a Land Rover levantou o véu do seu novo modelo. O Velar, nome que herda de um dos protótipos da marca, vem ocupar o vazio entre o Range Rover Evoque e o Range Rover Sport, afirmando-se como um SUV com um design luxuoso, mas sem descurar a potência, tanto dos motores a gasóleo como dos sobrealimentados a gasolina.

“Quase meio século depois, o espírito inovador continua vivo com a incorporação de um quarto membro na família Range Rover”, diz a marca. E como já vem sendo hábito nos restantes modelos, a fabricante promete “níveis de luxo, requinte e capacidade fora de estrada nunca vistos no segmento dos SUV médios”.

Esteticamente, o Velar assume-se como um grande coupé, demonstrando um espírito bem mais desportivo do que os seus irmãos. Um design distintivo com o qual a marca pretende fazer frente à forte concorrência num segmento onde “militam” os GLC, da Mercedes, o BMW X4 e o Porsche Macan, mas também o F-Pace, da Jaguar, e, em breve, o Stelvio, da Alfa Romeo.

“Inclui características que irão definir a tendência, como o vanguardista sistema de informação e entretenimento Touch Pro Duo, os faróis elegantes em Matriz de LED laser, os puxadores das portas articulados à face ou os detalhes polidos em cor de cobre”, nota a marca. Mas para conquistar mercado, é preciso também ter motores. E há seis neste Velar que chega em setembro, com preços a partir de 68.212 euros.

A versão mais eficiente, segundo a marca, é o Ingenium diesel 2.0 de 180 cv, sendo o mais potente da gama o 3.0 V6 Supercharged a gasolina de 380 cv. Permite ao Velar acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos e atingir uma velocidade máxima eletronicamente limitada a 250 km/h.

No mercado nacional, o foco deverá recair sobre os motores a gasóleo. Estarão disponíveis versões de 180 (com um preço de entrada de 71.033 euros) e 240 cv. “Dentro de alguns meses estará disponível uma versão ainda mais potente de 300 cv”, o diesel V6 conjuga emissões de apenas 167 g/km “com um binário extraordinário de 700 Nm que permite uma aceleração sem esforço e melhora a capacidade fora de estrada”, diz.

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Não foram 14 mil. Apagão das offshores afetou 21 mil transferências

  • Margarida Peixoto
  • 7 Março 2017

Afinal, o apagão informático afetou 21 mil transferências para offshores, em vez de 14 mil. Valor em causa mantém-se perto dos 10 mil milhões de euros.

Helena Borges está a ser ouvida na comissão de orçamento e finanças esta terça-feira. A comissão é presidida por Teresa Leal Coelho, à direita.Paula Nunes / ECO 7 março, 2017

O erro de leitura nas declarações submetidas pelos bancos à Autoridade Tributária afetou 21.146 operações, em vez de 14 mil, como tinha sido inicialmente reportado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. A correção foi feita esta terça-feira, pela diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, que está a ser ouvida pela comissão de orçamento e finanças, na Assembleia da República.

A diferença entre o número de operações que ficaram por ler resultou de um lapso de reporte do gabinete das Finanças, explica o documento distribuído esta tarde aos deputados, e a que o ECO teve acesso. Contudo, e apesar desta diferença, o valor que está em causa é sensivelmente o mesmo: 9.733 milhões de euros.

O documento identifica as declarações dos bancos à Autoridade Tributária por data de submissão, o ano de transferências a que dizem respeito e a leitura que resultou dessas declarações — com erro informático, e sem erro informático.

Segundo a tabela, a maior discrepância de valores diz respeito a transferências efetuadas em 2014 e que foram reportadas pelos bancos em 2015. Nestas declarações, foram inicialmente lidas 1.951 linhas, correspondentes a 189,4 milhões de euros transferidos. Mas mais tarde percebeu-se que ficaram por ler 12.680 linhas, que reportavam transferências de 3.379 milhões de euros.

Dados antes e depois da deteção do erro

Valores em milhões de euros
Fonte: Direção-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira

O documento acrescenta ainda que depois da publicação das estatísticas (em abril de 2016, corrigidas de erro) foram submetidas mais duas declarações, ainda respeitantes a 2014, com 805 operações e um montante transferido de 69,3 milhões de euros.

Declarações submetidas depois de abril de 2016

Valores em milhões de euros
Fonte: Direção-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira

Isso mesmo fez questão de salientar o deputado social-democrata António Leitão Amaro, indicando que, das 20 declarações omissas, a maioria reporta ao verão de 2015, mas que algumas são já de depois das eleições legislativas. Quer isto dizer que só poderiam ser tratadas no final de 2015 ou em 2016, defendeu.

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António Costa: Solução para o malparado está para breve

  • Lusa
  • 7 Março 2017

O primeiro-ministro afirmou que o Governo e o Banco de Portugal estão já a concluir as negociações com as instituições europeias para a adoção de uma solução para o crédito malparado.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo e o Banco de Portugal estão já a concluir as negociações com as instituições europeias para a adoção de uma solução em relação aos elevados níveis de crédito malparado.

António Costa falava num almoço no âmbito de um seminário económico luso-francês, no qual também esteve presente o ministro das Finanças e da Economia de França, Michel Sapin, numa intervenção em que também defendeu a tese de que a venda do Novo Banco encerrará a fase de dificuldades com o setor financeiro nacional.

“Conjuntamente com o Banco de Portugal (Bdp), estamos a concluir a negociação com as instituições europeias de uma boa solução para o elevado nível de crédito malparado que importa resolver. Tal é essencial para criar melhores condições para as empresas poderem investir, mas também para que os bancos tenham melhores rácios para poderem financiar o desenvolvimento da economia”, sustentou António Costa.

Na sua intervenção, o líder do executivo disse que o seu Governo assumiu como prioridade a estabilização do sistema financeiro. “Ao longo deste ano, temos conseguido ir vencendo, passo a passo, as diferentes ameaças que ainda há um ano se perfilavam em relação ao sistema financeiro. Hoje temos um BPI e o Millenium/BCP capitalizados”, começou por apontar.

Com o presidente do banco público, Paulo Macedo, presente na plateia, o primeiro-ministro adiantou que a Caixa Geral de Depósitos “está em vias de concluir o seu processo de capitalização”. “E temos em fase final o processo de negociação do Novo Banco, com o que encerraremos os problemas existentes nas diferentes instituições financeiras”, acrescentou.

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Costa admite Europa a várias velocidades mas com Portugal “na linha da frente”

  • Lusa
  • 7 Março 2017

O líder do executivo português referiu-se aos cinco cenários constantes no Livro Branco recentemente apresentado pela Comissão Europeia sobre o futuro da União Europeia.

O primeiro-ministro admitiu esta terça-feira um modelo de Europa a várias velocidades, dizendo que “Portugal estará na linha da frente”, mas recusou lógicas de exclusão ou periferização de países e “fugas em frente” sem se consolidar o euro. Estas posições foram transmitidas por António Costa num almoço no âmbito de um seminário económico luso-francês, na Culturgest, em Lisboa, num discurso de cerca de 30 minutos que proferiu perante o ministro das Finanças e da Economia de França, Michel Sapin.

Na sua intervenção, o líder do executivo português referiu-se aos cinco cenários constantes no Livro Branco recentemente apresentado pela Comissão Europeia sobre o futuro da União Europeia, dos quais se demarcou logo da perspetiva mais minimalista de o espaço europeu se limitar a prazo a um mercado único interno.

De acordo com o primeiro-ministro, “entre o retrocesso e o federalismo, há cenários de compromisso” possíveis para o futuro da União Europeia, e o Governo português até admite um cenário de evolução a várias velocidades, ou de geometria variável.

“Temos estado sempre na linha da frente do aprofundamento do projeto europeu, não tememos por isso várias velocidades ou geometrias variáveis. Gostávamos que os 27 [Estados-membros] pudessem avançar em conjunto, mas admitimos que pode ser preferível avançar só alguns do que ficarmos todos paralisados“, disse.

No entanto, António Costa advertiu logo a seguir que “há uma coisa que é certa: Quando avançarmos, nós estaremos presentes, porque Portugal está em Schengen, está no euro e estará sempre na linha da frente do projeto europeu“. Perante esse cenário de a Europa evoluir a várias velocidades, com uma geometria variável, o primeiro-ministro traçou algumas linhas vermelhas.

“Essa evolução não pode ser acompanhada por desinvestimento em políticas sociais e de coesão, nem poderá significar uma fratura na zona euro ou relegar Estados para posições periféricas”, avisou António Costa.

António Costa também se insurgiu contra correntes que “pretendem uma fuga em frente” no espaço da zona euro, “sem antes se consolidar o euro e aprofundar-se a União Económica e Monetária (UEM).

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Wall Street abre com saúde em queda

Além do sistema financeiro, também a indústria da saúde está a retrair-se nos EUA. As recentes polémicas produzidas pelos tweets de Donald Trump estão a afetar Wall Street.

Desde 8 de novembro de 2016 que Wall Street tem acumulado ganhos. Foi esse o dia que deu a vitória a Donald Trump. A 20 de janeiro, o novo Presidente dos EUA tomou posse e o efeito na bolsa foi positivo. Agora os índices parecem estar a corrigir, abrindo novamente em terreno negativo esta semana. Em causa estão as mais recentes polémicas de Trump: a nova diretiva anti-imigração e a acusação a Obama, que — se for infundada — poderá em último caso levar a um impeachment.

Mas existe uma notícia que está a marcar o dia: os republicanos vão apresentar em breve o plano que irá substituir o Obamacare, o que está a afetar as ações das empresas da área da saúde. Os títulos da indústria estão em queda, também pelo tweet de Donald Trump onde este diz que está a trabalhar num novo sistema para aumentar a competição entre empresas e reduzir o preço dos medicamentos.

Os três principais índices estão a desvalorizar em Wall Street. O Dow Jones continua abaixo dos 21 mil pontos: o índice industrial está a cair 0,19% para os 20.916,87 pontos. Já o S&P 500 está a desvalorizar 0,18% para os 2.370,55 pontos. E o Nasdaq também está em queda 0,28% para os 5.832,85 pontos. A Snap — que teve a sua dispersão em bolsa na semana passada — abriu a desvalorizar 9,42% para os 21,53 dólares por título.

Esta queda foi também sentida esta segunda-feira, dia em que Wall Street fechou em terreno negativo. As polémicas da Administração Trump assustaram os mercados depois de uma semana de recordes. Depois de ultrapassar os 21 mil pontos, o Dow Jones retraiu-se apesar de se manter acima dos 20 mil pontos. O setor financeiro e dos materiais foram os mais afetados, em parte por causa do anunciado aumento de capital do Deutsche Bank.

Além disso, na próxima semana, a 14 e 15 de março, a Reserva Federal volta a reunir-se para decidir se aumenta novamente a taxa de juro, um cenário bastante provável. Essa decisão terá implicações nos mercados, principalmente por indicar que existe confiança no futuro da economia norte-americana.

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Rafael Mora renuncia na Pharol… e segue-se a Oi

Decisão de renúncia na Pharol já foi comunicada à CMVM. Mora está na Oi em nome da Pharol, por isso é provável que saia também da operadora brasileira.

Rafael Mora renunciou aos cargos de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Pharol. O anúncio foi feito esta terça-feira, numa nota enviada à CMVM que não acrescentava qualquer explicação oficial. A esta demissão, tudo indica, deverá seguir-se a demissão da administração da brasileira Oi.

“A Pharol anuncia que Rafael Luís Mora Funes renunciou, a 7 de março de 2017, aos respetivos cargos”, pode ler-se no comunicado enviado pela empresa que é o principal acionista da Oi à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Neste comunicado não há referência ao porquê da renúncia, nem se o cargo que deixa vago será preenchido.

Ainda assim, de acordo com fontes contactadas pelo ECO, a decisão do gestor resulta das mudanças acionistas que ocorreram na Oi e, mais recentemente, na própria Pharol, antiga PT SGPS, a empresa portuguesa que controla 27% do capital da operadora brasileira. O empresário Nelson Tanure assumiu uma posição acionista de relevo na companhia brasileira, tem como grande objetivo mandar na Oi e, cedo, deixou claro que queria o afastamento dos administradores portugueses e, particularmente, o seu mais visível rosto, Rafael Mora.

Nas últimas semanas, a pressão de Tanure aumentou, incluindo a marcação de uma assembleia geral para a mudança de administradores. Mas, entretanto, o brasileiro entrou também no capital da própria Pharol, e detém já cerca de 10% das ações. Aliás, segundo uma notícia do Expresso de há duas semanas, Tanure terá pedido o apoio do Novo Banco e do BCP – maiores acionistas da Pharol – a apoiá-lo no afastamento de Rafael Mora.

Neste quadro, Rafael Mora confidenciou aos mais próximos que não estava disponível para manter uma guerra com um acionista que tem outros planos e, por isso apresentou a renúncia aos cargos na Pharol, em Lisboa, e tudo indica, na própria Oi, no Rio de Janeiro. Sobretudo porque, segundo Mora, a Oi está num momento crítico do processo de recuperação judicial e uma guerra entre um gestor e um acionista seria um fator de desestabilização da empresa. Esta informação, de qualquer forma, não está ainda confirmada por qualquer nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários, a polícia da bolsa no Brasil.

O anúncio da renúncia de Mora surge no mesmo dia em que a Pharol, principal acionista da Oi, viu a Justiça portuguesa reconhecer oficialmente o processo de recuperação judicial da maior operadora brasileira. Esta manhã, a CMVM foi informada de que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa deu luz verde ao pedido formulado no Brasil e deferido em junho do ano passado por um tribunal carioca.

O facto de Lisboa reconhecer o processo que decore no Brasil levará a que a Oi fique protegida de eventuais ações judiciais ou processos desencadeados por credores em Portugal, enquanto o processo estiver a decorrer na Justiça brasileira.

Isso poderá abranger obrigacionistas da antiga holding da PT que, mais tarde, foi convertida na Pharol PHR 0,00% . Estes créditos ficam agora ao abrigo da recuperação judicial da Oi, o que significa que só poderão ser reconhecidos e, consecutivamente, reembolsados aos credores no âmbito do processo em curso no Brasil.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Presidente de associação de bancos admite imagem “muito por baixo” da banca

  • Lusa
  • 7 Março 2017

Faria de Oliveira admitiu que o reforço da confiança dos cidadãos “é uma prioridade” para os próprios bancos, mas não adiantou mais pormenores.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, reconheceu esta terça-feira que “a imagem do sistema bancário continua muito por baixo” e defendeu um reforço da confiança dos cidadãos na banca. Faria de Oliveira resumiu assim, em pouco menos de um minuto, mais de uma hora e meia de reunião com deputados do grupo parlamentar do PS, que está a preparar um pacote legislativo para a banca.

O presidente da APB descreveu a reunião como uma “troca de impressões” sobre um “conjunto de iniciativas” para o reforço do sistema bancário e da confiança dos cidadãos na banca, abalada por uma série de “casos” que envolveram bancos nos últimos anos, como o BPN e BES.

Não há dúvida que a imagem do sistema bancário continua muito por baixo.

Faria de Oliveira

Presidente da Associação Portuguesa de Bancos

Questionado sobre o tipo de medidas que poderiam ser adotadas, Faria de Oliveira admitiu que o reforço da confiança dos cidadãos “é uma prioridade” para os próprios bancos, mas não adiantou mais pormenores.

“Não há dúvida que a imagem do sistema bancário continua muito por baixo. Os próprios bancos são os primeiros interessados em reforçar a sua relação de confiança com os clientes, criar um clima de verdadeira confiança com os clientes”, disse, sem adiantar as propostas defendidas na reunião com os deputados socialistas.

O setor bancário tem vivido anos conturbados, com o fim do Banco Espírito Santos (BES), em 2014, e a criação do Novo Banco, o banco de transição que ficou com os ativos menos problemáticos do BES e que está em processo de venda. Nos últimos cinco anos, a Assembleia da República já criou cinco comissões de inquérito, primeiro do Banco Português de Negócios (BPN), em 2012, depois, em 2015, a do Banif, do BES, a da Caixa Geral de Depósitos, em 2016, e, já este ano, vai ser uma aprovada uma segunda sobre a Caixa.

A supervisão do Banco de Portugal (BdP) também está sob escrutínio, nomeadamente quanto à ação, ou falta dela, do governador no caso BES. Na semana passada, o caso voltou a ganhar relevância depois de a SIC ter emitido uma reportagem sobre o caso BES, com incidência na atuação do BdP no segundo semestre de 2013.

Segundo a reportagem, técnicos do BdP assinaram uma nota informativa interna, logo em novembro de 2013, na qual punham em causa a continuidade de quatro administradores do BES e sugeriam mesmo o afastamento imediato do presidente, Ricardo Salgado. O PCP e o Bloco de Esquerda defendem a demissão de Carlos Costa do cargo de governador, mas o primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, recusou essa hipótese.

O líder parlamentar socialista, Carlos César, admitiu na quinta-feira que os novos dados que indiciam uma ação tardia do governador no caso BES constituem “objeto de reflexão”, confirmando “falhas significativas” da supervisão.

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EUA: Novo plano de saúde dá menor papel ao Estado

  • Marta Santos Silva
  • 7 Março 2017

Os republicanos norte-americanos apresentaram as linhas gerais do substituto do Obamacare, mas há muito que falta saber, como o custo da medida e quantas pessoas deverá abranger.

O cumprimento de uma das principais promessas de campanha de Donald Trump, o afastamento e substituição da lei de saúde que foi a principal bandeira de Barack Obama, poderá estar para breve. Esta segunda-feira, os republicanos do Congresso dos EUA apresentaram as linhas gerais de uma proposta para um novo plano de saúde, a que chamam o American Health Care Act, que reduz o papel do Estado em relação ao projeto de Obama.

Paul Ryan, o porta-voz do Congresso, apresentou o projeto dizendo que “é um plano para reduzir os custos, encorajar a concorrência e dar a todos os americanos acesso a seguros de saúde de qualidade e acessíveis”. O programa mantém algumas das particularidades mais populares do Affordable Care Act de Barack Obama, conhecido como Obamacare, e introduz um sistema de benefícios fiscais para ajudar os contribuintes a pagar às seguradoras.

No entanto, a proposta apresentada já foi criticada pelos democratas por vir a aumentar os custos para o contribuinte em prol de um maior lucro para as seguradoras. Certos republicanos, por sua vez, afirmam que o projeto não é ambicioso o suficiente e deveria distanciar-se mais do Obamacare.

O que prevê esta proposta?

As principais ideias da proposta apresentada por Paul Ryan, que pode ser consultada aqui, têm a ver com uma redução do papel do estado central no setor da saúde. O requerimento que obrigava todas as pessoas a terem seguro sob pena de pagarem uma multa desaparece, mas também desaparece aquele que obrigava as empresas a fornecer um seguro a todos os trabalhadores com contratos permanentes.

Embora a proposta dos republicanos retire os subsídios que o Obamacare fornecia com base nos rendimentos, procura contrabalançar esta mudança com a introdução de benefícios fiscais que se tornam mais significativos com a idade, à medida que aumentam, também, os preços dos seguros.

O novo projeto mantém a interdição às seguradoras de cobrarem mais às pessoas por já terem doenças quando fazem a sua apólice mas, para desincentivar que os seguros sejam feitos apenas em alturas de doença, deixar passar mais do que um tempo determinado sem ter um seguro permite à empresa aumentar os preços em até 30%. Este aumento de preços como penalização por ter passado um período sem cobertura acaba por resultar numa consequência parecida à multa por não ter seguro que o Obamacare previa.

Os republicanos também querem reduzir o programa de saúde social Medicaid, que abrange as pessoas de baixos rendimentos. Enquanto Obama expandira o programa para chegar a muitas mais pessoas, a nova proposta faria com que só pudesse ser aplicado a um certo número de pessoas per capita em cada estado.

O que falta saber?

Não existem ainda estimativas para o custo desta medida. “Queremos saber se é financeiramente responsável”, afirmou o senador republicano Bill Cassidy, do Louisiana, citado pela Bloomberg (acesso livre). A proposta de lei ainda não foi analisada pelo comité orçamental do Congresso, que estaria responsável por esclarecer qual o investimento necessário e os verdadeiros custos da implementação da medida.

O objetivo será que a implementação do novo projeto se financie com o corte no Medicaid e o corte nos subsídios que existem atualmente, mas não existem ainda mais pormenores.

Também ainda não se sabe quantas pessoas vão ser abrangidas pelo American Health Care Act. Sob o Obamacare, 20 milhões de pessoas que anteriormente não tinham qualquer seguro passaram a estar protegidas. Paul Ryan garantiu, na apresentação do projeto, que não haveria ninguém a ter “o tapete puxado de debaixo dos pés”, mas não forneceu ainda estimativas detalhadas de quantas pessoas teriam acesso ao novo modelo.

Que críticas apontam ao projeto?

O novo modelo foi criticado pelos democratas em Washington D.C. como sendo inferior ao Obamacare. “O Trumpcare não substitui” o modelo de Obama, afirmou o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, citado pelo The Guardian (acesso livre).

“Este plano vai cortar e limitar o Medicaid, retirar fundos à Planned Parenthood, e obrigar os americanos, em especial os idosos, a desembolsar mais dinheiro pelos seus cuidados de saúde só para que as companhias de seguros possam ter maiores lucros”. Outros senadores democratas afirmam também que o novo modelo abrangeria menos pessoas do que o anterior.

Por outro lado, mais importante ainda pode ser a oposição que existe do lado dos republicanos, alguns dos quais criticam a mudança por não ir longe o suficiente. No Senado dos EUA, os republicanos têm uma maioria de 52 para 48 representantes, o que significa que apenas três votos contra do lado da direita poderiam ser suficientes para evitar uma mudança. “A mim parece-me o Obamacare-light”, disse o senador libertário Rand Paul. Outros senadores republicanos consideram que a legislação não protege as pessoas de rendimentos inferiores, segundo a BBC.

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Lisboa reconhece processo de recuperação judicial da Oi

A Justiça portuguesa deu luz verde ao processo de recuperação judicial da Oi formulado no Brasil. Decisão poderá afetar obrigacionistas da antiga PT.

O processo de recuperação judicial a que a Oi está sujeita também já é oficialmente válido à luz da Justiça portuguesa. O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa deu luz verde ao pedido formulado no Brasil e deferido a 29 de junho de 2016 por um tribunal do Rio de Janeiro. Esta nova sentença foi proferida no passado dia 2 de março.

Assim, os credores em Portugal da Oi e da subsidiária Telemar Norte Leste passam a estar abrangidos pelas decisões proferidas pelos tribunais brasileiros à luz do processo de recuperação judicial. Além disso, a decisão poderá ainda afetar detentores de obrigações da antiga PT, na medida em que a Oi fica agora protegida destes credores.

Recorde-se que a recuperação judicial foi a forma encontrada para evitar a falência da maior operadora de telecomunicações do Brasil. A sentença da Justiça portuguesa chegou aos ouvidos da Oi esta segunda-feira, segundo um comunicado submetido pela Pharol à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa compromete-se a informar o mercado sobre “o desenvolvimento” deste assunto.

Entretanto, as ações da Pharol PHR 0,00% continuam a valorizar na bolsa portuguesa. Os títulos seguiam a valorizar 5,34% para os 0,375 euros. Desde o início do ano, os acionistas da Pharol viram os títulos a mais do que duplicar o valor, avançando praticamente 80% desde a primeira sessão de janeiro.

Gráfico: Cotação das ações da Pharol na Bolsa de Lisboa

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Like & Dislike: Lucros, dividendos e capital

São palavras que há muito saíram do léxico da banca. No Taguspark, já se começam a ouvir no discurso de Nuno Amado.

Liderar com sucesso um banco numa economia em crise, com empresas a definhar, com os juros negativos a apertarem a margem, e com o malparado a amontoar-se no balanço — Nuno Amado já limpou mais de seis mil milhões de imparidades — não é trabalho fácil para nenhum banqueiro.

Que o diga Nuno Amado que em 2012 trocou o conforto de liderar um banco como o Santander Totta (que quando é preciso exporta prejuízos para Espanha e importa capital) para comandar os destinos de um banco que desde 2010 não sabia o que era dar lucros.

Para um banco que não pagou um cêntimo que seja de dividendos desde o início da década, Nuno Amado conseguiu a proeza de aumentar o capital da instituição (1,3 mil milhões) e reconfigurar a estrutura acionista, numa altura em que os angolanos da Sonangol e os chineses da Fosun disputam o estatuto de maior acionista do banco.

Pelo meio conseguiu o “ok” dos acionistas para um reverse stock split que ajudou a travar a volatilidade das ações do banco que mais pareciam as de uma start up tecnológica de vão de escada. E fez um plano de reestruturação com sucesso, por imposição de Bruxelas, para se adaptar à nova realidade da banca.

Com o dinheiro do aumento de capital, pagou o que o banco ainda devia ao Estado (700 milhões de euros) e o remanescente serviu para reforçar os rácios de capital para níveis confortavelmente acima dos dois dígitos, alinhados com a média do setor.

Esta segunda-feira, Nuno Amado conseguiu, pelo segundo ano consecutivo, mostrar lucros e o banco até já esboçou um plano para repartir com os acionistas pelo menos 40% dos resultados de 2018, pondo fim a um período quase dez anos sem distribuir dividendos.

Para um banqueiro que gosta de praticar vela nos tempos livres, ainda não é caso para dizer que o BCP vai de vento em popa, mas pelo menos já não está encalhado. Hoje consegue apresentar-se aos clientes e acionistas como um banco sólido e bem gerido e por isso merece um Like.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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66 anos e 4 meses, a nova idade da reforma

  • Lusa
  • 7 Março 2017

A idade normal de acesso à reforma vai aumentar um mês em 2018, para os 66 anos e 4 meses, de acordo com a portaria publicada esta terça-feira em Diário da República.

A idade normal de acesso à reforma vai aumentar um mês em 2018, para os 66 anos e 4 meses, fruto da evolução da esperança média de vida, de acordo com a portaria hoje publicada em Diário da República (DR).

A idade normal de acesso à pensão de velhice varia em função da evolução da esperança média de vida aos 65 anos verificada entre o segundo e o terceiro ano anteriores ao ano de início da pensão, em conformidade com a fórmula em vigor e é calculado tendo por base os dados da esperança média de vida publicados pelo Instituto Nacional de Estatística no final de novembro.

De acordo com o documento, “a idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de Segurança Social, em 2018, nos termos do disposto no n.º 3, do artigo 20.º, do Decreto -Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, na redação dada pelo Decreto –Lei n.º 167 -E/2013, de 31 de dezembro, é 66 anos e 4 meses”.

A portaria refere ainda que “o fator de sustentabilidade aplicável ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de Segurança Social atribuídas em 2017, dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de acesso à pensão em vigor nesse ano, é de 0,8612”.

Isto significa que, à luz da fórmula de cálculo atualmente em vigor, os trabalhadores que se reformem depois de janeiro 2017 e antes da idade legal terão de contar com um corte de 13,88% devido ao fator de sustentabilidade, que acresce à penalização de 0,5% aplicável por cada mês de antecipação face à idade legal para a reforma.

Os pedidos de reforma antecipada feitos em 2016 tiveram um corte de 13,34%, resultado do aumento da esperança média de vida, por via da introdução do fator de sustentabilidade. Em 2015, este valor era de 13,02% e em 2014 era de 12,34%.

O documento hoje publicado estabelece ainda que “o fator de sustentabilidade aplicável ao montante regulamentar das pensões de invalidez relativa e de invalidez absoluta atribuídas por um período igual ou inferior a 20 anos, convoladas em pensão de velhice em 2017, é de 0,9291”.

O Governo tem vindo a prometer “para breve” medidas alternativas para evitar a penalização das pessoas que se queiram reformar e tenham carreiras contributivas de, pelo menos, 40 anos, mas não tenham atingido a idade para o fazer sem sanção.

“O ministro do Trabalho [Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva] está a concluir esse trabalho e irá apresentar uma proposta. Há essa necessidade de justiça que é muito reclamada por uma geração que começou a trabalhar muito mais cedo do que hoje se começa a trabalhar”, afirmou António Costa, desafiado pelo líder comunista, Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal no parlamento de 22 de fevereiro.

O chefe do Governo garantiu ao secretário-geral do PCP que o executivo vai “avançar” nesta matéria porque se trata de um universo de pessoas com “carreiras contributivas mais longas do que qualquer cidadão irá ter”.

Jerónimo de Sousa falava da “dupla penalização” das reformas e do benefício devido aos trabalhadores, do setor público e do setor privado, que tenham contribuído quatro décadas para o sistema da Segurança Social.

O regime transitório levado a cabo pelo Governo PSD/CDS-PP aplica uma redução de 0,5% por cada mês de antecipação em relação à idade normal de acesso à pensão de velhice, além do fator de sustentabilidade, introduzido pelo atual ministro do PS, Vieira da Silva, anteriormente em funções.

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