Reunião da OPEP arrancou. Petróleo já sobe 1,5%

As cotações do "ouro negro" aceleram a subida registada desde o arranque da sessão. Mercado aguarda que OPEP estenda por mais nove meses corte da produção de petróleo.

O petróleo segue em alta nos dois lados do Atlântico, com o preço da matéria-prima a acelerar as subidas registadas desde o arranque da sessão. O preço do barril de Brent acelera 1,5%, em Londres, suportado pela expectativa de que na reunião da OPEP desta quinta-feira saia uma extensão do corte de produção de “ouro negro” para além de março do próximo ano.

O petróleo negociado em Londres — referência para as importações nacionais — é o que mais ganha nesta sessão. O preço do barril de Brent valoriza 1,62%, para os 64,13 dólares, para máximos de três semanas. Já o crude soma 0,92%, para os 57,83 dólares, no mercado de Nova Iorque.

Petróleo em alta

Fonte: Bloomberg

Estas subidas acontecem por ocasião do arranque da reunião dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com outros produtores, incluindo a Rússia, de onde o mercado antecipa possa resultar um prolongamento até ao final de 2018 dos cortes de produção de petróleo de modo a reequilibrar o mercado. Todos os sinais suportam essa possibilidade, com vários responsáveis da organização já a assumirem que o resultado da reunião será uma extensão de mais nove meses nos cortes de produção inicialmente acordados no final de 2016.

Tanto a Arábia Saudita, como o Iraque e o Irão — os três principais produtores de petróleo — já revelaram que defendem uma extensão por esse prazo. “A minha preferência vai para os nove meses”, afirmou aos jornalistas Al-Falih, ministro da Energia e da Indústria da Arábia Saudita, na abertura da reunião de Viena, acrescentando que “é prematuro falar acerca de uma saída“, deste programa de cortes de produção.

"Não iremos tirar o pé do travão até que o leque dos inventários estejam ao nível em que os mercados estão saudáveis e o investimento está a regressar.”

Al-Falih, ministro da Energia da Arábia Saudita

Por sua vez a Rússia, que é o maior produtor fora da esfera da OPEP a juntar-se nesse acordo, também concorda que os cortes de produção devem durar pelo menos até ao final do próximo ano, diz a Bloomberg com base em informações dadas pelos delegados presentes no encontro desta quinta-feira em Viena.

Para além de ser quase certa uma extensão até final de 2018 do acordo, o cartel petrolífero planeia ainda reunir-se em junho para reavaliar esse plano. “Não iremos tirar o pé do travão até que o leque dos inventários estejam ao nível em que os mercados estão saudáveis e o investimento está a regressar”, disse ainda Al-Falih.

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MLGTS, Cuatrecasas e Linklaters na insolvência da Artlant

MLGTS esteve do lado da Indorama na aquisição dos ativos da Artlant PTA e da Artelia Ambiente, a Cuatrecasas da parte da Veolia e a Linklaters da parte da CGD, o maior credor da Artlant.

Uma equipa multidisciplinar da MLGTS coordenada pelos sócios Eduardo Paulino (M&A), Ricardo Andrade Amaro (M&A e Energia), Magda Fernandes (Insolvência e Restruturações) e Rita Ferreira Vicente (Imobiliário) assessorou a Indorama Ventures na aquisição dos ativos da Artlant PTA e da Artelia Ambiente.

A Artlant PTA encontrava-se em processo de insolvência desde o verão, naquele que era o maior processo instaurado nos tribunais portugueses, com créditos reclamados em valor superior a 600 milhões de euros. Os ativos da Artlant, compostos por uma fábrica de ácido tereftálico e demais instalações conexas, dependiam para operar de uma central de cogeração e de tratamento de águas construída e detida pelo grupo francês Veolia.

A aquisição pela Indorama destes dois importantes ativos processou-se assim no contexto da insolvência da Artlant PTA, mas implicou também a negociação com o grupo Veolia para a aquisição simultânea, fora daquele processo, da central de cogeração e de tratamento de águas.

A Veolia foi assessorada pela sua equipa de advogados internos e ainda por uma equipa da Cuatrecasas.

A Cuatrecasas assessorou o grupo Veolia Environnement desde 2008 na implementação, desenvolvimento e operação da central de cogeração e utilidades de Sines e na respectiva venda à Indorama. A equipa foi coordenada pelo sócio Francisco Santos Costa incluindo também os associados Lourenço Corte-Real, de Direito Societário, e Sara Quaresma, de Imobiliário.

A Caixa Geral de Depósitos, o maior credor da Artlant, contou com o apoio da Linklaters. A equipa foi liderada pelos sócios Nuno Ferreira Lousa (responsável pelo departamento de Contencioso) e Marcos Sousa Monteiro (responsável pelo departamento de Corporate Finance), integrando ainda os advogados Diogo Plantier Santos e Diogo Barros Pereira (de Corporate Finance) e Manuel de Abreu Castelo Branco (de Contencioso).

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PS quer “exportar sucesso” de Portugal para o Eurogrupo

O Governo português já oficializou a candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo. Leia aqui as reações ao anúncio.

Depois de toda a especulação, o ministro das Finanças português candidatou-se mesmo à presidência do Eurogrupo. Depois de submeter a sua candidatura até às 11h, Mário Centeno fala ao país a partir do Salão Nobre do Ministério das Finanças.

Acompanhe em direto a declaração e as reações à candidatura de Centeno ao lugar de Jeroen Dijsselbloem.

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Depois da Ryanair, falha na American Airlines deixa milhares de voos sem piloto

  • ECO
  • 30 Novembro 2017

Erro no sistema que planeia férias de pilotos está a pôr em risco de cancelamento 15 mil voos da American Airlines. Transportadora aérea americana ofereceu mais dinheiro aos pilotos, que o rejeitaram.

Se as férias são sinónimo de descanso e satisfação para o comum dos mortais, para as companhias aéreas parecem ser períodos de verdadeiro drama, especialmente quando o sistema de planeamento de folgas dos pilotos falha. Foi isso que aconteceu, em setembro, à irlandesa Ryanair e que acaba de acontecer à norte-americana American Airlines. Cerca de 15 mil voos (de 17 a 31 de dezembro) dessa companhia de aviação estão, assim, em risco de serem cancelados, devido a um erro no agendamento das pausas dos pilotos.

Normalmente, o sistema não permite que os profissionais neguem ficar a cargo dos voos que lhes foram atribuídos a menos que estejam disponíveis outros pilotos para os cobrirem. Neste caso, os profissionais conseguiram indicar que não estariam disponíveis sem que o sistema primeiro confirmasse se haveria substitutos suficientes para essas datas, deixando lacunas no mapa de distribuição dos voos. “O computador disse: ‘Olá, malta. Querem dias de folga? Tomem lá”, brincou o porta-voz da transportadora, em declarações à CNBC.

Em resposta, a American Airlines está a oferecer a esses trabalhadores um aumento de 150% nos dias afetados pela falha. A medida não teve, contudo, o efeito desejado. Segundo o mesmo órgão de comunicação, o sindicato Allied Pilots Association — que representa mais de 15 mil pilotos — apresentou queixa contra a transportadora e alega que a solução proposta “viola os contratos, tendo em conta a política restritiva de pagamento de horas extraordinárias da empresa”.

À Bloomberg, o porta-voz da American Airlines garantiu que estão a tentar evitar qualquer disrupção no serviço. “Estamos a trabalhar diligentemente para resolver o problema e esperamos evitar qualquer cancelamento durante este período festivo”, sublinhou Matt Miller. Mesmo que consiga manter os voos, a transportadora norte-americana deverá, no mínimo, sofrer com o aumento dos gastos com os recursos humanos, o que é particularmente preocupante já que os investidores estão a apertar o escrutínio sobre as despesas da empresa.

De acordo com o The New York Times, os voos afetados têm origem em Boston, Washington, Nova York, Chicago, Filadélfia, Charlotte (no estado da Carolina do Norte) e Dallas (no Texas). A American Airlines é a maior transportadora aérea do mundo e realiza cerca de 6,700 voos por dia.

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Bruxelas quer combater fraude no IVA com maior cooperação

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Com os novos instrumentos para combater a fraude no sistema do IVA, apoiados na cooperação entre Estados-membros, este poderão reaver mais de 50 mil milhões de euros em receitas.

A Comissão Europeia propôs esta quinta-feira novos instrumentos para tornar mais eficaz o combate à fraude no sistema do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), sobretudo através de uma maior cooperação entre autoridades fiscais e polícias nacionais dos Estados-membros.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que apresentou as propostas da Comissão, comentou que “os Paradise Papers vieram de novo revelar a forma como certas pessoas estão a aproveitar a aplicação pouco rigorosa das regras da UE em matéria de IVA para conseguir pagar menos IVA do que os outros”, pelo que o combate à elisão fiscal “exige uma partilha de informação muito mais eficaz do que a atualmente praticada entre as autoridades nacionais competentes”.

“As propostas hoje apresentadas irão permitir fazê-lo. A título de exemplo, a rede da UE de peritos antifraude Eurofisc terá acesso aos dados de registo dos veículos de outros Estados-Membros, o que contribuirá para eliminar uma importante fonte de fraude no IVA associada à venda de carros novos em ralação aos de segunda mão”, apontou. De acordo com Bruxelas, as novas regras destinam-se a reforçar a confiança entre os Estados-membros, para que possam trocar mais informações e promover a cooperação entre as autoridades fiscais e policiais nacionais.

“Embora as autoridades fiscais dos Estados-membros já troquem algumas informações sobre as vendas comerciais e transfronteiras, esta cooperação assenta predominantemente num processamento manual de informação. Por outro lado, os dados do IVA e as informações sobre grupos organizados envolvidos nos casos mais graves de fraude no IVA não são sistematicamente partilhados com os organismos da UE responsáveis pela aplicação da lei”, aponta a Comissão.

O executivo comunitário sublinha também que, por outro lado, “a ausência de uma coordenação em matéria de investigação entre as administrações fiscais e as autoridades responsáveis pela aplicação da lei a nível nacional e da UE tem como consequência que, atualmente, esta atividade criminosa em rápida evolução não é detetada e combatida com suficiente rapidez”.

"Embora as autoridades fiscais dos Estados-membros já troquem algumas informações sobre as vendas comerciais e transfronteiras, esta cooperação assenta predominantemente num processamento manual de informação.”

Comissão Europeia

“As propostas hoje apresentadas reforçarão a cooperação entre os Estados-membros, permitindo-lhes combater a fraude no IVA de forma mais rápida e eficaz, nomeadamente quando ocorre em linha. No seu conjunto, as propostas reforçarão fortemente a nossa capacidade para detetar e punir os autores das fraudes e os criminosos que se apropriam de receitas fiscais em benefício próprio”, garante a Comissão.

A Comissão lembra que, “de acordo com as estimativas mais prudentes”, a fraude no IVA pode representar uma perda anual de mais de 50 mil milhões de euros em receitas para os Estados-membros da UE, “dinheiro que deveria ser destinado ao investimento público em hospitais, escolas e estradas”. As propostas legislativas da Comissão serão agora apresentadas ao Parlamento Europeu, para consulta, e ao Conselho, para adoção.

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Circuito feito pela Altice Labs vence prémio internacional

  • ECO
  • 30 Novembro 2017

Circuito composto por 26 camadas e mais de 8.460 componentes, desenvolvido pela Altice Labs, conquistou o primeiro lugar numa das categorias do prémio internacional Technology Leadership Awards 2017.

O polo tecnológico da Altice em Aveiro conquistou o primeiro lugar numa das categorias do prémio Technology Leadership Awards 2017, promovido pela Mentor Graphics. Trata-se de uma menção que visa distinguir engenheiros e designers na vertente de desenho assistido por computador (CAD). Em concurso estavam projetos de mais de 40 países nas diferentes categorias do prémio.

A Altice Labs, antiga PT Inovação, venceu na categoria de Telecom, Network controllers, line cards com a matriz de uma nova tecnologia de fibra ótica que tem vindo a desenvolver. Em causa, um circuito integrado composto por 26 camadas, mais de 8.460 componentes, quase 33.490 ligações, cerca de 670 pares diferenciais, 234 metros de pista e mais de 19.640 furos de passagem.

“Para a sua execução e validação, foram realizadas simulações elétricas, mecânicas e térmicas, executadas por forma a garantir o correto funcionamento da unidade à primeira tentativa”, lê-se num comunicado acerca do prémio atribuído à Altice Labs. Segundo a nota, o sistema vencedor diferencia-se “pela complexidade, desafios e tecnologias utilizadas, com particular ênfase na industrialização do projeto, orientado ao cliente final”.

A Altice Labs é o polo de tecnologia da Altice. A partir de Aveiro, a empresa desenvolve tecnologia para mais de 35 mercados onde a empresa opera, incluindo Portugal, França, Estados Unidos e Israel. O projeto Altice Labs conta já com mais de 700 engenheiros, muitos deles portugueses, facto que a empresa tem sucessivamente enfatizado.

De recordar que, na semana passada, o ECO revelou em exclusivo que os direitos de propriedade intelectual da Altice Labs, até aqui nas mãos da PT, foram transferidos para a holding do grupo Altice, cotada em Amesterdão. A PT terá encaixado 15 milhões com a operação.

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Fundação PLMJ vence prémio internacional nos Corporate Art Awards

A cerimónia de atribuição dos prémios realizou-se no passado dia 22 de novembro, na emblemática sala Spadolini do Ministério da Cultura italiano.

A Fundação PLMJ recebeu o prémio de melhor projeto internacional na competição cultural internacional “Corporate Art Awards”.

A cerimónia de atribuição dos prémios realizou-se no passado dia 22 de novembro, na emblemática sala Spadolini do Ministério da Cultura italiano e foi marcada pelo discurso do Ministro da Cultura, Dario Franceschini, que salientou a importância do mecenato cultural no Século XXI.

O evento de cariz internacional realizado anualmente, destina-se a premiar os projetos culturais de tipo empresarial que promovem mecenato cultural de excelência, sendo organizado numa parceria conjunta da pptArt, a LUISS Business School e o Ministério da Cultura italiana.

A Fundação PLMJ foi distinguida pelos projetos que dinamiza em prol dos artistas da lusofonia, a nível nacional e internacional, assim como pela dinâmica e concretização do lema “Uma Sociedade de Advogados como Espaço de Cultura”.

A Fundação PLMJ foi a única entidade portuguesa selecionada e premiada para a edição de 2017 dos Corporate Art Awards, num total de 80 entidades empresariais provenientes de 18 países, de quatro continentes. Ao lado da Fundação PLMJ, foram, a final, premiadas pelo Comité Científico entidades institucionais e empresariais como a ONU, Parlamento Europeu, BEI (Banco Europeu de Investimento) Banca Intesa, TIM Foundation, Fiat, Enel, Poste Italiane, ABLV, CSL Group, Davidoff, International Steels, Montefiore Medical Center, Lufthansa, The Absolut Company, HBC e Swiss Mobilier.

Para Luis Sáragga Leal, presidente da Fundação PLMJ e sócio fundador da PLMJ: “As virtudes da inovação e responsabilidade social e a partilha de valores culturais com a comunidade em geral, sustentadas e defendidas por PLMJ, constituem o pilar principal deste reconhecimento internacional.”

A Fundação PLMJ foi instituída em 2001 pela sociedade de advogados PLMJ, verificando-se, desde então, “uma inovadora e salutar simbiose do espaço de trabalho com uma coleção de arte, quer nos escritórios da sede, em Lisboa, mas também nos demais escritórios localizados em Portugal e em toda a PLMJ Network (designadamente em Angola e Moçambique)”, segundo comunicado enviado pela sociedade.

 

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Idade de reforma sobe para 66 anos e cinco meses em 2019

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Novembro 2017

A idade de acesso à pensão de velhice continua a aumentar: em 2019 avançará mais um um mês face a 2018, para 66 anos e cinco meses. Sair mais cedo pode implicar penalizações.

Já se sabe que, em 2018, a idade de acesso à pensão de velhice aumenta um mês, para 66 anos e quatro meses. Mas com os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) já é possível calcular o avanço em 2019. Nesse ano, a idade de reforma vai voltar a aumentar um mês, para 66 anos e cinco meses.

O cálculo tem por base os dados da esperança média de vida aos 65 anos, cujo valor provisório para 2015-2017 foi divulgado hoje pelo INE. Com este valor também é possível calcular o valor do fator de sustentabilidade que será aplicado nas novas pensões antecipadas iniciadas em 2018.

A idade da reforma de velhice aumentou de 65 para 66 anos em 2014 e assim se manteve em 2015, no Governo liderado por Passos Coelho. As subidas passaram depois a ser graduais:

Fonte: ECO

É possível passar à reforma mais cedo mas, em termos gerais, isso implica cortes. Na Caixa Geral de Aposentações (CGA), a pensão antecipada está disponível para quem aos 55 anos de idade conte 30 de descontos. Na Segurança Social, é preciso ter 60 anos de idade e 40 de descontos, ao abrigo de uma regra transitória. E o Governo deverá apertar esta regra no futuro. Mas abandonar o mercado de trabalho antes da idade de acesso à reforma implica um corte de 0,5% por cada mês de antecipação e ainda a penalização do fator de sustentabilidade. No âmbito da revisão das regras do regime geral, o Governo já prometeu acabar com este último corte mas ainda não o fez de forma transversal.

Porém, a própria idade de acesso à pensão de velhice pode baixar em casos específicos, minorando ou eliminando cortes. Aos 65 anos, a idade normal de acesso à pensão baixa quatro meses por cada ano acima dos 40 de carreira, até ao limite dos 65 anos. Além disso, a idade de acesso à pensão continua nos 65 anos no caso de pessoas que, por imposição legal, não possam continuar a desempenhar determinadas atividades, desde que as tenham desempenhado pelo menos nos cinco anos anteriores. Profissões consideradas desgastantes também têm regimes próprios de acesso.

As reformas por desemprego de longa duração têm igualmente regras específicas, nomeadamente no que toca à idade de acesso. E as carreiras contributivas muitas longas estão protegidas de cortes desde outubro.

Regras mudam?

Na conferência que se seguiu ao Conselho de Ministros, o tema foi abordado. “Se nada houver em contrário, esse será o valor [66 anos e cinco meses] que vigorará para 2019 no que respeita a idade legal de reforma”, afirmou então o ministro do Trabalho, Vieira da Silva.

O Governo já disse que quer alterar as regras da reforma antecipada no regime geral da Segurança Social — admitindo alguma convergência depois com outros sistemas –, mas os critérios de fixação da idade normal de reforma deverão manter-se, a avaliar pela documentação distribuída aos parceiros sociais.

Porém, o Executivo também já pôs na mesa a possibilidade de criar uma espécie de idade de reforma “personalizada”, tanto menor quanto maior for a carreira contributiva. Desta forma, o corte de 0,5% por cada mês de antecipação será menos abrangente em carreiras mais largas. Por seu turno, o fator de sustentabilidade deverá desaparecer, como já aconteceu em carreiras muito longas. Isso mesmo salientou hoje Vieira da Silva, ao indicar que já há pessoas excluídas do corte. A revisão das regras das reformas antecipadas continua nos planos “mas não tem ainda nenhuma data para a sua concretização”, adiantou ainda o governante.

No ambito desta revisão, é ainda de esperar que o acesso à reforma antecipada aperte. Nada está fechado e o assunto continuará a ser discutido com os parceiros sociais.

(notícia atualizada às 13:56 com declarações do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social)

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Risco de pobreza caiu em 2016. Ainda afeta 18,3% da população

No ano de reposição de rendimentos e da queda do desemprego, menos portugueses estavam em risco de pobreza. Ainda assim, 18,3% da população estava exposta a essa situação em 2016.

O risco de pobreza em Portugal desceu em 2016, pelo segundo ano consecutivo. Continua, ainda assim, a afetar 18,3% da população portuguesa, baixando dos 19% registados em 2015 e dos 19,5% em 2014, de acordo com os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Jovens são os mais expostos.

O risco de pobreza correspondia à proporção de habitantes com rendimentos líquidos inferiores a 454 euros por mês (5.442 euros por ano).

Segundo o INE, a população com idade inferior a 18 anos continuou a ser a mais exposta a um cenário de pobreza. A taxa de risco de pobreza entre os menores de 18 anos estava nos 20,7% em 2016, tendo registado uma redução face ao ano anterior (22,4%). Também a população adulta em idade ativa está entre as mais afetadas: o risco de pobreza atingia 18,1%, baixando dos 18,2% em registados em 2015. Quanto à população idosa, a taxa desceu dos 18,3% para 17%.

O ano de 2016 ficou marcado pela reposição de rendimentos promovida pelo Governo de António Costa, como a eliminação da sobretaxa de IRS no primeiro escalão ou a atualização das pensões. Por outro lado, o crescimento da economia devolveu muitos portugueses que estavam em situação de desemprego ao mercado de trabalho.

Reagindo a estes dados, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social salientou que o ano de 2016 — a que reportam os dados relativos aos rendimentos — corresponde “ao primeiro ano de exercício completo do Governo”. Vieira da Silva destacou a “redução da taxa de pobreza” em 0,7 pontos percentuais – “em termos percentuais, a redução mais significativa desde 2007, 2008”, afirmou. E que se fez sentir sobretudo entre os mais jovens, vincou o ministro na conferência que se seguiu ao Conselho de Ministros.

Vieira da Silva destacou também que há menos gente em risco de pobreza mesmo tendo subido este limiar: “diminuiu o número de portugueses que está abaixo de uma linha que é superior àquela que era” em 2015. Os dados são encorajadores mas ainda é necessário um “esforço muito grande” no domínio da criação de emprego, “melhoria salarial e melhoria das políticas sociais”, concluiu.

Risco de pobreza desceu pelo segundo ano

Fonte: INE

Neste cenário, o INE confirma que “reduziu-se ligeiramente a desigualdade na distribuição de rendimentos: o coeficiente de Gini diminuiu de 33,9% em 2015 para 33,5% em 2016.”

Indica ainda que em 2017 há menos pessoas em privação material (18%, que compara com 19,5% em 2016) e em privação material severa (6,9%, que compara com 8,4% em 2016).

Os dados do INE mostram também que as mulheres continuam a ser as mais afetadas pela insuficiência de recursos, registando um risco de pobreza (18,7%) bastante superior ao dos homens (17,8%) em 2016.

Por outro lado, a existência de crianças num agregado familiar continua a estar associada a um risco de pobreza acrescido. A incidência do risco de pobreza entre as famílias com crianças dependentes era de 19,7%, valor que compara com a taxa de 16,9% para as famílias sem crianças dependentes.

Os dados do INE também apontam para uma redução da taxa de privação material já em 2017. Para Vieira da Silva, “quando forem completamente aplicados a estes indicadores todo o conjunto de mudanças que se produziram no ano de 2017”, vai “de certo traduzir-se numa melhoria ainda mais significativa dos indicadores sociais”. O ministro apontou para o aumento do abono de família, “a redução da penalização do subsídio de desemprego” ou o aumento mais significativo das pensões.

(notícia atualizada às 13:41 com declarações do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social)

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Fator de sustentabilidade corta 14,5% às pensões antecipadas iniciadas em 2018

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Novembro 2017

Pensões antecipadas iniciadas em 2018 estão sujeitas a um corte de 14,5% do fator de sustentabilidade. Governo quer acabar com redução mas ainda não o fez de forma transversal. Corte não é único.

As reformas antecipadas que venham a ser iniciadas em 2018 estão sujeitas a um corte de 14,5% à custa do fator de sustentabilidade. Esta penalização já foi eliminada no caso de carreiras contributivas muito longas mas o corte ainda afeta outras pensões antecipadas. A revisão do regime continua na mesa, mas o Governo reiterou esta quinta-feira que não “tem ainda nenhuma data para a sua concretização”.

Ao corte do fator de sustentabilidade, junta-se ainda a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade de acesso à reforma, que, em regra, será de 66 anos e quatro meses em 2018 — mais um mês face a 2017.

O fator de sustentabilidade liga o valor das novas pensões antecipadas à longevidade: o cálculo para 2018 já pode ser feito, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter publicado esta quinta-feira os dados provisórios da esperança média de vida aos 65 anos em 2017 (19,45 anos). O outro valor que é preciso ter em conta é o dado para 2000 (16,63 anos).

O fator de sustentabilidade foi criado pelo ministro Vieira da Silva no Governo de José Sócrates e começou a ser aplicado em 2008. Naquele ano, o corte era de 4,78% e foi crescendo a partir daí. O maior pulo ocorreu em 2014, quando o então ministro Mota Soares mudou as regras do mecanismo — ainda assim, a partir desse ano o fator tornou-se menos abrangente, uma vez que passou a incidir apenas sobre reformas antecipadas.

O Governo está a rever as regras da reforma antecipada no regime geral da Segurança Social, embora já tenha admitido convergência com outros regimes. A eliminação do fator de sustentabilidade está prometida, mas a penalização ainda só caiu no caso de carreiras contributivas muito longas, abrangendo também a função pública:

  • Pessoas com 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 48 anos de carreira contributiva;
  • Pessoas com 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 46 anos de carreira contributiva, que começaram a descontar para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) antes dos 15 anos de idade.

Trabalhadores nas condições acima descritas já podem, desde outubro, aceder à reforma antecipada sem qualquer corte (seja o fator de sustentabilidade, seja a penalização de 0,5%). Isto mesmo quis o ministro do Trabalho recordar hoje, quando confrontado com o novo corte que resulta do fator de sustentabilidade. Vieira da Silva disse que conheceu um dos primeiros pensionistas “que, com a medida das longas carreiras contributivas, puderam ter acesso a uma reforma sem penalização” e acrescentou que este grupo vai crescer “significativamente” nos próximos meses.

O Governo mantém na agenda a revisão do “modelo de flexibilização da idade de reforma, mas não tem ainda nenhuma data para a sua concretização“, disse Vieira da Silva na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.

Outras exceções

O fator de sustentabilidade abrange Segurança Social e Função Pública ainda que as condições de acesso à pensão antecipada sejam diferentes nos dois regimes. Na Caixa Geral de Aposentações (CGA), podem passar antecipadamente à reforma os trabalhadores que aos 55 anos de idade tenham 30 de descontos. Na Segurança Social, é preciso ter, atualmente, 60 anos de idade e 40 de descontos. E no futuro, o acesso deverá apertar.

Desde logo, o fator de sustentabilidade só abrange as reformas antecipadas — quem abandonar o mercado de trabalho depois da idade normal de acesso à pensão não tem penalizações. O corte de 14,5% aplica-se às pensões antecipadas iniciadas no próximo ano — não afeta, portanto, reformas já atribuídas.

Ainda que a idade de acesso à reforma esteja fixada em 66 anos e quatro meses em 2018, há situações em que esta pode ser reduzida. Desde logo, na data em que o beneficiário perfaz 65 anos, a idade normal de reforma baixa quatro meses por cada ano de carreira além dos 40, tendo como limite mínimo os 65 anos. Por exemplo, uma pessoa que na data em que atinge 65 anos de idade tenha 44 anos de contribuições pode reformar-se, sem cortes, aos 65 anos em 2018. Há ainda regimes especiais de acesso para profissões desgastantes.

O fator também não abrange pensionistas que peçam a reforma aos 65 anos se estiverem legalmente impedidos de exercer a atividade em concreto além disso (e a desempenhem há cinco anos). Além disso, também só se aplica a uma parte das reformas por desemprego de longa duração.

As pensões de invalidez também já estão protegidas, desde outubro, do fator de sustentabilidade. Antes, o corte era aplicado quando as pensões de invalidez eram convoladas em pensões de velhice, ainda que o cálculo tivesse regras próprias e resultasse numa redução menor (a penalização mais recente era de 7,09%).

(notícia atualizada, clarificando redução da idade de acesso à pensão)

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BES: Elisa Ferreira responde aos fundos… mas não convence

Os fundos internacionais lesados na troca de dívida do Novo Banco para o BES mau continuam a boicotar as emissões de dívida de instituições portuguesas.

Mais uma emissão de dívida, mais um boicote. Além da República, os grandes fundos de investimento lesados na troca de dívida no valor de 2,2 mil milhões de euros do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES) “mau” mantiveram-se à margem das operações de financiamento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, agora, do BCP. Elisa Ferreira defende a atuação do Banco de Portugal, mas continua sem conseguir convencer os investidores.

Ao ECO, fontes do mercado criticam a falta de “boa governance, compliance e transparência” do Banco de Portugal, depois de Elisa Ferreira ter reiterado que o “Banco de Portugal exerceu as suas competências de acordo com a base legal que existe”.

O Banco de Portugal exerceu as suas competências de acordo com a base legal que existe.

Elisa Ferreira

Vice-governadora do Banco de Portugal

Segundo as mesmas fontes, estas “instituições internacionais foram convidadas a investir num banco em Portugal. Este banco tinha todo apoio do Banco de Portugal — incluindo em discursos do governador, dizendo que não havia risco”. Mas o banco liderado por Carlos Costa acabou por decidir transferir cinco séries de obrigações para o banco “mau”, penalizando estes investidores, que, desde então, têm vindo a boicotar cada operação de financiamento das autoridades portuguesas no mercado.

Elisa Ferreira afirmou, à margem do Fórum Banca, que é normal que “em determinados momentos [os fundos] tentem valer a sua posição negocial, é legítimo”. Uma posição que ficou vincada pelos grandes investidores quando o BCP foi agora ao mercado emitir 300 milhões de euros em títulos de dívida. Estes investidores, como é o caso da Pimco e BlackRock, decidiram não participar nesta operação.

“Até que se encontre uma solução, cada detentor de dívida não participará em futuras tentativas de Portugal de se financiar nos mercados”, notam as fontes ao ECO. Estes fundos, que já tinham boicotado a emissão de dívida levada a cabo pela CGD, afirmaram estarem “a aguardar para que sejam retomadas as conversações com as autoridades portuguesas de forma a encontrar uma solução rápida” e para que voltem a considerar “Portugal como um destino credível para os nossos investimentos”.

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Oi volta a adiar assembleia de credores. Já chegou a acordo com mais de metade

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

O adiamento decorre da decisão tomada pelo juiz que está a acompanhar a situação no tribunal brasileiro, que considerou que se “impõe, mais uma vez, o adiamento da assembleia-geral de credores”.

A operadora de telecomunicações brasileira Oi, que está num processo de recuperação judicial, adiou, mais uma vez, a assembleia de credores de 07 para 19 de dezembro, numa altura em que conseguiu acordos com 54% dos obrigacionistas.

O adiamento decorre da decisão tomada pelo juiz que está a acompanhar a situação no tribunal do Rio de Janeiro, que considerou que se “impõe, mais uma vez, o adiamento da assembleia-geral de credores”, revela um comunicado da Oi feito à Comissão de Valores Mobiliários do Brasil e divulgado ao mercado português — já que a Pharol é a principal acionista da operadora.

Na decisão, o responsável acrescenta que, “se por um lado, o adiamento da assembleia-geral de credores é uma medida negativa do ponto de vista da celeridade e do cumprimento dessa etapa processual, por outro, exatamente por conta dos adiamentos da assembleia, foi possível a realização de mais de 30 mil acordos com os credores, dentro do programa de mediação que foi instaurado e vem sendo realizado pelas devedoras, com a supervisão do administrador judicial”.

Depois de vários adiamentos, previa-se que a primeira convocação da assembleia-geral de credores se realizasse a 07 de dezembro, seguindo-se uma segunda sessão a 01 de fevereiro do próximo ano, data que se mantém. O comunicado precisa que, dos 55.093 credores, a Oi já chegou a acordo com 30.042, isto é, 54%, um número que o juiz vê como “altamente positivo e significativo”.

“Entendo que o programa está a ser bem-sucedido e está a trazer benefícios aos envolvidos, considerando que 54% dos credores já mediaram e receberam parte significativa do seu crédito”, aponta. Em causa está o plano de recuperação judicial da Oi, que resulta de um pedido feito pela operadora de telecomunicações brasileira em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas.

Na semana passada, o Conselho de Administração da Oi aprovou alterações ao plano de recuperação judicial da operadora de telecomunicações brasileira e das suas subsidiárias, tendo em vista um consenso no processo judicial, que terão de ser aprovadas na assembleia-geral de credores. Entretanto, verificaram-se ainda mudanças na administração da empresa. Na sexta-feira, o até então presidente executivo da Oi, Marco Schroeder, demitiu-se do cargo.

Já na segunda-feira, a Oi informou que o diretor jurídico da companhia, Eurico Teles, foi designado para acumular estas funções com a de presidente interino. Na passada segunda-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações do Brasil (Anatel) exigiu à operadora Oi que não celebre “qualquer” acordo com os credores no âmbito do plano judicial, por ser “ruinoso aos interesses da companhia”. A Pharol (antiga PT SGPS) é a principal acionista da Oi, com cerca de 27% da operadora brasileira.

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