PS quer audição hoje “se possível” de Rocha Andrade sobre “fuga” dos 10 mil milhões

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2017

João Galamba quer ouvir rapidamente o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a "fuga" de 10 mil milhões de euros para paraísos fiscais sem tratamento tributário.

O PS quer ouvir “se possível ainda hoje” o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a “eventual falha política” ou “dos serviços” na “fuga” de 10 mil milhões de euros para paraísos fiscais sem tratamento tributário.

É uma “eventual falha política” ou “dos serviços” da Autoridade Tributária e o “parlamento tem que ser esclarecido”, disse o deputado do PS João Galamba, no final de uma reunião da bancada socialista, no parlamento.

O Público noticiou na terça-feira que quase 10 mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram nesse período alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.

O PS pediu a audição na comissão parlamentar de orçamento e finanças, com urgência, do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, PCP e BE pediram que se juntasse o ex-secretário de Estado da pasta no anterior governo PSD-CCS, Paulo Núncio. O PSD pediu também a audição dos dois responsáveis na comissão.

João Galamba afirmou ser necessário desligar este caso da fuga dos 10 milhões de euros do que está a ser feito por um grupo de trabalho, no parlamento, que está a analisar propostas quanto do tempo que leis relacionadas com o combate à “criminalidade económica financeira e fiscal”.

O primeiro caso é sobre a aplicação da lei, o segundo relaciona-se com propostas, explicou, em discussão no grupo de trabalho e que ainda não têm forma de projeto, o que demorará ainda a acontecer.

Rocha Andrade manifestou-se na quarta-feira disponível para ir ao parlamento prestar esclarecimentos sobre fuga de capitais para paraísos fiscais.

“Se o parlamento confirmar essa convocatória, lá estarei para esclarecer todas as questões da informação de que disponho, sobre a situação que existia e sobre as decisões que este Governo foi tomando”, afirmou o governante à margem do primeiro balanço Simplex+ 2016, quando questionado pelos jornalistas sobre a “fuga de dez mil milhões de euros” para paraísos fiscais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Soares dos Santos: Concertação Social só vale “em termos políticos”

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2017

Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, disse que grupo "não tem salários mínimos", considerando que a Concertação Social não representa o tecido empresarial português.

O presidente e administrador delegado do grupo Jerónimo Martins afirmou hoje que a Concertação Social em Portugal não representa o tecido empresarial português e que, na prática, “só vale em termos políticos”.

Questionado pelos jornalistas sobre o impacto da subida do salário mínimo nacional e a redução da Taxa Social Única (TSU), na conferência de apresentação dos resultados anuais da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos afirmou que o grupo “não tem salários mínimos”.

“Sempre pagou acima e vai continuar a pagar. Nesta área temos isso bem definido”, afirmou, salientando que a TSU “já não é tema, se calhar nunca foi tema”.

Sobre a Concertação Social neste tema, Pedro Soares dos Santos desvalorizou o seu papel. “A Concertação Social em Portugal não representa hoje verdadeiramente o tecido empresarial português”, afirmou Pedro Soares dos Santos. “Se representasse tinha uma força, uma capacidade de intervenção completamente diferente do que tem hoje”, prosseguiu.

"A Concertação Social em Portugal não representa hoje verdadeiramente o tecido empresarial português. Se representasse tinha uma força, uma capacidade de intervenção completamente diferente do que tem hoje.”

Pedro Soares dos Santos

Presidente executivo da Jerónimo Martins

Questionado sobre o valor do órgão em termos práticos, Pedro Soares dos Santos afirmou: “Só vale em termos políticos, em termos comerciais não vale nada”.

Jerónimo Martins investe 700 milhões

Este ano, a Jerónimo Martins prevê abrir 100 lojas na Polónia e um centro logístico, já em Portugal vai abrir no Norte do país o centro de logística Alfena/Valongo, à partida em maio, que vai criar 400 postos de trabalho.

Além disso, está previsto um novo centro logístico em Lisboa.

Na Colômbia, o grupo prevê abrir 150 lojas Ara e três novos centros de distribuição.

O investimento para 2017 é de 700 milhões de euros, dos quais 400 milhões para Polónia, 150 milhões de euros para Portugal e o restante para a Colômbia.

Sobre a concorrente espanhola Mercadona, Pedro Soares dos Santos disse que espera pela sua entrada.

“Primeiro tenho de ter a certeza que vão entrar”, comentou, acrescentando que é preciso “ver para crer”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD chama responsáveis do Fisco desde 2011 ao Parlamento

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2017

Luís Montenegro afirmou que o PSD entrega amanhã um requerimento para trazer ao Parlamento os responsáveis da Autoridade Tributária e Aduaneira desde 2011.

O líder parlamentar do PSD Luís Montenegro afirmou, no final da reunião com o grupo parlamentar do partido esta quinta-feira, que o PSD vai dar entrada a um requerimento que pedirá a audição de todos os responsáveis do Fisco desde 2011 no Parlamento, sobre a questão dos 10 mil milhões de euros transferidos para offshores sem fiscalização da Autoridade Tributária.

O requerimento será entregue amanhã, disse Luís Montenegro, e chamará à Assembleia da República (AR) o Inspetor-Geral das Finanças e os responsáveis da Autoridade Tributária e Aduaneira desde 2011, juntando-se assim a um pedido já feito pelo PSD de ouvir o atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Fernando Rocha Andrade e o seu antecessor Paulo Núncio.

“Não temos nada a esconder”, afirmou o líder parlamentar do PSD, citado pelo Público, assumindo a mesma posição que a tomada por Pedro Passos Coelho no debate quinzenal de ontem. O dirigente do PSD já mostrara a vontade dos partidos que compuseram o anterior executivo para apurar a questão das transferências de montantes multimilionários para paraísos fiscais sem que tenha havido uma fiscalização da AT entre 2011 e 2014, notícia avançada inicialmente pelo Público.

Ao ECO, o então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio, em reação à notícia, disse que “a divulgação das estatísticas nada tem a ver com o tratamento e utilização da informação sobre transferências para paraísos fiscais e efeitos de inspeção da Autoridade Tributária”, ou seja, que a divulgação agora da informação sobre estas transferências não significa que ela não tenha sido tratada internamente. “Não tive conhecimento da situação descrita relativamente ao não tratamento de parte das declarações dos bancos pela Autoridade Tributária. E acho muito bem que, caso tenha havido parte da informação fornecida pelos bancos à AT que não foi devidamente analisada, que a IGF apure o porquê de tal facto”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

#GigaInPortugal, uma carta aberta à Tesla… em vídeo

Apoiantes do movimento "Bring Tesla Gigafactory to Portugal", focado em convencer Elon Musk a construir em Portugal a próxima fábrica da Tesla, lançou um vídeo a promover Portugal junto da empresa.

Se a atividade no Facebook ainda não tinha sido suficiente para chamar a atenção, depois deste vídeo, o movimento cívico “Bring Tesla Gigafactory to Portugal” entra definitivamente no radar nacional. O grupo está focado em convencer Elon Musk, o presidente executivo da Tesla, a escolher Portugal para investir e construir a primeira gigafábrica da empresa na Europa — a norte-americana custou pelo menos cinco mil milhões de dólares e ainda nem sequer está concluída.

Para tal, os membros têm apostado em reunir argumentos para justificar o porquê de Portugal ser a melhor escolha para acolher a fábrica. Têm sugerido sítios e, esta semana, lançaram um vídeo no YouTube. Em menos de dois minutos, Elon Musk, se der de caras com este vídeo, poderá ver imagens de várias cidades portuguesas e outras que aludem à tecnologia e inovação made in Portugal.

Em três dias, o vídeo somou já mais de dez mil visualizações e tem sido amplamente partilhado nas redes sociais. Veja-o também no topo deste artigo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cimpor dispara 33% para máximos de 2015

Desempenho excecional da cimenteira portuguesa surge depois de o Alphavalue ter melhorado as estimativas do título, prevendo um potencial de valorização de 100%.

A Cimpor CPR 0,00% tem estado em forte destaque nas últimas sessões e dispara esta quinta-feira mais de 30%, depois da casa de investimento Alphavalue ter revisto em alta o preço-alvo para os títulos da cimenteira portuguesa, conferindo um potencial de valorização de mais de 100%.

As ações da Cimpor aceleram 33,4% para os 45,8 cêntimos, seguindo em alta pela oitava sessão consecutiva. Negoceia em máximos desde novembro de 2015, perante uma forte pressão compradora: já trocaram de mãos quase 700 mil papéis da cimenteira, 28 vezes mais do que a média diária dos últimos 12 meses. A cimenteira apresenta atualmente uma capitalização bolsista de 319 milhões de euros.

Cimpor dispara nos últimos dias

O desempenho positivo surge depois de o Alphavalue ter melhorado as estimativas para o título. O analista Felix Brunotte, que acompanha a empresa, acredita que a ação vale 0,72 euros, um preço-alvo que tem implícito um cenário de valorização potencial de 102% face à cotação de fecho da última sessão. A recomendação “compra” manteve-se.

Os brasileiros da Camargo Corrêa são o principal acionista da cimenteira portuguesa, detendo mais de 94% do capital, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) realizada em 2012. Devido à reduzida dispersão bolsista, a Cimpor é considerada uma cotada zombie, atraindo menor interesse da parte dos analistas e investidores.

A cimenteira fechou os primeiros nove meses com prejuízos de quase 590 milhões de euros. As vendas de cimento voltaram a cair no terceiro trimestre.

Cimpor em destaque na bolsa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juros implícitos no crédito da casa recuam para novo mínimo

A taxa de juro implícita no crédito à habitação situou-se em 1,025%, em janeiro, indicam dados do INE. Já a prestação média manteve-se pelo quinto mês.

Os juros no crédito da casa continuam a renovar mínimos. Dados divulgados esta quinta-feira, pelo Instituto nacional de Estatística (INE), indicam que a taxa de juro implícita no crédito à habitação baixou pelo 30º mês consecutivo, para sinalizar um novo mínimo histórico nos 1,025%. Já a prestação média vencida manteve-se pelo quinto mês seguido nos 237 euros.

“Em janeiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação registou um decréscimo de 0,003 pontos percentuais face ao observado no mês anterior, fixando-se em 1,025%”, diz o INE. Nos novos contratos celebrados nos últimos 3 meses, “a taxa de juro implícita fixou-se em 1,771%, (1,879% em dezembro do ano anterior)”, acrescenta o organismo público de estatísticas.

Juros implícitos na habitação em queda

Fonte: Bloomberg

No que respeita ao financiamento para a aquisição de casa, o mais relevante no crédito à habitação, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos foi de 1,041% em janeiro, ficando abaixo dos 1,043% observados no último mês do ano passado. Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses passou de 1,857%, em dezembro, para 1,746% no primeiro mês deste ano. Por sua vez, o valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação situou-se, em janeiro, em 237 euros, “valor que se repete pelo quinto mês consecutivo”, como diz o INE.

A diminuição da taxa de juro implícita no crédito à habitação, segue aquele que tem sido o rumo das Euribor, indexantes associados à grande maioria dos empréstimos concedidos pelos bancos para a compra de casa. A três, seis e 12 meses, as Euribor encontram-se todas em terreno negativo, condicionadas pela taxa de juro de referência do BCE que se encontra fixada no mínimo histórico de 0% desde março de 2016.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confederação dos Serviços vai recorrer da decisão que inviabiliza entrada no CES

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2017

"Com esta decisão, o presidente do CES impede uma representatividade adequada dos serviços, não nos restando outra alternativa senão a de apresentar recurso", diz Confederação dos Serviços de Portugal

A Confederação dos Serviços de Portugal (CSP) anunciou hoje que “vai recorrer da decisão recentemente proferida” pelo presidente do Conselho Económico e Social, Correia de Campos, que “inviabiliza a entrada da entidade no CES.

De acordo com a CSP, que tem almejado integrar o Conselho Económico e Social, Correia de Campos, “numa posição que contraria manifestamente afirmações públicas onde reconhecia a falta de representatividade dos serviços na economia (…) decidiu, pura e simplesmente, atribuir os lugares existentes às confederações patronais que já tinham assento no referido Conselho pelo facto de integrarem a chamada Comissão Permanente de Concertação Social”.

Em comunicado, o presidente da CSP, Jorge Jordão, salienta que esta posição “não contribui em nada para aumentar a representatividade do Conselho Económico e Social, nem para estimular o debate sobre os grandes desafios da economia portuguesa”.

E acrescentou: “Com esta decisão, o presidente do CES impede uma representatividade adequada dos serviços, não nos restando outra alternativa senão a de apresentar recurso”.

No recurso, refere a CSP, “defende-se um outro olhar sobre a candidatura que valorize devidamente os interesses diferenciados que atualmente não se encontram representados no CES e que são corporizados pela CSP”.

Ou seja, “a atribuição de um dos lugares disponíveis a esta confederação é também a única forma de garantir a estrita observância dos princípios da igualdade e da pluralidade consagrados na nossa Constituição”.

“Com a candidatura da CSP pretendeu-se, como foi publicamente reconhecido pelo presidente do CES, colmatar uma lacuna de representatividade verificada na concertação social, de forma a torná-la mais ampla e inovadora e fazer com que passasse a integrar os subsetores do Terciário que mais têm contribuído nas últimas décadas para o desenvolvimento e modernização do tecido empresarial em Portugal”, acrescentou o presidente da confederação.

Os associados da CSP representam, no seu conjunto, uma faturação de 34 mil milhões de euros, correspondendo a cerca 20% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo responsáveis pela criação de 184 mil postos de trabalho diretos e mais de 150.000 indiretos e pela cobrança de um terço do IVA em Portugal.

A entidade representa setores de atividade como as telecomunicações, os centros comerciais, as cadeias de distribuição, o comércio por grosso, a comunicação comercial ou o comércio eletrónico, entre outros.

O CES foi constituído em 1991 e desde então a sua constituição foi alterada por seis vezes.

A Assembleia da República criou recentemente um grupo de trabalho para discutir o eventual alargamento do CES.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Resultados lançam ações do Barclays para máximos de mais de um ano

O banco reportou lucros de cerca e 390 milhões de euros no último trimestre de 2016, invertendo face aos prejuízos em igual período do ano anterior. Foi anunciada ainda a aceleração da reestruturação.

O Barclays acelera na bolsa de Londres, para máximos de mais de um ano. Os títulos do banco britânico estão a ser beneficiados pelo anúncio de resultados positivos e pelo plano que prevê a alienação de ativos indesejados, designadamente em África.

As ações valorizam 2,11%, para as 2,40 libras, o que corresponde à cotação mais elevada desde o final de outubro de 2015, sendo que o título já chegou a disparar 3,93% nesta sessão. Um avanço que acontece depois de, esta manhã, o banco britânico ter divulgado que os seus lucros antes de impostos relativos ao último trimestre do ano passado se situaram em 330 milhões de libras (390 milhões de euros). Este montante representa uma inversão face às 2,1 mil milhões de libras (2,48 mil milhões de euros) de prejuízos registados no mesmo período do ano anterior.

Em termos ajustados, os lucros antes de impostos do banco liderado por Jes Staley fixaram-se em 284 milhões de libras (292,8 milhões de euros), abaixo das 646 milhões de libras (762,8 milhões de euros) previstas, em média, pelos analistas sondados pela Bloomberg, influenciados por maiores custos com bónus e por receitas menos evidentes na atividade de negociação.

Os lucros antes de impostos para a totalidade do ano subiram de 1.146 milhões de libras para 3.230 milhões (3,81 mil milhões de euros), o que ajudou o Barclays a reforçar o rácio de capital CET1 (Common Equity Tier 1) em 100 pontos base, para 12,4%. As estimativas dos analistas apontavam para que este indicador se situasse nos 11,8%.

Os resultados conhecidos na manhã desta quinta-feira marcam o fim do primeiro ano de Jes Staley nos comandos do banco britânico, período durante o qual apostou na separação ou redução substancial da banca de investimento, em vez de optar por acelerar a alienação do negócio. Nesta quinta-feira, o banco anunciou a intenção de encerrar seis meses mais cedo do que o previsto a unidade que concentra as atividades não core do banco, permitindo que a instituição mude de rumo depois da reestruturação e “concentrar-se apenas no futuro”, tal como afirmou o seu CEO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações da Galp aceleram com potencial de valorização de 30% da Bernstein

Bernstein prevê valorização de 30% dos títulos da Galp com ajuda da atividade no Brasil. Ações da petrolífera avançam de forma expressiva em dia de perdas na bolsa portuguesa.

As ações da Galp GALP 0,00% estão a contrariar o desempenho negativo da bolsa nacional, apresentando um ganho de quase 2%, depois de a casa de investimento Bernstein ter melhorado a estimativa para o título da petrolífera nacional onde antecipa um potencial de valorização de 30% até aos 17,7 euros.

Os títulos já estiveram a subir 1,99% para os 13,855 euros na manhã desta quinta-feira, tendência que entretanto esvaneceu ligeiramente para uma alta de 1,55% para os 13,80 euros. E isto num dia negativo para a bolsa nacional. O PSI-20, o principal índice português, perde 0,2% para 4.659,99 pontos.

A Bernstein aumentou o preço-alvo da Galp dos 14 euros para os 17,7 euros e melhorou também a recomendação de “market-perform” para “outperform”, refletindo a “incorporação de dados positivos adicionais em relação aos desenvolvimentos no pré-sal brasileiro”. Mais concretamente, a casa de investimento destaca a aceleração e reforço da produção nos FPSO (Unidade flutuante de armazenamento e transferência) brasileiros, assim como uma melhoria nos fatores de recuperação.

Com isto em mente, “esperamos um crescimento de produção de 32% em 2017 e um crescimento médio anual de 25% até 2020”, referiram os analistas Oswald Clint, Mark Tabrett e Supriya Subramanian, que assinam a nota da Bernstein.

“A inflexão do fluxo de caixa livre surgirá em 2048, mas deverá surpreender em 2017. Os fluxos de caixa livre serão usados para comprar mais recursos no Brasil em 2017 nos leilões ou no uso de direitos de preferência”, acrescentam os analistas, antecipando uma subida do atual nível de dividendos de 0,50 euros ou recompra de ações com o excesso de caixa que a Galp produzirá.

A Bernstein destaca ainda que a Galp continua a ser o único caso de investimento na Europa e “está barata face ao desempenho histórico de todas as métricas”.

A Galp registou um lucro de 483 milhões de euros em 2016, um resultado que fica 24% abaixo do alcançado no ano anterior e que reflete sobretudo as imparidades registadas na operação em Angola. No Capital Markets Day, que decorreu esta semana em Londres, Carlos Gomes da Silva apresentou aos investidores o plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos onde prevê um crescimento do EBITDA em torno de 20% ao ano até 2021.

Além disso, a petrolífera vai investir até cinco mil milhões para duplicar a produção, com o foco virado sobretudo para o petróleo no Brasil e o gás natural em Moçambique.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa defende estabilização da legislação laboral

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2017

"Andamos há anos a rever a legislação do trabalho. É, talvez, boa altura para estabilizá-la", afirmou o Primeiro-Ministro.

O primeiro-ministro apelou hoje aos patrões para serem parceiros diários no diálogo social, defendendo a estabilização da legislação laboral, a qualificação dos trabalhadores e a inovação tecnológica, numa estratégia coletiva de desenvolvimento do país.

“É, por isso, da maior importância que seminários como este sejam desenvolvidos pelos parceiros sociais, que não só parceiros de negociação anual com o Governo. Têm de ser parceiros do dia-a-dia de uma estratégia comum de desenvolvimento, que tem de assentar na execução do nosso Plano Nacional de Reformas. Não é um plano do Governo. Tem de ser o plano do conjunto da sociedade, uma agenda para a próxima década, que tem de transcender esta legislatura”, afirmou António Costa.

O chefe do executivo socialista dirigia-se à plateia da conferência “Moldar o Futuro”, organizada pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), em Lisboa, na abertura dos trabalhos, declarando que “só o investimento continuado e persistente permitirá resolver os bloqueios estruturais” da economia portuguesa.

Não é aceitável que 10% dos contribuintes que declaram rendimentos do trabalho se encontrem abaixo do limiar da pobreza. Essa pobreza tem de ser erradicada a par da pobreza infantil. É fundamental não repetirmos o erro de diagnóstico sobre quais são os problemas estruturais. Andamos há anos a rever a legislação do trabalho. É, talvez, boa altura para estabilizá-la“, continuou António Costa.

Para o líder do PS, há que “assegurar e proteger o valor da concertação social, mas ele tem de se desenvolver a todos os níveis – ao nível da contratação coletiva e do diálogo social de cada empresa”.

O presidente da CIP, António Saraiva, em início de novo mandato, discursou antes do chefe do Governo sobre “o imperativo do crescimento”, impedido pela dívida pública demasiado elevada, a qual deverá ser “reestruturada pela positiva e em contexto de mercado” em vez de um pedido de perdão unilateral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hotel icónico de Nova Iorque fecha. Veja as fotos

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2017

Nova Iorque é a cidade que nunca dorme nem descansa, mas há momentos em que se tem de parar. O Waldorf Astoria foi esse poiso para Presidentes e artistas durante 85 anos. Fecha, mas abrirá.

O Waldorf Astoria é um dos mais icónicos hotéis de Nova Iorque, mas em março vai fechar. E assim vai ficar até que as obras para renovar o edifício estejam completas, o que vai demorar pelo menos dois anos, estima o Business Insider. Esta renovação vem no seguimento da aquisição do hotel pelos chineses da Anbang, por 1,95 mil milhões de dólares em 2014, à então dona Hilton Worldwide.

Existem partes que vão ser conservadas, dado que o hotel representa um valor histórico por ter albergado vários Presidentes dos Estados Unidos. Ainda assim, 85 anos depois de ter sido edificado, o Waldorf Astoria vai sofrer remodelações e, apesar de ainda não estar confirmado, prevê-se que a seguradora chinesa que agora detém o hotel transforme os quartos e as suítes em condomínios.

O valor do Waldorf Astoria é apurado também pela sua ligação às artes. Por lá descansaram Elizabeth Taylor, Frank Sinatra e Sophia Loren. Além disso, o restaurante é uma referência na cidade, tendo ditado várias tendências no passado. Eis as fotos que recordam o passado perante um futuro incerto:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo dispara com sinais de maior consumo nos EUA

Inventários de petróleo estão em queda no maior consumidor mundial de energia e isso está a impulsionar os preços do barril nos mercados internacionais.

Uma queda surpreendente nos inventários de petróleo nos EUA está a dar força aos preços do barril de petróleo na sessão deste quinta-feira, sugerindo que o excesso global de ouro negro pode ter os dias contados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido cortar a produção este ano.

O brent, referência para as importações nacionais, avança 1,65% para 56,76 dólares por barril. Também o barril de crude, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,57% para 54,43 dólares.

Dados revelados esta quarta-feira indicaram que os inventários de petróleo nos EUA caíram em 884 mil barris na semana que terminou a 17 de fevereiro para os 512,7 milhões de barris, uma evolução que surpreendeu as projeções dos analistas, que esperavam um crescimento de 3,5 milhões de barris. Os stocks de gasolina e combustível destilado também caíram, revelou o American Petroleum Institute, indicando maior consumo por parte do maior consumidor mundial de energia.

Para Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, os preços do petróleo poderão continuar a subir se a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) também reportar uma queda nos inventários quando publicar os seus dados esta quinta-feira. “Se os dados da EIA confirmarem uma queda nos stocks, podemos ver o mercado subir mais”, referiu o analista.

Dia de ganhos no brent

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Já Tony Nunan, gestor da Mitsubishi, referiu que os mercados precisam de ver se os inventários em todo o mundo também estão a cair para perceber o impacto da decisão da OPEP de baixar a produção para sustentar os preços do barril.

"É uma batalha entre quão rápido a OPEP pode cortar sem que o petróleo de xisto recupere os níveis de produção. O que a OPEP tem realmente de fazer é fazer com que os inventários recuem.”

Tony Nunan

Analista da Mitsubishi Corp

“É uma batalha entre quão rápido a OPEP pode cortar sem que o petróleo de xisto recupere os níveis de produção”, frisou Nunan. “O que a OPEP tem realmente de fazer é fazer com que os inventários recuem”.

A OPEP e outros produtores incluindo a Rússia têm como objetivo reduzir a produção em cerca de 1,8 milhões de barris por dia, numa tentativa de secar o excesso de oferta no mercado que tem mantido os preços do ouro negro em baixa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.