Conversas a 2, com a McDonald’s

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2017

No Conversas a 2 vamos perceber a estratégia da McDonald's em Portugal e as exigências que se colocam aos fornecedores portugueses, que já valem 40% do total.

Conversas a 2 é um novo espaço de conversas no ECO e vai arrancar com a McDonald’s. Será um fórum de debate em direto — e que pode acompanhar no site e no Facebook do ECO — dedicado aos temas que marcam a economia num formato de entrevista com a duração de 15 minutos.

Nesta primeira edição do Conversas a 2, vamos saber como é que a McDonald’s definiu a sua estratégia para o mercado português tendo em conta as especificidades locais, e especialmente a relação de parceria com fornecedores nacionais. Hoje, a McDonald’s compra 40% dos seus produtos a fornecedores portugueses, garante a companhia de restauração. O tema central da conversa é “Economia da restauração” e decorre na terça-feira, dia 21 de fevereiro, às 14h30.

Neste contexto, é particularmente relevante perceber os modelos de certificação de fornecedores e as exigências de qualidade para integrar este grupo. E, claro, que mercados se abrem aos fornecedores da McDonald’s em Portugal.

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Novo Banco: BdP confirma negociações exclusivas com Lone Star

  • Rita Atalaia
  • 20 Fevereiro 2017

O Banco de Portugal já confirmou que está em negociações exclusivas com o fundo norte-americano Lone Star para a venda do Novo Banco.

O Banco de Portugal (BdP) já confirmou: o Lone Star está em negociações exclusivas para ficar com o Novo Banco. O Governo recebeu uma recomendação do supervisor do setor financeiro para avançar para uma nova fase do processo com o fundo norte-americano. Depois de melhoradas as condições da oferta, António Costa e o fundo vão agora entrar em negociações exclusivas.

O Lone Star está cada vez mais perto de ficar com o banco de transição que resultou da falência do Banco Espírito Santo. O Banco de Portugal já confirmou que entrou em negociações exclusivas com o fundo norte-americano para a venda do Novo Banco.

"O Banco de Portugal decidiu selecionar o potencial investidor Lone Star para uma fase definitiva de negociações, em condições de exclusividade, com vista à finalização dos termos em que poderá realizar-se a venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco”

Banco de Portugal

“O Banco de Portugal decidiu selecionar o potencial investidor Lone Star para uma fase definitiva de negociações, em condições de exclusividade, com vista à finalização dos termos em que poderá realizar-se a venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco”, lê-se no site do banco central. Negociações que, segundo o Jornal de Negócios, deverão também envolver Bruxelas.

Desde a proposta inicial até agora, o Lone Star reviu as condições exigidas no âmbito deste processo. Se inicialmente pretendia que fossem dadas garantias estatais para eventuais perdas no “side bank”, agora essas foram deixadas cair, algo que agrada ao Governo já que essas garantias teriam implicações no défice.

O Lone Star dá mais um passo para a compra, mas não de 100% do Novo Banco. É provável que se assista a uma compra conjunta de ações do Novo Banco por parte do Estado e do fundo ao Fundo de Resolução, com a consequente capitalização em proporção do capital de cada um.

A maioria do capital terá de ser sempre de Lone Star, para o Novo Banco deixar de ser um “banco de transição”, e, neste contexto, o Governo está a negociar com o Eurostat uma solução que permita que o apuramento do impacto dessa operação no défice seja feito apenas quando se efetivar uma venda posterior da posição do Estado, revelaram ao ECO várias fontes conhecedoras do processo.

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Walking Dead. BPI junta-se ao clube dos mortos vivos na bolsa portuguesa

A lista de mortos vivos na bolsa portuguesa não pára de aumentar. O BPI juntou-se ao clube de zombies depois da OPA do CaixaBank. Euronext assume vontade de regenerar mercado. Mas há interesse?

Não faltam zombies no mercado nacional. (Ilustração de Raquel Martins)Raquel Sá Martins

A sétima temporada de Walking Dead regressa mais logo à antena da Fox. A série norte-americana retrata o instinto de sobrevivência do Homem num mundo dominado por zombies. É mais ou menos esse o sentimento dos investidores na bolsa portuguesa. O BPI juntou-se ao vasto clube de mortos-vivos na praça nacional. É um Walking Dead à portuguesa.

As cotadas são consideradas como zombie quando apresentam uma escassa liquidez e uma baixa dispersão de capital (reduzido free float), o que leva a que centrem menos atenção de investidores e analistas (havendo poucos ou nenhuns a cobrirem essas cotadas). Na bolsa portuguesa, não faltam mortos vivos: Vista Alegre, Luz Saúde, Estoril Sol, Cimpor, Sonaecom, Pharol… um clube ao qual se juntou recentemente o BPI, depois da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank ter deixado apenas cerca de 7% do capital disponível para negociação.

O BPI era um dos títulos que despertava maior interesse por parte dos investidores“, diz a equipa de analistas do Banco BiG. “Não perspetivamos a entrada de novas empresas em bolsa, o que acaba por exponenciar o perfil histórico-cultural relativamente anémico do mercado de capitais português”, acrescenta.

O cenário é um pouco desolador. Além de um menor número de empresas cotadas, que foram saindo da bolsa ora por via de aquisições e fusões, ora por via de falências, muitas das que ainda resistem no mercado de capital apresentam um nível de liquidez pouco interessante do ponto de vista do investidor.

De acordo com os dados compilados pela Bloomberg, um quinto das cotadas nacionais apresenta um free float abaixo de 15%, um nível abaixo do qual um investidor corre o risco de ficar com as ações “estancadas” na sua carteira sem que se vislumbre um potencial comprador durante um bom período de tempo. É esse o limite estabelecido pela Euronext para uma cotada sonhar com a subida ao principal escalão bolsista nacional, o PSI-20.

São zombies que não assustam o BiG: “Ainda há sólidas empresas, em diferentes setores de atividade, que deverão continuar a atrair interesse de investidores nacionais e internacionais”.

"O BPI era um dos títulos que despertava maior interesse por parte dos investidores. Não perspetivamos a entrada de novas empresas em bolsa, o que acaba por exponenciar o perfil histórico-cultural relativamente anémico do mercado de capitais português.”

Banco BiG

É preciso recuar até dezembro de 2014 para chegarmos à última Oferta Pública de Venda (OPV) que levou uma empresa nacional à bolsa. Foram os CTT, depois de um processo de privatização do Governo de Passos Coelho na altura da troika, numa operação que rendeu um total de 909 milhões de euros aos cofres do Estado.

Antes, em fevereiro de 2014, também a Espírito Santo Saúde alcançava o mercado de capitais. Mas da mesma forma como entrou e gerou entusiasmo em torno de um novo capítulo na bolsa portuguesa, em poucos meses foi alvo de uma OPA da Fidelidade, dos chineses da Fosun. Mudou de nome, passou a chamar-se Luz Saúde e hoje em dia é controlada em 98,7% pela seguradora sino-portuguesa.

Apocalipse no PSI-20

A Espírito Santo Saúde era uma das jóias do Grupo Espírito Santo. A queda do império Espírito Santo em 2014 representou o momento apocalíptico para bolsa portuguesa. Criou um cemitério para onde foram BES, Espírito Santo Financial Group e outras sociedades do grupo. O processo arrastou consigo a Portugal Telecom, na sequência de um investimento a “fundo quase perdido” de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte. Foi divida em duas: a Meo (PT Portugal) foi vendida aos franceses da Altice e a PT SGPS, que ressurgiu com o nome Pharol.

A cotada liderada por Palha da Silva é um dos zombies que vão deambulando num PSI-20 desmembrado. Apesar do vibrante arranque de ano que está a apresentar, não há analista que acompanhe a Pharol. Isto porque a antiga PT SGPS funciona como um “paradeiro” de uma posição de 22% da brasileira Oi. Tal como é a Semapa, a holding de Pedro Queiroz Pereira que detém a Navigator.

Sem uma regeneração da bolsa à vista, tornar o mercado de capitais atrativo para as empresas — e atrair o entusiasmo dos investidores — deverá representar uma das tarefas cruciais do novo presidente do Euronext, Paulo Rodrigues da Silva. Pelo menos foi essa a principal frente de atuação de Maria João Carioca no seu curto mandato à frente da Euronext Lisboa.

Em entrevista ao ECO, logo após ter assumido a presidência da gestora da bolsa de Lisboa, Carioca disse estar a trabalhar no sentido de trazer mais empresas para a bolsa, admitindo preocupação com a pouca profundidade e baixa liquidez do mercado nacional. A bolsa precisa desesperadamente de novas cotadas? “Desesperadamente é uma expressão muito, muito muito forte. Acho que mais do que precisar de mais empresas, a bolsa portuguesa precisa muito de consolidar as histórias de qualquer empresa que esteja no mercado“, sublinhou a gestora que está de saída para a Caixa Geral de Depósitos.

"Acho que mais do que precisar de mais empresas, a bolsa portuguesa precisa muito de consolidar as histórias de qualquer empresa que esteja no mercado.”

Maria João Carioca

Presidente da Euronext Lisboa

Sobre a presença de empresas zombies, Carioca lembrou que algumas assumem esse estatuto por decisão dos próprios acionistas, que preferem manter a porta do mercado de capitais aberta em vez de retirar a cotada definitivamente da bolsa. Reforçou que o mercado tem sempre de ser visto numa perspetiva de longo prazo. “Temos de ser capazes de conviver com estes ciclos deprimidos garantindo que os mecanismos de mercado continuam a funcionar e que não deitamos o bebé fora com a água do banho“, referiu.

Vagueando na bolsa

Um quinto das cotadas nacionais apresenta um free float abaixo de 15%. Cotadas como Pharol e Semapa funcionam como “paradeiros” de participações noutras empresas e estão na principal montra nacional. Conheça alguns zombies que vagueiam na bolsa nacional, um clube ao qual se juntou este mês o BPI.

CaixaBank “seca” BPI

A OPA do CaixaBank secou quase por completo a dispersão do BPI em bolsa. Os espanhóis ficaram com mais de 84,5% do banco português. Só que a Allianz não participou na oferta, deixando o BPI com um free float de cerca de 8%, razão pela qual a Euronext decidiu excluí-lo do PSI-20.

Continuará na bolsa? Sem hipótese de realizar uma OPA potestativa, Gonzalo Górtazar, presidente do grupo catalão, afirmou que a intenção é manter o BPI na bolsa. Mas abriu a porta à saída do mercado de capitais. “Temos de analisar se a liquidez é suficiente”. E “que alternativas temos”, precisou o responsável espanhol.

Pharol vê a luz

O que torna a Pharol num morto vivo não é tanto a baixa dispersão em bolsa. É antes o facto que a empresa existir apenas como um paradeiro de uma participação de 22% na Oi, a operadora brasileira que enfrenta o maior processo de recuperação judicial da história do Brasil.

Apesar da sua condição zombie, as ações têm estado bem vivas desde o início do ano. Apresentam o melhor desempenho em Lisboa — avançam mais de 80% em 2017 — acompanhando a evolução da Oi, que prossegue o seu plano de reestruturação perante o interesse de vários fundos na sua aquisição.

Luz (sem) Saúde na bolsa

Apenas 1,3% da Luz Saúde ainda deve estar disperso em bolsa, depois de a Fidelidade ter reforçado a sua posição ao longo dos últimos meses, na sequência da OPA realizada em 2014. A Fidelidade é detida pelos chineses da Fosun, que estão cada vez mais perto de assumir a totalidade do capital da empresa liderada por Isabel Vaz.

Cimpor deambula desde 2012

Desde que foi alvo de OPA por parte da brasileira Camargo Corrêa, em 2012, a dispersão da Cimpor em bolsa nunca foi suficiente para retirar a cimenteira portuguesa do estado “moribundo” que se apresenta como cotada — enquanto empresa, a Cimpor mantém viva a sua atividade. Menos de 5% do seu capital está disponível para negociação entre os investidores.

Sonaecom perdeu vida com saída da Optimus

Fundiu-se a Optimus com a Zon, nasceu a Nos, mas a Sonaecom perdeu vida. A empresa do universo Sonae ainda forçou uma saída da bolsa depois de uma OPA sobre os minoritários. Mas a operação não foi bem-sucedida. Hoje em dia, restam apenas 7,5% de capital da Sonaecom em bolsa. Está em vista o abandono do mercado de capitais.

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Estado da relação de Trump com a UE: é complicado

Esta segunda-feira, o vice-presidente dos EUA encontrou-se com Juncker e Donald Tusk. A visita à União Europeia não é feita por Donald Trump, o presidente que já criticou por diversas vezes a UE.

Mike Pence veio esta segunda-feira à União Europeia e na sombra tinha a invenção de Trump sobre a Suécia, já espalhada na internet. O presidente dos EUA justificou-se com uma suposta notícia da FOX News, mas os estragos estavam feitos e os suecos não demoraram a responder. Desde o início que a relação com a UE tem sido complicada: temas como a NATO, imigração a terrorismo não têm ajudado, para além das palavras duras de Angela Merkel e as amizades de Donald Trump com Nigel Farage e Marine Le Pen.

 

Um mês depois da nova administração ter tomado posse no outro lado do Atlântico, o vice-presidente dos EUA veio à Europa para clarificar a estratégia internacional do país que continua a ser “o polícia do mundo”. Um cognome que pode mudar uma vez que a nova liderança norte-americana quer cortar os gastos militares, pelo menos no que toca à participação na NATO. Para compensar, os restantes países, principalmente os europeus têm de aumentar o investimento. Para já reina a cautela, até nas palavras do Papa Francisco que deu o benefício da dúvida a Trump.

Os primeiros relatos do encontro vieram de Donald Tusk e dão uma imagem positiva. O Presidente do Conselho Europeu já se encontrou com Pence e deixou um aviso: “Os anúncios da morte do Ocidente têm sido muito exagerados“. Tusk divulgou no Twitter que perguntou ao vice-presidente dos EUA se partilhava as suas opiniões em três aspetos: ordem internacional, segurança e a atitude da nova administração norte-americana para com a UE. A resposta? Três redondos ‘sim’. “Agora os Europeus e os Americanos devem simplesmente fazer o que dizer”, afirmou Donald Tusk.

Mike Pence corroborou essa ideia momentos depois numa conferência de imprensa, garantido que os EUA e a UE partilham os mesmos valores. “Hoje é meu privilégio, em nome do Presidente [Donald] Trump, expressar o forte compromisso dos Estados Unidos em prosseguir a cooperação e a parceria com a União Europeia. Independentemente das nossas diferenças, os nossos dois continentes partilham a mesma herança, os mesmos valores, e acima de tudo, o mesmo objetivo: promover a paz e a prosperidade através da liberdade, da democracia e respeito pelo Estado de Direito, e nesses objetivos continuaremos comprometidos“, afirmou o vice-presidente dos EUA, citado pela Lusa.

Hoje é meu privilégio, em nome do Presidente Trump, expressar o forte compromisso dos EUA em prosseguir a cooperação e a parceria com a UE.

Mike Pence

Vice-presidente do EUA

A chefe da diplomacia europeia, Frederica Mogherini, tinha visitado os EUA há cerca de semana e meia. Nessa altura, Mogherini disse à nova administração para se preocupar primeiro com os problemas internos, relatou o The Guardian. Na visita de dois dias a Washington, a chefe da diplomacia europeia criticou ter ouvido da nova administração que a UE “não é necessariamente uma boa ideia”. “Não devo nem nenhum europeu deve falar sobre as escolhas ou decisões da política doméstica dos EUA. O mesmo se aplica à Europa – sem interferência”, avisou.

O mesmo se aplica à Europa – sem interferência.

Federica Mogherini

Chefe da diplomacia europeia

União Europeia? Vai acabar

“Olha-se para a UE e é a Alemanha. Basicamente, é um veículo para a Alemanha. Por isso é que acho que o Reino Unido foi tão inteligente em sair”. Esta foi uma das frases que Donald Trump disse ao britânico The Times, poucos dias antes de tomar posse como presidente. Foi mais um disparo, a 16 de janeiro, na direção da União Europeia. Nesse entrevista o norte-americano antecipou o colapso da UE que, diz, não é mais do que “um veículo” alemão.

Trump defendeu ainda que outros países deverão seguir o exemplo do Reino Unido: “Acredito que outros vão sair. Realmente, eu penso que manter [a UE] unida não vai ser tão fácil como muita gente pensa”, disse. Donald Trump disse-se ainda empenhado em fazer “rapidamente” um acordo comercial entre o Reino Unido e os Estados Unidos logo depois do Brexit: “Sou um grande fã do Reino Unido. Vamos trabalhar em conjunto para o fazer devidamente e de forma rápida. Bom para ambas as partes”, afirmou.

As declarações não são surpreendentes. Logo após ter vencido as eleições, o atual Presidente dos EUA recebeu na Trump Tower o eurocético Nigel Farage, político britânico responsável pela campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia. Nesse encontro, Donald Trump chegou até a tweetar que Farage seria um “bom” embaixador britânico nos Estados Unidos.

Mas Farage não é o único “amigo anti-UE europeu” de Trump. Também a candidata da Frente Nacional, um partido da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, foi vista na Trump Tower a meio de janeiro, antes de o novo Presidente tomar posse. A especulação foi bastante, mas não se soube se a candidata às eleições presidenciais de abril, em França, falou com Donald Trump. Mas essa ligação voltou a levantar a preocupação com a evolução do populismo em todo o mundo com a recente proliferação na Europa.

Reino Unido

Theresa May pareceu dar-se bem com Trump na visita que fez aos EUA, mas arranjou problemas internamente. Os dois chegaram a um pré-acordo comercial, ainda que não seja oficial uma vez que o Reino Unido continua dentro da União Europeia e não pode negociar unilateralmente este tipo de acordos. A relação, longe de ser complicada, pelo que foi transmitido, foi logo manchada com o anúncio da lei anti-imigração que bania cidadãos de sete países muçulmanos de entrar nos Estados Unidos e que os britânicos não tardaram a criticar.

E foram os próprios deputados a insurgirem-se contra uma visita de Trump ao Reino Unido. O porta-voz da Câmara dos Comuns disse estar contra uma intervenção de Trump e, por isso, o Presidente dos EUA poderá só ir a Londres em agosto ou setembro, altura em que o Parlamento está fechado para férias e, por isso, Donald Trump não poderá discursar perante as câmaras. “Eu creio que a nossa oposição ao racismo e ao sexismo e o nosso apoio à igualdade perante a lei (…) são considerações bastante importantes na Câmara dos Comuns”, afirmou, entre aplausos dos deputados, o porta-voz da Câmara dos Comuns, John Bercow, quando confrontado com a situação.

Suécia

A mais recente polémica de Donald Trump também tem a ver com a Europa, neste caso com um país nórdico. É que num comício na Florida, o atual Presidente dos EUA disse o seguinte em defesa da sua política anti-refugiados e anti-imigração: “Olhem para o se passa na Alemanha, olhem para o que se passou ontem à noite [sexta-feira] na Suécia. A Suécia, quem haveria de pensar? A Suécia. Eles acolheram muitos refugiados e agora têm problemas como nunca imaginaram que iriam ter”.

A falsa informação propagou-se rapidamente na rede social Twitter, onde o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt escreveu: “A Suécia? Um atentado? O que é que ele andou fumar?”. A declaração animou a rede social sob os hashtags #LastNightinSweden (ontem à noite na Suécia) e #SwedenIncident (incidente na Suécia), com os quais Trump foi ridicularizado um pouco por todo o mundo.

Diploma anti-imigração

Este tem sido o tema com maior repercussão em vários países. Para além das manifestações da população, Trump recebeu um sinal vermelho de vários líderes políticos internacionais, nomeadamente de Portugal, mas também da União Europeia. Foi a própria Comissão Europeia que anunciou que ia analisar os potenciais efeitos para os europeus da decisão do Presidente dos EUA de impedir a entrada no país de cidadãos de vários países de maioria muçulmana.

“Estudaremos qualquer potencial consequência para os cidadãos da União Europeia” (UE) depois do anúncio feito pelos EUA, disseram à agência EFE fontes da Comissão Europeia (CE). Num artigo de opinião publicado pelo jornal alemão Welt am Sonntag, o presidente da CE, Jean-Claude Juncker, defendia as medidas adotadas pelos 28 Estados-membros respeitantes à ajuda aos refugiados, mas também de reforço da segurança nas fronteiras e de luta contra o terrorismo. Entretanto, o diploma já foi declarado inconstitucional pelos tribunais norte-americanos, mas Trump diz querer voltar à carga.

Rússia e a Crimeia

A relação com a Rússia e a anexação da Crimeia são dois temas quentes para as relações entre os Estados Unidos e a União Europeia. A nova administração tem sido acusada de manter ligações fortes com o Kremlin, uma acusação que voltou a estar em cima da mesa com a recente demissão da equipa de Trump. Em causa estão informações de que teria enganado o vice-presidente, Mike Pence, e outros funcionários sobre os seus contactos com a Rússia.

Na carta da demissão, Flynn disse que teve várias conversas telefónicas com o embaixador russo nos Estados Unidos durante o período de transição, antes da tomada de posse da Administração Trump, e que forneceu “informação incompleta” sobre essas conversas ao vice-presidente norte-americano. O vice-presidente dos EUA, alegadamente, baseou-se na informação fornecida por Flynn, indicando que o seu assessor para a Segurança Nacional não tinha discutido as sanções com o enviado russo, embora Flynn tenha admitido posteriormente que o tema possa ter sido abordado.

São várias as alegadas interferências russas nas eleições norte-americanas, e não só. Mas existe um tópico onde Donald Trump está ao lado da União Europeia: o Presidente dos EUA quer que Vladimir Putin devolva a Crimeia à Ucrânia e reduza a violência, segundo as declarações do porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

A balança comercial e os acordos comerciais

Taxas e mais taxinhas, tem sido essa a promessa de Donald Trump para todos os países que prejudiquem comercialmente os EUA. É o caso do México, mas não só. O conjunto dos países da União Europeia representam o segundo maior desequilíbrio da balança comercial dos Estados Unidos. Em 2015, essa diferença foi de 100 mil milhões de euros com a UE a sair a ganhar das trocas comerciais entre os dois lados do Atlântico. Curiosamente, a balança comercial com o Reino Unido é, desde 2006, positiva para os norte-americanos.

Donald Trump tem atacado os acordos comerciais, nomeadamente o NAFTA (North American Free Trade Agreement) e o Tratado Transpacífico, além de ter anunciado a criação de novas taxas aduaneiras para certos produtos. Durante a campanha, o agora Presidente dos EUA dizia que os outros países estavam a beneficiar, em termos de postos de trabalho e balança comercial, à custa dos Estados Unidos. No entanto, o problema está também com a continuada procura interna norte-americana, a qual continua a manter as importações em níveis elevados.

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Amazon investe no Reino Unido

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2017

Brexit não afasta gigante mundial do Reino Unido. Empresa vai contratar 5 mil funcionários em 2017.

O Brexit não afasta a Amazon do Reino Unido. A multinacional está a recrutar mais colaboradores para a Grã-Bretanha dizendo que a saída do país liderado por Theresa May não afetou os seus planos de investimento, avança a Reuters.

O gigante mundial do retalho eletrónico tem plano para somar mais de 5.000 empregos em 2017, um valor recorde para aquele mercado. Depois destas contratações, a Amazon atinge mais de 24 mil funcionários no Reino Unido. Na base destas contratações está o desenvolvimento do negócio de computação e tecnologia de reconhecimento de voz, assim como o reforço da divisão pelo uso de “drones” em tarefas de transporte de mercadoria.

Os novos funcionários da Amazon irão ficar sediados em Londres, na nova sede da empresa.

Mas esta não é a única tecnológica a investir no Reino Unido, uma vez que quer a Google, quer a Apple já no ano passado tinham reforçado os seus investimentos naquele mercado. Em causa está a grande concentração de conhecimentos de tecnologia concentrados em Londres. Este movimento das tecnológicas contrasta com os planos de contingência apresentados pelo setor financeiro.

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Prazo para candidaturas ao Contrato-Emprego foi estendido até 10 de março

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 20 Fevereiro 2017

Prazo inicial terminava no dia 25 de fevereiro e as empresas tinham de registar a sua oferta de emprego até hoje. Mas estas datas foram alargadas.

O prazo para a apresentação de candidaturas à medida Contrato-Emprego foi estendido até 10 de março, avança o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O período inicialmente previsto terminava a 25 de fevereiro, o que obrigava as empresas a registar as suas ofertas de emprego até hoje. Com o novo prazo, todas estas datas são empurradas para a frente.

“O período para apresentação de candidaturas decorre entre as 9h00 do dia 25 de janeiro de 2017 e a 18h00 do dia 10 de março de 2017”, indica agora o aviso de abertura de candidaturas ao novo apoio ao emprego.

Nesta primeira fase, podem concorrer todas as ofertas de emprego registadas entre 25 de julho de 2016 (depois de fechado o acesso ao antigo Estímulo Emprego) e 3 de março (nova data). As ofertas mais recentes devem sinalizar a intenção de aderir à medida. E o empregador também pode identificar o desempregado que quer contratar, desde que este reúna os requisitos.

O atual prazo de adesão conta com uma dotação orçamental de 20 milhões de euros e as candidaturas que não sejam aprovadas agora podem ser aceites em períodos posteriores, em termos a definir. Este ano, ainda há mais duas oportunidades: o segundo período de candidatura decorre entre 1 e 31 de maio e o terceiro entre 1 e 31 de outubro.

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Mercado reage ao fim da oferta: Unilever e Kraft afundam

A proposta da Kraft para comprar a Unilever por 143 mil milhões teve vida curta, mas está a ter efeitos. As ações das duas empresas estão a cair, depois de na sexta terem atingido máximos históricos.

A proposta da Kraft Foods para comprar a Unilever no valor de 143 mil milhões de dólares teve uma vida curta. Em menos de 48 horas a proposta foi conhecida, rejeitada pela Unilever 34MY 0,00% e retirada. Resultado as ações das duas empresas estão a cair.

A Bloomberg avança que a decisão de não prosseguir com aquele que poderia ter sido a maior aquisição de sempre na indústria de alimentos e bebidas fica a dever-se ao facto de a Kraft Foods, que tem Warren Buffett como um dos principais acionistas, ter considerado que não era possível chegar a uma transação amigável. Segundo fontes próximas ao negócio, citadas pela Bloomberg, uma “guerra” prolongada não era do interesse da Kraft que acredita que isso a poderia prejudicar em futuras oportunidades de negócio.

Michael Mullen, porta-voz da empresa americana adiantou mesmo que “o interesse da Kraft Heinz foi tornado público numa fase muito precoce“. E adiantou: “A nossa intenção era proceder de forma amigável, mas ficou claro que a Unilever não desejava prosseguir com uma transação. É melhor sair cedo para que ambas as empresas possam concentrar-se nos seus negócios”.

Na sua resposta à proposta, a holandesa Unilever tinha considerado que “não havia nenhum mérito, quer financeiro quer estratégico, para os acionistas da Unilever”.

Ainda assim, a primeira reação da Kraft foi dizer que ia estudar uma forma de as duas empresas poderem chegar a um acordo. Declarações essas que levaram as ações de ambas as empresas a atingirem máximos históricos. A Kraft chegou a subir mais de 11%, enquanto a Unilever registou mesmo uma subida de 13%.

Analistas ouvidos pela Bloomberg consideram que a rápida retirada da oferta é surpreendente e afirmam que esta episódio pode mesmo afetar a credibilidade da Kraft.

No conjunto as duas companhia fecharam 2016 com um volume de vendas de 84,8 mil milhões de dólares, um valor só superado pela Nestlé.

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Partner com mais energia? Agora é elétrico

A Peugeot acrescentou mais um modelo à lista de automóveis totalmente elétricos. Depois do iOn, e do Partner, agora é a vez do Partner Tepee ficar ligado à corrente. Tem autonomia para 170 km.

O Peugeot Partner não é um estranho para quem anda na estrada no dia-a-dia. E fazem todos o mesmo barulho… do motor a gasóleo. Mas isso vai mudar. É que a marca francesa está prestes a apresentar a versão elétrica. O Partner Tepee Electric, que chegará ao mercado mais perto do final do ano, promete a mesma habitabilidade, mas com o silêncio deste novo sistema de propulsão. As baterias prometem uma autonomia de 170 km.

O interior modulável é o mesmo que existe no modelo atual. A capacidade de carga até 3.000 litros também. A diferença está no motor que carrega tanto pessoas com os volumes que se põem no interior. Em vez do 1.6 a gasóleo, o Partner Tepee contará com um motor elétrico de 67 cv sob o capot. É alimentado por dois packs de baterias de iões de lítio colocados no fundo da viatura.

A Peugeot, que vai apresentar a novidade no Salão de Genebra, antecipando que a comercialização arranque em setembro, refere que com as baterias na máxima carga, o Tepee vai apresentar “uma autonomia de 170 km no ciclo europeu (NEDC) e reúne um conjunto de funções para otimizar essa autonomia numa utilização em condições reais”, nomeadamente através do aproveitamento da energia das travagens.

Os 170 km não dão para grandes viagens, mas asseguram as necessidades do dia-a-dia de muitas famílias. E quando as baterias acabarem, haverá duas formas de as recarregar: numa tomada doméstica clássica, que será feita em 8h30, 12h00 ou 15h00, consoante a amperagem da tomada; ou numa ficha CHAdeMO que garante 80% da capacidade em apenas 30 minutos. A garantia das baterias é de oito anos ou 100 mil km.

Controlado à distância

O Partner Tepee Electric terá um motor elétrico para se mover, mas também para entreter quem vai a bordo. A Peugeot aposta num grande touchscreen a cores de sete polegadas perfeitamente integrado, ao centro do painel de bordo, sendo que este terá tanto Bluetooth, como entradas USB e AUX, além da função MirrorScreen. Ou seja, poderá utilizar o touchscreen para replicar o ecrã do smartphone, seja Apple ou Android.

Bastará também um smartphone, com uma aplicação da marca, para interagir com o automóvel. A Peugeot diz que será possível, à distância, programar o aquecimento ou a climatização do habitáculo, o ideal para arrefecer o interior nos dias de calor. Mas também será possível ficar a conhecer o estado da carga da bateria, bem como estimar a duração da sua recarga.

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Equador proíbe uso de paraísos fiscais

É um momento histórico: segundo a WikiLeaks, este é o primeiro país no mundo a fazer um referendo para proibir que gestores públicos e políticos sejam proibidos de usar paraísos fiscais.

Os resultados preliminares do referendo no Equador sobre a proibição do uso de paraísos fiscais dão a vitória ao sim. O resultado já foi celebrado por Julian Assange, o líder da WikiLeaks que continua na Embaixada do Equador em Londres, ligando a proibição com a divulgação dos Panama Papers pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação em abril de 2016. Se o resultado se confirmar, os funcionários e gestores públicos, além dos políticos, não vão poder ter contas ou bens em paraísos fiscais.

O resultado também foi celebrado por um dos principais jornalistas envolvidos na investigação dos Panama Papers, o alemão Bastian Obermayer, repórter no jornal Süddeutsche Zeitung. Foi com outro jornalista alemão do mesmo jornal, Frederik Obermaier, que escreveu um livro sobre a investigação dos Panama Pappers, um escândalo de evasão fiscal com epicentro na Europa e na sociedade de advogados Mossack Fonseca, mas que tinha ligações à América Central e do Sul, principalmente ao Panamá.

O referendo aconteceu este domingo a par de eleições para os deputados da Assembleia Nacional, mas também para o próximo Presidente. As últimas sondagens à boca das urnas dão vantagem ao candidato Lenin Moreno, ex-vice-presidente de Correa (2007-2013), que concorre juntamente com o atual vice-presidente, Jorge Glas, aspirante a ser reeleito no cargo.

Nas presidenciais no Equador, qualquer dos candidatos poderá ganhar a votação se alcançar a maioria absoluta dos votos (metade mais um) ou, pelo menos, 40% dos votos e uma diferença de dez pontos percentuais face ao segundo mais votado. Caso contrário, realiza-se uma segunda volta, prevista para 2 de abril.

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Revista de imprensa internacional

A Suécia está estupefacta com as declarações de Trump, dando a entender que tinha havido um ataque terrorista naquele país. O Brexit continua na ordem do dia e no Brasil já se fala em retoma económica

Enquanto no Reino Unido, Theresa May continua a braços com o Brexit, os Estados Unidos prosseguem a saga de Donald Trump: desta vez é um hipotético atentado na Suécia a marcar a atualidade. De visita a Espanha, o presidente francês quer que Rajoy volte a entrar na cúpula europeia. Ainda em Espanha, a Amazon, que já anunciou também que vai expandir a atividade no Reino Unido, vai criar mais 500 empregos. Do outro lado do Atlântico, talvez à boleia do Carnaval, o governo brasileiro prevê a retoma económica.

FT

Brexit e o direito dos cidadãos

O Brexit continua a dar que falar e as incertezas à volta da saída do Reino Unido da União Europeia são mais que muitas. Em causa está o destino de quatro milhões de expatriados da UE e dos britânicos. Diplomatas da UE dizem que a confusão é enorme, sobretudo no que diz respeito às negociações à volta dos direitos dos cidadãos. Quer a UE, quer Londres concordam que é preciso um acordo recíproco para garantir os direitos dos cidadãos da UE na Grã-Bretanha e dos britânicos na UE, mas os detalhes do acordo não são fáceis. Em causa estão definições de residência, direitos de pensão, filhos, casamentos, divórcios, e até mesmo crimes que se possam vir a cometer e eventuais deportações. Leia a notícia completa em Financial Times (acesso pago).

El País

Hollande convida Rajoy para voltar para a direção da UE

O presidente francês, François Hollande, quer que Mariano Rajoy volte a integrar o núcleo diretivo da União Europeia, num ano particularmente difícil para a Europa, a braços com o Brexit e com a incerteza à volta das eleições em França, Alemanha e Holanda. A notícia é avançada pelo jornal espanhol El País (acesso grátis), que cita fontes diplomáticas. Hollande estará esta segunda-feira em Málaga no âmbito da XV da cimeira espanhola-francesa acompanhado por seis membros do seu governo.

Le Monde

Suécia estupefacta com declarações de Trump

Apesar de o incidente ser motivo de chacota na Internet, as autoridades em Estocolmo estão a levar o assunto muito a sério tendo mesmo já pedido explicações aos Estados Unidos. Em causa estão as declarações do presidente americano, Donald Trump a sugerir que teria ocorrido um atentado na Suécia na noite de sexta-feira. Durante um discurso na Florida e, para justificar a necessidade de manter a segurança nos Estados Unidos, Trump exemplificou com a ocorrência de ataques terroristas em países europeus, entre os quais o da Suécia. Entretanto Trump já justificou as declarações com a Fox News. Leia a notícia completa em Le Monde (acesso gratuito).

Expansión

Amazon vai criar 500 empregos em Espanha, em 2017

A Amazon vai criar este ano mais de 500 empregos em Espanha, devendo terminar o ano de 2017 com mais de 1500 colaboradores. Com estes números, o gigante mundial aumenta em mais de 50% o número de funcionários em Espanha. As estimativas da Amazon apontam para que, em toda a Europa, atinjam o número recorde de 15.000 postos de trabalho, escreve o Expansión (acesso grátis).

Estadão

Governo brasileiro aponta cinco setores como motores da retoma económica

Há sinais positivos na economia brasileira, o que está a deixar otimista o governo brasileiro. A expectativa do executivo é que, no final do último trimestre, a economia brasileira esteja a crescer a um ritmo de 2% face ao trimestre homólogo de 2016. Fabio Kanczuk, secretário da Politica Económica do Ministério da Fazenda, fala mesmo no ponto de viragem que “deve ter acontecido em dezembro último”. Para justificar o fim da recessão económica — que atravessou 11 trimestres consecutivos — o governo identificou cinco setores de atividade: automóvel, minério de ferro, construção civil, agroalimentar, consumo. Leia a notícia completa Estadão (acesso grátis).

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Pavilhão Carlos Lopes reabre-se à cidade

Depois de um processo de reabilitação, Pavilhão Carlos Lopes é devolvido a Lisboa e vai servir para realização de eventos culturais, sociais, corporativos e desportivos.

Lisboa volta a ter esta segunda-feira um dos mais emblemáticos edifícios da cidade. O Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, reabre portas à cidade e ao país depois de um processo de reabilitação que conservou e restaurou as características originais do edifício como azulejos, elementos decorativos, torreões e o salão nobre.

A ideia é que, a partir de hoje, o edifício sirva de cenário a eventos culturais, sociais, corporativos e desportivos. A sala principal do edifício foi reconvertida e tem cerca de 2.000 metros quadrados.

Criado em 1921, começou por ser Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, um ano depois. O projeto ficou nas mãos dos arquitetos Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade. No início dos anos 30, o pavilhão foi reconstruído no lugar onde permanece até agora e, nos anos 80, mudou de nome para servir de homenagem ao campeão olímpico Carlos Lopes. Por estar muito degradado, foi encerrado em 2003. A abertura é hoje, mais de 14 anos depois.

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Uber investiga caso de assédio sexual

A empresa está a investigar um caso de assédio sexual ocorrido dentro da estrutura interna. Em causa estão as alegações de uma ex-funcionária que diz que os recursos humanos ignoraram o problema.

A Uber está a enfrentar acusações de assédio sexual. Em causa está um texto de uma ex-engenheira da empresa onde esta descreve situações de alegada discriminação sexual. Confrontado com as palavras de Susan Fowler, o presidente executivo já ordenou que se faça uma investigação interna ao caso, avança a Bloomberg. Travis Kalanick respondeu assim a um problema transversal a Silicon Valley onde continuam a existir poucas mulheres.

A ex-programadora de software da Uber relata que foi abordada diversas vezes pelo seu superior hierárquico, tendo reportado as situações aos recursos humanos que alegadamente não deram seguimento ao problema. “Era claro que ele estava a tentar ter sexo comigo e que estava a ultrapassar a linha do razoável, daí que tenha feito imediatamente screenshots das mensagens de chat para reportar aos recursos humanos“, relata Susan Fowler no texto intitulado “Refletindo num muito, muito estranho ano na Uber”.

Em resposta disseram-lhe que o gestor em causa estava bem posicionado internamente e que não queriam castigá-lo pelo que consideraram ser um “erro inocente”. Travis Kalanick leu o post e reagiu no Twitter afirmando que o que é descrito “vai contra tudo o que a Uber apoia e acredita”. “Este tipo de comportamento não pode ter lugar na Uber”, garantiu, assumindo que “quem se comporta desta forma ou pensa que isto é OK será despedido”.

Na sequência do texto, o CEO da Uber pediu à diretora dos recursos humanos, Liane Hornsey, para abrir uma investigação “urgente” tendo em conta estas alegações. Esta investigação contará também com Arianna Huffington, a empresária de media que está também no Conselho de Administração da empresa.

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