Fundos de investimento cortam avaliação da Uber em 15%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 23 Agosto 2017

Quatro fundos de investimentos reviram em baixa o valor das suas participações no unicórnio. Na origem disto estará a instabilidade causada pelos múltiplos escândalos.

No seguimento dos escândalos que têm ameaçado a estabilidade do maior ‘unicórnio’ do mundo, quatro fundos de investimento baixaram a avaliação das suas posições na Uber em cerca de 15%. Atualmente, a empresa está avaliada em 68 mil milhões de dólares, com a maioria dos fundos a colocarem uma etiqueta de 48,77 dólares em cada ação.

Assim, o Vanguard Group, o Principal Funds e o Hartfund Funds — que se encontram na lista dos cinco maiores acionistas das empresa — cortaram a avaliação de cada ação em 15%, passando cada uma a valer 41,46 dólares. A T. Rowe Price Group não foi além de um corte de 12%, diminuindo o preço de cada ação para os 42,73 dólares.

A avaliação atual, calculada através das rondas de investimento fechadas, visto que a empresa — ainda — não está cotada em bolsa, poderá não estar de acordo com as condições da Uber. Esta medida preventiva permite aos fundos salvaguardar os seus acionistas de perdas de capital elevadas.

Em abril, ainda antes de Travis Kalanick abandonar a posição de presidente executivo, era noticiado que as acusações de sexismo, o processo judicial por roubo de propriedade intelectual e as alegadas fugas à lei, poderiam retirar 10 mil milhões de dólares à avaliação do unicórnio. Em junho, o CEO e fundador da empresa afastou-se a pedido de vários investidores, mas o substituto ainda não foi escolhido.

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600 cv, 11,1 segundos… até aos 200 km/h. É assim o M5

Depois de todas as variantes, a Série 5 ganha a versão que muitos aguardavam: a mais musculada de todas, o M5. Uma "besta" com 600 cv para devorar o asfalto.

Renovada a gama, apresentadas todas as variantes da Série 5, a BMW larga finalmente a “bomba”. O M5, que ao longo dos anos tem feito as delícias dos amantes da condução desportiva, viu oficialmente a luz do dia. Mas mais que a estética imponente, ainda que discreta, o que interessa é o que está debaixo do capô. São 600 cv que prometem devorar muito asfalto.

À primeira vista, o M5 parece uma berlina familiar normal, mas há alguns detalhes que denunciam que não estamos perante um Série 5 comum. Entradas de ar maiores, tanto nos painéis laterais como no para-choques dianteiro, jantes de diâmetro diferente à frente e atrás (19 polegadas à frente e 20 atrás) e, claro, uma traseira com um quarteto de tubos de escape, marcam a diferença.

Mesmo se nenhum destes elementos estéticos passar indiferente, dificilmente deixará de se perceber que é um automóvel especial quando o condutor carrega no pedal a fundo. A BMW promete uma banda sonora deliciosa (que pode ser ajustada) a partir de uma filarmónica de… 600 cv.

O M5 conta com um motor de 4,4 litros com dois turbos capaz de debitar 600 cv e 750 Nm de binário. É muita potência que garante desempenhos de excelência em estrada. A marca revela que esta berlina familiar precisa apenas de 3,4 segundos para acelerar dos 0 aos 100 km/h. E bastam apenas 11,1 segundos para percorrer dos 0 aos 200 km/h.

Qual é a velocidade máxima do M5? Depende. Varia com a coragem do condutor, mas também do pacote que escolher na hora de encomendar um. A velocidade máxima estará limitada aos 250 km/h, limite que pode subir para os 305 km/h através do pack M, refere a BMW.

O preço desta “bomba” que pode começar a ser encomendada a partir de setembro arranca nos 117.900 euros, sendo que só na primavera de 2018 será possível fazer o gosto ao pé. O M5 First Edition, uma edição limitada a 400 unidades, que conta com uma pintura exclusiva, o BMW Individual Frozen Dark Red Metallic, custa mais 19.500 euros.

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Crise em Angola cortou um terço das remessas para Portugal

Como a crise do petróleo se transformou numa crise de divisas sem precedentes em Angola. E como as restrições cambiais afundaram economia, com as remessas portuguesas a cair mais 30% desde 2013.

Só nos últimos três anos, as remessas dos emigrantes portugueses em Angola caíram mais 30% em consequência da forte restrição de divisas que o país enfrenta. A culpa é do petróleo, que poderá ter um importante papel na decisão de voto dos angolanos que vão hoje às urnas para eleger quem sucede a uma era de 38 anos de José Eduardo dos Santos no poder.

É um efeito dominó. Há algum tempo que petróleo deixou de ser a porta de entrada de moeda estrangeira em Angola perante a derrocada dos preços do barril desta mercadoria nos mercados internacionais. Para não agravar ainda mais a escassez de moedas como o euro ou o dólar, importantes para um Governo adquirir bens essenciais para a população como produtos agrícolas ou medicamentos ao estrangeiro, Luanda restringiu a saída de capitais do país. Ainda em março deste ano, naquele que terá sido um dos últimos atos legislativos promovidos por José Eduardo dos Santos, foi imposto às empresas internacionais limitações na contratação de mão-de-obra estrangeira, com a obrigatoriedade de os salários serem pagos em kwanzas, a moeda do país.

Estas restrições na política cambial angolana tiveram forte impacto na vida dos portugueses nos últimos anos. Muitos trabalhadores começaram a ter problemas no envio dos seus salários para cá. E outros tantos que recebiam em euros viram os seus pagamentos serem atrasados em muitos meses e mesmo anos.

Foi o que aconteceu com Joana Frade. Esta gestora de marketing está há dois anos e meio a trabalhar em Luanda, a capital angolana, mas só em junho último é que começou a receber na sua conta bancária em Portugal uma parte dos seus salários auferidos em 2015.

“Cheguei mesmo no rebentar da crise financeira, senti um conjunto de emoções, sobretudo se desistia de estar em Angola ou não. Somente em junho de 2017 vi a maior parte dos meus ordenados desde 2015 serem creditados em Portugal e está a ser muito complicado gerir esta situação“, relata esta portuguesa ao ECO. “Felizmente tive a oportunidade de ser consultora num projeto na área da saúde, financiado por uma instituição norte-americana, que me permitiu receber honorários diretamente em Portugal, caso contrário teria de procurar trabalho noutro país”.

Fonte: Bloomberg

Simultaneamente, a imponente queda do barril de ouro negro nos mercados arrastou consigo a divisa angolana. O kwanza também vale hoje muito menos do que valia há uns anos. Isto porque um investidor que compre petróleo tem de comprar primeiro a moeda do país, sendo que é essa procura pela moeda local que sustenta a sua cotação.

O que se passou com o kwanza foi o contrário: a baixa preço do petróleo, o principal e quase exclusivo produto que Angola exporta, reduziu a necessidade exterior de comprar moeda angolana. E a divisa afundou.

Cheguei mesmo no rebentar da crise financeira, senti um conjunto de emoções, sobretudo se desistia de estar em Angola ou não. Somente em junho de 2017 vi a maior parte dos meus ordenados, desde 2015, serem creditados em Portugal e está a ser muito complicado gerir esta situação.

Joana Frade

Trabalhadora portuguesa em Angola

No final do dia, quando os 150 mil portugueses que residem atualmente em Angola — hoje em dia em menor número do que em 2013 — trocam kwanzas vão receber menos euros para transferir para Portugal.

Remessas caem um terço desde 2013

As estatísticas não enganam quanto ao impacto brutal destas forças do mercado na vida dos portugueses. As remessas provenientes de Angola atingiram o máximo em 2013, quando foram enviados para cá mais de 300 milhões de euros.

Fonte: Banco de Portugal

Nesse ano, com a economia a acelerar quase 7%, Angola representou o terceiro país de de origem das remessas dos emigrantes, mais de 10% do total das remessas enviadas pelos emigrantes portugueses em todo o mundo, isto depois de o barril de petróleo ter quase tocado os 120 dólares.

De lá para cá a economia desacelerou para um nível nunca visto desde, pelo menos, 2008, e as remessas afundaram 30%, mais de 100 milhões de euros. E o barril de petróleo vale menos de metade: cerca de 50 dólares. Angola deixou de ser o terceiro principal destino de origem das nossas remessas e caiu para sexto lugar no ranking, tendo sido ultrapassada por países como a Alemanha, EUA e Reino Unido. Em 2016, as remessas angolanas eram 6% do total.

Diversificar a economia

Para Mira Amaral, que em tempos foi presidente do Banco de Fomento Angola, seja qual for o próximo Governo que resultar das eleições gerais desta quarta-feira, o Angola vai continuar atravessar um deserto de moeda estrangeira, depois de o país ter desperdiçado uma oportunidade de diversificação da sua economia, mais concretamente da sua capacidade exportadora ainda hoje dependente do petróleo.

“O que espero é que os portugueses possam ajudar à diversificação da economia angolana e a meu ver é essa diversificação que vai trazer mais divisas. Enquanto isso não acontecer, Angola vai continuar a operar num quadro de escassez de divisas”, declarou o gestor que conhece muito bem a realidade angolana. “E, importando menos, isso dá algum alívio cambial. Isso diminui os problemas de transferência de capitais e escassez de divisas para pagar aos expatriados portugueses que têm enfrentado muitas dificuldades”, diz.

Quais os setores em que deve apostar? “O potencial agrícola de Angola é fabuloso. Angola não tem autossuficiência alimentar. E quando se fala em diversificação económica a primeira tecla é o investimento agrícola e agroindustrial”, considera Mira Amaral.

"O que espero é que os portugueses possam ajudar à diversificação da economia angolana e a meu ver é essa diversificação que vai trazer mais divisas. Enquanto isso não acontecer, Angola vai continuar a operar num quadro de escassez de divisas.”

Mira Amaral

Ex-ministro e antigo presidente do Banco de Fomento Angola

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Ministra reúne-se com sindicato do SEF e tenta travar greve

Os inspetores esperam "bom senso" da ministra Constança Urbano de Sousa. Exigem a admissão de 200 novos inspetores e o investimento nos meios informáticos.

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, vai reunir-se, esta quarta-feira, às 15h30, com os dirigentes do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. A notícia é avançada pelo Expresso e já foi confirmada pelo ECO.

As duas partes vão discutir a greve convocada pelo sindicato para os dias 24 e 25 de agosto, em protesto contra a falta de recursos humanos e de meios materiais. O sindicato do SEF exigem a admissão de 200 novos inspetores e o investimento nos meios informáticos.

Ao ECO, Acácio Pereira, presidente do sindicato, diz esperar “bom senso” da parte da ministra. “As nossas pretensões são de bom senso e, por isso, é também isso que esperamos da parte da ministra”, diz o responsável.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, os inspetores já tinham garantido que só compromissos por escrito é que levarão o sindicato a aceitar não avançar com a greve de dois dias. “Continuamos no domínio do abstrato, mais do que isso não há. Há declarações de intenções”, criticou Acácio Pereira.

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Muro ou Governo? O Congresso é que decide

  • Juliana Nogueira Santos
  • 23 Agosto 2017

Trump esgotou todas as opções para financiar o muro. Agora só resta um ultimato ao Congresso: ou financiam o muro ou o Governo paralisa.

Esta terça-feira, Donald Trump fez um ultimato ao Congresso: ou os congressistas aprovam o financiamento estatal do muro, ou o próprio presidente poderá paralisar todo o Governo. Depois de ter esgotado todas as opções que avançou durante a campanha, nomeadamente obrigar o México a pagar todas as despesas, o presidente dos Estados Unidos aumenta a pressão dentro do seu próprio país para garantir que uma das promessas mais repetidas da campanha é cumprida.

“Se tivermos de parar o nosso Governo, vamos construir aquele muro”, afirmou Trump num discurso aceso proferido em Phoenix. “De uma forma ou de outra, vamos ter aquele muro”. O ultimato terá sido dirigido especialmente para os democratas, que desde o princípio estiveram contra o projeto do muro que marcaria a fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Para iniciar essa grande infraestrutura, Donald Trump precisa de 1,6 mil milhões de euros, que o Congresso terá de encontrar maneira de arranjar, antes de 30 de setembro. E ainda que o maior desafio pareça ser a bancada dos democratas, a bancada republicana também não estará de acordo com esta despesa.

Charlottesville? A culpa é dos media

Com uma atitude desafiadora, Donald Trump fez questão de se dirigir àqueles que criticaram a forma como encarou os protestos de Charlottesville. O foco foi especialmente para os meios de comunicação social que, segundo o mesmo, retrataram erradamente as suas palavras.

“Já é tempo de expor as fraudes dos media corruptos. São pessoas muito desonestas”, afirmou o presidente dos Estados Unidos. “As únicas pessoas que dão plataforma a estes grupos de ódio são os media e os ‘fake news’“, dizendo respeito aos meios de comunicação liberais.

Do lado de fora do centro de convenções, as vozes que protestavam não foram menos desafiadoras. Manifestantes anti-Trump entoaram cânticos e envergaram cartazes com palavras de ordem como “Demite-te Trump” e “Presidente Falso”. A polícia acabou por dispersar a multidão utilizando gás pimenta.

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Revista de imprensa internacional

Um ano depois dos Jogos Olímpicos, Temer tenta vender estádios. Já Trump tenta acabar com o NAFTA oito meses depois de assumir a presidência. A Bloomberg passou a fazer consultoria.

Numa altura em que Barcelona está no centro da atualidade por causa da atividade terrorista na zona, os dados do INE espanhol mostram que a atividade hoteleira em julho continuou a subir em Espanha. Já os dados económicos na Europa mostram uma robustez do crescimento na Alemanha e em França, os motores da Zona Euro.

Financial Times

Economia alemã acelera mais do que o esperado

O índice compósito de compras dos gestores, medido pela empresa de serviços de informação financeira IHS Markit, relativo à economia alemã subiu de 54,7 para 55,7. Esta aceleração mostra que agosto está a ser um mês de atividade económica mais intensa na Europa. Também de França vieram notícias positivas, principalmente no setor das fábricas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

El Español

Estadias hoteleiras continuam a crescer em Espanha

Os hotéis espanhóis registaram 43,6 milhões de estadias em julho. Em comparação homóloga, o número aumentou 1,6%, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol. Esta é uma melhoria que se regista num ambiente hostil: além da ameaça terrorista, existe uma onda de ‘turismofobia’, principalmente em Barcelona. Ainda assim, durante os primeiros sete meses, as estadias subiram 3,8%.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

CNBC

Trump: “Provavelmente vamos acabar com o NAFTA”

O NAFTA, o tratado de livre comércio dos países da América do Norte, foi um dos principais alvos da campanha de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos admitiu esta terça-feira que será difícil conseguir um acordo de renegociação com os seus parceiros: “Pessoalmente, não acho que seja possível chegar a um acordo”. Num comício no Arizona, Trump garantiu aos eleitores que “estão em boas mãos”.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Brasil tenta vender estádios dos Jogos Olímpicos 2016

O Governo de Michel Temer está a tentar vender os estádios dos Jogos Olímpicos do ano passado, depois de o Rio de Janeiro ter falhado a venda. O Executivo brasileiro espera concluir a venda de três arenas desportivas, um centro de ténis, entre muitas outras infraestruturas construídas para o evento, no final do próximo ano. Só este ano, a manutenção destes espaços já custou 14,2 milhões de dólares ao Brasil.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Financial Times

Bloomberg passa a vender serviços de consultoria

A gigante dos media está à procura de novas formas de financiamento. A Bloomberg vai passar a fazer consultoria. O serviço foi lançado este mês e já tem cinco clientes. A ideia da Bloomberg é usar todos os dados que passa pelos seus terminais de forma a dar conselhos. Os serviços passam por consultoria de marcas, comunicação de empresas e aconselhamento de estratégias de marketing.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

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Portugal recebe em breve mais uma empresa de partilha de carros

  • Lusa
  • 23 Agosto 2017

Em Lisboa, a Drive Now chega através de uma parceria com a Brisa, operadora de infraestruturas rodoviárias.

Uma nova empresa de partilha de carros (‘car-sharing’) começará brevemente a operar em Portugal, no âmbito de um molde que pode anular, pelo menos, a circulação de três veículos privados.

Na cidade alemã de Munique, sede da empresa Drive Now, que junta o construtor BMW e a empresa de aluguer de carros Sixt desde 2011, as vantagens do sistema são enumeradas por Sabine Effner, responsável municipal pela mobilidade. Numa estação de mobilidade, que junta carros e bicicletas partilhados e transportes públicos, a dirigente do município de Munique indicou que tende a haver menos propriedade de veículos, citando um recente estudo de mobilidade.

Numa cidade em crescimento, o espaço é um problema“, resume a responsável, informando que o enquadramento legal do novo modelo deve surgir em setembro. Sebastian Hofelich e Nico Gabriel, responsáveis máximos da Drive Now, justificaram a criação do projeto com alterações sociais e demográficas, nomeadamente a “aceleração de urbanização” e de habitantes em cidades.

As emissões poluentes e a falta de espaços, como os de estacionamento, são outros dos argumentos para explicar o modelo de ‘car-sharing’, que pressupõe alterações de comportamentos e “alterações de necessidades primárias”. “Não substituímos transportes públicos, táxis e bicicletas. Somos um complemento“, garantem os dirigentes da empresa, que, além dos dados de eliminação de viaturas privadas, referem que a partilha de carros também faz diminuir o tempo de condução.

Na caraterização do público-alvo, referiu-se a tendência da média de idade, que se situa nos 34 anos, o elevado grau de educação e a predominância de famílias sem filhos.

Em Lisboa, a Drive Now chega através de uma parceria com a Brisa, operadora de infraestruturas rodoviárias, e aumenta assim a sua presença fora da Alemanha, que já estende pela Finlândia (com franchise com uma instituição financeira), Dinamarca (com franchise com uma empresa de transporte pública), Itália, Bélgica, Áustria, Reino Unido e Suécia.

“Tivemos que provar que era um modelo rentável antes de fazer a expansão internacional em 2014”, comenta Sebastian Hofelich sobre a internacionalização da empresa, que tem, sublinha, como trunfo “disponibilizar carros ‘premium’ (gama superior), que as pessoas gostam de conduzir”, ou seja modelos das marcas BMW e Mini, incluindo descapotáveis e elétricos.

O líder do Centro de Competência da Mobilidade Urbana, Carl-Friedrich Eckhardt, faz eco da necessidade de a mobilidade ser encarada como um negócio, que funciona graças à procura, oferta e condições das cidades para garantir o objetivo de “melhorar a qualidade de vida”.

Os responsáveis máximos da Drive Now notam ainda que deixou de lhes ser colocada a questão sobre como um construtor automóvel aposta na partilha, por o modelo estar a ser conhecido. Mas a justificação continua a ser dada pelos dois CEO: “ou se faz ou se está fora” da mobilidade, que tende a modificar-se, nomeadamente no contexto atual de discussões sobre restrições de circulação e uso de gasóleo.

Escusando-se a revelar dados da operação, a empresa informou apenas contar atualmente com 200 funcionários, dos quais 80 na sede. Apenas para a semana serão revelados pormenores da chegada da Drive Now a Portugal, mas na empresa admite-se já que a capital portuguesa seja o primeiro local em que os turistas poderão ser essenciais.

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Lisboa abre cautelosa à espera de resultados

  • Juliana Nogueira Santos
  • 23 Agosto 2017

Esta quarta-feira é marcada pela divulgação de resultados, tanto a nível político com empresarial. A bolsa portuguesa iniciou o dia com precaução, acima da linha de água, tendo revertido para perdas.

Esta quarta-feira é marcada pela divulgação de resultados, tanto a nível político com empresarial. No primeiro campo, nas mesas de voto angolanas vai decidir-se quem irá suceder a José Eduardo dos Santos na presidência do país, enquanto no segundo, a Sonae vai apresentar os resultados relativos ao segundo trimestre do ano. Assim, a bolsa portuguesa iniciou o dia com precaução, acima da linha de água, tendo revertido para perdas ligeiras.

Em Angola, o herdeiro político de José Eduardo dos Santos vê-se contra dois herdeiros políticos de Jonas Savimbi, cada um mais carismático do que o candidato do regime e dispostos a coligarem-se. Os resultados vão ser conhecidos ainda durante esta quarta-feira, podendo afetar as empresas com presença angolana.

Assim, o PSI-20 abriu a valorizar 0,03%, tendo revertido para perdas de 0,14%. No momento da abertura, oito cotadas negociavam em terreno positivo, nove em terreno negativo e duas inalteradas. O destaque positivo vai para o BCP, que avança 0,31% para 22 cêntimos, corrigindo das perdas de seis sessões e para a EDP Renováveis, a única energética a seguir pintada de verde (0,09%)

No outro prato da balança estava a REN, que viu o seu projeto para um gasoduto no Douro ser chumbado pela CCDRN, avançando agora a decisão para as mãos da Direção Geral do Património Cultural. A rede elétrica nacional perdia 0,14% para 2,80 euros. As restantes energéticas também negoceiam em terreno de perdas com a EDP a perder 0,25% para 3,21 euros e a Galp Energia a regredir 0,32% para 13,83 euros.

No setor retalhista, é dia de resultados da Sonae. Segundo os analistas do BPI “o efeito calendário (em virtude do facto de a
Páscoa este ano ter sido no mês de abril), bem como o atual cenário macroeconómico favorável deverão ter tido um impacto positivo nas contas da Sonae”. Ainda assim, as ações da retalhista seguem a desvalorizar 0,31% para 96 cêntimos, a par com as da Jerónimo Martins, que perdem 0,24% para 16,68 euros.

Lisboa contraria assim o resto da Europa, com as principais bolsas pintadas de verde. Em Espanha, o IBEX-35 avança 0,09%, em Itália o CAC-40 sobe 0,40% e em território alemão, o DAX ganha 0,15%. Só o Stoxx 600 perde 0,06%.

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PCP: Novo escalão do IRS já em 2017 foi adiado por beneficiar mais ricos

  • Lusa
  • 23 Agosto 2017

Em entrevista à agência Lusa a propósito das negociações com o Governo para o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), João Oliveira traçou as principais propostas e exigências dos comunistas.

A solução do desdobramento dos escalões do IRS não avançou em 2017 porque resultaria no desagravamento de impostos nos rendimentos mais elevados, revelou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, em entrevista à agência Lusa.

[O desdobramento de escalões do IRS] foi uma das soluções que se discutiu no Orçamento do Estado para 2017 que acabou por não ser concretizada porque se encontrou um problema que tinha que ver com o efeito que isso teria nos rendimentos mais elevados”, revelou João Oliveira, sublinhando que o objetivo “não é propriamente” o desagravamento de impostos nos rendimentos mais altos.

Segundo o líder da bancada parlamentar do PCP, “esse problema foi identificado e foi isso que levou à circunstância de não haver já no Orçamento do Estado para 2017 uma alteração nos escalões do IRS que fosse nesse sentido”. Pois, “falar em desdobramento de escalões é falar de uma coisa muito indefinida” porque “depende sempre do limiar que se coloca para cada um dos escalões“, ficando “por se saber qual é a taxa que se aplica a cada um dos escalões”, acrescentou.

Falar em desdobramento de escalões é falar de uma coisa muito indefinida.

João Oliveira

Líder parlamentar do PCP

“Os escalões terão sempre que ser desdobrados para haver mais escalões do que aqueles que há hoje. Seja no segundo, seja no terceiro”, considerou. O líder da bancada parlamentar do PCP adiantou ainda que os comunistas partem para as negociações com o Governo com “propostas concretas” em relação aos escalões do IRS, escusando-se, no entanto, a concretizar que propostas são essas.

João Oliveira considerou ser “possível dar avanço de forma progressiva”, para “reverter o saque fiscal que foi introduzido em sede de IRS pelo anterior Governo, de cerca de 3,6 mil milhões de euros”. “Falou-me em 200 milhões de euros [que o Governo tem para aliviar a carga fiscal dos baixos rendimentos]. Nós não nos damos por amarrados a esses valores porque nós consideramos que essa questão dos escalões e do IRS não pode ser tida em conta em função desta ou daquela limitação que pode surgir”, respondeu.

Recordando que os comunistas já vão discutir esta questão com o Governo pelo terceiro Orçamento do Estado consecutivo, o deputado foi perentório: “o ponto de partida do PCP são os dez escalões, mas nós nunca enjeitamos a possibilidade de ir avançando, ainda que não imediatamente, para a reposição dos oito escalões e acrescentando outros dois”. João Oliveira detalhou ainda que a discussão que o PCP quer fazer “sobre matéria de política fiscal não é apenas sobre o IRS, nem só sobre os escalões do IRS”.

PCP exige que “não fiquem trabalhadores de fora” no descongelamento das carreiras

O líder parlamentar do PCP admite que a forma como o Orçamento do Estado para 2018 vai permitir o descongelamento das carreiras na função pública “não está ainda definida”, mas avisa que é “essencial que não fiquem trabalhadores de fora”. “A forma concreta como o Orçamento do Estado dará resposta a essa preocupação não está ainda definida, mas para nós é essencial que não fiquem trabalhadores de fora e que não deixe de haver uma resposta a essa reivindicação justa no descongelamento das carreiras”, alertou.

Recordando que muitos destes trabalhadores “nunca tiveram progressão nas carreiras e outros têm as suas carreiras congeladas há dez anos”, o líder da bancada do PCP considerou ser “mais do que justa a reivindicação do descongelamento das progressões das carreiras”, exigindo que seja feita “justiça a esses trabalhadores que têm as carreiras congeladas”.

A discussão do impacto orçamental dessa medida ou das suas consequências em cada serviço e em cada ministério tem que ser considerada no seu todo, no conjunto de circunstâncias que envolvem a prestação de trabalho e o próprio funcionamento dos serviços da administração pública”, sublinhou. Pois, acrescentou, “melhorando as condições de trabalho dos funcionários, melhora-se também a qualidade dos serviços públicos”.

 

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Pagar em cash mais de 3.000 euros dá multa até 4.500 euros

A partir desta quarta-feira, se fizer um pagamento em dinheiro igual ou superior a três mil euros, arrisca-se a pagar mais do que isso em multas ao Estado. A coima varia entre 180 e 4.500 euros.

Os pagamentos em numerário de valor igual ou superior a três mil euros começam a ser proibidos esta quarta-feira. Quem infringir esta regra poderá ser alvo de uma coima superior ao valor do pagamento dado que o teto máximo são 4.500 euros de multa. O valor mínimo são 180 euros. Para evitar multas também deve ter em conta que não pode pagar em numerário mais de 500 euros em impostos.

A alteração da Lei Geral Tributária publicada esta terça-feira em Diário da República determina que seja utilizado um meio de pagamento específico (que não seja em numerário) em transações que envolvam montantes iguais ou superiores a três mil euros ou o seu equivalente noutra moeda.

“A presente lei produz efeitos relativamente aos pagamentos realizados após a sua entrada em vigor, ainda que as transações que lhe deram origem sejam anteriores”, esclarece ainda o diploma que entra esta quarta-feira em vigor.

Ao proibir que estas transações sejam feitas em numerário, a lei obriga que seja conhecida a identificação do destinatário do pagamento, seja por transferência bancária, cheque ou débito direto. Em causa estão pagamentos de bens ou prestações de serviços.

Caso o pagamento seja feito por cidadãos não residentes em Portugal, o limite sobe para os dez mil euros — “desde que não atuem na qualidade de empresários ou comerciais”, ressalva a lei. Para avaliação dos limites, os pagamentos são considerados de forma agregada, “ainda que não excedam aquele limite se considerados de forma fracionada”.

“O disposto neste artigo não é aplicável nas operações com entidades financeiras cujo objeto legal compreenda a receção de depósitos, a prestação de serviços de pagamento, a emissão de moeda eletrónica ou a realização de operações de câmbio manual, nos pagamentos decorrentes de decisões ou ordens judiciais e em situações excecionadas em lei especial”, ressalva a lei.

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CCDR do Norte chumba gasoduto da REN

  • ECO
  • 23 Agosto 2017

A REN quer avançar com o projeto do gasoduto no Douro, mas esta quarta-feira volta a conhecer uma barreira. A CCDRN chumbou a construção por esta afetar uma zona protegida.

O parecer negativo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Norte (CCDRN) junta-se a uma lista de instituições que se manifestaram contra a construção do gasoduto da REN na zona do Douro. O projeto tem, ao todo, 35 quilómetros, entre Celorico da Beira e Vilar de Frades, em Bragança. Segundo o Público [acesso pago] desta quarta-feira, a CCDRN recusa o projeto por este afetar a zona do Alto Douro Vinhateiro, inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO.

A ideia da REN é ligar a rede nacional de gás à congénere espanhola, mas o projeto conheceu um novo entrave. Depois de pareceres negativos do ICOMOS-Portugal (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) ou do Museu do Douro, a oposição chega da Coordenação e Desenvolvimento da Região do Norte, entidade que foi designada pelo Estado como responsável pela gestão da zona que é protegida pela UNESCO.

Ainda assim, a última palavra será proferida pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), cujo parecer vinculativo deverá ser emitido em setembro. Será com base nessa decisão que a Agência Portuguesa de Ambiente (APA) irá viabilizar ou não o estudo de impacto relativo ao licenciamento da obra, conta o jornal, que cita fontes próximas do processo que garantem que “não há memória de um parecer da CCDRN ser ignorado pela APA“.

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Incêndios: 500 militares espanhóis já combateram em Portugal

  • ECO
  • 23 Agosto 2017

Desde 19 de junho, as Forças Armadas espanholas já intervieram quatro vezes em território nacional ao abrigo de planos de cooperação estratégica.

São 557 os militares espanhóis que já passaram por Portugal para combater incêndios, auxiliados por 128 veículos da Unidade Militar de Urgência. Desde 19 de junho, as Forças Armadas espanholas já intervieram quatro vezes em território nacional, ao abrigo do mecanismo de Proteção Civil da União Europeia e do Protocolo de Cooperação técnica e Assistência Mútua, que une os dois países.

Os dados foram hoje sinalizados pelo jornal Público [acesso pago], citando um comunicado divulgado pela Unidade Militar de Urgência, que resume a intervenção espanhola nestes últimos dois meses. A primeira intervenção foi aquando dos incêndios de Pedrógão Grande, de 18 a 24 de junho, seguindo-se os da Guarda, de 18 a 20 de junho e os de Mação e Nisa, de 25 a 29 de junho. Os militares continuam em operação desde 13 de agosto no incêndio que lavra em Vila de Rei.

Para além do corpo militar, o combate aos incêndios tem sido complementado com doze hidroaviões Canadair, pertencentes à Força Aérea espanhola. Informações da agência Europa Press citadas pelo diário apontam para que, até 20 de agosto, os meios aéreos espanhóis tenham realizado 525 horas de voo e 1814 descargas de água.

Os militares, para além de combaterem os fogos, têm ajudado os congéneres portugueses na vigilância e extinção de reacendimentos.

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