Receitas do Facebook disparam 50% para mais de oito mil milhões

Facebook vai travar na frequência com que mostra publicidade aos utilizadores até final do ano, numa altura em que Zuckerberg aposta em novos negócios para reduzir dependência da rede social.

As receitas da rede social Facebook dispararam 49% para 8,03 mil milhões de dólares no último trimestre, acima do esperado pelos analistas, colocando os lucros acima dos três mil milhões de dólares, anunciou esta quarta-feira a tecnológica liderada por Mark Zuckerberg.

A acompanhar a melhoria dos resultados da maior rede social do mundo esteve o aumento significativo do número de utilizadores ativos para um total de 1,94 mil milhões mensais, o que lhe confere uma audiência online massiva bastante atraente para as marcas que têm apostado cada vez mais na publicidade digital como forma de alcançar os seus públicos-alvo.

O Facebook anunciou que vai deixar de aumentar a frequência com que a publicidade aparece nos feeds de notícias dos utilizadores no final deste ano, o que poderá ser um travão no crescimento das receitas. E isto numa altura em que a empresa tenta melhorar a rentabilidade de outras suas aplicações como o Instagram, Messenger e WhatsApp.

“Foi um trimestre formidável, mas o que virá a seguir?” questionava-se Rob Sanderson, analista da MKM Partners, citado pela Bloomberg. “Estamos numa de esperar para ver o impacto desta decisão no negócio. Não temos ideia de que forma a publicidade tem impulsionado o crescimento”, referiu.

O Facebook tem direcionado grande parte dos seus recursos para novos negócios como os óculos de realidade virtual ou o projeto de ligar todo o mundo à internet, numa tentativa de diminuir a dependência das receitas da sua rede social.

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Ataques violentos marcam último debate entre Le Pen e Macron

  • ECO e Lusa
  • 3 Maio 2017

Após dez dias de uma campanha agressiva entre as duas voltas das presidenciais, Le Pen e Macron enfrentam-se num debate decisivo para o resultado das eleições do próximo domingo.

Violentos ataques marcaram o último debate televisivo, emitido esta quarta-feira à noite, entre os dois candidatos à segunda volta das eleições presidenciais francesas, Marine Le Pen, da extrema-direita, e o centrista pró-europeu Emmanuel Macron, a quatro dias do escrutínio.

“O senhor Macron é o candidato da globalização selvagem, da ‘uberização’, da precariedade, da brutalidade social, da guerra de todos contra todos, da pilhagem económica dos nossos grandes grupos, do desmembramento da França pelos grandes interesses económicos, do comunitarismo”, acusou Le Pen. Macron respondeu-lhe à letra, dizendo: “A sua estratégia é dizer muitas mentiras”.

A senhora é herdeira de um sistema que prospera com a ira dos franceses há décadas”, frisou o candidato do movimento “Em Marcha”, no debate seguido por milhões de telespetadores. São quatro os grandes temas em discussão ao longo de pouco mais de duas horas, num formato em que dois jornalistas colocam as questões: economia, terrorismo, educação e Europa.

A sua estratégia é dizer muitas mentiras.

Emmanuel Macron

Candidato às eleições presidenciais francesas

Após dez dias de uma campanha agressiva entre as duas voltas das presidenciais, Emmanuel Macron, que obteve o melhor resultado na primeira volta, é ainda apontado pelas sondagens como o vencedor a 7 de maio, com cerca de 60% das intenções de voto, mas a margem de avanço em relação a Le Pen está a diminuir.

Num escrutínio muito atentamente observado internacionalmente, os dois candidatos devem convencer os muitos eleitores indecisos a dar-lhes o seu apoio, enquanto se prevê que a taxa de abstenção possa ultrapassar os 22% no próximo domingo. Os seus programas eleitorais estão nos antípodas: Emmanuel Macron é liberal e pró-europeu, Marine Le Pen é anti-imigração, anti-Europa e antissistema.

O primeiro agrada sobretudo aos jovens urbanos, à classe média e ao meio empresarial; a segunda seduz as classes populares, a população rural e uma fatia do eleitorado francês vítima de desemprego endémico. “Não são apenas duas personalidades, dois projetos, mas duas conceções da França, da Europa e do mundo” que estão em confronto, comentou o Presidente francês cessante, François Hollande.

Um ritual da vida política francesa desde 1974, o debate televisivo entre duas voltas eleitorais constitui tradicionalmente um momento forte e por vezes decisivo das campanhas presidenciais. As imagens do debate desta quarta-feira mostram que Emmanuel Macron não levou papéis para o debate enquanto a candidata da Frente Nacional tem vários documentos à sua frente.

A economia nas palavras de Macron e Le Pen

Ambos os candidatos aproveitaram o debate para vincarem as posições diferentes que defendem em termos económicos, nomeadamente no que toca à União Europeia e à Zona Euro. Emmanuel Macron classificou o euro como “a única moeda” que França tem, mas Le Pen ripostou: “O euro é o dinheiro dos bancos, não o dinheiro das pessoas”.

A ideia da candidata é usar nacionalmente o franco, utilizando o euro apenas em transações internacionais. “O que diz não tem sentido nenhum [nonsense]“, contra-argumenta o candidato do movimento “Em Marcha”. Macron argumenta que as importações seriam mais caras, o que colocaria em causa os negócios e o poder de compra dos franceses. O candidato considera que a desindustrialização em França ocorreu “por não se ter feito reformas, não por causa do euro”.

Se eleita, Marine Le Pen já anunciou que irá referendar a permanência da França na União Europeia, logo em setembro deste ano. A candidata da Frente Nacional tentou colar Macron ao status quo vigente por este ter sido ministro da Economia do atual presidente francês. Uma coisa Emmanuel Macron tem em comum com Hollande: quer manter-se na União Europeia, mas pretende reformá-la por dentro.

Existem ainda as questões mais sensíveis para o eleitorado, como a questão da idade de reforma. O candidato pretende manter a idade de reforma nos 62 anos, mas a candidata que reduzi-la para os 60 anos em alguns casos.

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New York Times regista recorde de subscrições digitais

  • Juliana Nogueira Santos
  • 3 Maio 2017

O New York Times tem novo fôlego graças à versão digital. No primeiro trimestre ganhou mais de 300 mil subscritores, um número histórico para o meio.

Apelidado de “decadente” pelo presidente Donald Trump, o jornal norte-americano New York Times ganhou novo fôlego com a versão online — e com o novo presidente — e registou um recorde de novos subscritores no primeiro trimestre deste ano. Com um aumento de 308 mil, o jornal atingiu a meta dos 2,2 milhões de subscritores.

“Estes resultados mostram a força atual e o futuro potencial da nossa estratégia digital, não só para atingir uma maior audiência, mas também para apresentar receitas substanciais”, considera Mark Thompson, presidente do New York Times. “Somámos umas fantásticas 308 mil subscrições que fizeram do primeiro trimestre o melhor trimestre de crescimento de subscritores da nossa história.”

Com estes novos assinantes, o jornal norte-americano conseguiu aumentar as receitas com subscrições digitais para 75,8 milhões de dólares, um valor justificado não só pelo esforço e prestígio do jornal, mas também pelo já chamado “Trump Bump”, ou seja, os constantes ataques aos meios das “notícias falsas”, que acabam por ser publicidade gratuita. O jornal conseguiu assim reverter o ciclo de perdas que registava no mesmo período de 2016, tendo passado de 13,5 milhões dólares em prejuízos para 13,1 milhões em lucros.

"Estes resultados mostram a força atual e o futuro potencial da nossa estratégia digital não só para atingir uma maior audiência, mas também para apresentar receitas substanciais.”

Mark Thompson

Presidente do NYT

Ameaçado pelo decréscimo de vendas da versão impressa, o jornal de referência viu-se obrigado a adotar uma nova estratégia, esta que inclui chegar às audiências mais novas através do estabelecimento de parcerias com serviços online como o Spotify ou o Snapchat. Enquanto as receitas de publicidade no papel caíram 18%, as receitas na versão online compensaram, expandindo 19%.

“As receitas de publicidade digital cresceram 19% em termos homólogos, uma prova da nossa decisão de apostar no conteúdo móvel, no conteúdo pago e numa gama mais ampla de serviços de marketing, e do nosso foco na inovação”, justifica Mark Thompson. O jornal prevê ainda que esta tendência de crescimento se mantenha no próximo trimestre.

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Wall Street fica no vermelho sem surpresas da Fed

Bancos norte-americanos evidenciaram-se pela positiva mas o dia acabou com perdas para os principais índices de Wall Street, com os investidores a digerirem decisão da Fed e resultados da Apple.

Sem surpresas, a Reserva Federal norte-americana decidiu manter os juros, desvalorizando o abrandamento da maior economia do mundo no arranque do ano, num sinal de que deverá manter o rumo da política monetária prevista para este ano e que deverá passar por mais dois aumentos das taxas diretoras.

Neste cenário, apesar de Wall Street ter encerrado em terreno negativo, o setor financeiro fechou acima da linha de água, uma vez que os bancos são os principais beneficiados num ambiente de juros mais elevados. O JPMorgan Chase subiu 0,58% para 87 dólares. O Goldman Sachs ganhou 0,53%.

Ainda assim, o dia acabou com perdas generalizadas nos principais índices norte-americanos, que se mantém perto de máximos históricos. O índice de referência mundial S&P 500 cedeu 0,14% para 2.387,96 pontos, ao mesmo tempo o tecnológico Nasdaq caiu 0,34%. Já o industrial Dow Jones evitou as quedas, tendo encerrado em alta de 0,03%.

“A Fed está a comunicar o seu mantra de subida de juros”, referiu Ryan Sweet, economista senior da Moodys. “A próxima vez que deverão fazê-lo será em junho”, sublinha este especialista. Neste momento, os investidores acreditam que a probabilidade de nova subida das taxas no próximo mês está nos 65%.

"A Fed está a comunicar o seu mantra de subida de juros. A próxima vez que deverão fazê-lo será em junho.”

Ryan Sweet

Economista senior da Moodys

Entretanto, no plano empresarial, continua a temporada de resultados. A Apple desiludiu e as ações desvalorizaram 0,3% para 147,06 dólares, sendo uma das principais quedas do dia.

Ainda assim, de acordo com as estimativas da Thomson Reuters, os lucros das empresas do S&P 500 deverão ter subido 14,2%, o maior crescimento desde 2011.

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ON.2 chegou ao fim. Apoiou 600 novas empresas e criou sete mil postos de trabalho

  • ECO
  • 3 Maio 2017

Programa operacional do QREN, que tinha uma dotação de 2,7 milhões de euros, chegou ao fim a 31 de março. O balanço destaca a grande instabilidade financeira e simplificação de procedimentos.

O programa operacional do Norte, referente ao anterior quadro comunitário de apoio chegou ao fim. O resultado? Sete mil empregos criados, 600 novas empresas apoiadas, mais de 500 projetos empresariais de I&DT, 100 novos exportadores, 135 mil alunos beneficiados e 375 novas escolas.

O balanço é da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) que esta terça-feira fez uma cerimónia de encerramento do ON.2, o programa operacional que tinha uma dotação de 2,7 milhões de euros, e que tem agora como sucessor, o Norte2020.

O relatório de execução final, citado pela Lusa, aponta “a grande instabilidade económica e financeira, as alterações ao modelo governativo e questões administrativas como fatores de risco que terão limitado o desempenho dos promotores e a gestão do programa”. “Ainda assim, a adoção de um conjunto de medidas, das quais se destaca o aumento de taxas de financiamento associadas a vários regulamentos, regras de pagamento mais flexíveis e medidas de simplificação de procedimentos, permitiram mitigar os desafios que surgiram“, explica a nota da CCDR-N.

A grande instabilidade económica e financeira, as alterações ao modelo governativo e questões administrativas como fatores de risco que terão limitado o desempenho dos promotores e a gestão do programa.

Relatório CCDR-N

Para Carlos Lage, o gestor responsável pelo lançamento do ON.2, “as potencialidades da região para se afirmar nos próximos tempos são espantosas”. Mas o responsável, citado pela Lusa, deixou um alerta: “Tudo isto está ameaçado (…) porque paira uma ameaça terrível sobre a União Europeia, sobre a moeda única e sobre os princípios fundamentais da União Europeia (?). Está ameaçado por gente que não tem um ideal e que só pensa nos preconceitos nacionalista e à ascensão a um poder mesmo que seja efémero”.

"Tudo isto está ameaçado (…) porque paira uma ameaça terrível sobre a UE. Está ameaçado por gente que não tem um ideal e que só pensa nos preconceitos nacionalista e à ascensão a um poder mesmo que seja efémero.”

Carlos Lage

Gestor do ON.2

O gestor considera que “o modelo económico e industrial da região [Norte] tem sabido afirmar-se”. No atual quadro comunitário, o Portugal 2020 o Norte já aprovou 3.220 projetos dos quais já contratou 2.920. A taxa de execução está 19%. Uma ideia corroborada por Fernando Freire de Sousa, o presidente da CCDR-N, que defende que “a consciência regional é algo que nunca se pode deixar cair”.

"A consciência regional é algo que nunca se pode deixar cair.”

Carlos Freire de Sousa

Presidente da CCDR-N

O presidente da CCDR-N, e gestor do Norte2020, disse tratar-se de um dia para “celebrar o lado positivo da solidariedade”, como referiu, “que a União Europeia presta aos Estados membros” ao disponibilizar verbas e comparticipar obras e elogiou o papel dos presentes, considerando-os “um coletivo importante para salvaguardar que o modelo se possa reproduzir de forma virtuosa”.

O autarca, citado pela Lusa, falava, no novo Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos, distrito do Porto, numa sessão dedicada ao programa operacional do Norte relativo ao anterior quadro comunitário. Com o nome “O Norte somos nós – Rostos de um Novo Norte”, a sessão, que foi presidida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e na qual foi lançado um livro e inaugurada uma exposição sobre o tema, juntou os responsáveis pelas linhas de candidatura ao quadro anterior, bem como do atual, somando-se representantes das autarquias e de entidades regionais e alguns dos beneficiados com os fundos conseguidos ao abrigo do ON.2.

 

Matos Fernandes, em jeito de síntese disse que “o Norte é uma região mais preparada para o que aí vem” e desafiou os candidatos e responsáveis pelo Norte 2020 para que “façam deste novo ciclo de fundos um sucesso”.

"O Norte é uma região mais preparada para o que aí vem.”

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

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Inovação e qualificação são as prioridades da reprogramação do Portugal 2020

Exercício de reprogramação dos fundos está "muito avançado". Reuniões com as entidades nacionais precederam as negociações com Bruxelas.

O exercício de reprogramação dos fundos comunitários já está a decorrer desde o início do ano e está “muito avançado”, apurou o ECO junto do Executivo. A redistribuição das verbas vai ter como principais prioridades o reforço da qualificação, mas também da inovação, ou seja, o apoio ao investimento das empresas.

O Executivo tem vindo a reunir com diversas entidades, os responsáveis dos fundos e com os diferentes ministérios para depois avançar com as negociações junto de Bruxelas, confirmou o ECO junto do gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

“O trabalho está muito avançado. O trabalho está praticamente feito e consolidado. Agora resta negociar”, junto da Comissão Europeia, acrescentou a mesma fonte oficial.

Este trabalho de reprogramação é normal em todos os quadros comunitários. Recorde-se que no QREN houve uma reprogramação técnica, seguida depois de uma reprogramação estratégica, essa sim com alterações mais significativas na distribuição das verbas.

As prioridades da reprogramação traduzem aquilo que são também as prioridades do Executivo, nomeadamente com o regresso à qualificação de adultos. O ministro Pedro Marques já frisou, por diversas vezes, que considera um erro a opção do Governo anterior de abandonar a qualificação de adultos e por isso foi lançado o programa Qualifica.

O objetivo foi mesmo interromper a estratégia de ensino dual que vinha a ser seguida — e que este Governo considera que colocava as pessoas à margem do sistema, forçando opções demasiado cedo –, assim como das ações de formação de muito curta duração e que não atribuíam qualificação profissional, mas que retiravam os desempregados das estatísticas do desemprego.

Recorde-se que em dezembro, o ECO já tinha alertado para o risco de alguns programas operacionais não terem verbas disponíveis para prosseguir os apoios nos mesmos moldes. É o caso dos cursos profissionais, uma vez que a 30 de setembro, a meta definida para 2018, em termos de apoio a jovens (107 mil), já tinha sido atingida. A dotação global deste programa prevê apoiar até 2023 — os três anos adicionais que todos os quadros comunitários têm para executar as verbas — 159.300 alunos.

Por outro lado, tendo em conta a importância das empresas, o apoio à inovação vai continuar a ser uma prioridade. E essa prioridade terá de se traduzir em mais dinheiro até porque, ao nível do sistema de incentivos — as verbas destinadas às empresas no âmbito do Compete, mas também dos diversos programas operacionais regionais — a 31 de março já só havia 25% da dotação global disponível.

Mas para que alguns programas operacionais sejam reforçados, o dinheiro tem de ser retirado a outros. O ECO sabe há fundos que estão já a trabalhar usando as expectáveis taxas de quebra (projetos que acabam por ser abandonados ou reavaliados em baixa) e rondam os 38%, mas também os montantes que estavam reservados aos instrumentos financeiros. Instrumentos que têm a 31 de março uma execução de 24%, de acordo com a última monitorização do Compete, um ponto percentual menos do que a 31 de dezembro de 2016. Há muito que os instrumentos financeiros são apontados como as “vítimas possíveis” desta reprogramação.

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CGD: Banco de Portugal e CMVM vão impugnar decisão do Tribunal da Relação

O Tribunal de Relação diz que o recurso não chegou dentro do prazo, mas o Banco de Portugal e a CMVM rejeitam esse argumento. Em causa está a divulgação da lista dos grandes devedores da Caixa.

O Tribunal da Relação rejeitou esta quarta-feira os recursos submetidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Banco de Portugal (BdP), relativos ao levantamento do sigilo profissional, por terem sido apresentados fora de prazo. Questionados pelo ECO, o banco central e a CMVM dizem ter outro entendimento, anunciado que vão impugnar a decisão. Fonte oficial do Supremo Tribunal da Justiça explicou ao ECO que o banco público e os supervisores podem apenas apresentar uma reclamação.

“Os recorrentes interpuseram os recursos ultrapassando, em muito, o prazo de 15 dias que, em nosso entender, se impunha para o efeito”, justificou a Relação de Lisboa na decisão desta quarta-feira, apontando para “a natureza urgente do presente incidente”. “Independentemente da questão da recorribilidade da decisão para o Supremo Tribunal de Justiça, os requerimentos de recurso mostram-se interpostos fora de prazo“, lê-se na decisão do tribunal.

Em resposta ao ECO, o Banco de Portugal rejeita essa tese: “Considera o Banco de Portugal que o recurso para o Supremo Tribunal de Justiça foi interposto no prazo legalmente estabelecido, pelo que pretende impugnar a referida decisão que não lho admitiu“. Essa consideração é partilhada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários: “A CMVM tenciona reclamar da referida decisão de não admissão do recurso, por considerar que o mesmo foi interposto dentro do prazo legal aplicável“.

Segundo o esclarecimento dado por fonte do Supremo, os visados podem apresentar uma reclamação que será avaliada por um juiz conselheiro, que vai decidir se a Relação de Lisboa tem ou não razão na sua decisão. Mas, como estamos a falar de prazos, é muito difícil que esta decisão seja revertida, explicou a mesma fonte.

De parte fica a possibilidade de a CGD, CMVM e Banco de Portugal voltarem a recorrer, o que impediria o acesso aos documentos. Sendo assim, os deputados da primeira comissão de inquérito relativa à Caixa Geral de Depósitos deverão receber a documentação pedida, nomeadamente a lista dos grandes devedores do banco público.

Contactada pelo ECO, a CGD diz ainda estar a “estudar o despacho”. Porém, confirma que mantém a sua posição: “A Caixa continuará, neste caso, a defender os seus interesses pelas vias legais disponíveis”. Até agora não foi possível obter resposta do Ministério das Finanças.

A primeira comissão da CGD já tem nova reunião marcada para dia 9 de maio. Neste encontro, os deputados vão fazer um ponto de situação e definir a calendarização dos trabalhos.

(Notícia atualizada às 21h11 com resposta da CMVM)

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Pesados pesam negativamente nas vendas automóveis

  • ECO
  • 3 Maio 2017

O mês de Abril traz mais ligeiros à estrada. Mas os pesados de passageiros ficam pelo caminho, acusando um declínio de 37%, de acordo com os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal.

O mercado automóvel acelera a fundo em Abril: as vendas subiram 17,9% em relação ao ano anterior e 6,2% desde o início do ano. Os ligeiros contribuem com um aumento de 18,2%, compensando o crescimento leve dos pesados, de apenas 0,9%.

São os ligeiros os motores desta evolução: os 20,4% de crescimento dos comerciais ligeiros ultrapassam os ligeiros de passageiros, que crescem 17,8%. Desde janeiro que o número de comerciais tem vindo a crescer 10,6%, enquanto que os ligeiros de passageiros se ficam pela metade, com 5,8%.

O grande vermelho está do lado dos pesados de passageiros, cujas vendas diminuíram 36,6% em relação ao período homólogo. Desde janeiro que estão em trajetória decrescente, com uma quebra de 10,9%, acompanhados pelos pesados de mercadorias, que venderam menos 0,3%.

Ou seja, nos primeiros quatro meses do ano, o número de pesados caiu 1,6%. Contudo, se compararmos a abril de 2016, os pesados de mercadorias salvam a categoria, pois aumentam 6%, e permitem assim o crescimento total de 0,9% já referido.

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May acusa Juncker de querer sabotar as eleições

  • Juliana Nogueira Santos
  • 3 Maio 2017

Depois de Juncker ter descrito, num tom pouco positivo, um encontro com May, a primeira-ministra acusou-o de querer sabotar as próximas eleições legislativas.

A tensão entre o Reino Unido e a Europa está a adensar. Esta quarta-feira Theresa May apontou as armas para Jean-Claude Juncker e a sua equipa e acusou-os de divulgarem detalhes confidenciais referentes à discussão do Brexit para sabotar as próximas eleições legislativas.

Num discurso proferido à porta do seu gabinete, na Downing Street, a primeira-ministra britânica afirmou que “há alguns em Bruxelas que não querem que estas discussões tenham sucesso, que não querem que a Grã-Bretanha prospere.” Esta acusação vem depois de Juncker ter dado detalhes de um jantar entre May e o próprio a um jornal alemão, num tom pouco positivo.

Theresa May continuou o seu discurso acrescentando que “a posição do Reino Unido em relação à negociação tem sido mal representada na imprensa continental” e que as ameaças contra a país proferidas pelos políticos europeus “têm sido deliberadamente planeados para afetarem o resultado da eleição”.

A antecipação das eleições legislativas foi anunciada no mês passado por Theresa May, sob a justificação de assegurar estabilidade e procurar apoio por parte dos eleitores para prosseguir com o processo de saída da União Europeia.

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Fed mantém juros com abrandamento económico “transitório”

A decisão foi unânime e já era esperada: a Reserva Federal americana manteve a taxa de juro entre os 0,5% e 0,75%. Está atenta ao abrandamento económico no arranque do ano que diz ser "transitório".

Os responsáveis da Reserva Federal norte-americana mantiveram a taxa de juro diretora no intervalo entre os 0,5% e 0,75% e deixaram poucas pistas em relação ao rumo da política monetária nos EUA nos próximos meses, considerando que o abrandamento económico registado no início do ano é “transitório”.

“O comité vê o abrandamento no crescimento durante o primeiro trimestre como sendo provavelmente transitório”, refere o Comité Federal do Mercado Aberto em comunicado divulgado esta quarta-feira, após a reunião de dois dias. “Os riscos de curto prazo para as perspetivas económicas surgem francamente balanceados”, salientam os responsáveis da entidade liderada por Janet Yellen.

A decisão de deixar inalterada as taxas diretoras foi unânime no seio do comité e era, de resto, esperada pelos analistas que esperavam, contudo, que o comunicado de hoje trouxesse novas pistas acerca dos próximos passos da Fed. Isso não aconteceu. O banco central deixou poucos sinais quanto ao timing da próxima subida dos juros, reservando para si a flexibilidade de aumentar ou manter as taxas na reunião de junho.

"O comité vê o abrandamento no crescimento durante o primeiro trimestre como sendo provavelmente transitório.”

Comité Federal do Mercado Aberto

Comunicado

Isto depois de os responsáveis da Fed terem deixado a ideia no mercado de que deveriam proceder a mais duas subidas das taxas até final do ano, depois do aumento efetuado em março, à medida que a inflação e o desemprego se aproximam do duplo objetivo do banco central norte-americano.

“A inflação medida com base nos 12 meses aproximou-se recentemente para o objetivo de 2% no longo prazo do comité”, lê-se no documento divulgado pela Fed. Os gastos das famílias cresceram “apenas de forma modesta” mas os fundamentais que sustentam o crescimento do consumo “permaneceram sólidos”.

"A inflação medida com base nos 12 meses aproximou-se recentemente para o objetivo de 2% no longo prazo do comité.”

Comité Federal do Mercado Aberto

Comunicado

Ao contrário do habitual, desta vez não haverá lugar a conferência de imprensa com Janet Yellen após a reunião em Washington. Ainda assim, a presidente da Fed e outros cinco membros do banco central deverão falar em público esta sexta-feira, naquela que será a primeira oportunidade de adiantarem mais pormenores acerca da decisão tomada hoje.

 

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Santos Silva: Gulbenkian está hoje “muito menos dependente” dos ativos de petróleo

  • Lusa
  • 3 Maio 2017

O presidente cessante da instituição garante que a Gulbenkian neste momento está menos dependente do petróleo. Isabel Mota é a sucessora.

O presidente cessante da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, declarou esta quarta-feira, na tomada de posse da sucessora, Isabel Mota, que a entidade está neste momento “muito menos dependente dos rendimentos gerados” pelo petróleo e o gás. Santos Silva discursou na sede da Gulbenkian, em Lisboa, antes de Isabel Mota, agradecendo nessa intervenção o apoio prestado pelos funcionários da fundação e da equipa do Conselho de Administração, durante o seu mandato de cinco anos.

No seu balanço, fez referência aos ativos do petróleo e do gás detidos pela Gulbenkian, que suscitaram polémica na semana passada, quando um grupo de personalidades das áreas da cultura, ciência e política assinaram uma carta aberta pedindo que a fundação prescinda de rendimentos de energias fósseis.

Os ativos de petróleo e gás que representavam 38%, no final de 2011, hoje apenas se situam em 20%.

Artur Santos Silva

Presidente cessante da Fundação Calouste Gulbenkian

“O património da fundação, medido pelo seu fundo de capital, sem aplicação das regras internacionais de contabilidade às suas participações na área do petróleo e do gás, manteve-se praticamente constante entre 2011 e 2016, pelo que julgo estarem garantidas as condições de sustentabilidade da instituição“, indicou.

“Deve porém ser salientado que, em relação aos nossos recursos próprios, os ativos de petróleo e gás que representavam 38%, no final de 2011, hoje apenas se situam em 20%, estando a Fundação muito menos dependente dos rendimentos gerados por tais ativos”, declarou. Acrescentou que, aplicando as regras internacionais, “o fundo de capital [da Gulbenkian] conheceu nos últimos cinco anos uma redução em 125 milhões de euros, para 2.520 milhões de euros”.

Quanto tomei posse, afirmei também que a principal e permanente preocupação da fundação seria, então e sempre, a de assegurar as condições da sua perpetuidade. A dimensão, a solidez e a rentabilidade do património da fundação deverão constituir a sua primeira prioridade”, defendeu. Para Santos Silva, a sustentabilidade da estrutura de custos fixos da Gulbenkian “é essencial para proporcionar a desejável flexibilidade nos tempos incertos e perturbados como os que vivemos à escala global”.

Artur Santos Silva recordou ainda que tomou posse em 2012, quando “Portugal vivia uma das crises mais graves da sua história” e, nessa altura, defendeu que a Gulbenkian “devia aproximar-se da sociedade” e das suas necessidades.

Instituição sem fins lucrativos criada com bens do mecenas arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), legados a Portugal sob a forma de fundação, a partir de disposição testamentária, a Gulbenkian tem como principais atividades, exercidas em quatro áreas estatutárias, a arte, a beneficência, a educação e a ciência.

O anúncio da renovação da presidência da Gulbenkian deu-se em dezembro ao ano passado, antes do fim do mandato do atual presidente, Artur Santos Silva, que completou 75 anos. Eleita por unanimidade, Isabel Mota, 65 anos, é membro executivo do conselho de administração da Gulbenkian desde 1999.

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Vista Alegre quer pintar vidro com nanopartículas

O projeto DecorGlass é desenvolvido pela Vista Alegre Atlantis em conjunto com a Universidade de Aveiro. Representa um investimento de 1,03 milhões de euros, com um incentivo de 596 mil euros.

Desenvolver uma nova gama de peças de vidro decoradas, cuja coloração é feita de forma homogénea na massa vítrea. É este o objetivo do projeto DecorGlass.

Desenvolvido pela Vista Alegre Atlantis, em conjunto com a Universidade de Aveiro, este projeto representa um investimento de 1,03 milhões de euros, que conta com um apoio do incentivo de 596 mil euros, que traduz “uma taxa de incentivo não reembolsável atribuída a 56,63% sobre as despesas elegíveis aprovadas”, explicou ao ECO, Paulo Pires, presidente da comissão executiva da empresa.

“O apoio dado por parte do Compete [programa operacional das empresas] é crítico a diversos níveis, nomeadamente para o período de duração do projeto, o qual pôde ser alargado por via da existência de um financiamento ao mesmo, o envolvimento de uma equipa mais experiente afeta ao projeto com maior regularidade, e a aquisição de equipamento de suporte relevante aos desenvolvimentos propostos”, precisou Paulo Pires. “Este financiamento irá permitir à VAA a sustentabilidade do investimento necessário para desenvolver” o DecorGlass. Em causa está um investimento elegível de 895 mil euros.

Crítico é também o apoio da Universidade de Aveiro com quem a VAA está a desenvolver este projeto. “Há um desenvolvimento conjunto das técnicas propostas”, mas o desenvolvimento de vidro colorido a partir de nanopartículas está, sobretudo, do lado da universidade de Aveiro. Mas “existem outras técnicas, que obrigam a um desenvolvimento que está a ser levado a cabo maioritariamente por uma equipa especializada da VAA”, afirmou o responsável da empresa que pertence ao grupo Visabeira. “Tudo depende do know-how existente nas diferentes temáticas que este projeto implica, onde as duas entidades estão em constante contacto e interação”, acrescentou, frisando ainda que “a VAA tem um departamento de inovação próprio e que os técnicos incorporados neste projeto fazem parte do quadro da empresa, dedicando parte do seu tempo ao desenvolvimento do DecorGlass”.

A VAA tem um departamento de inovação próprio e os técnicos incorporados neste projeto fazem parte do quadro da empresa, dedicando parte do seu tempo ao desenvolvimento do DecorGlass.

Paulo Pires

Presidente da Comissão Executiva da VAA

Mas esta parceria não é de agora, “é algo que tem vindo a ser construído ao longo dos últimos anos, tanto ao nível da cerâmica como do vidro, o que faz com que estas iniciativas de trabalho conjunto surjam de modo natural”, defende Paulo Pires. Além da relação de longa data e da proximidade geográfica, que facilita o encontro das equipas, a Universidade de Aveiro é um dos parceiros de eleição — entre universidades, centros tecnológicos, institutos ou fornecedores — pelo seu Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO), um laboratório dedicado ao estudo de materiais “uma entidade de renome que consegue entender as necessidades de uma empresa como a VAA e ajudá-la a alcançar as melhores soluções para que possa manter elevados os níveis de competitividade no setor”, diz o responsável.

A VAA tem tentado vir a desenvolver novos produtos.

O grupo, que o ano passado regressou aos lucros, após cinco anos de prejuízos, tem na inovação a grande aposta para manter esta performance e, neste ponto, os fundos comunitários assumem um papel primordial. “Com a ajuda dos fundos comunitários a empresa tem conseguido manter-se a par das mais recentes tecnologias, desenvolver novos produtos, e estudar novas técnicas de fabrico, que lhe vão permitir gerar artigos de maior valor acrescentado, indo assim ao encontro de novos clientes”, afirma Paulo Pires.

É por isso que o grupo Vista Alegre Atlantis, sendo uma grande empresa, só pode ter estes níveis de incentivos porque está a inovar ao nível dos produtos e não apenas dos processos.

E o “mercado externo foi a grande aposta de vendas do grupo em 2016. No seu conjunto, a Vista Alegre registou um crescimento de 3,6 milhões de euros no volume de negócios”, segundo o comunicado da empresa com a divulgação dos resultados de 2016. O mercado externo contribuiu com 64% do volume de negócios. “Com o desenvolvimento de novos produtos, a VAA consegue dar resposta a clientes internacionais com exigências de produto distintas dos nacionais, singrando assim noutros países”, explica o presidente da comissão executiva da VAA.

Outras candidaturas

O projeto da DecorGlass está longe de ser uma estreia da VAA junto dos fundos comunitários.

“Após o projeto DecorGlass, a VAA já submeteu outros projetos, quer de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, quer de Inovação Produtiva, todos eles aprovados: um projeto na porcelana, outro no grés e no cristal e ainda um projeto na faiança”, revela Paulo Pires.

Após o projeto DecorGlass, a VAA já submeteu outros projetos, quer de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, quer de Inovação Produtiva, todos eles aprovados: um projeto na porcelana, outro no grés e no cristal e ainda um projeto na faiança.

Paulo Pires

Presidente da Comissão Executiva da VAA

Em causa estão, no conjunto, 20,85 milhões de euros de investimento e um incentivo de 9,35 milhões de euros. De destacar, que as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, que foram compradas pela Visabeira em abril de 2009 por 300 mil euros, só por si recebem um investimento de 7,31 milhões de euros, com um incentivo de 3,21 milhões de euros para apostar “na internacionalização e competitividade”, “para recorrer a novas tecnologias, novos conhecimentos e quadros qualificados, que permitirão, por via da inovação de processos, aumentar a capacidade de produção e alargar a cadeia de valor”.

As Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, que foram compradas pela Visabeira em abril de 2009 por 300 mil euros.

Mas há mais, alguns até mesmo “em fase de desenvolvimento”, nomeadamente na Ria Stone, outra empresa do grupo Vista Alegre — são dois projetos que no seu conjunto representam um investimento de 17,08 milhões de euros que recebe um incentivo de 7,99 milhões.

E “quanto a novos projetos podemos afirmar que a empresa está sempre a apostar em melhorias da sua produção e nos seus produtos, mas de momento, futuros projetos ainda se encontram em avaliação interna, para posteriormente poderem ser revelados“, concluiu Paulo Pires.

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