Dono da Wizink aposta no imobiliário em Lisboa. Compra fundos com ativos de 187 milhões

Värde Partners adquiriu dois fundos imobiliários com ativos de 186,6 milhões de euros localizados na Grande Lisboa. Quer aproveitar alta dos preços para ganhar quota de mercado em Portugal.

A Värde Partners, dona do banco digital Wizink, anunciou esta segunda-feira a compra de dois fundos imobiliários em Portugal, a Imopólis e a FIIF ImoDesenvolvimento, com ativos avaliados em 187 milhões de euros.

A carteira de imóveis inclui parques de negócios, escritórios e outros imóveis para comércio na região da Grande Lisboa, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira.

A Värde planeia usar esta plataforma para investir em Portugal e construir a sua posição no mercado imobiliário local“, indica esta sociedade de investimentos americana.

“A subida das rendas juntamente com a baixa taxa de imóveis disponíveis e a falta de oferta, especialmente para espaços de escritórios de qualidade, provocaram um desequilíbrio no mercado de escritórios em Lisboa, contribuindo para um ambiente de investimento favorável”, justifica a Värde.

"A Värde planeia usar esta plataforma para investir em Portugal e construir a sua posição no mercado imobiliário local.”

Värde Partners

Comunicado

Para Francisco Milone, diretor da European Real Estate da Värde, trata-se de “um investimento estratégico em Portugal”. “Vamos executar uma estratégia para aceder às oportunidades criadas pela promissora recuperação económica em Portugal”, disse ainda.

Ricardo Valente, CEO a Imopólis, fala num “entusiasmante capítulo para a Imopólis”. “A Värde será um parceiro tremendo, fornecendo recursos de capital e técnicos para expandir o nosso portefólio em Lisboa e nos arredores, acrescentou.

A Värde Partners é uma sociedade de investimentos com ativos de 14 mil milhões de dólares. Em março passado, anunciou a aquisição de 49% do banco online Wizink ao grupo Santander, ficando a deter 100% do capital da instituição.

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Portugal e China acordam cooperação no setor da energia durante a visita de Xi Jinping

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Os dois países vão assinar acordos de cooperação em vários domínios durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal.

Portugal e a China vão assinar, durante a visita a Lisboa do Presidente Chinês, Xi Jinping, em dezembro, acordos de cooperação em vários domínios, incluindo os setores da energia, infraestruturas e ciência e tecnologia, segundo a Xinhua.

De acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, que cita o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Chao, os acordos a assinar durante a visita do chefe de Estado chinês a Portugal cobrem áreas que vão desde as infraestruturas, à cultura, educação, ciência e tecnologia, conservação de água, controlo de qualidade, energia e finanças.

Segundo o vice-ministro, durante a visita, que decorre a 04 e 05 de dezembro, Xi Jinping terá encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e com o primeiro-ministro, António Costa.

Portugal é um de quatro países que o líder chinês vai visitar entre 27 de novembro e 5 de dezembro, para reforçar os respetivos laços bilaterais.

Xi Jinping vai ainda visitar Espanha, Panamá e na Argentina, onde decorre uma cimeira do G20.

No âmbito da deslocação será ainda assinada uma declaração conjunta entre Portugal e a China, avança a Xinhua, sem especificar o teor.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, tinha adiantado, em outubro, aquando de uma deslocação a Pequim, que Portugal e a China estavam a ultimar um memorando de entendimento no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, centrada no investimento de infraestruturas.

Não adiantou, no entanto, se tal memorando seria assinado durante a visita oficial de Xi Jinping a Portugal.

A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, proposta em 2013 pelo Presidente chinês tem como objetivo reforçar as ligações e dinamizar o comércio entre várias economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África, através do investimento em infraestruturas.

Na ocasião, Santos Silva destacou o momento “particularmente auspicioso” das relações com a China, adiantando que durante a visita do chefe de Estado chinês a Portugal será assinalada ” a excelência das relações políticas e diplomáticas” bem como o desenvolvimento da relação económica entre Portugal e a China.

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Portugal recompra mais 400 milhões de dívida que vence no próximo ano

IGCP voltou a recomprar dívida pública em outubro, numa operação que vai aliviar o esforço de reembolso no próximo ano. Em junho de 2019, vence uma linha de obrigações no valor de oito mil milhões.

Portugal voltou a recomprar dívida pública em outubro, depois de o Tesouro português ter ido ao mercado “resgatar” mais de 400 milhões de euros em obrigações que venciam já em 2019. Com esta operação, baixou-se o esforço de reembolso do Estado no próximo ano, mas de forma ligeira, estando prevista uma devolução aos investidores de cerca de oito mil milhões de euros em dívida de longo prazo em junho próximo.

Tal como na anterior operação de recompra de dívida, realizada em fevereiro, também esta não foi pré-anunciada pelo IGCP, a agência responsável pela gestão da dívida pública, não tendo existido qualquer oferta dirigida ao mercado, como acontecia habitualmente até então.

Ainda assim, de acordo com a apresentação mensal aos investidores, foram recomprados no mês passado cerca de 428 milhões de euros em obrigações do Tesouro a 10 anos que chegam à maturidade em junho de 2019. Isto depois de o IGCP ter resgatado 150 milhões em fevereiro, perfazendo recompras de dívida no valor total de 578 milhões nesta linha de obrigações que foi emitida em 2009 e apresenta um saldo vivo de cerca de 8,3 mil milhões de euros.

Será mais ou menos este valor que o Portugal terá de devolver ao mercado no próximo dia 14 de junho de 2019, mas a estratégia do Governo tem sido de suavizar o perfil de reembolso da sua dívida não só no próximo ano mas também nos anos seguintes. Em 2020, atingem a maturidade obrigações no valor de 10 mil milhões de euros, um montante que cresce para os 17 mil milhões de euros em 2021.

E continua a pagar ao FMI

Ao mesmo tempo que recompra dívida diretamente no mercado secundário, o IGCP tem procurado acelerar os reembolsos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI), cujo empréstimo oficial onera mais os cofres do Estado do que a nova dívida vendida no mercado primário. Faltam pagar cerca de 4,5 mil milhões de euros mas o Governo prevê fazer um pagamento antecipado na ordem dos dois mil milhões até final do ano.

Parte dessa devolução ao Fundo será realizada com recurso aos 1.250 milhões de euros captados na última emissão de dívida a dez anos, realizada há duas semanas. Outra parte virá da chamada “almofada financeira” do IGCP.

De acordo com a mesma apresentação, o IGCP espera usar este ano quase dois mil milhões de euros em depósitos que tem nos seus cofres para fazer face às necessidades de financiamento do Estado. Chegará a dezembro com uma posição de liquidez com cerca de 7,9 mil milhões de euros.

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Compras na Cyber Monday animam Wall Street

As bolsas norte-americanas abriram no verde, recuperando da queda da última sessão. A contribuir para este cenário está o entusiasmo à volta da Cyber Monday e a subida do preço do petróleo.

As bolsas norte-americanas abriram a primeira sessão da semana em alta, recuperando das quedas da última sessão. A animar Wall Street estão as compras da Cyber Monday, com os investidores otimistas com as possíveis vendas alcançadas nesta temporada de descontos. Poderá ser o início de uma forte temporada de final de ano para os retalhistas. A impulsionar ainda mais esta sessão estão os preços do petróleo.

O índice de referência S&P 500 abriu a subir 0,66% para 2.649,97 pontos, numa abertura positiva que se alastrou aos restantes setores. O industrial Dow Jones sobe 0,32% para 24.364,13 pontos, assim como o tecnológico Nasdaq que valoriza 1,26% para 7.026,5 pontos.

Nesta sessão, a Cyber Monday está a deixar os investidores animados relativamente às compras dos consumidores. Os mercados esperam que esta segunda-feira seja um forte começo para a temporada de festas de final de ano dos retalhistas, avança a Reuters (conteúdo em inglês). A refletir este sentimento estão também as gigantes tecnológicas, com a Amazon a subir 2,1% para 1.533,67 dólares e o eBay a valorizar 0,88% para 28,69 dólares.

“Tivemos uma semana miserável em termos de mercados de ações e, por vezes, acontece uma forte recuperação, em que os mercados podem estar a recuperar um pouco com base nisso”, diz Randy Frederick, da Charles Schwab, citado pela agência de notícias.

A impulsionar mais as subidas do outro lado do Atlântico está a valorização dos preços do petróleo, depois de uma queda de quase 7% na última sessão. Isto acontece no dia em que a Arábia Saudita colocou no mercado um recorde de 11,2 milhões de barris por dia, de acordo com a Bloomberg. Além disso, o Goldman Sachs recomendou aos investidores investirem em matérias-primas no próximo ano. O barril de Brent está a valorizar 2,91% para 60,51 dólares enquanto o WTI está a subir 2,86% para 51,86 dólares.

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Bitcoin afunda. Já perde 75% do valor este ano

  • ECO
  • 26 Novembro 2018

A bitcoin continua a perder valor. Depois da "pior semana de sempre", a moeda virtual acentua a tendência negativa que eleva para 75% a queda acumulada este ano.

A bitcoin continua a perder valor. Num contexto de queda generalizada das criptomoedas, a mais famosa de todas eleva para mais de 75% a desvalorização desde o início do ano, estando já nos 3.765 dólares.

Em bolsa, de acordo com dados da Reuters, a divisa digital segue a perder 4,39% para os 3.765,93 dólares, nesta primeira sessão da semana. Já perdeu quase 200 dólares nesta sessão.

Depois de perder 33% do valor na semana passada, a moeda digital acentua a tendência negativa, arrastando outras divisas virtuais. Foi a pior semana de sempre para a bitcoin que se prepara para terminar um annushorribilis.

Face ao valor registado no final do ano passado, a bitcoin já perde três quartos do seu valor. Acumula uma queda de 75% desde o início do ano, sendo que está 82% abaixo do máximo de 19.666 dólares, verificado quase há um ano.

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Montepio Geral terá “supervisão mais rigorosa e independente”, garante António Costa

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

António Costa garante que já foi aprovada legislação que transfere a supervisão ao Montepio Geral do Ministério do Trabalho para o Instituto de Seguros de Portugal.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta segunda-feira, em Braga, que já foi aprovada legislação para garantir “uma supervisão mais rigorosa e independente” ao Montepio Geral.

“Já foi aprovada legislação que transfere a supervisão do Ministério do Trabalho para o Instituto de Seguros de Portugal, para haver uma supervisão mais rigorosa e independente”, referiu. Costa falava num debate na Universidade do Minho e respondia a uma questão de um professor daquela academia acerca da banca.

O professor perguntou “o que está ser feito de diferente com o Montepio Geral” para que não se repitam os “erros do passado” do BPN, BES ou Banif. O primeiro-ministro disse que o quadro regulatório permite agora uma supervisão mais eficiente.

Costa defendeu ainda que a banca “deve aprender” com o passado, reorientando o financiamento para a atividade produtiva, em vez de se centrar no financiamento do consumo privado e da compra de casa própria.

“A reorientação para financiamento da atividade produtiva é absolutamente essencial”, disse ainda.

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Metro do Porto vai parar. Faz greve a 10, 17 e 31 de dezembro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Em causa estão reivindicações como a redução da carga horária, a alteração da categoria profissional e a admissão de mais profissionais, tal como mais formação.

Os agentes de condução da Metro do Porto vão realizar três dias de greve em dezembro (dias 10, 17 e 31) para reivindicar a alteração da categoria profissional, a redução da carga horária e a admissão de mais profissionais.

Em declarações à Lusa, esta segunda-feira, o dirigente do Sindicato dos Maquinistas, Rui Pedro Pinto, disse que a empresa Via Porto – responsável pela operação – deverá admitir “uma turma de 12 pessoas, que já está em formação”, mas, em seu entender, é “um número insuficiente”, na medida em que “seriam necessários mais 20 a 30 profissionais”.

A redução da carga horária é outra reivindicação que os operadores de condução afetos à Via Porto pretendem ver atendidas. Rui Pedro Pinto disse que o objetivo é reduzir o horário de trabalho semanal das 40 horas para as 37 horas e meia. “Temos um horário excessivo e isso tem-se refletido na saúde dos trabalhadores e no desempenho das suas funções”, sublinhou.

O dirigente sindical apontou ainda a necessidade de mais formação profissional, em falha “desde há oito anos”. “Como o número de trabalhadores é insuficiente para as necessidades, não é possível dispensá-los para formação”, considerou.

Os agentes de condução pretendem também que lhes seja atribuída a categoria profissional de maquinista. O pré-aviso de greve já foi entregue, na quinta-feira, para as 24 horas dos três dias de dezembro, concluiu o sindicalista.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Esta segunda-feira acontece o primeiro dos últimos três dias de debate e votação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

No dia em que foram admitidas para negociação no mercado, as obrigações leoninas desvalorizam 1%. Já as ações da SAD do Sporting recuam mais de 4%.

Numa altura em que as tecnológicas enfrentam problemas na retenção de profissionais, a Novabase Capital decidiu comprar 13% da CBTalents, uma startup portuguesa de recrutamento internacional.

O primeiro-ministro italiano mostrou abertura para dialogar com a União Europeia, de forma a evitar sanções. Os mercados estão a reagir positivamente.

Criada há um ano, a plataforma do malparado começa a dar os primeiros frutos. Bancos deverão aprovar seis operações de crédito até final do ano, num valor que ascenderá a mais de 180 milhões de euros

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Professores: Propostas do PSD e CDS passam. Negociações reabrem mas sem faseamento do pagamento fixado

O desfecho das votações foi o esperado: as propostas do PSD e do CDS sobre a contagem do tempo de serviço passaram e as do PCP e do BE ficam pelo caminho. Governo vai ser obrigado a negociar.

As propostas do PSD e do CDS que impõe o regresso às negociações para a contagem do tempo integral de serviço que esteve congelado nas carreiras especiais foram aprovadas esta tarde no Parlamento. O início do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2019 mostrou que as propostas dos partidos à direita estavam em vantagem. Pelo caminho ficaram as propostas do Bloco de Esquerda e do PCP que impunham prazos fixos para concretizar o pagamento da progressão nas carreiras que decorresse da contagem integral do tempo de serviço.

O debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2019 arrancou esta manhã. À tarde fazem-se as votações dos artigos da propostas de lei do OE e das propostas de alteração ao OE referentes aos artigos que foram debatidos na parte da manhã.

O tema quente desta segunda-feira é a contagem do tempo integral de serviço das carreiras espaciais, onde estão incluídos os professores. Esta contagem terá impacto na progressão das carreiras e, por isso, na valorização salarial.

“A expressão remuneratória do tempo de serviço nas carreiras, cargos ou categorias integradas em corpos especiais, em que a progressão e mudança de posição remuneratória dependam do decurso de determinado período de prestação de serviço legalmente estabelecido para o efeito, é considerada em processo negocial com vista a definir o prazo e o modo para a sua concretização, tendo em conta a sustentabilidade e compatibilização com os recursos disponíveis”, lê-se na proposta social-democrata que foi aprovada. O primeiro número da proposta do CDS que tinha um conteúdo idêntico foi aprovada também. Bem como o primeiro ponto da proposta do PCP que remetia também para um processo negocial.

Nas propostas do PSD e CDS só o PS votou contra, com o regresso às negociações a ser votado favoravelmente pelo PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda. “Foi uma maioria alternativa”, comentou a presidente da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, Teresa Leal Coelho, que estava a conduzir as votações.

O Parlamento chumbou uma parte da proposta do CDS que obrigava o Governo até 30 de junho a enviar para o Parlamento informações sobre os impactos e custos das negociações.

Tal como era esperado, as propostas do Bloco de Esquerda do PCP que impunham um prazo previamente definido para o pagamento da contagem do tempo de serviço ficaram pelo caminho. O PSD e o CDS juntaram-se ao PS e votaram contra as propostas que consideraram como “fórmulas finais”.

Votaremos contra as propostas das fórmulas finais”, disse de manhã a deputada do PSD Margarida Mano, indicando assim que o partido de Rui Rio não dará a mão ao Bloco de Esquerda e ao PCP. Ao ECO, o deputado do PSD Duarte Pacheco confirmou que o partido votará a favor da proposta do CDS.

No mesmo debate, a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua informou que o partido “votará a favor de todas as propostas que reconheçam” a contagem integral do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira. Na sexta-feira passada, em declarações ao Público, a deputada do PCP Paula Santos tinha adiantado que o partido acompanharia as propostas do PSD e do CDS.

As votações ocorrem apenas esta tarde e só aí será conhecido o desfecho final. Mas para já o resultado parece ser um: passam as propostas do PSD e do CDS, enquanto as do Bloco e PCP ficam pelo caminho.

No entanto, bloquistas e comunistas não desistiram de tentar convencer o PSD — que é decisivo nesta votação para garantir a maioria — de que as suas propostas devem merecer o seu apoio.

“Não colocamos uma fórmula final na proposta, mas colocamos limites. Não definimos fórmulas finais. Estamos convencidos de que todas as bancadas podem votar a proposta do PCP”, disse o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, num repto direto à bancada laranja. Também do Bloco lançou o desafio: “O que apresentam ao país é uma provocação? A proposta do Bloco não determina o que deve negociar.”

O PSD e o CDS dão margem total ao Governo para definir com as estruturas sindicais a forma como o pagamento será feito e aceita que as condicionantes financeiras possam afetar o tempo que demora a ser pago.

Já as propostas do PCP e do Bloco de Esquerda fixavam um tempo para que o pagamento seja feito — sete anos no primeiro caso e cinco no segundo — apesar de ambos entenderem o processo dentro de uma negociação.

(Notícia atualizada com o resultado das votações que aconteceu na tarde de segunda-feira)

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Centeno: “Sustentabilidade do crescimento não é uma corrida de cem metros é uma corrida de longo curso”

Ministro das Finanças, Mário Centeno, foi um dos membros do executivo de António Costa que esteve em Braga, numa sessão de perguntas e respostas, no âmbito dos 3 anos de Governo que se completam hoje.

Para assinalar três anos de Governo, o primeiro-ministro António Costa reuniu o Executivo, em Braga, numa sessão de perguntas e respostas sobre o mandato até ao momento. A iniciativa decorre nesta segunda-feira na Reitoria da Universidade do Minho. A plateia conta, entre outros, com a presença de vários professores da Universidade do Minho que colocam António Costa e o seu Governo em “exame”.

António Costa já falou sobre a banca, mais precisamente sobre a Caixa Geral de Depósitos. O primeiro-ministro sugeriu que a Caixa “deve, cada vez mais, ter um papel de financiamento da atividade produtiva”. Uma visão que o primeiro-ministro alarga aos restantes bancos, falando na necessidade de “reorientação da banca para o financiamento das atividades realmente produtivas”.

O saldo migratório em Portugal, também foi levado ao centro da discussão, com Vieira da Silva a reconhecer que este é um problema, mas que não é exclusivo a Portugal. “A relação demográfica que aconteceu nos últimos anos, coloca desafios à Segurança Social e à sociedade toda. E não é apenas em Portugal. É uma realidade que ultrapassa as fronteiras portuguesas”, contextualizou o ministro do Emprego e da Segurança Social.

Neste âmbito, Vieira da Silva fala na importância de “apostar na criação de emprego e de emprego de qualidade”. Essa é a mais importante resposta para a sustentabilidade da Segurança Social“, assumiu o ministro responsável pela pasta.

Mário Centeno também foi chamado a falar, em específico sobre a evolução da produtividade da economia. Começou por dizer que “a produtividade em Portugal está a crescer. Portugal está a ser muito mais produtivo”. Falando nos progressos alcançados, começou por salientar que a medida da produtividade do país que deve ser tida em conta é a dos indicadores empresariais. Citando os valores divulgados há três semanas pelo INE, Centeno sublinhou que a produtividade do país cresceu em 2016 e 2017.

Entusiasmo com o desempenho da economia nacional, o ministro das Finanças frisou que “a sustentabilidade do crescimento não é uma corrida de cem metros é uma corrida de longo curso, precisa de um sistema financeiro estável e de contas públicas em ordem, e da dívida pública a crescer“.

Um lapso imediatamente corrigido pelo primeiro-ministro. “É que era tudo a crescer… por vezes o ministro das Finanças empolga-se com os crescimentos da economia”, justificou Centeno. Mas os lapsos não ficaram por aqui.

Nem um minuto depois chama atenção para “um fator importantíssimo”, o facto de a dívida pública ser muito alta constrange o crescimento da economia portuguesa, mas os “estudos académicos revelam que o importante é ter o rácio da dívida face ao PIB a cair”. E esse é um feito que Portugal conseguiu. “Felizmente, no fim desta legislatura, vamos ter mais dez pontos percentuais de dívida pública face ao início da legislatura”. Logo António Costa vem de novo em auxílio de Centeno: “Dez pontos percentuais a menos”. “Hoje estou de todo!”. “Estou com as direções trocadas“, acrescentou Centeno visivelmente ruborizado.

Em jeito de conclusão, e já sem a assertividade do início, Centeno disse que “todos os portugueses estão convocados para este crescimento sustentado e com a dívida a descer”.

O tema dos refugiados também foi chamado a “exame”. Relativamente a esse assunto António Costa começa por dizer que “acolher refugiados não é assumir um problema, mas antes uma oportunidade“. “Portugal é um país com um problema demográfico sério. Não é só com políticas demográficas que vamos resolver os problemas”, justifica o primeiro-ministro.

Temos de ter uma posição ativa em termos da coesão e futuro da União Europeia“, diz António Costa, acrescentando que “o futuro depende da capacidade de sermos solidários na repartição desse esforço”.

Relativamente ao Brexit e às suas implicações no futuro relacionamento com a União Europeia, António Costa frisa que não é um fechar de portas. “Não haverá seguramente fronteiras fechadas” disse, acrescentando que “o Reino Unido sai da União Europeia, mas seguramente não sai da Europa”.

No caso do relacionamento com Portugal, o primeiro-ministro destaca o facto de o Reino Unido ser muito importante, referindo por exemplo o facto de ser a principal origem do turismo nacional. “Para além das relações multilaterais, investimos muito nas relações unilaterais, nomeadamente com o Reino Unido”, frisa António Costa.

(Notícia atualizada às 13h35)

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Banif Investimento muda de nome: passa a ser Bison Bank

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

“É com base na ligação privilegiada ao mercado asiático que o Bison Bank irá distinguir-se das restantes entidades financeiras no nosso país”, refere a instituição.

O Bison Bank é a nova designação do Banif – Banco de Investimento que é lançada nesta segunda-feira em Portugal, estando focado nos segmentos de ‘wealth management’, gestão de ativos e banca de investimento, anunciou o Bison Capital Financial Holdings.

Em comunicado, os chineses da Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited, que adquiriram a parte do Banif que estava na Oitante, destacam que “é com base na ligação privilegiada ao mercado asiático que o Bison Bank irá distinguir-se das restantes entidades financeiras no nosso país”, em “especial neste atual contexto em que Portugal se posiciona como o segundo país europeu que mais investimento chinês recebe, quando ponderado pela sua dimensão económica”.

“Os recursos que a Bison detém nos mercados asiáticos permitem que o banco potencie uma rede sólida e distinta de conhecimentos que, entre outros, dará possibilidade aos atuais clientes de beneficiarem de uma plataforma de oportunidades de investimento nos mais variados países”, refere.

Segundo adianta, o banco irá “servir ainda como ponte financeira entre a Ásia, Europa e vice-versa: “Os nossos objetivos passam por criar uma ligação intercontinental sólida entre os continentes asiático e europeu apoiando um fluxo constante de ligações que aproximam os mercados de investidores em todo o mundo”.

“Com esta aquisição e o lançamento do Bison Bank iremos apoiar clientes asiáticos interessados em investir e expandir a atividade internacionalmente, bem como investidores internacionais interessados na China”, refere a presidente não-executiva do Bison Bank, Lijun (Lily) Yang, citada no comunicado.

A proposta dos chineses, cujo valor não foi divulgado, foi apresentada como “aquela que apresentava as condições mais favoráveis à maximização da venda” da instituição.

No final de junho deste ano, o Banco de Portugal anunciou que pediu o início da liquidação judicial do Banif, na sequência da revogação pelo Banco Central Europeu da autorização para o exercício da atividade de instituição de crédito.

Em dezembro de 2014, o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal, o que levou a que muitos clientes se viessem a afirmar como lesados por aquela instituição bancária.

Entre os lesados estão cerca de 3.500 obrigacionistas, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, mas também das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros.

Além destes, há ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

Parte da atividade do Banif foi adquirida pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que este comprador não adquiriu.

Desde a resolução do Banif, investidores do banco têm andado em ‘luta’ por uma solução que os compense pelas perdas.

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Novabase Capital compra 13% da startup de talento CBTalents

Numa altura em que as tecnológicas enfrentam problemas na retenção de profissionais, a Novabase Capital decidiu comprar 13% da CBTalents, uma startup portuguesa de recrutamento internacional.

A Novabase Capital comprou uma posição de 13% na CBTalents, uma startup portuguesa especializada no recrutamento internacional de profissionais da área das Tecnologias da Informação (TI). A aquisição foi feita através do Fundo de Capital de Risco Novabase Capital + Inovação, mas o montante da operação não foi revelado.

A CBTalents atua na área do talento aplicado à tecnologia, nomeadamente através do recrutamento de profissionais de áreas mais difíceis de encontrar no mercado. É o caso da engenharia e programação. Segundo a Novabase Capital, a startup fundada por Ricardo Nobre “atua no mercado europeu, onde tem clientes em 17 países”. Conta com 20 colaboradores diretos em Lisboa, Porto, Évora, Londres e Berlim e tem mais de uma centena de olheiros, considerados “colaboradores indiretos”.

“Fazemos este investimento com a convicção de que o mercado de trabalho está a mudar e é preciso reinventar a forma como chegamos ao talento e o conseguimos reter a longo prazo, sobretudo no setor das TI”, diz Maria Gil, administradora da Novabase Capital, num comunicado que a empresa se prepara para divulgar.

A aquisição desta participação na CBTalents acontece numa altura em que as empresa tecnológicas têm sentido dificuldades no recrutamento de profissionais das TI e na retenção dos mesmos, numa altura em que a oferta de talento é insuficiente para dar resposta às necessidades das companhias.

O problema foi assumido pelo próprio João Nuno Bento, presidente executivo da Novabase NBA 0,00% , numa entrevista ao ECO por ocasião do Web Summit: “Todas as empresas hoje têm um problema em reter talento, porque as propostas são múltiplas e não são apenas do mercado nacional. São propostas que vêm também de outros países onde o problema do talento ainda é maior do que aquele que existe em Portugal”, referiu o gestor.

No ano passado, o portefólio da Novabase Capital representou um volume de negócios de 45 milhões de euros, revela a empresa.

Evolução das ações da Novabase na bolsa de Lisboa

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