Personalização, a nova big trend na beleza

Imagine um algoritmo de beleza com o equivalente a 700 anos de experiência. A inteligência artificial está a revolucionar a beauty-tech.

Todos os anos são apontadas novas tendências e todos os anos surgem novas buzzwords no setor da beleza. Houve o tempo dos BB creams, do organic, dos anti-pollution, e o momento atual talvez seja o da beauty-tech, que alia a tecnologia à beleza.

Sabemos que os padrões estão a mudar quando vemos lançamentos como a Dazed Beauty, e sabemos que a indústria também está em transformação quando a sueca Foreo anuncia que o seu Instituto tem estado a trabalhar na incorporação de inteligência artificial (IA) nos seus aparelhos para limpeza do rosto que agora chegam ao mercado.

“O Luna FOFO é o dispositivo de limpeza facial mais inteligente do mundo. É como ter um coach de beleza em nossa casa que consegue fazer uma análise personalizada da nossa pele ao ser conectado com a nossa app – Foreo For You. Os dois sensores banhados em ouro existentes no dispositivo, vão medir os níveis e necessidades de hidratação, fazendo um diagnóstico da pele em tempo real, que permite revelar a verdadeira idade e estado da pele por zona, criando uma solução de limpeza única e personalizada. Ou seja, baseado na análise irá adaptar as necessidades de limpeza (intensidade e tempo) a cada zona do rosto”, explica Mariana Guerra, Sales Executive da Foreo, em Portugal.

Um aparelho que cuida da nossa pele, equivalente a uma esteticista ou cosmetologista, mas com uma experiência de 700 anos. É assim que a Foreo fala do seu algoritmo de beleza. E a revolução na indústria parece estar só a começar, nas palavras do seu fundador e CEO Filip Sedic: “O objetivo para os nossos produtos futuros é detetar a qualidade do ar e a condição da pele do utilizador em tempo real. Com base em todos os dados, o aparelho estaria em condições de criar o modo de tratamento mais adequado no momento presente. Ou, indo mais longe, em breve o aparelho será capaz de analisar as estatísticas dos tratamentos anteriores e de monitorizar a condição da pele para determinar que tipo de tratamento, produtos ou instrumentos são os melhores para os dias e semanas seguintes. A personalização será assim total – através da constante monitorização, análise e previsão, o aparelho torna-se o seu ajudante de beleza inteligente.”

“É a primeira tecnologia de IA no setor da beleza, que identifica o problema e que fornece aos seus utilizadores soluções baseadas no conhecimento real. O conceito geral é comparável ao que se está a passar no setor dos transportes e ao desenvolvimento de sistemas de condução autónomos mais inteligentes. Não estamos a dizer à IA o que deve fazer: a IA está a aprender com os utilizadores e a evoluir autonomamente no sentido de criar uma rotina perfeita para cada indivíduo,” acrescenta Steve Thomson, CMO da Foreo.

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Cool hunting numa cidade de slow trends

Uma loja secreta, uma marca que nos fala de amizade e uma viagem por Lisboa, guiada por quatro temas: o propósito das marcas, a igualdade de género, a juventude e o futuro.

Este é o primeiro episódio da nova série digital que pretende ajudar a entender este mundo em mudança. Nesta história há uma loja secreta, uma marca que fala de amizade e uma viagem, a pé, por Lisboa. Na génese, quatro temas: as marcas e o seu propósito, a igualdade de género, a juventude e o futuro, em tempo de Brexit.

 

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Antral admite estar a formar motoristas das plataformas e diz não ser “estranho”

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros esclareceu que a entidade formadora Protaxisó é uma empresa que tem o dever de dar formação a quem a procura.

A Federação Portuguesa do Táxi (FPT) acusou esta sexta-feira uma entidade formadora pertencente à Antral de estar a promover cursos para motoristas das plataformas eletrónicas, o que a associação confirmou e “não considera estranho”.

“Após confirmação que a entidade formadora pertencente à Antral está a promover cursos de formação profissional para motoristas de TVDE (transporte de passageiros em veículos descaracterizados), é premente o seguinte esclarecimento: A FPT demarca-se totalmente da decisão de negócio da Antral”, refere uma nota publicada esta sexta-feira pela Federação na sua página da rede social Facebook.

No esclarecimento aos associados, a FPT acrescenta ainda que, “por relevantes questões éticas e de princípios, não dá, nem nunca dará formação profissional que legitime o TVDE”.

“Num quadro de coerência com três anos de combate à concorrência desleal, a FPT garante aos seus associados e a todos os profissionais lealdade inabalável ao táxi e ao seu futuro como serviço público”, pode ler-se ainda no curto esclarecimento.

Contactado pela agência Lusa, Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), esclareceu que a entidade formadora Protaxisó é “uma empresa virada para a formação, que sempre deu aos taxistas e tem o dever de dar a quem a procura, sendo para esse fim que está certificada”.

“As entidades existem para prestarem serviços na aérea daquilo que estão certificados é isso que a Protaxisó faz”, frisou.

Questionado sobre se era normal a associação prestar formação aos futuros motoristas do transporte em veículo descaracterizado a partir de plataforma eletrónica, Florêncio Almeida considerou “não ser estranho”.

Não estamos contra as pessoas, se estas têm de ter formação, têm de ter alguém que a dê”, frisou, acrescentando que, “se a Uber está legal, não há problema nenhum”.

A Protaxisó surge na página da internet como associada da ANTRAL e define que tem à sua disposição vários cursos de formação, incluindo “a que é obrigatória para obtenção do certificado de motorista”.

“Além disso, assegura a realização de exames psicotécnicos e de medicina no trabalho e presta outros serviços, para variados fins, nomeadamente a obtenção de atestados médicos e a renovação de cartas”, acrescenta.

A Lusa tentou contactar, sem sucesso até ao momento, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi.

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Pharol tem luz verde para aumentar capital até 80 milhões de euros

Os acionistas da Pharol deliberaram alterar o valor do aumento de capital para os 80 milhões de euros. Empresa liderada por Luís Palha da Silva quer manter posição na brasileira Oi.

A administração da Pharol já tem autorização dos acionistas para avançar com um aumento de capital até 80 milhões de euros, apurou o ECO junto de fonte próxima da empresa. A deliberação foi tomada esta sexta-feira numa assembleia-geral de extraordinária.

A Pharol já tinha deliberado aumentar o capital em 55 milhões de euros. No entanto, a administração entendeu pedir aos acionistas para aumentar o teto máximo da operação para 80 milhões de euros, justificando com a “imprevisibilidade associada à realização do aumento do capital social da Oi”. O objetivo da operação é a Pharol ter uma maior margem de manobra para participar no aumento de capital da brasileira Oi por injeção de dinheiro fresco, evitando uma diluição ainda maior da sua posição na operadora brasileira, na sequência do plano de recuperação judicial que decorre no Brasil.

“Tendo em conta a volatilidade das ações Oi, bem como a variabilidade das circunstâncias que poderão originar a necessidade de aumentar o capital da Pharol, considera-se mais apropriado fixar os parâmetros para um eventual aumento do capital social da sociedade”, assumiu a Pharol no início deste mês, quando revelou o pedido para aumentar o teto máximo da operação. Outro dos motivos que explicam a decisão é a “incerteza quanto à efetiva vantagem em acorrer ao mesmo”.

A Pharol já foi a principal acionista da Oi. No entanto, a empresa brasileira converteu parte da dívida em ações, diluindo a posição da cotada portuguesa, que caiu de 27,18% para menos de 8%. A Pharol, que nasceu do que restou da antiga holding da Portugal Telecom, tenciona agora manter a posição neste nível, numa altura em que a Oi se prepara para a segunda fase do plano de recuperação: a injeção de dinheiro fresco.

Em simultâneo, decorre um megaprocesso da Pharol contra a Oi na Justiça portuguesa, na qual a empresa portuguesa pede à operadora uma indemnização de dois mil milhões de euros, “em dinheiro”. A Pharol acusa a Oi de ter lesado “gravemente os direitos e interesses da Pharol e dos seus milhares de acionistas” aquando da venda da PT Portugal à Altice em 2015, um ativo que era da Oi desde a fusão falhada entre a PT e a Oi.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h49 com mais informações)

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

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Camiões com peças já chegaram à Autoeuropa. Fábrica já funciona normalmente

O turno da manhã arrancou sem problemas, depois do cancelamento do turno da noite, e não estão previstas novas paralisações já que os camiões com peças chegaram durante a noite.

Os camiões com peças, que tinham ficado bloqueados em França por causa dos protestos dos “Coletes Amarelos”, chegaram esta noite a Palmela e a fábrica da Autoeuropa já está a laborar com normalidade, confirmou o ECO junto de fonte oficial da empresa.

A Autoeuropa foi obrigada a suspender a produção do turno da noite, que tinha início às 00h00 desta sexta-feira, porque não tinha peças suficientes para garantir a normal laboração durante todo o dia. A opção foi cancelar esse turno para que os trabalhos pudessem arrancar às sete da manhã.

“Está tudo a funcionar normalmente”, garantiu ao ECO fonte oficial da Autoeuropa. Os camiões “chegaram durante a noite” e “arrancámos hoje o turno da manhã sem problemas”, garantiu a mesma fonte.

A greve dos “coletes amarelos” contra o aumento de impostos sobre os combustíveis, em França, está a condicionar o trânsito no país e a impedir o transporte de peças: milhares de camiões ficaram parados em território nacional e isso afetou, também, a fábrica da Autoeuropa em Palmela.

Este foi mais um contratempo que a fábrica teve de enfrentar, numa altura em que está a braços com a greve dos estivadores em Setúbal que está a atrasar o embarque de mais de duas mil viaturas. Os trabalhadores, em greve desde dia 5, exigem um contrato coletivo de trabalho. De acordo com a a Auroeuropa, o planeamento do navio faz parte das escalas regulares para o porto de Emden, na Alemanha, “teve por base a garantia de uma solução para o embarque de veículos dada pelo Governo e pelo operador logístico”.

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Açores e Madeira vão receber mais dois mil milhões da União Europeia

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Até 2020 a União Europeia prevê mais de dois mil milhões de euros para as regiões autónomas portuguesas no âmbito da estratégia ultraperiférica.

A União Europeia (UE) prevê um financiamento de mais de dois mil milhões de euros para os Açores e Madeira até 2020, na nova estratégia para as regiões ultraperiféricas, que aposta, nomeadamente, na economia azul e inovação.

Segundo dados hoje divulgados, em Bruxelas, para os Açores estão orçamentados 1,45 mil milhões de euros no quadro orçamental 2014-2020, prevendo-se que a verba resulte no apoio a 1.045 empresas, com a criação direta de três mil postos de trabalho, entre outras medidas.

A Madeira recebe fundos no valor de 595 milhões de euros para, no mesmo período, duplicar o investimento público em percentagem do produto interno bruto, criar 1.147 novos postos de trabalho e apoiar 450 empresas, entre outras medidas.

A esta verba somam-se ainda financiamentos no âmbito da cooperação para Açores, Madeira e Canárias (127 milhões de euros), do Fundo Europeu Marítimo e das Pescas (102 milhões para Açores e Madeira) e dos fundos para a agricultura (até 106 milhões de euros anuais para as duas regiões).

Estes dados foram divulgados no âmbito da conferência anual das regiões ultraperiféricas (RUP) – as nove regiões europeias que se situam a milhares de quilómetros do continente europeu –, que decorre nas Canárias, Espanha.

Nos Açores, a Comissão Europeia destaca o apoio a um projeto de criação de um espaço dedicado à realização de feiras e exposições na ilha Terceira, que recebeu quatro milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE).

No arquipélago, o projeto da Rede Valorizar – para validar e certificar competências escolares – recebeu, também do FSE, uma verba de 10,6 milhões de euros.

Na Madeira, o executivo comunitário dá como exemplos o Observatório Oceânico, apoiado com 1,7 milhões de euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e a instalação de um centro de controlo de satélites, que o mesmo fundo comparticipa com 2,7 milhões de euros.

No que se refere ao Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), este prevê a mobilização de mais de 2,2 mil milhões de euros de investimento adicional mobilizado nas regiões ultraperiféricas.

A Plataforma Europeia de Aconselhamento ao Investimento (plataforma Hub) desenvolveu igualmente pistas de intervenção para melhorar o acesso ao financiamento por parte das empresas nestas regiões.

A Comissão Europeia quer – com as estratégias para as RUP – promover a inovação, a economia circular e o crescimento azul nas regiões ultraperiféricas.

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Miguel Albuquerque diz que redução de cofinanciamento é “machadada” na coesão da UE

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Para o presidente do Governo da Madeira, o corte no cofinanciamento "vai agravar os desfasamentos e fazer com que a Europa continue com diversos níveis de crescimento".

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, declarou esta sexta-feira que uma eventual redução de 85% para 70% do cofinanciamento europeu no próximo quadro comunitário representa uma “machadada” nas expectativas de desenvolvimento da União, nomeadamente nas regiões ultraperiféricas.

“Isso é de facto uma machadada naquelas que são as expectativas da coesão do desenvolvimento equitativo, irreversível e necessário do nível de vida das nossas populações”, declarou esta sexta-feira o chefe do executivo madeirense.

Miguel Albuquerque falava em Las Palmas, Espanha, na sessão de encerramento da XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, reunida desde quinta-feira nas Canárias.

O governante sinalizou ainda ser “extremamente grave” uma eventual redução nas verbas da Política de Coesão, cortes que podem “pôr em causa a consolidação do projeto europeu e a falta de adesão das populações ao projeto” comunitário.

“É um corte drástico que ascende a cerca de 45% e que vai agravar os desfasamentos e vai fazer com que a Europa continue com diversos níveis de crescimento“, advertiu, dirigindo-se, entre outros, à comissária responsável pela Política Regional, Corina Creţu, presente na sessão.

Corina Cretu, comissária europeia para a Política Regional.Benjamin Cremel 23 Novembro, 2018

Admitindo que está “ainda longe o fim do processo negocial” para o próximo quadro comunitário e que “muita coisa poderá acontecer”, Miguel Albuquerque diz que o papel das regiões ultraperiféricas e dos Estados-membros onde estas estão integradas “será determinante para reverter esta política de corte no Fundo de Coesão, que levará a um aumento das disparidades” no seio da Europa.

A XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia formalizou na declaração final a rejeição de “qualquer redução das taxas de cofinanciamento europeu” e exigiu de Bruxelas a reposição da taxa de 85%, ao contrário dos propostos 70%.

O cofinanciamento europeu é o instrumento que permite, por exemplo, aos governos regionais e às autarquias locais receberem apoio na implementação ou construção de projetos ou obras, sendo que, quanto maior a taxa de cofinanciamento, menor orçamento próprio é necessário destinar à referida obra.

É também advogada, no texto final, a “necessidade de uma conclusão, tão rápida quanto possível, das negociações sobre o próximo quadro financeiro plurianual e os seus diferentes regulamentos e programas, para evitar hiatos e disrupções prejudiciais ao contínuo crescimento económico e social” da União Europeia e das regiões.

A CPRUP é uma estrutura de cooperação política que junta os presidentes dos órgãos executivos das regiões ultraperiféricas dos Açores, Madeira, Canárias, Guadalupe, Guiana, Martinica, Reunião, Maiote e Saint-Martin, territórios que, no seu conjunto, abrangem quase cinco milhões de cidadãos europeus.

Compromisso com regiões ultraperiféricas é “completo e sem quebras”

A comissária europeia para a Política Regional defendeu esta sexta-feira, num momento de discussão do próximo quadro comunitário, que o compromisso de Bruxelas com as regiões ultraperiféricas, entre as quais os Açores e a Madeira, é “completo e sem quebras”.

Falando em Las Palmas, Espanha, na sessão de encerramento da XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, Corina Cretu pediu uma “boa reflexão” sobre a forma como as pequenas e médias empresas podem aceder a fontes de financiamento para enfrentar o desemprego nestas regiões.

“Toca ao Parlamento Europeu defender as medidas necessárias” para valorizas as regiões ultraperiféricas no próximo quadro comunitário, advoga a comissária, que defendeu ainda ter sempre havido uma “proteção” de Bruxelas destes territórios mesmo num “contexto orçamental muito complicado”.

Já na quinta-feira, e falando em concreto do ‘Brexit’, Corina Cretu dirigiu-se aos presidentes das nove regiões ultraperiféricas europeias para dizer que a vontade da Comissão Europeiu “não é deixar ninguém para trás, nenhuma região para trás”.

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EDP Renováveis tem um novo parque eólico na Galiza

  • Guilherme Monteiro
  • 23 Novembro 2018

Novo investimento na região eleva para 10% o total da operação em Espanha.

A EDP Renováveis inaugurou esta sexta-feira um novo parque eólico, na Galiza, no norte de Espanha, que eleva para 281 MW a capacidade instalada da empresa na região.

No total, a energética dá conta de que estão já instaladas 34 turbinas eólicas no Parque de Muxia, com 2MW de potência cada. O que totaliza 68MW de potência instalada e que permite abastecer 70 mil habitações por ano.

A EDP Renováveis revela que quando estiver em pleno funcionamento, o parque eólico de Muxia permitirá introduzir energia limpa na rede, o que ao longo dos 30 anos da concessão, permitirá evitar cerca de quatro milhões de toneladas de emissões de CO2.

A empresa lembra ainda que “com este novo investimento, a capacidade instalada pela EDP Renováveis na região da Galiza passa a representar mais de 10% do total da operação em Espanha. No total, a empresa já tem instalados 2.312 MW no país”.

Ações acima da linha de água

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Gestora dos slots nos aeroportos vai ficar com taxa cobrada

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

A nova entidade responsável pela gestão e atribuição de faixas horárias (slots) nos aeroportos vai ficar com as receitas desta atividade.

A nova entidade responsável pela gestão e atribuição de faixas horárias (slots) nos aeroportos vai ficar com as receitas desta atividade, segundo um decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República (DR).

A decisão de criar este organismo foi formalizada no Conselho de Ministros do passado dia 8 de novembro sendo que o diploma detalha “o modelo a seguir pela entidade coordenadora”.

Assim, segundo o diploma, o organismo deverá contar com “um financiamento autónomo, com receitas próprias decorrentes da taxa cobrada pelos serviços de atribuição de faixas horárias aos operadores aéreos que utilizam os aeroportos e às respetivas entidades gestoras aeroportuárias”.

Para além da autonomia financeira, “a entidade coordenadora deve atuar de forma independente na prossecução das suas atribuições, não podendo solicitar nem receber instruções do Governo ou de quaisquer entidades públicas ou privadas”, estabelece o decreto-lei.

Tal como já estava previsto, a supervisão e a fiscalização da atividade da entidade coordenadora “permanece a cargo da Autoridade Nacional da Aviação Civil [ANAC], enquanto entidade reguladora do setor da aviação civil, que verificará a legalidade na atribuição de faixas horárias e na recomendação de horários facilitados, bem como o cumprimento da legislação internacional, europeia e nacional aplicável, por parte dos operadores aéreos que utilizam os aeroportos e das respetivas entidades gestoras aeroportuárias”.

O decreto-lei deixa em aberto que tipo de instituição será esta entidade.

“De modo a garantir a independência das atividades de facilitador e de coordenador, respetivamente da recomendação e da atribuição de faixas horárias, nos termos impostos pela legislação europeia, as entidades interessadas podem proceder à criação de uma ou mais associações, que poderão vir a ser designadas como entidades facilitadora e coordenadora nacional do processo de recomendação e atribuição de faixas horárias, após seleção”, garante o diploma.

Entretanto, fica estabelecido um período de transição, para garantir o normal funcionamento da prestação dos serviços em causa. “Deste modo, a operacionalização efetiva da nova entidade coordenadora ocorrerá no momento em que esta assegurar autonomamente o exercício das funções cometidas pela lei e contratualizadas com o Estado”.

Assim, a continuidade deste serviço será assegurada pela ANA – Aeroportos de Portugal, sendo que o decreto-lei estabelece que “pela cessação da prestação dos serviços de atribuição de faixas horárias ou de horários facilitados não é devida à ANA, S. A., qualquer compensação financeira ou indemnização, por danos emergentes ou lucros cessantes”.

No entanto, “com vista à compensação dos encargos e investimentos realizados pela ANA, S. A., não recuperados por via tarifária, bem como com software e equipamento associado a serem transferidos para a nova entidade coordenadora, é adicionada uma parcela específica à componente da taxa de atribuição de faixas horárias”.

Esta parcela tem por base “50 % dos custos realizados pela ANA, S. A., com o exercício das funções de facilitador e coordenador nacional do processo de atribuição de faixas horárias, desde a conclusão do processo de privatização até à entrada em vigor do presente decreto-lei, acrescido de 50 % do valor do software e equipamento, dividido pelo número estimado das faixas horárias elegíveis para o período de três anos e até que seja atingido o valor devido”, detalha o diploma.

É assim acolhida uma imposição da Comissão Europeia que, no início de novembro, disse que “Portugal não apresentou as garantias necessárias relativas à independência funcional e financeira do coordenador das faixas horárias” e solicitou “a imposição de uma quantia fixa correspondente a 1.849.000 euros”.

Segundo as regras comunitárias, o Estado-Membro é responsável por separar funcionalmente o coordenador das faixas horárias de qualquer parte interessada, e por isso, o sistema de financiamento do coordenador deve garantir a sua independência.

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Megaprocessos, falta de meios na PJ e delação premiada. Na Morais Leitão nada escapou, em debate sobre crime financeiro e económico

O diretor do DCIAP esteve reunido na Morais Leitão, juntamente com António Cluny e João Medeiros para debater "A investigação da criminalidade económico-financeira".

“Há falta de meios na PJ que prejudicam as investigações. De recursos humanos e de meios técnicos”. O problema já não é novo, mas Amadeu Guerra, diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), não deixou de o abordar na Morais Leitão, onde uma sala cheia de advogados ouvia atentamente o segundo painel de uma conferência organizada pela sociedade, subordinado ao tema “A investigação da criminalidade económico-financeira”.

A par de Amadeu Guerra, não faltaram oradores conhecidos: João Medeiros, sócio coordenador da equipa de contencioso penal da PLMJ, e António Cluny, representante de Portugal na Eurojust e ex-presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

Foi numa conversa, moderada pela sócia da Morais Leitão Filipa Marques Júnior, de cerca de uma hora, em que se discutiu o estado da justiça e a sua celeridade, sem faltar menção aos famosos megaprocessos, ao papel dos advogados e à colaboração premiada.

Crimes cada vez mais internacionais

“Não tem sido fácil dirigir aquele departamento, mas vou fazendo o meu caminho”. Assim começa Amadeu Guerra por descrever a sua passagem pelo DCIAP, o seu “maior desafio profissional” até hoje, que dirige há já seis anos.

“Nos últimos anos, este departamento tem apostado na especialização dos seus magistrados. Apostámos na sua formação, em colóquios e sessões internas. Foi preciso criar uma nova estrutura dividida entre criminalidade violenta e a de corrupção e área bancária, e temos ainda pessoal especializado na área fiscal e fundos comunitários”, revelou o diretor do departamento que investiga a criminalidade mais complexa.

O maior desafio que têm enfrentado, porém, reside nas novas tecnologias, que influenciam fortemente a prática dos crimes económicos e financeiros, que são hoje cada vez mais complexos. “Desde a fuga ao pagamento de impostos, empresas de fachadas e paraísos fiscais… Hoje em dia, com o avanço das tecnologias, é muito fácil, por exemplo, aceder a um serviço online ao nível da banca e criar uma empresa de raiz na hora. Isto cria, depois, dificuldades ao nível da investigação”.

Também na análise de provas o paradigma já mudou, com a automatização dos documentos e as novas formas de encontrar evidências. “Aquilo que era o tradicional contabilístico, a documentação toda, passou a ser automatizado. Ficheiros encriptados, portáteis, pens… O ciberespaço, por exemplo, que é um espaço anónimo. A nossa investigação tem uma vertente nacional e estes crimes são, cada vez mais, internacionais. Nem todas as comunicações são suscetíveis de interceção e os criminosos sabem disso. É com esta realidade que temos de viver”.

Quanto à celeridade uma das soluções será começar a investigar mais cedo. “Chegámos à conclusão de que devíamos apostar na investigação quando os factos estão a ocorrer para sermos mais céleres. Pôr magistrados de outras jurisdições a atuar com o DCIAP”, referiu Amadeu Guerra, mas a falta de meios muitas vezes não permite a maior eficiência na investigação. “Penso é que é importante sabermos trabalhar e rentabilizar com os meios disponíveis, mas nos tribunais não há meios suficientes. Temos falta de recursos humanos, essencialmente na PJ. E de recursos técnicos”.

Uma das respostas à falta de pessoal passará por uma maior cooperação entre outras equipas. “A cooperação judiciaria é decisiva e tem mecanismos que há dez anos não existiam na troca de informação”, salientou Amadeu Guerra. Nesse sentido, António Cluny falou do papel da Eurojust no âmbito da cooperação internacional no combate aos crimes financeiros e económicos.

“A Eurojust tem desenvolvido um trabalho importante, nomeadamente através de reuniões de cooperação, que fomentam a troca de informação imediata e direta e a coordenação nas investigações, para que as ações num país não prejudiquem as do outro e a diferente níveis de jurisdição”, disse o magistrado do Ministério Público.

Da parte de Portugal, os pedidos para cooperar são escassos. “Cá temos uma timidez em pedir essa ajuda. É pena. Os nossos magistrados quando chamados fazem sempre boa figura porque vão muito bem preparados. Devíamos usar esses trunfos que temos”, adianta António Cluny.

Quanto a números, o procurador-geral adjunto referiu que existem 6294 empresas inscritas na Eurojust, suspeitas de processos criminais. Uma realidade cada vez mais assustadora.

Megaprocessos: serão inevitáveis?

Na conversa não podia deixar de se abordar a complexidade dos megaprocessos e o tempo em que se arrastam. Nesse sentido, João Medeiros, sócio da PLMJ, falou na “ausência de um processo equitativo” e de prazos apertados para a classe dos advogados, sujeitos ao prazo de 30 dias para apresentarem a defesa depois de receberem o processo, quando do lado da investigação não há prazos definidos.

“Confrontamo-nos com investigações de dois ou quatro anos, que chegam a nós em toneladas de papéis. Para o advogado há uma falha do processo equitativo”, referiu o especialista em contencioso penal.

Amadeu Guerra questionou se dividir processos desta dimensão ajudará na celeridade — “se partirmos os processos aos bocados, pode demorar também. É preciso discutir isso” — e concluiu dizendo que o maior bloqueio à celeridade é o facto de para a investigação não existirem meios.

“Para evitarmos que os processos durem este tempo todo é necessário que existam meios, nomeadamente na investigação. A PJ não os tem neste momento. Posso afirmar que talvez neste momento, em meios tecnológicos, o DCIAP tenha mais meios do que a PJ — o que é um contrassenso”.

A recolha de prova é outro aspeto crucial que dificulta a investigação. “Nos megaprocessos de hoje não podemos dizer que encontramos toda a prova. Antes via-se uns e-mails e uns faxes, hoje não, é muito mais complexo. O DCIAP tem feito um esforço no sentido de digitalizar todos os processos e a prova, temos tido um avanço muito grande”, referiu.

Haverá espaço para colaboração premiada?

O debate terminou com um tema quente e nada novo: a existência de colaboração premiada na justiça portuguesa. Se por um lado, Amadeu Guerra e João Medeiros admitiram que seria um bom avanço nos processos, António Cluny mostrou-se mais reticente.

O diretor do DCIAP afirmou que seriam mecanismos úteis, não só para investigação como para instrumento de defesa a utilizar pelos advogados.

O advogado da PLMJ concordou e disse justificar-se haver colaboração em termos de direito premial. “Custa-me como jurista esta ideia de colaboração e de delação como uma traição. Não pode é ser como no sistema caso Lava Jato [no Brasil este sistema na justiça existe], em que havia cláusulas que dizia que se os arguidos falassem, ficariam com a pena reduzida em dois anos”.

António Cluny mostrou-se mais cético. “Não dizendo, como no caso das touradas, que é uma questão de civilização, acho que é de cultura. Há questões culturais. Os nossos códigos são mais rígidos porque são feitos para pessoas que desconfiam do poder. Seria um modelo em que pessoas com um nível de vida superior teriam vantagem sobre outros”, afirmou.

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Juízes debatem gestão do Citius e tecnologias na Justiça

Mais de 200 juízes vão marcar presença nos próximos dias 29 e 30 de novembro, em Coimbra, no XIII Encontro Anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Mais de 200 juízes vão marcar presença nos próximos dias 29 e 30 de novembro, em Coimbra, no XIII Encontro Anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM), que contará na sessão de abertura com as intervenções do Presidente do Supremo Tribunal da Justiça (STJ) e, por inerência, do CSM, Conselheiro António Joaquim Piçarra, da Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, e do Presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.

“Tecnologias de Informação e Justiça” é o tema do Encontro Anual do CSM deste ano e em debate vão estar várias temáticas relacionadas com as plataformas digitais utilizadas pelo magistrados na sua atividade nos tribunais, nomeadamente o Citius.

A debater as questões que se levantam em torno da administração e gestão do Citius vão estar, na manhã do primeiro dia do evento, 29 de novembro, o Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, Juiz Desembargador Luís de Azevedo Mendes, o Professor Doutor da Universidade de Coimbra e vogal do CSM, Jorge Alves Correia, a Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, Juíza Desembargadora Isabel Namora, e o Juiz de Direito Nuno Lemos Jorge.

Ainda no dia 29, mas da parte da tarde, um painel constituído por juízes de direito e juízes presidentes de comarca debaterá a utilização do VPN pelos magistrados judiciais enquanto ferramenta de trabalho e, de seguida, realiza-se um “E-justice Market” com a apresentação por várias entidades de projetos de boas práticas na área da tecnologia ao serviço da justiça.

 

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