Direita alerta para “sinal de alarme” nas previsões do Banco de Portugal

O Banco de Portugal reviu em baixa as previsões de crescimento para a economia portuguesa, num relatório que o PSD vê como um "sinal de alarme".

Os partidos da direita alertam para a gravidade das projeções do Banco de Portugal (BdP), que pioram as estimativas de crescimento para este ano e para o próximo. O PSD classificou o relatório como “um sinal de alarme”, considerando “incompreensível” a atitude de satisfação do Governo. Para o CDS-PP, o Governo desperdiçou a oportunidade da atual conjuntura.

É para nós um sinal de alarme, é o sinal de que o Banco de Portugal antecipa um aprofundamento da desaceleração da economia”, afirmou a deputada do PSD Inês Domingos, em declarações aos jornalistas no parlamento. A instituição liderada por Carlos Costa reviu em baixa as previsões de crescimento para a economia portuguesa, em duas décimas, para 2,1%. Para 2019, o banco também revê uma nova desaceleração.

A deputada sublinhou que estas projeções do BdP seguem-se a duas outras notícias negativas: a revisão em baixa das previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa e dados do INE, segundo os quais a qualidade da vida das famílias portuguesas “piorou face ao resto da Europa”.

“É uma situação de alarme e, por isso, é para nós incompreensível a posição do Governo e do primeiro-ministro, que se mostram sempre muito satisfeitos com a situação da economia portuguesa”, criticou. “O Governo, seja porque não quer, seja porque não pode, ignorou os nossos avisos e, neste momento, já não é tempo para pedirmos ao Governo para mudar de rumo, é tempo de uma alternativa”, defendeu.

O último relatório do Banco de Portugal mostra uma realidade para a qual “o CDS sempre avisou”, indica o porta-voz João Almeida. “Os dados hoje divulgados pelo BdP confirmam aquilo que o CDS vem dizendo há muito tempo relativamente ao crescimento económico: que Portugal está a perder uma enorme oportunidade de recuperar competitividade”, reiterou no Parlamento.

Para o deputado, este orçamento “confirmou uma política do Governo de aumento da despesa rígida”. Com estas medidas, “ficamos muito mais suscetíveis de, numa conjuntura económica mais adversa, não conseguirmos o equilíbrio que neste momento temos nas contas públicas”, aponta João Almeida.

Siza Vieira não comenta projeções do BdP

O ministro da Economia escusou-se hoje a comentar a revisão em baixa pelo Banco de Portugal (BdP) das previsões de crescimento da economia nacional, preferindo salientar o atual ritmo de desenvolvimento do país.

Pedro Siza Vieira foi confrontado com as projeções do BdP à margem de uma cerimónia do programa REVIVE, em Vila do Conde, lembrando que o atual ritmo de crescimento do país “é algo que não se verificava há muitos e anos que nunca tinha acontecido no século XXI”.

“Não comentamos previsões de outras instituições, mas gostaria de assinalar que estamos a crescer acima de 2% há nove trimestres consecutivos”, afirmou o governante.

O ministro da Economia não se mostrou, por isso, alarmado com os dados revelados pelo BdP, lembrando que “o governo tem as suas próprias previsões, que constam do Orçamento de Estado”.

“Estamos a crescer acima da média da União Europeia, e continuamos a ter projeções muito significativas a nível do crescimento do investimento e da diminuição do desemprego. Há um movimento de convergência com a Europa que nunca se tinha verificado neste século, que continua desde há três anos e que há de continuar nos próximos anos”, antecipou o governante.

 

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Rui Rio acusa procuradora-geral da República de “pressão inaceitável” sobre Parlamento

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

Rui Rio acusa Lucília Gago de fazer uma pressão inaceitável sobre a Assembleia da República para impedir alterações na composição do Conselho Superior do Ministério Público.

O presidente do PSD, Rui Rio, acusa a procuradora-geral da República, Lucília Gago, de fazer uma pressão inaceitável sobre a Assembleia da República para impedir alterações na composição do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).

“A pressão da Senhora Procuradora Geral da República para tentar condicionar um Parlamento livre e democraticamente eleito é inaceitável. O que, por aí, não se diria se fosse ao contrário: por exemplo, o Presidente da AR a pressionar a PGR para arquivar um dado processo”, escreveu Rui Rio numa publicação colocada hoje na sua conta da rede social Twitter.

O líder social-democrata comentava declarações de Lucília Gago, na segunda-feira, em Coimbra, sobre a eventual alteração da composição do CSMP preconizada pela atual direção do PSD, designadamente o aumento do número de membros designados pelo parlamento e pelo Presidente da República.

A procuradora-geral da República defendeu que qualquer alteração à composição do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) seria uma “grave violação do princípio da autonomia”, assumindo que a sua permanência no cargo poderia ficar em causa, se avançassem as alterações.

“Pretendo deixar claro que qualquer alteração relativa à composição do Conselho Superior do Ministério Público que afete o seu atual desenho legal – designadamente apontando para uma maioria de membros não magistrados – tem associada grave violação do princípio da autonomia e consequentemente radical alteração dos pressupostos que determinaram a aceitação que fiz do cargo de procuradora-geral da República”, salientou Lucília Gago, em Coimbra, na tomada de posse da nova procuradora-geral distrital de Coimbra, Maria José Bandeira.

Na quinta-feira passada, também o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Ventinhas, justificou a marcação de uma greve em fevereiro com a alegada intenção do PS e PSD de alteração da composição do CSMP.

Segundo Ventinhas, com aquela alteração, ficando em maioria os membros designados pelo poder político, o que está em causa é o “controlo do Ministério Público e da investigação criminal”, designadamente o combate à corrupção e à restante criminalidade económico-financeira.

O PS, pela voz do deputado Filipe Neto Brandão, rejeitou por várias vezes que o seu grupo parlamentar pretenda mexer na composição do CSMP ou no “princípio constitucional” da “autonomia do Ministério Público”.

“Não é propósito do grupo parlamentar do PS alterar o critério de garantia de uma maioria de magistrados do MP [Ministério Público] superior aos elementos eleitos ou designados fora dessa magistratura”, reiterou depois um comunicado da bancada socialista.

A posição dos socialistas aconteceu depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter considerado inoportuna qualquer alteração na composição do CSMP. “A mera alteração da composição não exige revisão constitucional, exige que o Presidente promulgue. E ficou patente eu ter considerado inoportuna essa questão neste momento”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final de uma iniciativa sobre a Europa, na Sociedade de Geografia de Lisboa.

No sábado, a ex-PGR Joana Marques Vidal também defendeu que “será de manter” a atual composição do CSMP, em nome da independência dos tribunais.

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Professores fazem ultimato e exigem reabertura das negociações

Os sindicatos dos professores exigem que o Governo reabra as negociações sobre a contabilização do tempo de serviço. Caso contrário, ameaçam "bloquear" ano letivo.

Os sindicatos de professores ameaçaram, esta terça-feira, “bloquear o normal desenvolvimento do ano letivo” se o Governo não abrir negociações sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, mas não só, até ao final de janeiro.

Depois de já esta manhã terem estado reunidos com o Governo – que deu por encerradas as negociações com os professores –, os sindicatos unidos em plataforma deixaram um ultimato ao Ministério da Educação (ME), afirmando que se as negociações relativas ao tempo de serviço, dizendo que cabe ao executivo “escolher o que quer fazer” e que, se durante o mês de janeiro não forem reabertas negociações, haverá consequências para o “normal desenvolvimento do ano letivo”.

Falando em nome da plataforma, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse que as medidas podem vir a bloquear o ano letivo e estão já a ser discutidas pelos sindicatos, que estão a recolher sugestões dos professores, mas recusou especificar: “É prematuro dizer ainda [o que pode ser feito]”.

Negociações terminam sem novidades

A reunião desta manhã entre os sindicatos dos professores e o Governo não trouxe novidades. O secretário-geral da Fenprof disse que a estrutura sindical até estava disposta a aceitar a proposta do Governo, que prevê uma recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias dos anos nas carreiras congeladas, desde que fossem acrescentados dois pontos. Do lado do Governo, a secretária de Estado da Educação fala numa “proposta insustentável do ponto de vista financeiro”.

Esbarrámos num verdadeiro muro, numa parede de intransigência e inflexibilidade em que o Governo pediu para dizermos o que tínhamos a dizer mas que a posição dele era aquela”, começou por dizer o porta-voz da Fenprof, em declarações à RTP3, no final da reunião, que durou cerca de uma hora. “O que tínhamos a dizer era que até admitíamos o decreto de lei que o Governo tem — dois anos, nove meses e 18 dias –, desde que fosse acrescentado um artigo com dois pontos”, continuou.

O primeiro ponto, explicou, previa que o “tempo que daí falta até ao final seria negociado a partir de 2020, na próxima legislatura e com o próximo Governo”, num prazo que poderia, ou não, ficar já previsto. Já o segundo ponto propunha que “todos os professores pudessem, se quisessem, fazer esta recuperação para efeitos de aposentação”.

“Estes foram os dois pontos e foram liminarmente rejeitados”, disse Mário Nogueira, acrescentando que os dez sindicatos presentes na reunião no Ministério da Educação ainda apresentaram uma proposta um pouco diferente. Proposta essa que previa a “aplicação no continente da solução da Madeira, criando uma uniformidade do peditório que vai mais de dois anos além do que nos propusemos inicialmente e que pudesse, também, ter uma implicação na aposentação e até no acesso aos escalões que têm vagas, em vez de ser só na contagem”.

"O Governo teve uma posição absolutamente intransigente. (…) Porque aceitar aquilo que a lei diz e que é justo nas regiões autónomas — que é contar os nove anos, quatro meses e dois dias –, seria uma cedência. Portanto, eles não estão para ceder, o que quer dizer que não estão para negociar.”

Mário Nogueira

Secretário-Geral da Fenprof

Mas, mais uma vez, “a tudo isso o Governo teve uma posição absolutamente intransigente e a secretária de Estado hoje fez-nos saber porque é que não abrem mão de nada: porque aceitar aquilo que a lei diz e que é justo nas regiões autónomas — que é contar os nove anos, quatro meses e dois dias –, seria uma cedência. Portanto, eles não estão para ceder, o que quer dizer que não estão para negociar“, disse.

Para o próximo ano, a Fenprof afirma que o Governo vai contar com “mais um processo negocial e, de certeza absoluta, com uma fortíssima luta dos professores”. Durante esta tarde de terça-feira, os sindicatos vão reunir-se novamente para se “começar a pensar nessa luta”, porque “este tempo é dos professores e ninguém lho pode tirar”. “Ainda hoje estava a pensar em encontrar formas de, sustentavelmente, podermos recuperar todo este tempo”, rematou.

Governo diz que proposta dos sindicatos é “insustentável”

Embora os sindicatos acusem o Governo de adotar uma postura “intransigente”, a secretária de Estado da Educação diz que a postura adotada pelos sindicatos é que é intransigente e que estes se recusam a ceder. “No fundo, o que nós verificámos, bem ao contrário, é que não há novamente nenhuma aproximação quanto ao tempo a recuperar. O Governo partiu de zero e chegou a dois anos e nove meses, os sindicatos partiram de nove anos e quatro meses e mantêm-se”, disse Alexandra Leitão, à saída da reunião.

Questionada sobre as declarações de Mário Nogueira, que disse que apresentou uma proposta um pouco diferente ao Governo, a secretária de Estado explicou: “O que é curioso é que, aquilo que a certa altura nos disseram — embora não tenha sido uma proposta mas sim apenas uma pergunta –, foi se estávamos dispostos a aceitar se os dois anos e nove meses e 18 dias fossem uma primeira tranche e que depois recuperassem o resto do tempo no faseamento. Ora, lá estamos, outra vez nos nove anos, quatro meses e dois dias, sendo que os dois anos e nove meses são a primeira tranche”.

"Este Governo é responsável e, portanto, não vamos dar agora um passo maior do que a perna que se calhar resolvia o nosso problema no imediato e que hipoteca o futuro dos próximos Governos e, sobretudo, dos portugueses.”

Alexandra Leitão

Secretária de Estado da Educação

Alexandra Leitão afirmou ainda que os dez sindicatos propuseram “atirar para outros Governos o ónus de resolver este assunto”, algo que este Executivo não irá fazer. “Este Governo é responsável e, portanto, não vamos dar agora um passo maior do que a perna que se calhar resolvia o nosso problema no imediato e que hipoteca o futuro dos próximos Governos e, sobretudo, dos portugueses”.

Qualquer solução que atire para um futuro, seja qual for o faseamento desse futuro, a recuperação de um período de tempo de nove anos e quatro meses que é insustentável do ponto de vista financeiro. Seria uma forma de este Governo, irresponsavelmente, atirar para outro momento, mas seguramente para as costas dos portugueses, uma solução que nós dizemos que é insustentável”, rematou.

(Notícia atualizada às 20h05)

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Investimento de um milhão põe empresa de Viana a exportar 200 toneladas de ostras por ano

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

Resultado de um investimento de um milhão de euros, financiado por fundos do Mar 2020, vai permitir à Aquagoma produzir, por ano, cerca de 200 toneladas de ostras, exclusivamente para exportação.

Um viveiro de ostras no rio Lima, com 36 mil metros quadrados, num investimento de um milhão de euros, financiado por fundos do Mar 2020, vai produzir, por ano, cerca de 200 toneladas daquele bivalve, exclusivamente para exportação.

Em declarações à agência Lusa, um dos promotores do projeto Aquagoma, Marco Silva, afirmou ser aquele “o primeiro viveiro em ambiente natural do distrito de Viana do Castelo e um dos maiores, em funcionamento, no país”. “Neste momento, em funcionamento, diria que é o maior viveiro de ostras a nível nacional. Existem vários produtores espalhados pelo país, mas essencialmente são viveiros de menor dimensão”, referiu.

Marco Silva destacou que o viveiro de Viana do Castelo “é o único em Portugal dotado de sistema de produção inovador, com 20 mil potes rotativos”. O responsável adiantou que as primeiras 200 toneladas de ostras premium deverão ser recolhidas dentro de 18 meses, a duração do ciclo daquele bivalve, sendo que 100% da produção terá como destino a França.

"Nós só vamos apostar no segmento alto e vamos produzir ostra superespecial, uma ostra de qualidade superior com muita percentagem de carne e muito apreciada em mercados maduros como França e Inglaterra. No nosso país, não há hábitos de consumo desta ostra, porque os portugueses estão habituados à ostra mais pequena.”

Marco Silva

Promotor do Aquagoma

“A ostra bebé é comprada em maternidades francesas certificadas. Nós só vamos apostar no segmento alto e vamos produzir ostra superespecial, uma ostra de qualidade superior com muita percentagem de carne e muito apreciada em mercados maduros como França e Inglaterra. No nosso país, não há hábitos de consumo desta ostra, porque os portugueses estão habituados à ostra mais pequena”, explicou.

Segundo Marco Silva, apenas aquela espécie garante a viabilidade de um “negócio que dá muito trabalho e que tem muito risco associado, devido às taxas de mortalidade que podem atingir os 90%”. A instalação do viveiro de ostras criou cinco postos de trabalho diretos, prevendo-se “mais 10 a 15 indiretos”. A apanha dos bivalves será garantida por batelão, que já se encontra na marina da cidade.

“O barco tem uma grua que recolhe os potes e que os coloca nas jaulas instaladas na embarcação e que os transporta para as instalações da empresa, dotadas de equipamentos próprios para selecionar e calibrar as ostras”, contou. O viveiro, com uma área equivalente a quatro campos de futebol, começou a ser instalado, no verão passado, em pleno rio Lima, nas proximidades da ponte Eiffel, depois de cinco anos de um processo de licenciamento “muito difícil e moroso”, marcado por “muita burocracia e pelo número excessivo de entidades envolvidas”.

"O rio não estava classificado para a produção de bivalves e fomos nós que investimos nessa classificação. Estivemos durante dois anos a fazer análises ao rio por nossa conta.”

Marco Silva

Promotor do Aquagoma

O licenciamento foi conseguido em 2017, após cinco anos de um processo que implicou a classificação do rio Lima. “O rio não estava classificado para a produção de bivalves e fomos nós que investimos nessa classificação. Estivemos durante dois anos a fazer análises ao rio por nossa conta. Hoje continuamos a fazer análises, todos os meses. Trabalhamos em parceria com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)e com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)”, especificou.

Marco Silva adiantou que o rio Lima está “classificado como Zona B, o que permite a produção e apanha de bivalves, sendo que o consumo só é possível após depuração”. A classificação do rio foi “apenas” um dos “obstáculos” que o projeto teve de ultrapassar desde 2012, altura em que Marco Silva e Armando Gomes, numa “conversa informal”, discutiam oportunidades de negócio.

Dos agora sócios, só Armando tinha um passado ligado ao setor. A “ideia” ganhou forma e é visível a quem atravessa o rio através da ponte centenária e a “médio prazo” vai explorar outras potencialidades. “Queremos envolver a cidade para a colocar num roteiro internacional de gastronomia ligada à ostra. Queremos criar um local de degustação e promover o aparecimento de um nicho de mercado, na restauração da cidade, atraindo pessoas de Espanha, Braga e Porto e estabelecendo parcerias com hotéis e restaurantes, tal como acontece com enoturismo”, revelou.

Marco Silva referiu que o projeto prevê ainda “o envolvimento escolas e universidades. “Somos contactados por muitos biólogos e laboratórios que querem perceber como funciona e querem colaborar connosco”, disse.

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Obras de conservação da Ponte 25 de Abril arrancam amanhã. Vão ser dois anos de trânsito condicionado

As intervenções de manutenção na Ponte 25 de Abril serão executadas em períodos de menor fluxo de tráfego, nomeadamente à noite e fins de semana.

As obras vão prolongar-se por dois anos.Paula Nunes / ECO

As obras de conservação da Ponte 25 de Abril arrancam esta quarta-feira e que se deverão prolongar por 720 dias. Em causa está um investimento em torno dos 15 milhões de euros.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas vai participar amanhã na sessão que assinala o início das obras, segundo a nota de agenda enviada às redações. Pedro Marques já tinha garantido, no Parlamento, que as obras iam avançar ainda este ano.

As obras foram adjudicadas a 20 de setembro ao consórcio composto pelas empresas Somague, Sociedade de Montagens Metalomecânicas e STAP –Reparação, Consolidação e Modificação de Estruturas, por 12,6 milhões de euros. “As intervenções previstas incidem sobre elementos metálicos da ponte suspensa e em elementos de betão armado pré-esforçado do viaduto de acesso norte”, referia o comunicado da Infraestruturas de Portugal sobre as obras. A empresa explicava que se tratavam de “trabalhos de construção metálica, soldadura, reposição localizada da proteção anticorrosiva, substituição de elementos não estruturais, limpeza, tratamento e pintura pontual de superfícies de betão”.

A obra acabou por ficar mais barata, já que, inicialmente, o concurso público lançado a 23 de março para as obras propriamente ditas apontava parta um investimento de 18 milhões de euros. Depois foram também lançados ainda concursos para a fiscalização da empreitada, que tinha um valor base de 1,5 milhões de euros, e outro para a contratação da assistência técnica à empreitada, no valor de 895 mil euros.

Segundo a Infraestruturas de Portugal, “as intervenções de manutenção a realizar na Ponte 25 de Abril serão executadas em períodos de menor fluxo de tráfego, nomeadamente em período noturno e em dias não úteis, de modo a não interferir com a normal circulação rodoviária e ferroviária”.

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Talkdesk abre laboratório em Coimbra e quer contratar 100 pessoas

  • Guilherme Monteiro
  • 18 Dezembro 2018

O laboratório TDX vai ser instalado no Instituto Pedro Nunes, incubadora da Universidade de Coimbra.

A empresa Talkdesk, que desenvolve software baseado em cloud para centros de contacto, e que é o mais recente unicórnio fundado por portugueses, vai alargar a sua atividade em Portugal. Depois de Lisboa e do Porto, a empresa vai instalar um laboratório TDX, já em 2019, no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, adianta a empresa em comunicado.

Uma inauguração estratégica já que o laboratório vai ficar sediado junto “a um dos maiores polos de engenharia do país” e vai contar com uma parceria com a Universidade de Coimbra. Já no próximo ano, o objetivo da empresa passa por contratar 100 engenheiros especialistas em áreas de conhecimento estratégicas como a inteligência artificial, analytics e machine learning“.

“A inovação é um dos pilares estratégicas da Talkdesk, pois é o que nos permite crescer e liderar o nosso setor. Decidimos, por isso, lançar o TDX em Coimbra, focado nas áreas de inteligência aplicadas à área de contact center“, diz Marco Costa, diretor-geral da Talkdesk para a Europa, Médio Oriente e África.

"A inovação é um dos pilares estratégicos da Talkdesk, pois é o que nos permite crescer e liderar o nosso setor. Decidimos, por isso, lançar o TDX em Coimbra, focado nas áreas de inteligência artificial aplicadas à área de contact center.

Marco Costa

Diretor-geral da Talkdesk para a Europa, Médio Oriente e África

O laboratório da Talkdesk vai também permitir à Universidade de Coimbra potenciar o conhecimento desenvolvido, nomeadamente através de projetos de investigação. O reitor da instituição de Ensino Superior, João Gabriel Silva, reconhece que “esta parceria com uma empresa que quer traçar as tendências do seu setor é um desafio para os nossos estudantes e investigadores que têm, desta forma, mais uma oportunidade de criarem o futuro”.

Em setembro de 2019, o programa Tech Dojo vai ser também acolhido no novo laboratório e pretende recrutar recém-licenciados para integrar as equipas de desenvolvimento da empresa.

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Ministro, mito e respeito entre as palavras mais pesquisadas em 2018 no Priberam

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

Eutanásia, desembargador, arguido, tiroteio, gentrificação e peculato são algumas das 24 palavras mais pesquisadas pelos utilizadores.

Eutanásia, desembargador, arguido, tiroteio, gentrificação e peculato são algumas das 24 palavras relativas a temas da atualidade política, económica e social mais pesquisadas por milhões de utilizadores no dicionário Priberam, em 2018, foi esta quarta-feira divulgado.

Este é o segundo ano consecutivo em que o dicionário Priberam e a Agência Lusa se associam numa iniciativa para o ‘site’ O Ano em Palavras, no qual as palavras mais pesquisadas ilustram os principais eventos que marcaram cada um dos meses do ano que agora chega ao fim.

Essas palavras são divulgadas em http://oanoempalavras.pt/, ‘site’ que integra também conteúdos noticiosos da agência Lusa que contextualizam cada uma das palavras, ilustrando-as com fotografias captadas pelos seus fotógrafos.

O ‘site’ está estruturado com as palavras apresentadas cronologicamente, de janeiro a dezembro e, para cada palavra, é possível aceder ao seu significado no Dicionário Priberam bem como ao artigo da Lusa sobre o evento que motivou as pesquisas, explica a Priberam, em comunicado.

Para este projeto, foram recolhidas as palavras que, devido ao elevado número de pesquisas diárias, “ganharam destaque na nuvem do dicionário ao longo do ano”.

A partir desta “nuvem”, os editores da Lusa escolheram as duas que consideraram mais relevantes em cada mês, em termos da atualidade nacional e internacional.

Assim, entre as mais de duas centenas de palavras que estiveram no topo das consultas no Dicionário Priberam, foram selecionadas 24 (por ordem cronológica): vetar, desembargador, lóbi, sistemática, bicefalia, arguido, milícias, messianismo, penta, eutanásia, desnuclearização, trivela, peculato, gentrificação, porto seguro, respeito, acervo, húbris, mito, ministro, armistício, aviltante, revogar e tiroteio.

Outras palavras que ocuparam também lugar de destaque nas pesquisas dos utilizadores do dicionário Priberam foram cacique, interstício, subversiva, mulher, inelegível, exumação, triatleta, esfaqueamento, fascismo e democracia, chapo, coscuvilhice e aluimento foram outras das palavras de temas da atualidade mais pesquisadas.

Neste ano, o Dicionário Priberam mudou também de domínio, para dicionario.priberam.org, que justifica com o facto de a maioria dos acessos não ser de Portugal, “refletindo assim o número de falantes da língua espalhados por todo o mundo”.

A Priberam assinala ainda que os recordes de consultas no Dicionário Priberam voltaram a ser batidos, com cerca de 132 milhões de pesquisas desde janeiro de 2018 e um total de quase 37 milhões de consulentes.

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Trotinetas da Lime já conquistaram 53 mil fãs em Lisboa

A Lime, que entrou em Lisboa no início de outubro, já tem 53 mil utilizadores na capital portuguesa. Garante estar a operar em "estreita parceria" com a autarquia.

Lisboa está a ganhar relevância enquanto mercado para as trotinetas da Lime.Lime Portugal

A aplicação de trotinetas elétricas Lime garante ter 53 mil utilizadores registados em Portugal. O número foi conquistado em “apenas dois meses” e, de acordo com o relatório global de fim de ano da empresa, os portugueses “são os que apresentam a taxa mais elevada” na escolha da trotineta “para se deslocarem para o trabalho e universidade”.

“A Lime, plataforma líder em mobilidade sustentável, encerra 2018 com um balanço positivo em Lisboa, cidade onde opera desde outubro. Em apenas dois meses, 53 mil utilizadores escolheram as trotinetes elétricas da marca como forma de se movimentarem na cidade”, refere a empresa num comunicado.

"A Lime encerra 2018 com um balanço positivo em Lisboa. Tem trabalhado em estreita parceria com as autoridades.”

Lime

Relatório global de fim de ano

No mesmo relatório, a Lime indica que “tem trabalhado em estreita parceria com as autoridades em Lisboa para desenvolver uma solução que se enquadre nas necessidades únicas de mobilidade da cidade”. Mas não faz referência à cidade de Madrid, que baniu este tipo de serviços no final de outubro.

Parcialmente detida pela Uber, a empresa tem operações na cidade de Lisboa desde 4 de outubro, foi a primeira empresa a pôr trotinetas elétricas nas ruas da capital portuguesa e também quer lançar o serviço no Porto. Desde que a Lime começou a operar, duas outras empresas — a Hive e a Voi — arrancaram com operações no mesmo mercado. E, de acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, existem mais de uma dezena de empresas interessadas.

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Combate à desertificação é ineficaz e incoerente na UE, alerta Tribunal de Contas Europeu

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2018

Num relatório publicado esta terça-feira, o Tribunal de Contas Europeu alerta que não existe uma estratégia a nível da União Europeia para o combate à desertificação e à degradação dos solos.

O Tribunal de Contas Europeu criticou esta terça-feira a Comissão Europeia e os Estados-membros, entre os quais Portugal, pela incoerência nas medidas tomadas até agora para combater a desertificação, considerando que a resposta comunitária está a ser ineficaz e ineficiente.

Num relatório publicado esta terça-feira, o tribunal, que visitou cinco Estados-membros afetados pela desertificação — Espanha, Itália, Chipre, Portugal e Roménia –, nota que a Comissão Europeia não tem uma visão clara sobre os desafios colocados pelas crescentes ameaças da desertificação e da degradação dos solos e afirma que as medidas tomadas até agora pelo executivo e pelos Estados-membros para combater o problema carecem de “coerência”.

A instância defende que não existe uma estratégia a nível da União Europeia (UE) para o combate à desertificação e à degradação dos solos, mas antes várias estratégias, planos de ação e programas de despesas, como a Política Agrícola Comum (PAC), a estratégia da UE para as florestas e a estratégia da UE para a adaptação às alterações climáticas, que são pertinentes para o combate à desertificação mas não se centram neste problema.

"Os projetos da UE relacionados com a desertificação (…) podem ter um impacto positivo no combate à desertificação, mas suscitam algumas preocupações quanto à sua sustentabilidade a longo prazo.”

Tribunal de Contas Europeu

“Além disso, os projetos da UE relacionados com a desertificação distribuem-se por diferentes domínios de intervenção da UE: o desenvolvimento rural, o ambiente e a ação climática, a investigação e a política regional. Podem ter um impacto positivo no combate à desertificação, mas suscitam algumas preocupações quanto à sua sustentabilidade a longo prazo”, salienta o documento.

De acordo com o TCE, a Comissão e os Estados-membros recolhem dados sobre vários fatores que têm impacto na desertificação e na degradação dos solos, mas não foi realizada uma avaliação completa da degradação dos solos a nível da UE nem foi acordada uma metodologia para a realizar. “Houve pouca coordenação entre os Estados-membros e a Comissão não emitiu orientações práticas sobre esta matéria e não avaliou os progressos realizados no sentido de cumprir o compromisso de tentar alcançar a neutralidade da degradação do solo na UE até 2030”, acrescenta.

O tribunal constata assim que “a resposta ao risco de desertificação na UE não está a ser eficaz e eficiente” e recomenda que a Comissão promova uma melhor compreensão sobre a degradação dos solos e a desertificação na UE, avalie a necessidade de reforçar o quadro jurídico da UE em relação ao solo e intensifique as medidas com vista a cumprir o compromisso assumido pela UE e os Estados-membros de alcançar a neutralidade da degradação do solo na UE até 2030.

"Estamos a assistir a um aumento das secas, aridez e risco de desertificação devido às alterações climáticas na UE. A desertificação é uma consequência, mas também uma causa da alteração do clima.”

Tribunal de Contas Europeu

“O prolongado período de elevadas temperaturas e pouca chuva na Europa no verão de 2018, relembraram-nos da premência do problema. Estamos a assistir a um aumento das secas, aridez e risco de desertificação devido às alterações climáticas na UE. A desertificação é uma consequência, mas também uma causa da alteração do clima”, insistiu o membro do TCE responsável pelo relatório.

Phil Wynn Owen, que falava aos jornalistas em Bruxelas na apresentação do documento, advertiu que a desertificação pode ter consequências “demográficas e económicas”, obrigando as pessoas a emigrarem das áreas afetadas. “Como auditores, temos a responsabilidade de alertar para estes riscos, que eventualmente colocarão sob pressão nos orçamentos públicos, tanto na UE como a nível nacional”, completou.

Os treze Estados-Membros da UE que declararam, no âmbito da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CNUCD), ser afetados pela desertificação são: Bulgária, Grécia, Espanha, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Hungria, Malta, Portugal, Roménia, Eslovénia e Eslováquia.

Mais de 5,5 milhões de hectares de Portugal Continental (mais de 50% da superfície total do território continental português) estão em risco de desertificação. O mapa da vulnerabilidade à desertificação incluído no Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação de Portugal de 2014 confirma que o país é fortemente afetado pela desertificação, com mais de 30% do seu território a registar uma vulnerabilidade à desertificação “muito elevada” ou “elevada”.

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Ford quer aplicar know-how da indústria automóvel aos problemas do quotidiano. Desenvolveu protótipo de canil que anula ruído

O Ano Novo está a chegar e, com ele, vem o tradicional fogo-de-artifício. O fabricante de automóveis Ford está preocupada com os cães, que podem ficar muito incomodados com o ruído dos foguetes.

Ano Novo é quase sinónimo de fogo-de-artifício. Para muitos é motivo de alegria e festejo, mas há quem fique especialmente incomodado com o barulho do foguetes a rebentar. Falo-lhe dos amigos de quatro patas, sobretudo dos cães, que, por terem uma gama de audição muito mais ampla do que a dos humanos, podem ficar alguns minutos apavorados.

Foi, precisamente, a pensar neles que a fabricante de automóveis Ford construiu um protótipo de um canil que consegue isolar o sim da rua. De acordo com a Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês), a inspiração veio do Edge SUV da marca, que também ele possui uma tecnologia de controlo de ruído, usada para suavizar, neste caso, os ruídos do motor do carro.

Quando os microfones instalados dentro do canil detetam o som do fogo-de-artifício, um sistema de áudio embutido envia frequências opostas, que, de acordo com a marca de automóveis, reduz significativamente o barulho. E, além desta tecnologia, o próprio canil é construído em cortiça.

O canil, que ainda não se encontra à venda, é o que a Ford defende ser “o primeiro de uma série de iniciativas chamadas de intervenção”, ou seja, iniciativas em que se aplica o know-how da indústria automóvel para ajudar a resolver problemas quotidianos.

Ainda no ano passado, a fabricante norte-americana construiu um berço chamado “Max Motor Dreams” para acalmar os bebés que só conseguem dormir em veículos em movimento (e também os pais destas crianças). O berço tinha pequenos motores por baixo que replicavam a sensação de estar dentro de um veículo em andamento, reproduziam, inclusive, o ruído da estrada e eram iluminados com luzes LED embutidas, imitando o brilho das luzes da rua.

Contudo, ainda que a Ford tenha dito na altura que o berço poderia chegar ao mercado caso houvesse interesse suficiente, o Max Motor Dreams nunca chegou a ser comercializado.

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Ao fim de 40 anos, Maria José Morgado jubila-se, mas continua no MP

Com uma carreira de mais de 40 anos no Ministério Público, a procuradora jubila-se, mas continuará a trabalhar. Conselho Superior de Magistratura deve apontar novo substituto esta terça-feira.

Depois de quatro décadas no Ministério Público (MP), Maria José Morgado jubila-se do cargo de procuradora distrital de Lisboa e é substituída esta terça-feira, por decisão do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).

Aos 67 anos, o requerimento de jubilação da magistrada, que superou os requisitos legais exigíveis com os seus anos de serviço, foi já aprovado pelo CSMP. Desta forma, a magistrada continua o seu trabalho, mas evita um desconto de 11% da Caixa Geral de Aposentações, com a entrada do novo Estatuto do Ministério Público.

O CSMP deverá apontar agora um substituto para o cargo da magistrada, conhecida pelo seu trabalho ativo contra a corrupção. Maria José Morgado tomou posse como procuradora distrital de Lisboa em janeiro de 2016, por indicação de Joana Marques Vidal, na altura procuradora-geral da República.

A sua carreira ficou marcada pelo caso Apito Dourado, cujo processo coordenou, e pela passagem pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde foi diretora e se dedicou ao combate à criminalidade económico-financeira, e investigou alguns dos principais casos judiciais dos últimos 10 anos.

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