Faturas em papel vão mesmo chegar ao fim

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto-Lei que cria as condições para acabar as faturas em papel.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto-Lei que cria as condições para que as faturas deixem de ser impressas em papel.

“Foi aprovado o decreto-lei que procede à regulamentação das obrigações relativas ao processamento de faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, bem como das obrigações de conservação de livros, registos e respetivos documentos de suporte que recaem sobre os sujeitos passivos de IVA”, pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros. “Pretende-se, ainda, promover as potencialidades do sistema e-fatura no combate à fraude e evasão fiscais, simplificando também algumas obrigações em sede de IVA e criando condições para que a fatura deixe de ser impressa em papel”, acrescenta o mesmo documento.

Promover as potencialidades do sistema e-fatura no combate à fraude e evasão fiscais, simplificando também algumas obrigações em sede de IVA e criando condições para que a fatura deixe de ser impressa em papel.

Comunicado do Conselho de Ministros

A novidade já tinha sido avançada pelo Jornal de Notícias a 5 de dezembro. O jornal tinha tido acesso ao draft do decreto-lei onde o Executivo determinava que a partir de janeiro de 2019 acabam as faturas em papel e as transações passam a ser transmitidas em tempo real às Finanças.

Assim, os clientes só recebem a fatura se o solicitarem. Mas para que os consumidores possam deixar de acumular faturas em papel na carteira, os comerciantes têm de instalar os programas necessários para estabelecer uma ligação direta à Autoridade Tributária. Quem deseje fatura pode pedi-la no momento ou solicitar que seja enviada por via eletrónica, nomeadamente email.

Apesar de a entrada em vigor estar já agendada para o próximo ano, a Comissão de Proteção de Dados deu um parecer negativo à medida porque o fisco passaria a conhecer na íntegra os detalhes da fatura, nomeadamente, tudo o que o consumidor comprou, desde os detalhes de uma refeição num restaurante, aos medicamentos comprados na farmácia.

Esta medida já tinha sido anunciada em junho, no âmbito de mais um pacote de medidas do Simplex+.

O comunicado do Conselho de Ministros especifica ainda que o diploma aprovado “tem como objetivos essenciais promover a simplificação legislativa e conferir uma maior segurança jurídica aos contribuintes, consolidando e atualizando legislação dispersa relativa ao processamento de faturas e de outros documentos fiscalmente relevantes, bem como harmonizando regras divergentes em matéria de conservação de documentos para efeitos de IVA, IRC e IRS“.

O diploma serve também para “dar cumprimento à Lei das Finanças Locais no que diz respeito à participação das autarquias na receita de IVA, ao permitir a territorialização das faturas”. De acordo com a Lei das Finanças Locais, cada município passa a receber 7,5 % na receita do IVA cobrado nos setores do alojamento, restauração, comunicações, eletricidade, água e gás no respetivo concelho.

(Notícia atualizada)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas dá luz verde a aquisição da Windplus por EDPR, Engie e Repsol

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

EDP Renováveis, francesa Engie e espanhola Repsol adquirem Windplus, depois de Bruxelas concluir que não levanta problemas ao nível da concorrência.

A Comissão Europeia autorizou, esta quinta-feira, a operação de aquisição do controlo conjunto do consórcio português Windplus pela EDP Renováveis (EDPR), pela francesa Engie e pela espanhola Repsol, ao concluir que não levanta problemas a nível de concorrência.

Apontando que a Windplus, atualmente controlada pela EDPR e Repsol, vai desenvolver um projeto eólico flutuante no mar e será ativa na produção e oferta por fosse de eletricidade a Portugal, Bruxelas sustenta que a operação “não levanta problemas a nível de concorrência, em virtude das atividades atuais e futuras muito limitadas da Windplus no Espaço Económico Europeu”.

Em 19 de outubro passado, o Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu um empréstimo de 60 milhões de euros à Windplus, para o funcionamento do primeiro parque eólico flutuante no mar, em Viana do Castelo.

Além do financiamento do banco da União Europeia, entram nesta fase, que prevê um investimento total de 125 milhões de euros, 29,9 milhões de euros do programa comunitário NER300, o “apoio direto de seis milhões de euros do Fundo de Carbono Português e o resto passará por investimento dos acionistas”, precisou o presidente executivo da EDP.

António Mexia apresentou o WindFloat como um “projeto absolutamente pioneiro e inovador a nível mundial, no que diz respeito à energia renovável ‘offshore’ [no mar]”, já que em causa está a “tecnologia mais desenvolvida e mais competitiva da utilização do vento em mar e em sítios com profundidade, que impedem a utilização de estacas no fundo mar”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção de vinho afunda. Mas foi um ano bom para o azeite

O rendimento da agricultura em Portugal terá aumentado 0,6% em 2018. O ano ficou marcado por condições meteorológicas adversas, em que a produção de vinho afundou, mas a produção de azeite cresceu.

Este ano vai ficar marcado por aumentos expressivos na produção de azeite, e quedas significativas na produção de vinho e de batata. É o que mostra a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura, publicadas esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Num ano marcado por “valores de precipitação e temperatura acima do normal”, em que se registou “um outono muito quente e seco”, seguido de “um inverno igualmente seco mas extremamente frio”, e no qual a “precipitação elevada” apenas se iniciou na primavera, os dados mostram que o rendimento da atividade agrícola em Portugal, por unidade de trabalho, deverá crescer 0,6%. Ainda assim, é um crescimento bem mais modesto do que os 5,4% registados no ano passado.

Vinho teve o pior ano das últimas duas décadas

Em termos de produção vegetal, estima-se um aumento de 0,9% em valor, um decréscimo de 3,1% em volume e um aumento dos preços de base de 4,1%. O destaque vai para as plantas industriais, cuja produção deverá aumentar 5,9%, e para as plantas forrageiras, que terão melhorado a produção em 11,7%. Deverá registar-se ainda um crescimento na produção de cereais, à exceção do arroz e do centeio, e uma subida residual de 0,8% na produção de frutos.

Contudo, as condições meteorológicas adversas e a doença terão resultado numa queda da produção de batata na ordem dos 15%. Em causa está a doença de míldio e a “diminuição da área originada pelo encharcamento dos solos”. O preço de base da batata deverá, por isso, subir na ordem dos 14,7%.

Nota muito negativa para a produção de vinho este ano. “As previsões para 2028 apontam para a menor produção de vinho em quantidade dos últimos vinte anos, tendo decrescido 20% face ao ano anterior, devido ao calor excessivo verificado em agosto”, indica o INE em comunicado. O preço de base deverá subir apenas 0,1%.

Em sentido inverso, nota muito positiva para a produção de azeite, que deverá aumentar 8,7% em volume. “Esta evolução resulta da combinação de duas campanhas com diferentes níveis de produção: a campanha 2017/2018 registou um aumento de 94,1% na sequência da entrada em produção de novas área de olival regado; para a campanha 2018/2019, pelo contrário, prevê-se um decréscimo de 15% face à anterior”, indica o INE. Estima-se que o preço de base aumente 0,3%.

Produção vegetal: variação do volume, preço e valor dos principais produtos em 2018

Fonte: INE

Preço de base do leite vai aumentar 3,4%

Em relação aos produtos animais, o INE perspetiva “um crescimento de 2,2%” na produção animal, com subidas na categoria dos bovinos, ovinos e caprinos e o leite, cujo preço de base deverá registar a subida mais expressiva, na ordem dos 3,4%.

O INE estima “um acréscimo em volume” de 4,3% dos bovinos, resultado do “acréscimo dos abates, essencialmente de bovinos adultos“, e também das “medidas de apoio ao abandono da atividade por parte dos produtores de leite, a partir de agosto de 2018”.

Em sentido inverso, os suínos deverão registar “um decréscimo nominal da produção” de 3,1%, fruto do “aumento do volume” e do “decréscimo dos preços”. O INE explica que o primeiro aspeto deve-se a “um acréscimo dos abates de leitões, porcos para engorda e porcos reprodutores, bem como o peso dos animais abatidos”. Já a diminuição dos preços no produtor é justificada com a “concorrência” do produto importado”.

Produção animal: variação do volume, preço e valor dos principais produtos em 2018

Fonte: INE

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moscovici diz que são necessários “esforços suplementares” por parte de Itália

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

"É um passo na direção correta, mas quero sublinhar que ainda não estamos lá, ainda são necessários passos adicionais, talvez de um lado e de outro", disse o comissário europeu dos Assuntos Económicos

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, pediu esta quinta-feira à Itália esforços suplementares relativamente ao seu orçamento para 2019, estimando que a anunciada redução do défice de 2,4% para 2,04% do PIB é insuficiente.

“É um passo na direção correta, mas quero sublinhar que ainda não estamos lá, ainda são necessários passos adicionais, talvez de um lado e de outro”, disse numa audição no senado francês. O Governo italiano propôs esta quarta-feira a Bruxelas a redução do seu défice público de 2,4% para 2,04% em 2019, com o objetivo de terminar o contencioso com a União Europeia (UE) e evitar o procedimento por défice excessivo com base na dívida, recomendado pela Comissão Europeia em 21 de novembro.

Giuseppe Conte, chefe da coligação populista no poder em Roma, formulou esta proposta durante um encontro na capital belga com o presidente da Comissão europeia, Jean-Claude Juncker. “Um trabalho técnico permitiu-nos obter uma margem de negociação porque recuperámos alguns recursos financeiros”, explicou Conte. “Estes recursos financeiros vão agora ser utilizados por nós nesta negociação com a Comissão. De um resultado final de 2,4%, pudemos descer para 2,04%”, acrescentou.

Em 21 de novembro, a Comissão Europeia “chumbou” pela segunda vez o plano orçamental de Itália para 2019, por considerar que a proposta contém um risco “particularmente grave de incumprimento”, e recomendou a abertura de um procedimento por défice excessivo com base na dívida. Após um período de inflexibilidade, a coligação governamental italiana, que integra a Liga (extrema-direita) e o Movimento 5 estrelas (M5S, antissistema) optou por iniciar discussões com Bruxelas após um primeiro encontro em 24 de novembro entre Conte e Juncker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Castro e Almeida eleito CEO do Santander Totta. Falta luz verde do BCE

Os acionistas já aprovaram a nova administração do Santander Totta. António Vieira Monteiro passa a chairman, deixando o lugar de presidente da comissão executiva para Pedro Castro e Almeida.

Pedro Castro e Almeida é o novo CEO do Santander Totta.

Os acionistas já aprovaram o novo conselho de administração do Santander Totta. António Vieira Monteiro passa a chairman do banco, deixando o lugar de presidente da comissão executiva para Pedro Castro e Almeida. Mas as mudanças, que esperam o aval do Banco Central Europeu (BCE) para que se concretizem, não ficam por aqui.

Além de Castro e Almeida, a nova comissão executiva será composta ainda por Manuel Preto (será vice-presidente deste órgão, mantendo-se como CFO), Inês Oom de Sousa, Amílcar Lourenço, Isabel Guerreiro e Miguel Belo de Carvalho. Os três últimos nomes são novidade, embora todos venham de dentro do banco. Amílcar Lourenço era responsável pela área de risco, Isabel Guerreiro tinha a seu cargo projetos na transformação digital e Miguel Belo de Carvalho liderou equipa que coordenou a integração do Banif e do Popular Portugal.

Face à anterior equipa de gestão, saem assim João Baptista Leite, José Leite Mais e Luís Bento dos Santos.

Por outro lado, vão assumir funções como administradores não executivos José Carlos Sítima (será vice-presidente do conselho de administração, Ana Isabel Morais, Andreu Plaza Lopez, Daniel Traça e Isabel Mota. Isto para lá de Vieira Monteiro, que será o chairman. Aqui há membros que vêm de fora do grupo Santander: Daniel Traça, que ainda esta quarta-feira foi reeleito diretor da Nova SBE; e Ana Isabel Morais que é associate dean do ISEG e conta com passagens pela EPAL e pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

O único espanhol a integrar o conselho de administração do Santander Totta é Andreu Plaza Lopez, que é atualmente senior advisor para o CEO do grupo Santander.

Os nomes aprovados esta quinta-feira em Assembleia Geral de acionistas ficam agora à espera de aprovação do BCE. “A entrada em funções dos novos membros dos órgãos sociais agora eleitos está dependente da avaliação do BCE, no âmbito do processo fit & proper (adequação e avaliação)”, diz o banco em comunicado.

(Notícia atualizada às 12h57)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

VdA. Prémio Professor Francisco Vieira de Almeida lançado esta quinta-feira

O Prémio Professor Francisco Vieira de Almeida é lançado esta quinta-feira, data em que se celebram dois anos da instituição da Fundação Vasco Vieira de Almeida.

O Prémio Professor Francisco Vieira de Almeida é lançado esta quinta-feira, data em que se celebram dois anos da instituição da Fundação Vasco Vieira de Almeida.

O prémio é criado pela Fundação Vasco Vieira de Almeida, em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com o intuito de honrar a memória e homenagear a vida e a vasta obra de Francisco Vieira de Almeida, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e que marcou a vida intelectual da instituição.

O referido Prémio destina-se à revelação de novos valores e trabalhos científicos em diversas áreas de investigação das Humanidades, a definir em cada edição, tendo caráter bianual. Podem candidatar-se licenciados, mestres ou doutores ou investigadores de pós-doutoramento da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O melhor trabalho submetido em cada edição receberá um prémio no valor de 20 mil euros (ao qual se adicionará a verba máxima de 5 mil euros para publicação), após avaliação por um júri composto por um membro nomeado pela Fundação Vasco Vieira de Almeida e integrado de forma permanente por Miguel Tamen (Diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), por José Pedro Serra (Diretor da Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e por António Feijó (Diretor da Imprensa da Universidade de Lisboa).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas portuguesas à frente das gigantes europeias no uso da nuvem

Emails e armazenamento de ficheiros são as atividades mais frequentemente realizadas pela cloud. As empresas preferiram recorrer a servidores públicos do que a privados.

A utilização de cloudcomputing, a distribuição de serviços como bancos de dados e redes pela internet, está a tornar-se mais frequente nas empresas, mas mesmo assim ainda há caminho a percorrer. Em Portugal, quase um quarto das empresas já aderiu a este sistema. É menos do que na União Europeia, mas mais do que em países como França e Alemanha.

Das empresas portuguesas, 24,7% recorreram à computação em nuvem neste ano, o que é um valor ligeiramente mais baixo do que a média da UE (26,2%), segundo revelam os dados do Eurostat. As empresas na Itália, Alemanha, Espanha e França utilizam menos o serviço do que as portuguesas.

Emails e armazenamento de ficheiros são as atividades mais frequentemente realizadas pela cloud. Os serviços também foram aplicados por mais de metade das empresas da UE no desenvolvimento de software financeiro e contabilidade, de negócios e na gestão da relação com o cliente.

Fonte: EurostatEurostat

 

Os países nórdicos destacam-se na aderência à tecnologia, onde se verifica que mais de metade das empresas utilizam este tipo de serviço. Na Finlândia foram 65% a usar computação em nuvem, na Suécia 57% e Dinamarca 56%. No espetro oposto encontra-se a Roménia e a Bulgária, com menos de 10% das empresas a aderir.

Os servidores públicos tiveram mais procura do que os privados, que foram utilizados apenas por 11% das empresas. Foi ainda naquelas de maior dimensão que o sistema começou a ganhar mais atenção, tendo-se verificado um crescimento expressivo, de 21 pontos percentuais, de 2014 para este ano.

Já no que toca a análise de ‘big data’, ou seja, conjuntos de dados de maior dimensão gerados eletronicamente, foram mais de uma em cada dez empresas europeias que decidiu adotar. É em Malta, Holanda, Bélgica e Irlanda que se recorre mais a esta ferramenta. Na análise destes dados Portugal já está mais a par dos outros países, e encontra-se acima da média da UE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedir reavaliação da casa pode permitir poupar 20% no IMI

Cerca de 4 milhões de imóveis podem estar a pagar IMI a mais, segundo os cálculos da Deco. Poupanças podem rondar os 20%, segundo os casos já simulados pela associação de consumidores.

Muitos proprietários de casas podem estar a pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a mais. E há um gesto simples que pode fazer baixar a fatura anual das famílias com este imposto. Para tal basta aos proprietários pedirem ao Fisco a avaliação do imóvel, um ato que não acarreta qualquer encargo financeiro. O pedido tem é de ser feito até ao final do ano para saber se irá poupar já no próximo ano. Poupanças podem rondar os 20%, segundo os casos simulados pela Deco.

De acordo com cálculos da Deco, cerca de quatro milhões de imóveis podem estar a pagar imposto a mais porque as Finanças não atualizam automaticamente os coeficientes que determinam o valor do IMI. Em comunicado, a associação de consumidores diz ainda que “o Ministério das Finanças continua a ignorar a situação e a resistir em corrigir uma falha que é incompreensível, considerando que os dados relativos aos imóveis estão informatizados”.

Em resultado disso, poderão existir situações de contribuintes a pagar IMI correspondente a uma casa por estrear quando esta não é nova e como se o valor da construção ainda fosse o mesmo de quando a compraram, dá conta a Deco.

Os proprietários das casas podem ficar a saber se é este o seu caso e pedir para corrigir a situação. Para tal, basta que peçam ao fisco uma avaliação do seu imóvel, sendo que esta não implica qualquer custo.

Mas antes disso podem recorrer o simulador da Deco (www.paguemenosimi.pt) para avaliar se está a pagar mais imposto do que deveria e indica se está na altura de pedir às Finanças para avaliarem novamente a casa.

“Sempre que isto se confirme, é explicado ao contribuinte o que deve fazer para pedir a atualização dos dados do imóvel e, assim, corrigir o valor do imposto a pagar no ano seguinte”, explica a associação de consumidores. Pelas simulações já realizadas pelos consumidores, este simulador revelou que se a atualização fosse automática, cada contribuinte pouparia, em média, perto de 19%, adianta ainda a Deco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

João Ermida será o próximo chairman do Banco Montepio

Depois de o nome de Álvaro Nascimento ter esbarrado no acionista, João Ermida é o eleito para o cargo de chairman do Banco Montepio. Nome terá de ser aprovado pelo Banco de Portugal.

João Ermida é o nome escolhido para o cargo de presidente do conselho de administração do Banco Montepio, cargo que é desempenhado por Carlos Tavares. Ermida vai ser aceite pelo conselho geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) e o seu nome ainda vai à assembleia geral do banco antes da avaliação por parte do Banco de Portugal.

A notícia foi avançada pelo Jornal Económico (acesso livre) esta quarta-feira e confirmada pelo ECO, sendo o segundo nome em cima de mesa para o cargo de chairman depois de Álvaro Nascimento não ter obtido luz verde da parte do acionista AMMG.

Carlos Tavares acumula atualmente as funções de CEO e de chairman do banco, devidamente autorizado pelo Banco de Portugal. Mas até dia 21 de janeiro terá de haver uma separação destas duas funções, ou seja, o Banco Montepio vai ter de eleger um novo chairman até essa data, tendo em conta a continuidade de Carlos Tavares como presidente executivo.

Inicialmente, o nome de João Ermida foi pensado para o cargo de CEO, com Carlos Tavares a desempenhar funções de chairman com poderes mais reforçados, sobretudo no que toca à elaboração do plano estratégico, mas o modelo do governação não teve a aprovação do supervisor por considerar que violava os princípios de fiscalização da gestão executiva que deve pertencer aos administradores não executivos.

João Ermida, 53 anos, começou a sua carreira profissional em 1987 como operador de bolsa. No ano seguinte vai para o Citibank Portugal, onde fez parte da equipa de mercado de capitais. Em 1993, entra para o grupo Santander com passagens por Portugal, Brasil e Espanha — neste último foi responsável global dos Mercados Financeiros. Demitiu-se da instituição em 2003 para se dedicar a projetos de cariz social.

Carlos Tavares tem vindo a reforçar a administração do banco. Como avançou o ECO em primeira mão, Dulce Mota vai abandonar a liderança do ActivoBank (o banco online do BCP) para ser administradora do Banco Montepio com o pelouro do retalho. Isto depois de ter contratado Leandro Silva, responsável pela área de informática.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno: Zona Euro “mais bem equipada” para crise depois de concessões de todos

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

O Presidente do Eurogrupo defende que a Zona Euro está "Mais bem equipada para lidar com uma futura crise", mas salienta que "a reforma não acaba aqui".

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou, esta quinta-feira, que a Zona Euro está mais bem equipada para lidar com uma futura crise, quando ela chegar, depois das reformas acordadas que exigiram “concessões de todos” os países.

“O acordo selado [na semana passada], após uma noite de negociações, demonstrou que a Zona Euro pode, nalguma medida, superar a divisão entre credores e devedores, outrora considerada uma ameaça paralisante”, escreve Centeno num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no Jornal de Negócios, um dia antes da última cimeira do ano dos líderes da União Europeia.

O relatório do Eurogrupo que vou apresentar aos chefes de Estado e de governo na sexta-feira exigiu concessões de todos, mantendo-se coerente, tanto em termos económicos como políticos”, disse.

Centeno insistiu na ideia de que não existe um modelo de estrutura institucional que “tenha que ser replicado” e que, a cada momento, os países devem encontrar soluções eficazes dentro de “determinadas restrições políticas”.

Mas agora já podemos dizer que a Zona Euro está mais bem equipada para lidar com uma futura crise quando ela chegar”, concluiu.

Agora já podemos dizer que a Zona Euro está mais bem equipada para lidar com uma futura crise quando ela chegar.

Mário Centeno

Presidente do Eurogrupo

Entre as medidas adotadas, Centeno destaca o reforço das ferramentas para lidar com bancos falidos, o compromisso de redução do crédito malparado e a construção de almofadas financeiras para absorver potenciais perdas dos bancos. Também sinalizou a introdução de cláusulas nos contratos de títulos soberanos para tornar os processos de reestruturação de dívida mais fáceis e, ao mesmo tempo, melhorar as ferramentas de financiamento existentes para travar o contágio entre os Estados-membros durante uma crise.

O também ministro das Finanças português garante, no entanto, que “a reforma não acaba aqui” e que permanecem “pontas soltas” às quais pretende voltar no próximo ano, entre as quais a criação de um sistema europeu de garantia de depósitos para reduzir o risco de corridas aos bancos, num modelo para o qual “ainda não há consenso à vista”.

“No início de 2019 vamos definir um mandato para um grupo de trabalho de alto nível para nos ajudar a quebrar o impasse”, refere no artigo, onde sinaliza ainda a necessidade de revisão do tratado do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Quanto ao orçamento da Zona Euro, escreve, “o caminho está traçado” e sob a orientação dos líderes europeus, Centeno pretende “trabalhar num instrumento orçamental não cíclico que apoie o processo de convergência e promova a competitividade das economias”.

Outros instrumentos, como uma ferramenta de estabilização, “precisam de mais tempo e debate”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FOX Life | New Amsterdam, Quintas às 22:20

  • ECO + FOX
  • 13 Dezembro 2018

O novo drama médico chegou à FOX Life e promete agarrar ao ecrã os espetadores todas as quintas-feiras.

‘New Amsterdam’ é a nova aposta do canal. Inspirada no mais antigo hospital da América, este incrível drama médico segue o brilhante e charmoso Dr. Max Goodwin, interpretado por Ryan Eggold, o novo diretor médico da instituição, que tem como objetivo acabar com a burocracia e fornecer o melhor tratamento possível aos doentes. Mas como poderá ele ajudar? Os médicos e enfermeiros já ouviram este tipo de discurso antes.

Não aceitando um “não” como resposta, o Dr. Goodwin terá de acabar com o status quo e provar que nada o irá demover de dar uma nova vida a este hospital, que se debate com falta de staff, fundos e que é pouco apreciado, mas que é também o único no mundo capaz de tratar pacientes com o Ébola, prisioneiros de Rikers e o presidente dos Estados Unidos, todos debaixo do mesmo teto. O problema é que ao mesmo tempo que luta contra estes obstáculos, o próprio Dr. Goodwin trava uma batalha muito maior – o cancro que lhe foi diagnosticado.

‘New Amsterdam’ promete agarrar os fãs dos dramas médicos em Portugal, seguindo o sucesso nos Estados Unidos. Com mais de cinco milhões de espetadores, foi uma das melhores estreias de uma nova série no canal.

Para além de Ryan Eggold (‘The Blacklist’), o elenco da série conta com nomes como Janet Montgomery (‘Salem’) , Freema Agyeman (‘Sense8’), Jocko Sims (‘NCIS: Investigação Criminal’) e Tyler Labine (‘Planeta dos Macacos: A Origem).

‘New Amsterdam’ é inspirada na memória de Dr. Eric Manheimer, ‘Twelve Patients: Life and Death at Bellevue Hospital’, e nos seus quinze anos como diretor médico neste hospital.

Uma série a não perder, Quintas às 22:20 na FOX Life

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AIE vê oferta de petróleo a cair mais rápido do que o esperado em 2019

A extensão do corte de produção da OPEP e de outros países produtores, onde se inclui o Canadá, acompanhado pela manutenção do ritmo de crescimento da procura suportam a posição da AIE.

O mercado petrolífero poderá ficar em défice mais rápido do que o esperado. O alerta é da Agência Internacional de Energia (AIE) e surge no último relatório mensal divulgado nesta quinta-feira. Na base está o recente acordo de corte de produção estabelecido entre a OPEP e outros países produtores e a decisão do Canadá de reduzir a sua oferta.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acordou com a Rússia, Omã e outros países produtores cortar a produção de petróleo em 1,2 milhões de barris por dia a partir de janeiro, com vista a travar a acumulação de stocks de petróleo não utilizados.

Já a decisão da província de Alberta no Canadá de obrigar os produtores de petróleo a reduzir a sua oferta trará a maior redução à produção da matéria-prima no próximo ano, acredita a AIE. O objetivo é que a produção daquela região venha a cair em 325 mil barris diários a partir de janeiro.

É com base nessa convicção e nas suas previsões para a evolução da procura de “ouro negro” que a agência antecipa que o mercado petrolífero entre em défice mais cedo.

É que do ponto de vista da procura, a agência antecipa um crescimento na ordem dos 1,4 milhões de barris diários no próximo ano, mantendo assim a sua anterior estimativa. Já para este ano optou por rever em alta a sua previsão de crescimento, para 1,3 milhões de barris por dia.

“Para 2019, nosso outlook de crescimento da procura mantém-se em 1,4 milhões de barris/dia, mesmo tendo em conta que os preços do petróleo caíram consideravelmente desde o pico do início de outubro”, afirma a AIE. Justifica ainda que “algum do suporte resultante dos preços mais baixos será compensado pelo crescimento económico global mais fraco, e em particular de algumas economias emergentes”.

As cotações do petróleo parecem passar ao lado do alerta deixado pela AIE. Recuam 0,37% nos dois lados do Atlântico, com brent negociado no mercado londrino a cotar nos 59,93 dólares e o crude norte-americano a negociar nos 50,96 dólares por barril.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.