Conselho de administração da Nissan demite Carlos Ghosn

O conselho de administração da Nissan votou e decidiu destituir Carlos Ghosn do cargo de presidente da Nissan.

O conselho de administração da Nissan votou e decidiu destituir Carlos Ghosn da presidência da Nissan, avança o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês). O conselho, composto por sete membros, terá votado em unanimidade. A votação ditou ainda o afastamento de Greg Kelly, outro diretor da Nissan, segundo o jornal japonês Nikkei.

A decisão surge após a detenção de Ghosn por alegada fraude fiscal, na passada segunda-feira em Tóquio. Em causa está uma declaração de salários inferior ao realmente auferidos, que ascenderá a centenas de milhões de ienes. Carlos Ghosn é suspeito de ter “escondido” cinco mil milhões de ienes, o equivalente a cerca de 39 milhões de euros. Os acionistas já estão a reagir à decisão que saiu da reunião do conselho de administração do grupo automóvel. As ações da fabricante francesa Renault estão a cair 0,37% para os 58,78 euros.

De acordo com os procuradores de Tóquio, caso o empresário venha mesmo a ser condenado, a sua pena de prisão pode ser de dez anos.

O porta-voz da Nissan preferiu não comentar a decisão dos responsáveis pelo grupo automóvel, de afastar Ghosn.

Carlos Ghosn, por sua vez, que foi mantido numa cela em isolamento desde a sua detenção, não voltou a ser visto em público e não prestou ainda declarações. Contudo, Ghosn deverá continuar ainda na administração da Nissan. Isto porque o afastamento do empresário do conselho de administração depende da aprovação dos acionistas, que terão de votar no mesmo sentido em assembleia-geral.

Demissão “não vai ter consequências” Portugal

A Renault Portugal disse, esta quinta-feira, que a demissão por alegada má gestão financeira de Carlos Ghosn não terá “consequências” na operação do grupo no país.

“Não comentamos o que está a acontecer. Estamos aqui em Portugal com operações, as operações são portuguesas, são do grupo Renault, não vão ter consequências do que está a acontecer”, disse à agência Lusa o diretor-geral da Renault Portugal, Fabrice Crevola.

Falando à margem do lançamento oficial da Fundação Grupo Renault Portugal, que decorreu no campus da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, em Carcavelos, no concelho de Cascais, o responsável acrescentou: “Depois o futuro dirá o que vai acontecer, mas não vamos comentar”. E vincou que “obviamente” que o funcionamento da Renault Portugal não será afetado.

(Notícia atualizada com mais informação às 12h48)

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Portugal é terceiro maior beneficiário do Plano Juncker em relação ao PIB

  • ECO e Lusa
  • 22 Novembro 2018

Depois da Grécia e da Estónia, Portugal foi o país que mais beneficiou do Plano Juncker em termos do PIB, com 2,5 mil milhões de euros aprovados.

Portugal é o terceiro país que mais beneficiou, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), do financiamento do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), lançado há quatro anos no âmbito do ‘Plano Juncker’.

Portugal surge em terceiro lugar, depois da Grécia e da Estónia, no financiamento do FEIE em termos do PIB, com 2,5 mil milhões de euros aprovados, que se espera gerarem mais de 8,7 mil milhões de euros em investimentos.

Segundo dados divulgados, esta quinta-feira, pela Comissão Europeia, em Portugal há já 24 projetos de inovação e infraestruturas financiados pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) num valor de aproximadamente 1,2 mil milhões de euros e que deverão gerar 4,2 mil milhões de euros de investimento total.

Para as pequenas e médias empresas (PME) há 16 projetos aprovados com financiamento na ordem dos 1,3 mil milhões de euros e que se espera venham a gerar um total de 4,5 mil milhões de euros de investimentos, esperando-se que 11.960 PME beneficiem de um melhor acesso a crédito.

Um dos exemplos apresentados por Bruxelas, a empresa que cria jogos e brinquedos científicos e pedagógicos Science4you, recebeu um empréstimo do BEI no valor de 10 milhões de euros, devendo gerar um total de 20 milhões de euros de investimento.

Outros dois exemplos de financiamento no âmbito do FEIE apresentados por Bruxelas são o novo ‘campus’ da Universidade Nova, em Carcavelos (Lisboa), que recebeu 16 milhões de euros, com uma expectativa de captar 47 milhões, e a Águas de Portugal, financiada em 420 milhões para investir em infraestruturas que melhorem a qualidade e sustentabilidade dos serviços, esperando-se que capte uma verba total de 727 milhões.

O Plano de Investimento para a Europa (‘Plano Juncker’), lançado em novembro de 2014 para inverter a tendência descendente dos reduzidos níveis de investimento e colocar a Europa na via da recuperação económica, mobilizou 360 mil milhões de euros em investimentos, dois terços dos quais de fontes privadas, segundo um comunicado.

“O plano de investimento tem sido um fator de mudança. Em quatro anos, esta abordagem inovadora e única de mobilização do investimento privado para o bem público conseguiu atrair 360 mil milhões de euros em novo financiamento da economia”, sublinhou o vice-presidente responsável pelo Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade. “Também apoiámos o lançamento de projetos inovadores e melhorámos o ambiente de investimento na Europa. Queremos manter o ritmo no próximo orçamento de longo prazo da UE e garantir que o modelo bem-sucedido do plano de investimentos se torna na nova norma europeia para o apoio ao investimento”, acrescentou Jyrki Katainen.

Dados da Comissão Europeia apontam que, com o apoio do FEIE, 850 mil PME podem beneficiar de um acesso melhorado ao financiamento, estimando-se que sejam criados 1,4 milhões de empregos até 2020, na UE.

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Mota-Engil está em Angola desde 1946. Este ano vai faturar 400 milhões, prevê António Mota

O presidente da Mota-Engil não tem dúvidas que o futuro do grupo passa por Angola. Sobre a visita de João Lourenço a Portugal, diz que é "a formalização do reatar das relações entre os dois países".

A visita de João Lourenço, Presidente de Angola, a Portugal é muito importante para a formalização do reatar de relações entre os dois países. A frase é de António Mota, presidente do grupo Mota-Engil, “empresa portuguesa, mas de génese angolana”, como gosta de sublinhar.

Para António Mota, “as visitas do primeiro-ministro a Angola e, agora, de João Lourenço a Portugal são extremamente importantes porque formalizam o reatar de relações para que os dois mercados se abram”.

As relações entre Portugal e Angola têm vivido altos e baixos, mas tiveram o seu momento mais crítico, devido ao processo judicial que envolveu o ex-vice-Presidente Manuel Vicente. Vicente foi acusado em Portugal do crime de corrupção ativa de Orlando Figueira, ex-magistrado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), mas este processo autónomo da Operação Fizz acabou por ser remetido para Angola depois de grande pressão política, incluindo de João Lourenço. O Chefe de Estado já esclareceu que agiu não em defesa de Vicente, mas do acordo judiciário existente entre os dois países. “O que fizemos foi chamar a atenção para a necessidade do cumprimento desse acordo, independentemente de quem se tratasse”, disse João Lourenço em entrevista ao Expresso (acesso pago).

Sobre o futuro de Angola, Mota diz que tudo vai depender “do evoluir da economia angolana e vai também depender do desenvolvimento que João Lourenço seja capaz de imprimir em áreas como a agricultura, educação e a saúde, por exemplo, o que é ainda mais importante numa economia que sempre foi tão dependente do petróleo”.

Presente no mercado angolano desde 1946, a Mota-Engil não tem dúvidas de que o seu futuro continuará a passar por Angola. “Este ano as previsões apontam para uma faturação naquele mercado de 400 milhões de euros”, portanto, acrescenta Mota: “isto diz muito da nossa relação com Angola. Aliás, somos uma empresa portuguesa com génese angolana”.

Já a intenção do Presidente angolano de captar investimento em Portugal, é bem acolhida por António Mota. “O Presidente de Angola na entrevista ao Expresso já deu o sinal da abertura do mercado a novos investimentos em diversas áreas, e sobretudo a investimentos de longo prazo. Portanto, agora depende dos empresários de todo o mundo e também dos portugueses”. Mota realça ainda que gostou, sobretudo, de ver a abertura de João Lourenço para convidar professores e médicos portugueses para Angola.

A Mota-Engil está presente em Angola na área da construção e obras públicas através da Mota-Engil Angola, a maior empresa de direito angolano a operar no mercado. Mas a presença da construtora portuguesa não se restringe a esta área, uma vez que no setor do ambiente marca também presença com a Vista Waste, empresa responsável pela limpeza urbana e recolha de resíduos em cidades como Luanda e Benguela. E ainda na área de projetos e obras de arquitetura paisagística através da VB.

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Endividamento da economia baixa. São 719 mil milhões

Dívida total da economia portuguesa atingiu os 719 mil milhões de euros. Quebra ligeira segue-se a dois meses de aumento.

O endividamento da economia portuguesa diminui, em setembro, após dois meses em crescimento. O total da dívida do setor público e privado (empresas e famílias) atingiu os 719 mil milhões de euros, o que representa uma diminuição de 200 milhões de euros face ao mês anterior, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Do total, 319,1 mil milhões de euros são referentes ao setor público e 399,9 mil milhões de euros ao setor privado. A quebra ligeira registada em setembro face a agosto deve-se à redução de 600 milhões de euros no endividamento público, que foi parcialmente compensada pelo aumento de 400 milhões de euros no endividamento privado.

“O decréscimo do endividamento do setor público traduziu-se, sobretudo, numa diminuição do endividamento face ao setor não residente e às próprias administrações públicas, parcialmente compensada pelo aumento do financiamento concedido pelo setor financeiro”, refere o Banco de Portugal.

Evolução do endividamento em 2018

Fonte: Banco de Portugal

Já no setor privado, houve um aumento do endividamento externo das empresas em 900 milhões de euros, acompanhado de uma redução do endividamento das empresas e dos particulares à banca em 300 milhões e 100 milhões de euros, respetivamente.

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Certificados de aforro já não são o que eram. Estão a perder dinheiro há 24 meses

O investimento em certificados de aforro caiu em oito milhões de euros, em outubro. Tratou-se do 24.º mês de resgates líquidos. Certificados do Tesouro continuam a alimentar financiamento do Estado.

A sangria dos certificados de aforro continua. Em outubro, voltaram a perder dinheiro, completando-se dois anos em que o valor aplicado no mais antigo produto de poupança do Estado encolhe. Já as aplicações em certificados do Tesouro voltaram a aumentar, suportando o crescimento do investimento em certificados.

Em outubro, as aplicações em certificados de aforro diminuíram em oito milhões de euros, naquele que foi o 24.º mês consecutivo de perda de dinheiro, período em que saíram 1.109 milhões de euros.

No caso dos certificados do Tesouro entraram 117 milhões de euros, valor que mais do que compensou o dinheiro retirado dos certificados de aforro. O saldo é, assim, o de um aumento de 109 milhões de euros no montante aplicado pelos portugueses em certificados em outubro, revela o Banco de Portugal no boletim estatístico mensal divulgado nesta quinta-feira.

Evolução do investimento em certificados

Fonte: Banco de Portugal

O investimento em certificados do Tesouro reforça assim cada vez mais a sua importância como fonte do financiamento captado pelo Estado junto dos aforradores portugueses.

No total, os portugueses dispõem de 28.241 milhões de euros investidos em certificados, um máximo histórico. Os certificados do Tesouro representam já 58% desse valor, o peso mais elevado de sempre, com um total de 16.388 milhões de euros aplicados.

Essa evolução tem sido alimentada pelas entrada de dinheiro nos Certificados do Tesouro de Poupança Crescimento (CTPC), produto que veio substituir os Certificados do Tesouro Poupança Mais há um ano. Passaram a oferecer uma remuneração mais baixa, mas que ainda assim é mais atrativa quando comparada com a generalidade dos produtos de poupança conservadores.

Nomeadamente, os depósitos a prazo, cujas novas aplicações são remuneradas a uma taxa de juro média de 0,15%, segundo os mais recentes dados do Banco de Portugal. Por comparação, os CTPC oferecem uma taxa de juro média de 1,39% ao fim de sete anos de aplicação.

Por comparação com os certificados de aforro, também são mais apelativos. As novas aplicações na mais recente série (E) realizadas em novembro oferecem uma taxa de juro de 0,683%.

Face a essa realidade é fácil de compreender as consecutivas perdas de ativos dos certificados de aforro, que em outubro totalizavam 11.853 milhões de euros, o valor mais baixo dos últimos quatro anos. Seria necessário recuar até outubro de 2014 para ver um valor mais baixo.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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Uber investe dois milhões para dar formação aos motoristas

  • Guilherme Monteiro
  • 22 Novembro 2018

A lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte impõe a formação dos motoristas. Uber tem 6.500.

A Uber vai investir dois milhões de euros em parcerias para a formação obrigatória dos motoristas imposta pela nova lei que regulamenta os veículos descaracterizados, anunciou a empresa esta quinta-feira.

A lei das plataformas de transporte em veículos descaracterizados entrou em vigor no início deste mês e obriga os motoristas a fazerem uma formação para se registarem junto do Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT).

O curso terá módulos específicos sobre comunicação relações interpessoais, normas legais de condução, técnicas de condução, regulamentação da atividade, situações de emergência e primeiros socorros. Até ao final de fevereiro de 2019 os motoristas têm que submeter a nova licença para que possam continuar a trabalhar.

De acordo com a nova lei, este vai ser um processo a que os motoristas se terão que submeter de cinco em cinco anos. Para continuarem a trabalhar dentro da legalidade terão ainda que possuir um contrato escrito com um parceiro, que a ser a sua entidade empregadora.

No caso da Uber, as formações vão passar pela Prevenção Rodoviária Portuguesa, o Automóvel Clube de Portugal e a Segurança Máxima. Fonte oficial da Uber, refere que o “principal impacto” será na “comunidade de mais de 6.500 motoristas em Portugal que vai poder optar por ter acesso de forma conveniente a um programa de formação em condições vantajosas”.

A plataforma de transporte em veículos descaracterizados chegou a Portugal em julho de 2014 e está presente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, na região do Algarve, Braga e Guimarães. Já foram feitos 1,8 milhões de downloads da aplicação da empresa.

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Bruxelas e Londres já chegaram a acordo sobre futuro após o Brexit

O Executivo britânico e a União Europeia chegaram a acordo sobre as relações futuras entre estas partes, depois do Brexit. A solução encontrada para fronteira entre Irlandas deverá ser alterada.

O Executivo britânico e a União Europeia já chegaram a acordo sobre o futuro das relações entre o Reino Unido e o bloco comunitário, depois do divórcio marcado para março de 2019. De acordo com a Bloomberg, Theresa May e Donald Tusk dizem-se “determinados” a substituir uma das medidas mais polémicas do acordo técnico anunciado na semana passada: o território aduaneiro neutro na fronteira entre as Irlandas.

Na declaração em causa, Londres e Bruxelas dizem esperar que as suas relações futuras sejam marcadas pela criação de uma zona de comércio livre pautada pela “profunda cooperação” a nível aduaneiro e regulatório, que permita práticas de concorrência justas. De notar que esta cooperação regulatória não deverá ameaçar a “autonomia regulatória” de ambas as partes, frisa o documento citado pela Bloomberg.

No que diz respeito à medida que mais críticas tem valido a Theresa May — o chamado backstop na fronteira entre as Irlandas — May e Tusk concordaram em substituir esta solução por um novo acordo, que continue a evitar uma “fronteira rígida” nesta região. Em causa está a proposta de criação de uma espécie de território aduaneiro neutro, através do qual as mercadorias britânicas teriam acesso ao mercado dos 27 sem taxas nem quotas.

O acordo conseguido esta quinta-feira tem agora de ser examinado e receber o crivo dos britânicos e dos 27 Estados-membros da União Europeia. Espanha já não será um entrave. O Reino Unido e o país vizinho chegaram a um pré-acordo relativo a Gibraltar quanto à relação entre Espanha e a colónia britânica, depois do Brexit.

Face a este entendimento político, a libra esterlina está a valorizar mais de 1% face ao dólar. No entanto, a moeda britânica não conseguiu ainda regressar para o nível antes da forte queda de quinta-feira passada, quando se afundou na sequência da demissão de vários membros do Governo britânico.

Foi no dia 13 de novembro que o Executivo britânico e a União Europeia chegaram a acordo técnico sobre a saída do Reino Unido da bloco comunitário. Os termos do entendimento conseguidos depois de 17 meses de negociações caíram mal junto do partido de Theresa May, valendo à primeira-ministra múltiplas críticas, ameaças de uma moção de censura e quatro baixas no seio do seu Executivo (incluindo o ministro do Brexit).

(Notícia atualizada às 11h23)

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Resultados da Altice não convencem investidores. Ações caem 15,5%

A Altice Portugal está sob forte pressão na bolsa de Amesterdão. Os títulos chegaram a recuar 15,5% esta quinta-feira, para mínimos de seis meses, e estão agora a cair 6,44%.

A Altice parece não ter convencido os investidores. Os títulos do grupo estão sob forte pressão na bolsa de Amesterdão, tendo chegado a cair 15,5% no arranque da sessão desta quinta-feira, para um mínimo de seis meses. A empresa corrigiu parte das perdas e está agora a cair 6,44%, para 1,89 euros por ação.

O fraco desempenho do grupo fundado por Patrick Drahi acontece um dia depois de a empresa reportar uma queda de 6,3% nas receitas do terceiro trimestre, para 3,44 mil milhões de euros. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 10,6%, para perto de 1,3 mil milhões de euros.

Evolução das ações da Altice na bolsa de Amesterdão

Apesar queda nas receitas, a empresa está confiante de que a maior adição de clientes ao portefólio registada este ano em França e Portugal vai permitir melhorar as contas de forma expressiva no próximo ano. O grupo argumenta que não se está a focar num único ponto quando prevê um ano de melhoria dos resultados, embora os investidores não tenham ficado convencidos de que a Altice tenha um plano B para o caso de o desempenho não correr como o esperado.

Numa conferência telefónica com analistas, que decorreu ao final da tarde desta quinta-feira, os responsáveis da Altice Europe disseram que “a principal prioridade” da empresa continua a ser a da redução da dívida. Esta tem sido uma das bandeiras da empresa, hasteadas no ano passado, quando a Altice revelou ter uma dívida superior a 50 mil milhões de euros, o que espoletou a queda precipitada dos títulos, ainda antes do spin off da Altice USA.

Nesse sentido, a documentação publicada pela empresa mostra que a dívida líquida no final de setembro era de 29,99 mil milhões de euros, abaixo dos 31,85 mil milhões de euros registados no final do segundo trimestre.

(Notícia atualizada às 10h58 com mais informações)

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Tesla reduz preços de carros na China para compensar tarifas da guerra comercial

Depois de ter aumentado os seus preços para compensar o peso da guerra comercial de Trump e Jinping, Musk prepara-se para mudar de estratégia.

A fabricante automóvel liderada por Elon Musk vai alterar a sua estratégia na China. Para compensar as tarifas aduaneiras aplicadas no quadro da guerra comercial entre Washington e Pequim, a Tesla vai reduzir os preços de dois dos seus modelos: o Model X e o Model S. A medida tem como objetivo tornar estes veículos mais “acessíveis”, avança a Reuters, esta quinta-feira.

“Estamos a absorver uma parte significativa das tarifas de modo a tornar os nossos carros mais acessíveis para os nossos clientes na China”, explica a empresa, em comunicado citado pela agência noticiosa.

De acordo com a fabricante, o corte nos preços deverá variar entre 12% e 26%. Tal reflete uma alteração na estratégia da Tesla, que tinha sido das primeiras empresas automóveis a aumentar os seus preços, em resposta à escalada das tarifas aduaneiras. Deste modo, desde julho, os preços dos modelos agora referidos subiram cerca de 20%.

Esse agravamento dos preços resultou, contudo, numa queda das vendas da gigante de Musk, o que explica não só o corte anunciado esta quinta-feira como também o reforço do investimento da empresa na sua primeira fábrica em território sínico (excluindo esses veículos das tarifas).

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China tiveram início em janeiro deste ano. Para compensar o défice comercial registado pelos EUA em relação a Pequim, Donald Trump decidiu impor tarifas aos produtos sínicos, o que fez Xi Jinping aplicar tarifas semelhantes a vários bens importados dos Estados Unidos, incluindo automóveis.

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Carros elétricos poluem mais na produção mas compensam depois

  • Lusa
  • 22 Novembro 2018

Apesar de serem mais poluentes no momento do seu fabrico, os veículos elétricos poluem menos 17% a 30% do que os carros a gasolina ou gasóleo, avança o relatório europeu.

Produzir carros elétricos é mais prejudicial para o ambiente do que carros tradicionais, mas o impacto sobre os ecossistemas é compensado por emitirem muito menos poluição do que os a gasolina ou gasóleo, indica um relatório europeu divulgado, esta quinta-feira.

O relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) confirma que os carros elétricos são melhores para o ambiente e para a qualidade do ar, porque emitem muito menos gases com efeito de estufa e poluentes atmosféricos em todo o seu ciclo de vida, comparando com os veículos a gasolina ou diesel.

A AEA salienta no documento que a promoção das energias renováveis e da economia circular (incluindo os veículos partilhados ou a mudança para designs que permitam a reutilização e reciclagem) vai ajudar a maximizar os benefícios da mudança para os veículos elétricos.

Denominado “Veículos elétricos, ciclo de vida e perspetivas de economia circular”, o relatório analisa o impacto dos carros elétricos nas alterações climáticas, na qualidade do ar, ruído e ecossistemas, comparando-o com os automóveis tradicionais.

E conclui que um carro elétrico, em todo o ciclo de vida, produz menos gases com efeito de estufa e poluentes do ar do que os movidos a gasolina ou diesel. No entanto, diz o documento, o carro elétrico polui mais na fase de produção, especialmente devido à necessidade de extração e processamento de cobre, níquel e outras matérias-primas fundamentais para as baterias.

Comparando as emissões de gases com efeito de estufa em todo o ciclo de vida os veículos elétricos poluem menos 17% a 30% do que os carros a gasolina ou gasóleo. Com as novas políticas ambientais europeias, as emissões do ciclo de vida de um veículo elétrico tipo deverão ser 73% menores até 2050, segundo as contas da AEA.

Para a qualidade do ar local, naturalmente os veículos elétricos são melhores, porque não produzem emissões de escape, ainda que poluam de outras formas, como através dos pneus, diz-se no documento. Que também salienta os benefícios em termos de poluição sonora.

A Agência diz que questões ambientais podem ser minimizadas através de um sistema de economia circular que facilitasse a reutilização e a reciclagem, especialmente das baterias dos carros elétricos.

Segundo a AEA as emissões de gases com efeito de estufa do setor dos transportes têm vindo a aumentar na União Europeia desde 2014. Estimativas preliminares para 2017 indicam que as emissões dos transportes aumentaram 28% em relação aos níveis de 1990.

Os transportes continuam a ser uma fonte significativa de poluição do ar e são a principal fonte de ruído ambiental na Europa, diz-se no resumo do documento.

As emissões de dióxido de carbono dos novos automóveis de passageiros na União Europeia aumentaram 0,4% em 2017, a primeira vez que houve um aumento desde 2010. Nos veículos comerciais as emissões continuam em queda.

Os registos de carros elétricos aumentaram 51% em 2017, representando 0,6% de todos as novas matrículas da União Europeia. Em relação aos híbridos “plug in” houve um crescimento de 35%, representando 0,8% dos novos registos.

Também em 2017, ainda segundo a mesma fonte, houve um aumento das vendas dos carros a gasolina em relação ao gasóleo, representando 53%, o que aconteceu pela primeira vez desde que se faz essa contabilidade.

A AEA salienta que continua a ser um desafio a redução do consumo de combustíveis fósseis nos transportes, continuando o uso de energias alternativas muito abaixo da meta dos 10% (em 2020). Até agora apenas dois Estados membros, a Áustria e a Suécia, atingiram o objetivo dos 10%.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 22 Novembro 2018

Falha técnica da Amazon revela dados de clientes. Administração da Nissan decide continuidade de Ghosn e em Espanha, o Santander recebe dividendo extraordinário recorde a filial britânica.

A Amazon terá relevado dados (nome e endereço eletrónico) dos seus clientes. A empresa imputa este erro a uma falha técnica e diz que problema está resolvido. Na China, a Tesla inverte a estratégia e vai descer o preço dos carros. O objetivo, diz a companhia americana, é tornar os carros mais “acessíveis” no maior mercado mundial automóvel. A vida não parece estar fácil para o Goldman Sachs. Depois das autoridades americanas é agora a vez do Abu Dhabi processar o banco devido ao escândalo com o fundo soberano da Malásia. Também com vida difícil está o ainda “chairman” da Nissan. Ghosn conhece hoje a decisão dos seus pares quanto ao seu futuro à frente da empresa. Em Espanha, o Santander previne-se do Brexit e recebe um dividendo extraordinário recorde da sua filial britânica.

The Guardian

Dados de utilizadores da Amazon foram expostos por erro técnico antes do Black Friday

Uma falha técnica da Amazon resultou na publicação do nome e endereços eletrónicos dos clientes no site da empresa. Os clientes do gigante mundial foram surpreendidos com um e-mail da empresa dando conta do ocorrido e afirmando: “Corrigimos o problema e informamos os clientes que podem ter sido afetados”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso condicionado/ conteúdo em inglês).

Financial Times

Goldman Sachs processada por Abu Dhabi devido a escândalo com fundo soberano da Malásia

O fundo soberano de Abu Dhabi processou o banco Goldman Sachs devido ao escândalo de alegado envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro e corrupção com o fundo da Malásia 1 MDB. Este não é primeiro processo da Goldman Sachs neste acaso, uma vez que já esta quarta-feira a IPIC, Empresa de Investimento Internacional de Petróleo, que era sócia do fundo 1MDB, fez o mesmo pedido em Nova Iorque. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/ conteúdo em inglês).

Reuters

Tesla corta preços de carros na China para absorver impacto das tarifas da guerra comercial

A empresa liderara por Elon Musk vai alterar a estratégia na China. Em cima da mesa está a baixa de preços de dois modelos, com o objetivo de tornar os carros mais “acessíveis” no maior mercado de automóveis do mundo. Esta medida acontece em plena guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e é uma inversão de tendência depois da Tesla, em julho, ter sido das primeiras construtoras americanas a aumentar os preços no mercado. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Bloomberg

Dia D para Ghosn

A administração da Nissan reúne esta quinta-feira para discutir o futuro do presidente da empresa, Carlos Ghosn. O afastamento do cargo de chairman por alegado envolvimento em fraude fiscal parece estar a dividir a administração da construtora nipónica. A decisão é tomada por maioria simples. Já a Renault, principal acionista da Nissan, optou pela nomeação interina. Leia a notícia completa no Bloomberg (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Expansion

Santander recebe dividendo recorde da filial no Reino Unido

O espanhol Santander recebeu um dividendo extraordinário de 760 milhões de euros da filial britânica. O pagamento deste dividendo surge no âmbito de uma ampla reorganização de negócios da entidade britânica motivada por uma nova normativa bancária no Reino Unido e para diminuir os riscos do Brexit. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

 

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Polícia desmobiliza estivadores. Carregamento de carros da Autoeuropa avança

  • ECO e Lusa
  • 22 Novembro 2018

Foram momentos de alguma tensão, mas a polícia conseguiu desmobilizar pacificamente estivadores que tentavam evitar a passagem de autocarro com trabalhadores que vão carregar carros da Autoeuropa.

Mais de uma centena de trabalhadores estiveram concentrados à entrada do terminal de embarque de automóveis do porto de Setúbal, em protesto contra o carregamento de um navio com viaturas produzidas na fábrica da Autoeuropa em Palmela. Estavam sentados na estrada, procurando impedir o acesso do autocarro que leva os funcionários que os vão substituir na função. A Polícia acabou por desmobilizar pacificamente os protestantes.

Em causa está o carregamento de um navio com 2.000 carros produzidos na fábrica da Autoeuropa marcado para esta manhã. De acordo com a empresa, o planeamento do navio faz parte das escalas regulares para o porto de Emden, na Alemanha, “teve por base a garantia de uma solução para o embarque de veículos dada pelo Governo e pelo operador logístico”.

Os trabalhadores eventuais do porto de Setúbal, em greve desde o dia 5 para exigirem um contrato coletivo de trabalho, tinham prometido um protesto pacífico, mas à chegada do autocarro com os funcionários que os iriam substituir no carregamento do navio tentaram impedir a passagem.

“Temos a informação de que os trabalhadores que vêm substituir os eventuais do Porto de Setúbal vêm ganhar 500 euros para trabalhar três dias. Durante 20 anos nunca tiveram disponibilidade para fazer um contrato sem termo aos 150 trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal [90 da Operestiva e os restantes Setulsete]”, disse à agência Lusa António Mariano, do Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL).

Cerca das 08h30, os estivadores sentaram-se no chão para dificultar as operações da polícia de intervenção, que entretanto já conseguiu abrir caminho de forma pacífica para a passagem do autocarro.

(Notícia atualizada às 9h20 com informação do desbloqueio da passagem de autocarro com trabalhadores que vão carregar navio)

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