Governo apoia produtores de ovelha típica da região da Serra da Estrela

  • Lusa
  • 24 Setembro 2018

Os produtores de ovelhas recebem uma ajuda de 34 euros por animal para apoiar a produção e o melhoramento da raça, esclarece o Ministério da Agricultura.

O Governo esclareceu esta segunda-feira que apoia os produtores de ovelhas típicas da serra da Estrela e que a Associação Nacional de Criadores tem em curso um projeto para melhoramento genético e proteção da raça.

“Os produtores de ovelhas recebem uma ajuda de 34 euros por animal para apoiar a produção e o melhoramento da raça: 19 euros por animal no âmbito do I Pilar da PAC (ajuda direta) e, precisamente por se tratar de uma raça autóctone, a ovelha bordaleira recebe mais 15 euros no âmbito do II Pilar da PAC (desenvolvimento rural)”, adianta uma nota do gabinete do ministro da Agricultura.

O deputado socialista Santinho Pacheco anunciou hoje que questionou o Governo sobre a disponibilidade para apoiar um programa de defesa e salvaguarda da ovelha bordaleira da serra da Estrela, para estimular o aumento da produção de leite. Numa pergunta dirigida ao Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, o deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda questionou se está disponível para, em conjunto com a ANCOSE – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela, “estudar um programa de defesa e salvaguarda da ovelha bordaleira da serra da Estrela?”.

O deputado perguntou ainda ao ministro Capoulas Santos se o Governo, liderado pelo socialista António Costa, poderá apoiar a instalação de centros de recria de borregas, para estas serem disponibilizadas para melhoramento animal, “como forma de garantir o leite indispensável ao fabrico do queijo Serra da Estrela”.

Na nota, a tutela esclarece ainda que a ANCOSE “tem em curso um projeto apoiado pelo Ministério da Agricultura para melhoramento genético e proteção da raça”.

“Trata-se de um projeto ao qual foram atribuídos 1.672.188.00 euros a fundo perdido. Estando o projeto no seu último ano de execução, a ANCOSE executou apenas uma parte do montante disponível, tendo 1.010.020.00 a aguardar comprovativos de despesa no IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas”, lê-se no comunicado enviado à Lusa.

O deputado Santinho Pacheco questionou o Governo sobre o assunto alegando que, “para que a serra da Estrela continue a ter pastores que produzam o genuíno queijo da serra é preciso, desde logo, que se defenda a raça bordaleira”. “Quer os criadores dessa ovelha, quer os pastores em geral começam a ficar alarmados com o número cada vez menor de cabeças, tanto mais que, em consequência dos incêndios de 2017, o efetivo diminuiu em alguns milhares”, descreve.

Na pergunta que dirigiu a Capoulas Santos, o socialista considerou ainda que “é preciso tomar medidas com urgência” para defender a ovelha tradicional da serra da Estrela.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Falta mão-de-obra no setor do calçado. Robôs podem ajudar?

Num setor ameaçado pela escassez crónica de talento, podem os robôs dar uma mãozinha? Os empresários reconhecem as vantagens económicas das máquinas, mas não são adeptos dessa substituição.

A arte centenária de parir sapatos está em perigo. Afinal, dizem os empresários, a mão-de-obra escasseia, o que ameaça o presente e o futuro do setor. E nesse amanhã, poderão os robôs ajudar a colmatar essa falha? Dificilmente, respondem os produtores. Não basta “ter o aspeto”. Há que “ter a forma, o substrato e a mestria”.

Empresários portugueses dizem que “toque humano” jamais poderá ser substituído por robôs, no setor do calçado.ECO

“Será sempre preciso um toque humano. Aliás, esse toque é cada vez mais valorizado pelo público final“, adianta ao ECO o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

Luís Onofre considera, por isso, que a automação “jamais” poderá tomar conta da indústria em questão, apesar de apontar a “falta de mão-de-obra qualificada” como um dos principais desafios do setor. “O sapato hand maid tem um valor muito especial para o consumidor final”, enfatiza.

João Matos, responsável pela Freeman.Porter partilha a opinião. Ainda que reconheça as vantagens, em termos de rentabilidade financeira, da robotização, o empresário salienta, em conversa com o ECO, que o trabalho manual é, cada vez mais, valorizado pelos clientes internacionais.

“Pelo menos, uma parte da procura só pode ser satisfeita se se for ao encontro, não se pode ir quase ao encontro. Não basta o aspeto. Tem de ter a forma e o substrato”, reforça João Matos, desvalorizando os produtos que somente imitam o trabalho humano.

No extremo desse espetro, estão os responsáveis pela Karisma. Ricardo Lobo e Miguel Silva explicam ao ECO que sofrem “muito” com a escassez de mão-de-obra, sublinhando que “a juventude não quer trabalhar no calçado”. Apesar disso, os empresários não veem os robôs como alternativa… pelo menos não no que diz respeito aos sapatos que produzem. “Depende muito do artigo, do modelo e do conceito da marca”, diz Miguel Silva.

“Somos uma empresa de handcraft technology”

Mesmo que ajudem, robôs não podem substituir os acabamentos humanos, dizem empresários.ECO

Do outro lado da mesma escala, o diretor executivo da Lemon Jelly canta os louvores das máquinas. Ao ECO, José Pinto conta que a própria forma como os sapatos já estão a ser pensados — até no seu design — está já virada para esse tipo de automatização. “A robotização permite simplificar os processos e os custos, bem como criar valor acrescentado”, garante o responsável.

Além disso, reforça o CEO, os robôs podem trazer “competitividade” às empresas portuguesas que se têm de posicionar em “mercados com mão-de-obra intensiva”, como o asiático. Isso ao mesmo tempo que se criam novos postos de trabalho para humanos.

“Trabalhamos muito à base de tecnologia, mas incorporamos sempre muito detalhes feitos por mão-de-obra, o que nos diferencia nos grandes mercados. Costumamos dizer que somos uma empresa de handcraf technology, assinala.

A propósito da criação de novos empregos, Pedro Sampaio, da Dark Collection, explica que a necessidade de técnicos para operar os equipamentos trará à ribalta, mais uma vez, o problema da mão-de-obra. A introdução de robôs facilitará, sim, os processos, aliviando a necessidade de mãos para produzir, mas pressionando a necessidade de mãos para controlar (as máquinas), defende o gestor.

Portanto, Sampaio recomenda: “Temos de ter salários mais competitivos e apelativos, bem como apostar na formação, que é o que a APICCAPS tem feito”. Não basta esperar que a promessa da humanoide Sophia se cumpra e solucione a falta de mão-de-obra, há que atrair mais e mais talento, defende.

De acordo com os dados avançados pela APICCAPS, na última década, foram criados mais de dez mil novos postos de trabalho, no setor do calçado. O emprego cresceu, assim, 20%, mas permanece uma das maiores preocupações do setor, sobretudo no que diz respeito à captação das novas gerações de talento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxistas criticam postura de Fernando Medina de “fazer-se de morto”

  • Lusa
  • 24 Setembro 2018

Os taxistas estão em protesto há seis dias, e o autarca de Lisboa ainda não se pronunciou. Medina tinha prometido uma reunião uma vez por mês, mas segundo o setor, tal não aconteceu.

Os taxistas criticaram esta segunda-feira a postura do presidente da Câmara de Lisboa, que acusaram de se “fazer de morto”, em relação ao protesto do setor, lembrando que a capital tem a maior praça de táxis do país com 3.400 viaturas.

“Infelizmente, faz-se de morto. Um presidente da Câmara de Lisboa, a maior praça de táxis do país, não é capaz de vir ter connosco”, lamentou o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, manifestando-se disponível para ir ao encontro do autarca Fernando Medina para discutir as preocupações dos taxistas.

Neste sentido, o responsável da FPT defendeu que era importante o autarca de Lisboa dar a sua opinião em relação ao futuro do setor do táxi, tal como fizeram as câmaras municipais da região do Algarve, nomeadamente Faro, Lagoa, Portimão e Loulé.

“É degradante estarmos ali [Praça dos Restauradores, em Lisboa] há seis dias e nenhuma palavra” de Fernando Medina, criticou o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, em declarações aos jornalistas no âmbito da reunião com o assessor do primeiro-ministro.

De acordo com Florêncio de Almeida, o autarca de Lisboa comprometeu-se a reunir-se com os taxistas uma vez por mês, isto na segunda manifestação do setor, mas os profissionais já vão no quarto protesto e nada aconteceu.

“Somos uma força viva da cidade de Lisboa”, apontou o representante da ANTRAL, considerando que Fernando Medina tem “muitas culpas no cartório” em relação à atual situação do setor do táxi.

Desde quarta-feira que os taxistas manifestam-se em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, em 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.

Inicialmente, os representantes dos taxistas exigiam que os partidos fizessem, junto do Tribunal Constitucional, um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma, uma exigência que não foi acolhida pelos grupos parlamentares.

Na sexta-feira, o processo teve um desenvolvimento, com o PCP a pedir a revogação da lei, uma decisão que os taxistas consideram estar no “caminho correto”, mas que ainda não é suficiente.

As associações de taxistas foram recebidas no sábado pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República e decidiram manter o protesto, até serem recebidos pelo primeiro-ministro.

Depois daquele encontro, a delegação de representantes dos taxistas, encabeçada pelos presidentes da ANTRAL, Florêncio de Almeida, e da Federação Nacional do Táxi, Carlos Ramos, entregou uma carta no gabinete do primeiro-ministro no Terreiro do Paço, em Lisboa, a pedir uma intervenção com urgência para resolver as suas reivindicações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE chama ao Parlamento administração da RTP e precários devido a atraso na integração

  • Lusa
  • 24 Setembro 2018

Os trabalhadores precários da RTP enviaram uma carta ao Governo a questionar o facto de nenhum deles ter ainda sido integrado nos quadros da empresa, apesar do parecer positivo da Comissão.

O Bloco de Esquerda (BE) pediu esta segunda-feira a presença, na Comissão de Trabalho, do Conselho de Administração da RTP e dos trabalhadores precários que enviaram uma carta ao Governo, para esclarecimento da situação da regularização dos vínculos laborais.

As audições relativas à integração de trabalhadores precários da RTP foram pedidas através de requerimento dirigido ao presidente da Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais.

No documento, os deputados do BE José Soeiro e Jorge Campos lembram que foi esta segunda-feira enviada ao Governo uma carta, assinada por 173 trabalhadores precários da RTP, na qual questionam o facto de nenhum deles ter ainda sido integrado nos quadros da empresa, apesar de várias dezenas deles já terem parecer positivo da Comissão de Avaliação Bipartida (CAB), que avaliou as suas candidaturas ao processo de regularização (PREVPAP).

Os deputados do BE citam ainda a carta enviada esta segunda-feira ao Governo para salientar que “vários trabalhadores viram os tribunais reconhecer o seu vínculo com a RTP como sendo um contrato de trabalho”, ainda que a empresa “recuse integrar esses profissionais, remetendo para as conclusões do PREVPAP”.

“A carta que hoje foi enviada ao Governo corrobora as denúncias de uma atuação ilegal e inaceitável da RTP”, consideram os deputados no requerimento apresentado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Queixas nas comunicações aumentam 25% no primeiro semestre. Meo reúne o maior número de reclamações

As comunicações eletrónicas motivaram 80% das queixas recebidas pela Anacom. A Meo registou mais de 14 mil queixas nos primeiros seis meses do ano, numa subida homóloga de 105%.

Tem alguma queixa sobre a sua operadora? Se sim, não está sozinho. As reclamações no setor das comunicações aumentaram 25% no primeiro semestre de 2018, relativamente ao mesmo período do ano passado, e a larga maioria refere-se às comunicações eletrónicas. A Meo é a operadora que mais queixas recebeu.

No total, foram 52,1 mil reclamações recebidas pelo reguladoro (Anacom) relativas ao setor das comunicações, mais um quarto do que no primeiro semestre de 2017. As comunicações eletrónicas motivaram 80% das queixas, ou seja, 41,5 mil clientes descontentes. As reclamações dirigiram-se quase na totalidade aos três maiores operadores, que viram as queixas aumentar em relação ao ano passado.

Reclamações do 1º semestre de 2018Anacom

A empresa que registou mais queixas foi a Meo, numa subida homóloga de 105% para 14.500 queixas. Já o grupo Nos recebeu 9.500 queixas, e a Vodafone 6.800, mais 44% do que no mesmo período do ano passado. As áreas que dão mais problemas aos clientes são a faturação, que é o tema de 15% das reclamações, a avaria e o cancelamento do serviço.

Um quinto das reclamações dizia respeito aos serviços postais, quase todas endereçadas aos CTT, que receberam 9.800 queixas, mais 88% do que no período homólogo. As queixas dos clientes prendem-se com a distribuição, nomeadamente atrasos na entrega, extravio ou atraso significativo, entrega na morada errada e falhas na distribuição.

A maioria das queixas, 82%, foram registadas nos livros de reclamações, físico e eletrónico, enquanto as restantes foram enviadas diretamente à Anacom. O livro eletrónico entrou em vigor em junho do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo intervém: Não haverá já pagamento a pronto na ADSE

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

Os prestadores privados de cuidados de saúde tencionavam impor a 1 de outubro o pagamento a pronto pelos beneficiários da ADSE nos seus estabelecimentos, mas o Governo interveio para evitar a solução.

As negociações atrasadas entre a ADSE e os prestadores privados de cuidados de saúde estão a começar a deixar os segundos cada vez mais tensos, tendo a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) anunciado mesmo um boicote aos reembolsos pela ADSE. A APHP propusera-se a instaurar, a partir de 1 de outubro, um regime de pronto pagamento pelo beneficiário, mas o Ministério da Saúde interveio para o evitar, escreve esta segunda-feira o Expresso.

A nova meta para a ADSE e a APHP chegarem a um novo acordo sobre as novas tabelas de pagamentos passa para o final de 2018, em vez de 1 de outubro, refere o jornal, acrescentando que Adalberto Campos Fernandes interveio junto das instituições para evitar uma situação de boicote. A APHP tencionava exigir aos beneficiários da ADSE que pagassem a pronto todas as despesas em causa no seu atendimento, em vez de pedir apenas o custo tabelado para posteriormente receber um reembolso do subsistema de saúde pelo resto dos custos.

A ADSE e os hospitais privados deverão negociar agora até ao final do ano, mantendo, para já, um acesso inalterado dos beneficiários aos prestadores de cuidados de saúde privados com acordo com o subsistema dos funcionários públicos e pensionistas do Estado.

Na semana passada, os hospitais privados tinham manifestado preocupação com a lentidão do processo negocial. Num comunicado enviado às redações, a APHP referia que iria “exigir o pagamento das faturas a 60 dias”, de acordo com a lei de 2013 que o determina, contrariamente ao que está nos registos da ADSE, que é o pagamento a 120 dias, situação que considera “particularmente gravosa para os operadores”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo Michael Kors interessado em comprar a Versace

A casa italiana está avaliada em dois mil milhões de dólares. O fundo Blackstone vai sair da empresa. Michael Kors, que já comprou a britânica Jimmy Choo, está interessado em continuar a crescer.

A casa italiana de moda Versace pode mudar de mãos. O comprador será o grupo norte-americano de moda Michael Kors, e o anúncio oficial deve acontecer nesta semana. O valor do negócio chega aos dois mil milhões de dólares.

Donatella Versace, a vice-presidente e diretora artística da marca, terá marcado uma reunião com a equipa para comunicar esta mudança, avança o jornal italiano Corriere della Sera (acesso livre/conteúdo em italiano). A Versace é maioritariamente detida pela família italiana do fundador, Gianni Versace. Os restantes 20% são detidos pelo fundo de investimento Blackstone.

O fundo vai vender a sua participação no grupo e a família Versace ficará com uma parte minoritária, embora assegure algum controlo artístico. A casa italiana tinha planos para ser cotada em bolsa, mas, de acordo com fontes contactadas pela Reuters, o fundo terá incentivado a procura por compradores, depois de verificar que o grupo não tinha um desempenho impressionante.

Entre os possíveis compradores apresentados encontrava-se a casa francesa Kering, que terá considerado o preço pedido pela Versace demasiado alto. Já grupo norte-americano Michael Kors tem mostrado interesse na expansão do seu portefólio. Uma expansão levou à compra, o ano passado, da britânica Jimmy Choo, por 1,2 mil milhões de dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo administrador financeiro do Novo Banco inicia funções no próximo ano

Chama-se Mark Bourke e vem do Allied Irish Bank, que foi intevencionado pelo Governo irlandês em 2010. Novo administrador financeiro só iniciará funções no início do próximo ano.

Está oficializada a nomeação do novo administrador financeiro do Novo Banco, como o ECO avançou: chama-se Mark Bourke, tem 51 anos e vem do Allied Irish Bank, “um dos maiores bancos na Irlanda que em 2010 foi intervencionado pelo estado irlandês”, segundo a descrição da instituição portuguesa no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Mark Bourke foi nomeado como novo membro do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco para a função de Chief Financial Officer, para o mandato em curso, por deliberação hoje tomada pelo Conselho Geral e de Supervisão”, diz o Novo Banco na informação prestada esta segunda-feira ao regulador do mercado.

Bourke desempenhava as mesmas funções no Allied Irish Bank desde 2014, “tendo em 2017 colocado no mercado parte das através de uma oferta pública inicial”, indica o Novo Banco, que nasceu da medida de resolução aplicada ao BES há quatro anos. O Novo Banco foi vendido em 2017 ao fundo norte-americano Lone Star, que injetou 1.000 milhões de euros na instituição.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-novo-banco/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”162″ slug=”lucros-do-novo-banco” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-novo-banco/thumbnail?version=1536916586398&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

Anteriormente, Mark Bourke foi CEO e CFO na IFG, uma sociedade irlandesa de serviços financeiros, tendo antes de 2000 sido partner na PwC.

“Fica assim completa a equipa executiva do Novo Banco composta por oito membros. Mark Bourke deverá entrar em funções previsivelmente no início do próximo ano, depois de completar o seu mandato no AIB e após autorização pelo Banco Central Europeu”, revela o banco liderado por António Ramalho.

Jorge Freire Cardoso, que até agora desempenha as funções de CFO, vai continuar no banco passando agora a estar responsável pela área de investimento ao nível da venda de imobiliários e de recuperação do crédito malparado (NPL). Freire Cardoso é Chief Recovery and Investment Officer.

O Novo Banco voltou aos prejuízos no primeiro semestre do ano, tendo registado um resultado líquido negativo de 231 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Ferreira, um prémio e dois novos navios

Dono da Douro Azul foi distinguido pelo ministro da Economia pelo trabalho desenvolvido no turismo. Grupo promete, para 2019, mais dois navios para o Douro e novos projetos hoteleiros.

Duas décadas ligadas ao setor do turismo, detentor de um dos maiores operadores mundiais de cruzeiros, de vários hotéis, helicópteros e até de um museu, fazem de Mário Ferreira um dos nomes incontornáveis do turismo em Portugal.

Uma realidade reconhecida pelo Governo que, esta manhã, em Lisboa, galardoou Mário Ferreira com a Medalha de Mérito Turístico Grau Ouro. A cerimónia que foi presidida pelo ministro da Economia distingue o trabalho desenvolvido em prol do turismo português e de Portugal pelo empresário do norte.

“O reconhecimento do trabalho desenvolvido por Mário Ferreira ao longo de mais de duas décadas de carreira dedicadas ao turismo português reflete o sucesso alcançado pelas várias empresas que preside, entre as quais a Douro Azul, empresa líder de cruzeiros fluviais em Portugal e que já foi distinguida como a melhor empresa de cruzeiros fluviais da Europa por quatro vezes”, adianta em comunicado a Mystic Invest, empresa presidida pelo empresário.

“Quando há 25 anos iniciei a atividade em Portugal o meu objetivo era dar ao Douro, um dos mais belos locais no Mundo, o destaque turístico que merece”, adianta Mário Ferreira no mesmo comunicado. “O turismo nacional à época era focado no sol e praia e entendi que havia no Douro, no seu rio, na cultura e nas suas gentes e tradições, um destino de excelência”, acrescenta.

O empresário recorda que o início não foi fácil uma vez que “nem toda a gente acreditava que o Douro podia ser um destino de sucesso no turismo fluvial”. Hoje, prossegue Mário Ferreira “é um dos principais destinos para este tipo de cruzeiros e é um orgulho saber que desempenhamos um papel relevante nessa transformação”.

A Mystic Invest, holding financeira do grupo, conta com mais de 600 colaboradores e “cobre mais de dez mil quilómetros com projetos turísticos que ligam o Porto a Shangai”.

Para futuro, o empresário garante que em “2019 vamos alargar ainda mais a nossa atividade com o lançamento do nosso primeiro navio de cruzeiros de oceano, o World Explorer”.

Um projeto que está a ser construído em Viana do Castelo, e que está destino às águas da Antártica e do Ártico e a fazer a ligação entre Portugal e o Brasil.

Ainda para 2019, a empresa prevê apresentar dois novos navios para o Douro, bem como novos projetos de hotelaria no Porto e Douro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Filho de José Eduardo dos Santos em prisão preventiva

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

José Filomeno dos Santos é suspeito de da prática dos crimes de associação criminosa, falsificação, tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais.

José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, foi colocado em prisão preventiva. A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Observador, que confirmou a informação junto da defesa do antigo presidente do Fundo Soberano de Angola (FSA)

Em causa está o processo legal conhecido na sexta-feira passada, no qual José Filomeno dos Santos é acusado pelo Ministério Público angolano dos crimes de associação criminosa, falsificação, tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais. Segundo a acusação do Ministério Público, os crimes terão sido praticados durante o mandato de José Filomeno dos Santos à frente do FSA. “Zenú” presidiu ao FSA desde 2012, ano que o fundo foi fundado, e janeiro de 2018, quando foi demitido do cargo pelo atual Presidente da Angola, João Lourenço.

A investigação gira em torno de uma alegada transferência irregular de 500 milhões de dólares para um banco britânico, que já tinha levado à constituição como arguido de Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola. A alegada transferência de 500 milhões de dólares terá sido concretizada pelo ex-governador do Banco Nacional de Angola, em setembro de 2017, um mês antes de se demitir do cargo, para uma conta do banco Credit Suisse de Londres.

Entretanto, o Ministério das Finanças de Angola confirmou já ter recuperado os 500 milhões de dólares, estando em posse do BNA.

Na sexta-feira passada, o filho do antigo Presidente angolano já tinha sido constituído arguido, ficando impedido de sair do país. Agora, foi mesmo detido preventivamente, juntamente com o empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos Morais.

Notícia atualizada às 17h45 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Passaram três anos desde que a empresa fundada por José Neves passou a unicórnio. Foi nessa ronda que avaliou a empresa em mil milhões que o fundo da CGD entrou com 900 mil euros. O presidente do BCE afirmou que a recuperação da inflação e dos salários na Zona Euro segue a bom ritmo. Com a perspetiva de subida de juros, as taxas das obrigações soberanas estão a disparar.

A Farfetch fez uma entrada em grande na bolsa. Depois de ver a sua avaliação multiplicar-se com o processo de admissão ao mercado de capitais, o valor disparou na primeira sessão em Wall Street. Foi um sucesso que deu muitos milhares de milhões a ganhar a quem apostou na empresa fundada por José Neves ao longo dos últimos anos. Um autêntico jackpot para investidores de todo o mundo, mas também de Portugal, como o fundo de capital de risco da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que investiu 905.842 euros em 2015.

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a disparar depois do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ter afirmado que a inflação na região está a recuperar “vigorosamente”. Os investidores reagem à perspetiva de subida da taxa de juro de referência, atualmente em 0%.

A Sonae Capital, liderada por Cláudia Azevedo, está a negociar a compra de quatro ginásios da marca Urbanfit, no Porto. Apesar dos detalhes do acordo estarem praticamente fechados, há ainda umas pequenas arestas a limar para que o negócio seja formalmente oficializado, sabe o ECO.

Numa altura em que os preços dos imóveis continuam em alta, as apostas no imobiliário de luxo repetem-se. É o caso deste condomínio privado residencial, a nascer numa das zonas históricas de Lisboa, que vai oferecer aos futuros donos vista sobre o Tejo, amplas varandas e terraços. Serão mais de 50 apartamentos, com áreas entre 60 e 277 metros quadrados, com preços a arrancar nos 600 mil euros.

O aumento da oferta no mercado imobiliário deverá abrandar a subida dos preços e afastar a possibilidade de um cenário de “bolha” no setor, previu um responsável da ERA Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energéticas impulsionam PSI-20 para fechar no verde

  • Marta Santos Silva
  • 24 Setembro 2018

Com o petróleo a valorizar, a Galp e a EDP estão entre as cotadas que ajudaram a bolsa de Lisboa a fechar a ganhar, mas com a Jerónimo Martins e a Mota Engil no vermelho a subida não podia ser grande.

A bolsa de Lisboa fechou a primeira sessão da semana com ganhos de 0,29%, impulsionada pelas energéticas que, por sua vez, ganharam fôlego com a valorização do petróleo nos mercados internacionais. Do lado do índice de referência PSI-20, porém, a subida foi limitada, em parte por causa das quedas da Jerónimo Martins, da Mota Engil e também da EDP Renováveis.

No verde, a brilhar, estiveram a Galp e a EDP. A primeira foi a cotada que mais ganhou nesta sessão: subiu 2,16% para os 16,78 euros por título. A EDP, mais no meio da tabela, mas com mais peso na decisão da direção do PSI-20, ganhou 1,27%, e chegou aos três euros e 26,5 cêntimos. Também a REN ficou do lado dos ganhos.

As energéticas subiram num dia em que, nos mercados da energia, o petróleo ganha inequivocamente: o barril de Brent, negociado em Londres, subia à hora de fecho 2,96% para os 81,13 dólares, enquanto o crude WTI, negociado em Nova Iorque, avançava 2,5% para os 72,55%.

Do lado negativo da bolsa, ficaram cotadas como a Jerónimo Martins que caiu 1,44% para os 12,69 euros e a Mota Engil que, embora tenha um peso menor foi o título que mais desvalorizou. A construtora perdeu 2,12% do seu valor para os dois euros e 0,75 cêntimos.

Na Europa, a bolsa portuguesa é hoje uma exceção. A subida dos juros soberanos que se seguiu às declarações de Mario Draghi sobre o bom progresso da inflação — indicando que pode avizinhar-se mesmo o fim do programa de compras do Banco Central Europeu — aconteceu ao mesmo tempo que as principais praças europeias davam por si a afundar. Perdas de 0,81% em Madrid, 0,42% em Londres ou 0,33% em Paris, com Frankfurt a perder 0,64%, pintaram a Europa de vermelho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.