Madeira com “luz verde” para refinanciar dívida. Estado cobra 0,2% pela garantia

O Estado vai conceder uma garantia à Madeira no âmbito do refinanciamento através da emissão de obrigações com um limite máximo de 355 milhões de euros.

A Madeira precisa de voltar ao mercado para refinanciar a sua dívida. E, agora, já pode avançar com a operação, depois de ter visto aprovada a concessão da garantia por parte do Estado português. O aval tem, contudo, custos. Portugal vai cobrar uma comissão anual de 0,2%.

De acordo com o Diário da República, “a Região Autónoma da Madeira (RAM) pretende emitir um empréstimo obrigacionista com vista a substituir e amortizar diversos empréstimos, anteriormente contraídos por empresas públicas reclassificadas da Região e pela própria RAM, cujo vencimento ocorre no presente ano”.

“Considerando que o refinanciamento da dívida assumida pela RAM contribui para a diminuição da dívida global desta região e, deste modo, para a estabilidade da economia regional e do país como um todo, revestindo-se, assim, de manifesto interesse para a economia nacional”, Ricardo Mourinho Félix aprovou a garantia.

A RAM conseguiu, assim, a concessão de uma “garantia pessoal do Estado, à emissão obrigacionista destinada ao refinanciamento da dívida da RAM, tendo como limite máximo o valor de 355 milhões de euros”. No ano passado, a RAM emitiu mais: foram 455 milhões de euros.

Por este apoio, a Madeira vai pagar “uma comissão de garantia de 0,2 % ao ano”. Ou seja, assumindo a emissão pelo valor máximo, o custo total da garantia para a região será de 7,1 milhões de euros.

De notar que a Madeira conta com um rating de “lixo”, isto quando Portugal goza de notação de investimento de qualidade junto das maiores agências mundiais.

Este encargo juntar-se-á ao que resultar da taxa que a Madeira obtiver na operação de financiamento que está a ser organizada pelo Banco BPI, o BCP, Santander Totta e Caixa – Banco de Investimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joaquim Branco preside à Real Vida Seguros

  • ECO Seguros
  • 29 Maio 2019

Joaquim Branco é o novo presidente da Real Vida Seguros, uma seguradora com sede no Porto e com 30 anos de existência.

Na presidência da seguradora, Joaquim Branco (até agora vice-presidente da instituição) será acompanhado por Joaquim Campos Afonso, Marta Ferreira, Renato Homem e Mário Campino, num mandato que durará de 2019 a 2021.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões já aprovou a nova equipa de gestão da Real Vida Seguros S.A.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líderes europeus rejeitam Manfred Weber como próximo presidente da Comissão Europeia

Os líderes europeus estão a começar a mostrar mais claramente quais os candidatos que apoiam e quais rejeitam na corrida para o próximo presidente da Comissão Europeia. Weber está a ficar para trás.

Depois das eleições europeias chega a altura de os líderes europeus decidirem quem será o próximo presidente da Comissão Europeia. As hipóteses do alemão Manfred Weber, que é o candidato do Partido Popular Europeu, a maior força no Parlamento, não são as mais favoráveis, nomeadamente devido à sua experiência.

Numa reunião entre os Chefes de Estado, o Presidente francês Emmanuel Macron indicou que o sucessor de Jean-Claude Juncker na cadeira de topo em Bruxelas tinha de ter “credibilidade” e “experiência governativa”, escreve o Financial Times (acesso condicionado). Ora, Weber nunca esteve num Governo alemão, faltando-lhe portanto o currículo que os líderes europeus parecem desejar.

O primeiro-ministro português, António Costa, está alinhado com esta visão. À saída da reunião, disse que deve ser escolhido para a presidência da Comissão Europeia “alguém que tenha uma forte experiência executiva”, características que “de facto Weber não tem”, em declarações citadas pela Lusa. Para além disso, reiterou o seu apoio ao candidato socialista Frans Timmermans.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, também concorda com esta avaliação de Weber. O socialista espanhol estará a contactar com vários líderes europeus para fazer campanha a favor de Timmermans, contra o candidato alemão. Depois de um jantar com Macron, Sánchez indicou que a nova presidência em Bruxelas deveria “refletir a nova maioria no Parlamento Europeu, incluindo social-democratas e liberais”.

Será na cimeira entre 20 e 21 de junho que os líderes europeus vão finalizar as nomeações para os próximos presidentes da Comissão, Conselho, Parlamento e Alto Representante para a Política Externa. Este encontro acontece assim mesmo a tempo da sessão constitutiva do Parlamento Europeu, a 2 de julho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Huawei pede a tribunal dos EUA que anule proibição de compra de equipamentos

  • Lusa
  • 29 Maio 2019

Gigante das telecomunicações chinês lançou nova ofensiva contra a administração Trump ao pedir a um tribunal norte-americano que anule a "proibição tirânica" de compra dos seus equipamentos.

O gigante das telecomunicações chinês Huawei lançou uma nova ofensiva contra a administração do Presidente dos EUA ao pedir a um tribunal norte-americano para anular a “proibição tirânica” de compra dos seus equipamentos pelos governos estatais.

“Esta lei estabelece diretamente que a Huawei é culpada e impõe um elevado número de constrangimentos (…), com o objetivo evidente de afastar a Huawei”, indicou na terça-feira um responsável jurídico da empresa, Song Liuping, num comunicado divulgado pela cadeia de televisão chinesa CCTV.

O grupo tinha apresentado uma queixa, em março, no Texas, por considerar que o Congresso norte-americano nunca apresentou provas para justificar as “restrições anticonstitucionais” que visam a companhia. “Esperamos que os tribunais norte-americanos declarem que a proibição à Huawei é inconstitucional e impeçam a sua entrada em vigor”, acrescentou Song.

Na mira do gigante tecnológico está a proibição de administrações federais nos Estados Unidos de comprarem equipamentos e serviços à Huawei. “Esta maneira de usar a legislação (…) é um ato tirânico e é explicitamente proibido pela Constituição dos EUA”, disse o diretor jurídico da Huawei.

O anúncio desta quarta-feira ocorre no momento em que o grupo chinês, líder mundial indiscutível em 5G (a quinta geração de redes móveis), é alvo de uma nova onda de ataques de Washington. Donald Trump decidiu na semana passada proibir as exportações de produtos tecnológicos norte-americanos para determinadas empresas consideradas de “risco”, tendo em vista a Huawei.

Como consequência imediata do anúncio de Washington, a Google anunciou que iria romper com a Huawei. O grupo chinês depende do gigante norte-americano da internet para o sistema Android, instalado na maioria dos ‘smartphones’ no mundo. Sem o Android, a Huawei arrisca-se a não conseguir convencer os clientes a comprarem os telefones da marca sem aplicações Gmail (correio), Maps (cartografia) ou YouTube (plataforma de vídeos), apenas algumas das mais conhecidas.

Perante a inquietação dos utilizadores e das empresas norte-americanas, os Estados Unidos concordaram em adiar a medida por 90 dias antes de imporem sanções, de forma a permitir que a Huawei e os seus parceiros se adaptem. Presente em 170 países, a Huawei é suspeita de espiar para Pequim, que terá contribuído largamente para a expansão internacional da empresa chinesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CGD pediu 11 vezes a Berardo para reforçar garantias

Faria de Oliveira defende que não executar garantias após incumprimento foi a melhor estratégia. Em alternativa, o banco público pediu para ter participação na associação.

Fernando Faria de Oliveira garante que a solução encontrada para as dívidas em incumprimento do empresário Joe Berardo na Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a “que mais defendia a CGD e o sistema bancário”. O antigo presidente do banco público enviou uma carta ao Parlamento em que esclarece que foram pedidos reforços das garantias 11 vezes entre maio de 2007 e finais de 2008.

A Fundação Berardo (FB) pediu, em abril de 2008, facilidade de crédito para comprar 38 milhões de euros em ações do BCP, sendo que lhe era permitido aumentar a utilização até 350 milhões de euros. A condição para a facilidade do crédito — concedido no ano anterior e que tinha sido apenas parcialmente utilizado — era o reforço das garantias.

Foi então celebrado um contrato autónomo, mas cruzado e relacionado com a conta corrente de 350 milhões, segundo explica o atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), que esteve no banco público como presidente executivo (2008 -2011) e chairman (2011-2013). Acrescentou que “não houve, pois nenhum aumento de exposição global”.

A carta foi enviada por Faria de Oliveira ao presidente da comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e atos de gestão da CGD, Luís Leite Ramos, no seguimento de dúvidas levantadas sobre a concessão de crédito a Berardo, os alertas feitos para a perda de valor dos ativos e a possibilidade de execução das garantias.

Até final de 2008, Berardo cumpriu pedidos de reforço

O antigo presidente da CGD explica que o banco “quis e obteve mais garantias, nomeadamente o aval pessoal do Sr. José Berardo, no novo contrato, um reforço de garantias em ações do BCP e o reembolso da dívida da FB à CGD de 23 milhões de euros, resultante da venda de outros ativos do Grupo Berardo”.

O contrato inicial, de 28 de maio de 2007, permitia à CGD vender títulos se houvesse incumprimento de rácios de cobertura, mas houve várias razões para não o fazer, segundo Faria de Oliveira. “Quando o rácio descia abaixo dos 100%, a FB realizava sempre, até finais de 2008, reforços de garantias para suprir a diferença. Fê-lo por 11 vezes”, explica.

Em setembro de 2008, as ações do BCP dadas como garantia pela FB e pela Metalgest (também detida por Berardo) totalizavam os 185 milhões. No entanto, a cotação da ação em bolsa caiu de 3,50 euros em maio desse ano para 0,815 euros em dezembro. Foi nesse mês que se deu, pela primeira vez, o incumprimento do pagamento de juros. Em dezembro de 2011, o valor das ações tinha já afundado até aos 0,136 euros.

A situação foi regularizada em janeiro de 2012 e Faria de Oliveira considera que a execução imediata das garantias teria gerado “uma perda significativa para a CGD” — não só direta através da desvalorização das ações, mas também pela perda de valor da participação da CGD no BCP — e “comportava um risco sistémico considerável” dada crise financeira que se vivia.

Foi Berardo a sugerir entrada do BES e do BCP na associação

“A CGD procurou, então, encontrar uma solução diferente da venda forçada das ações do BCP, através do reforço de obtenção de mais garantia e tomou a iniciativa de requerer ao Sr. José Berardo, para além do reforço possível de colateral em ações cotadas, a prestação de outras garantias, nomeadamente relacionadas com a coleção de arte pertença da Associação Coleção Berardo (ACB)”.

Berardo aceitou, mas alargou a garantia a outros bancos com quem tinha créditos (BES e BCP). Do total destas garantias, a Caixa ficou com 40%, tal como o BCP, enquanto o BES ficou com os restantes 20%. É através deste acordo que os bancos entraram na ACB, detentora da coleção de arte do comendador e que os bancos estão atualmente a tentar judicialmente executar para recuperar parte das dívidas em incumprimento.

No entanto, mantém-se a dúvida sobre a possível execução porque a garantia dada são títulos de participação na Associação Coleção Berardo, e não as obras de arte em si. Assim, não se sabe ao certo se esta é uma garantia executável. Da audição de Joe Berardo não se compreendeu quanto é que, de momento, os bancos credores detêm em títulos da Associação Coleção Berardo. Faria de Oliveira também não esclarece.

Ainda assim, o presidente da APB mantém a posição de que a estratégia foi a mais correta. “A solução encontrada correspondeu à solução de gestão que mais defendia a CGD e o sistema bancário, em momento que correspondia ao pico da maior crise financeira global dos últimos 90 anos”, defende Faria de Oliveira. “Ao longo do período entre julho de 2011 e 2018, os vários Conselhos de Administração da CGD e do BCP e BES/NB enfrentaram as mesmas dificuldades na gestão da recuperação da dívida do grupo Berardo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juros da dívida de Portugal caem para novo mínimo histórico a dois, cinco e dez anos

  • ECO e Lusa
  • 29 Maio 2019

Nos vários prazos os juros da dívida portuguesa estão em terreno negativo e renovam mínimos consecutivos desde a semana passada.

Os juros da dívida portuguesa estavam esta quarta-feira a cair a dois, cinco e dez anos para um novo mínimo histórico. A renovação de mínimos acontece desde quinta-feira da semana passada, tendo começado com os títulos a dez anos.

Cerca das 08h35 em Lisboa, os juros a dez anos estavam a cair para 0,902%, um novo mínimo, contra 0,916% na terça-feira.

No prazo de cinco anos, os juros, que entraram pela primeira vez em terreno negativo na terça-feira, estavam a recuar para -0,018%, um mínimo de sempre, contra -0,012% na sessão anterior.

Os juros a dois anos também desciam para um novo mínimo histórico, de -0,414%, contra -0,409% na terça-feira.

Os juros de Espanha e da Irlanda desciam em todos os prazos, enquanto os de Itália e da Grécia subiam em todos os prazos. Os juros da Grécia mantinham-se a cinco anos e subiam a dez anos.

Portugal tem vindo a beneficiar nos últimos meses da renovada confiança dos investidores e, nas últimas duas sessões, da revisão em alta do outlook pela Fitch. A agência norte-americana anunciou, na sexta-feira à noite, a subida da perspetiva da dívida portuguesa para “positiva” da anterior categoria “estável” sustentada na previsão de que “a recente descida do rácio de endividamento possa ser mantida”.

Apesar de não ter subido o rating, abriu a porta a fazê-lo em novembro quando fizer nova avaliação, já após as eleições legislativas. Além disso, desde a última sessão que há tendência generalizada de quebra nos juro das dívidas da Zona Euro, em reação às eleições europeias deste domingo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Papeleiras e energia pressionam Lisboa

A praça lisboeta arranca o dia em terreno negativo, com os desempenhos do setor papeleiro e energético a penalizar o índice. Lisboa acompanha as perdas na Europa.

A bolsa de Lisboa arranca a sessão a cair, com a maior parte das cotadas no vermelho. A praça nacional está assim em linha com as restantes bolsas europeias, que recuam entre preocupações de uma recessão global. Por cá, os títulos que mais penalizam o índice são os do BCP, que cai mais de 1%.

O PSI-20 desce 0,49% para os 5.081,62 pontos nesta abertura, com apenas três cotadas a registar ganhos. No Velho Continente, o dia também começa em terreno vermelho, numa altura de disputa entre Itália e a Comissão Europeia sobre a violação das regras do Pacto de Estabilidade. O índice de referência Stoxx 600 recua 0,85%, o alemão DAX cai 1% e o francês CAC 40 desce 1,2%.

Na bolsa nacional, o setor papeleiro é um dos mais penalizados. A Altri recua 2,27% para os 6,04 euros, enquanto a Navigator cai 1,15% para os 3,27 euros. A pressionar o índice encontram-se também as energéticas, com a EDP a recuar 0,83% para os 3,32 euros, e a Galp Energia a cair 0,07% para os 13,85 euros.

Já nos ganhos, destaque para a EDP Renováveis, que avança 0,92% para os 8,82 euros. A Mota-Engil regista também uma abertura positiva, ao subir 0,57% para os 2,12 euros, depois de conseguir fechar vários contratos em alguns países africanos, como Angola, aponta uma nota de análise do BCP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Europeias, Fisco e turismo

  • ECO
  • 29 Maio 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Depois das eleições europeias chega a altura de fazer contas. O Estado português deverá conseguir poupar cerca de 370 mil euros em subvenções públicas para os partidos. Já os líderes europeus começam a reduzir a lista de candidatos para ocupar o lugar de topo em Bruxelas, e eliminam da corrida Manfred Weber, líder da maior família europeia. O Fisco quer ver um aumento na cobrança coerciva, de forma a recuperar cerca de mil milhões de euros. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Estado poupa 370 mil euros nas eleições europeias

Participaram 17 partidos nestas eleições para eleger os 21 deputados portugueses para o Parlamento Europeu, mas nem todos vão receber na totalidade o dinheiro da subvenção pública, fazendo o Estado poupar cerca de 370 mil euros. Esta subvenção estatal é repartida, sendo que 20% é distribuído em partes iguais, e os restantes 80% são distribuídos na proporção dos votos validamente expressos. Têm direito a esta subvenção os partidos que elejam pelo menos um eurodeputado. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Fisco quer aumentar cobrança coerciva em 8,6%

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) espera conseguir recuperar entre 945,5 e 1.156 milhões de euros através de cobrança coerciva este ano. A meta para a recuperação de impostos em dívida está presente no Plano de Atividades para 2019. Caso o valor da cobrança coerciva de impostos atinja o máximo do intervalo, irá representar um aumento de 8,6% face ao ano passado. A AT irá, de acordo com o Destak, monitorizar sistemas de cobrança coerciva e promover a eficiência na tramitação de dívida nova para conseguir que os contribuintes paguem dívidas em processo de execução fiscal. Leia a notícia completa no Destak (acesso livre).

Manfred Weber fora da corrida para presidente da Comissão Europeia

Depois das eleições europeias chega a altura de os líderes europeus decidirem quem será o próximo presidente da Comissão Europeia. E o alemão Manfred Weber, que é o candidato do Partido Popular Europeu, a maior força no Parlamento, já terá sido excluído da lista. Numa reunião entre os Chefes de Estado, ficou definido que o sucessor de Jean-Claude Juncker na cadeira de topo em Bruxelas tinha de ter “credibilidade” e “experiência governativa”. Ora, Weber nunca esteve num Governo alemão, faltando-lhe portanto o currículo que os líderes europeus desejam. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Turismo quer novo centro de congressos em Lisboa

A Associação de Turismo de Lisboa tem nos planos para este ano uma agenda preenchida de eventos na capital, para os quais seria desejável uma estrutura que desse resposta à grande quantidade de visitantes. Para isso, “a criação de um espaço apto a receber médios e grandes eventos” é uma das iniciativas que o Turismo vê com bons olhos, nomeadamente para “melhorar a boa reputação internacional e resultados de Lisboa”. Esta discussão surge numa altura em que ainda se aguarda a expansão da FIL para albergar a Web Summit. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Match-fixing é um dos problemas mais graves do futebol mundial”, diz presidente do Sindicato dos Jogadores

Rebentou um novo escândalo no mundo do futebol, desta vez um esquema de resultados combinados para beneficiar em apostas desportivas, em Espanha, que levou à detenção de vários jogadores, incluindo um ex-internacional do Real Madrid. Em reação a esta situação, Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, aponta o match-fixing, a prática de viciar resultados, como “um dos problemas mais graves do futebol mundial”, salientando que acontece tanto em competições maiores como menores. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco quer aumentar cobrança coerciva em 8,6%

  • ECO
  • 29 Maio 2019

Autoridade Tributária tem como meta recuperar 1.156 milhões de euros em dívidas dos contribuintes, segundo o plano de atividades. Uma fasquia que a polémica operação stop pode ajudar a atingir.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) espera conseguir recuperar entre 945,5 e 1.156 milhões de euros através de cobrança coerciva este ano. A meta para a recuperação de impostos em dívida está presente no Plano de Atividades para 2019, segundo noticia esta quarta-feira o Destak (acesso livre).

Caso o valor da cobrança coerciva de impostos atinja o máximo do intervalo, irá representar um aumento de 8,6% face ao ano passado. A AT irá, de acordo com o Destak, monitorizar sistemas de cobrança coerciva e promover a eficiência na tramitação de dívida nova para conseguir que os contribuintes paguem dívidas em processo de execução fiscal.

Em simultâneo, o reforço da presença de inspetores tributários no terreno tem como objetivo incentivar a regularização voluntária. Assim, poderão repetir-se iniciativas como a operação stop desencadeada esta terça-feira em Valongo pela AT, em colaboração com a GNR, na qual os contribuintes parados com o objetivo de lhes serem cobradas dívidas.

Pelas 8h00, os condutores de Alfena, em Valongo, foram surpreendidos por uma operação stop na Autoestrada 41, no distrito do Porto, levada a cabo por 20 elementos da AT e dez militares da Guarda Nacional Republicana com o objetivo de cobrar dívidas fiscais. A operação foi batizada de “Ação sobre Rodas”, revelou fonte da AT à Lusa.

Durante esta ação, as autoridades fizeram o cruzamento das matrículas das viaturas com a situação dos proprietários no Fisco, convidando os cidadãos com dívidas a pagarem esses valores. Caso não o fizessem, GNR e AT estavam em condições de penhorar as viaturas.

A operação stop acabou por ser cancelada, às 13h, e o Governo distanciou-se da situação. O ministério das Finanças garantiu não ter conhecimento da ação, que “não foi definida centralmente”. Já o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, criticou a estratégia, esclarecendo que “este tipo de operações pode existir, mas se tiver uma finalidade certa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

130.060,2%. Esta foi a taxa de inflação na Venezuela em 2018

  • Lusa
  • 29 Maio 2019

As contas do banco central da Venezuela apontam para uma taxa de inflação de 130.060% o ano passado e para uma contração da economia de 47% entre 2013 e 2018.

O Banco Central da Venezuela anunciou, na terça-feira, que a inflação no país em 2018 foi de 130.060,2% e que entre 2013 e o ano passado a economia contraiu 47,6%.

Há três anos que as autoridades venezuelanas não divulgavam dados sobre a inflação.

Segundo o Banco Central venezuelano, a inflação em 2016 cifrou-se nos 274,4% e em 2017 foi de 862,6%.

Os dados apresentados relativos à inflação no ano passado (130.060,2%) distam dos valores divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que avaliou a inflação no país em 1.370.000%, em 2018. Para 2019, o FMI prevê uma inflação de 10.000.000%.

O Banco Central da Venezuela anunciou ainda que que as exportações de petróleo, que representam 96% da receita da América do Sul, caíram para 29,81 mil milhões de dólares (cerca de 27 mil milhões de euros) em 2018.

Em 2013, as exportações de petróleo fizeram entrar nos cofres do Estado 85,6 mil milhões de dólares, e no ano seguinte 71,732 mil milhões de dólares, ano em que os preços do petróleo caíram drasticamente e provocaram uma profunda crise que afeta a Venezuela desde então.

Embora os preços do petróleo tenham recuperado a partir de 2016, uma forte queda na produção venezuelana impediu a recuperação financeira do país.

Segundo dados oficiais, a oferta de petróleo venezuelano, que era de 3,2 milhões de barris por dia há dez anos, foi de apenas 1,03 milhões no mês de abril.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Projetos agrícolas herdados do QREN deixam por aplicar 30% do apoio atribuído

Em causa está a libertação de cerca de 60 milhões de euros que agora podem ser utilizados em novos projetos.

O programa que concede apoios comunitários aos agricultores está a levar a cabo uma operação de limpeza para libertar verbas que não estejam a ser utilizadas, confirmou ao ECO a gestora do PDR2020. Segundo Gabriela Freitas só nos projetos que transitaram do quadro anterior — avaliados em 800 milhões de euros — houve uma subexecução de 30%.

Ao contrário dos restantes programas operacionais do Portugal 2020, na agricultura houve a possibilidade de fazer transitar projetos de um quadro comunitário para outro, ou seja, do QREN para o PT2020. Gabriela Freitas avançou ao ECO que houve “alguns casos de desistência”, mas “fundamentalmente houve uma subexecução de 30% dos compromissos transitados” do Proder.

Houve uma libertação de verbas fruto de algumas desistências, mas fundamentalmente houve uma subexecução de 30% dos compromissos transitados.

Gabriela Freitas

Gestora do PDR2020

A gestora do Programa de Desenvolvimento Rural que vigora entre 2014 e 2020 (PDR2020) sublinhou ainda que “a maior parte destes projetos transitados já está encerrada” e que subexecução acabou por se traduzir numa libertação de verbas, que até é bem-vinda tendo em conta as taxas de overbooking — dinheiro atribuído a projetos para além da dotação global. O dinheiro que não foi executado fica dentro do programa e pode ser reutilizado, não tendo de ser devolvido a Bruxelas.

“Temos em curso uma operação limpeza que já libertou no PDR cerca de 60 milhões de euros”, especificou ainda Gabriela Freitas, sublinhando que se trata não só de fundo comunitário, mas também de verbas do Orçamento do Estado, que perfaz a fatia do custo dos projetos que tem de ser assegurada por despesa pública.

Temos em curso uma operação limpeza que já libertou no PDR cerca de 60 milhões de euros.

Gabriela Freitas

Gestora do PDR2020

Esta operação limpeza acaba por ter reflexo nas taxas de pagamento do PDR2020, que no primeiro trimestre de 2019 registou uma quebra de dois pontos percentuais na taxa de pagamento. O valor do fundo pago aos beneficiários versus o valor do fundo aprovado associado às operações passou de 52%, no último trimestre de 2018, para 50%, no primeiro trimestre deste ano, tal como revela o boletim trimestral do Portugal 2020, publicado pela Agência do Desenvolvimento e Coesão.

Gabriela Freitas, que veio substituir Patrícia Cotrim na gestão dos fundos para apoiar os agricultores, sublinha ainda que foi necessário aumentar a contrapartida nacional para injetar mais 160 milhões de euros no programa para tentar resolver o volume de overbooking que existia que ultrapassava em 200 milhões de euros o montante global. O Executivo decidiu passar de uma taxa de 15%, para 16% em 2017 e 2018; até 19% em 2019 e até 23% em 2020 e anos seguintes.

Até março de 2019, o PDR2020 apoiou mais de 288 mil projetos, num total de 3,48 milhões de euros de apoio comunitário, que alavanca um investimento de 5,92 milhões de euros. Além disso, tem uma taxa de execução de 54%, a mais elevada do Portugal 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo simulador ajuda a saber se tem potência a mais em casa

A ERSE lançou um novo simulador que permite aos consumidores escolherem a potência de eletricidade mais adequada ao seu consumo. Baixar a potência permite poupar a partir de 22 euros por ano.

O IVA da eletricidade vai descer de 23% para 6%, mas apenas nos contratos com uma potência contratada de 3,45 kVa. O ministro do Ambiente já exortou as famílias portuguesas a “contratar uma potência mais baixa para usufruírem do desconto no IVA”, a partir de 1 de julho, mas poucos responderam à chamada de João Matos Fernandes.

A questão que se coloca é saber se 3,45 kVa de potência são suficientes para o seu dia-a-dia, evitando “um apagão em casa”? Para ajudar na hora de decidir, a ERSE disponibiliza a partir desta quarta-feira um novo simulador de potência contratada. Mesmo que não consiga “manter as luzes acesas” com a potência usada pelo ministro do ambiente, a nova ferramenta do regulador do setor energético permite saber se a que usa não é excessiva. Se for, e optar por baixar, pode beneficiar de poupanças superiores a 22 euros por ano.

A potência contratada escolhida pelos consumidores no momento de celebrar um contrato de eletricidade representa um custo fixo na fatura mensal, que varia consoante o escalão contratado e que pode ir dos 1,15 kVA a 41,4 kVA. Quanto maior o escalão, mais equipamentos e de maior consumo podem ser ligados simultaneamente, mas o preço cobrado também é mais elevado.

Aquilo que o novo simulador da ERSE vem fazer é ajudar os consumidores com potências contratadas até 10,35 kVA (há sete escalões) a perceberem se as que escolheram são adequadas ao seu perfil de consumo ou se é possível optar por uma potência mais baixa, com um custo associado mais barato.

Na apresentação da nova ferramenta que decorreu nesta terça-feira, Cristina Portugal, presidente da ERSE, salientou que a criação de simuladores como este “permitem ao consumidor exercer melhor o seus direitos” e são uma “ajuda para as suas escolhas”.

“Se o consumidor conseguir baixar um escalão na sua potência contratada, poderá conseguir uma poupança de pelo menos 22 euros por ano“, diz a Cristina Portugal, acrescentando que essa poupança ainda poderá ser maior caso reduza a potência contratada até 3,45 kVA, beneficiando da diminuição da taxa de IVA de 23% para 6% a partir do dia 1 de julho. De acordo com a ERSE, os escalões de potência mais frequentes são precisamente os de 3,45 kVA, abrangendo 45% dos consumidores (2,8 milhões), seguindo-se a potência de 6,9 kVA com 25% de quota (1,6 milhões de consumidores).

Como funciona esse novo simulador?

O primeiro passo que o consumidor tem de fazer é identificar os equipamentos elétricos que usa simultaneamente. Como ponto de partida, o simulador apresenta cinco exemplos de utilização correspondentes a cinco escalões de potência contratados diferentes, que vão de 3,45 kVA a 10,35 kVA.

Posteriormente, poderá adaptar os exemplos ao seu caso concreto, adicionando ou excluindo equipamentos, assim como editar a quantidade e a potência de cada um.

Se nenhum dos exemplos predefinidos for próximo da situação específica do consumidor, este pode optar pelo caso “personalizado” e começar com uma lista vazia de equipamentos.

Tendo escolhido entre um dos cinco exemplos predefinidos ou o caso “personalizado”, segue-se a escolha dos equipamentos elétricos, os quais estão organizados por sete categorias: cozinha, lavagem e secagem, sala e escritório, iluminação, mobilidade elétrica, outros.

Em cada categoria pode adicionar ou eliminar equipamentos. Pode ainda definir a quantidade de cada equipamento ou alterar o respetivo valor de potência. Por defeito, os equipamentos da lista têm sempre um valor de potência predefinido.

Imagem do simulador da ERSE

Após a introdução de todos esses dados, são apresentados os resultados da simulação. Nesta constam o escalão de potência contratada recomendado, a potência do conjunto dos equipamentos usados ao mesmo tempo, o peso da potência dos equipamentos na categoria e a potência dos principais equipamentos usados ao mesmo tempo.

Além do escalão de potência recomendado, o simulador quantifica ainda o impacto na fatura se o consumidor decidir aumentar ou baixar o escalão de potência contratada.

De salientar que a mudança de escalão da potência contratada é gratuita, sendo para tal apenas necessário contactar o comercializador que posteriormente se encarrega de fazer essa alteração.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.