Seguros de saúde? 57% usa-os. Restantes só pagam

  • ECO Seguros
  • 25 Novembro 2019

As companhias pagam um custo médio anual de 383 euros por cada uma das 1,3 milhões de pessoas que utiliza o seguro de saúde/doença.

Das 2,2 milhões de pessoas com seguros de saúde ativo em 2018, mais de 1,3 milhões recorreram às seguradoras para reembolsos ou usufruto dos serviços, 57% do total. Essas participações custaram às companhias, em média, 383 euros por queixoso.

Ao longo de 2018, 2.227.469 pessoas estavam cobertas por seguros de saúde, um valor superior em 4,1% ao registado em 2017. Esses dados foram agregados e divulgados pela APS — Associação Portuguesa de Seguradores com base em informação fornecidos pelas seguradoras a operar neste mercado de saúde/doença em Portugal.

Das pessoas seguras, 1,3 milhões apresentaram ocorrências ou, em rigor, sinistros às seguradoras que implicaram custos para as companhias no valor de 502 milhões de euros, o que representou uma comparticipação de 64,4% para um valor total de 782 milhões de euros anuais de despesas realizadas em saúde pelos segurados em 2018.

O valor médio segurado por pessoa é de 2.148.756 euros no caso das situações em Managed Care, que inclui todos os contratos que permitam às pessoas seguras o acesso às redes de prestadores, desde que exista uma componente de risco associada ao contrato. Neste contexto, estão incluídos também os seguros com acesso à rede que permitam posteriormente solicitar reembolso. Já nos casos de apenas reembolso de despesas, o valor médio das pessoas seguras é de 78.713 euros.

Quanto a garantias para os segurados, o internamento hospitalar tem um valor médio de 2.128 euros por pessoa e é o tipo de garantia mais elevado, seguido do ambulatório com 1.752 euros, o parto com 1.372, Estomatologia com 1.081, encerrando com medicamentos com cobertura média de 595 euros por ano.

Se os montantes pagos pelas seguradoras a prestadores de serviços de saúde ascendeu a 502 milhões de euros, a maior fatia deu-se em ambulatório em que as seguradoras pagaram 218 milhões de euros, ou seja, 59,4% do valor dos tratamentos dos segurados. O internamento hospitalar já custou 204 milhões de euros, correspondendo a 82,3% das faturas dos prestadores desses serviços. A estomatologia levou 40,7 milhões de euros, 43,1% das despesas dos segurados. Próteses custaram 21 milhões de euros às companhias, 45,3% das despesas apresentadas. Partos custaram 10,3 milhões de euros, tendo as companhias pago 73,5% das despesas totais apresentadas pelas seguradas. Finalmente, as companhias ainda gastaram 7,2 milhões de euros em medicamentos, 63,9% das despesas totais dos doentes com seguros de saúde.

Seguros de saúde são lucrativos

Segundo a ASF, na sua Análise de Riscos do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões 2019, relativo aos valores de 2018, as seguradoras, cujos valores pouco diferem, da análise da APS, o setor dos seguros de doença registou uma taxa de sinistralidade, ou seja uma diferença entre prémios recebidos e indemnizações pagas de 72,5%. Se a estes valores se adicionarem os 17,3% de despesas diretas de gestão das companhias neste ramo dos seguros, conclui-se que o total dos custos de exploração se situa em 89,8% dos prémios recebidos. Esse indicador significa que as seguradoras ganharam em 2018 cerca de 70 milhões de euros explorando este negócio.

Prémios de seguros de saúde/doença (Milhões de euros)

Fonte: APSOs seguros da saúde têm aumentado de valor enquanto negócio mais pelo aumento do número de pessoas que pelo valor dos prémios, já que é um segmento com forte concorrência. Praticamente todas as seguradoras comercias oferecem produtos de saúde/doença no seu portfolio.

O crescimento médio anual quanto a prémios emitidos foi de 7,8% nos últimos três anos, altura em que se verificou menor capacidade de resposta do serviço nacional de saúde.

Em valores médios o prémio anual pago por cada pessoa por um seguro de saúde é de 317 euros, cerca de 26 euros por mês.

Em 2018, as maiores operadoras de seguros de saúde foram, ordenadas pelo valor de prémios emitidos em milhares de euros, as seguintes:

Fonte: APS

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Alvarás de táxi à venda na internet disparam desde entrada da Uber. Preço médio atinge 45.630 euros

Dados do número de alvarás de táxi à venda na internet expõem um mercado impactado pela entrada das empresas como a Uber em Portugal. O número disparou desde 2015 e o preço médio pedido cresceu 36%.

O número de alvarás de táxi à venda na internet disparou desde 2015, uma evolução que se registou um ano depois da entrada da Uber em Lisboa. Dados obtidos pelo ECO mostram ainda que o preço médio pedido por estas licenças tem aumentado ano após ano, chegando aos 45.630 euros, mais 36,4% do que em 2015. Uma destas licenças pode ultrapassar os 85.000 euros em Lisboa.

Estes números baseiam-se apenas na plataforma OLX, um dos locais mais usados para a compra e venda deste tipo de licenças, não permitindo tirar conclusões globais. Além disso, representam unicamente os anúncios publicados e o preço médio pedido pelos vendedores, não discriminando quais deles se traduziram, efetivamente, numa transação. No entanto, permitem medir o pulso ao mercado secundário dos alvarás e oferecem um olhar inédito sobre o impacto que as plataformas eletrónicas têm tido neste negócio paralelo ao do táxi.

Em 2015, tinham sido publicados 31 anúncios de venda de alvarás, com um preço médio de 33.444 euros. Porém, em 2016, ano da primeira grande greve dos taxistas contra as plataformas eletrónicas, foram postos à venda 333 alvarás, uma subida que reflete o menor interesse neste tipo de atividade na altura e espelha a queda das receitas no setor, devido à concorrência mais apertada. O preço médio aumentou para 38.704 euros.

Evolução do mercado secundário de alvarás no OLX

Dados obtidos pelo ECO.

Ao contrário das plataformas eletrónicas Uber, Bolt e Kapten, o número de táxis em circulação está sujeito a um contingente municipal. Este mecanismo permite às autarquias controlar a oferta deste tipo de transporte no respetivo município, pelo que quem pretende entrar no negócio tem de obter uma licença municipal, válida para um automóvel que preencha os requisitos legais, por uma de duas vias: concurso público lançado pela Câmara Municipal ou aquisição de um alvará já existente, numa negociação entre privados que, muitas vezes, começa em sites de classificados, como o OLX.

“As licenças municipais são associadas a um único veículo. Ou seja, um prestador que possua vários táxis terá que possuir um número de licenças municipais idêntico ao número de táxis que prestam serviços com origem nesse município”, explica a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), num extenso relatório sobre o setor, publicado em abril de 2017. O regulador indica ainda que “as licenças podem ser obtidas quer por meio de concurso público lançado pelos municípios, quer pela sua aquisição no mercado secundário (a quem já as tenha)”.

Na realidade, não são os alvarás que são vendidos mas sim a empresa de táxi que possua uma ou mais licenças. Ao ECO, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) explica que “nada impede que haja alterações ao pacto social das empresas” detentoras de licenças de táxi, apesar de as licenças serem “intransmissíveis”. Ou seja, o que acontece é que estas empresas e sociedades, detidas pelos taxistas, podem sempre mudar de gerente, desde que as atualizações sejam devidamente comunicadas ao IMT.

Mas os concursos públicos de emissão de licenças de táxi são escassos ou praticamente inexistentes em alguns concelhos. Por exemplo, de acordo com o mesmo regulatório, o número total de táxis licenciados em Lisboa em agosto de 2016 estava limitado a 3.600. Porém, nesta altura, existiam apenas 3.497 licenças ativas. E, analisando um período de dez anos, o número líquido de táxis licenciados no maior município do país subiu em apenas 56.

Lisboa foi, ainda assim, o concelho com o maior aumento entre 2006 e 2016, o que permite concluir que os alvarás representam um “ativo” que é limitado, que é necessário, e que pode ser transacionado. Estes fatores explicam a existência de um mercado secundário de alvarás com preços muito inflacionados, que podem chegar à centena de milhar de euros, o que compara com as poucas centenas de euros que custam estas licenças quando são lançadas pelas Câmaras Municipais. Mas não existem dados oficiais do número de alvarás que trocam de mãos.

Todos os táxis são obrigados a ter um alvará. O número é exibido numa placa branca, como mostra a fotografia.Paula Nunes / ECO

Em 2018, ano em que a “lei da Uber” entrou em vigor e estas plataformas passaram a ter enquadramento legal, o número de anúncios no OLX para a venda de alvarás de táxi caiu pela primeira vez desde a entrada da empresa norte-americana em Portugal e do início do braço de ferro entre os dois setores. Foram publicados 320 anúncios, uma redução de 11% face a 2017, ainda que o preço tenha disparado, de 36.530 euros para 45.612 euros, uma valorização potencial de quase 25% neste ano.

Contudo, a menor dinâmica no número de anúncios de licenças de táxi à venda foi apenas temporária. Em meados de outubro deste ano, o número de publicações no OLX para a alienação de licenças já chegava aos 461, ultrapassando, pela primeira vez, as quatro centenas de licenças à venda, uma subida de 44% face ao ano anterior. O preço médio pedido pelos vendedores também renovou máximos, fixando-se em 45.630 euros, mais 36% do que em 2015, de acordo com os dados obtidos pelo ECO.

Estas evoluções devem ser vistas à luz das novas regras para as plataformas eletrónicas de transporte. Mediante a lei aprovada no ano passado, todos os taxistas certificados ficaram habilitados a conduzirem automóveis descaracterizados ao serviço das aplicações como a Uber, enquanto os restantes motoristas passaram a ter de pagar e completar um curso de formação para poderem exercer a atividade. Empresas como a Uber ajudaram a pagar alguns destes cursos, tendo em conta que, antes da entrada em vigor da lei, o acesso à profissão era praticamente livre, mediante apresentação de registo criminal e documentos pessoais.

Taxistas admitem efeito das plataformas, mas destacam recuperação do setor

O ECO apresentou estes números aos líderes dos dois principais organismos que representam o setor do táxi. Ambos reconhecem, até dada medida, o impacto das plataformas eletrónicas no setor. E falam numa recuperação das receitas este ano, apesar de não desmobilizarem na luta contra as empresas como a Uber, que conquistaram uma legislação específica, ainda que explorem o mesmo mercado: transportar passageiros do ponto A ao ponto B.

Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), não esconde que a entrada em Portugal de serviços como o da Uber explica parcialmente a subida no número de alvarás que são postos à venda em Portugal. “Naturalmente que é também efeito das plataformas, não posso negar isso”, afirma. Mas vê nestes dados um sinal positivo para o setor, se os anúncios se traduzirem, efetivamente, em negócios: “Se há gente no mercado a querer comprar, é bom para o setor”, acrescenta.

Quanto à subida do preço dos alvarás no mercado secundário, Carlos Ramos nota igualmente um bom presságio: “Se o valor também sobe, os potenciais compradores encontram no setor uma forma de valorizarem o seu capital”, diz. Mas são apenas indícios leves. Notícias ligeiramente positivas, que “não são por aí além, mas são sinais positivos para o setor”, remata.

Por sua vez, Florêncio de Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), acredita que “o setor não se pode comparar de ano para ano”. “Há anos em que mais pessoas vão para a reforma e vendem licenças”, explica, apesar de não tirar uma ilação concreta a partir dos dados apresentados pelo ECO. “É muito oscilante”, frisa, destacando ainda assim que “há muita gente a querer comprar e muita gente a querer vender”.

Sobre a subida dos preços médios pedidos pelos alvarás à venda, Florêncio de Almeida desvaloriza a evolução e aponta para uma tendência natural. “Tudo vai aumentado. Tudo aumenta neste país”, aponta, deixando um exemplo aberto, meramente a título explicativo: “Dantes comprava uma loja no Chiado a 100 mil euros. Hoje, não o faço por menos de 300 mil.”

Em 2016, ano da primeira grande manifestação de taxistas, o número de licenças à venda no OLX disparou de 31 para 333.MARIO CRUZ / LUSA

Os dois responsáveis setoriais também alinham na ideia de que, hoje, depois do rombo provocado pela entrada das plataformas, o setor está a recuperar. “A Uber interferiu nas receitas, mas hoje está melhor. As pessoas mais atentas veem que o táxi é mais barato”, aponta Florêncio de Almeida, sem fundamentar esta consideração. Já Carlos Ramos aponta para uma degradação do serviço prestado pelas plataformas eletrónicas nos últimos meses. “A imagem de que andar num carro descaracterizado é cool está a cair pela base. Há cada vez mais reclamações”, diz.

Contactada, fonte oficial da Uber não quis comentar. Não foi possível obter respostas da Câmara Municipal de Lisboa a tempo de publicação deste artigo.

Número de táxis em Portugal “cresceu menos de 1%” na última década. Cai 9% em três anos

A subida do número de licenças de táxi à venda nos últimos anos significa uma maior oferta no mercado secundário. Mas, se fosse apenas assim, o preço tenderia a baixar.

É no relatório da AMT, publicado em 2017, que se encontra uma possível justificação para o facto de o preço médio pedido pelas licenças ter continuado a subir: “A oferta tem-se mantido estável [entre 2006 e 2016]. O número de táxis licenciados e o número de lugares nos contingentes cresceu menos de 1% na última década”, lê-se numa apresentação divulgada pelo regulador.

Além do mais, os dados atualizados cedidos ao ECO pelo IMT, datados de 19 de novembro de 2019, mostram uma queda no número de táxis atualmente licenciados em Portugal, comparativamente com os dados do relatório da AMT. Enquanto existiam 13.776 táxis licenciados em agosto de 2016, existem agora apenas 12.542, uma redução de quase 9% em três anos.

Perante este retrato de um setor do táxi em contração, sem alternativas, quem mesmo assim quer ter um táxi tem de desembolsar um montante avultado para obter um alvará, comprando-o a alguém que já não queira explorar a atividade, ou que esteja disponível para aproveitar a oportunidade de fazer negócio. Noutros casos, as licenças acabam à venda após a morte do proprietário.

Esta dinâmica é visível, sobretudo, em Lisboa e no Porto, os concelhos onde se encontra mais de 30% da oferta nacional, segundo os dados de 2016. A concentração é ainda maior olhando para os cinco concelhos com mais táxis licenciados: representavam cerca de 36% do número total de táxis licenciados em Portugal nesse ano, de acordo com a informação que foi disponibilizada pela AMT.

E uma vez que não existem dados oficiais do número de automóveis ao serviço das aplicações móveis, não é possível fazer uma comparação. Mas os dados do IMT, de 19 de novembro, mostram que existiam 25.789 pessoas com certificação válida para conduzir táxis e 9.951 empresas com licença válida para a atividade de táxi. Os números comparam com as 6.353 empresas com licença para terem carros ao serviço das plataformas como a Uber, bem como com os 20.024 motoristas com licenças para conduzirem ao serviço das aplicações.

Isto significa que, apesar de os números poderem ser cruzados, existem apenas mais 5.765 taxistas do que motoristas de empresas como a Uber. Mas é preciso ter em conta que as plataformas eletrónicas não cobrem todo o território nacional, mas sim os principais centros urbanos, ao contrário dos táxis, que existem em praticamente todos os concelhos. Dito isto, não faltará muito até a curva inverter-se. E mesmo nesta altura, a avaliar pela informação existente, o negócio das plataformas já deverá ser maior do que o do táxi nos principais mercados em Portugal.

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TAP é uma “bomba”, diz Marques Mendes. “Pode rebentar no bolso dos contribuintes”

Luís Marques Mendes alerta para a situação insustentável vivida na companhia aérea portuguesa. Diz que há o risco de esta "bomba" poder "rebentar no bolso dos contribuintes".

A TAP está a viver momentos conturbados. Marques Mendes diz que a situação é insustentável, olhando para as finanças da companhia aérea, alertando que há o risco de esta “bomba” poder “rebentar no bolso dos contribuintes”. Mesmo a nível da estrutura acionista há problemas, sendo que estão a decorrer negociações para a saída de Neeleman para a entrada de outro acionista europeu.

No habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes lembrou os prejuízos que a companhia tem vindo a apresentar. Teve resultados líquidos negativos de 118 milhões de euros no ano passado, até setembro vai em 111 milhões, sendo que é provável que apresenta prejuízos de 140 a 150 milhões no total do ano. “Isto é uma calamidade“, disse.

A juntar aos prejuízos, o comentador alertou para as emissões de dívida realizadas pela empresa. Fez “três emissões de dívida este ano (janeiro, junho e novembro) em valores acima de 700 milhões de euros. Isto é muito preocupante”, salientando o elevado custo suportado na operação destinada apenas a investidores institucionais. Pagou quase 6%. “É demasiado. A Bloomberg diz que empresas semelhantes pagam 2,4%”, nota, acrescentando que o custo médio da dívida da TAP é de 3,7%.

A juntar a estes problemas financeiros, há um outro: conflito entre acionistas. “As relações entre o acionista americano e o acionista Estado é má e entre o acionista americano (David Neeleman) e o acionista privado português (Humberto Pedrosa, da Barraqueiro) também não é muito melhor”, disse, classificando a TAP como uma “bomba” que “pode rebentar. Onde? No bolso dos contribuintes”.

Marques Mendes salienta, contudo, que os conflitos entre acionistas podem estar prestes a serem resolvidos, nomeadamente com a saída de Neeleman.Já há conversas para mudança acionista”, revela na SIC. Pode sair o acionista estrangeiro e entrar outro estrangeiro europeu. Os contactos estão em curso”, diz, rematando que “não é sustentável a situação atual.

(Notícia atualizada às 21h25 com mais informação)

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PCP marca congresso para 27, 28 e 29 de novembro de 2020

  • Lusa
  • 24 Novembro 2019

Data do XXI congresso do partido foi anunciada pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, anunciou, em Lisboa, que vai marcar o XXI congresso do partido para 27, 28 e 29 de novembro de 2020, sustentando que o país mantém “os mesmos graves problemas estruturais”.

Jerónimo de Sousa falava numa conferência de imprensa, na sede do partido, após a conclusão de uma reunião de dois dias do Comité Central do PCP para análise da atual situação política e social, e tarefas do partido.

“Marcada por um quadro político distinto dos últimos anos, a situação do país expõe os mesmos e graves problemas estruturais que estão na raiz dos significativos atrasos no seu desenvolvimento“, declarou o secretário-geral, sobre o diagnóstico dos comunistas, responsabilizando PS, PSD e CDS pelos problemas nacionais.

Respondendo a perguntas dos jornalistas, Jerónimo de Sousa disse desconhecer ainda a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020 e o seu conteúdo, embora o PCP tenha “fundadas preocupações”.

“Não temos nenhuma informação objetiva e esperamos pela proposta do OE”, apontou.

Jerónimo de Sousa criticou o Governo por fazer determinadas opções “contraditórias”, nomeadamente por ter decidido “acudir ao Novo Banco, em vez das necessidades e carências sociais dos portugueses”.

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Coligação negativa no IVA da luz? Costa não está preocupado

  • Lusa
  • 24 Novembro 2019

“Todos queremos reduzir o custo da eletricidade", disse o primeiro-ministro, lembrando, contudo, que é preciso “escolher prioridades”.

O primeiro-ministro considerou diz ser “muito cedo” para “preocupações” como a de uma eventual coligação negativa para aprovar a redução do IVA da eletricidade, admitindo que “todos” querem diminuir a fatura elétrica, mas é preciso “escolher prioridades”.

“É muito cedo para estarmos neste momento ainda com as preocupações sobre o que é que vai acontecer no debate orçamental. Nós entregaremos a nossa proposta no dia 16 de dezembro e é natural que todos os partidos na Assembleia da República apresentem também as suas propostas”, afirmou António Costa em declarações aos jornalistas no Porto, à margem da cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota.

Apontando o “compromisso geral de todos relativamente aos objetivos fundamentais de continuar a apostar no crescimento económico, a melhorar o rendimento das famílias, a criar boas condições para que as empresas possam continuar a investir e a criar mais e melhor emprego”, o primeiro-ministro salientou que é preciso “conseguir os equilíbrios necessários, porque os recursos são sempre finitos e as necessidades são sempre ilimitadas”.

Todos queremos reduzir o custo da eletricidade e temos vindo a fazer uma redução muito significativa, quer com a generalização que foi feita da tarifa social, quer com a redução do défice tarifário, que é a forma estrutural de reduzir o preço da eletricidade”, afirmou.

No entanto, advertiu, “ao mesmo tempo, temos também que aumentar a capacidade de investir, por exemplo, no Serviço Nacional de Saúde, temos que ter uma política de habitação onde o Estado esteja mais presente, de forma a podermos combater de uma forma mais ativa aquilo que tem sido a especulação imobiliária e podermos assegurar arrendamento acessível às famílias, e em particular às jovens gerações”.

Paralelamente, António Costa apontou como prioridades “continuar a proceder ao desagravamento fiscal” e “criar novos incentivos para que famílias que se constituem possam ter a liberdade efetiva de ter os filhos que desejam efetivamente ter e que o país precisa que tenham”.

“As prioridades são múltiplas e fazer um orçamento não é escolher uma prioridade contra todas as outras, é conseguirmos, de uma forma harmoniosa, investir onde é mais prioritário investir e ir buscar as receitas onde é mais justo ir buscar as receitas, e de uma forma equilibrada”, sustentou, acrescentando: “Temos que conseguir conjugar a criatividade de cada um com as diferentes prioridades e temos que saber o que é que queremos fazer ao mesmo tempo”.

Sublinhando que “ninguém pode ir buscar toda a receita que deseja, nem realizar toda a despesa que sonha”, Costa afirmou-se confiante de que será possível conseguir “o equilíbrio orçamental” obtido “ao longo dos últimos quatro anos, com resultados positivos para o conjunto país”.

O Expresso e o Observador noticiaram que, embora o Governo só agora tenha começado a negociar a proposta de Orçamento do Estado para 2020, arrisca-se já a ver uma coligação negativa aprovar a redução do IVA sobre a eletricidade para 6% em todas as componentes da fatura, uma medida que pode ter um custo de várias centenas de milhões de euros para o orçamento.

De acordo como Observador, o Bloco de Esquerda (BE) vai insistir na proposta nas negociações com o Governo e, mesmo que o executivo não ceda nas negociações, a medida deverá voltar a surgir na discussão na especialidade, na qual os partidos podem apresentar alterações ao orçamento.

E se o BE isolado não tem votos suficientes para aprovar a medida, o Observador refere que o PCP também vai avançar com a proposta e que o apoio do PSD será ainda mais decisivo.

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É oficial. Governo entrega proposta de Orçamento do Estado para 2020 a 16 de dezembro

Proposta de Orçamento do Estado será entregue a 16 de dezembro na Assembleia da República, revelou António Costa.

há data oficial para a entrega da proposta de Orçamento do Estado de 2020 na Assembleia da República. António Costa revelou que o documento chegará ao Parlamento no dia 16 de dezembro, sendo que será, depois, votado na generalidade a 10 de janeiro.

“Nós entregaremos a nossa proposta no dia 16 de dezembro”, disse o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas no Porto, à margem da cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, citadas pela Lusa.

Costa confirmou, assim, a data que já tinha sido avançada pela Rádio Renascença a meados deste mês, tendo sido também esta a “data indicativa” avançada pelo Governo na conferência de líderes realizada na quarta-feira, segundo a Lusa.

Depois de entregue aos deputados, a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, que, como revelou o ECO, está a ser preparado com um cenário de excedente orçamental, o documento vai ser votado na generalidade a 10 de janeiro, segundo o calendário para debate e votação aprovado no Parlamento.

Durante a fase da generalidade haverá dois dias de debate — o 9 e o 10 de janeiro. Até lá deverão decorrer negociações com os partidos à esquerda do PS e o PAN com o objetivo de ver o documento aprovado, já que o PS só tem 108 deputados.

Para os dias 4, 5 e 6 de fevereiro está marcado o debate e votação na especialidade. A 7 de fevereiro acontece então a votação final global do Orçamento do Estado para 2020.

Este calendário tem como meta a entrada em vigor do Orçamento em 1 de março do próximo ano.

(Notícia atualizada às 20h27 com mais informação)

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Fundação do GIL ganha grande prémio da Fundação Manuel António da Mota

  • ECO
  • 24 Novembro 2019

Na 10ª edição, a Fundação Manuel António da Mota atribuiu três grandes prémios e sete menções honrosas. O tema deste ano foi o Portugal Sustentável.

A Fundação do GIL foi a grande vencedora do grande prémio Portugal Sustentável, promovido pela Fundação Manuel António da Mota, entregue este domingo no Porto. Na 10ª edição, que teve como tema os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em áreas como o ambiente, a mobilidade ou a inclusão social, o projeto Fundação do GIL dedicado aos cuidados domiciliários pediátricos, para apoio a crianças com doenças crónicas, garantiu um apoio de 75 mil euros.

A Associação Dignitude e a ASAS (associação de solidariedade de Santo Tirso) foram as outras entidades premiados pela Fundação Manuel António da Mota, respetivamente, com os projetos “A Bem, rede solidária do medicamento” e um plano personalizado de inserção de jovens na comunidade. Cada um deles beneficiou de um apoio de 35 mil euros e de 15 mil euros.

Em 2019, o galardão Portugal Sustentável consagrou associações, organizações não governamentais (ONGs), fundações e instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que atuam no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em áreas como a luta contra a pobreza e exclusão social, educação, saúde, emprego, e ambiente nos domínios da água, energia, sustentabilidade urbana e rural, produção e consumo sustentáveis, mobilidade, alterações climáticas, biodiversidade e preservação do ambiente marinho e terrestre.

Nesta edição de 2019 do Prémio Portugal Sustentável da Fundação Manuel António da Mota foram ainda atribuídas, sete menções honrosas: AICD (Associação para a Inserção por Centros Digitais de Informação), AIIR (Associação de Apoio à Inclusão de Imigrantes e Refugiados), Associação Salvador, Câmara Municipal de Torres Vedras, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Centro Social Cultural e Recreativo do Lamegal e Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade.

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Industriais do têxtil e calçado receiam que algumas empresas não aguentem aumento do salário mínimo

O salário mínimo será de 635 euros a partir de 1 de janeiro, mas os industriais do têxtil e do calçado antecipam que algumas empresas não aguentarão o aumento de custos e fechem as portas.

O aumento do salário mínimo para 635 euros já é oficial e vai entrar em vigor a 1 de janeiro de 2020, mas os industriais do têxtil e do calçado estão preocupados com o impacto que a medida poderá ter. Num encontro, à porta fechada, que decorreu sexta-feira, no Porto, os responsáveis da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) e da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) reuniram-se com António Saraiva e alertaram para o risco de falências.

A reunião já estava marcada, faz parte da estratégia de presidente da CIP, António Saraiva, para ouvir a opinião dos seus associados. O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) explicou ao ECO que, na reunião, os responsáveis associativos lhe deram conta da sua “preocupação por causa do aumento do salário mínimo”, e do “risco de falências, porque há empresas que não vão aguentar este aumento salarial”.

César Araújo, presidente da ANIVEC, (à esquerda), conversa com o presidente da CIP, António Saraiva (ao centro) e com Luís Onofre, que lidera a APICCAPS (à direita).22 Novembro, 2019

“Estamos preocupados”, afirma César Araújo ao ECO. O presidente da ANIVEC sublinha que as empresas têm encargos muito avultados porque apesar de o salário mínimo ser de 635 euros brutos (os trabalhadores levam para casa 565,15 euros líquidos, em 14 remunerações, a que acresce o subsídio de refeição (2,5 euros por dia). Os empregadores têm ainda de descontar todos os meses 150,81 euros referentes à Taxa Social Única (TSU). O industrial sente que o modo como está a ser feita a discussão do salário mínimo “é uma forma camuflada de denegrir a indústria”.

Este aumento nos custos de produção é um fator que vai “pesar na competitividade de empresas que trabalham essencialmente para o mercado global”, frisa César Araújo, recordando que a conjuntura não é a mais favorável tendo em conta “o abrandamento da Alemanha, que vai acabar por afetar Portugal direta ou indiretamente”, mas também as incertezas relacionadas com o Brexit.

Esta avaliação dos industriais contraria as declarações, e a decisão, do Presidente da República sobre o salário mínimo. Este sábado ao fim do dia, Marcelo deu uma espécie de resposta às dúvidas suscitadas pelo presidente da CIP. “O Presidente da República promulgou e, ao promulgar, disse que parecia razoável no contexto português. Eu não mudo de opinião em 15 dias, não chega a um mês. É razoável aquela decisão no contexto português”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem da cerimónia de juramento de Hipócrates dos novos médicos da Região do Sul da Ordem dos Médicos, na Universidade de Lisboa.

Os riscos para a indústria não estão apenas no salário mínimo. A concorrência direta de países como a Turquia é outra das dores de cabeça destas indústrias. Até porque, no caso do têxtil as exportações nos primeiros nove meses do ano registaram uma quebra de 1% face ao período homólogo, com um valor acumulado em 3.957 milhões de euros. Sendo que Espanha e Alemanha foram os destinos que registaram maiores quedas absolutas, respetivamente de menos 49 milhões de euros, ou seja -3,8%, e menos 16 milhões de euros (equivalente a -4,5%).

A cinco dias da Concertação Social começar discutir o acordo sobre política de rendimentos e competitividade — um “acordo de médio prazo sobre salários, rendimentos e competitividade, em articulação com matérias prioritárias como a valorização dos jovens qualificados, a conciliação do trabalho, vida pessoal e familiar e a formação profissional” — os dirigentes associativos sublinharam nesta reunião a necessidade de o Governo avançar com “estímulos ao desenvolvimento económico português”. “Não se tratam de contrapartidas”, frisa César Araújo, mas de criar condições para que “as empresas possam criar bons empregos”. O presidente da ANIVEC lembra ainda que muitas das empresas do têxtil e do calçado estão no interior do país e desempenham um papel muito importante na fixação das populações, já que “grande parte dos contratos celebrados são sem termos” e “empregam muita mão-de-obra feminina”, o que “cria estabilidade familiar”.

Sem querer levantar a ponta do véu, o responsável disse ainda que vão “entregar um conjunto de medidas que poderão desenvolver o crescimento e a sustentabilidade das empresas nacionais” para que António Saraiva possa negociar com os restantes parceiros o acordo que “permita às empresas continuarem a ser competitivas a nível mundial”.

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Rui Tavares diz que partilha perplexidade de muitos com abstenção de Joacine

  • Lusa
  • 24 Novembro 2019

O fundador e membro da direção do Livre diz que partilha perplexidade de muitos com a postura da deputada única e recusa dizer se o partido irá manter a confiança política em Joacine Katar Moreira.

O fundador do Livre Rui Tavares assumiu este domingo partilhar da perplexidade com que muitos têm visto a polémica do voto da deputada sobre Gaza, prometendo o regresso à trilha de um “partido sério e empenhado nos verdadeiros temas”. “Sei que muitos estão perplexos e quero que tenham consciência de que nós também estamos”, disse.

Em declarações aos jornalistas à entrada para Assembleia do Livre que hoje decorre em Lisboa, Rui Tavares remeteu para essa reunião a análise e todas “as decisões necessárias para fazer avançar o partido”, mas fez questão de deixar uma mensagem.

“Quero deixar uma mensagem a todos aqueles que votaram no Livre, seguem a política portuguesa, a todos os nossos concidadãos: é a de que sei que muitos estão perplexos e quero que tenham consciência de que nós também estamos”, afirmou.

Na perspetiva do fundador do Livre, os concidadãos “habituaram-se a ver um partido sério, empenhado nos verdadeiros temas, empenhado em falar daquilo que importa aos portugueses e aos europeus e àquilo que importa para” o planeta.

“Portanto, o que as pessoas querem ver é o Livre voltar a essa trilha e certamente quero que saibam, que tenham consciência de que nós sabemos isso, que é isso nós queremos desde que fundamos esse partido e é isso que vamos fazer”, prometeu.

Questionado sobre se o partido vai manter a confiança política na deputada única Joacine Katar Moreira, Rui Tavares disse apenas que “há uma assembleia a decorrer e são os membros da assembleia do Livre”, uma vez que respeita a “democracia interna do partido”, que hão de tomar as decisões.

Apesar das outras perguntas dos jornalistas, o fundador do Livre escusou-se a dar mais respostas, uma vez que aquilo que tinha prometido eram “umas declarações muito rápidas”.

Rui Tavares chegou à sede do Livre poucos minutos depois de Joacine Katar Moreira para a assembleia do partido, um dia depois de uma troca de comunicados entre a direção e a deputada sobre uma votação no parlamento a propósito da situação em Gaza.

A deputada única do Livre garantiu, numa curta declaração à entrada, que é “absolutamente impossível” desvincular-se do partido depois desta polémica, deixando claro que vai “cumprir absolutamente” o que lhe foi mandatado.

A reunião de hoje já estava marcada e a ordem de trabalhos, entre outras matérias, “tem um ponto de discussão sobre os trabalhos parlamentares”.

A Assembleia da República aprovou, na sexta-feira, um voto do PCP de “condenação da nova agressão israelita a Gaza”, que contou com a abstenção da deputada única do Livre.

No sábado de manhã, o partido fundado por Rui Tavares manifestou preocupação com o voto da sua deputada “em contrassenso” com o programa e as posições do Livre, de acordo com um comunicado do Grupo de Contacto, a direção do partido.

Em resposta, Joacine Katar Moreira atribuiu o sentido do seu voto a uma “dificuldade de comunicação” com a direção do Livre, afirmando terem sido “três dias de contacto infrutífero”, e mostrou-se surpreendida com a posição do partido.

Posteriormente, Pedro Nunes Rodrigues, do Grupo de Contacto do Livre, assegurou à Lusa que nunca foi pedido pelo gabinete de Joacine Katar Moreira qualquer apoio específico no voto sobre a Palestina, mas adiantou que o partido continuará a trabalhar com a deputada “para que a legislatura corra da melhor forma, sem problemas de comunicação”.

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Allianz prefere reparar a substituir materiais após sinistro

  • ECO Seguros
  • 24 Novembro 2019

Superfícies de madeira, azulejos, tijolos e reparações em janelas são alguns dos trabalhos que podem ser efetuados pela parceira Plastic Surgeon, são soluções mais rápidas e baratas.

A Allianz lançou, no Reino Unido, uma parceria com a Plastic Surgeon, uma empresa especializada que privilegia as reparações de danos à superfície do que a substituição de materiais.

A seguradora informa no seu site a parceria levará a melhorias na área da sustentabilidade, pois ao reparar em vez de substituir evita-se o desperdício de materiais. Desde o início desta parceria já foi evitado o envio para aterros de mais de um quarto de tonelada de diversos materiais.

O estado das reparações pode ser monitorizado online por seguradores e clientes. A gestão do processo estará a cargo da Plastic Surgeon, que contactará diretamente os clientes no prazo máximo de quatro horas após receber a informação. Esta solução deverá acelerar todo o processo de regularizações até 80%.

Superfícies de madeira danificadas, azulejos partidos, tijolos danificados e reparações em janelas são alguns dos tipos de trabalhos que podem ser efetuados. Citado no site, Graham Stait, responsável da Allianz, afirmou que esta parceria “permitirá oferecer soluções mais rápidas e baratas para reparações na superfície, acelerando a capacidade de resolver reclamações, beneficiando corretores e clientes.

Chris Edwards, da Plastic Surgeon, considera que “o compromisso da Allianz com uma abordagem sustentável é exemplar”.

Em Portugal , a grupo Ageas lançou recentemente a Ageas Repara, ainda focalizada em fugas de água e região de Lisboa mas com ambições d expansão a outras reparações e outras geografias.

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Aviva investe 1,3 mil milhões para melhorar a companhia

  • ECO Seguros
  • 24 Novembro 2019

Proporcionar melhores experiências aos clientes particulares e empresariais, foco nas subscrições, sinistros, desempenho dos investimentos e eficiência fazem parte da agenda a três anos.

A segurada britânica Aviva anunciou que investirá 1,3 mil milhões de libras nos próximos três anos para simplificar, fortalecer e melhorar o negócio da companhia. Esta é uma das três prioridades anunciadas durante uma apresentação feita na semana passada ao mercado de capitais.

As outras duas prioridades são proporcionar melhores experiências aos clientes, quer particulares, quer empresariais, e foco nas subscrições, sinistros, desempenho dos investimentos e eficiência de custos.

Numa informação publicada no seu site, a Aviva informa que passa a estar organizada em cinco unidades operacionais: investimentos, poupanças e reformas; vida Reino Unido; seguros gerais; vida Europa; vida Ásia.

Na unidade de investimentos, poupanças e reformas o principal desafio é ajudar as pessoas a pouparem dinheiro suficiente para a reforma. No Reino Unido a prioridade será capitalizar a posição de mercado que a companhia já tem para aumentar o nível de cash-flow. Nos seguros gerais o objetivo é aumentar a eficiência, na Europa pretende-se focar na rede e na Ásia será mantida a operação em Singapura e na China.

Entre os seus objetivos financeiros para os próximos três anos aponta-se para uma redução de custos de 300 milhões de libras. O lucro operacional deverá situar-se entre os 300 e os 400 milhões de libras, em 2018.

Maurice Tulloch, CEO do grupo, afirma que a Aviva está a investir “em novos serviços, novos produtos e nova tecnologia e espera crescer e dar retorno aos seus acionistas”, conclui.

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Fãs de boxe perdem em tribunal o processo combate do século

  • ECO Seguros
  • 24 Novembro 2019

Afinal Manny Pacquiao estava lesionado quando perdeu para Floyd Mayweather Jr. em 2015, no combate do século. Fãs processaram o canal HBO entre outros. A juíza explicou por que matou o caso.

Quatro anos depois de um combate de boxe apelidado de “luta do século” entre Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao, um tribunal do EUA decidiu que um grupo de fãs, que sentiu enganado, não pode continuar com a ação judicial.

O caso teve início depois do combate entre os dois pugilistas, realizado em 2015. Apesar da expectativa criada e das receitas arrecadadas – só em pay per view foram contabilizadas receitas de 410 milhões de dólares – os especialistas consideraram o combate uma desilusão. Mais tarde foi divulgado que Pacquaio combateu lesionado.

Um grupo de fãs que pagaram para ver o combate na televisão sentiu-se enganado e avançou com uma ação em tribunal onde, no banco dos réus, estavam várias empresas, entre as quais a HBO que, juntamente com a Showtime, transmitiram em direto o evento.

Agora, conta a Reuters, um tribunal dos EUA decidiu que os queixosos não podem prosseguir com a ação judicial pois “conseguiram o que pagaram” quando os dois pugilistas subiram ao ringue, em Las Vegas, em maio de 2015.

A juíza considerou que os queixosos não tiveram quaisquer prejuízos pelo facto de Pacquiao não ter revelado uma lesão no ombro direito que já tinha há quatro semanas e antes do combate.

Se o caso prosseguisse nas instâncias judiciais poderia ter consequências nos desportos profissionais já que seria exigido que os atletas divulgassem antecipadamente as suas lesões, facto que os adversários poderiam usar em seu proveito, disse a juíza.

Embora o combate possa não ter correspondido às expectativas, a lesão de Pacquiao não o impediu de disputar os 12 “rounds”, afirmou. Portanto, os queixosos “conseguiram o que pagaram: um combate regulamentar completo entre duas lendas do boxe”.

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