Banco de Portugal está preocupado com crédito fácil. Lança alerta público

A entidade liderada por Carlos Costa diz que há entidades não habilitadas a oferecerem-se para dar crédito exigindo juros de 300% e contrapartidas como cheques pré-datados e propriedade de bens.

O Banco de Portugal (BdP) está preocupado com situações de concessão de crédito fácil que chegaram ao seu conhecimento. Decidiu por isso emitir um alerta público, explicando o tipo de situações que estão a acontecer, o risco que daí pode advir e aquela que deve ser a postura de quem se vir confrontado com este tipo de ofertas.

“O Banco de Portugal pretende chamar a atenção da população em geral para o facto de terem chegado ao seu conhecimento diversas situações em que pessoas coletivas ou singulares propõem ao público a concessão de crédito, exigindo, como contrapartida, a entrega de cheques pré-datados ou a propriedade de bens imóveis ou bens móveis, tais como veículos automóveis”, começa por dizer o regulador da banca em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

A entidade liderada por Carlos Costa diz que “estas propostas de empréstimo configuram, muito frequentemente, uma tentativa de obtenção de um benefício ilegítimo por entidades não autorizadas a conceder crédito“, referindo que quem as disponibiliza o faz muitas vezes “de forma ardilosa e aproveitando-se da situação de especial necessidade das pessoas”.

A essas pessoas estarão a ser exigidos juros pela disponibilização de crédito que chegam a ultrapassar os 300% ou que envolvem a aquisição definitiva da propriedade dos bens móveis e imóveis, por um valor bastante inferior ao seu valor de mercado.

De acordo com o BdP, os contactos são normalmente feitos através da publicitação de ofertas de concessão de crédito a pessoas que necessitam com urgência de “liquidez”, através da internet (redes sociais) ou em anúncios de jornais de grande tiragem.

Mas existirão formas um pouco mais ardilosas de tentar convencer as pessoas a recorrerem a essas ofertas ilegais. “Algumas vezes, estas ofertas de crédito não são feitas diretamente pela pessoa que concede o empréstimo, surgindo uma entidade intermediária que, após alegadamente procurar soluções de crédito junto do sistema financeiro, informa o cliente dessa impossibilidade em face da sua taxa de endividamento e sugere-lhe a proposta alternativa de financiamento junto de ‘particulares'”, explica o banco central.

No alerta público o BdP discrimina mais em detalhe todo o tipo de operações que são propostas e as contrapartidas que são exigidas aos potenciais clientes, que são lesivas para estes.

À parte os danos de quem é alvo da oferta dessas propostas de crédito fácil, o BdP avisa que estas práticas “podem constituir ilícitos contraordenacionais”, atendendo ao facto de a oferta de crédito exigir a autorização do regulador, mas também criminais, já que podem também estar em causa “crimes de usura, burla, fraude fiscal, ameaça e extorsão“.

A quem se veja confrontado com esse tipo de ofertas, a entidade liderada por Carlos Costa, “deverão verificar, cuidadosamente, a legitimidade das entidades financiadoras”, nomeadamente, mediante consulta prévia, no site do BdP, da lista de instituições registadas e, por isso, habilitadas a exercer atividade financeira em Portugal. Em caso de dúvida, devem contactar o banco central, através do formulário disponível no site do BdP ou enviando um e-mail para [email protected].

Para além do alerta que pode ser lido aqui, o regulador preparou ainda um vídeo onde explica o que está em causa. Pode vê-lo abaixo.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

Acionistas do BBVA preocupados com dado reputacional do "caso Villarejo". O francês Société Générale prepara-se para despedir milhares de funcionários.

O setor da banca está ativo em Espanha. Enquanto no BBVA os acionistas estão incomodados com o “caso Villarejo”, que está na mira do BCE e dos tribunais, o Abanca prepara o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Liberbank. Já em banca o Société Générale deverá levar por diante um processo de restruturação com a eliminação de milhares de postos de trabalho. Já a Tesla contrarias as suas próprias previsões e antecipa a venda do Model 3 na China. Entretanto, os Estados Unidos decidem manter um contingente de 200 soldados na Síria, contrariando umas declarações de Trump em dezembro que davam conta de todos os militares daquele país.

El País

Acionistas do BBVA incomodados com “caso Villarejo”

A assembleia geral de acionistas do BBVA marcada para março promete ser tensa. Em causa está o mal-estar já demonstrado pelos grandes acionistas do banco devido ao “caso Villarejo”. Os acionistas temem o dano reputacional depois de serem conhecidos os resultados da investigação sobre as escutas supostamente contratadas pelo ex-comissário Villarejo durante a presidência de Francisco González. Caso está na mira do BCE e dos tribunais. Leia a notícia completa no El País (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

Expansión

Abanca está a planear lançar uma OPA sobre Liberbank

Abanca está a planear lançar uma oferta pública de aquisição sobre o Liberbank tendo já feito uma aproximação aos principais acionistas da entidade para tentar a compra. Abanca propõe às fundações da Caja Asturias, Caja Extremadura e Caja Cantabria uma troca de ações, de modo a que estas permanecessem como acionistas de uma hipotética sociedade. O regulador espanhol suspendeu as ações das duas entidades. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

Reuters

Tesla antecipa lançamento do modelo 3 na China

As primeiras unidades do Model 3 da Tesla já começaram a chegar à China. A empresa sediada na Califórnia antecipou assim os prazos de entrega. A Tesla ajustou os preços e adicionou uma versão mais barata do modelo 3 à sua linha de produção para tornar os carros fabricados nos EUA mais acessíveis na China, como forma de contornar as tarifas de importação. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Bloomberg

Société Générale: milhares de empregos em risco no banco de investimento

O banco francês está a planear cortar milhares de empregos no banco de investimentos, numa tentativa de compensar a crescente pressão com os custos de regulação. Em paralelo, o banco está também à procura de um parceiro para o negócio. A Société Générale não quer, para já, fazer comentários sobre o tema. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre/ conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Trump volta atrás e mantém 200 soldados na Síria

Os Estado Unidos vão manter uma pequena força de paz de cerca de 200 soldados na Síria, informou a Casa Branca. O anúncio foi feito depois de Trump ter tido uma conversa telefónica com homólogo turco. A decisão é um volte-face na decisão de Donald Trump, anunciada em dezembro que tinha demonstrado vontade de retirar todas as tropas americanas daquele país. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/ conteúdo em inglês).

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Portuguese Women in Tech organiza workshops com Sky

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

Comunidade de mulheres em tecnologia junta-se à Sky Technology Centre Portugal para lançar uma série de workshops em formato de mesa redonda.

A comunidade Portuguese Women in Tech juntou-se à Sky Technology Centre – Portugal para criar os PWIT Workshop Series by Sky, uma iniciativa com o objetivo de juntar a comunidade tecnológica nacional à volta dos temas do momento no setor.

Os encontros mensais, que decorrem em 2019 no tech hub da Sky em Lisboa, arrancam já em março e funcionam em formato de workshop ou mesa redonda. São gratuitos e abertos a profissionais e estudantes das áreas tecnológicas mas também a curiosos.

Na primeira metade do ano, refere a PWIT em comunicado, os temas em discussão já estão escolhidos e serão em torno de de questões como “How to build your own greenfield? – Frontend Development Workshop”, “Backend Development Workshop”, “Introdução ao Design Thinking” e ainda uma mesa redonda com o tema “Diversidade & Inclusão”.

Já em setembro, no regresso depois do verão, o PWIT Workshop Series by SKY volta em força com temas como Agile, DevOps e melhores práticas em desenvolvimento de software.

A sessão de arranque é já a 9 de março.

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Gasóleo volta a subir pela oitava semana consecutiva. Gasolina aumenta 2,5 cêntimos

Vem aí uma nova subida do preço dos combustíveis. A gasolina sobe 2,5 cêntimos por litro, já o gasóleo deverá subir 2 cêntimos por litro.

Vem aí uma nova subida do preço dos combustíveis. O preço da gasolina deve aumentar 2,5 cêntimos por litro a partir de segunda-feira, isto após o aumento de 1,5 cêntimos registado na semana passada. No caso do diesel, o aumento deverá ser de dois cêntimos, depois da subida de 1,5 cêntimos da passada segunda-feira. Esta será a oitava semana consecutiva de subida dos valores de venda ao público.

De acordo com fonte do setor a justificar esta nova subida está mais uma vez a evolução da cotação do preço do petróleo nos mercados internacionais. O petróleo está, esta sexta-feira, em alta ligeira, preparando-se para duas semanas consecutivas de ganhos. O crude está a subir 0,79% para os 57,48 dólares por barril, enquanto o brent, que serve de referência para Portugal, sobe 0,48% para os 67,39 dólares por barril.

No caso do diesel, o combustível mais utilizado pelos portugueses, o valor de venda médio nos postos de abastecimento nacionais deverá aumentar para os 1,363 euros por litro, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia.

Já o valor médio da gasolina sem chumbo 95 deverá aumentar para os 1,429 euros por litro.

Estes dados referem-se a preços médios calculados pela Direção-Geral da Energia nos postos em Portugal Continental. Ou seja, os combustíveis podem ter preços diferentes nos vários pontos de abastecimento em território continental.

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Processos contra Isabel dos Santos e Filomeno dos Santos vão avançar

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

Em causa estão denúncias de uma transferência de mais de 38 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros), supostamente orientada por Isabel dos Santos.

O inquérito à empresária angolana Isabel dos Santos vai seguir nas próximas semanas para a Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), enquanto o processo de José Filomeno dos Santos vai avançar para tribunal, disse esta sexta-feira fonte oficial.

As informações foram avançadas numa entrevista da diretora nacional de Prevenção e Combate à Corrupção (DNPCC) de Angola, Inocência Pinto, à agência noticiosa angolana Angop , em que fala dos casos mais mediáticos que estão a correr na Justiça, sem, contudo, adiantar quaisquer informações sobre os casos ligados a Manuel Vicente, ex-vice-Presidente do país, e ao Banco Espírito Santo Angola (BESA).

Segundo Inocência Pinto, em relação a Isabel dos Santos que, tal como José Filomeno dos Santos, é filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, o inquérito preliminar já está concluído, devendo ser remetido ao DNIAP nas próximas semanas para “a competente instrução preparatória do processo-crime”.

Trata-se de um inquérito instaurado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a 2 de março de 2018, para apurar denúncias de uma transferência de mais de 38 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros), supostamente orientada por Isabel dos Santos, depois de exonerada da gestão do Conselho de Administração da petrolífera estatal Sonangol.

Dias depois da denúncia, Isabel dos Santos negou as acusações e considerou-as “infundadas”, afirmando-se confortável com o inquérito aberto pela PGR. A empresária, segundo a responsável da DNPCC, respondeu às convocatórias da PGR por via do seu advogado, dando conta que teve contacto com a notificação.

Inocência Pinto explicou que Isabel dos Santos devia ser ouvida em dezembro último, mas não compareceu por estar ausente do país. A garantia da comparência havia sido dada pelo advogado da empresária, segundo o qual a sua constituinte viria ao país para cumprir com a diligência processual, o que não se verificou. Por não se ter efetivado o regresso da empresária, na altura devida, Inocência Pinto informou que a mesma voltará a ser chamada, brevemente.

Em relação a José Filomeno dos Santos, conhecido localmente por “Zenu”, Inocência Pinto indicou que a PGR vai, dentro do prazo de dez dias, enviar para tribunal o processo-crime contra o antigo presidente do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), e respetivo sócio Jean-Claude Bastos de Morais, uma ação relacionada com a gestão de ativos.

Na entrevista à Angop, a magistrada informou estar praticamente concluída a fase de instrução do processo contra os dois arguidos, que se encontram presos preventivamente, em Luanda.

“Não tarda, creio. Estará já na fase judicial o processo que visa o cidadão Jean-Claude e o cidadão José Filomeno dos Santos. A acusação já está praticamente concluída e espera apenas de ser introduzida em juízo dentro dos próximos dez dias“, afirmou.

O ex-presidente do conselho de administração do FSDEA é acusado das práticas de associação criminosa, tráfico de influência e branqueamento de capitais, crimes alegadamente praticados enquanto gestor máximo do fundo, constituído em 2012.

É ainda acusado de recebimento indevido de vantagem, corrupção e participação económica em negócios, punível ao abrigo da Lei sobre Criminalização de Infrações Subjacentes ao Branqueamento de Capitais, além dos crimes de peculato e burla por defraudação.

Além deste processo, referente a atos de gestão do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos e o seu sócio são acusados de outro crime referente à burla de 500 milhões de dólares (435 milhões de euros).

Em causa está a autorização de uma transferência nesse valor de Angola para o Reino Unido, como parte da criação de um avultado fundo de investimento estratégico para o país, na ordem dos 30 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros).

Ainda entre os casos mais mediáticos, Inocência Pinto mencionou os processos contra o antigo ministro dos Transportes Augusto Tomás, contra os deputados Higino Carneiro e Manuel Rabelais, e contra o ex-secretário para os assuntos económicos do Presidente da República, Sebastião Panzo, que estão todos em fase de investigação.

Em relação a Sebastião Panzo, a magistrada do DNPCC indicou que o processo está em instrução preparatória, após ter terminado a fase de inquérito no ano passado, sublinhando que já foi remetido à DNIAP, para posterior tramitação.

Carlos Panzo foi exonerado das funções de secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República em outubro de 2017. Na altura, a PGR abriu inquérito para apurar uma denúncia sobre factos penalmente puníveis, nos termos do direito internacional, contra o ex-assessor presidencial.

Sobre Augusto Tomás, a diretora do DNPCC adiantou já ter sido deduzida acusação contra o antigo ministro dos Transportes, também preso preventivamente. A Augusto Tomás foi decretada a medida de coação de prisão preventiva, por indícios de crimes de branqueamento de capitais, peculato e corrupção na gestão do Conselho Nacional de Carregadores (CNC). O tribunal também decretou prisão preventiva para Rui Manuel Moita, ex-diretor geral adjunto para área técnica do CNC.

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Palhinhas e loiça descartável desaparecem dos supermercados já em 2020

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

Palhinhas, pratos descartáveis, cotonetes e sacos oxo-degradáveis. Estes são alguns dos itens que vão desaparecer do supermercado já em 2020. O Governo decidiu antecipar a diretiva europeia.

O Governo vai antecipar em, pelo menos, seis meses a diretiva europeia que estabelece o fim da comercialização de produtos de plástico pensados para uso único. As palhinhas, os talheres e os pratos descartáveis são alguns dos itens que irão desaparecer das prateleiras dos supermercados já em 2020.

“A indústria já teria de o fazer. O que estamos a dizer é que vamos antecipar no mínimo em seis meses, talvez um ano, aquilo que é definido pela Diretiva” sobre os Plásticos de Uso Único, explica o ministro do Ambiente, em declarações ao Público. As regras comunitárias definem como meta para o fim dos descartáveis de plástico para os quais existem alternativas o ano de 2021, mas o Executivo de António Costa quer cumprir esse objetivo, pelo menos, um semestre antes.

Além da loiça descartável, também deverão desaparecer os sacos plásticos oxo-degradáveis. A venda destes sacos que se fragmentam em microplásticos (difíceis de remover do meio ambiente) deverá ser proibida a partir de 1 de janeiro de 2020.

Por outro lado, os sacos de plástico com espessura mínima de 50 microgramas deverão ficar mais caros (custam 50 cêntimos atualmente). O Ministério do Ambiente quer que sejam taxados à semelhança do que acontece atualmente com os “sacos leves”.

Garrafas de plástico passam a ser cobradas

A par do fim dos produtos referidos, o Governo está a preparar um projeto-piloto em diversos supermercados de todo o país, no âmbito do qual serão instaladas 50 máquinas para “recolha de garrafas de plástico e latas de alumínio das bebidas”. “É um projeto-piloto que é fundamental para garantir que a 1 de janeiro de 2021, vai haver uma tara retornável universal para todas estas garrafas de plástico”, sublinha o mesmo ministro, em conversa com a TSF.

Quanto ao valor dessa taxa, só no final do ano será fixado o valor, sendo já certo que o depósito devido pelo retorno da garrafa não será feito em dinheiro. “Em dinheiro não vai ser, neste momento. Isso vai depois depender de quem gerir as máquinas, mas serão, em princípio, vales de compras para poderem ser utilizados”, explica João Pedro Matos Fernandes. Na Alemanha, por outro lado, uma garrafa de água equivale a um retorno de 15 cêntimos.

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ADSE e privados retomam diálogo. “Todos perderiam com um não acordo”, diz João Proença

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE reconhece que "é preciso rever as tabelas para preços justos". As reuniões entre a ADSE e os privados terão recomeçado na quinta-feira.

Depois de ameaças de alguns grupos privados de saúde, como a Luz Saúde e a José de Mello Saúde, de romper as convenções acordadas com a ADSE, o diálogo terá sido retomado. O presidente do Conselho Geral e de Supervisão do subsistema de saúde do Estado mostra-se confiante de que as conversas terão um resultado positivo.

Todos perderiam com um não acordo: ADSE, Serviço Nacional de Saúde e grupos privados”, defende João Proença, em declarações à Renascença (acesso livre). Para alcançar um entendimento, as conversações já terão recomeçado na passada quinta-feira, com a presidente do Conselho Diretivo da ADSE, Sofia Portela, a reunir com os grupos privados.

Apesar de ter sido a exigência da ADSE que os privados paguem 38 milhões de euros por excesso de faturação que levou às tensões, os temas centrais das discussões serão a tabela de preços e a regularização dos preços dos atos médicos a posteriori. João Proença admite que “é preciso rever as tabelas para preços justos. Até porque desde 2004 que não são mexidas”.

Para o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, o Governo está a “tentar limitar as capacidades de gestão do instituto público, ao não ter inscrito no Orçamento do Estado o prometido reforço de meios humanos”. João Proença acusa ainda o Executivo de “bloquear todas as propostas feitas pela ADSE”, nomeadamente a abertura do subsistema aos funcionários com contrato individual.

“O problema da ADSE é que as despesas estão a crescer a 6,2% ao ano e as receitas a menos de 1%. Se nada for feito, o sistema torna-se insustentável”, conclui João Proença.

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Confiança empresarial na Alemanha desce para mínimos de 2014 em fevereiro

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

A maior economia da Zona Euro dá sinais de arrefecimento. Empresas alemãs estão preocupadas com a debilidade da economia.

A confiança empresarial na Alemanha em fevereiro desceu até um mínimo desde dezembro de 2014 devido à crescente preocupação das empresas alemãs com a debilidade da economia.

O Instituto de Investigação Económica alemão (Ifo) informou esta sexta-feira que o índice de confiança empresarial no conjunto da Alemanha piorou em fevereiro, ao cair para 98,5 pontos, o nível mais desde dezembro de 2014 e contra 99,3 pontos em janeiro.

As empresas estão mais pessimistas em relação à situação atual e à dos próximos seis meses.

“Estes resultados e outros indicadores apontam para um crescimento económico no primeiro trimestre de 0,2%. A conjuntura alemã continua a ser fraca”, afirmou o presidente do instituto Ifo, Clemens Fuest.

No setor industrial a confiança empresarial baixou de novo pelo sexto mês consecutivo devido, principalmente, à descida da confiança empresarial e ao aumento do pessimismo face aos próximos seis meses.

No setor dos serviços, a confiança empresarial piorou significativamente, enquanto no setor comercial aumentou um pouco porque as perspetivas para os próximos seis meses foram menos pessimistas.

A confiança empresarial melhorou no comércio a retalho, mas piorou no comércio por grosso.

No setor da construção a confiança voltou a piorar em fevereiro.

Excedente do Estado foi o maior desde a reunificação

Apesar do arrefecimento, a economia alemã apresenta bons indicadores na frente orçamental. A Alemanha terminou 2018 com um excedente orçamental, pelo quinto ano consecutivo, desta vez de 58.000 milhões de euros, equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o mais elevado desde a unificação do país, foi anunciado esta sexta-feira.

Embora os resultados sejam positivos, o executivo alemão tem alertado para a necessidade de cautela, prevendo que 2018 possa ter sido o último ano de “vacas gordas”.

Segundo a agência federal de estatística alemã, Destatis, as receitas do Estado alemão que se cifraram-se 1,5436 biliões de euros, superaram em todos os níveis administrativos – Governo federal, Estados federados (“Länder”), municípios e segurança social – os gastos, de 1,4855 biliões de euros.

Face ao ano anterior, as receitas aumentaram 4,7%, de novo significativamente e em maior medida do que os gastos, que cresceram 3,2%.

O maior contribuinte para o excedente do Estado alemão foi o Governo federal, com 17.900 milhões de euros, seguido da caixa de segurança social, que fechou as contas com um saldo positivo de 14.900 milhões de euros.

Os municípios também beneficiaram com as crescentes receitas e alcançaram um excedente de 14.000 milhões de euros, enquanto os 16 Estados federados contribuíram para as contas do Estado com 11.100 milhões de euros.

No que se refere aos gastos destacam-se os impostos das rendas e dos patrimónios, que aumentaram 5,7%, enquanto os descontos para a segurança social subiram 4,3% graças ao bom desempenho do mercado laboral.

A parte das receitas proveniente de juros e dividendos elevou-se a 16,1% devido a um benefício significativamente superior do Bundesbank, banco central da Alemanha.

Do lado dos gastos destaca-se o aumento acima da média da despesa em investimento bruto de 7,9% e uma subida das retribuições pelo trabalho de 3,9%.

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Governo prevê retomar negociações com os enfermeiros até ao início de março

  • Lusa e ECO
  • 22 Fevereiro 2019

Em plena crise com os enfermeiros, em greve há vários meses, o Governo quer voltar à mesa das negociações. Mais de 5.000 cirurgias adiadas por causa da greve dos enfermeiros.

O Governo prevê retomar até aos primeiros dias de março as reuniões negociais com as estruturas sindicais dos enfermeiros, avançou esta sexta-feira o Ministério da Saúde.

Segundo a tutela, “estas reuniões incidem em temas como a organização do tempo de trabalho e a avaliação de desempenho”.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) retomará as reuniões destinadas à celebração do acordo coletivo de trabalho, cuja negociação decorre desde novembro de 2018, refere o ministério em comunicado.

Também a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) solicitaram idêntico processo negocial, estando em curso a assinatura do respetivo protocolo.

Por seu lado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) solicitou esta semana uma nova reunião sobre outros assuntos, acrescenta o ministério.

Mais de 5.000 cirurgias adiadas por causa da greve

Até ao dia 19 de fevereiro, foram adiadas 5031 cirurgias (46% das agendadas) nos dez hospitais em que foram decretadas as duas últimas greves de enfermagem, revelam dados do ministério de Marta Temido.

Estes hospitais vão agora proceder ao reagendamento das cirurgias que não foram realizadas neste período de greve. O ministério acrescenta que, a 25 de janeiro, “na sequência da primeira greve cirúrgica decretada para o período entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018, tinham sido realizadas 3.557 (46%) das 7.755 cirurgias canceladas e tinham sido reagendadas 3229”.

O novo balanço permite ainda perceber qual o hospital onde o adiamento de greves foi mais acentuado. No Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, 54% das 2453 operações foram canceladas e serão agora remarcadas. Já o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, onde está incluído o hospital de Santa Maria, é aquele onde a percentagem de adiamento é menor: apenas 20% das 607 cirurgias foram adiadas.

 

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Ex-candidatos à Associação Mutualista exigem saída imediata de Tomás Correia. E pedem intervenção do Governo e do regulador

"Se isto não é motivo para começarem a olhar para a AMMG, então o que será?", diz António Godinho. "O Governo tem um problema em mãos", considera Fernando Ribeiro Mendes.

António Godinho e Fernando Ribeiro Mendes, os dois candidatos que concorreram às últimas eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), exigem o afastamento imediato de Tomás Correia da administração da instituição, e pedem a intervenção imediata do regulador e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. “Se isto não é motivo para começarem a olhar para a AMMG, então o que será?”, diz Godinho. “O Governo tem um problema em mãos”, considera Ribeiro Mendes.

Ambos reagem à condenação de Tomás Correia por parte do Banco de Portugal que Expresso e Público noticiaram esta quinta-feira. O semanário avança que o atual presidente da AMMG foi condenado ao pagamento de uma coima de 1,25 milhões de euros por ter cometido várias irregularidades entre 2009 e 2014, aquando da sua passagem pelo banco do Montepio. Outros ex-administradores foram também condenados, assim como o próprio banco.

“Acho impensável que alguém possa liderar uma instituição quando há este tipo de condenação do Banco de Portugal. É impensável”, afirma ao ECO António Godinho. “Algo vai ter de ser feito pelos reguladores, a tutela e a ASF (Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões) e, em última instância pelos associados, que foram iludidos nas últimas eleições”, acrescenta o candidato da Lista C nas eleições de dezembro, em que obteve 36% dos votos.

Fernando Ribeiro Mendes, da Lista B, também não tem dúvidas quanto ao próximo passo que tem de ser dado: “Ninguém pode estar no setor financeiro, a gerir milhares de milhões de euros de poupanças dos portugueses, quando não se reúne as condições de idoneidade. Tem de haver uma renúncia imediata de Tomás Correia para proteção da AMMG e seus associados. Não seria positivo ele continuar”.

"Ninguém pode estar no setor financeiro, a gerir milhares de milhões de euros de poupanças dos portugueses, quando não se reúne as condições de idoneidade.”

Fernando Ribeiro Mendes

Antigo candidato à Associação Mutualista

AMMG de novo no olho do furacão

A instituição e Tomás Correia tiveram um mês relativamente tranquilo em termos de exposição mediática negativa que vinha sendo dada nos meses anteriores, que coincidiu com o processo eleitoral mas também com alertas sobre a estabilidade financeira da própria AMMG. Mas agora com decisão do Banco de Portugal volta a pressão.

“Ao nível da opinião pública, vai afetar a confiança em torno da AMMG. Estava tudo mais contido durante janeiro, mas agora há um agravamento sistémico em torno da AMMG por causa de uma pessoa”, refere Ribeiro Mendes.

“Vai afetar a confiança na AMMG e também no seu banco. Esta administração não favorece a confiança dos associados nem do mercado na instituição”, nota António Godinho, voltando a fazer o apelo: “Tomás Correia devia proteger a AMMG, não expor a instituição às suas questões pessoais que sabemos que têm anos, afastando-se da administração”.

"Esta administração não favorece a confiança dos associados nem do mercado na instituição. Tomás Correia devia proteger a AMMG, não expor a instituição às suas questões pessoais que sabemos que têm anos.”

António Godinho

Antigo candidato à Associação Mutualista

Críticas à nova lei da supervisão das mutualistas

Desde o passado setembro que as grandes mutualistas passaram para a alçada da supervisão financeira da ASF, com a AMMG a ficar na esfera do regulador ainda liderado por José Almaça, mas a transição para o novo regime de regulação (que terá o período de 12 anos) não tem sido tão clara como se esperava e trouxe “ambiguidade” em alguns aspetos, nomeadamente se há ou não avaliação da idoneidade dos gestores, consideram António Godinho e Fernando Ribeiro Mendes.

Em dezembro, a ASF adiantou que iria criar uma equipa para decidir como supervisionar as mutualistas, sugerindo que, embora já seja o seu supervisor, ainda não sabia como exercer as suas novas funções.

“Custa perceber este período de transição que foi dado para o regulador passar a regular a AMMG, criou-se uma ambiguidade que não se percebe, não sabe se há ou não processo de idoneidade para avaliar os gestores”, atira Godinho.

Já Ribeiro Mendes sublinha que o “Governo veio introduzir uma nota de ambiguidade com esta transição da supervisão para o regulador dos seguros, nomeadamente com as dúvidas em torno do processo de idoneidade”.

(Notícia atualizada às 11h13)

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Regulador espanhol suspende ações do Liberbank e do Abanca após notícias de OPA

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

O Unicaja e o Liberbank negoceiam há meses uma fusão, mas esta sexta-feira o Expansíon noticia que o Abanca também entrou em jogo. A CNMV suspendeu a negociação das ações.

Após meses de negociações entre os bancos espanhóis Unicaja e Liberbank, o jornal Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol) noticiou esta sexta-feira que o Abanca estará a ponderar uma oferta pública de aquisição (OPA) ao segundo. Apesar de o Liberbank já ter dito não recebeu até agora qualquer proposta, o regulador espanhol CNMV (Comisión Nacional del Mercado de Valores) suspendeu as ações não só deste banco como também do Abanca.

O Abanca terá abordado os principais acionistas do Liberbank com perspetivas de uma aquisição faseada, segundo garantiram fontes próximas, ao Expansión. Primeiro, propõe aos fundadores (Cajastur, Caja Cantabria e Caja Extremadura) uma troca de ações para manter uma participação de uma hipotética entidade combinada.

Por outro lado, oferece aos acionistas privados 0,55 euros por cada um dos títulos. Após as notícias a CNMV anunciou que iria suspender as ações “por existirem circunstâncias que podem perturbar o normal desenvolvimento das operações de formação de valor”. Antes da suspensão, as ações do Liberbank negociavam na bolsa espanhola nos 0,39 euros. O regulador suspendeu ainda instrumentos de dívida do Abanca.

Em dezembro do ano passado, a Unicaja e o Liberbank reconheceram contactos preliminares para uma possível operação de fusão. Por outro lado, o Abanca tem estado a fazer aquisições, incluindo o negócio em Espanha da portuguesa Caixa Geral de Depósitos (CGD).

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Startup portuguesa Attentive fecha ronda de 1,1 milhões. Indico e Mangrove lideram

Ronda de financiamento na startup portuguesa marca estreia de investidora luxemburguesa em Portugal, em parceria com fundo de capital de risco privado português lançado no início de 2019.

Equipa da Attentive, startup de Braga que trabalha com software.D.R.

A Attentive fechou uma ronda de financiamento seed no valor de 1,1 milhões de euros, coliderada pela portuguesa Indico e pela luxemburguesa Mangrove Capital Partners. O investimento marca a estreia da capital de risco luxemburguesa em Portugal e vai permitir à startup portuguesa continuar a desenvolver o software em que tem trabalhado.

O anúncio do investimento é feito no dia em que a Attentive lança uma nova versão do software — que funciona com o Slack e com o email — que permite aumentar a produtividade das equipas de vendas: na prática, ajuda as equipas a acompanhar o fluxo de vendas e guia de forma proativa no sentido “de uma alocação eficiente de recursos e de concretização dos negócios em carteira”, explica em comunicado.

“As vendas e o tratamento desses dados nas empresas são cruciais no mundo tecnológico atual para se ser competitivo. A Attentive é um software inteligente que otimiza estas necessidades e está a entrar no mercado no momento certo. Além disso, a equipa tem a resiliência, capacidade técnica e a rede global para levar a empresa para o próximo nível”, justifica Stephan Morais, managing general partner da Indico Capital Partners.

Já Yannick Oswald, investidor na Mangrove, diz que “ao automatizar a entrada de dados de vendas para as equipas via inteligência artificial, a Attentive compila milhões de ações de vendas que vão para além de meros registos de dados e pode orientar os utilizadores para comportamentos que resultem num aumento das vendas. O elevado envolvimento diário dos utilizadores da Attentive demonstra que estamos a resolver um grande problema”.

O futuro das vendas reside numa abordagem cada vez mais humana e personalizada nas relações de negócios, o que exige tempo e dedicação. A tecnologia deve ter como objetivo permitir uma gestão do tempo mais eficiente, que é precisamente o que a Attentive ajuda as equipas de vendas a atingir”, explica Daniel Araújo, cofundador e CEO da Attentive.

Foi durante o tempo que trabalhou em Londres, na Google, que Daniel percebeu que um dos problemas mais comuns das equipas de vendas era o tempo “perdido” em tarefas administrativas que, normalmente, chegava a um terço do total. Fundada em 2015 por quatro sócios portugueses, a empresa criou então uma ferramenta de apoio empresarial que providencia informações em tempo real sobre clientes e concorrentes.

O assistente de vendas pró-ativo da Attentive está disponível na aplicação da Slack. A empresa, que já fazia parte do portefólio da Caixa Capital [liderada por Stephan Morais até julho de 2017], deverá usar a ronda de investimento para fazer crescer “exponencialmente” a carteira de clientes durante os próximos clientes. A estratégia, adianta ainda o comunicado, passa por recrutar para as áreas de desenvolvimento de software, marketing e vendas.

 

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