Grupo Dia com prejuízos recorde. Vai despedir 2.100 funcionários em Espanha

A dona do Minipreço encerrou o ano com prejuízos de 352,6 milhões de euros. O plano estratégico para os próximos cinco anos passa pelo despedimento de trabalhadores, mas só no país vizinho.

Foi, “provavelmente, o ano mais difícil desde a fundação da empresa há mais de 40 anos”. As palavras são do presidente executivo do Grupo Dia, no dia em que anunciou prejuízos recorde. Perante a crise, a dona do Minipreço avança com um plano estratégico para os próximos cinco anos, prevendo a saída de milhares de trabalhadores.

Os 352,6 milhões de euros de prejuízos comparam com os 101,2 milhões de euros de lucros obtidos em 2017, lê-se no comunicado enviado pela empresa. Este resultado ficou a dever-se ao “impacto de 288 milhões de euros após o teste de valorização dos ativos”. Sem este impacto, a empresa refere que o resultado líquido ajustado foi de 49,7 milhões de euros, uma quebra de 74% face ao ano anterior.

O EBITDA diminuiu 34,8% para 338 milhões, isto ao mesmo tempo que as vendas recuaram 14,9% para os 9.390 milhões de euros, “com os negócios de Clarel e Max Descuento descontinuados“.

O valor mais elevado de vendas foi alcançado em Espanha, totalizando 5.148 milhões de euros, mas até essas caíram 2,4% face a 2017. Apesar disso, “verificou-se um importante crescimento da venda online com um aumento de 37%, alcançando os 78 milhões de euros, cerca de 1,5% do volume total de vendas brutas do país”.

Sobre os restantes três mercados em que o Grupo está inserido — Brasil e Argentina –, Portugal apresenta-se como o menos significativo. Aqui, “onde a DIA iniciou os testes de comércio online, as vendas brutas alcançaram os 808 milhões de euros, menos 3,1%“.

Despedimentos, mas só em Espanha

“Os números apresentados e, em particular, os resultados de 2018, são um claro indicador de que o nosso desempenho não alcançou as expectativas“, diz Borja de La Cierva, presidente executivo do Grupo Dia, citado em comunicado. A empresa terminou o ano com 6.157 lojas, mais 57 do que no ano anterior.

Face a estes resultados, a cadeia espanhola vai revolucionar a sua estratégia. O Plano Estratégico 2018-2023 terá como objetivo “aumentar a quota de mercado no setor”, lê-se no comunicado. Para isso, a empresa vai avançar com um “processo de despedimento coletivo que afetará as empresas DIA e TWINS em Espanha”.

Processo esse que afetará “um máximo de 2.100 empregos”, arrancando nos próximos dias um período de consulta com os representantes dos trabalhadores. Contactado pelo ECO, a empresa assegurou que os despedimentos não incluem os trabalhadores em Portugal.

Novo plano a meio de uma OPA

Estes resultados negativos vieram agravar a crise do Grupo Dia. Atolado em dívidas — a dívida líquida aumentou 506 milhões para 1.452 milhões de euros –, a cadeia de retalho tem procurar encontrar formas de reduzir a alavancagem. Tem em marcha, entre outros, um plano de venda de ativos para realizar dinheiro que permita encolher o endividamento.

No entanto, um dos acionistas de referência do Grupo, contando com 29% do capital, tem uma solução diferente. O milionário russo Mikhail Fridman, que detém a Letterone, anunciou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a dona do Minipreço.

De acordo com o Expansión, a intenção de Fridman passa por controlar a cotada espanhola a 100%. Após tomar controlo, avançar com um aumento de capital de 500 milhões de euros.

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El Corte Inglés quer entregar refeições prontas ao domicílio

A cadeia de supermercados espanhola está decidida a apostar no setor da restauração. Até ao final do ano prevê começar a testar a entrega de refeições ao domicílio.

Depois da abertura de 40 restaurantes em Portugal e Espanha, a cadeia de supermercados espanhola quer ir ainda mais longe. A ser estudada está a hipótese de entrar para o mercado de entrega de refeições prontas ao domicílio, como referiu Guillermo Arcenegui, um dos responsáveis do El Corte Inglés. A empresa anda a trabalhar nessa ideia há cerca de um ano e “até ao final do ano” pretende testá-la.

“Estamos a estudar entrar no mercado da entrega ao domicílio com a nossa oferta de refeições preparadas”, começou por dizer Guillermo Arcenegui, citado pela Expansión (conteúdo em espanhol). “É um segmento claramente estratégico e no final do ano lançaremos um teste deste modelo. O El Corte Inglés vai oferecer este serviço num prazo razoável de tempo”, acrescentou.

Atualmente, a cadeia espanhola tem o serviço de refeições preparadas em 82 pontos de venda, mas tem em cima da mesa sete novos projetos para impulsionar este mercado. Para este serviço trabalham 40 pessoas num centro de distribuição em Valdemoro, em Madrid.

Nos últimos dois anos, o El Corte Inglés inaugurou 40 restaurantes na Península Ibérica, num investimento de 30 milhões de euros. Bateu as 400 lojas no ano passado e recebeu 30 milhões de clientes, diz o jornal espanhol. Durante os próximos anos, a estratégia passa por inaugurar dez restaurantes por ano, em investimentos estimados de 15 milhões de euros anuais.

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Carlos Costa pede escusa nas decisões do Banco de Portugal sobre auditoria à CGD

Governador Carlos Costa pediu para não participar nas decisões do Banco de Portugal sobre a auditoria da EY aos atos de gestão na Caixa.

Conf. Investimento, inovação e digitalização: o caso português - 21JAN19
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, passou pela CGD entre 2004 e 2006.Hugo Amaral/ECO

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, pediu para não participar nas decisões do supervisor bancário sobre a auditoria da EY aos atos de gestão na Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2000 e 2015, um pedido de escusa que foi aceite pelo conselho de administração.

“Tendo em conta que o seu mandato na CGD está incluído no período que foi objeto de análise na auditoria da EY à CGD (2000-2015), o governador comunicou ao conselho de administração do Banco de Portugal a sua intenção de não participar nas decisões do Banco de Portugal decorrentes das conclusões desta auditoria, tendo o conselho de administração aceite este motivo de escusa”, esclarece o Banco de Portugal.

O Banco de Portugal encontra-se a apurar as responsabilidades contraordenacionais que podem resultar do relatório da auditoria da EY. A auditoria identificou um conjunto de financiamentos de risco que geraram imparidades superiores a 1.200 milhões de euros e outros investimentos em participações que se revelaram ruinosos, em decisões que ignoraram pareceres de risco sem estarem devidamente fundamentadas.

Esta sexta-feira, o Jornal Económico avança que o supervisor está a avaliar menos de 10 dos 44 gestores que passaram pelo banco público naquele período. Mas o próprio Carlos Costa, que foi administrador da CGD com o pelouro da área internacional entre julho de 2004 e setembro de 2006, vai escapar a esse exame de idoneidade que o supervisor está a realizar.

Por seu turno, a revista Sábado revelou que o atual governador do Banco de Portugal participou nas decisões de financiamento do banco público aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto de Vale de Lobo, empréstimos que constam da lista dos grandes créditos em situação de incumprimento identificados pela EY e que geraram perdas de milhares de milhões para a CGD. Questionado pela revista sobre se iria pedir escusa, Carlos Costa não respondeu.

Foi por causa destas duas notícias que o Banco de Portugal vem esclarecer esta sexta-feira que “durante todo o período em que exerceu funções de administrador na CGD, o governador não teve responsabilidades nas áreas de crédito, risco, acompanhamento de clientes ou de controlo e auditoria interna“.

Ainda assim, adiantou que governador “está totalmente disponível, como sempre esteve, para prestar todos os esclarecimentos que a Assembleia da República entender necessários, designadamente sobre os termos da sua participação nos órgãos colegiais que aprovaram as operações que são objeto da auditoria da EY à CGD”. Carlos Costa mostra-se disponível para ir ao Parlamento numa altura em se prepara uma terceira comissão de inquérito parlamentar ao banco.

O Banco de Portugal termina o comunicado dizendo que “está a considerar toda a informação contida na auditoria da EY à CGD e daí retirará as consequências que se imponham”.

(Notícia atualizada às 12h16)

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Há dez anos consecutivos que morrem mais do que nascem em Portugal

Registaram-se mais nascimentos em Portugal em 2018 face ao ano anterior, mas os óbitos também aumentaram, a um nível superior. Continua a existir um desequilíbrio entre as duas.

É já o décimo ano consecutivo em que morrem mais pessoas do que nascem em Portugal. Em 2018 nasceram mais de 87 mil nados vivos, mas registaram-se cerca de 113 mil óbitos, o que resulta num saldo natural negativo de 25.982, segundo revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nasceram 87.325 bebés em Portugal, dos quais 86.973 são de mães residentes no país. A maioria das pessoas que faleceram, 113,477 no ano que passou, também moravam em terreno nacional. Foram 112.955 óbitos de residentes, no que é uma subida de 2,9% em relação a 2017, de acordo com o INE.

O ano passado trouxe mais nascimentos do que o ano anterior, cerca de mil, mas os óbitos cresceram também, a um nível superior. A diferença entre os dois, em 2017, era de 23.604, valor que aumentou em mais de duas mil pessoas. Os primeiros meses do ano são aqueles onde se nota a maior diferença entre os dois fatores.

Os meses mais frios trazem um pico nos óbitos em PortugalINE

Como já é conhecido, os meses mais frios trazem condições mais difíceis de suportar para aqueles mais frágeis, e de janeiro a março nota-se um pico nos óbitos em Portugal. No mesmo período é também quando se registam os números mais baixos de nascimentos no país. Por outro lado, foi de agosto a outubro que mais pessoas nasceram em Portugal, e é nos meses de verão que se registam menos mortes.

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Chineses já investiram mais de 5 mil milhões de euros em Portugal

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2019

O embaixador da China em Portugal, Cai Run, garantiu que os investimentos chineses em Portugal aumentaram 7,27% em 2018, para 5,24 mil milhões de euros.

Cai Run, embaixador da China em Portugal.Henrique Casinhas/ECO

O investimento chinês em Portugal aumentou 7,27% no ano passado, ano em que foram investidos 5,24 mil milhões de euros, disse o embaixador chinês em Portugal, Cai Run.

Durante a sessão de abertura da conferência 40 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China, Cai Run vincou que o investimento chinês tem vindo a aumentar e disse esperar que as trocas comerciais aumentem ainda mais nos próximos anos.

Na intervenção em chinês, com tradução simultânea para português através de uma intérprete, o embaixador da China em Portugal disse também que o investimento total ultrapassou os nove mil milhões de euros, vincando que o investimento português na China “também é muito significativo”.

Marcelo vê “muitas oportunidades” em Pequim

Portugal “vê muitas oportunidades no desenvolvimento da China”, disse o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa entrevista à revista mensal Macao, publicada em inglês e que é financiada pelo Governo do território administrado por Pequim.

“A progressiva afirmação da China no cenário internacional será sempre vantajosa para o mundo e certamente para Portugal”, afirmou, defendendo que as empresas chinesas têm tido um “grande contributo” na criação do emprego em Portugal.

Na mesma entrevista, ao abordar os investimentos chineses em Portugal nos setores da energia, banca, seguros e saúde, o Presidente português mostrou-se convicto de que o país “tem seguramente capacidade para atrair novos investimentos, idealmente noutras áreas e com outras características mais industriais, com criação de estruturas de raiz”. Macau tem tido um “contributo único” nas relações entre Portugal e a China, sublinhou ainda Marcelo Rebelo de Sousa, frisando o papel do território enquanto plataforma sino-lusófona.

“As relações, sempre amistosas e especiais de Portugal com a China, nunca teriam tido a mesma expressão sem o contributo único de Macau”, destacou. “A identidade especial de Macau cria as condições para que aquela Região Administrativa Especial da República Popular da China continue a desempenhar um papel único (…) como uma plataforma para o diálogo com Portugal e com todos os países de língua portuguesa”, acrescentou o Presidente português.

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Portugal foi o terceiro país que mais beneficiou do apoio do BEI em percentagem do PIB

Só as PME receberam financiamento de 904 milhões de euros do BEI. Portugal é o terceiro país da UE que mais beneficia do apoio do banco europeu em percentagem do PIB.

Portugal é o terceiro país europeu que mais beneficiou do apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) em percentagem do PIB, em 2018, e um dos poucos onde houve um aumento de atividade do Grupo. De acordo com o balanço da atividade revelado esta sexta-feira, Portugal totalizou 1,97 mil milhões de euros em novos financiamentos — e que equivale a 1% do PIB — sendo que a maior fatia foi para as PME (904 milhões).

Em causa está o apoio concedido a 3.950 PME e mid caps concedido através do bancos comerciais e que, de acordo com o BEI, permitiu preservar mais de 153 mil postos de trabalho. Os montantes médios destes empréstimos do BEI rondam os 216 mil euros. Este financiamento destinou-se “à promoção das PME com vista a fomentar o crescimento económico e o emprego” e representou 46% dos financiamentos concedidos o ano passado a Portugal.

PME foram as principais beneficiárias do financiamento do BEI

Fonte: BEI

Os financiamentos do BEI têm vindo a ganhar importância ao longo dos anos. Se face ao ano passado o aumento rondou os 3%, em relação a 2017, se a comparação for feita face a 2014 então o aumento é de 36%, revelou Emma Navarro, vice-presidente do BEI, na conferência de imprensa de apresentação de resultados da atividade do banco em Portugal.

Desde 2014 os financiamentos do BEI a Portugal aumentaram 36%

Fonte: BEI

O ano passado, o banco apoiou 26 operações em Portugal, sendo que 1,5 mil milhões assegurados pelo BEI e 500 milhões pelo Fundo Europeu de Investimento. Emma Navarro recusou-se a fazer uma previsão de como será a atividade do bano em Portugal este ano mas disse estar “confiante que a atividade em Portugal vai voltar a ser positiva”. “Há interesse dos promotores, mas não há quotas e por osso não posso avançar previsões”, acrescentou a responsável. “Temos um bom portfolio de projetos e temos projetos sólidos que cumprem os nosso objetivos”, disse ainda.

Emma Navarro destacou o facto de Portugal ser um dos poucos países em que houve um aumento da actividade do BEI em 2018.

Questionada sobre a composição do pipeline de projetos, a vice-presidente do BEI disse apenas que a atividade “vai continuar a ser positiva” e que está a “analisar diversos projetos que vão ao encontro do “objetivos do banco”, seja o apoio das PME seja apoio a projetos que ajudam a combater as alterações climáticas. Exemplos de projetos deste tipo são as três barragens e centrais hidroelétricas nos rios Tâmega e Torno (um empréstimo de 650 milhões de euros do BEI) ou ainda os parques eólicos flutuantes que contaram com um empréstimo de 60 milhões de euros, ou ainda o sistema de rega do Alqueva.

Portugal no top 10 dos beneficiários do Plano Juncker

Emma Navarro destacou ainda a importância do Plano Juncker sendo que Portugal continua a ser um dos principais beneficiários do financiamento do Grupo BEI neste âmbito. Se em termos de percentagem do PIB é o terceiro maior beneficiário — o maior é a Grécia seguido da Estónia — em termos absolutos também não compara mal já que está em oitavo lugar. “Portugal está no top 10 dos beneficiários”, frisou a responsável, em termos de financiamento global no âmbito do Plano Juncker.

Desde o lançamento da iniciativa em em 2015, o grupo aprovou 2.488 milhões de euros para financiar 39 projetos no país, ao abrigo deste plano que o Conselho da Europa já decidiu alargar até ao final de 2020 com um reforço de capacidade para 500 mil milhões de euros. Emma Navarro classificou como “muito bem sucedida” a implementação do Plano em Portugal.

“Os resultados de 2018 revelam que é um importante país de operações para o banco e continua a expandir”, garantiu Emma Navarro.

A vice-presidente do BEI responsabilizou o abrandamento da Europa e as incertezas em torno do Brexit como as razões subjacentes à menor atividade do banco em muitas economias. “O Brexit significa que um dos maiores acionistas do banco vai sair“, recordou. A responsável frisou que estão em curso negociações para substituir o Reino Unido que é um dos principais acionistas do banco.

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Fim da greve dos estivadores acelerou exportações em dezembro. Cresceram 5,3% no total de 2018

O fim da greve dos estivadores do Porto de Setúbal em meados de dezembro serviu de motor para as exportações no último mês do ano. De acordo com o INE, as exportações crescerem 7,3% naquele mês.

O fim da greve dos estivadores do Porto de Setúbal em meados de dezembro serviu de motor para as exportações no último mês do ano. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens aceleraram 7,3%, em dezembro. No acumulado do ano, cresceram 5,3%, aquém de 2017.

“Em dezembro de 2018, as exportações de bens registaram uma variação homóloga nominal de +7,3%, correspondendo a uma significativa aceleração face ao mês anterior (-7,0% em novembro de 2018), destacando-se o acréscimo de material de transporte, maioritariamente de Automóveis para transporte de passageiros, em 26,8% (contributo de +4,1 p.p. para a taxa de variação homóloga)”, especifica o gabinete público de estatísticas.

O aumento de quase 27% das exportações associadas ao setor automóvel coincide com o fim da greve dos estivadores do Porto de Setúbal a 14 de dezembro que permitiu escoar os veículos da fábrica da Autoeuropa cuja saída do país estava bloqueada, tendo assim sido determinante para o crescimento registado nas exportações de bens nacionais no último mês do ano.

Se as exportações aumentaram em dezembro, as importações nacionais cresceram ainda mais, conduzindo a um agravamento do défice da balança comercial portuguesa. “As importações aumentaram 7,5% (+12,8% em novembro de 2018), com o material de transporte a registar um aumento de 22,0% (contributo de +3,4 p.p. para a taxa de variação homóloga), em resultado principalmente da aquisição de outro material de transporte e partes, peças separadas e acessórios (maioritariamente aviões e suas partes)”, dá nota o INE relativamente ao último mês do ano.

Em resultado disso, o défice da balança comercial de bens totalizou 1.615 milhões de euros em dezembro de 2018, mais 122 milhões de euros que no mês homólogo de 2017. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo da balança comercial foi negativo em 1.300 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 114 milhões de euros em relação a dezembro de 2017.

Exportações e importações desaceleram em 2018. Balança degrada-se

A divulgação dos dados relativos a dezembro permitem fazer o balanço da evolução do comércio internacional para a totalidade do ano de 2018. E o saldo aponta para uma desaceleração do ritmo de crescimento das exportações e das importações, mas com a balança comercial a degradar-se.

Evolução anual das exportações e importações

Fonte: INE

“No conjunto do ano de 2018 as exportações aumentaram 5,3% em relação ao ano anterior, o que representa uma desaceleração face ao acréscimo de 10,0% verificado em 2017. As importações cresceram 8,0% em 2018, correspondendo igualmente a uma desaceleração relativamente ao crescimento de 13,1% registado em 2017″, precisa o INE.

Perante este cenário, “o défice da balança comercial atingiu 17.130 milhões de euros em 2018, o que representa um aumento de 2.670 milhões de euros face ao ano anterior“.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Combustíveis mais caros na segunda-feira. Gasolina aumenta um cêntimo e gasóleo sobe meio

Os preços dos combustíveis vão aumentar na próxima segunda-feira. O litro da gasolina vai ficar um cêntimo mais caro. Já o gasóleo prepara-se para encarecer pela sexta semana seguida.

Se vai abastecer o depósito do seu automóvel em breve, faça-o até ao fim de domingo. Isto porque os combustíveis deverão ficar mais caros a partir da meia-noite de segunda-feira, disse fonte do setor ao ECO. O diesel vai subir pela sexta semana consecutiva, com um aumento de meio cêntimo por litro. Mais acentuada será a subida do preço da gasolina que ficará um cêntimo mais cara.

Fonte do setor adiantou ao ECO que os preços dos combustíveis vão registar um agravamento na próxima semana em reflexo da evolução do barril do petróleo e matérias-primas derivadas nos mercados internacionais na última semana.

Isto significa que o gasóleo, o combustível mais usado pelos portugueses, vai subir de preço pela sexta semana consecutiva, de acordo com as estatísticas da Direção-Geral de Energia. Cada litro de diesel passará a custar, em média, 1,353 euros, o valor mais elevado desde o final de novembro.

Para a gasolina, perspetivando-se uma subida de um cêntimo por litro, o preço deste combustível aumentará para 1,422 euros, voltando a subir depois da queda registada na semana anterior.

Estes dados referem-se a preços médios calculados pela Direção-Geral de Energia nos postos em Portugal Continental. Ou seja, os combustíveis podem ter preços diferentes nos vários pontos de abastecimento em território continental.

(Notícia atualizada às 11h05)

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Enfermeiros avançam com providência cautelar para travar requisição civil

  • Guilherme Monteiro
  • 8 Fevereiro 2019

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que a requisição civil "não tem razão de ser" já que "não há violação dos serviços mínimos".

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (SinDePor), um dos dois sindicatos envolvidos na greve cirúrgica, vai interpor uma providência cautelar para suspender a requisição civil decretada pelo Governo.

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, em declarações à SIC Notícias, garantiu que a portaria publicada pelo Governo “não tem razão de ser” já que “não há violação dos serviços mínimos”.

Ainda assim, a Bastonária deu conta de que vai reunir, tal como já havia feito na primeira greve cirúrgica, com os enfermeiros diretores, com os sindicatos e com o movimento da greve, para “perceber se houve ou não houve violação dos serviços mínimos”.

Ana Rita Cavaco, que falava à porta do hospital Santa Maria, em Lisboa, onde o Sindicato Democrático dos Enfermeiros anunciou a providência cautelar, voltou a apelar ao Governo para entrar em negociações.

A Bastonária acusou o Governo de estar a atacar os enfermeiros, críticas que também alargou ao Bloco de Esquerda e o PCP “que ainda não se ouviram relativamente a esta requisição civil e em vez de tentarem consensos estão sistematicamente a desferir ataques aos enfermeiros”. Ana Rita Cavaco disse que “cada vez que atacam a sua bastonária, é óbvio que estão a atacar os enfermeiros”.

Sobre a entrevista do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à TVI24, em que o Chefe de Estado se mostrou preocupado por haver entre os enfermeiros quem não queira cumprir com a requisição civil decretada pelo Governo, Ana Rita Cavaco voltou a alertar “que os enfermeiros estão a ser encostados a uma posição insustentável”, insiste que “há uma greve que é lícita” e que “ao insistirem em não negociarem com os enfermeiros empurram-nos provavelmente para o abandono de serviço”.

A requisição civil foi decretada em quatro hospitais – o Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.

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Rendimento básico na Finlândia falha. Não puxou pelo emprego

O teste ao rendimento básico incondicional na Finlândia concluiu que o pagamento mensal da prestação, durante o primeiro ano do piloto, não estimulou os cidadãos a encontrarem emprego.

A Finlândia testou o rendimento básico incondicional para explorar alternativas ao modelo tradicional de segurança social.Pexels

O rendimento básico incondicional (RBI) falha o objetivo de estimular o emprego. A conclusão faz parte dos resultados preliminares do teste feito na Finlândia, através do qual 2.000 cidadãos desempregados escolhidos aleatoriamente receberam, durante dois anos, um subsídio mensal de 560 euros, sem condições, independentemente de encontrarem ou não trabalho.

“O impacto [do RBI] no emprego parece ter sido marginal no decurso do primeiro ano do teste”, disse o ministro finlandês da Saúde, Pirkko Matilla, citado pela Reuters. A conclusão ganha relevância numa altura em que cada vez mais vozes na Europa defendem este paradigma económico (que, apesar de não ser novo, só ganhou expressão internacional nos últimos anos).

O conceito do RBI dita que o Estado pague a todos os cidadãos um rendimento básico, sem quaisquer condições, que dê liberdade às pessoas de escolherem ou não trabalhar. Acreditava-se, até aqui, que, ao auferirem de um subsídio público deste tipo, os cidadãos teriam mais propensão e motivação na procura de emprego, como forma de aumentarem esse mesmo rendimento. Mas isso não aconteceu, a avaliar pelo primeiro ano do teste.

A Finlândia realizou o teste para tentar encontrar uma alternativa ao modelo tradicional de funcionamento do sistema de segurança social. Quando arrancou o programa piloto, o objetivo do Governo era o de expandir a solução no final. Apesar da intenção, o país acabou por impor sanções, no ano passado, aos desempregados que optem por não trabalhar enquanto recebem benefícios estatais.

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Bitcliq fecha ronda de 600 mil euros. Indico lidera investimento

Startup criou mercado digital para pescado que tem como objetivo aproximar pescadores e compradores e usa tecnologia blockchain que permite rastrear espécies do mar à mesa.

Parte da equipa da Bitcliq, com sede nas Caldas da Rainha.D.R.

Do mar à mesa. A Bitcliq criou um mercado digital para pescado que quer aproximar pescadores e compradores. A ideia serviu de pitch perfeito à empresa, que acaba de fechar uma ronda de financiamento de 600 mil euros liderada pela portuguesa Indico, anunciou a gestora de capital de risco em comunicado. O investimento liderado pela Indico Capital Partners, conta ainda com a participação da LC Ventures e vai permitir à empresa concluir a implementação do primeiro marketplace global de peixe baseado em blockchain.

“Esperamos que este piloto seja rapidamente extensível a todo o país e, consequentemente, para os maiores portos de pesca na Europa. A forma como o peixe é comprado na Europa não se alterou significativamente nos últimos 30 anos. Esta plataforma vai seguramente acrescentar mais eficiência e mais transparência ao conectar os agentes de mercado”, diz Pedro Manuel, fundador e CEO da citado em comunicado.

Para Ricardo Torgal, general partner na Indico, “a Bitcliq é um exemplo de perseverança e de visão global. Não só estão a aumentar a eficiência do mercado, mas também a contribuir para a sustentabilidade das economias alimentar e dos oceanos“.

A empresa das Caldas da Rainha criou uma plataforma que junta frotas pesqueira e os seus clientes, e que permite, através da tecnologia blockchain, comprar peixe num mercado digital no momento em que é capturado no mar. Além disso, permite ainda rastrear o peixe desde o momento da captura até à mesa.

Fundada há três anos, a Bitcliq tem desenvolvido projetos de melhoria de eficiência operacional e de armazenagem de dados na cloud, com frotas de países de África, Ásia e Europa e já tem a plataforma operacional no principal porto português de Peniche. O marketplace piloto decorre em colaboração com a Docapesca, empresa grossista do Estado e entidade que garante a qualidade do peixe vendido em Portugal.

“A Bitcliq irá permitir uma relação diferente entre compradores e vendedores, ao mesmo tempo que garante a mais alta qualidade do produto e o cumprimento das regras da Política Comum das Pescas. Estamos contentes em sermos parceiros da equipa Bitcliq para a implementação total do mercado digital e que a equipa Bitcliq seja nossa parceira na primeira venda de pescado fresco (mercado primário)”, explica Teresa Coelho, presidente da Docapesca.

A solução da Bitcliq já foi distinguida com prémios internacionais como o Green Project Awards e o FLAD EY Buzz USA (uma iniciativa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da Ernst & Young). A empresa portuguesa foi igualmente convidada para participar no Fish 2.0 Innovation Forum que decorreu na Universidade de Stanford.

O investimento na Bitcliq é o segundo anunciado pela Indico Capital Partners (depois da Sound Particles), fundo de capital de risco privado nacional lançado no início deste ano e que tem 46 milhões de euros sob gestão. O fundo está focado em investimento em startups tecnológicas, sobretudo em Portugal e Espanha e quer investir entre 150 mil e cinco milhões de euros por empresa (rondas pre-seed a série A e subsequentes) durante o seu período de vida de 10 anos.

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Em ano de “grandes desafios”, CP transportou mais passageiros. Foram 126 milhões

A empresa de comboios transportou mais de 126 milhões de passageiros, um aumento de quatro milhões face a 2017. Serviço regional foi o único a registar quebras.

O número de passageiros a viajarem nos comboios da CP – Comboio de Portugal no ano passado aumentou 3,5% para mais de 126 milhões. Para esta subida correspondente a cerca de quatro milhões de pessoas, a empresa aponta como justificação os serviços urbanos de Lisboa e do Porto. Para a CP, estes resultados foram possíveis “graças ao enorme empenho e dedicação dos trabalhadores”, num ano que foi marcado por “grandes desafios”.

Nesse mesmo período, a empresa obteve uma receita de 259 milhões de euros em proveitos de tráfego, o equivalente a um crescimento de nove milhões de euros (3,7%) face a 2017. Aqui, os serviços urbanos de Lisboa tiveram um peso significativo: foram transportados 87 milhões de passageiros, mais 5% do que no ano anterior. Já os comboios urbanos do Porto viram os passageiros aumentarem 1,8% para cerca de 22 milhões de passageiros.

Nos serviços de Longo Curso — Alfa Pendular, Intercidades –, viajaram 6,4 milhões de pessoas, “mantendo os números registados em 2017”, e a receita a crescer 3,2% para um total de 110 milhões de passageiros. Enquanto isso, o serviço regional observou uma diminuição de cerca de 370 mil pessoas transportadas, refere a CP em comunicado.

Estes resultados só são possíveis graças ao enorme empenho e dedicação dos trabalhadores do grupo CP, já que se registam num contexto de acrescidas dificuldades operacionais, decorrentes, nomeadamente, da insuficiência de material circulante”, explica a empresa.

Estes números acontecem num ano que foi “um período de grandes desafios” e que ficou marcado pela “adoção de medidas que permitirão enfrentar o futuro de curto e médio prazo com maior confiança na capacidade de resposta à procura crescente do transporte ferroviário”.

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