CP: Governo lança concurso para regional mas ignora longo curso

  • ECO
  • 7 Janeiro 2019

Uma semana depois da abertura da rede portuguesa à concorrência no serviço, CP continua a não ter instrumentos para enfrentar liberalização do setor.

Uma semana depois da abertura da rede portuguesa à concorrência no serviço de passageiros de longo curso, o Governo ainda não deu capacidade à transportadora pública para enfrentar a liberalização.

A CP, escreve o Público (acesso condicionado) desta segunda-feira, tem uma frota de dez pendulares que soma já mais de 20 anos de serviço e tem-se manifestado insuficiente para a crescente procura de percursos de longo curso. Além dessa, a CP conta com um parque de locomotivas e carruagens para os comboios Intercidades “escasso”, sobretudo pelo facto de cerca de 30% das carruagens estarem paradas à espera de manutenção.

Esta segunda-feira, António Costa preside ao lançamento do concurso público da CP que tem como objetivo a compra de 22 automotoras para serviço regional. O negócio tem como valor base 168 milhões de euros e o lote é dividido entre dez automotoras elétricas e 12 bimodais (capacidade para circular com tração elétrica em linhas eletrificadas).

De acordo com o diário, a componente de longo curso é a que tem vindo a gerar receitas suficientes para cobrir as despesas, ao contrário do que acontece com os serviços regional e suburbano.

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Hoje termina o prazo para se candidatar ao programa de arrendamento Porta 65

Se deixou a candidatura para a última hora, ainda pode fazê-lo até às 18 horas desta segunda-feira, momento em que enceram as candidaturas ao programa de arrendamento jovem.

Marque na sua agenda: termina esta segunda-feira o prazo para submeter a candidatura ao programa de arrendamento Porta 65 Jovem, de acordo com o Portal da Habitação. Se deixou a candidatura para a última hora, ainda pode fazê-lo durante o dia de hoje, mas tome atenção: apenas até às 18 horas, momento em que enceram as candidaturas.

Os interessados devem aceder, via eletrónica, ao Portal da Habitação para submeter a candidatura. Mas, antes disso, devem ainda certificar-se que cumprem todos os requisitos exigidos, como por exemplo:

  • Não usufruírem, cumulativamente, de quaisquer subsídios ou de outra forma de apoio público à habitação;
  • Nenhum dos jovens membros do agregado pode ser proprietário ou arrendatário para fins habitacionais de outro prédio ou fração habitacional;
  • Nenhum dos jovens membros do agregado pode ser parente ou afim do senhorio;
  • O rendimento mensal do jovem ou do agregado não pode ser superior a quatro vezes o valor da renda máxima admitida para cada zona.

Existem outros requisitos que deve ter em conta — e que pode consultar no Portal da Habitação — como as rendas máximas admitidas, que variam de município para município e consoante a tipologia da casa (de T0 a T5). Mas, para ter uma ideia, em Lisboa, por exemplo, as rendas máximas admitidas para o ano de 2018 — ano ao qual corresponde ainda o período de candidaturas em curso –, variam entre os 568 euros, no caso dos T0 e T1, os 739 euros, para os T2 e T3, e os 850 euros, se se tratar de um T4 ou T5. Mais a norte, no Porto, as rendas estabelecidas são ligeiramente mais baixas, chegando, no caso dos T4 e T5, até ao valor máximo de 739 euros.

De acordo com uma fonte oficial do IHRU, “os resultados relativos a este período de candidaturas [que teve início no passado dia 12 de dezembro] só serão disponibilizadas no final do próximo mês de fevereiro“.

A iniciativa do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que tenta dar soluções de habitação a jovens sozinhos, em família ou em coabitação jovem, tem como objetivo regular os incentivos aos jovens arrendatários e dinamizar o mercado do arrendamento.

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Luz mais barata. Qual o fornecedor que custa menos?

Em 2019 acontece a maior descida do preço da eletricidade em 20 anos no mercado regulado. Os operadores do mercado livre acompanharam a tendência. Fique a saber se compensa mudar de fornecedor de luz.

Ano novo, preços novos. Em 2019, o ritual repete-se e tende a ditar mais despesas para as famílias. No que toca a “acender o interruptor da luz” há, contudo, boas notícias. Após a subida no ano passado, os preços da eletricidade têm o maior corte em 20 anos: 3,5%, em média. A redução ditada para o mercado regulado foi seguida por muitos operadores do mercado liberalizado, com “descontos” que chegam a 6,3%. Dito isto, impõe-se aos consumidores a questão: compensa manter a solução atual, regressar ao mercado regulado ou mudar de fornecedor?

O ECO procurou encontrar uma resposta a essa questão, recorrendo para tal ao simulador de tarifas de energia da Entidade Reguladora de Serviços Energéticos (ERSE). As simulações tiveram em consideração três tipologias distintas de consumo — horário simples, bi-horário e tri-horário –, bem como o cenário de referência considerado pelo regulador na determinação da poupança média na revisão das tarifas de eletricidade para este ano. Ou seja, um consumo médio anual de 2.183 kWh e uma potência contratada de 3,45 kVA. Da análise foram ainda excluídos os tarifários que preveem parcerias e fidelizações, mas também aqueles que incluem programas de reembolsos.

Nas três diferentes tipologias de consumo, o tarifário mais barato é disponibilizado sempre por um operador diferente, sendo que em dois deles — o simples e o bi-horário — as soluções mais em conta são de comercializadores do mercado liberalizado. No tri-horário, a tarifa regulada bate toda a concorrência.

Para a tarifa simples, ou seja, a que não diferencia preços consoante as horas em que o consumo de eletricidade é feito, a Iberdrola é a que apresenta a fatura mais baixa. Optar pelo “Plano casa Iberdrola” representa para o consumidor um custo de 492,39 euros por ano. Por mês, a fatura ronda neste caso os 41 euros.

Custo anual na tarifa simples

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado e o tarifário regulado.

 

Em termos anuais, a solução disponibilizada pela energética espanhola é 48,5 euros mais barata do que a tarifa regulada. Optar pelo mercado regulado, apesar da redução média de 3,5% nos preços, implica um custo anual de 530,86 euros. Ou seja, acima de qualquer dos cinco tarifários do mercado liberalizado mais baratos identificados.

O tarifário simples mais barato disponibilizado pela EDP Comercial, que custa 526,98 euros por ano, inclui-se no ranking dos mais em conta, sendo o quarto mais barato. Já o tarifário “Monoelétrico + Cliente” da Gold Energy cuja fatura anual é de 511,69 euros, é o segundo mais económico da análise.

Custo anual na tarifa bi-horária

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado e o tarifário regulado.

A Gold Energy destaca-se ainda com a proposta mais económica para a tarifa bi-horária, tendo em conta uma simulação que considerou um consumo em vazio de 40% do total. Optar pela sua solução “Monoelétrico + Cliente” representa uma fatura anual 504,46 euros, um valor inferior, aliás, ao da sua proposta para o tarifário simples. Já a YLCE, marca low-cost de comercialização de eletricidade da Enforcesco, apresenta o segundo tarifário bi-horário mais em conta. A fatura anual do seu produto Enforcerco_YLCE” ascende a 518,93 euros.

Qualquer destes tarifários é mais barato do que a tarifa do mercado regulado que, no cenário considerado, surge em quarto lugar, com um custo anual acrescido de 19 euros face à solução bi-horária da Gold Energy. A EDP Comercial, empresa que tem uma quota de 81% do mercado livre, nem surge entre as cinco propostas mais baratas, apesar de ter decidido acompanhar a descida de 3,5% no preço da eletricidade determinada pela ERSE para o mercado regulado.

Custo anual na tarifa tri-horária

Fonte: Simulador da ERSE | Considera os cinco tarifários mais baratos no mercado liberalizado e o tarifário regulado.

Para quem tenha hábitos de consumo mais adequados a uma utilização tri-horária, o cenário muda radicalmente. Para os clientes dos fornecedores de eletricidade do mercado liberalizado, regressar ao mercado regulado compensa sempre. Considerando uma utilização de 40% do consumo de eletricidade no período vazio e os restantes 60% repartidos por igual nos restantes dois horários (horas de ponta e cheias), a fatura anual no regulado ascenderia a 539 euros, abaixo de qualquer das propostas do mercado liberalizado.

A poupança seria de 54,5 euros anuais face ao tarifário tri-horário mais barato do mercado liberalizado. Em concreto o “Plano PT Live Casa” disponibilizado pela ptLive cuja fatura anual ascende a 593,72 euros. Um pouco mais caro, surge a solução da EDP Comercial que tem o segundo tarifário tri-horário mais barato do mercado liberalizado e que implica o pagamento ao fim de um ano de 597,09 euros na fatura de eletricidade.

Pode fazer as suas próprias simulações, visitando o site da ERSE.

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5 coisas que vão marcar o dia

A CP lança um concurso internacional para a compra de 22 comboios. Os funcionários judiciais iniciam greve de cinco dias.

A CP vai lançar esta segunda-feira um concurso público internacional para a compra de 22 novos comboios, num investimento de até 168 milhões de euros. Ainda em termos de mobilidade, os preços dos combustíveis vão subir pela primeira vez em 12 semanas. Por outro lado, os funcionários judiciais iniciam uma greve nacional de cinco dias. Também há estatísticas: o INE vai dizer quanto custa construir uma casa e o Eurostat atualiza os dados do comércio a retalho.

CP lança concurso para compra de comboios

O primeiro-ministro, António Costa, marca presença no lançamento do concurso público internacional da CP para a compra de 22 novos comboios. A cerimónia tem lugar na estação de Marco de Canaveses. A empresa prevê gastar 168 milhões de euros na aquisição de material circulante.

Funcionários judiciais iniciam greve de cinco dias

O Sindicato dos Funcionários Judiciais inicia esta segunda-feira uma greve nacional de cinco dias. Além de um estatuto que reconheça a complexidade funcional do que os oficiais de justiça fazem, o sindicato exige também o preenchimento de 1.400 vagas e o preenchimento das 750 promoções que faltam.

Preços dos combustíveis sobem

Os preços dos combustíveis vão subir. Depois de quedas consecutivas, que levaram a gasolina e o gasóleo para mínimos, haverá aumentos a partir desta segunda-feira. A gasolina simples de 95 octanas vai registar uma subida mais expressiva do que o litro do diesel.

Quanto custa construir uma casa?

Numa altura em que o mercado imobiliário dá sinais de alguma desaceleração, o INE divulga o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e o Índice de Preços de Manutenção e Reparação Regular da Habitação. Ambos os indicadores são relativos ao mês de novembro.

Eurostat atualiza dados do comércio a retalho

O gabinete de estatísticas europeu atualiza dos dados do comércio a retalho relativo a novembro de 2018. O Eurostat também tem previsto a divulgação dos preços na importação industrial no mesmo mês.

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Marques Mendes e o prémio do Financial Times: “Centeno é o homem das contas certas”

O comentador diz que Centeno, que esta semana ganhou um prémio do FT, é popular e muda a natureza do PS, “de partido que não sabe gerir a coisa pública em termos financeiros”.

Mário Centeno foi eleito esta semana o melhor ministro das Finanças da Europa em 2018, pela publicação The Banker, que pertence ao grupo do Financial Times. Após ter completado um ano na presidência do Eurogrupo, Centeno recebeu o prémio, que distingue os responsáveis políticos que “melhor conseguiram estimular o crescimento e estabilizar a economia”.

No seu comentário na SIC, Marques Mendes afirmou que o prémio do ministro das Finanças é merecido. Mário Centeno “é popular e muda a natureza do PS, de partido que não sabe gerir a coisa pública em termos financeiros”.

Luís Marques Mendes constata ainda que o ministro das Finanças tem ganho maior protagonismo mediático nos últimos tempos, considerando este facto uma estratégia por parte do Governo: “A economia vai começar a arrefecer. As pessoas precisam de alguém que vejam como homem do leme e aqui é que o Governo quer usar Mário Centeno”.

O ministro das Finanças “é um ministro muito popular, entra bem nos setores moderados. É o homem das contas certas”, defende Marques Mendes.

No Governo, o comentador da SIC também destaca o maior protagonismo de Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas. Recorda que esta segunda-feira, o ministro vai aparecer na cerimónia de compra de 22 comboios para a CP, na terça-feira estará no Montijo para a assinatura do acordo com a ANA para o novo aeroporto, na quarta-feira lança um concurso para as obras do Metro de Lisboa e na quinta-feira, em Conselho de Ministro, o Governo deverá aprovar o Programa Nacional de Investimento 2030.

“O Governo faz isto por ter sido acusado de não investir em obras públicas. Vamos a ver se o protagonismo de Pedro Marques não tem outra leitura”, avisa Marques Mendes.

(Notícia atualizada às 21h29)

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Guardas prisionais marcam novo período de greve de 19 dias a partir de 16 de janeiro

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2019

Este novo período de greve de 19 dias surge após o SICGP ter terminado este domingo uma paralisação que começou em 15 de dezembro.

O Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP) anunciou este domingo que vai realizar um novo período de greve entre 16 de janeiro e 3 fevereiro e admitiu novas paralisações durante o ano.

Este novo período de greve de 19 dias surge após o SICGP ter terminado hoje uma paralisação que começou em 15 de dezembro.

O presidente do sindicato, Júlio Rebelo, disse à agência Lusa que a greve de 16 janeiro a 03 de fevereiro será o primeiro período deste ano, tencionado os guardas prisionais realizar mais paralisações ao longo de 2019, caso a tutela não mostre disponibilidade para resolver as principais reivindicações.

Em causa está a revisão do estatuto, atualização da tabela remuneratória, criação de novas categorias, novo subsídio de turno, alteração dos horários de trabalho e novas admissões.

Júlio Rebelo adiantou que neste momento não há qualquer processo de negociação com o Ministério da Justiça, que depois de uma reunião em dezembro não voltou a convocar o sindicato.

Em dezembro, a tutela propôs a promoção de mais de 100 guardas e a atualização da tabela remuneratória, idêntica à da PSP, mas o sindicato considerou a proposta inaceitável.

Sobre a greve que hoje termina, Júlio Rebelo referiu que teve uma adesão média total de cerca de 70% e aos fins de semana subiu para 95%.

Esta greve coincidiu em alguns dias com a paralisação do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, que se realizou entre 06 de dezembro e o final do ano.

Contactado pelo Lusa, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, o que representa maior número de guardas prisionais, avançou que não tem para já greves marcadas.

Durante estas greves realizaram-se incidentes em várias prisões por terem afetado as visitas e as festas de Natal dos reclusos.

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Costa lança concurso para compra de 22 comboios. Sindicato diz que não chega

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2019

FECTRANS lamenta que novos comboios sejam para serviços regional e lembra que comboios de longo curso e serviço urbano estão perto da meia vida. Costa lança concurso esta segunda-feira no Porto.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) considerou este domingo insuficiente a compra para a CP-Comboios de Portugal de 22 novos comboios, cujo lançamento do concurso é apresentado segunda-feira em Marco de Canaveses.

Em comunicado, a FECTRANS saudou o lançamento do concurso e a aquisição de novos comboios, mas são medidas “insuficientes para responder aos problemas atuais e futuros” da CP.

“Não responde aos problemas de imediato, nomeadamente a recuperação de material circulante imobilizado, para que é necessário um plano de intervenção, dotando a EMEF [oficinas de manutenção] de toda a capacidade de intervenção com os meios financeiros, de equipamentos e materiais, assim como de trabalhadores”, lê-se na nota hoje divulgada.

Aquela federação sindical manifestou o desejo de que este concurso não seja anulado como outros depois das eleições legislativas e lamentou que a compra de comboios se restrinja ao “serviço regional, impedindo a necessária aquisição de comboios para os serviços urbanos e para o longo curso, áreas da CP onde o material mais novo já está perto da ‘meia vida’ operacional”.

Para a FECTRANS, a opção pelo serviço regional justifica-se por o “Governo estar a limitar a capacidade de resposta desta empresa [CP] nos segmentos mais lucrativos, para os entregar à exploração privada, no âmbito da liberalização do transporte ferroviário”.

O lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios pela CP vai decorrer na segunda-feira, na estação de Marco de Canaveses, distrito do Porto, com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

Em comunicado, a CP-Comboios de Portugal precisou que a cerimónia decorrerá a partir das 11:45 e estará ainda presente o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

O contrato para a compra de 22 unidades automotoras, por 168 milhões de euros, tem um prazo de execução de oito anos, segundo o anúncio do procedimento publicado em Diário da República.

No texto sobre o modelo de anúncio do procedimento de negociação para a compra de “12 unidades automotoras bimodo e 10 unidades automotoras elétricas, respetivas peças de parque e ferramentas especiais e a prestação de serviços de manutenção, preventiva e corretiva, acompanhada da prestação de serviços de formação” especifica-se que o valor do preço base é de 168,21 milhões de euros.

O contrato deve ser executado em oito anos, sem possibilidade de renovação e o prazo para apresentação das candidaturas será as “23:59 do 30.º dia a contar da data de envio do presente anúncio”, enquanto o prazo para a decisão de qualificação são “44 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das candidaturas”.

A maioria do investimento em causa será assegurada por fundos europeus, num total de mais de 109 milhões de euros do FEDER e do Fundo de Coesão, a vigorar no período de programação 2021-2027. O restante valor – 58,8 milhões de euros -, será pago com recurso a verbas nacionais, nomeadamente do Fundo Ambiental, refere o documento.

Tendo em conta que a disponibilidade destas verbas nem sempre coincide com as necessidades de pagamento aos fornecedores, o executivo abre a possibilidade de a CP recorrer a um empréstimo da Direção-Geral do Tesouro e Finanças “por adiantamento das verbas a transferir pelo Fundo Ambiental, a reembolsar até 2026 e a ser pago através das referidas transferências anuais provenientes do Fundo Ambiental”, detalha a resolução.

Os encargos serão repartidos por oito anos, começando em 2019. O montante mais elevado está previsto para 2025, atingindo os 36,3 milhões de euros.

Esta resolução foi aprovada em Conselho de Ministros em 06 de setembro.

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ISP desce, mas taxa de carbono sobe. Afinal em que ficamos?

A Taxa de carbono vai anular 45% da descida do ISP na gasolina. Afinal, os consumidores vão pagar mais ou menos quando forem à bomba esta segunda-feira?

Quando esta segunda-feira os consumidores forem à bomba abastecer o depósito de combustível do carro vão pagar mais em resultado da evolução dos preços das cotações das matérias -primas nos mercados internacionais. Este agravamento acontece tanto na gasolina como no gasóleo e incorpora já as mexidas na Taxa de Carbono e no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP).

Para perceber como se chega aos preços que serão praticados esta segunda-feira é preciso voltar um pouco atrás. Durante o debate do Orçamento do Estado para 2019, o ministro das Finanças, Mário Centeno, anunciou que o ISP iria baixar três cêntimos este ano para a gasolina. No caso do gasóleo manteve-se igual ao valor de 2018.

Estes valores foram conhecidos a 23 de novembro, com a publicação da portaria que atualiza os valores do ISP, mas entraram em vigor a 1 de janeiro de 2019.

No entanto, a 4 de janeiro, o governo publicou a portaria com a informação sobre a Taxa de Carbono, com efeitos retroativos a 1 de janeiro. Os novos valores implicam um agravamento de 1,338 cêntimos por cada litro de gasolina e de 1,458 cêntimos por litro de gasóleo.

Isto significa que a subida da Taxa de Carbono aplicada na gasolina absorve 45% da descida do ISP neste combustível. Ou seja, em matéria de carga fiscal sobre a gasolina o alívio é de apenas 1,662 cêntimos em cada litro.

Já no caso do gasóleo, há apenas um agravamento. É que o ISP não teve nenhuma descida e a Taxa de Carbono aumenta em 1,458 cêntimos por litro.

Se em termos individuais, cada consumidor será afetado, conforme tem um carro a gasolina (onde há um alívio) ou a gasóleo (onde há uma subida), os cofres públicos saem a ganhar, já que cerca de 80% do parque automóvel gasta gasóleo.

No Orçamento do Estado para 2019, o Governo previu receber mais 211 milhões de euros em ISP, sobretudo, em resultado do aumento da Taxa de Carbono.

Apesar de o aumento na Taxa de Carbono só ser conhecido a 4 de janeiro, três dias depois da entrada em vigor da descida do ISP na gasolina, as petrolíferas já o terão refletido no preço praticado junto do consumidor desde a primeira hora do ano, disse ao ECO fonte do setor.

Esta taxa é calculada com base nos leilões de licenças de emissão de gases de efeito de estufa, realizados no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão. E, portanto, assim que o ano fecha, as empresas que vendem combustível fazem as contas para apurar a taxa a praticar a partir do primeiro dia do ano novo.

Assim, apesar de a portaria só ter sido publicada agora, os consumidores já não deverão esperar pelo reflexo deste agravamento. A não ser que haja um pequeno acerto nos cálculos das petrolíferas, mas que à partida será insignificante no custo total de um depósito de combustível.

Com estes dois efeitos — ISP e Taxa de Carbono — já incorporados desde o início do ano, resta aos preços finais em bomba refletir a evolução dos preços das cotações das matérias-primas nos mercados internacionais. O ECO noticiou na sexta-feira que os preços dos combustíveis vão voltar a partir desta segunda-feira. Depois de quedas consecutivas, que levaram a gasolina e o gasóleo para mínimos, a gasolina deverá estar a 1,39 euros por litro ao passo que o gasóleo estará a 1,30 euros por litro.

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Tech, tech e mais tech. As startups a ter debaixo de olho em 2019

Saúde, seguros, imobiliário e serviços. O ECO falou com os especialistas para perceber que promessas deverão revelar-se em 2019. No ano novo, fique de olho nestas startups.

Astros alinhados para as previsões para 2019. E muitas startups a ter debaixo de olho em Portugal.Ana Raquel Moreira/ECO

Tech, tech e mais tech. Sejam produtos ou serviços, as promessas para o novo ano assentam num denominador comum: tecnologia aplicada aos negócios. E há para todos os gostos e setores. Saúde, alimentação, seguros e mobilidade. Inteligência artificial, programação e blockchain. Mas, vamos por partes.

A Jungle.ai, especialista em tecnologia preditiva, talvez não fizesse melhor do que a previsão de Pedro Rocha Vieira, CEO e cofundador da Beta-i. A startup é um dos projetos que Rocha Vieira destaca, sobretudo porque a empresa já fechou quatro pilotos no acelerador Free Electrons, com a EDP, e com outras três utilities internacionais. Mas as promessas não ficam por aqui: Pedro Rocha Vieira destaca ainda a Attentive.us, startup que venceu o Lisbon Challenge há dois anos, e a Visor.ai, escolhida pela Fidelidade e pela Fosun como uma das três vencedoras do Protechting do ano passado. “São todas ótimos exemplos de startups com fundadores 100% dedicados à sua visão e ambição global”, explica ao ECO.

“A nossa experiência aponta muito no sentido de serem estas as startups que acabam por se impor, uma vez que para além das novas ideia de negócio, das soluções tecnológicas inovadoras, ou dos modelos de negócio disruptivos, no limite as empresas do futuro são feitas também por pessoas. E os empreendedores motivados e focados ajudam a fazer a diferença, nesta economia em rápido crescimento e mutação”, justifica o diretor da instituição.

As apostas de João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, vão para setores diferentes. A Indie Campers, empresa de aluguer de autocaravanas, é uma das escolhidas. O antigo diretor da Startup Lisboa assegura que a startup de Hugo Oliveira não para de crescer e, segundo Vasconcelos, será uma das que marcará o ano em matéria de receitas, assim como outras duas: a Undandy, que fabrica sapatos de luxo à medida, e a Eattasty, que comercializa e entrega em casa ou no seu trabalho comida feita por chefs.

A nossa experiência aponta muito no sentido de serem estas as startups que acabam por se impor, uma vez que para além das novas ideia de negócio, das soluções tecnológicas inovadoras, ou dos modelos de negócio disruptivos, no limite as empresas do futuro são feitas também por pessoas.

Pedro Rocha Vieira

CEO da Beta-i

No entanto, em matéria de potencial investimento, Vasconcelos aposta noutros nomes. A DashDash — que permite a criação de apps usando ferramentas de spreadsheetse a Skyhours — que permite dar ou receber horas de voo em mais de 350 companhias aéreas — são as eleitas.

Liliana Castro, fundadora e gestora criativa da FES Agency, assegura que olhando para o ecossistema atual, os nomes mais imediatos — ambos na área do conteúdo — são a Oko, que trabalha com redações e inteligência artificial, e a Codavel (content delivery at maximal speed and efficiency). As duas startups, incubadas na casa Founders Founders, no Porto, têm “imenso potencial”, considerando o mercado onde operam e os produtos e serviços que comercializam. Outra das apostas de Liliana Castro, também fundadora da comunidade Portuguese Women in Tech é a UTrust, de Braga. “Tem-se destacado e, com a febre da bitcoin e do blockchain, diria que muito do impacto do mercado passará por eles”, explica ao ECO.

A Sensei é outro dos nomes nos quais os especialistas acreditam. João Borga, diretor da Rede Nacional de Incubadoras, afirma que a empresa que está a mudar a forma como as marcas olham para o clientes tem elevado potencial de desenvolvimento no próximo ano.

Na área de InsurTech, também há apostas. Hugo Augusto, líder do programa de aceleração da TechStars em Portugal, aposta na Habit Analytics. “Domingos Bruges liderou um pivot espetacular da Muzzley que acabou por ser adquirida pela Habit Analytics, após participação no programa Techstars Internet of Things em Nova Iorque. A Habit tem uma equipa muito forte, com muita experiência, e um foco muito interessante e diferenciador no setor dos seguros. Acredito que, em 2018, estejam colocadas as bases para um crescimento rápido nos próximos anos”, explica o empreendedor, que está de regresso a Portugal depois de muitos anos a viver em Boston, nos Estados Unidos.

Mas para Hugo Augusto, há mais promessas à espera de 2019 para revelarem o seu potencial de crescimento. A Sparkl, de Mariana Bettencourt e Filipa Mascarenhas, por ter “uma das melhores equipas em Portugal”, é uma delas. “Têm conseguido crescer a empresa num espaço muito competitivo e têm boas condições para continuarem no caminho de serem uma referencia nacional do mercado de beauty”, justifica Hugo. Pedro Rocha Vieira concorda, sublinhando a “equipa de fundadores composta 100% por mulheres, que promove um serviço de beleza em casa e no trabalho”.

Outra, sublinha, é Secret City Trails, que recentemente fechou uma ronda de financiamento de 150 mil euros. “A Kristina Palovicova e a Wendy van Leeuwen têm uma enorme capacidade de resiliência e um ótimo sentido de adaptação às necessidades do mercado. O pivot para abrir a plataforma a developers locais [de cada cidade] para construírem os seus próprios jogos é uma excelente ideia para crescer rapidamente e de forma eficiente. Recentemente levantaram uma ronda de um investidor europeu e, no próximo ano, deverão continuar a ter um crescimento acentuado”, explica.

Noutro setor, ligado ao mercado imobiliário, aparece a Casafari, uma aposta de Rui Coelho, diretor executivo da InvestLisboa, agência de promoção para o investimento na cidade. “Acredito muito na excelência da empresa que Nils e Mila estão a desenvolver, uma espécie de Trivago do imobiliário”, assinala.

A saúde tech… e o mar

Uma das áreas da tecnologia que já tinha sido considerada tendência para 2018 parece continuar com alto potencial no ano que agora começa. A saúde e, em concreto, a tecnologia aplicada à saúde, é uma das grandes apostas dos especialistas. A Tonic App, de Daniela Seixas, uma app que permite aos médicos discutirem casos clínicos e partilharem experiências de forma segura, é uma das mais prometedoras. O reconhecimento desse potencial foi já dado através do prémio que o projeto recebeu na maior feira de saúde do mundo, em Dusseldorf, sublinha Pedro Rocha Vieira.

Nesta área, Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak e cofundador da incubadora portuense Founders Founders, destaca a Peekmed que “certamente trará novidades após a aprovação da FDA para a comercialização do produto deles nos EUA” e da Nuada, startup que representou Portugal na Startup Jerusalém, competição do Governo de Israel que o ECO acompanhou de perto. A startup desenvolveu uma espécie de luva mágica, pensada para ajudar pessoas que tenham perdido a força nas mãos ou que tenham dores, a contrariar essas dificuldades.

Rocha Vieira assinala ainda que outra das grandes promessas do ano novo pode estar relacionada com o mar. “Vale a pena falar da Bitcliq, das Caldas da Rainha, que fechou recentemente uma ronda de investimento com duas capitais de risco, e foi vencedora da primeira edição do prémio Flad.EY Buzz USA [programa de apoio à internacionalização de empresas portuguesas nos Estados Unidos promovido pela Flad e pela EY]. Esta startup de soluções de smart fishing está vocacionada para o cluster da economia do mar, e permite-nos perceber que também há espaço e potencial para a inovação nas indústrias tradicionais”.

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Theresa May alerta para “território desconhecido” se acordo do Brexit não for aprovado

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2019

O Parlamento britânico discute esta quarta-feira o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Votação é só na semana seguinte. Theresa May começa a pressionar.

A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, advertiu hoje que o Reino Unido entrará num “território desconhecido” se o Parlamento recusar este mês o acordo do ‘Brexit’ a que chegou com a União europeia.

A chefe do Governo confirmou numa entrevista à BBC que tenciona submeter o acordo a votação durante a terceira semana de janeiro, uma votação que em dezembro tinha adiado devido à falta de maioria parlamentar que o apoie.

“Se o acordo não for aprovado vamos entrar num território desconhecido. Não acredito que alguém possa dizer exatamente o que ocorreria, em termos da reação que veríamos no parlamento“, defendeu a primeira-ministra.

May insistiu que espera nos próximos dias obter novas garantias pela parte da UE que outorguem “confiança” aos críticos do pacto de que o mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira da Irlanda do Norte não se converta em permanente.

A preocupação em torno deste assunto é o principal ponto que levou o setor mais eurocético dos conservadores e os sócios do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte a oporem-se ao acordo.

A primeira-ministra britânica insistiu mesmo assim que é contrária à convocatória de um segundo referendo sobre o “Brexit”, defendendo que seria uma “falta de respeito” face ao resultado da consulta de junho de 2016, na qual 51,9% dos votantes optaram pela saída da UE.

May também sublinhou que não há tempo para organizar um referendo antes de 29 de março, a data combinada para a rutura, e que por isso essa opção obrigaria a adiar o “Brexit”.

À espera de novas concessões por parte de Bruxelas que facilitem a aprovação do acordo na Câmara dos Comuns, a mandatária conservadora avançou que nos próximos dias anunciará novas “medidas” para tentar convencer os “tories” euros céticos e o DUP.

Em primeiro lugar, prevê anunciar “medidas referentes à Irlanda do Norte”, e em segundo lugar desvelará um plano para outorgar “um maior papel ao Parlamento” nas futuras negociações sobre a relação comercial que estabelecerão Londres e Bruxelas depois da saída britânica do bloco comunitário.

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Ministro alemão das Finanças avisa que “acabaram os anos de vacas gordas”

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2019

O responsável pela pasta das Finanças no governo liderado por Angela Merkel explicava por que rejeita a ideia de eliminar por completo o imposto de solidariedade pago desde a reunificação.

O ministro das Finanças alemão, o social-democrata Olaf Scholz, previu o fim dos dois anos de bonança na Alemanha, numa entrevista publicada domingo no jornal ‘Bild am Sonntag’.

“Esses bons tempos em que o Estado sempre recebeu mais impostos que o esperado estão a acabar. Em 2018 poderemos registar um outro superavit, mas acabaram os anos das vacas gordas. A partir de agora, não espero nenhum superavit imprevisto, muito menos essas dimensões”, afirmou.

Esta é uma das razões pelas quais o ministro rejeitou a ideia defendida pelo bloco conservador de eliminar completamente o imposto de solidariedade de 5,5% com o qual os alemães devem contribuir desde a reunificação do país para financiar as infraestruturas e outras medidas para desenvolver o território da antiga República Democrática Alemã (RDA).

“Nas negociações para formar uma coligação concordamos, por uma boa razão, que os cidadãos com rendimentos muito elevados deviam continuar a pagar o imposto de solidariedade”, assinalou.

Olaf Scholz recordou que desta maneira, a partir de 2021, 90% dos contribuintes deixará de pagar este imposto.

“Para os orçamentos federais serão menos 10 mil milhões de euros por ano. É uma redução significativa de impostos para quase todos os contribuintes”, disse.

Quem ganha um milhão de euros por ano, deixaria de pagar 24 mil euros por ano se o imposto de solidariedade fosse totalmente eliminado, explicou o responsável, assinalado que, ele próprio, como ministro, com rendimentos anuais de 180.000 euros, economizaria cerca de 3.600 euros de impostos ao ano.

“Esse não é o caminho certo, ombros fortes podem suportar uma maior carga, temos que reduzir a carga para aqueles com renda baixa e média”, disse.

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XC40 é um sucesso. E a gasolina? Também

Nasceu há pouco mais de um ano, mas demorou a pisar as estradas nacionais (por causa das portagens). Mas o XC40 lá chegou, com o diesel a atrair muitos portugueses. E a gasolina?

A Volvo sabe fazer SUV. Tem o XC90, o XC60 e, mais recentemente, “nasceu” o XC40. O “baby” da marca sueca teve um “parto” difícil por causa do sistema de portagens português, mas superada essa barreira, foi vê-los começarem a rolar por essas estradas. É um pequeno sucesso. O look diferenciador é um chamariz, a qualidade também. E, claro, o preço nas versões mais modestas, seja a gasóleo ou a gasolina.

Se o XC90 inspirou claramente o XC60, aquele que foi considerado o melhor automóvel do mundo pela World Car Awards, com o seu SUV mais pequeno, a Volvo optou claramente por ser bem mais ousada. E tinha de o ser, já que precisava de entrar num campeonato com concorrentes de peso (embora todos de dimensões reduzidas), como é o caso do Q3, da Audi, ou do X1, da BMW.

O resultado foi um SUV de pequenas dimensões (4,425 m de comprimento, 1,863 m de largura e 1,652 m de altura), com linhas simples, retas, mas nada aborrecidas. Está cheio de estilo. E com um quê de futurista, mas sem exagerar. É só o suficiente para agradar à vista de muitos condutores — é o Carro do Ano na Europa –, sendo que tem conquistado também muitas condutoras — é o Women´s World Car of the Year.

Se o exterior, onde não poderia faltar a famosa assinatura LED conhecida como “Martelo de Thor“, as jantes de grandes dimensões ou a cor bi-tom (a gosto), marca a diferença, pela irreverência, no interior encontramos tudo o que a marca oferece nos restantes modelos. Em ponto reduzido, é certo, mas sempre com qualidade. É verdade para os bancos em pele (que custam 1.230 euros), os acabamentos no tablier e também para o sistema de infotainment.

É tudo mais compacto no XC40, exceto o motor que responde pela maioria das vendas deste SUV. O D3 de 150 cv (um 2.0 a gasóleo) é um excelente aliado do “baby” da Volvo, mas puxa também muitos outros modelos da fabricante sueca. Responde com vigor, mas é sempre comedido no que toca aos consumos. É o melhor de dois mundos, mas… é a diesel.

Enquanto a eletrificação total não chega, a Volvo tem apostado nos híbridos, mas também em motores a gasolina cada vez mais pequenos. É o caso do T3, um motor de 1.5 litros, com 156 cv, que o ECO ensaiou. É um três cilindros cheio de alma (o turbo ajuda bastante), que ronrona de cada vez que carregamos no acelerador.

Parece quase anti-natura ouvir aquele barulhinho dos motores a gasolina quando estamos ao volante de um SUV como este, mas é cada vez mais esta a tendência. E a Volvo prova, com este pequeno bloco, que pode retirar-se muito dos motores a gasolina, ao ponto de se conseguirem desempenhos idênticos com apenas mais alguns litros a cada 100 quilómetros percorridos (6,3 a 6,5 litros contra os 5,6 a 5,8 do diesel). Só custa um pouco mais quando nos entusiasmamos com o ronco. Aí paga-se mais na “bomba”.

O T3 é, sem dúvida, uma opção a ter em conta. E com um preço base que começa nos 35 mil euros, torna-se interessante — ainda que o diesel acabe por não ter um preço muito superior. O único problema poderá estar no valor a gastar com os extras, cada um mais apetecível que o outro. Por isso, rapidamente os 35 passam a 42 com o R-Design. E no caso da unidade ensaiada pelo ECO, o valor a pagar chega aos 47 mil.

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