Luís Montenegro é candidato à liderança do PSD por “uma questão de coerência e convicção”

O ex-líder da bancada parlamentar do PSD anunciou, numa entrevista televisiva, que vai entrar na corrida à liderança do partido. Garante não estar fragilizado pelo caso das viagens ao Euro 2016.

Luís Montenegro é candidato à presidência do PSD. O anúncio foi feito pelo próprio numa entrevista à SIC, emitida esta quarta-feira à noite, inaugurando a corrida pela liderança do partido, numa altura em que existem dúvidas sobre se Rui Rio tenciona recandidatar-se — ou mesmo manter-se — na presidência.

“Cada um tem de assumir as suas responsabilidades e eu assumo a minha. Serei candidato nas próximas eleições diretas que serão convocadas nas próximas semanas”, disse Luís Montenegro, por “uma questão de coerência e convicção”, sublinhou. “O resultado que o PSD obteve no passado domingo [6 de outubro] foi um mau resultado. A estratégia política falhou, como já tinha sido evidenciado nas Europeias, e agora com um resultado que já não tínhamos há 36 anos, muito mau, que deixa ao PSD muito pouco espaço”, explicou.

A notícia da candidatura de Luís Montenegro não é uma surpresa. Esta terça-feira, fontes do partido disseram à imprensa que o antigo líder da bancada parlamentar de Pedro Passos Coelho iria anunciar que está na corrida. Montenegro, que tem estado ausente da vida política nos últimos meses, para frequentar um curso de liderança em França, já terá reunido o apoio de Pedro Duarte, um dos principais opositores internos do atual presidente. “A minha reflexão tem muito tempo”, garantiu esta quarta-feira.

Em janeiro, Montenegro tinha desafiado Rui Rio a convocar eleições diretas, mas o presidente do partido decidiu pedir uma moção de confiança, que foi aprovada, tendo sobrevivido à investida. Meses depois, Montenegro volta a avançar, apesar de garantir que não tem qualquer “guerra pessoal” com Rui Rio. “O PSD tornou-se um partido subalterno do PS. O PS não quer fazer reformas estruturais. O Dr. António Costa não é um reformista”, garantiu. “O PSD colou-se ao PS, mostrou disponibilidade permanente que nunca teve, e o PS nunca deu ou pediu”, afirmou, numa alusão aos acordos assinados entre o Governo e o PSD em matérias de fundos estruturais e descentralização.

Serei candidato nas próximas eleições diretas que serão convocadas nas próximas semanas.

Luís Montenegro

Candidato à liderança do PSD

“PSD não pode ser o maior dos pequeninos. Tem de ser o maior dos grandes”

Na entrevista à SIC, o novo candidato à liderança do PSD também apresentou uma estratégia de posicionamento do partido tendo em conta a nova composição do Parlamento. “Dos 226 mandatos atribuídos [faltam quatro], 142 são de partidos da esquerda, centro esquerda ou esquerda mais radical e 84 são do centro político, centro direita, CDS, Iniciativa Liberal e Chega. O espaço político tem 142 de um lado e 84 do outro”, disse. Por isso, questionou: “O PSD vai querer ocupar um espaço que tem tanta gente?”

“Quero um partido vocacionado para ser maioritário. Não pode ser o maior dos pequeninos. Tem de ser o maior dos grandes”, atirou Luís Montenegro, reconhecendo, porém, que esse é um objetivo “difícil de alcançar”. Por isso, não rejeita alianças políticas à direita, exceto com a extrema-direita, representada agora na Assembleia da República (AR) pelo Chega. “O Chega [de André Ventura] não entra nestas contas, porque tem um programa incompatível e inconciliável com o nosso”, rematou.

Luís Montenegro está oficialmente na corrida à liderança do PSD.Paula Nunes/ECO 16 de fevereiro, 2018

Montenegro garante que não está fragilizado pelas viagens pagas ao Euro 2016

O tema das viagens ao Euro 2016 a França — que fizeram de Luís Montenegro um arguido num processo criminal por alegados recebimentos indevidos de vantagens — também foi abordado na entrevista. Questionado sobre se não está fragilizado por estas suspeitas, Montenegro respondeu: “De maneira nenhuma”.

“Estou de consciência absolutamente tranquila e seguro de que não cometi nenhum crime. Há um inquérito há três anos para saber se fui ao Euro, como é que fui ao Euro… eu não cometi nenhum crime e não vou deixar de exercer nenhum dos meus direitos cívicos e políticos”, garantiu. De seguida, sublinhou: “Jamais serei condenado pela prática dos crimes que me foram imputados”, rematou. Prometeu ainda: “Não pedi a suspensão provisória do processo, nem nunca o farei”.

Questionado sobre o que defende relativamente ao lugar no partido dos que têm estatuto de arguidos, acusados ou condenados, Montenegro reconheceu a “total pertinência” da pergunta. E sublinhou que “não e possível dar uma resposta simples”: “Há casos e casos”. Com a acusação, “podem haver razões para a suspensão do mandato, se esta estiver relacionada com o exercício de funções, porque isso deixa a pessoa em causa com um espaço de interação muito limitado”, indicou.

Eu não cometi nenhum crime e não vou deixar de exercer nenhum dos meus direitos cívicos e políticos.

Luís Montenegro

Candidato à liderança do PSD

Permanência de Rui Rio continua a ser incógnita

A entrevista também permitiu um elogio tímido de Luís Montenegro a Rui Rio, que admitiu que se o atual presidente se tivesse comportado nos últimos dois anos como se comportou nestas últimas semanas, poderia ter vencido as eleições. No entanto, “o resultado destas eleições provou que António Costa era batível”, considerou, tendo o PSD sido “incapaz” de canalizar para o partido os votos daqueles que não desejavam ver o PS com uma maioria absoluta, defendeu.

Na noite eleitoral, após conhecer os resultados das eleições, Rui Rio reconheceu que o PSD “não atingiu o seu principal objetivo, que era ter mais um voto e mais um deputado que o PS”. Porém, considerou o resultado “positivo” tendo em conta as “circunstâncias e a hecatombe” que se previa, afirmou. “Ouvi comentadores a dizer que o resultado é um desastre para o PSD. Não há desastre”, garantiu.

Já esta quinta-feira, David Justino, vice-presidente do partido, admitiu que “não é óbvio” que Rui Rio se vá recandidatar à presidência do PSD, fazendo depender a decisão da “vontade” e da “circunstância pessoal” do social-democrata. “Acho que o Dr. Rio, como já é reconhecido e característico da sua forma de atuar, não vai expressar-se quando existe este coro autêntico de apresentação de candidaturas, de críticas, de ataques”, afirmou, em declarações à TSF.

São várias as vozes internas no partido que têm pedido uma nova liderança no PSD, mas está longe de ser certo que Montenegro seja o candidato preferencial para o cargo. Na terça-feira, Aníbal Cavaco Silva, ex-Presidente da República, mostrou-se entristecido com o resultado do PSD nas legislativas e apelou à mobilização dos militantes que se afastaram (ou foram afastados) pela atual liderança. Numa declaração escrita à Lusa, o ex-chefe de Estado mencionou especificamente o nome da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h52)

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Moody’s revê em alta rating do Montepio

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

A agência salienta a descida do crédito malparado para 14,7% no primeiro semestre deste ano (de 15,8% no período homólogo de 2018), resultado de uma venda de carteira de crédito de 239 milhões.

A agência de notação financeira Moody’s reviu em alta o rating do risco de crédito e dos depósitos de longo prazo do Banco Montepio, anunciou esta quarta-feira o banco ao mercado.

De acordo com um comunicado da agência de rating norte-americana, o aumento da classificação do risco de crédito do Banco Montepio passou de ‘caa1’ para ‘b3’, e o dos depósitos do passou de ‘B3’ para ‘B1’.

Para a Moody’s, a alteração do rating (avaliação) do risco de crédito “reflete a melhoria do perfil Macro de Portugal de Moderado para Moderado +”, bem como as “suaves melhorias dos critérios de crédito, como resultado da implementação do plano de transformação 2018-2021”.

A agência salienta a descida do crédito malparado para 14,7% no primeiro semestre deste ano (de 15,8% no período homólogo de 2018), resultado de uma venda de carteira de crédito de 239 milhões de euros e um write-off de 150 milhões.

“Adicionalmente, o banco vendeu uma carteira de 321 milhões de euros em julho, o que resultou num rácio de crédito malparado pro forma de 12,9% em junho de 2019″, nota a agência, que no entanto classifica de “relativamente lenta” a redução de malparado no banco.

A Moody’s destaca também que o banco “tem outras exposições problemáticas, como ativos imobiliários, que se incluídos sobem o rácio de exposição a ativos não produtivos para um pro forma de 20%, considerando a venda de malparado”.

Já relativamente aos depósitos, a melhoria na classificação deve-se à subida do rating do risco de crédito, bem como à metodologia de cálculo da agência sobre o impacto de eventuais falhas do banco nas perdas de cada classe de credor, que fez subir a classificação dos depósitos em dois níveis.

A Moody’s salienta ainda a “baixa probabilidade de apoio governamental, que resulta numa não elevação” do nível das obrigações seniores não garantidas.

Esta avaliação tem origem na preferência atribuída a todos os depositantes em relação aos detentores de dívida sénior em processos de insolvência e resolução de bancos, depois de uma diretiva europeia ter sido transposta para a legislação portuguesa em março de 2019.

Para além destas subidas, a Moody’s subiu ainda a avaliação de base de risco de crédito ajustada, a avaliação de risco de contraparte de longo prazo, a classificação de risco de contraparte de longo prazo, as obrigações subordinadas júnior e as obrigações subordinadas.

Nas descidas, regista-se apenas a dívida sénior não preferencial, que de acordo com um comunicado do Banco Montepio à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “constitui uma nova classe de dívida situada entre a dívida sénior preferencial (senior unsecured debt) e a dívida subordinada (subordinated debt), introduzida no normativo jurídico português” com a transposição da diretiva europeia em março de 2019.

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Manuel Santos Vítor:“Sou um apaixonado pela minha profissão”

Manuel Santos Vítor é o advogado do mês da edição de setembro da Advocatus. Com mais de 30 anos de experiência, garante que os profissionais e as sociedades têm de “abraçar” as mudanças tecnológicas.

O mundo de transferências no setor da advocacia está imparável. Recentemente, Manuel Santos Vítor abandonou a sociedade de advogados PLMJ para integrar o quadro de sócios da Abreu Advogados. Uma saída inesperada após três décadas ao serviço da sociedade liderada por Luís Miguel Pais Antunes.

O advogado integrava a equipa da PLMJ desde 1989, altura em que terminou o seu curso na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nove anos depois ascendeu a sócio daquela sociedade e mais tarde assegurou a gestão durante vários anos, chegando à posição de managing partner por dois anos. Foi o responsável ainda pelo desenvolvimento da área internacional da sociedade.

Senti que era o momento de abraçar um novo projeto” conta Manuel Santos Vítor à Advocatus sobre a saída da PLMJ. “Esta sociedade [Abreu Advogados] seduziu-me com a sua ambição, modernidade e elevado profissionalismo dos colegas em todas as áreas de direito. Os clientes e matérias com que costumo trabalhar impunham que abraçasse um projeto com estas características. Tudo isso se tem vindo a confirmar e acresce a enorme qualidade das relações pessoais e respeito profissional”, explica o advogado.

Nova etapa profissional

O início da nova jornada na Abreu Advogados está a ser “cheio de trabalho”. O novo sócio da Abreu integrou-se rapidamente devido “à ajuda e enorme disponibilidade dos colegas e excelente estrutura da Abreu Advogados” e ainda “por não haver diferenças em relação ao ambiente organizacional e tecnológico em que estava habituado a trabalhar”.

Manuel Santos Vítor conta que muitos dos clientes com quem trabalhava mantiveram a confiança nele e acompanharam-no para o novo projeto, o que impossibilitou que tivesse tempo para “licenças sabáticas ou algo do género”.

Com mais de 30 anos de experiência, assume que o principal desafio que atualmente enfrenta na sua carreira é o mesmo de sempre, “fazer o melhor trabalho possível para que os clientes se sintam satisfeitos, ajudar a que cheguem aos resultados pretendidos, para que renovem a sua confiança”. O advogado acrescentar ainda que respeitar os colegas, as normas da profissão e o Direito e a Justiça são outros pontos a ter sempre em consideração.

Para Manuel Santos Vítor, “esta é uma profissão de homens e mulheres livres. Os clientes contratam-nos porque esperam que sejamos bons profissionais e tenhamos uma enorme franqueza com eles”.

À Advocatus admite que os jovens chegam ao mercado de trabalho “bem preparados, ambiciosos e com vontade de serem advogados, tal como há 30 anos”. Sobre o ensino refere que “as universidades têm aproveitado a acrescida mobilidade e globalização. Há um enorme esforço no sentido de se manterem atualizadas e competitivas e propiciarem condições de ensino e níveis de exigência como nas melhores faculdades estrangeiras”.

Para o sócio da Abreu Advogados as mudanças de paradigma advém do “recurso acrescido a tecnologias, a formação em inglês (a língua franca dos negócios e também do direito), a interação das principais faculdades com faculdades de direito de outros países, partilhando conhecimentos, métodos, docentes, alunos, desenvolvendo projetos conjuntos”.

Corporate e M&A

O sócio da Abreu Advogados centra a sua prática na área de corporate (comercial e societário) e M&A, prestando apoio a importantes grupos empresariais, nacionais e estrangeiros. “Há felizmente uma enorme atividade de M&A nos mais diversos setores sobretudo nas áreas tecnológicas, energia, imobiliário, turismo e hotelaria. Esperamos que assim continue bem sabendo que somos uma pequena economia aberta e, portanto, muito dependente do que se passa lá fora”, explica o advogado. Manuel Santos Vítor acrescenta ainda que “os investidores são empresas estrangeiras com interesse num país estável, seguro e sem grandes sobressaltos no sistema jurídico. Não podemos estragar o que temos de melhor”.

A sua vasta experiência em corporate e M&A engloba ainda o setor dos seguros e da aviação. Nos últimos tempos tem também desenvolvido atividade nos setores de energia, nomeadamente renováveis e oil & gas, e recursos naturais, em Portugal e África, sobretudo em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. “É necessário um esforço contínuo para estar a par dos desenvolvimentos jurídicos nessas jurisdições. É também necessário entender que há, por vezes, diferenças assinaláveis entre o que uma lei prevê expressamente e a forma como a mesma é interpretada e aplicada”, explica Manuel Santos Vítor.

Desafios da profissão

Numa era demarcada pela inteligência artificial e por um desenvolvimento acentuado das novas tecnologias e das estratégias de marketing, o sócio da Abreu Advogados defende que os profissionais e as sociedades têm de “abraçar” as mudanças, sem nunca desrespeitar “as normas éticas e profissionais” que vinculam os mesmos. “Há enorme concorrência em Portugal e nessas jurisdições com sociedades estrangeiras, muitas delas enormes, globais e com projetos de excelência. Temos de ser competitivos com essas sociedades e conseguimos sê-lo”, assegura o advogado.

Se tivesse a oportunidade de voltar atrás no tempo e mudar de área, Manuel Santos Vítor garante que “faria tudo de novo” demonstrando o seu amor pela profissão e pelo o que faz diariamente. “Trabalho muito, aprendo com diferentes clientes e colegas todos os dias numa profissão que exige muito de nós, é muito intensa mas também muito aliciante e motivadora”, explica o sócio da Abreu Advogados.

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Real Vida Seguros passa a ter 4,34% dos direitos de voto da Pharol

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

A Real Vida Seguros passou a deter 38.875.874 ações, correspondentes a 4,34% dos direitos de voto na Pharol, conforme comunicad à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A Real Vida Seguros passou a ter uma participação qualificada de 4,34% da Pharol, conforme foi esta quarta-feira comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliáros (CMVM).

De acordo com a informação remetida esta quarta-feira ao mercado, na terça-feira, a Real Vida Seguros passou a deter 38.875.874 ações, correspondentes a 4,34% dos direitos de voto na Pharol.

A Real Vida Seguros é detida na totalidade, desde setembro de 2013, pela Patris Investimentos.

Na sessão desta quarta-feira da bolsa, as ações da Pharol desceram 1,34% para 0,10 euros.

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PS e BE vão continuar a negociar. Catarina Martins tenta incluir medidas do Bloco no Programa de Governo

António Costa e Catarina Martins vão continuar a negociar. Ambos ainda tentam uma solução que passa por um acordo mais sólido. Primeiro-ministro indigitado espera conclusões na próxima semana.

O PS e o Bloco de Esquerda vão continuar a negociar uma solução que dê estabilidade política para a próxima legislatura. António Costa quer conclusões na próxima semana. Catarina Martins diz que partidos trabalham para ver se é possível incluir medidas dos bloquistas no Programa de Governo.

“Foi uma reunião muito produtiva que permitiu avaliar condições de trabalho para a próxima legislatura”, disse António Costa no final da reunião que teve com o Bloco de Esquerda. “Convergimos quanto à vontade de prosseguir”, assinalou, adiantando, porém, que, quanto aos “modos concretos para trabalhar em conjunto, vamos continuar a avaliar nos próximos dias“.

Ou seja, o que vai ser definido até “à próxima semana” é o “grau de compromisso que podemos ter”, explicou o líder do PS, adiantando que foram identificados os pontos de convergência, divergência e os pontos em que é preciso trabalhar.

Costa falou ainda sobre o calendário esperado para os próximos dias, apontando para “se tudo correr bem, na melhor das hipóteses, a Assembleia da República toma posse a 21 ou 22 de outubro” pelo que o novo Executivo tomará posse no dia seguinte.

Catarina Martins falou também aos jornalistas no final do encontro, tendo dito que “o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta de caminho para entendimento que possa ser plasmado no Programa de Governo”. Caso este cenário não seja possível, o Bloco admite negociar legislação e Orçamentos.

“Queremos aprofundar o que foi feito”, disse a líder do Bloco, acrescentando que o partido “também não fecha a porta negociar medidas de Orçamento do Estado e de legislação essencial ao país.

Catarina Martins não quis adiantar mais detalhes quanto às matérias que estão a ser negociadas e, nomeadamente, se houve alguma que tenha sido rejeitada à partida, embora na noite eleitoral tenha avançado quais os pontos principais que os bloquistas destacam nestas negociações, como a nacionalização dos CTT.

(Notícia atualizado às 20:18)

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Caixa tem luz verde para vender operação na África do Sul. Vai encaixar 192 milhões de euros

Reguladores deram luz verde à venda do sul-africano Mercantile Bank ao Capitec Bank. Venda vai ser por 192 milhões de euros, mas transação tem um impacto patrimonial positivo estimado em 60 milhões.

As autoridades sul-africanas deram luz verde à venda do Mercantile Bank ao Capitec Bank. A operação, que só deverá estar concluída em novembro, será feita por 192 milhões de euros, mas ainda poderá haver ajustamentos. A transação tem um impacto patrimonial positivo estimado em cerca de 60 milhões de euros, de acordo com a nota que a Caixa enviou ao mercado.

Esta operação, tal como a venda em Espanha, poderá ajudar os resultados da Caixa, que registou um lucro do semestre de 417,5 milhões de euros e não 282,5 milhões como previsto inicialmente.

“A participação na Mercantile será alienada por um preço global de 3.200 milhões de rands sul-africanos, cerca de 192 milhões de euros (considerando uma taxa de câmbio EUR/ZAR de 16,7). Considerando as informações atualmente disponíveis, esta transação tem um impacto patrimonial positivo estimado em cerca de 60 milhões de euros”, refere o comunicado publicano na CMVM.

No entanto, o valor de venda não está fechado. “Está sujeito a ajustamentos decorrentes da variação patrimonial (Net Asset Value) da Mercantile entre a data de referência estabelecida no acordo de venda direta (30 de Abril de 2018) e o último dia do segundo mês anterior à respetiva data da sua efetiva alienação, bem como a ajustamentos decorrentes da variação cambial, pelo que o impacto patrimonial final para a CGD só será conhecido após a conclusão do processo de alienação”, acrescenta o comunicado.

Na informação que é prestada ao mercado, a Caixa explica que esta declaração “conclui o processo de aprovação, por parte das autoridades competentes” e que o processo de alienação “deverá estar concluído durante o mês de novembro de 2019”.

(Notícia atualizada)

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Empresas, câmaras e IPSS vão ter 100 milhões para aumentar eficiência energética. Incluindo comprar carros elétricos

Os apoios para as empresas podem servir, por exemplo, para a instalação de novas tecnologias mais eficientes, a substituição de frotas através da aquisição de veículos elétricos ou a gás natural.

As empresas, a Administração Local, habitação social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) vão receber 101 milhões de euros para aumentar a eficiência energética. Este financiamento é disponibilizado através de fundos comunitários.

Na distribuição destes fundos europeus lançados a concurso, caberá às empresas 24,5 milhões, 32,5 milhões de euros são para as IPSS, 19 milhões para edifícios das câmaras e 25 milhões para edifícios de habitação social, anuncia o Governo, numa nota enviada pelas secretarias de Estado do Desenvolvimento Regional e da Energia.

O financiamento é também dividido por regiões em Portugal Continental. Lisboa fica com a maior fatia, de 33 milhões de euros, seguida pelo Centro, com 26 milhões de euros. Para o Norte há 25 milhões de euros, 13 milhões vão para o Alentejo e quatro milhões para o Algarve.

No caso das empresas, os apoios podem servir para a instalação de novas tecnologias mais eficientes, a substituição de frotas através da aquisição de veículos elétricos ou a gás natural ou à instalação de painéis solares e outras fontes de energia renovável.

Já nos edifícios públicos ou privados, os fundos podem destinar-se à instalação de isolamento térmico na envolvente de edifícios, à instalação de janelas com corte térmico ou a soluções de iluminação que impliquem poupança de energia.

“Os apoios agora anunciados são parte de um total de 730 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Fundo de Coesão destinados, no âmbito do Portugal 2020, à melhoria da eficiência energética em Portugal Continental”, aponta o Governo, em comunicado.

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Câmara de Matosinhos prevê investir 80 milhões para reabilitar habitações degradadas

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

A Câmara de Matosinhos prevê investir 80 milhões de euros num programa de obras no parque habitacional municipal, bem como em casas de particulares que vivam em condições indignas.

A Câmara de Matosinhos prevê um investimento de 80 milhões de euros num programa de obras no parque habitacional municipal, bem como em casas de particulares que vivam em condições indignas, indicou esta quarta-feira a presidente local.

Em causa o “1.º Direito”, um dos eixos da Estratégia Local de Habitação (ELHM) que o concelho de Matosinhos, distrito do Porto, está a elaborar no âmbito da Nova Geração de Políticas de Habitação.

Esta resposta dirige-se “especificamente a pessoas e famílias que vivem em condições indignas e que não têm capacidade financeira para aceder a uma solução habitacional adequada”, descreve nota da autarquia.

Já em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, apontou que “a grande novidade” da medida é que será possível financiar também obras nas habitações de privados, ou seja, “os próprios proprietários de residências que não têm condições de salubridade podem candidatar-se a financiamento”.

“É uma aposta grande na reabilitação do edificado não só construindo nova habitação, [municipal], mas também readaptando e reabilitando edifícios já construídos, abarcando também casos particulares. Depois de aprovarmos a candidatura, um dos grandes desafios será fazer chegar esta informação para que os particulares apresentem candidaturas”, descreveu Luísa Salgueiro.

A ELHM 1.º Direto foi aprovada por unanimidade na terça-feira em reunião camarária privada e será submetida à Assembleia Municipal de Matosinhos para depois ser apresentada em novembro ao Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1º Direito, gerido pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

O documento enumera um conjunto de intervenções, a concretizar no período 2020/2025, que poderão abranger cerca de 2.700 agregados familiares.

Luísa Salgueiro acredita que este programa venha a abranger cerca de 6.300 pessoas e que o cenário de Matosinhos em 2025 seja, frisou, “completamente diferente na área de habitação”.

“Matosinhos tem atualmente perto de 800 pedidos de habitação. Pensamos que com esta nova linha orientadora podemos acudir à grande maioria dos pedidos que temos pendentes e somar os proprietários que vivem em casas degradadas, mas não têm meios financeiros para fazer obras”, acrescentou a presidente de Câmara.

A autarca adiantou ainda que vai ser disponibilizado um gabinete para auxiliar os particulares a fazerem as candidaturas, isto tendo em conta que “muitos, tratando-se de famílias que não têm muitos recursos, podem hesitar por considerarem que este é um processo complexo”.

Serão considerados no programa, agregados familiares que demonstrem estar numa situação de fragilidade, nomeadamente famílias alargadas ou em situação de dependência económica.

Luísa Salgueiro admitiu que a análise terá de ser feita “caso a caso”, defendendo que cada situação tem de ser vista “casuisticamente ao detalhe”, e sublinhando que o ELHM 1.º Direto “também prevê financiamento para a reabilitação dos bairros municipais”.

O investimento total de 80 milhões de euros inclui “o custo do próprio Município, dos proprietários privados e o apoio do programa, que será concedido combinando apoios não reembolsáveis e empréstimos bonificados”, acrescenta a nota camarária.

Mas não se esgotam aqui as novas políticas para habitação. Também pretendemos responder aos casais de classe média que pelos seus próprios rendimentos não acedem a casas ou a jovens que se querem emancipar através de outros eixos e de outras candidaturas”, salvaguardou, por fim, Luísa Salgueiro.

Em março deste ano, a Câmara de Matosinhos já tinha avançado que estava a trabalhar na criação de uma Estratégia Local de Habitação para conjugar novas soluções de habitação, nomeadamente arrendamento acessível para a classe média e residências partilhadas, com serviços complementares.

“A ELH de Matosinhos não só prevê novas soluções de habitação, nomeadamente o acesso a fogos para arrendamento acessível para a classe média, residências partilhadas para o público jovem (estudantes/trabalhadores) e sénior, com serviços complementares, não excluindo a manutenção dos incentivos à reabilitação urbana e o investimento na regeneração física e social por via de uma visão policêntrica do território, como procura quantificar as necessidades e dificuldades no acesso ao mercado”, lia-se na informação da Câmara disponibilizada à época.

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Fed discute até onde devem ir cortes nas taxas de juro

As minutas da última reunião da Fed, que levou a uma descida dos juros, mostram que os responsáveis começaram a discutir até onde devem ir os cortes na taxa diretora.

Os responsáveis da Fed começaram a discutir até onde deve ir a política de descida dos juros, num contexto de abrandamento da economia global e aumento da incerteza comercial. As minutas da reunião do banco central em setembro, que levou a uma descida nos juros, também mostram que os responsáveis pela política monetária norte-americana estão preocupados com o impacto que esses riscos podem ter no mercado laboral dos EUA.

Alguns participantes sugeriram mesmo que o comunicado da Fed, a divulgar após a reunião, deveria ser mais claro sobre o momento em que é mais provável que “a recalibração do nível do ritmo da política em resposta à incerteza comercial” tenha um fim. Isto porque alguns oficiais mostraram desconforto com a diferença entre as expectativas dos investidores para cortes futuros e as próprias projeções da Fed sobre o caminho mais apropriado a seguir, de acordo com a Bloomberg (acesso condicionado).

Mas houve acordo em torno da desaceleração da economia global. E houve até quem tenha apontado para modelos económicos que indicam um aumento da probabilidade de uma recessão no médio prazo, segundo as minutas publicadas esta quarta-feira.

“Surgiu uma fraqueza prolongada na despesa com investimento, produção e exportação”, referem as minutas, que mostram que os responsáveis também concordaram que “os riscos negativos para as perspetivas de atividade económica aumentaram” desde a reunião anterior, em julho. Especificamente, riscos associados à “incerteza e às condições da política comercial no exterior”, cita o The Wall Street Journal (acesso pago).

A publicação das minutas teve uma reação limitada por parte das bolsas norte-americanas. Os índices estão em alta, com ganhos acima de 1%, perante novas informações que mostram que a China está mais aberta a fechar um acordo comercial com os EUA do que o antecipado no início da semana. As autoridades chinesas e norte-americanas têm reunião marcada para esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 19h43 com mais informações)

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Veículos clássicos no portfolio da Fidelidade

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2019

Para quem tem automóvel clássico e também um atual, a seguradora pensou uma apólice especial com preço variável conforme a sua qualidade, importância histórica, raridade ou exclusividade.

Aplica-se a ligeiros de passageiros, motociclos, ciclomotores e todo-o-terreno certificados ou com mais de 25 anos e a veículos todo-o-terreno construídos há mais de 35 anos e destina-se a clientes particulares que, além da sua viatura de uso habitual, possuam outros mais antigos com determinadas características. Trata-se do seguro para veículos clássicos da Fidelidade.

O Jornal dos Clássicos revela que o seguro Fidelidade Automóvel apresenta três planos, com proteção crescente, para veículos clássicos, com ou sem Certificado de Veículo de Interesse Histórico.

Foi criado este ano e “destina-se a clientes particulares que, além da sua viatura de uso habitual, possuam veículos clássicos que reúnam características de qualidade, importância histórica, raridade ou exclusividade, que se encontrem em bom estado de conservação e que não circulem mais de 3.000 km por ano, não sendo utilizados como meio de transporte habitual ou para fins comerciais”.

Quem estiver interessado em contratar este seguro tem de ser proprietário de um veículo clássico e de uma viatura de utilização no seu dia-a-dia, com seguro na Fidelidade e da qual seja o condutor habitual declarado.

Deve ter mais de 25 anos e um mínimo de dois anos de carta de condução e não apresentar sinistralidade nos últimos dois anos na matrícula a segurar.

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Insurtech Next Insurance torna-se unicórnio após investimento da Munich RE

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2019

A Next Insurance foi avaliada acima de mil milhões de dólares para a tomada de 27,5% do capital pela gigante resseguradora alemã. Um dos maiores negócios de sempre de uma insurtech.

A Munich Re, a segunda maior resseguradora do mundo, com 35 mil milhões de dólares prémios emitidos em 2018, reforçou o seu investimento na Next Insurance, uma insurtech nascida há apenas três anos em Palo Alto, desde sempre apoiada pela empresa alemã.

Os fundadores da Next Insurance: Alon Huri e Nissim Tapiro estão habitualmente em Tel Aviv, Israel, Guy Goldstein em Palo Alto, nos Estados Unidos.

A Munich Re já tinha investido por duas vezes na Next Insurance, quando do lançamento desta em 2017 e nos reforços de capital em 2018, tendo sido a financiadora integral do novo capital agora injetado no valor de 250 milhões de dólares, em que comprou participações de outros parceiros iniciais do projeto, ficando com uma posição de 27,5% após esta última operação.

Até hoje a a Next Insurance angariou 381 milhões de dólares entre investidores, e embora os prémios emitidos tenham atingido apenas 44 milhões em 2018, a sua avaliação para esta operação exclusiva da Munich Re, superou mil milhões de dólares, passando à categoria de unicórnio.

A explicação está no posicionamento e na tecnologia. Desde o início a Next Insurance foi digital only dirigida para pequenos e médios negócios e novas profissões e atividades. É visível que procura cativar com base na simplicidade, no preço e em alguma customização dos produtos para clientes como cuidadores de saúde, palhaços, soldadores, agentes imobiliários, DJ’s, personal trainers, instrutoras de yoga, ou organizadores de eventos. Já conquistou 70 mil clientes com mais de mil atividades ou profissões diferentes e muitas delas inovadoras.

Explicando todo este envolvimento da Munich Re, sempre tradicional e ligada a grandes riscos e grandes clientes, Joachim Wenning, CEO e chairman da Munich Re, afirma que “o modelo de negócio da Next Insurance, baseado em tecnologia e dados, oferece uma extraordinária oportunidade de crescimento que aproveitaremos em conjunto”, acrescentando que a Next “vai beneficiar da nossa experiência em seguro e resseguro”. Wenning conclui que “este investimento expressa a determinação da Munich Re em se tornar líder no campo das soluções digitais para a indústria seguradora”.

O envolvimento da Munich Re na empresa deu-se quando se tornou resseguradora a 100% para este negócio, com cedências da Markel e da State National, as seguradoras diretamente beneficiadas com a operação da Next, mas que nunca investiram na empresa.

Mercado de seguros para PME vale 139 mil milhões de dólares anuais

A Munich Re avalia o mercado das pequenas e médias empresas nos Estados Unidos em 139 mil milhões de dólares anuais, “muito apetecível”, comenta Wenning e, por enquanto, é o único mercado explorado pela Next Insurance, embora também disponha de uma base em Israel.

Quanto a Guy Goldstein, co-fundador e CEO da Next Insurance, comentou “trabalhamos com a Munich Re desde o começo e eles foram um grande parceiro que nos ajudou a crescer e desenvolver o nosso negócio”, e acrescenta que com este novo investimento “vai permitir que façamos crescer a equipa, desenvolver tecnologia e acelerar o crescimento de clientes”.

O total de financiamento de 381 milhões de dólares obtido pela Next Insurance nos três anos de vida como start up insurtech não é caso isolado nos Estados Unidos. Em abril deste ano a Lemonade obteve financiamento de 300 milhões e, no ano passado, a especializada em automóvel Root Insurance levantou 100 milhões de dólares. Ainda relevantes são a Clover Health e a PolicyBazaar.

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Lego vai pôr à venda mais três “sets” desenhados por fãs

Três novos "sets" da Lego vão chegar às prateleiras das lojas. Mas estes são especiais: foram desenhados por fãs da marca, depois de passarem por um processo de aprovação da comunidade.

Um piano em lego que pode ser tocado. Uma Baía dos Piratas. O famoso número 123 da Rua Sésamo. Estes são três projetos de fãs da marca dinamarquesa que foram votados e aprovadas através da plataforma Lego Ideas. No próximo ano, serão lançados como produtos oficiais.

“Ficámos muito impressionados com o engenho e a criatividade demonstrada nestes três sets e estamos ansiosos para os lançar em 2020. A Rua Sésamo, em particular, inspirou, educou e fez as delícias das crianças durante 50 anos e mal podemos esperar por trazer essas personagens e histórias à vida em Lego”, refere Monica Pedersen, senior marketing manager do grupo, num comunicado.

O Nº 123 da Rua Sésamo “123 Sesame Street” foi criado pelo filipino Ivan Guerrero e conhecido online como “Bulldoozer21”. Junta-se a ele o “Playable Lego Piano”, desenvolvido pelo chinês Donny Chen, que assina como “SleepyCow”. O espanhol Pablo Jiménez, ou “Bricky Brick online”, criou o design do “The Pirate Bay”. Todos eles verão agora as suas criações serem aperfeiçoadas por um designer da marca e chegarem às prateleiras já no ano que vem.

Criada em 2008, a Lego Ideas é uma plataforma online onde os fãs podem submeter as ideias para futuros sets Lego, para que outros comentem e votem. As submissões que alcançarem os 10.000 votos são avaliadas pela marca e as que forem aprovadas torna-se peças oficiais, depois de aperfeiçoadas pelos especialistas da marca, em parceria com o fã que criou o set. Até ao momento foram já 27 os sets lançados através da Lego Ideas.

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