Campanha oficial para as legislativas arranca hoje. PS e PSD estarão a norte, CDS ao centro, PCP e BE a sul

  • Lusa
  • 22 Setembro 2019

A campanha oficial para as legislativas de06 de outubro arranca este domingo, apesar de estar na rua há semanas, com os líderes a espalhar-se de norte a sul do país.

A campanha oficial para as legislativas de 6 de outubro arranca este domingo, apesar de estar na rua há semanas, com os líderes a espalhar-se de norte a sul do país. No dia em que há eleições regionais na Madeira, o presidente do PSD e o secretário-geral do PS optaram por fazer campanha a norte.

Se não chover, Rui Rio fará um passeio de bicicleta no Porto para assinalar o dia europeu sem carros, e António Costa tem previsto um passeio nas ruas de Espinho, distrito de Aveiro.

É preciso descer no mapa até à Guarda para encontrar a caravana do CDS e de Assunção Cristas, que vai visitar a feira farta, na cidade mais alta do país, e depois desce até ao distrito de Santarém para um passeio na margem do Tejo, em Valada, perto de Salvaterra de Magos.

Os restantes líderes, do Bloco de Esquerda e do PCP, estarão a sul. Catarina Martins vai almoçar com personalidades ligadas à cultura, em Queluz. Jerónimo de Sousa participa num encontro com artistas e trabalhadores da cultura, no Museu do Aljube, na capital, almoça com militantes e apoiantes em Barcarena, Oeiras, e tem uma festa-comício em Loures, distrito de Lisboa.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que elege um deputado em 2015, não tem previstas ações no primeiro dia oficial de campanha, período que se prolonga por duas semanas, até 04 de outubro, sendo o dia 05 o dia de reflexão.

Em dia de eleições na Madeira, os maiores partidos têm previstas declarações, à noite, nas suas sedes partidárias, em Lisboa, sobre os resultados das regionais naquela região autónoma.

As caravanas dos partidos fazem milhares de quilómetros, de norte a sul país, e investem milhares de euros nas campanhas eleitorais – este ano os orçamentos dos 21 partidos e coligações atingem 8,1 milhões, ainda assim abaixo dos gastos de 2015.

Segundo um estudo, da autoria de Marco Lisi, investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS), com base em inquéritos pós-eleitorais, um mês antes das eleições de outubro de 2015, a grande maioria dos eleitores inquiridos (70%) já tinha decidido o seu sentido de voto, 10% decidiu durante o mês antes, enquanto menos de 20% restantes afirmaram que só o fizeram na semana anterior à votação, durante a campanha eleitoral.

Os portugueses vão às urnas em 06 de outubro para escolher os 230 deputados à Assembleia da República, numas eleições que determinarão depois a escolha do futuro Governo.

Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas em democracia, incluindo as eleições para a Constituinte, em 1975, um ano após a “Revolução dos cravos”, em 25 de Abril de 1974.

Às eleições de outubro concorrem partidos e coligações em número recorde – 21 – embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais. No total, são eleitos 230 deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um aumento da taxa de abstenção, uma tendência à escala europeia.

Depois de terem concorrido em coligação em 2015, PSD e CDS apresentam-se em separado às eleições. O PS também concorre sozinho, o mesmo acontecendo ao Bloco de Esquerda. O PCP apresenta-se, mais uma vez, na CDU, com o PEV e independentes. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que entrou no parlamento em 2015, volta a candidatar-se com listas próprias.

Nestas eleições, há quatro partidos novos – Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega, Iniciativa Liberal. Em 2015, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 44,4%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1985, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.

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Já se pode inscrever para votar antecipadamente nas legislativas

Os eleitores recenseados em Portugal podem fazer o pedido para votar antecipadamente entre 22 e 26 de setembro. Quem o fizer vota numa mesa à escolha no domingo antes das eleições.

Estão a aproximar-se as eleições legislativas, que se irão realizar a 6 de outubro. Tal como aconteceu nas europeias de maio, todos os eleitores recenseados em Portugal vão poder pedir o voto antecipado, caso não tenham disponibilidade na data das eleições. Quem o fizer poderá votar no domingo antes das legislativas.

Para poder votar antecipadamente tem de o pedir, na plataforma preparada para tal ou por via postal, entre 22 e 26 de setembro. Justificação não é necessária, sendo que basta ser eleitor recenseado no território nacional para poder exercer o chamado voto em mobilidade.

Se pedir o voto antecipado, pode escolher onde irá votar a 29 de setembro. Vai existir uma mesa de voto antecipado em cada sede de distrito e em cada uma das ilhas das Regiões Autónomas. Quando chegar o dia, terá apenas de se dirigir ao local escolhido, levar um documento de identificação e indicar a freguesia onde está recenseado, que é onde o seu voto vai ser contado.

Aqueles que pediram o voto antecipado mas mesmo assim não conseguirem comparecer, podem ir na mesma votar normalmente no dia 6. Os doentes internados em estabelecimentos hospitalares e os presos não privados de direitos políticos tiveram também oportunidade de pedir o voto antecipado, até 16 de setembro.

O voto antecipado foi alargado a todos os eleitores, sem ser necessário dar justificação, no ano passado. Foi nas eleições europeias, em maio, que o mecanismo foi usado pela primeira vez e foram mais de 19.500 as pessoas que se inscreveram. Acabaram por se formar várias filas para votar nessa altura, sendo que o Governo está a preparar-se agora para conseguir dar resposta aos eleitores. Entre as medidas aplicadas está a escolha de um espaço maior para as mesas de voto em Lisboa e no Porto.

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Os políticos em Portugal são bem pagos? Veja em que setores estão os melhores salários

Os políticos são bem pagos? E quem trabalha no privado? O ECO foi comparar os salários. Os deputados têm uma remuneração superior à média do setor mais bem pago no privado, o da eletricidade.

Os políticos devem ganhar mais? A pergunta foi lançada no debate das rádios para as legislativas de outubro. Nenhum líder partidário responder sim, preferindo destacar que, em geral, os salários em Portugal são baixos. Mas afinal quanto recebe a classe política e quanto levam para casa os outros trabalhadores?

No caso dos políticos, a referência é o salário do Presidente da República que tem uma remuneração base mensal bruta de 7.630,33 euros. A este valor são retirados os 5% de corte nos salários dos políticos — a única redução salarial imposta nos anos da troika que ainda está em vigor. Assim, o vencimento mensal ilíquido que Marcelo Rebelo de Sousa é de 7.248,81 euros.

Na hierarquia do Estado é o presidente do Parlamento que surge depois do Presidente da República. E o vencimento ilustra isso mesmo. O presidente da Assembleia da República tem um vencimento correspondente a 80% do salário do Chefe do Estado, ou seja, 5.799,05 euros brutos, já com o corte de 5% incluído.

O primeiro-ministro recebe 75% do que aufere o Presidente da República, ou seja, 5.436,6 euros. Já os ministros levam para casa 4.711,7 euros brutos e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa tem um vencimento ilíquido de 3.986,85.

Abaixo destes valores fica o salário dos deputados que fica em 3.624,41 euros.

Estes valores são brutos e por isso ainda estão sujeitos a IRS e aos descontos para a Segurança Social. Apesar de já estar aqui contabilizado o corte de 5% nos salários dos políticos — que António Costa quer eliminar na próxima legislatura –, não estão aqui incluídas outras parcelas remuneratórias como as ajudas de custo ou as despesas de representação.

Entre estes valores, o mais baixo é o de deputado à Assembleia da República. No entanto, este valor mínimo fica acima da média da remuneração bruta total do setor de atividade mais bem pago. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a remuneração média no setor da “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” era, no segundo trimestre deste ano, de 3.372 euros. Um valor muito superior aos 1.180 euros que a média dos trabalhadores em Portugal recebe. A seguir a este setor de atividade surgem as “atividades financeiras e de seguros”, onde a remuneração média é de 2.401 euros. Em último lugar estão os trabalhadores da “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” com um salário de 787 euros brutos.

Os dados do INE são recolhidos através da declaração mensal de remunerações da Segurança Social que serve de base aos descontos que cada trabalhador faz para a formação da sua pensão e para outras prestações sociais contributivas.

Já os dados da Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP) mostram que, em abril deste ano, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em cerca de 1.482,5 euros.

Mas apesar de os políticos ganharem mais face aos restantes portugueses, António Costa defendeu, no debate a seis nas rádio, a criação de uma comissão de vencimentos que definisse os salários dos políticos, um trabalho quer seria feito em três legislaturas. Comissão essa que será composta por ex-Presidentes da República, antigos presidentes do Tribunal de Contas e outros e que tem por missão fixar “uma tabela de vencimentos” que entraria em vigor na legislatura seguinte.

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É em Nova Iorque que está a nascer o maior edifício residencial do mundo. Central Park Tower fica concluído em 2020

Os primeiros dos 179 luxuosos apartamentos do Central Park Tower já começaram a ser vendidos. Preços arrancam nos 6,3 milhões e vão até aos 57 milhões de euros.

É junto ao famoso Central Park, em Nova Iorque, que está a nascer o maior edifício residencial do mundo. A Central Park Tower deverá estar concluída já no próximo ano, com uma altura de cerca de 500 metros. Os primeiros apartamentos já estão à venda e os preços chegam aos 63 milhões de dólares (57 milhões de euros).

“É um feito maravilhoso, inacreditável”. As palavras são de Anthony Mannion, da Lendlease, uma das empresas envolvidas na construção deste edifício, localizado na West 57th Street e inserido na Billionaires’ Row, uma zona de arranha-céus luxuosos em Manhattan. Embora só fique concluído no próximo ano, o edifício chegou esta semana à altura final: 472 metros.

Uma vez terminada, a torre vai contar com 179 apartamentos de luxo, para além de uma loja da Nordstrom com sete andares e um Central Park Club com quase 5.000 metros quadrados exclusivos para os residentes. E as habitações já estão à venda: um T2 com 196 metros quadrados começa nos 6,3 milhões de euros, enquanto um T5 com 657 metros quadrados custa 57 milhões de euros.

Subir de elevador até ao topo deste arranha-céus — 133.º andar — demora cerca de dez minutos e, uma vez concluída a obra, o elevador irá atingir uma velocidade de cerca de 610 metros por minuto, diz o Business Insider (conteúdo em inglês).

“É possível ver todos os sítios, em todas as direções”, disse Gary Barnett, fundador e presidente da Extell Development, responsável pelo edifício, durante a cerimónia de apresentação. “É possível ver todo o horizonte de Manhattan à noite, sem ninguém a tapar as vistas”.

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PAN defende “transparência” nos contratos com empresas de familiares de políticos

  • Lusa
  • 21 Setembro 2019

O PAN entende que o parecer da PGR relativamente aos contratos celebrados com familiares de titulares de cargos políticos ou com empresas por eles participadas, deveriam ser "públicos".

O porta-voz do PAN, André Silva, defendeu este sábado, no Porto, que são necessários “mecanismos de maior transparência” na regulação dos contratos celebrados com familiares de titulares de cargos políticos ou com empresas por eles participadas.

“Sabemos que o regime de incompatibilidades e o conflito de interesses em Portugal ainda está longe de estar bem regulamentado”, disse André Silva aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Comercial Bombarda (CCB), no Porto.

Sabemos que o regime de incompatibilidades e o conflito de interesses em Portugal ainda está longe de estar bem regulamentado.

André Silva

Porta-voz do PAN

O porta-voz do PAN sublinhou que o partido sempre “entendeu” que o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) relativamente aos contratos celebrados com familiares de titulares de cargos políticos ou com empresas por eles participadas, deveriam ser “públicos”, tal como “aconteceu”.

“Mais do que a posição do parecer, o que entendemos e sempre dissemos é que este parecer da PGR devia ser público, foi, e que o primeiro-ministro, que decidiu pedir este parecer […] tivesse tomado uma decisão que fosse consequente com o parecer, assim o fez”, frisou.

O primeiro-ministro, António Costa, homologou na sexta-feira o parecer da PGR sobre incompatibilidades e impedimentos de políticos, no qual se recusam interpretações estritamente literais – e até inconstitucionais – das normas jurídicas.

De acordo com o gabinete do governante, relativamente a contratos celebrados com familiares do titular de cargo político ou com empresas por eles participadas, a PGR considera que “deve entender-se que o impedimento não abrange os contratos celebrados com toda e qualquer entidade pública, mas apenas os celebrados com entidades que estão sob algum tipo de dependência face ao titular de cargo político”.

O parecer foi requerido em 30 de julho passado por António Costa ao Conselho Consultivo da PGR, após se ter instalado a polémica sobre negócios entre governantes e empresas de familiares, que ficou conhecida como ‘family gate’ e que surgiu no âmbito da polémica das golas antifumo

Em declarações aos jornalistas, André Silva lembrou que uma das propostas do PAN, nesta matéria, é a criação de uma “plataforma” onde os “lobbistas, as pessoas e entidades que representam possam estar obrigatoriamente registadas”.

“Além de registadas, que tenham inscrito todas as atividades que representam e que acima de tudo, exista a chamada ‘pegada legislativa’, isto é, que todos os partidos e pessoas que estejam registados nesta plataforma de forma obrigatória possam inscrever, nas reuniões e no decurso do processo legislativo, todos os encontros que tiveram, que interesses estão a representar e que iniciativa legislativa é que estão a fazer”, explicou.

André Silva acredita que este mecanismo de “maior transparência” permitirá que todos saibam “que interesses e conflitos de interesses é que estão a existir em cada momento”.

Numa visita direcionada à “atividade artística e cultural”, o líder do PAN defendeu um “reforço” das verbas para a cultura e a criação de “estatuto do criativo”.

Segundo André Silva, o aumento do IVA de 6% para 13% no setor da hotelaria, permitiria que cerca de “235 milhões de euros” fossem canalizados para o setor da cultura.

“Temos uma proposta concreta para aumentar o setor da cultura que visa consignar o adicional da subida de IVA de 6% para 13% da hotelaria. Fizemos as contas, dá cerca 235 milhões de euros, o que no fundo, dobra o orçamento […] Pensamos que o setor como o turismo, que vive acima de tudo da cultura e do património, pode ser ele mesmo financiador e apoiar este setor”, referiu.

Além de um reforço das verbas, o PAN defende a criação de um “estatuto criativo” e de “bases salariais mínimas” que protegem as pessoas que vivem da cultura e que “têm trabalho em descontinuidade”.

“Pensamos que é importante fazer esse reforço na cultura, não só ao nível do orçamento, mas também das pessoas que vivem da cultura e que muitas vezes em situações menos estáveis e mais precárias”.

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Julgamento de ex-líder da Nissan deve começar em abril

  • Lusa
  • 21 Setembro 2019

Carlos Ghosn enfrenta quatro acusações, duas das quais (relativas a remunerações não declaradas) envolvem também o seu ex-colaborador Greg Kelly e o construtor automóvel Nissan.

A primeira audiência pública do julgamento no Japão de Carlos Ghosn, ex-líder da Nissan, está prevista para abril de 2020, indicou este sábado uma fonte à AFP, confirmando uma informação da agência japonesa Kyodo. A data ainda não está definitivamente marcada, mas, segundo a Kyodo, “o tribunal de Tóquio quer organizar até três audiências por semana a partir de 21 de abril”.

“É isso que está no calendário distribuído pelo tribunal”, disse à AFP fonte próxima do dossiê, sem poder adiantar mais detalhes. Está previsto que sejam também ouvidos antigos e atuais responsáveis da Nissan, segundo a Kyodo.

Carlos Ghosn enfrenta quatro acusações, duas das quais (relativas a remunerações não declaradas) envolvem também o seu ex-colaborador Greg Kelly e o construtor automóvel Nissan.

É também acusado de “abuso de confiança agravado” devido a alegadas transferências de fundos para intermediários da Nissan na Arábia Saudita e Omã, alguns dos quais seriam utilizados para investimentos pessoais.

Ex-líder da Nissan, da Renault e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, Ghosn foi detido em novembro de 2018 e libertado sob caução na primavera passada, estando atualmente em prisão domiciliária em Tóquio, com a proibição de ver ou contactar a mulher, condições que os seus advogados contestam.

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Dois anos depois, valor oferecido pela Media Capital cai para quase metade

Esta é a terceira tentativa de venda da Media Capital, sendo que as duas anteriores foram chumbadas pelos reguladores. Em setembro de 2017, a Altice oferecia 42% mais para deter a empresa.

A Media Capital está mais próxima de ser vendida. A Cofina lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre as ações do grupo de media que detém a TVI. O negócio avalia a empresa em 255 milhões de euros, quase metade do que a Altice tinha oferecido pela Media Capital há menos de dois anos.

De acordo com o anúncio preliminar, publicado este sábado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a dona do Correio da Manhã propõem-se a pagar 2,3336 euros por cada ação da dona da TVI que não é controlada pela Prisa e 2,1322 euros pelas mais de 80 milhões de ações que estão nas mãos do grupo espanhol.

A oferta global ascende, assim, a 180 milhões de euros, mas a Cofina vai ainda assumir a dívida da dona da TVI de 75 milhões de euros. Ou seja, incluindo este montante de dívida (enterprise value), a operação de compra avalia a Media Capital em cerca de 255 milhões de euros.

O valor por ação fica abaixo dos 2,48 euros que as ações da Media Capital valem na bolsa de Lisboa, de acordo com a cotação dos títulos antes de a negociação ser suspensa pela CMVM, no início desta semana. Fica também 42% abaixo do montante que tinha sido proposto pela Altice, em julho de 2017. Na altura, a telecom de Patrick Drahi oferecia 440 milhões de euros à Prisa para ficar com a totalidade do capital da empresa de media.

Ações da Media Capital estão suspensas há quase uma semana

À terceira é de vez?

Esta é a terceira tentativa de venda da Media Capital, sendo que as duas anteriores foram chumbadas pelos reguladores. Em setembro de 2009, foi a Ongoing a tentar entrar no capital da empresa com uma proposta para adquirir 35% da Media Capital, num negócio que avaliava a empresa em 450 milhões de euros.

Na altura, a operação foi chumbada porque o grupo detido por Nuno Vasconcellos já tinha uma participação na concorrente Impresa. Mas a Prisa continuou com intenção de vender e, em setembro de 2017, surgia uma nova proposta. Desta vez, vinha da dona da Meo. Mas o que é que justifica a diferença do preço oferecido agora e há apenas dois anos?

Há vários fatores. Primeiro, o facto de a Prisa querer vender a Media Capital há tanto tempo. Depois, o facto de a TVI ter perdido a liderança para a SIC. Por último, a configuração das próprias ofertas (e o plano de expansão que lhes seguiam).

A proposta da Altice estava acima da prática do mercado. A Media Capital registou uma faturação de 181 milhões de euros, dos quais 151 milhões de euros da TVI. O grupo detido (ainda) pela Prisa apresentou um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) superior a 40 milhões de euros e lucros consolidados de 20 milhões de euros.

Ou seja, a Altice estava disposta a pagar um múltiplo de 11 vezes o EBITDA, enquanto a proposta da Cofina tem subjacente um múltiplo de seis vezes. E há uma diferença muito relevante entre uma eventual compra da Media Capital pela Altice ou pela Cofina, que o explica.

Enquanto o primeiro negócio assumia a figura de uma consolidação vertical — ou seja, entre empresas de diferentes setores, no caso, telecomunicações e media –, a tentativa de compra pela Cofina é uma integração horizontal, acontecendo entre duas empresas do setor de media.

Reguladores ainda têm de aprovar

O negócio ainda não está fechado. Para que a compra da TVI por parte da Cofina tenha sucesso é necessário que estejam reunidas algumas condições nomeadamente que a Autoridade da Concorrência não se oponha ao negócio, mas também que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) dê luz verde à operação tal como os acionistas da Prisa.

Além do valor, a diferença no negócio também poderá limitar os entraves levantados pelos reguladores. Por exemplo, em meados de 2018, quando a Autoridade da Concorrência (AdC) pôs a descoberto o que pensava de uma Media Capital detida pela Altice, o regulador falou em custos na ordem da centena de milhar para as empresas concorrentes.

Segundo a AdC, comprando a TVI, a Altice passaria a deter “um nível de poder económico que lhe daria a capacidade e o incentivo para implementar diversas estratégias de encerramento dos mercados à concorrência”. Nomeadamente, subindo os custos que as outras plataformas de TV — Nos, Vodafone e Nowo — teriam de pagar à Media Capital para poderem distribuir os canais do grupo. Pior: a Meo, querendo, poderia até bloquear o acesso das operadoras concorrentes aos canais da TVI (algo que a Altice garantiu que nunca iria fazer, apesar de o risco existir).

Este problema não se coloca quando o negócio em cima da mesa é com a Cofina. O grupo de Paulo Fernandes não detém uma plataforma de TV, mas sim um canal de televisão, distribuído nas quatro plataformas, e o jornal que é líder de vendas no país. No entanto, a autoridade ainda terá de se pronunciar sobre o negócio.

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🎥 BCP, EDP e OutSystems. A gala dos IRGAwards em 5 minutos

A EDP foi a vencedora da noite na gala dos prémios da Deloitte. Ganhou em duas categorias, mas não a distinção de CEO. Essa atribuição foi para Miguel Maya, presidente do Millennium BCP.

O Convento do Beato, em Lisboa, encheu-se de empresários para a gala de entrega dos Investor Relations & Governance Awards (IRGAwards), entregues pela Deloitte.

“Nesta sala respira-se empreendedorismo”, disse Ilídio Pinho esta quinta-feira, quando subiu ao palco para receber a distinção de Lifetime Achievement. O fundador e presidente da Fundação Ilídio Pinho, da Ilídio Pinho Holding e da Fomentinvest, considera que “é obrigação do empresário criar condições para que aquilo que criou não morra com ele”.

Miguel Maya, presidente do Millennium BCP, protagonizou um dos momentos mais esperados da noite, ao vencer o CEO Award. “Não agradeço prémios, porque é uma grande responsabilidade”, discursou. Maya assumiu o comando do banco, em 2018, e esta foi a primeira distinção que arrecadou desde que chegou à presidência. “Todos os dias tenho de merecer a função que estou a desempenhar”, confessou.

A EDP ganhou dois prémios durante a cerimónia. Miguel Viana subiu ao palco para agradecer à sua equipa pelo troféu de Invester Relations Officer. Já Miguel Stilwell d’Andrade, que ganhou o CFO Award, aproveitou o seu discurso para destacar os desafios que foram postos à energética no decorrer do ano passado. O CFO da EDP relembrou a OPA a que a empresa foi sujeita no ano passado, a entrada de ativistas na estrutura de investidores, a primeira emissão de um greenbond. Depois de um ano desafiante, o prémio deve-se “à equipa que reagiu bem e fizeram um sucesso da EDP”.

A SIBS teve destaque na área de Transformation. Já o unicórnio português, OutSystems, foi ao palco para receber o prémio de Market Development Award. Paulo Rosado, CEO da da startup tecnológica, destacou a vontade de vencer da equipa. “É um sucesso repentino que demorou cerca de 18 anos a construir”, contou.

Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/RR7zyJHi8BIciZ9mRLqi

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Guerra acionista na Novabase. IBIM2 questiona plano estratégico

O acionista minoritário da Novabase IBIM2 está contra o plano estratégico e a conversão de reservas em capital que a tecnológica propôs. Acusa os gestores de irem contra os interesses acionistas.

O acionista minoritário da Novabase, IBIM2, está contra as mudanças que a empresa está a preparar e quer travá-la na assembleia geral extraordinária de acionistas que está marcada para 26 de setembro. Numa carta enviada aos restantes acionistas, a que o ECO teve acesso, a empresa do ramo de gestão de ativos IBIM2 critica o que diz ser a falta de “alinhamento” entre os interesses da gestão e dos acionistas.

Cremos que a falta de representatividade do conselho de administração proporcional à dispersão das ações da Novabase é especialmente crítica no momento atual“, começa por dizer o acionista, que entrou na tecnológica em 2011 e tem detém atualmente 10,5% do capital. Refere-se ao facto de a gestão ser conduzida por acionistas ligados à fundação da empresa e que representam 40,1% do capital.

Diz que o momento é crítico porque considera que a cotação da ação da Novabase na bolsa de Lisboa apresenta uma “clara subvalorização” em comparação com as tecnológicas europeias, mas principalmente por causa do plano estratégico.

“A Novabase vai pôr em marcha um Plano Estratégico, anunciado no passado dia 25 de julho, sem detalhar medidas concretas do ponto de vista de negócio e, sujeito às deliberações que forem aprovadas na assembleia geral extraordinária, autorizando a distribuição de ações representativas do capital social aos seus administradores e colaboradores (Pontos 5 e 6 da Ordem do Dia) e propondo a nomeação de outro diretor como administrador da empresa (Ponto 7 da Ordem do Dia).

Dividendos mais limitados

O plano estratégico prevê uma série de alterações que pretendem “garantir flexibilidade para otimizar a alocação dos recursos financeiros disponíveis”, na perspetiva da Novabase. Propõe o uso de reservas e resultados transitados no valor de 11,3 milhões de euros para pagar dividendos extraordinários correspondentes a 36 cêntimos por ação.

Ao mesmo que pretende avançar com a distribuição de reservas, a Novabase vai mexer no seu capital social. Vai realizar uma redução de capital em 4.396.195,16 euros, com a atribuição aos acionistas de 0,14 euros por ação. Ou seja, no total, os acionistas vão receber 50 cêntimos por cada ação.

Segue-se um aumento de capital por incorporação de reservas no montante de 43.333.923,72 euros, levando o capital social da Novabase para 54.638.425,56 euros. As ações passam a ter um valor nominal de 1,74 euros, sendo que a parte do capital que está dispersa em bolsa está a cotar no PSI Geral a valer 2,81 euros.

A razão para a IBIM2 estar contra é porque a transferência das reservas para capital social levam a que “a sua posterior distribuição fica limitada aos casos permitidos por lei e sujeita a aprovar a sua eventual distribuição se se mantivessem estes fundos como reservas”. Ou seja, o acionista acredita que a sua remuneração fica comprometida dando mais poder à administração.

Demasiados administradores

Além da questão da remuneração acionista, o acionista critica ainda o número de administradores, sendo que os gestores querem ver votada a inclusão de um novo membro do conselho para incluir Paulo Trigo, responsável operacional pelo Next-Gen.

“Apesar da considerável redução do volume de faturação da Novabase após o desinvestimento da sua divisão de IMS (Infrastructures & Managed Services), em 2017, o número de membros do management integrados no Conselho de Administração (e, consequentemente, o seu custo) não fez mais que aumentar”, aponta, na carta.

Assim, o problema de agência da Novabase aumenta após ano, não existindo um alinhamento dos interesses da gestão com os interesses dos acionistas globalmente considerados“, acrescenta.

Apesar de a IBIM2 criticar o número de administradores, propõe um novo administrador. O acionista minoritário já tinha anunciado o pedido de inclusão na ordem de trabalhos da AG de um ponto para que se votasse José Sancho García como novo membro do Conselho de Administração.

O ECO questionou a Novabase sobre a carta enviada pela IBIM2 e a abertura da administração para rever o plano estratégico face às críticas apresentadas, mas a tecnológica recusou fazer qualquer comentário.

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Incidentes e detenções em Paris à margem de manifestações

  • Lusa
  • 21 Setembro 2019

Cerca de mil manifestantes radicais de extrema-esquerda infiltraram-se numa manifestação em defesa do ambiente em Paris, tendo incendiado caixotes e saqueado lojas.

Cerca de mil manifestantes radicais de extrema-esquerda infiltraram-se este sábado numa manifestação em defesa do ambiente em Paris, tendo incendiado caixotes e saqueado lojas.

Na capital do país, decorrem outras manifestações, uma de “coletes amarelos” que se opõem à política social e fiscal do Governo francês e um outro desfile de protesto contra um projeto sobre aposentações.

Até ao início da tarde, tinham sido detidas 123 pessoas, segundo dados da polícia. No centro da tensão, no Boulevard Saint-Michel, no bairro estudantil, os manifestantes radicais, alguns de cara tapada, atacaram uma agência bancária e envolveram-se em confrontos com a polícia, que disparou gás lacrimogéneo.

Os milhares de participantes na Marcha pelo Clima respondiam a um apelo de várias Organizações Não-Governamentais, um dia após uma vaga de manifestações em todo o mundo para reclamar medidas urgentes contra a crise climática.

Devido ao receio de violência, foi destacado um vasto dispositivo policial para vários locais da capital francesa, com veículos blindados e cerca de 7.500 agentes.

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Clima: Guterres afirma que existe um conflito sério entre pessoas e natureza

  • Lusa
  • 21 Setembro 2019

O secretário-geral da ONU disse, na abertura da Cimeira da Ação Climática para a Juventude que, pela primeira vez na história, existe um “conflito sério entre pessoas e natureza”.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) disse, este sábado, na abertura da Cimeira da Ação Climática para a Juventude que, pela primeira vez na história, que existe um “conflito sério entre pessoas e natureza”. António Guterres declarou-se e foi apresentado como “ouvinte principal” em vez de orador na abertura da Cimeira da Ação Climática para a Juventude e fez estas observações depois de quatro jovens ativistas, entre os quais Greta Thunberg, terem falado.

António Guterres mencionou que os conflitos políticos e geográficos acontecem há milhares de anos, mas a novidade é que as populações estão em conflito com o planeta e as consequências estão a atingir os mais vulneráveis.

Por outro lado, Guterres lembrou que há uma grande diferença no diálogo sobre alterações climáticas, desde há dois anos e que a principal fonte de uma mudança no impulso foi a juventude.

Esta alteração no impulso foi em grande parte devido à vossa iniciativa e coragem com que começaram o movimento e transformaram, de um pequeno movimento em frente a um parlamento […] em milhões de todo o mundo a dizerem claramente que não querem só que os políticos mudem de comportamento, mas que também sejam responsabilizados”, disse António Guterres a todos os jovens.

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O futuro do trabalho juntou 184 oradores de 25 países na cidade do Porto

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  • 21 Setembro 2019

Labour2030 recebeu mais de 500 visitantes, entre eles 184 oradores, de 25 nacionalidades, para discutir o futuro do trabalho. Em 2021 regressa aquele que já é conhecido como "Web Summit do Trabalho".

Congresso Labour 2030, no Porto.Ricardo Castelo/ECO

A segunda edição do Labour2030 superou as expectativas e recebeu mais de 500 visitantes de 25 nacionalidades. Inteligência artificial, robótica, preocupação com as doenças profissionais, conciliação do trabalho com a vida pessoal, trabalho flexível, a luta pela igualdade salarial, proteção da cibernética digital e o futuro do direito do trabalho na União Europeia, foram alguns dos assuntos que estiveram em destaque neste certame que teve como finalidade fazer uma análise ao futuro do trabalho e projetar aquilo que serão as relações laborais para 2030.

Segundo, Eduardo Castro Marques, advogado e membro da Law Academy, “o evento superou as melhores expectativas, quer na riqueza, quer no número de intervenções e instituições que se mobilizaram para estarem presentes no congresso”. Destaca ainda para a “cidade do Porto que se consolida agora como a capital do futuro do trabalho”.

O evento será sempre na Invicta. Queremos criar uma centralidade em Portugal, nomeadamente na cidade do Porto, de reflexão mundial dos temas do futuro do trabalho.

Eduardo Castro Marques

Advogado e membro da Law Academy

Neste II Congresso Internacional dedicado ao mundo laboral foram abordados vários temas e lançadas várias tendências sobre aquilo que será o futuro do trabalho. “Lançámos tendências para o futuro e vamos sair todos daqui mais ricos e refletir sobre tudo o que ouvimos”, concluiu Eduardo Castro Marques.

A fiscalização e o cumprimento das regras definidas no Código do Trabalho são elementos essenciais para garantir um melhor ambiente de trabalho. E essa foi a mensagem que a subinspetora-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), Fernanda Campos, deixou, na cerimónia de encerramento. “Promover a melhoria das condições de trabalho, através da fiscalização e controlo do cumprimento das normas laborais“, é sem dúvida, a missão da instituição, sublinhou.

A nível estratégico, os objetivos da Autoridade para as Condições do Trabalho para 2017-2020, prendem-se essencialmente em promover a redução da sinistralidade laboral e combater o trabalho não declarado e fenómenos conexos. Fernanda Campos destaca ainda que o cumprimento das relações laborais e a segurança e saúde no trabalho são os principais focos da ACT.

O ano passado, a ACT realizou 38.287 visitas inspetivas em comparação às 37.482 do ano de 2017 e aumentou os montantes máximos das coimas aplicadas. Registou-se mais 1.525 pedidos de intervenção, em 2018, e aumentou o número de estabelecimentos inspecionados, assim como as inspeções verificadas.

Abrangência da atividade inspetiva 2017- 2018 da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)

A sessão de encerramento contou também com a intervenção do bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo que referiu que “o desafio é saber utilizar as novas tecnologias”. Segundo Guilherme Figueiredo a visão do futuro está assente na robotização e a tendência natural é a perda de algumas profissões em detrimento de outras.

A segunda edição do Labour2030 terminou sexta-feira mas promete voltar em 2021, na cidade do Porto, para juntar diferentes oradores de vários países do mundo para continuar a discutir o futuro do trabalho e das relações laborais.

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