Leilão de energia solar bate “recorde mundial”, colocando lote por 14,70 euros por MW

  • ECO e Lusa
  • 30 Julho 2019

Eespanhola Iberdrola arrecadou 7 dos 24 lotes leiloados na primeira ronda de leilões. Ministro fala em preços que "bateram recorde mundial", com transformação por MW a ficar por €14,7 num lote.

O leilão de energia solar contou com 64 concorrentes, tendo a procura sido nove vezes superior à oferta, fechando com um valor médio de 20 euros por megawatt/hora (MWh), disse esta terça-feira à Lusa o ministro da Transição Energética. Já ao Negócios, Matos Fernandes apontou que a Iberdrola foi a grande vencedora, ganhando sete dos 24 lotes disponibilizados na ronda que terminou segunda-feira.

“Este leilão tinha tudo para correr bem no sentido em que estamos a falar de um dos países da Europa, em conjunto com a Turquia, com maior potencial para produzir eletricidade a partir do solar, mas de facto foram ultrapassadas as melhores expectativas tanto na concorrência como essencialmente no preço”, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

Ao todo, 13 empresas asseguraram lotes de energia solar na primeira ronda de leilões, explicou ainda o governante. O Expresso já havia noticiado que a EDP, Galp e Finerge não venceram nenhum dos lotes, mas Matos Fernandes, garante que há empresas nacionais entre os vencedores.

"Essa grande procura refletiu-se no preço: batemos um recorde do mundo num dos lotes, e os preços médios são os mais baixos da Europa”

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Em declarações à Lusa, um dia depois do fim do leilão de energia, o governante disse que o valor médio alcançado foi de 20 euros MWh, menos de metade do valor máximo definido (45 MWh), realçando que foi batido “um recorde mundial”, ao vender um lote por 14,70 euros por MWh.

“Essa grande procura refletiu-se no preço: batemos um recorde do mundo num dos lotes, e os preços médios são os mais baixos da Europa”, sublinhou.

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Contas Q2: AON cresce com aumento do resseguro

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2019

Uma estagnação na atividade principal de corretagem, foi compensada no segundo trimestre por um aumento do resseguro contratado. Lucro cresce 44% como consequência da reestruturação de 2017.

A AON plc apresentou receitas de 2,61 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano, um valor superior em 2% a igual período do ano passado. O aumento deveu-se principalmente a atividades de resseguro, cuja divisão cresceu 10,5%.

A atividade de corretagem, principal fonte de receita da segunda maior empresa desta área em todo o mundo, estagnou em cerca de 1,16 mil milhões de dólares, as soluções de reforma quebraram 2,8% para 419 milhões de dólares, as soluções de saúde subiram 2,6% para 317 milhões e os serviços de Data & Analytics atingiram 286 milhões de dólares, uma subida de 3,2%.

No primeiro semestre de 2019 a AON atingiu um volume de negócios de 5,75 mil milhões de dólares, mais 1,7% que em igual período de 2017. Os resultados cresceram 44,2% para 963 milhões, devido a, em 2017, a reestruturação ter exigido gastos adicionais pontuais.

Greg Case, CEO da AON e outros administradores, comentaram em conferência com analistas:

  • Que as flutuações cambiais tiveram influência negativa no desempenho de muitas áreas;
  • Existiu um crescimento orgânico de 6% em todo o negócio, valor igual para a Corretagem e de 12% para Resseguro;
  • As subidas de preços de seguro e resseguro tiveram pouca influência no aumento dos negócios do último trimestre;
  • A atividade de corretagem tem mantido bom ritmo de crescimento orgânico, com aumento de 3% em 2014 e 2015, 4% em 2016 e 2017, 5% em 2018;
  • A dispensa de 5400 funcionários, na sequência da reestruturação da empresa em 2017, vai produzir poupanças de 510 milhões de dólares este ano e de 535 milhões em 2020;
  • Que essa redução de quadros levou a um aumento do outsourcing na Índia e na Polónia, cujos standards de qualidade estão a aumentar, reduzindo o número de erros em tarifas fornecidas aos clientes.

Greg Case afirmou ainda que “muita procura está a chegar de seguradores que querem usar a capacidade de resseguro para expandir os seus negócios, quer no tradicional risco de catástrofe quer em cyber e outras áreas especialidades de responsabilidade civil”, concluiu.

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Tweet de Trump arrasa perspetivas e Wall Street abre em baixa

  • ECO
  • 30 Julho 2019

Líder dos EUA lança sequência de nove tweets a protestar com a postura de Pequim nas negociações e a gabar-se que as suas tarifas já tiraram o emprego a cinco milhões de chineses. Mercados caem.

Com uma sequência de nove tweets em menos de hora e meia — sobretudo sobre a China, mas não só — o presidente dos Estados Unidos intensificou as desvalorizações que as bolsas europeias já vinham evidenciando ao longo da negociação desta terça-feira e condicionou de forma decisiva a abertura dos índices norte-americanos. As declarações de Donald Trump sinalizaram que o reinício de negociações entre os EUA e a China dificilmente trará boas notícias.

O S&P 500 abriu a desvalorizar 0,6% nos primeiros minutos de negociação, para 3.002,08 pontos, com o Dow Jones a recuar 0,36% para 27.124,44 pontos. Já o Nasdaq deslizou 0,54% para 8.248,91 pontos.

O reinício das negociações entre Pequim e Washington era um dos pontos que estava a criar alguma expectativa nos mercados esta semana, igualmente de olho no corte de juros com que a Reserva Federal deverá avançar esta quarta-feira. Mas a primeira expectativa caiu por terra quando Trump ligou o computador e abriu o Twitter na manhã de esta terça-feira nos Estados Unidos.

“É este o problema com a China, simplesmente não cumprem”, atirou Trump no primeiro dos tweets dedicados a Pequim, acusando a China de estar a prorrogar as negociações comerciais à espera de uma alteração na presidência norte-americana. “O problema de estarem à espera, porém, é que se e quanto eu ganhar, o acordo que eles vão ter será bem mais duro do que aquilo que negociamos agora… ou nenhum acordo. Temos todas as cartas na mão, os nossos antigos líderes nunca perceberam isso”, detalhou.

Mas o presidente norte-americano ainda não tinha terminado o seu ‘pequeno-almoço’ no Twitter, concluindo este “ataque repentino” à China — e aos investidores — gabando-se que as suas tarifas já tiraram o emprego a mais de cinco milhões de pessoas na China e que a economia dos Estados Unidos está cada vez melhor.

 

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Secretário de Estado da Proteção Civil não se demite. Rejeita favorecimento ao filho nos contratos públicos

"Não tive qualquer influência nem estabeleci qualquer contacto, nem o meu filho alguma vez invocou o seu grau de parentesco, de que pudesse resultar qualquer expectativa de favorecimento pessoal".

O secretário de Estado da Proteção Civil não se demite e defende que não teve qualquer influência nos contratos públicos celebrados com a empresa que é detida a 20% pelo seu filho.

“O meu filho, sendo engenheiro, exerce a sua profissão no setor privado e a empresa para a qual trabalha, e onde detém uma participação minoritária, celebrou três contratos para a realização de empreitadas com a Universidade do Porto (um concurso público e um ajuste direto) e com o Município de Vila Franca de Xira (um concurso público)”, explica José Artur Neves num comunicado enviado às redações.

Não tenho qualquer participação na referida empresa nem intervenção na sua atividade. Não tive qualquer influência nem estabeleci qualquer contacto, nem o meu filho alguma vez invocou o seu grau de parentesco, de que pudesse resultar qualquer expectativa de favorecimento pessoal”, esclarece o responsável no mesmo comunicado.

Em causa estão os três contratos que a Zerca Lda estabeleceu com o Estado, uma notícia avançada esta terça-feira pelo Observador. Ora o secretário de Estado nega qualquer favorecimento e sublinha que “as entidades públicas contratantes são totalmente independentes do Governo, designadamente na decisão de contratar, não tendo comigo, enquanto governante, qualquer relação de tutela ou superintendência”.

“No último ano, segundo o portal Base, a Zerca fez três contratos públicos com o Estado. Dois com a Universidade do Porto, um de 14,6 mil euros (por concurso público) e um segundo de 722 mil euros (por ajuste direto). O terceiro contrato (também por concurso público) foi celebrado com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, no valor de 1,4 milhões, para uma urbanização na Póvoa de Santa Iria. Foram, assim, dois concursos públicos e um ajuste direto, mas o tipo de procedimento não faz qualquer diferença do ponto de vista legal das incompatibilidades dos cargos políticos”, refere o jornal.

O secretário de Estado justifica o comunicado enviado com a necessidade de esclarecer a situação. “Entendo prestar este esclarecimento consciente da minha plena dedicação ao interesse público no exercício de funções governativas e lamentando a utilização de questões relativas à situação profissional de um meu familiar, às quais sou totalmente alheio, e que nada têm a ver com o escrutínio público da minha atividade como secretário de Estado”.

A questão é que a lei proíbe que as empresas “em cujo capital o titular do órgão ou cargo detenha, direta ou indiretamente, por si ou conjuntamente com os familiares” — “seus ascendentes e descendentes em qualquer grau e os colaterais até ao 2.º grau” — “uma participação não inferior a 10%”, celebrem contratos com o Estado. Nuno Valente Neves é filho (descendente) de José Artur Neves e tem uma participação de 20%, o que seria um motivo para levar à demissão do secretário de Estado.

Esta nova polémica surge num momento em que a Secretaria de Estado está envolvida na polémica relacionada com os “kits” de proteção contra incêndios no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” que já levou à demissão de Francisco Ferreira, adjunto de Artur Neves.

(Notícia atualizada às 14h00)

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Prestação da casa vai ter maior queda em três anos. Agradeça a Draghi

Reduções nos encargos mensais vão de 0,78% a 1,58%, beneficiando todos os contratos revistos em agosto. É preciso recuar até ao verão de 2016 para ver quedas mais expressivas.

Muitos portugueses preparam-se para ir de férias com duplas razões para sorrir. Para além do merecido descanso, vão sentir em agosto o maior alívio dos últimos três anos na prestação da casa. O brinde é de Mário Draghi, que acenou com a possibilidade de novas descidas dos juros na Zona Euro.

As revisões de agosto trazem prestações mais baixas para todos os empréstimos da casa independentemente do indexante associado: Euribor a 3, 6 ou 12 meses. As reduções nos encargos mensais vão dos 0,78% aos 1,58%, as mais acentuadas dos últimos três anos.

Os empréstimos indexados à Euribor a 3 meses vão sentir a menor quebra de encargos, já que também são aqueles cujas taxas são revistas em intervalos de tempo mais curtos. Para esses créditos o corte será de 0,78% face à última revisão efetuada em maio, sendo esta a maior redução desde a revisão de abril de 2016.

Assumindo o cenário de um empréstimo no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, as famílias com crédito associado à Euribor a três meses veem a prestação baixar 2,41 euros, com esta a fixar-se nos 305,19 euros durante os próximos três meses.

Mais acentuados serão os cortes para os empréstimos com indexantes mais dilatados no tempo. Partindo do mesmo cenário, nas revisões dos créditos com Euribor a seis meses, a prestação baixa 1,58%, a maior quebra desde a revisão de agosto de 2016. A prestação é fixada nos 305,99 euros, significando uma poupança mensal de 4,92 euros ao longo do próximo meio ano.

Evolução da Euribor a 3 meses no último ano

Fonte: Reuters

Já nos empréstimos com Euribor a 12 meses — indexante usado no grosso das novas operações (93,8%, em 2018) de crédito à habitação de taxa variável — a descida será de 1,5%. Trata-se da maior redução desde a revisão de agosto de 2016, que neste caso faz a prestação baixar 4,59 euros, para se fixar nos 308,85 euros ao longo do próximo ano.

Juros negativos? Durante mais cinco anos espera o mercado

Seria necessário recuar até 2016 para assistir a reduções mais dilatadas nos encargos com a casa. Na altura, tal como agora, a responsabilidade para essa evolução esteve em Mario Draghi. Em março daquele ano, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), cortava a taxa de juro de referência para a Zona Euro para 0%, algo nunca visto, e o que arrastou os indexantes para valores ainda mais negativos.

O mesmo cenário está a acontecer agora, perante a possibilidade de o BCE avançar com novos cortes de juros. Em meados de junho, durante o fórum do BCE que decorreu em Sintra, Mario Draghi assumiu essa possibilidade. No seguimento disso, as Euribor mergulharam rumo a valores ainda mais negativos. O efeito das palavras de Draghi foi de tal forma intenso que em apenas um dia os futuros da Euribor a três meses — indexante de referência para cerca de metade dos créditos à habitação existentes em Portugal — estenderam em seis meses o período em que apontavam para que os juros se mantenham em terreno negativo.

Evolução dos futuros da Euribor a 3 meses

Fonte: Reuters

Já na reunião de política monetária de julho, e perante um outlook económico “cada vez pior” na Zona Euro segundo as próprias palavras, o presidente do BCE reiterou a disponibilidade para usar todos os instrumentos ao seu dispor, incluindo corte de juros, para evitar que a economia descarrile.

Perante essa possibilidade, o mercado voltou a incorporar a visão do BCE e estendeu ainda mais no tempo o período em que vê juros negativo no espaço do Euro. Aponta para que esse seja o cenário pelo menos durante os próximos cinco anos, até junho de 2024. Segundo dados da Reuters, em junho de 2024 o mercado aponta para uma taxa de juro de referência do -0,05%. Atualmente, a Euribor a três meses está nos -0,367%.

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Operação “Ementa Turística”: Fisco faz mega ação de fiscalização a restaurantes, padarias, bares e cafés

  • ECO
  • 30 Julho 2019

O objetivo é fiscalizar os programas informáticos de faturação, para verificar se os contribuintes cumprem a lei.

A Autoridade Tributária (AT) está esta terça-feira a realizar uma mega operação de fiscalização a restaurantes, padarias, bares e cafés, para controlo das obrigações de faturação, avança o Jornal Económico. No terreno estão centenas de inspetores a fiscalizar se os programas informáticos usados possibilitam escapar aos impostos. Só em Lisboa e no Porto estão selecionados mais de 20 mil estabelecimentos.

Nesta ação, chamada “Ementa Turística”, a ordem é para fiscalizar em zonas com vários estabelecimentos concentrados, nomeadamente centros históricos, baixas da cidade e zonas de praia. “Pretende-se verificar se os sujeitos passivos cumprem as suas obrigações de faturação (deverá ser dada especial atenção à correta aplicação das taxas de IVA, por parte dos sujeitos passivos assinalados com emissão de alerta, no rececionado) “, lê-se nas indicações dadas às Finanças de todo o país, citadas pelo jornal.

Além disso, está também previsto fiscalizar as comunicações efetuadas através do sistema e-fatura. Aqui, o objetivo é verificar se os contribuintes não estão a comunicar ao e-fatura o número do programa. Os programas usados em muitos destes estabelecimentos permitem escapar aos impostos — apagando dados –, o que acaba por lesar o Estado em milhões de euros, nomeadamente em receitas de IVA.

O Fisco vai ainda recolher no local informação que permita conhecer a dimensão e o modo de funcionamento da atividade desenvolvida para “permitir uma monitorização subsequente e uma eficaz análise de risco para seleção para inspeção”.

Os inspetores tributários deverão informar os contribuintes de que estão a ser objeto de uma “rigorosa monitorização” que, em face do seu comportamento, poderá culminar, num procedimento inspetivo.

O final de maio, início de junho, ficou marcado por várias polémicas operações stop do Fisco e da GNR para cobrar dívidas fiscais. Depois de uma operação stop feita aos condutores de Alfena, Valongo, conduzida por 20 elementos da AT e dez militares da GNR, com o objetivo de cobrar dívidas fiscais, o Fisco preparava-se para passar o verão numa megaoperação de fiscalização em casamentos e festivais.

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CLAIM Act esclarece seguradoras sobre negócio da marijuana

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2019

Depois do Senado a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos já tem uma proposta de legislação protegendo seguradores, mediadores e corretores na cobertura a atividades de marijuana legal.

Dois membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, uma do partido Democrata, outro do partido Republicano, introduziram uma proposta de lei com o objetivo de clarificar o acesso das atividades legais relacionadas com a marijuana a apólices de seguros, reportou o site Business Insurance. Pouco dias antes esta proposta já tinha sido apresentada no Senado americano.

“Sem seguros de danos materiais, de imobiliário e de caução, o crescimento da indústria da marijuana seria dificultada ou mesmo bloqueada”, afirmou Nydia Velasquez, a Representante democrata por Nova Iorque co-promotora desta nova legislação.

A proposta é designada “Clarifying Law Around Insurance Marijuana” ou pela sigla CLAIM Act e vai ajudar as empresas que operam no crescente mercado da marijuana legal, podendo assegurar a estas coberturas essenciais à diminuição dos riscos do negócio.

A nova legislação revelou-se necessária após a indústria seguradora ter hesitado perante discrepâncias entre lei federal e leis estaduais em relação à marijuana legal. Desta forma, corretores, mediadores e seguradores ficam protegidos por lei federal quanto à responsabilidade civil nos seus negócios com o setor legal da cannabis.

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Falta de mão-de-obra? Portugal precisa de imigrantes, diz Bloomberg

Portugal captou a atenção de vários estrangeiros, até de Madonna, como um bom país para se viver. Mas os empresários alertam para a necessidade de atrair também mão-de-obra qualificada.

“A Madonna é bem-vinda, mas Portugal quer imigrantes para estimular a economia”, escreve o jornal norte-americano Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). A necessidade de atrair profissionais qualificados já chegou à imprensa estrangeira, que nota que são vários os exemplos de famosos que escolheram comprar casa no país, uma tendência que não resolve, no entanto, as dificuldades.

O país precisa de “atrair imigrantes qualificados para as necessidades da economia portuguesa”, apontou Jorge Bravo, professor de economia da Universidade Nova de Lisboa, à agência noticiosa norte-americana. Alertas que foram também feitos por empresários, nomeadamente do setor hoteleiro, como foi o caso do CEO do Grupo Pestana. “É urgente introduzir melhorias substanciais nas políticas para receber trabalhadores estrangeiros”, adiantou José Theotónio.

A dificuldade em encontrar profissionais para contratar é um problema que está no caminho de algumas empresas portuguesas, e a solução poderá estar na imigração. Já no ano passado, o coordenador do Observatório da Emigração defendia que Portugal “precisa desesperadamente” de imigrantes e que deve facilitar a entrada de estrangeiros e fazer campanhas de recrutamento no exterior.

O Banco de Portugal também notou, num relatório em junho, as dificuldades das empresas portuguesas em contratarem trabalhadores, “particularmente aqueles com qualificações mais elevadas”. Para além desta dimensão, o envelhecimento da população portuguesa é uma tendência que poderia ser atenuada com a entrada de pessoas no país.

O número de imigrantes no país aumentou no ano passado, mas nem todos vêm trabalhar e são vários os estrangeiros que escolhem Portugal para passar a reforma. Estes, apesar de estimularem alguns setores, nomeadamente relacionados com o turismo, “não são a solução”, argumentou Jorge Bravo.

Tendo em conta este cenário, as políticas para atrair imigrantes, bem como os portugueses que saíram, poderão ser um dos elementos da campanha para as eleições que se realizam em outubro, antecipa a publicação. Neste ano, o Governo avançou já com um programa de apoio ao regresso dos emigrantes, que prevê a entrega de cheques até 6.500 euros.

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Erasmus e outros programas de mobilidade? Portugal é o 10.º país que acolhe menos estudantes

  • Lusa
  • 30 Julho 2019

Em 2017, Portugal acolheu 6,4% de alunos de ensino superior em intercâmbio. Este número faz do país o 10.º da União Europeia que menos estudantes acolhe.

Portugal foi, em 2017, o 10.º país da União Europeia (UE) com menor percentagem de alunos de ensino superior acolhidos em intercâmbio, face à totalidade de estudantes, apesar do aumento relativamente ao ano anterior, foi esta terça-feira divulgado pelo Eurostat.

Segundo os dados do gabinete de estatísticas da UE, a percentagem de estudantes de ensino superior em mobilidade em Portugal (face à totalidade) passou de 5,8% em 2016 para 6,4% no ano seguinte. Ainda assim, Portugal era, em 2017, o 10.º país da UE com menor representatividade destes intercâmbios, que incluem estudantes vindos de dentro ou de fora da UE em graus de licenciatura e de mestrado.

Por seu lado, o Estado-membro com menor representatividade destes alunos em mobilidade no seu sistema foi a Croácia (2,9%), seguido de Espanha (3,2%), Grécia (3,4%), Eslovénia (3,9%) e Polónia (4,1%). Já em sentido inverso, o país com maior peso de estudantes de intercâmbio face à totalidade foi o Luxemburgo (46,7%), seguindo-se o Chipre (23,1%), Áustria (17,2%), República Checa (12,5%) e Holanda (11%).

Ao todo, entre 2013 e 2017, a mobilidade de estudantes na UE aumentou 22%, para um total de 1,7 milhões de alunos do ensino superior abrangidos. De notar que, nesta publicação, não são divulgados dados para o Reino Unido.

Em causa estão programas de mobilidade como o Erasmus+, que apoia alunos europeus a passar uma temporada a estudar fora do seu país.

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CDS quer Governo a esclarecer com urgência situação de secretário de Estado da Proteção Civil

  • Lusa
  • 30 Julho 2019

O partido liderado por Assunção Cristas exigiu explicações públicas do ministro da Administração Interna sobre a questão da eventual incompatibilidade do secretário de Estado da Proteção Civil.

O CDS-PP exigiu esta terça-feira explicações públicas urgentes do ministro da Administração Interna sobre a questão da eventual incompatibilidade do secretário de Estado da Proteção Civil por o seu filho ter feito contratos com o Estado.

“O silêncio do Governo é inadmissível. O ministro tem de vir dar explicações o mais rapidamente possível” perante a “sucessão de casos” na área da administração interna que deixa o ministro “fragilizado”, afirmou à agência Lusa o dirigente e deputado centrista Telmo Correia.

Para o parlamentar do CDS, o Governo e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, têm que vir rapidamente esclarecer se consideram que o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, está ou não em incompatibilidade face às últimas notícias, do Observador e do Jornal de Notícias.

“Este caso tem que ser esclarecido, e já, pelo Governo”, insistiu Telmo Correia, juntando, a este caso, a notícia da carta do presidente da SIRESP ao ministro Eduardo Cabrita, noticiada pela TSF, em que critica o relatório do grupo de trabalho nomeado pelo Governo para apresentar soluções para as comunicações de emergência em Portugal.

O filho do secretário de Estado da Proteção Civil celebrou pelo menos três contratos com o Estado, depois de o pai, José Artur Neves, assumir funções governativas, noticiou o Observador. Segundo o jornal, esta situação determina a demissão de José Artur Neves, devido à lei das incompatibilidades, numa altura em que a secretaria de Estado está envolvida na polémica relacionada com os kits de proteção contra incêndios no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” que já levou à demissão do seu adjunto Francisco Ferreira.

Confrontado pelo Observador, o secretário de Estado disse desconhecer “a existência de qualquer incompatibilidade neste domínio”, como desconhecer “também a celebração de tais contratos”. Nuno Neves, filho de José Artur Neves, é dono de 20% da Zerca Lda., criada em 2015, explica o Observador.

De acordo com o mesmo jornal, “o problema da compatibilidade estará não nas funções que exerceu enquanto autarca [José Artur Neves foi presidente da Câmara Municipal de Arouca antes de ser chamado ao Governo], mas com o facto de o seu filho ter celebrado pelo menos três contratos com o Estado — quando Artur José Neves já era secretário de Estado da Proteção Civil — através da referida empresa chamada Zerca”.

Assim, segundo a lei sobre as incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, “as empresas cujo capital seja detido numa percentagem superior a 10% por um titular de órgão de soberania ou titular de cargo político, ou por alto cargo público, ficam impedidas de participar em concursos de fornecimento de bens ou serviços, no exercício de atividade de comércio ou indústria, em contratos com o Estado e demais pessoas coletivas públicas”. O mesmo aplica-se aos “seus ascendentes e descendentes em qualquer grau e os colaterais até ao segundo grau”, adianta ainda.

No sábado, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mandou abrir um inquérito urgente sobre contratação de material de sensibilização para incêndios, na sequência de notícias sobre golas antifumo com material inflamável distribuídas no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”.

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Na mesa do recrutador: Catarina Tendeiro do grupo Ageas

No grupo que juntou a Ocidental, a Médis e a AXA, Catarina tem um desafio fundamental: juntar três diferentes culturas numa só.

Neste escritório ninguém diz a palavra “problema”. Aqui, “essa” palavra proibida é substituída por “desafio”. Esta é apenas uma das regras implementadas por Catarina Tendeiro desde que, em setembro de 2018, passou a ser diretora de recursos humanos do grupo Ageas. No grupo que juntou a Ocidental, a Médis e a AXA, Catarina tem um desafio fundamental: juntar três diferentes culturas numa só. “Estamos a dar passos no sentido de um melhor serviço ao cliente interno, de unificação de benefícios sociais. Mas é um trabalho de fundo, porque a cultura não se consegue fazer num dia. Ainda há muito trabalho mas pôr toda a gente one é a minha grande missão”, explica à Pessoas.

A Ageas é o último desafio aceite pela gestora de recursos humanos: Catarina, 45 anos, estudou sociologia mas depressa percebeu que a carreira passava pelas pessoas mas sempre associada à área da gestão. Começou no antigo Banco Fonsecas & Burnay, passou pelo BPI, onde teve a responsabilidade de contratar a equipa de 400 pessoas para o call center, passou por startups e, em 2003, um ano antes da estreia da IKEA em Portugal, integrou a equipa fundadora da operação no nosso país. Foi lá que teve uma das experiências profissionais mais ricas de sempre: durante dois anos andou pelo mundo a dar formação em liderança às diferentes equipas da gigante sueca e, quando possível, de farda amarela vestida.

Catarina Tendeiro, diretora de recursos humanos do grupo Ageas.Hugo Amaral/ECO

“É um sonho trabalhar numa casa em que se pratica aquilo que se diz, walk the talk”, conta Catarina sobre a experiência. “Aprendi nesses dois anos que somos todos muito parecidos, o contexto é que é diferente. Passei a entregar as decisões aos trabalhadores, eles vêm com uma pergunta e saem com outra pergunta, no bom sentido de pôr realmente as pessoas no centro”, esclarece.

Atualmente a liderar o processo de “unificação” do Ageas a partir de três empresas distintas – e numa altura em que, com uma média de idades de 44 anos, o grupo tem processos de recrutamento a decorrer constantemente -, Catarina considera que uma das suas grandes missões é a “programação de valores”, “algo muito forte que está a acontecer este ano e que é transversal a todas as áreas. “Estamos a associar os valores à avaliação e a preparar cursos de liderança para todas as pessoas porque cada um tem de ser responsável pela sua liderança, estamos cada vez mais no leading self que pressupõe que, estando eu inserida num grupo, é nele que tenho de interagir. E isso é um desafio para a cultura tradicional portuguesa”, afirma.

A mesa de trabalho de Catarina Tendeiro, do grupo Ageas.Hugo Amaral/ECO

Livro

A primeira vez que Catarina leu o “Why should anyone lead by you?” foi durante a temporada de estudos na London Business School. O livro tornou-se uma referência e, agora, uma ferramenta de trabalho. “Fala de liderança e de autenticidade. Estamos a trabalhar num curso de liderança, porque somos líderes, todos os que aqui trabalhamos”.

Quebra-cabeças

A peça de madeira é um exercício de paciência e um argumento para uma pausa. “Uso bastante quando estou no meio de um desafio e tenho de pensar em encontrar uma solução ou quando tenho de parar e respirar antes do passo seguinte. Ajuda sempre a pensar que há várias hipóteses”, refere.

Telemóvel (e power bank)

“Contactável sempre, disponível sempre, para a minha equipa, para as minhas pessoas. São duas ferramentas de trabalho constante”. O telemóvel e o carregador portátil são a garantia de disponibilidade que Catarina nunca abandona.

Estratégia

O livro é “o plano mestre para os próximos três anos”. “É sempre importante voltar a ela no sentido em que é a base de tudo o que fazemos. No dia-a-dia, entre tantas tarefas, ajuda-me a centrar novamente”.

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Taxa de desemprego sobe para 6,7% em junho

A taxa de desemprego aumentou para 6,7% em junho, depois de ter estabilizado nos 6,6% em maio, diz o INE. Aumento deve-se à redução da população ativa, que diminuiu de forma mais expressiva em junho.

A taxa de desemprego aumentou para 6,7% em junho, depois de ter estabilizado nos 6,6% em maio, indicou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística. O aumento deve-se sobretudo a uma redução do número de pessoas no mercado de trabalho, já que o número de pessoas consideradas desempregadas para efeitos estatísticos aumentou apenas ligeiramente.

Os dados para junho ainda são provisórios e estão por isso sujeitos a serem revistos no próximo mês, mas indicam para já um aumento da taxa de desemprego para 6,7%, mais uma décima que o verificado em maio deste ano, e o nível mais elevado desde novembro do ano passado. Desde o final de 2018 que a taxa de desemprego praticamente não tem tido alterações, variando entre os 6,5% e os 6,6%.

Este aumento que se verifica em junho deve-se a uma redução do número de pessoas no mercado de trabalho, a chamada população ativa, que tem vindo sofrer flutuações, mas acabou por diminuir de forma mais expressiva no mês de junho.

Apesar de o número de pessoas consideradas desempregadas para efeitos estatísticos ter aumentado apenas ligeiramente — tanto face a maio como ao início do ano –, o número de pessoas empregadas diminuiu de forma mais expressiva.

O número de pessoas desempregadas aumentou em apenas 1,9 mil em junho face a maio e é exatamente o mesmo que se verificava no final do ano passado. No entanto, o número de pessoas empregadas diminuiu em 15,4 mil só em junho, ou 25,3 mil quando se compara com o final do ano passado.

Apesar de o INE não apontar as razões para esta descida no número de pessoas empregadas, é possível ver que o número de pessoas empregadas se manteve praticamente inalterado entre os jovens (15 a 24 anos), mas diminuiu de forma expressiva entre os adultos. Esta diminuição do emprego entre a população em idade adulta pode indicar, entre outras razões, a passagem à reforma de alguns destes trabalhadores.

O INE só irá confirmar os dados relativos ao mês de junho com a publicação do desemprego mensal durante o mês de agosto, ai já com informação completa sobre o mês de junho que permite fechar a taxa que é estimada nos dados publicados esta terça-feira.

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