Família Amorim no topo dos mais ricos de Portugal. Conheça as dez maiores fortunas, segundo a Forbes

  • ECO
  • 2 Julho 2019

A família Amorim está no topo da lista das maiores fortunas do país, com um património avaliado em 4.173 milhões de euros. Os 50 portugueses mais ricos têm uma fortuna de 24 mil milhões de euros.

Mais um ano passou e mais uma vez a família Amorim volta a ser capa pela imensidão do seu império financeiro. Com uma fortuna avaliada em 4.173 milhões de euros, Maria Fernanda Amorim e a família surgem a liderar a tabela da Forbes dos mais ricos de Portugal, com ativos como a Galp Energia e a Corticeira Amorim. No top dos dez mais ricos estão ainda vários Soares dos Santos e Dionísio Pestana.

A lista da Forbes contempla os 50 mais ricos do país, mas só serão todos conhecidos esta quarta-feira. Ao todo, esta meia centena de pessoas representa uma fortuna de 24 mil milhões de euros, o equivalente a 12% do PIB. “Tal como sucede na economia, também entre os mais abastados a distribuição da riqueza está longe de ser equitativa”, escreve a revista, sublinhando que “o mesmo acontece no campo do género, com a lista a conter 36 homens e apenas 18 mulheres”.

1.º Maria Fernanda Amorim & família

Aos 84 anos, Maria Fernanda Amorim, juntamente com a família, encabeça a lista dos mais ricos do país, de acordo com a revista Forbes. A esposa do falecido empresário Américo Amorim, fundador da Corticeira Amorim, e mãe de Paula Amorim, detém uma fortuna avaliada em 4.173 milhões de euros, um património que conta como principais ativos a Galp Energia e a Corticeira Amorim, ambas cotadas em bolsa. Já no ano passado a família tinha ocupado esta posição, embora a fortuna estivesse avaliada em 4.502 milhões de euros.

2.º Alexandre Soares dos Santos e família

A ocupar a segunda posição, a mesma do ano passado, está o patrão da Jerónimo Martins. Alexandre Soares dos Santos e a família contam com uma fortuna avaliada em 3.554 milhões de euros, um número que aumentou ligeiramente face ao ano passado. No património estão os supermercados Pingo Doce em Portugal e Biedronka na Polónia e a Walk’in Clinics.

3.º Vítor da Silva Ribeiro & família

Com uma fortuna de 1.192 milhões de euros estão Vítor da Silva Ribeiro e a família, cujos principais ativos são o Banco Invest, a Mundicenter e Alves Ribeiro Construção. Tudo isto lhes valeu a terceira posição no pódios dos mais ricos, da Forbes. Face ao ano passado, o império financeiro perdeu cerca de 200 milhões de euros.

4.º José Neves

A entrada em bolsa da Farfetch valeu a José Neves um salto da nona para a quarta posição na tabela dos mais ricos do país. Aos 45 anos, o fundador do primeiro unicórnio português tem uma fortuna avaliada em 1.010 milhões de euros, um valor que compara com os 689 milhões do ano passado.

5.º Dionísio Pestana

Num ano de aberturas para o Grupo Pestana, Dionísio Pestana entra diretamente para o top dos dez mais ricos do país. O presidente da cadeia hoteleira tem uma fortuna avaliada em 681 milhões de euros.

Dionísio PestanaLuís Forra/Lusa

6.º Maria Isabel Martins dos Santos

Com uma fortuna avaliada em 574 milhões de euros, Maria Isabel dos Santos ocupa a sexta posição na tabela dos mais ricos. Detém, desde 1990, cerca de 10% da sociedade Francisco Manuel dos Santos, principal acionista da Jerónimo Martins.

7.º Fernando Figueiredo dos Santos

Primo de Soares dos Santos, Fernando Figueiredo dos Santos tem uma fortuna avaliada em 529 milhões de euros, o que lhe vale a sétima posição neste ranking. No património está a Jerónimo Martins, empresa da qual é acionista.

8.º Luís Amaral

Na área do retalho aparece Luís Amaral, dono do Eurocash, com uma fortuna de 527 milhões de euros. O empresário conta ainda com a Stock Spirits no seu património, o que lhe vale a oitava posição neste top.

9.º Luís Vicente

Com um salto do oitavo para o nono lugar, aparece Luís Vicente, dono do Grupo Luís Vicente e da Refriango. Com uma fortuna avaliada em 525 milhões de euros, Luís Vicente viu o império financeiro cair cerca de 300 milhões de euros em apenas um ano.

10.º Luís Portela e família

Os fundadores da Bial entraram este ano para o top dez dos mais ricos do país, com Luís Portela a ter uma fortuna avaliada em 502 milhões de euros.

Luís Portela, BialWikimedia Commons

(Notícia atualizada às 16h57 com mais informação)

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Quota de mercado de seguradoras estrangeiras sobe na China

  • ECO Seguros
  • 2 Julho 2019

A China, segundo a sua associação de seguradoras, quer que mais empresas estrangeiras se estabeleçam no mercado de seguros do país.

A quota de mercado de seguradoras estrangeiras que operam no mercado chinês aumentou para 6,48% em abril, 1,78 pontos percentuais acima do registo observado um ano antes, revelou a associação de seguradoras da China.

O país espera atrair mais investidores estrangeiros para o seu mercado segurador, referiu um porta-voz da associação no decurso de um encontro de rotina da entidade chinesa supervisora da banca e dos seguros com a imprensa.

A indústria seguradora chinesa reunia ativos no valor de 18,3 biliões de yuans, ou seja 2,67 biliões de dólares ou ainda 2,36 biliões de euros, de acordo com a declaração da associação, citada pela Reuters.

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Chefe de gabinete de Centeno indicado presidente do Opart

  • Lusa
  • 2 Julho 2019

O chefe de gabinete do Ministro das Finanças foi nomeado pelo Executivo para presidente do conselho de administração do Organismo de Produção Artística.

O advogado e professor universitário André Moz Caldas, chefe de gabinete do ministro Mário Centeno desde 2015, foi nomeado pelo Governo para presidente do conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), anunciou o Executivo, esta terça-feira.

Num comunicado a indicar a composição do novo conselho de administração daquela estrutura, que tutela o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, o Ministério da Cultura acrescenta ainda que são nomeados vogais a diretora-adjunta do Conservatório Nacional Anne Victorino d’Almeida e o até aqui vogal da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Alexandre Miguel Santos.

O anterior conselho de administração do OPART, presidido por Carlos Vargas, foi nomeado em fevereiro de 2016 para um mandato de três anos, que terminou em 31 de dezembro de 2018, e permanecia em funções, aguardando a “efetiva substituição”.

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Fidelidade Sailing Challenge em três etapas

  • ECO Seguros
  • 2 Julho 2019

A Fidelidade Sailing Challenge arranca dia 18 deste mês. Com o apoio à Volta ao Algarve à Vela a seguradora realça valores associados à marca.

A seguradora Fidelidade patrocina mais uma edição da mítica Volta ao Algarve à vela, a Fidelidade Sailing Challenge, organizada pelo Ginásio Clube Naval de Faro.

O evento desportivo está voltado para a modalidade de vela cruzeiro e decorrerá entre os dias 18 e 20 de julho de 2019, dividindo-se em três etapas.

Ao patrocinar uma das mais importantes provas de vela cruzeiro a nível nacional, a Fidelidade procura salientar valores como a segurança, o dinamismo e o espírito de equipa, associados à sua marca.

Cada dia do evento corresponde a uma etapa, sendo que estas apenas diferem na localização estipulada para as regatas. A etapa que correspondente ao primeiro dia de prova tem início em Lagos e termina em Albufeira. No segundo dia de competição, os velejadores partem de Albufeira, e terminam o seu percurso na Ilha da Culatra. A última etapa da Fidelidade Sailing Challenge parte da Ilha da Culatra e termina em Tavira, onde se dá por concluída a 27ª edição desta iniciativa.

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Ferro soube de carta de Berardo pela comunicação social. Respondeu em carta fechada

A carta que Berardo enviou a Ferro causou mal estar junto do presidente do Parlamento que não gostou de saber da mesma pela comunicação social. A resposta para o comendador já seguiu mas é fechada.

O presidente do Parlamento não gostou de saber da carta de Joe Berardo pela comunicação social, onde o comendador se queixa do tratamento que teve na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e pede a intervenção de Ferro Rodrigues. Ao ECO, fonte oficial do gabinete do presidente da Assembleia da República adianta que Ferro Rodrigues leu a carta “depois de a ter lido na comunicação social” e que já respondeu mas por uma “carta não aberta”.

Joe Berardo enviou uma carta aberta ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, para fazer a “defesa da honra pessoal”, queixando-se de ser vítima de “um verdadeiro julgamento popular” no Parlamento. Teme ainda que os danos reputacionais da sua prestação na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) possam afetar os vários processos judiciais que tem contra si. O conteúdo da carta foi conhecido na segunda-feira através do telejornal da RTP. E até Ferro Rodrigues, o destinatário da carta, teve conhecimento da mesma pela comunicação social.

O gabinete de imprensa da presidência do Parlamento “confirma que recebeu a carta depois de ter lido na comunicação social”, disse fonte oficial ao ECO, acrescentando que a mesma terá como destino a comissão parlamentar de inquérito, até porque “o presidente da Assembleia da República não pode intervir nas comissões de inquérito” que gozam de “total autonomia”.

Ferro Rodrigues foi rápido na resposta a Joe Berardo e faz questão de mostrar o descontentamento com o procedimento usado pelo comendador. “O presidente da Assembleia da República respondeu por uma carta não aberta”, disse ainda fonte oficial ao ECO.

Na carta, Berardo diz que foi vítima de um “julgamento popular” e afirma ter a certeza que Ferro “tudo fará” para que no futuro isso não volte a acontecer.

Berardo considera que será penalizado nos processos onde é alvo pela sua ida à comissão de inquérito à Caixa. “A minha posição perante os vários processos judiciais que me foram movidos dificilmente possa vir a ser apreciada com o necessário distanciamento, pois os tribunais, sendo uma realidade humana, onde decidem homens e mulheres, não são imunes, ainda que inconscientemente, aos efeitos da opinião pública”, frisa Joe Berardo numa carta com cinco páginas.

A carta é conhecida dias depois das notícias sobre o arresto de alguns bens de Berardo por parte do tribunal: entre os quais dois apartamentos em Lisboa. Foi um arresto feito a pedido da CGD, mas Berardo tem mais processos. Além dos bens, Berardo diz que pagou 231 milhões de euros em juros à banca “a troco de nada”.

No passado dia 20 de abril, CGD, BCP e Novo Banco entregaram uma ação executiva no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para cobrar dívidas de Joe Berardo de quase 1.000 milhões de euros. Ao banco público ficou a dever perto de 320 milhões, segundo a EY.

(Notícia atualizada)

 

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AdC alerta que alguns algoritmos podem violar a Lei da Concorrência

  • Lusa
  • 2 Julho 2019

A Autoridade da Concorrência (AdC) alertou que as empresas são responsáveis pelos algoritmos que utilizam e que algumas destas ferramentas, que permitem "coordenar preços", violam a lei em vigor.

A Autoridade da Concorrência (AdC) alertou que as empresas são responsáveis “pelos algoritmos que utilizam” e que o recurso a estas ferramentas para “coordenar os preços” ou “fragilizar a concorrência” é incompatível com a lei. Este alerta surge na sequência da análise que esta autoridade tem desenvolvido na área dos ecossistemas digitais, big data e algoritmos.

“A digitalização da economia fomentou o aparecimento de novos modelos de negócio centrados em plataformas digitais, levando os padrões de consumo a alterarem-se drasticamente: em 2018, 94% dos portugueses com acesso à internet já fizeram pelo menos uma compra ‘online’”, indicou, em comunicado a AdC. Porém, nos mercados digitais, a exclusão poderá estar à “distância de um clique, uma vez que as plataformas incumbentes podem adotar estratégias de exclusão de concorrentes assentes na exploração de enviesamentos comportamentais dos consumidores”.

Segundo a autoridade liderada por Margarida Matos Rosa, o big data tem permitido o desenvolvimento de algoritmos de preços, de monitorização, de avaliação ou de recomendação que podem “facilitar a criação e manutenção de equilíbrios de colusão no mercado, apesar de efeitos positivos na descoberta de produtos e na comparabilidade de preços”. Por outro lado, os algoritmos de preços podem possibilitar estratégias de preços personalizados que podem permitir às empresas “extrair mais valor” aos consumidores, ainda que expandam o volume de produtos transacionados. Já os algoritmos de monitorização dos preços online dos concorrentes assumem-se como “uma ferramenta a que as empresas recorrem”.

Conforme indicou a AdC, cerca de 37% de uma amostra de empresas ativas em Portugal com presença digital reportaram “recorrer a este tipo de software, resultados que estão em linha com os do inquérito ‘e-commerce’ da Comissão Europeia. “A AdC não encontrou evidência que indiciasse uma utilização generalizada de algoritmos de preços (7,9%) entre a amostra inquirida. Contudo, a análise mostra que o recurso a algoritmos de preços pode ter já implicações em determinados mercados e marketplaces e pode vir a representar um desafio em termos de política de concorrência, no futuro”, lê-se no documento. Adicionalmente, evitar o risco de operações de concentração agressivas sobre pequenos ou potenciais concorrentes é um desafio da política de concorrência na era digital.

Este tipo de concentrações pode ter como objetivo “a expansão ou reforço do ecossistema via incorporação de produtos, ou a descontinuação e limitação da introdução de novos produtos”, no entanto, podem escapar ao controlo das autoridades da concorrência ao não verificarem os critérios de notificabilidade. “As plataformas incumbentes podem ainda adotar estratégias de exclusão de concorrentes, restringindo a sua capacidade de aceder aos dados necessários para que desenvolvam a sua atividade”, apontou a Concorrência.

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Portugal poupou 1,92 mil milhões com reembolso antecipado ao FMI

O total da poupança foi apresentada esta terça-feira pela presidente do IGCP, Cristina Casalinho, no Parlamento. Próximo passo é o pagamento da dívida aos credores europeus.

O reembolso antes do tempo da dívida portuguesa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) gerou uma poupança de 1,92 mil milhões de euros ao Estado português. Como este empréstimo era mais caro que a média da dívida, já se sabia que iria permitir poupar, mas o valor total foi anunciado esta terça-feira pelo Tesouro no Parlamento.

“Há uma estimativa de poupança de 1,92 mil milhões de euros”, afirmou Cristina Casalinho, presidente do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, no âmbito do Plano de Atividades da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

Do total de 78 mil milhões de euros concedidos a Portugal no âmbito do resgate financeiro, 26,3 mil milhões foram emprestados pelo FMI. Aproveitando as melhorias nas condições de mercado desde 2017, Portugal começou a reembolsar antecipadamente este montante e, no final do ano passado, pôs fim à dívida.

Ficam a faltam 27,3 mil milhões de euros de dívida ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e 24,3 mil milhões de euros ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira. O Ministro das Finanças Mário Centeno já tinha dito pretender começar a pagar antecipadamente também esta dívida de 51,6 mil milhões aos credores europeus.

Questionada pelos deputados, Cristina Casalinho não adiantou datas para a operação, mas confirmou que o plano é esse: aproveitar os juros mais baixos na emissão de nova dívida para se financiar junto dos mercados e devolver o empréstimo aos credores europeus.

“2018 foi marcado por uma melhoria assinalável das condições de financiamento. O custo de financiamento baixou de 2,6% para 1,8% em 2018 e atualmente situa-se em 1,5%”, afirmou a responsável pela gestão da dívida sobre o custo média de emissão de nova dívida pública em mínimos históricos.

Investimento especulativo de hedge funds afasta-se de Portugal

Em mercado secundário, a quebra é ainda mais notória. O juro da dívida portuguesa a 10 anos negociou esta terça-feira abaixo de 0,40%, sendo que a Portugal regista já taxas negativas até ao prazo de seis anos.

Cristina Casalinho apontou para a diminuição do risco de refinanciamento de Portugal (conseguido pelo reembolso antecipado ao FMI) como um fator chave, a par das melhorias do rating por parte das maiores agências desde final de 2017.

“Os upgrades por agências de rating tiveram um impacto significativo na inclusão em índices relevantes”, explicou. “Os fundos com caráter especulativo afastaram-se de Portugal. Todas as geografias aumentaram posições, à exceção dos EUA que é o contraponto do desinvestimento por parte de hedge funds“.

Outro fator que tem apoiado os Estados da Zona Euro, incluindo Portugal, é a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que mantém os juros em mínimos históricos e o programa de compra de ativos em curso. Apesar de o programa ter passado da compra líquida de títulos para a fase de reinvestimentos de juros e das obrigações que atingem as maturidades, Casalinho não vê grande impacto na aquisição de dívida portuguesa já que o BCE comprava menos do que o limite máximo (medido através da chave de capital).

Enquanto o BCE tiver fome para corrigir o desvio em relação à chave de capital, vamos acreditar que este padrão irá manter-se, sem grandes implicações no mercado português“, acrescentou a presidente do IGCP.

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Fisco perdeu 241,3 milhões em dívidas de impostos no ano passado. Valor das prescrições caiu para metade

Conta Geral do Estado referente ao ano passado mostra que o Estado não recebeu 241,3 milhões de euros por ter deixado prescrever a dívida. Valor baixou 46,8% face ao ano anterior.

O Estado deixou de receber 241,3 milhões de euros no ano passado em dívidas fiscais que prescreveram. O número consta da Conta Geral do Estado referente a 2018 publicada esta terça-feira e mostra que face ao ano anterior o Fisco aumentou a capacidade de cobrança de dívidas.

Em relação a 2017, o montante de dívidas prescritas reduziu-se em 46,8%, o equivalente a 212 milhões de euros, revela o mesmo documento. “Este decréscimo resulta do trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos anos anteriores no sentido do saneamento da carteira da dívida”, explica o Governo na Conta Geral do Estado.

“Não obstante ser o IVA o imposto que apresenta maior decréscimo do valor prescrito, 49,8% face ao ano anterior, também é este o imposto que maior peso tem no total das prescrições, cerca 57,7% do total de 2018, ou seja, 139,2 milhões de euros. Por outro lado, e apesar de o montante ser pouco significativo, o IS é o único imposto onde se verifica acréscimo do valor da dívida prescrita em 2018 (0,4 milhões de euros)”, nota ainda o Ministério das Finanças.

A prescrição de uma dívida ocorre, regra geral, oito anos após o ano em que se produziu o facto gerador da obrigação de imposto, ressalvadas que sejam as causas de suspensão e interrupção do prazo legal, explica ainda a Conta Geral do Estado.

Apesar de ter pedido este montante em dívidas que não conseguiu cobrar, as receitas fiscais em 2018 cresceram 4,9% em relação ao ano anterior.

(Notícia atualizada)

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Wall Street corrige de recordes com nova “batalha” comercial à vista

Estado de euforia nas bolsas norte-americanas durou pouco tempo. Investidores estão agora preocupados com nova frente de batalha de Trump na guerra comercial: a Europa. Wall Street corrige de máximos.

Foi sol de pouca dura a euforia em Wall Street com o anúncio de tréguas entre EUA e China. As bolsas norte-americanas encerraram a sessão anterior em máximos de sempre, mas recuam esta terça-feira com os investidores a virarem as agulhas das suas preocupações para a nova batalha comercial de Washington e que tem a Europa na mira.

O S&P 500, o índice de referência mundial, segue a deslizar ligeiros 0,04% para 2.963,06 pontos, aliviando da fasquia recorde alcançada esta segunda-feira. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq estão em queda: perdem 0,12% e 0,06%, respetivamente.

Depois de Trump e Xi Jinping ter acordado voltar à mesa das negociações para evitar uma escalada das taxas de importação entre duas maiores economias do mundo, os receios dos investidores centram-se agora naquilo que parece ser a próxima ameaça de Washington: poderá aumentar as tarifas sobre bens da União Europeia no valor de quatro mil milhões de dólares, aumentando a pressão sobre as autoridades europeias em relação à longa disputa em torno dos subsídios atribuídos às fabricantes de aviões Boeing e Airbus.

Florian Hense, economista da Berenberg, explicou à Reuters que a forma como Trump lidou com a China na resolução do conflito comercial entre as duas potências económicas poderá ser um bom guia para antever como poderão evoluir os acontecimentos nesta nova frente de batalha americana na Europa.

Os índices americanos tiveram o melhor mês de junho em décadas, perante a expectativa de a Reserva Federal baixar os juros para garantir que a maior economia do mundo continuará a crescer. Os analistas esperam que o banco central corte as taxas diretoras em pelo menos 0,25 pontos na próxima reunião de política monetária agendada para 30 e 31 de julho.

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Aliados da OPEP aderem a prolongamento de corte da produção de petróleo

  • Lusa
  • 2 Julho 2019

A Rússia e outros produtores aliados da OPEP aderiram à decisão de manter o corte de produção de petróleo até 31 de março de 2020.

A Rússia e outros nove produtores aliados da OPEP aderiram esta terça-feira, em Viena, à decisão da organização de manter até 31 de março de 2020 o corte da oferta de petróleo que esteve em vigor no primeiro semestre, foi anunciado.

Decidiu-se prolongar o acordo (de corte) “por nove meses, afirmou o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, no final da sexta reunião ministerial da OPEP+ (24 países da OPEP e 10 aliados desde 2016 liderados pela Rússia).

A decisão dos 24 países surge depois da Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, e a Rússia, maior produtor do grupo de aliados, terem alcançado um acordo prévio no sábado no Japão.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no sábado que combinou com a Arábia Saudita prolongar o acordo de corte da produção de petróleo, para suster as cotações do petróleo da OPEP.

“Colocámo-nos de acordo. Vamos prolongar este acordo, a Rússia e a Arábia Saudita. Durante que período? Vamos refletir. Por seis ou nove meses. É possível que vá até aos nove meses”, declarou Putin aos jornalistas, à margem da cimeira do G20 em Osaka, Japão.

De forma similar, o ministro do Petróleo saudita, Jalid al Falih, quando chegou no domingo a Viena, afirmou que o resultado “mais provável” do encontro é uma extensão do corte de produção até 31 de março de 2020.

O grupo de 24 países, denominado “OPEP+”, decidiu em dezembro passado retirar do mercado 1,2 milhões de barris de petróleo por dia, para tentar fazer subir o preço do petróleo, que tinha caído para menos de 54 dólares por barril.

Apesar de a medida ter contribuído para o encarecimento do petróleo nos primeiros meses deste ano, quando o barril se apreciou para níveis acima dos 75 dólares em finais de abril, o auge da produção nos Estados Unidos e a desaceleração da procura de petróleo anularam parcialmente a medida dos produtores.

O barril de petróleo Brent está, atualmente, em torno dos 66 dólares, um nível moderado tendo em conta a pressão para a alta que exercem outros fatores importantes.

Entre estes fatores destacam-se a queda das exportações de petróleo do Irão devido às sanções impostas a Teerão por Washington, a quebra da produção da Venezuela devido à grave crise que atravessa o país e os receios de cortes de fornecimento que desperta a escalada das tensões no Médio Oriente.

A OPEP e os 10 aliados, que representam metade da produção mundial de petróleo, decidiram em dezembro cortar a produção em 1,2 milhões de barris por dia e a estratégia funcionou, já que o preço do barril subiu cerca de 30% no primeiro trimestre, antes de estabilizar.

“Acreditamos que os nossos acordos de estabilização da oferta (…) tiveram um efeito positivo”, afirmou Putin numa entrevista ao Financial Times publicada na semana passada, assegurando que os países produtores iriam procurar em Viena manter a “estabilidade” do mercado, confrontado com um excesso de oferta e uma baixa procura.

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Presidente do PSD/Açores arguido em processo de peculato

  • Lusa
  • 2 Julho 2019

A PJ dos Açores constituiu vários arguidos, entre os quais Alexandre Gaudêncio, numa operação por suspeitas de crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos.

Alexandre Gaudêncio, presidente do PSD/Açores e da Câmara Municipal da Ribeira Grande.EDUARDO COSTA/LUSA

A Polícia Judiciária (PJ) dos Açores constituiu “vários arguidos” esta terça-feira, entre os quais o presidente da Câmara da Ribeira Grande e também líder do PSD/Açores, numa operação por suspeitas de “crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos”.

À Lusa, o coordenador da PJ nos Açores, João Oliveira, confirmou a existência de “vários arguidos”, entre os quais o líder do PSD/Açores e autarca do concelho micaelense, Alexandre Gaudêncio, acrescentando que estão desde manhã a ser feitas buscas domiciliárias, na Câmara Municipal da Ribeira Grande e noutras instalações municipais. “Também estão a ser feitas buscas num conjunto de empresas que têm relações contratuais com a câmara”, acrescentou o responsável daquela autoridade.

Numa nota enviada à imprensa, que antecedeu o contacto da Lusa com a PJ, é referido que “estão em curso, nos Açores e também numa empresa do continente, cerca de dez buscas a instalações autárquicas, empresas, residências e viaturas, com vista à apreensão de elementos com interesse probatório”.

A polícia acrescenta que “foram já constituídos vários arguidos, entre os quais o presidente da edilidade, estando sobretudo em causa suspeita de reiterada violação de regras de contratação pública, de urbanismo e ordenamento do território, com presumíveis favorecimentos de empresários e entidades de direito privado, com prejuízos para o erário público”.

A revista Sábado diz que está em causa um contrato com o artista brasileiro MC Kevinho para um concerto ocorrido em abril no município açoriano.

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Marcações para cartão do cidadão e passaporte estão a demorar até 150 dias. Veja o tempo de espera em todos os distritos do país

De norte a sul, está instalado o caos para renovar o CC ou o passaporte. Pode agendar online, mas a espera pode ir a 150 dias. Saiba qual a próxima data disponível no seu distrito?

Se optar por agendar a renovação do cartão do cidadão ou do passaporte através da internet, pode conseguir vaga já para segunda-feira, mas também pode ter de esperar até ao final de novembro. Tudo depende do distrito e do concelho onde pretende fazer a sua marcação. Mas, atenção: não há vagas em todos os concelhos do país.

Oeiras é o concelho que regista o tempo máximo de espera, com marcações só disponíveis para 25 de novembro. São 150 dias, incluindo sábados e domingos em que os serviços estão fechados. Para conseguir vaga para o passaporte, acrescente mais um dia. No distrito de Lisboa, seguem-se Cascais e Amadora, com 129 e 122 dias de espera, respetivamente. Se for mesmo urgente, e não quiser sair do distrito, tem que se deslocar até Sobral de Monte Agraço. Aqui há vagas para 11 de julho.

No distrito do Porto, o concelho de Felgueiras é o que regista mais dias de espera, 68, e Penafiel segue-se com 66 dias. O concelho do Porto é o local onde consegue marcação mais rápido, dentro de uma semana.

Braga e Guimarães têm exatamente a mesma data disponível: 22 de agosto. Se procurar vaga em Bragança, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real, Portalegre pode conseguir marcação no prazo de dois dias úteis. Nas ilhas, os tempos de espera são idênticos, uma vez que há marcações disponíveis para segunda-feira.

A 28 de junho, sexta-feira, estes eram os dias de espera disponíveis, no agendamento online, em todo o país. Veja o mapa:

Para efetuar o agendamento online basta aceder ao site do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), preencher o pedido e ver qual é o local mais adequado para si.

Chegar cedo para conseguir senha. O caos nas filas de espera

Contudo, o agendamento não é solução para toda a gente. No distrito de Lisboa, a loja do cidadão das Laranjeiras é uma das possibilidades para renovação de cartão do cidadão ou passaporte. As portas abrem às 8h30, mas as senhas não duram o dia todo. “Eram 3h00 quando cheguei e já tinha oito pessoas à minha frente”, contou Adenise Pereira ao ECO. Misturam-se na mesma fila pessoas que pretendem ir ao registo, à segurança social, EDP, e afins. Alguns estão a voltar porque não conseguiram senha na primeira deslocação.

O ECO foi até lá falar com quem espera. Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/3PuCqS8QZkzzmMvhZumY

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