Benfica já ganha na bolsa com negócio de Félix. Lisboa também avança

Ações da SAD encarnada somaram esta quinta-feira mais de 1%, depois de ter anunciado que recebeu uma proposta de 126 milhões de euros pelo jovem prodígio. BCP sustentou PSI-20.

Com os milhões da transferência de João Félix à vista, as ações do Benfica avançaram mais de 1% na sessão desta quinta-feira, numa sessão de liquidez bem acima do habitual. Também a bolsa de Lisboa fechou com ganhos pelo segundo dia consecutivo, à boleia do banco BCP e da retalhista Jerónimo Martins.

Em relação aos títulos da SAD encarnada, registou-se um ganho 1,32% no preço da ação para 3,07 euros. E foi uma sessão bem animada (mais do que o habitual, pelo menos): as ações chegaram a disparar quase 5% e mais de 27 mil papéis trocaram de mãos, quatro vezes mais do que a média diária dos últimos 12 meses.

Este desempenho surgiu depois de na quarta-feira à noite a SAD liderada por Luís Filipe Vieira ter anunciado ao mercado que recebeu uma proposta de 126 milhões de euros da parte do Atlético de Madrid pelo jogador João Félix. Ou seja, Os espanhóis batem valor da cláusula de rescisão do jovem prodígio (120 milhões) e pagam ainda os encargos associados à operação financeira (6 milhões). Será o maior negócio de sempre no futebol português.

Benfica voa na bolsa

Já no principal índice português o dia também foi de ganhos, graças sobretudo às boas prestações do BCP e da Jerónimo Martins. O PSI-20 somou 0,46% para 5.102,75 pontos, com o banco liderado por Miguel Maya a fechar em alta de 1,94% para 0,2681 euros, negociando em máximos de 11 meses, e a retalhista dona do Pingo Doce a ganhar 1,28% para 14,19 euros.

Foram 11 títulos que encerraram a sessão acima da linha de água, com destaque ainda para a Mota-Engil, cujas ações avançaram 2,38% no melhor desempenho por cá. Do lado negativo, entre as sete cotadas que fecharam no vermelho, a Galp foi protagonista com uma queda de 0,37%.

Lá por fora foi um dia misto em termos de desempenhos. Os principais índices em França e Espanha perderam ligeiros 0,1%. Em Milão e Frankfurt, por seu turno, valorizaram ambos cerca de 0,2%.

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Freguesia do concelho do Marco promove reflorestação com a ajuda dos proprietários

  • Filipe S. Fernandes
  • 27 Junho 2019

Projeto surgiu de uma "candidatura a fundos comunitários para reflorestar parte da zona ardida”, José Couto, presidente da junta de freguesia de Penha Longa e Paços de Gaiolo.

“Com o grande incêndio de final de verão de 2015 na zona da serra que está integrada no ZIF (Zona de Intervenção Florestal), surgiu a possibilidade de uma candidatura a fundos comunitários para reflorestar parte da zona ardida”, menção de José Couto, presidente da junta de freguesia de Penha Longa e Paços de Gaiolo, concelho de Marco de Canaveses.

E assim foi: com a ajuda da Associação Florestal de Entre Douro e Tâmega, que dá o apoio técnico, foi submetido um projeto que foi financiado pela Comunidade Europeia no âmbito da Reabilitação da Floresta Afetada – PDR 2020.

A Serra de Montedeiras tem uma elevação de cerca de 600 metros e, a partir dos 450 metros, está sem árvores e com vegetação rasteira. O projeto de reflorestação abrange uma área de 46 hectares e consiste em plantar árvores autóctones, como carvalho róbur e bétulas, desde a elevação de 450 metros até cerca de 550 metros, numa intensidade de 625 plantas por hectare. Tem ainda como objetivo recuperar e limpar as linhas de água existentes.

Este projeto de reflorestação envolve mais de três dezenas de proprietários, “ainda que alguns estejam ainda por identificar”, sublinha José Couto.

O presidente da junta de freguesia de Penha Longa explica que, “como não foi possível identificar alguns dos proprietários em tempo útil para a respetiva plantação, foram elaborados e publicados editais para se pronunciarem sobre o assunto. As árvores foram plantadas ficando agora sob a responsabilidade de cada um em tratar e cuidar dos terrenos para a sua expansão”, explica, adiantando ainda que a junta de freguesia tem vindo a acompanhar e monitorizar a plantação para verificação do cumprimento do projeto.

 

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Os novos gadgets da floresta

  • ECO + REN
  • 27 Junho 2019

A gestão da floresta é cada vez mais baseada em novos equipamentos e com mais tecnologia incorporada para poder aumentar a rentabilidade dos produtos florestais.

Os espaços florestais em Portugal ocupam 67% do território nacional, dando emprego direto a cerca de 115 mil pessoas. A atividade económica ligada à fileira florestal representa cerca de 2% do PIB português e tem sofrido o impacto da inovação e de novas tecnologias.

A mecanização pode aumentar a rentabilização dos produtos florestais porque reduz os custos de produção. Mas, se não for bem executada, “pode contribuir ainda mais para o aumento dos custos e para a degradação do ecossistema florestal”, salienta Pedro Serra Ramos, gestor da empresa ForestFin-Florestas e Afins e presidente da ANEFA (Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente). “A necessidade de produzir mais associada à falta de mão-de-obra justifica a importância da mecanização para a gestão da floresta”, reforça Daniel Santos, diretor comercial da Floponor.

A mecanização da floresta tem como principais vantagens a redução de mão-de-obra, a incorporação de mão-de-obra especializada e a melhoria das condições de segurança. Mas “o trabalho florestal é um trabalho muito duro e como tal para que haja rentabilidade na sua execução só poderá ser realizado com equipamentos apropriados”, refere Rogério Carvalho, gerente da Unitractores, com sede em Vila Nova de Poiares. “A redução do risco de acidente, a melhoria das condições de segurança e de trabalho dos operadores constitui desde logo uma clara vantagem da mecanização”, elenca Serra Ramos.

São condições essenciais para atrair pessoas para trabalhar na floresta porque “a mão-de-obra é cada vez mais escassa”, defende Rogério Carvalho. “A mecanização e a necessidade de incorporar mão-de-obra especializada, com a exigência de menos esforço físico e a utilização de novas tecnologias, poderá ajudar a atrair população mais jovem”, diz Pedro Serra Ramos.

O trator de floresta

Com esta mudança, o “trator para trabalhos na floresta deixou de ser um trator agrícola adaptado para passar a ser um trator florestal, já que vem de fábrica equipado para operar na floresta”, sublinha Rogério Carvalho, e tem em conta a segurança do operador, as condições de trabalho, como o posto de trabalho reversível, e a proteção especial dos equipamentos. “Estes equipamentos mais recentes têm vindo a ser incorporados com os mais recentes avanços tecnológicos como seja a tecnologia gps, o auxílio de câmaras de vídeo, entre outras”, aduz Daniel Santos.

Rogério Carvalho considera que houve uma grande evolução na tecnologia para os trabalhos na floresta. Nas limpezas de mato, “em que os destroçadores deixaram de ser uma mera alfaia para passarem a ser a alfaia de determinadas máquinas, algumas já só dedicadas a essa operação”. Têm equipamentos “que com uma passagem destroem e incorporam toda a vegetação no solo mesmo em zonas de grande declive”.

Depois dos incêndios de 2017 houve uma maior mediatização das ações de silvicultura preventiva e “um aumento considerável da procura de serviços de silvicultura preventiva, que também coincidiu com um momento positivo da economia nacional e consequente baixa taxa de desemprego”, assinala Daniel Santos.

Neste contexto, as empresas prestadoras deste tipo de serviços tiveram de realizar avultados investimentos na aquisição de equipamentos que lhes permitissem aumentar a capacidade de trabalho, com menor recurso a mão-de-obra e sem aumentar o preço dos serviços. Mas houve empresas como a REN que, para “minimizar o constrangimento identificado” adquiriu cinco destroçadores florestais de grande capacidade, colocados ao serviço dos seus principais prestadores de serviços, explica ” Daniel Santos. Foi o caso da Floponor.

Uma máquina destas equivale a 60 homens a trabalhar. Elas têm um destroçador florestal à frente e são muito mais eficientes. Outra das vantagens é que ela faz uma pequena movimentação do solo e, portanto, retarda o surgimento da vegetação”, explica João Gaspar, responsável da área de Património da REN.

Aproveitamento da biomassa

Nas limpezas de mato, a tecnologia avançou em duas frentes principais. Por um lado, a destruição da vegetação com incorporação no solo, através de destroçadores de martelos associados a tratores ou máquinas com maior potência, o chamado “equipamento dedicado”. Por outro lado, a recolha de vegetação com aspiração para produção de biomassa. Esta, segundo Pedro Serra Ramos, é “de difícil aplicação em Portugal devido às condições de orografia dos nossos terrenos”. Refere as máquinas robotizadas em que a operação de desmatação e incorporação no solo é realizada à distância por telecomando, para operar em zonas de grandes declives e/ou com obstáculos.

O aproveitamento da biomassa também se refletiu em novos equipamentos que, “no terreno, permitem a recolha e estilhaçamento da biomassa de imediato, podendo transportar a mesma para local de acesso aos camiões”, diz Rogério Carvalho.

Pedro Serra Ramos antevê que o aproveitamento dos resíduos de exploração para biomassa e de espécies como o pinheiro bravo, para serem rentáveis, levará a uma alteração dos modelos de exploração florestal, “com a passagem de um modelo por toros para a exploração de árvore inteira”.

Arborização difícil

Os ganhos em termos de produtividade com a mecanização são grandes, “mas variam de área para área de trabalho”. “A mecanização implica investimento, e o investimento só é possível se houver trabalho”, refere Rogério Carvalho, exemplificando com a arborização que foi uma das áreas que menos evoluiu em termos de mecanização. Pedro Serra Ramos adianta ainda que, nesta área, “apostou-se no arranque de cepos e começa agora a avançar o desenvolvimento de plantadores mecânicos. Todavia, dadas as nossas condições de terreno, não é fácil a mecanização das operações de plantação”.

Rogério Carvalho alerta ainda para o facto de haver tendência “para procurar soluções em países que têm pouco a ver com as características da nossa propriedade e depois a sua rentabilidade, enquanto solução, é baixa”. Pedro Serra Ramos concorda que “existe uma tendência para tentar adequar os equipamentos, usados no norte da Europa, a Portugal e ao sul da Europa. Ora, as condições do terreno são muito diferentes e o setor não comporta os preços desses equipamentos em termos de valorização dos produtos florestais”.

O responsável da Unitractores explica que esta evolução tecnológica e melhoria da qualidade atinge equipamentos como gruas, guinchos, reboques florestais, “sem que tal se tenha refletido numa grande diferença de preço”, acentua o gestor da empresa que se dedica a máquinas florestais, na área da rechega há mais de trinta anos e, mais recentemente, na área da biomassa e das limpezas.

 

 

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Menos bancos nos transportes? É a “otimização” do espaço, diz secretário de Estado da Mobilidade

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

Retirar bancos nos transportes públicos "é uma prática internacional" e no caso do Metropolitano de Lisboa já vem de 2017, aponta o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade.

O secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, defendeu que medidas como a retirada dos bancos de transportes públicos é “uma otimização” para criar espaço num período em que a procura aumentou.

A retirada dos bancos “é uma prática internacional” e no caso do Metropolitano de Lisboa, já vem de 2017: “em viagens curtas, as pessoas podem ir de pé e os carrinhos de bebé e malas para o aeroporto não tinham espaço e limitavam o acesso aos outros passageiros”, afirmou em declarações à Lusa.

“Aumentar a capacidade é uma otimização”, argumentou, acrescentando que “não é mau que a procura pressione a oferta, para a oferta aparecer”, à margem da apresentação de um concurso para autarquias que promovam serviços de mobilidade dirigidos às necessidades de género.

“Mais procura é mais pessoas a pagar transporte. Se o transporte é um negócio como outro qualquer, de certeza que a oferta vai aparecer para satisfazer essa procura”, considerou. Da parte do Estado, está a “reforçar a oferta em vários modos de transporte”, a “comprar mais navios, a renovar navios para aumentar capacidade, a comprar e renovar mais autocarros”.

Quanto à dimensão social no planeamento, indicou o apoio à compra de 709 autocarros com piso rebaixado e plataformas para cadeiras de rodas, defendendo que o selo Move+ pode levar a mais “boas práticas e um transporte mais inclusivo” das autarquias.

Para responder a necessidades específicas das mulheres, a “transparência e iluminação” já são requisitos no desenho de estações, porque “o assédio existe”, e já há dinheiro para serem criados espaços para crianças com fraldários em estações de transporte.

A investigadora Mónica Lopes, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, apontou dados que analisou sobre a dimensão de género na mobilidade, com a maioria das mulheres envolvidas “numa cadeia de tarefas mais complexa”, com viagens a mais sítios, mais acompanhadas [de crianças ou idosos, em muitos casos], num registo “multifunções”.

Há menos mulheres com carta de condução do que homens e cerca de 70% das mulheres usam transportes públicos, com necessidade de mais espaço nos transportes e mais dependentes de horários e regularidade dos transportes. A tendência é de mais mulheres a levarem filhos às escolas, atividades extracurriculares, consultas, atividades de entretenimento, enquanto os homens predominam no uso do automóvel, com “viagens pendulares [geralmente, casa-trabalho-casa] mais longas, mas menos por dia”.

A secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, assinalou que o concurso Move+ servirá para dar “mais visibilidade” a iniciativas das câmaras que reconheçam os “usos diferentes do espaço e dos recursos por homens e mulheres” e as necessidades de pessoas com dificuldades de mobilidade, como os iodos e deficientes.

O Instituto de Mobilidade e dos Transportes recebe candidaturas de 01 de julho a 30 de setembro de autarquias individuais ou associadas. Serviços de transporte de idosos a consultas, organização de partilhas de carro e boleias entre vizinhos, criação de plataformas eletrónicas para evitar deslocações a serviços são algumas das iniciativas que poderão valer um selo Move+.

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Grupo tailandês Minor vende três hotéis em Lisboa por 313 milhões de euros

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

O grupo tailandês vendeu três unidades hoteleiras sob a marca Tivoli à Invesco Real Estate. Os hotéis serão depois alugados à NH, que os explorará a partir do final de julho.

O grupo tailandês Minor International vendeu por 313 milhões de euros os três hotéis que detinha em Lisboa à Invesco Real Estate que, posteriormente, serão alugados à NH, que os explorará a partir do final de julho, foi anunciado esta quinta-feira.

Segundo um comunicado da Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV), divulgado esta quinta-feira, com esta operação, o grupo tailandês cumpre o compromisso feito na Oferta Pública de Aquisição (OPA), com a qual assumiu o controlo da NH, designadamente de explorar uma transação que permitisse à espanhola gerir os seus hotéis em Portugal e no Brasil.

Para materializar o compromisso, o Minor alcançou um acordo vinculativo para a venda dos três hotéis que detinha em Lisboa — Tivoli Avenida da Liberdade Lisboa, Tivoli Oriente Lisboa e Avani Avenida da Liberdade — a fundos geridos pelo Invesco Real Estate que, posteriormente, alugará à NH, que os explorará, previsivelmente a partir do final de julho, com um contrato de aluguer sustentado e com uma duração de 20 anos prorrogáveis, especifica o comunicado.

Segundo fonte da Invesco citada pela Efe, a compra dos três hotéis de Lisboa totalizou 313 milhões de euros e representou “a maior operação hoteleira da história em Portugal”. Depois da assinatura de três contratos e como estava previsto, a cadeia hoteleira espanhola NH vai explorar os 12 hotéis do grupo tailandês Minor International em Portugal e apoiar a gestão dos dois hotéis que possui no Brasil.

Segundo o comunicado, a integração na NH da operação do Minor em Portugal e no Brasil significará para o grupo espanhol uma contribuição para o lucro operacional bruto (EBITDA) de 13 milhões de euros.

Em paralelo, a NH acordou com o Minor um contrato de gestão para outros nove hotéis, operados com as marcas Tivoli e Anantara Hotels and Resorts em Portugal e localizados em Vilamoura, Carvoeiro, Sintra, Coimbra, Lagos e Portimão. Depois da operação, a carteira conjunta do Minor e da NH em Portugal totaliza 17 hotéis operacionais de quatro e cinco estrelas “que permitem liderar o setor no país como principal operador e consolidar uma ampla oferta posicionada no segmento de gama alta”, segundo a mesma fonte.

Por outro lado, para aproveitar a ampla presença que o NH Hotel Group tem na América Latina, a NH e o Minor assinaram um contrato de assessoria para a gestão dos hotéis de Minor International no Brasil, onde possui dois hotéis com 504 quartos.

“Com este acordo, estamos a completar com êxito e num tempo recorde um passo mais no nosso processo de integração com o Minor, que dará mais variedade e qualidade à nossa presença no sul da Europa e na América Latina e nos permitirá avançar mais rapidamente nos planos de crescimento e aproveitamento da complementaridade dos dois grupos”, referiu o presidente executivo (CEO) da NH, Ramón Aragonés.

O grupo tailandês Minor adquiriu o portefólio Tivoli (12 hotéis em Portugal e dois no Brasil), por 294,2 milhões de euros, operação realizada no âmbito de um Processo Especial de Revitalização (PER), na sequência do colapso do Grupo Espírito Santo (GES).

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Trabalhadores da Microsoft desfilam na Pride Parade

  • Ricardo Vieira
  • 27 Junho 2019

No mundo, perto de quatro mil colaboradores da tecnológica vão associar-se às celebrações do Pride Month. Em Lisboa serão mais de 60.

A Microsoft vai participar na Marcha do Orgulho LGBTQI+ em defesa dos princípios de igualdade, diversidade e inclusão de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer e intersexuais. Mais de 60 colaboradores e familiares integram a comitiva de participantes que terá um autocarro alusivo ao tema durante o desfile, que decorre a 29 de junho entre o Príncipe Real e a Ribeira das Naus, em Lisboa.

“A diversidade e a inclusão são pilares da cultura da Microsoft. No ano passado, globalmente, assinalámos o Pride em 40 cidades, de 17 países e queríamos incluir Portugal nestas celebrações. Embora muito tenha mudado desde a revolução de Stonewall é inegável que muitos dos problemas originais ainda estão presentes nos dias de hoje. A tecnologia que temos atualmente é uma excelente ferramenta para nos ajudar a dissolver estas diferenças e promover a inclusão”, diz Rita Piçarra, diretora financeira da Microsoft Portugal.

Em 2019, a Microsoft conta ter a maior participação de sempre em iniciativas deste género, envolvendo 30 países, mais de 60 cidades e cerca de quatro mil colaboradores.

“What action will you take” é a assinatura da campanha da Microsoft, que incentivou os colaboradores a pensar as ações de inclusão, e contou com a partilha de vários testemunhos e compromissos que podem ser conhecidos na página da iniciativa.

Num mundo em que mais de 180 países não têm igualdade no casamento, mais de 70 criminalizam as relações entre pessoas do mesmo género e cerca de uma dezena determina que cidadãos não-heterossexuais devem ser executados. A Microsoft lembra que “introduziu a orientação sexual às políticas de não-discriminação da empresa. Ao longo de mais de uma década, obteve um resultado de 100 no HRC Corporate Equality Index. Hoje mantém esforços no sentido de garantir igualdade de direitos aos colaboradores, não discriminando em função da orientação sexual”.

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Sound Particles vence bolsa. UE financia projeto da startup em 1,25 milhões

Startup que construiu software de som usado por produções responsáveis pelo "Game of Thrones" venceu bolsa europeia. Projeto de 1,78 milhões foi financiado quase na totalidade (1,25 milhões).

A startup portuguesa Sound Particles, que desenvolveu um software de som 3D usado por produções de Hollywood de nomes como “Game of Thrones” e “Batman versus Superman”, acaba de ser escolhida pela União Europeia. Tudo pelo projeto que a empresa, que faz parte do portefólio de investimento da Indico Capital, apresentou a concurso, que inclui um melhoramento do produto de software desenvolvido, assim como um número de iniciativas de negócio com o objetivo de atingir segmentos maiores de clientes.

A bolsa prevê um investimento europeu de 1,25 milhões de euros de um total de 1,78 milhões previstos no projeto.

O investimento de 70% face ao total previsto para o projeto foi atribuído pelo SME Instrument – Phase 2 program, uma iniciativa da Comissão Europeia para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de todos os tipos de inovação rumo à sua comercialização e que se desenvolve através de uma proposta pensada para escalar a empresa juntamente com fundos de capital de risco. O concurso é ainda o maior programa de apoio do mundo para financiar ciência e inovação.

“Com este financiamento, que serve de reconhecimento de um programa prestigiado, e com o apoio contínuo da Indico Capital, queremos acelerar este passo ambiciono de desenvolvimento da nossa plataforma, explica Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles.

Já Stephan Morais, managing general partner da Indico, que liderou a ronda de 400 mil euros levantados pela startup no início do ano, explica que esta bolsa reforça um reconhecimento de uma instituição de “alto calibre” sobre o “proposta de valor e a inovação criada pela Sound Particles”. “Este financiamento vai permitir saltar uma ronda que dilua equity na empresa, criando valor para a companhia e para todos os seus shareholders“.

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Tréguas provisórias na guerra comercial animam Wall Street

As duas maiores economias do mundo estão a ultimar um acordo de tréguas provisórias na disputa comercial, o que foi o suficiente para animar os investidores.

Os investidores estão esperançosos quanto às negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. As bolsas norte-americanas iniciaram a sessão desta quinta-feira a valorizar, depois da notícia que dá conta que a China e os Estados Unidos da América (EUA) deverão acordar, em breve, uma trégua nas suas crescentes disputas comerciais.

Na véspera de os líderes dos dois países se reunirem à margem da cimeira do G20, em Osaka, Washington e Pequim estão empenhadas em estabelecer um acordo que prevê o adiamento de mais taxas alfandegárias por parte dos EUA, avançou esta manhã o jornal Hong Kong.

Recorde-se que, na quarta-feira passada, o presidente Donald Trump afirmou que seria possível alcançar um acordo comercial com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, no final desta semana. Contudo, segundo escreve a agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), o líder dos Estados Unidos também disse que está preparado para impor novas tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas. Isto caso as negociações comerciais venham a fracassar.

Neste cenário, o S&P está a valorizar 0,28%, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,08% e o tecnológico Nasdaq está a somar 0,37%.

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Governo aprova alívio dos cortes em algumas pensões da CGA. Medida ainda vai aos parceiros

O Governo aprovou na generalidade o alargamento do regime de flexibilização da idade de acesso à reforma à CGA. A medida ainda vai aos parceiros sociais, regressando depois a Conselho de Ministros.

O Governo aprovou, esta quinta-feira, na generalidade o alargamento das novas regras das pensões antecipadas à Caixa Geral de Aposentações (CGA), abrindo a porta para que os funcionários públicos que aos 60 anos já contem com 40 de descontos possam pedir a antecipação da reforma sem o corte do fator de sustentabilidade. Ainda assim, antes de esta mudança legislativa chegar às mãos do Presidente da República, terá de passar pelos parceiros sociais e ser alvo de uma consulta pública, bem como de regressar a Conselho de Ministros para uma aprovação definitiva.

Foi aprovado na generalidade, para consulta pública e aos parceiros sociais, o novo regime de flexibilização da idade de acesso à pensão no regime convergente. Trata-se de aplicar aos beneficiários da CGA um regime equivalente ao que já foi aprovado no âmbito do regime geral da Segurança Social, cumprindo assim o previsto na Lei do Orçamento do Estado para 2019″, explica o Executivo de António Costa, em comunicado.

Em causa está o regime que, desde janeiro, tem permitido que os beneficiários da Segurança Social com, pelo menos, 63 anos e que aos 60 já contassem com 40 de descontos peçam a antecipação da reforma sem o corte de 14,7% implicado no fator de sustentabilidade. Em outubro, esse novo regime de flexibilização da idade de acesso à reforma será estendida aos beneficiários com 60 anos de idade.

Estas novas regras foram introduzidas no âmbito do Orçamento do Estado para 2019, que deixou claro que o Governo teria de apresentar os projetos legislativos necessários ao seu alargamento ao regime convergente, isto é, à CGA.

Foi isto que o Ministério de Vieira da Silva levou a Conselho de Ministros, esta quinta-feira. A proposta acabou por ser aprovada na generalidade, seguindo-se agora uma consulta pública. A medida será também levada aos parceiros sociais e regressar a Conselho de Ministros antes de chegar a Belém, para depois seguir para os subscritores da CGA.

Além de eliminar um dos cortes a que estão sujeitas as pensões antecipadas, esta proposta que foi levada a Conselho de Ministro estende à Função Pública o conceito de idade pessoal da reforma, isto é, ao abrigo deste regime os funcionários públicos passam a ver a sua idade da reforma encolher em quatro meses por cada ano que tenham na sua carreira contributiva acima dos 40 e já sem a limitação dos 65 anos.

Por exemplo, um funcionário público que já conte com 46 anos de contribuições poderá reformar-se aos 64 anos e quatro meses, sem o corte de 12% decorrente da antecipação face aos 66 anos e cinco meses, que lhe seria, de outro modo, aplicado à pensão.

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Dependência de alguns municípios face a grandes empresas aumentou

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

Em 14 municípios portugueses aumentou a concentração da faturação e emprego em apenas quatro empresas, revela a Pordata no Dia Mundial das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

As quatro maiores empresas concentram mais de dois terços da faturação e de 30% do emprego em 14 municípios portugueses, tendo esta concentração aumentado entre 2009 e 2017 em todo o país, exceto no Norte, divulgou esta quinta-feira a Pordata.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados pela Pordata para assinalar o Dia Mundial das Micro, Pequenas e Médias Empresas, em 2017 as quatro maiores empresas de Portugal concentravam 5% do volume de negócios, 4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) e 2% do pessoal ao serviço a nível nacional, destacando-se alguns municípios e/ou regiões pelas “elevadas concentrações” desses indicadores nas quatro maiores empresas ali instaladas.

Estamos, assim, perante municípios/regiões com uma maior dependência destas grandes empresas e, por isso, mais vulneráveis ao comportamento económico destas”, nota o organismo de estudos estatísticos e sociais da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

No que se refere ao volume de negócios, a Pordata refere que a concentração é maior no interior do país (Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa, Médio Tejo, Viseu Dão Lafões) e no Alentejo.

Entre 2009 e 2017, nota, “essa concentração mais do que duplicou” em Trás-os-Montes, Beira Baixa e Douro, tendo diminuído apenas no Alto Tâmega e na Área Metropolitana do Porto.

Numa análise por municípios, verifica-se que em 14 casos a concentração do volume de negócios nas quatro maiores empresas ali instaladas é superior a 66%: Vila Velha de Ródão, Castro Verde, Constância, Mangualde, Vila Nova de Poiares, Campo Maior, Alcanena, Sines, Pampilhosa da Serra, Alter do Chão, Oliveira de Frades, Aljustrel, Calheta (na Região Autónoma da Madeira) e Vila Nova de Cerveira.

No caso de Vila Velha de Ródão (onde se encontra a fábrica de celulose da Celtejo) supera mesmo os 90% (90,8% em 2017, contra 73,7% em 2009), enquanto em Castro Verde e Constância é de 84,6% e 82%, respetivamente, contra 86,4% e 70,1% em 2009).

Segundo a Pordata, entre 2009 e 2017 os municípios que mais aumentaram a concentração do volume de negócios foram Vagos (de 12,1% para 40,1%), Castelo Branco (de 9,1% para 26,2%), Vila Real (de 12,9% para 35,9%), Ponte de Sor (de 18,8% para 48,5%), Melgaço (de 23,6% para 59,5%), Vendas Novas (de 19% para 45,9%), Sobral de Monte Agraço (de 14,1% para 32,1%), Ílhavo (de 23,6% para 53,5%), Bragança (de 27,9% para 62,1%), Paredes de Coura (de 27,8% para 61,5%), Crato (de 21,2% para 46,1%) e Mação (de 24,1% para 50,3%).

Já no que se refere ao pessoal ao serviço, as regiões com maior concentração do emprego nas quatro maiores empresas ali existentes situam-se na região do Alentejo no Cávado e Beira Baixa.

“Todas as regiões aumentaram a sua concentração de pessoal ao serviço, excetuando as regiões da Lezíria do Tejo, Viseu Dão Lafões, Médio Tejo e a Área Metropolitana do Porto“, sustenta a Pordata, salientando que o Algarve e Coimbra “mais do que duplicaram” a concentração neste indicador e que se assistiu a “uma mudança na concentração geográfica”, já que em 2009 a região com maior concentração de pessoal ao serviço era a Área Metropolitana do Porto, seguida do Alto Alentejo.

Em termos municipais, verificavam-se em 2017 concentrações de pessoal ao serviço superiores a 30% em 14 municípios, com destaque para Campo Maior (que acolhe a Delta Cafés, com 54,4% do emprego concentrado em quatro empresas), Vila Velha de Ródão (50,0%), Castro Verde (49,9%), Constância (48,5%) e Tábua (46%).

No que se refere ao Valor Acrescentado Bruto (VAB), a Pordata refere que as regiões com maior concentração se localizam no Alentejo e interior do País: Baixo Alentejo, Alentejo Litoral, Alto Alentejo, Beira Baixa, Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa e Alto Alentejo, sendo que entre 2009 e 2017 o Baixo Alentejo se manteve a região com maior concentração, seguida pelo Alto Tâmega, que passou de uma concentração de 36% em 2009 para 18% em 2017.

Já as regiões que mais aumentaram a sua concentração neste indicador foram o Douro, Alto Minho, Terras de Trás-os-Montes, Beiras e Serra da Estrela, que “mais do que duplicaram” a sua concentração do VAB.

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Bankinter leva papel comercial da Mota-Engil a Espanha

O Bankinter está a captar empresas portuguesas para emissões em Espanha. Mota-Engil faz emissão de 33,5 milhões.

A Mota-Engil voltou ao mercado de dívida para emitir 33,5 milhões de euros em papel comercial. O objetivo inicial era mais baixo, mas a forte procura levou a empresa a aumentar a oferta. A operação aconteceu a partir de Espanha junto de investidores institucionais estrangeiros e a construtora espera continuar a apostar neste tipo de ativo para se financiar.

“Temos experiência do papel comercial português e — seja por inexistência de outras fontes de financiamento em Portugal, seja por uma base de investidores diminuta — mostrou ser menos competitivo [que em Espanha]“, afirmou Ricardo Saramago, diretor de finanças corporativas da Mota-Engil, em declarações ao ECO.

O apetite dos investidores internacionais por papel comercial da Mota-Engil “superou as expectativas” e a oferta acabou por ser revista em alta. A procura final por títulos com maturidade entre dois meses e um ano superou a oferta em 1,8 vezes, na operação que ficou fechada este mês.

A taxa de juro correspondente situou-se num intervalo entre 2% e 3% (consoante a maturidade). O valor, que devido ao baixo montante da emissão não tem impacto no custo médio da dívida da construtora, compara com a taxa de juro de 4,5% que a Mota-Engil pagou num empréstimo obrigacionista em novembro do ano passado.

“São operações distintas. Esta é a curto prazo, enquanto a de novembro foi de longo prazo e enquadra-se no objetivo estratégico do banco de diversificar fontes de financiamento. Apesar de ser junto de investidores institucionais e internacionais, não é normalmente o mesmo bolso. É financiamento que vem de bolsos diferentes”, sublinhou Ricardo Saramago.

O encaixe financeiro da nova emissão servirá para fazer face a “necessidades mais imediatas e fluxos de tesouraria”, sendo que está nos planos fazer novas colocações. “Estas operações, de curto prazo, são recorrentes e o que se espera é que sejam renovadas sistematicamente para que se possa manter esta alternativa de financiamento aberta”, acrescentou o diretor de finanças corporativas.

José de Mello Saúde também emitiu. Há mais interessadas

A Mota-Engil abriu uma linha de 50 milhões de euros junto do Bankinter, que apresentou esta quinta-feira esta nova opção de emissão de papel comercial admitido à negociação no Mercado Alternativo de Renta Fija (MARF) a clientes portugueses. Assim, a construtura tem ainda 16,5 milhões de euros disponíveis a emitir no prazo de um ano.

“Os investidores pedem-nos empresas novas, de países novos e setores novos. E têm pouca exposição a Portugal. Os investidores [institucionais estrangeiros] querem maior exposição ao risco em Portugal”, afirmou Borja Uriarte, diretor da banca de investimento do Bankinter.

Apesar de o produto ter sido apresentado apenas agora, já há duas operações concretizadas. Além da Mota-Engil, também a José de Mello Saúde emitiu 15 milhões de euros (numa linha que lhe permite igualmente ir até aos 50 milhões) no final do ano passado, com um juro entre 0,65% (a dois meses) e 0,70% (a três meses).

 

Temos outras empresas com as quais estamos a trabalhar, mas ainda não podemos dizer os nomes”, disse Uriarte, acrescentando que dentro de dois meses haverá uma nova operação. Indústria e consumo são os setores em que vê maior potencial.

Apesar de considerar que há forte interesse, o banco reconhece o trauma português em relação ao papel comercial, especialmente após as elevadas perdas de aforradores que investiram no papel comercial do falido Banco Espírito Santo. Atualmente, apenas 1,2% das carteiras de investimento é papel comercial e, em todas as emissões do Bankinter, investidores portugueses têm uma participação apenas “residual”.

É verdade que o conceito de papel comercial está associado a uma má imagem, mas são situações distintas. Este papel comercial é tomado por investidores institucionais e não de retalho. Portanto, os investidores institucionais estão muito mais bem informados que os particulares. Por outro lado, o quadro regulatório alterou-se e hoje o regulador é muito exigente em relação a todos os novos normativos que é preciso cumprir”, referiu Joaquim Castro, diretor da banca de investimento do Bankinter, em Portugal.

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Ford vai cortar 12.000 postos de trabalho na Europa

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

Não são 7.000 mas 12.000 os postos de trabalho na Europa que a Ford vai eliminar, resultado de um processo de reestruturação com o objetivo de aumentar os lucros.

A Ford anunciou esta quinta-feira que vai cortar 12.000 postos de trabalho na Europa, resultado do seu processo de reestruturação que tem em vista aumentar os lucros e agilizar as operações.

Citada pela Associated Press, a Ford Europa indicou que a maioria dos postos vai ser suprimida através de programas voluntários, até ao final de 2020. “Separar funcionários e encerrar fábricas é a decisão mais difícil que tomámos”, afirmou o presidente da Ford Europa, Stuart Rowley.

O responsável da fabricante automobilística garantiu ainda que a empresa está a “disponibilizar apoio para minimizar o impacto” desta reestruturação, apesar de não adiantar mais detalhes. Deste plano faz igualmente parte o encerramento de seis fábricas na Europa, entre as quais, em Bridgent, no País de Gales, França e três na Rússia.

A Ford Europa sublinhou ainda que estas alterações têm em vista tornar o negócio mais lucrativo, prevendo “melhorar significativamente” os seus resultados financeiros. Em 20 de maio, o grupo automóvel já tinha indicado que ia reduzir, até ao final de agosto, 7.000 empregos a nível mundial, para conseguir economizar e adaptar-se ao declínio de vendas de alguns modelos, em particular nos Estados Unidos.

A Ford quer adaptar-se à transformação que está a ser feita no setor automóvel, sobretudo com o desenvolvimento de viaturas autónomas e a uma aceleração para os veículos elétricos, o que exige uma modernização das fábricas existentes. Nesta perspetiva, está a reorganizar as suas atividades na Europa, ponderando uma possível redução na produção de modelos populares como o Fiesta, o Focus e o Mondeo.

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